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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP JULIANA RIBEIRO DA SILVA A IMPORTÂNCIA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO ALTO Volta Redonda 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP

JULIANA RIBEIRO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO DO

MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO ALTO

Volta Redonda 2016

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JULIANA RIBEIRO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO DO

MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO ALTO

Artigo Científico apresentado ao Curso de Administração

Pública, modalidade semipresencial, do Instituto de

Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do

título de Bacharel em Administração Pública.

Equipe de Orientação: Prof. Dr. Ricardo Thielmann, Tut.

Amaro Viana Neto.

Volta Redonda 2016

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TERMO DE APROVAÇÃO

JULIANA RIBEIRO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO AGENTE COMUNITARIO DE SAÚDE

PARA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO DO

MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO DO ALTO

Artigo Científico aprovada pela Banca Examinadora do Curso de Administração

Pública PNAP da Universidade Federal Fluminense – UFF.

Volta Redonda,.......... de ........................................ de .................

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

____________________________________

____________________________________

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RESUMO

O Agente Comunitário de Saúde é um intermediário entre os serviços de saúde e a comunidade em que reside. O Ministério da Saúde lista através de documentos oficiais suas atribuições. A visita domiciliar, uma das atribuições, tem uma importância indispensável para a assistência prestada e causa o maior impacto para a realização das demais. A visita cria um vinculo com as famílias. Este estudo tem como tema central analisar e descrever a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde na Estratégia Saúde da Família do município de São Sebastião do Alto. É uma pesquisa qualitativa que utiliza técnicas quantitativas. Foi aplicado como instrumento de coleta de dados questionários. Os sujeitos selecionados para o estudo teriam que ser Agente Comunitário de Saúde e trabalhar na Estratégia Saúde da Família de São Sebastião do Alto. Os dados coletados apontaram que uma das principais atividades desenvolvidas pelos Agentes Comunitários de Saúde é a visita domiciliar e as atividades operacionais são executadas com bastante frequência. Os resultados indicam deficiências como o excesso de operacionalismo nas atividades e há falta de diálogo quando a visita é realizada. Essas deficiências alertam a necessidade de dinamizar as ações nas microáreas, proporcionar maior interação e flexibilidade nas ações desenvolvidas. Com a comunicação efetiva os Agentes Comunitários de Saúde irão coletar das famílias informações precisas para a Estratégia Saúde da Família e tornar a visita domiciliar resolutiva. Logo, é preciso a ocorrência efetiva do diálogo cooperativo, informal e integrado na realização de todas as atividades e principalmente na visita domiciliar.

Palavras-chave: Agente Comunitário de Saúde; Atenção Primária à Saúde; Visita

domiciliar; Estratégia Saúde da Família.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACS - Agente Comunitário de Saúde

CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

ESF – Estratégia Saúde da Família

PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde

PNAB - Politica Nacional de Atenção Básica

PSF - Programa de Saúde da Família

SUS - Sistema Único de Saúde

UBS - Unidade Básica de Saúde

USF - Unidade de Saúde da Família

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 9

2.1 AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, SEGUNDO

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ...................................................................................... 9

2.2 A IMPORTÂNCIA DA LIGAÇÃO ENTRE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E

O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ................................................................ 14

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 18

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ...................................................... 19

5 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 25

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27

APÊNDICE ................................................................................................................ 33

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1 INTRODUÇÃO

O tema da pesquisa está situado no contexto referente à área da saúde na

atenção básica e, precisamente, no Agente Comunitário de Saúde (ACS) e na

Estratégia Saúde da Família (ESF) do Município de São Sebastião do Alto que se

localiza no estado do Rio de Janeiro. Através do Sistema Único de Saúde (SUS),

com o intuito de reorganizar a atenção básica e o modelo de assistência vigente, o

Ministério da Saúde, então, no ano de 1991 implanta oficialmente o Programa de

Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Iniciando, portanto, o processo de

mudança no setor de saúde, proporcionando uma aproximação da população aos

serviços de saúde e com as ações de prevenção (BRASIL, 2012).

A atenção básica é entendida como o primeiro atendimento para os usuários

e a principal fonte de comunicação ao sistema de saúde (BRASIL, 2012). Na

atenção básica tem o modelo atual que é a ESF, que segundo a PNAB (Politica

Nacional de Atenção Básica) (2012) visa reorganizar o modelo assistencial no Brasil

e tem como estratégia expandir, qualificar e consolidar a atenção básica. E na

equipe da ESF tem multiprofissionais como médico generalista ou especialista em

saúde da família, enfermeiro generalista ou especialista, auxiliar ou técnico de

enfermagem e ACS (BRASIL, 2012). A ESF e o ACS são o foco da pesquisa, sendo

este profissional pertencente à equipe da ESF, dentre os vários profissionais, tem

como função nas suas ações a prevenção de doenças, promover a educação à

saúde e mobilizar a comunidade de acordo com as diretrizes determinadas pelo

SUS (BATISTA SANTANA et al., 2009). São algumas das ações que um ACS

precisa ter em sua rotina para obter êxito no seu trabalho: “conhecer o território;

observar as pessoas, as coisas; agir com respeito e ética perante a comunidade e

os demais profissionais” (BRASIL, 2009, p.20).

O presente artigo tem como questão inicial conhecer, por meio da literatura, a

ESF e um de seus membros que é o ACS. Analisar, perante o questionário aplicado,

como o trabalho é realizado do ACS na ESF e na comunidade que reside. E se esse

profissional no Município de São Sebastião do Alto-RJ está realizando suas

atribuições de acordo com as diretrizes dos documentos oficiais? E se estão

colaboram eficazmente com ESF, na coleta e comunicação de informações, para os

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demais profissionais realizarem suas atividades a partir de planos elaborados na

ESF (BRASIL, 2001). Logo, para resolver as questões apresentadas, serão

adotados procedimentos como uma pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica. Os

resultados possíveis no artigo através de estudos é descobrir a real atuação dos

ACS para sua comunidade. Se este profissional da ESF está atendendo as

expectativas previstas dos moradores e da ESF.

A importância deste artigo se reflete no ACS membro da ESF e que

concomitantemente faz parte da comunidade atendida pela ESF, visto que reside no

mesmo local que o restante das famílias e tem um contato direto com os moradores.

Sendo esse profissional um intermediário entre a comunidade e a ESF, portanto

esse profissional obtém informações para ESF e ao mesmo tempo passa

informações para a comunidade (FABRI; WAIDMAN, 2002).

A realização desse trabalho justifica-se em conhecer o trabalho do ACS que

está próximo de cada família e ao mesmo tempo é membro da ESF, sendo sua

atuação é essencial para aproximar as famílias, com suas necessidades, aos

sistemas de saúde e, portanto, evitando agravos à saúde que possam ocorre devido

à falta de orientação e comunicação que o ACS tem como atribuição

obrigatoriamente determinada pelo Ministério da Saúde a ser exercida. Serão

apresentados conceitos e definições sobre o ACS e a ESF, pois nela que é realizado

o trabalho do ACS com os demais profissionais. Como o ACS é um dos membros,

isto é, não trabalha sozinho tem uma equipe que realiza ações mutuamente para

tornar possível o alcance dos objetivos proposto no modelo de atenção básica atual.

Uma vez que, a atuação do ACS sendo efetiva e resolutiva gera benefícios para

toda a comunidade e como o atendimento exato de suas necessidades.

O objetivo geral desta pesquisa é verificar as ações realizadas pelos ACS na

respectiva comunidade e na ESF do município de São Sebastião do Alto-RJ, se

estão realizando suas atribuições determinadas oficialmente pelo Ministério da

Saúde de forma eficaz, eficientemente e resolutiva que consequentemente propicia

a devida satisfação das pessoas que os recebem. Já os objetivos específicos da

pesquisa são:

Identificar em literatura específica a importância do trabalho do ACS;

Demonstrar as atividades definidas pelo Ministério da Saúde para ACS;

Descrever as atividades realizadas pelos ACS no município de São Sebastião

do Alto;

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Cotejar a atividade efetivada pelo ACS do município de São Sebastião do

Alto, com o que é definido pelo Ministério da Saúde.

Este artigo possui em sua estrutura como a primeira seção intitulada de

introdução, a segunda seção é a revisão bibliográfica que é dividida em duas

subseções. Em seguida tem a terceira seção com o título de procedimentos

metodológicos que apresenta a forma, a abordagem e os procedimentos utilizados

para a pesquisa. A quarta seção é a apresentação e analise dos dados, referente

aos dados que foram coletados na pesquisa. As demais seções são

respectivamente a conclusão que é feita do estudo realizado e as referências que

foram utilizadas no decorre no estudo.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 AS ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE,

SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE

Segundo o Ministério da Saúde, a partir do Guia Prático do Agente

Comunitário de Saúde (2009), o ACS pode ser considerado na implantação do SUS

uma peça essencial, sendo considerado um mediador que fortalece a relação entre

os respectivos serviços de saúde da Atenção Primária à Saúde, isto é, a integração

entre o sistema de saúde básico e a comunidade a ser atendida. Os ACS atuam

com o intuído e obrigação de melhorar, primeiramente, a qualidade de vida das

pessoas, sendo capacitado para reunir informações de saúde sobre a comunidade e

tendo em suas ações promover a atenção na saúde (BRASIL, 2009).

O ACS é apontado pelos documentos oficiais a mola propulsora da Atenção

Primária a Saúde (SCHUBERT, 2009, p.19). Contudo, a consolidação do SUS está

estritamente vinculada a um conjunto de elementos técnicos, políticos, sociais e a

outros atores, como o próprio ACS. O ACS não pode ser considerado, exatamente a

mola propulsora da consolidação do SUS, pois ele é considerado um dos fatores

para consolidação dentre outros que existem. No entanto, mesmo sendo um dos

elementos o ACS possui sua importância (TOMAZ, 2002). O trabalho realizado pelo

ACS é um dos alicerces importante para implantação dos princípios dos SUS, logo:

A força de trabalho do ACS é imprescindível para consolidação dos princípios do SUS, pois torna a saúde mais acessiva para uma camada da população desprovida de condições de arcar financeiramente com sua própria saúde e saúde da sua família, além de levar até o domicílio das pessoas as informações necessária no que diz respeito à saúde como modelo que privilegia a prevenção (BATISTA SANTANA et al., 2009, p.651).

Em síntese, a atuação do ACS na rede do SUS iniciou através do PACS, em

1991. Mesmo sendo instituído em 1991, no entanto, só apenas em 1997 com a

publicação da Portaria n° 1.886/1997, 6 anos após a institucionalização do PACS,

que foram estabelecidas as atribuições dos ACS e logo, sequencialmente, foi

instituído o Decreto n° 3.189/1999 que fixa diretrizes para o exercício da atividade e

a Lei nº 10.507/2002 que regulamenta a profissão (ROCHA; BARLETTO, 2013). A

Portaria n°1.886/1997 foi revogada pela Portaria nº 648/2006 quem também foi

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revogada pela atual e que está em vigor a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de

2011(BRASIL, 1997; BRASIL, 2006; BRASIL, 2011). Em 1994 foi criado o PSF

(Programa de Saúde da Família) para substituir e complementar o anterior modelo,

que era o PACS (1991), e junto surgiu a categoria de ACS para atuar nas Unidades

Básicas de Saúde (UBS), visto que foram sendo incorporados às equipes de saúde

(LIMA; MOURA, 2005; DE BARROS, 2010). Vale ressaltar que:

Considerando que dentre as características mais marcantes do PSF destaca-se a inclusão do ACS na equipe de saúde, como um elo entre a população e os demais profissionais da equipe, e por meio da vigilância à saúde […] (GOMES et al., 2009,p.1).

Mesmo com a adoção do PSF o ACS, no entanto, não possuía ainda

qualificação e regulação profissional. Porém, sua importância foi sendo notada ao

PSF, especificamente no fortalecimento da atenção básica, em virtude do papel

estratégico que situava sua atuação. Logo, com esse fator houve a necessidade de

capacitar o ACS (DE BARROS, 2010). Em suma:

Após a implantação dos dois programas PACS e PSF, as atribuições da categoria de ACS foram definidas, em 1997, com a Portaria nº. 1.886/1997 (BRASIL, 1997); em seguida, o decreto n.º 3.189/1999 (BRASIL, 1999), que fixa as diretrizes para o exercício profissional. A criação da profissão ocorreu com a Lei nº 10.507/2002 (BRASIL, 2002) e atualmente, o exercício da atividade profissional segue a Lei nº 11.350/2006 (BRASIL, 2006) (PAULA; VALENTIN, 2012, p.4).

Inicialmente o ACS tem reconhecido seu trabalho através do Decreto 3.189/

1999 que fixa diretrizes para o exercício da atividade (BRASIL, 1999). Em 2002

ocorreu a criação da profissão por meio da Lei n°10.507 de 2002(BRASIL, 2002).

Sendo esta referida lei foi revogada e então está em vigor a atual Lei nº 11.350/2006

que passa a regulamentar e disciplinar as atividades dos ACS (BRASIL, 2006). As

alterações ocorridas na lei revogada ampliaram e colocaram novos itens como

definição de jornada de trabalho, piso salarial, etc., porém as atribuições se

mantiveram (BRASIL, 2002). E na Constituição Federal de 1988, no artigo 198

parágrafo 5, diz: “Lei federal disporá sobre o regime jurídico, […] a regulamentação

das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias,

[…]” (BRASIL, 1988).

De acordo com a PNAB (2012, p.43) “as atribuições dos profissionais das

equipes de atenção básica devem seguir as referidas disposições legais que

regulamentam o exercício de cada uma das profissões”. Como as atividades do ACS

são regulamentadas por dispositivos legais, logo, as suas respectivas ações tem que

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estar de acordo e em consonância as delimitações determinadas na legislação a que

estão submetidos. Para realizar as suas atividades em conformidade com

regulamentação que as definem os ACS encontram estabelecido pelo Ministério da

Saúde um conjunto de atribuições que podem ser localizados tanto nas Guias, em

Leis, Cartilhas, Decretos, Portarias e na PNAB onde encontram descrições sobre as

atribuições que os ACS devem possuir para exercer suas atividades com êxito

(LOURES, 2010).

Toda via, a atuação do ACS é regida pela Lei 11.350 de 5 de outubro de 2006

que delimita as atividades a ser exercida. Porém, na Portaria n° 2.488 de 2011

permite ao ACS a realização de outras atividades nas suas respectivas UBS, mas

estando estas atividades em conformidade com as atribuições que foram

estabelecidas formalmente pelo regulamento (BRASIL, 2011). Os ACS possuem

características singulares e especificas em relação a outros profissionais, pelo fato

de estar em contato direto com a comunidade e com outros profissionais de saúde

ao mesmo tempo (SAKATA, 2009). Para Flores (2007, p. 31), “na delimitação das

suas atribuições teria sido valorizado, sobretudo, o desenvolvimento da sua

sensibilidade para a leitura, a escuta e a tradução das necessidades da população

face às autoridades públicas”. Logo, o ACS possui atribuições, isto é, são

responsabilidades, obrigações ou competência. Essas competências que possuem

os ACS podem ser, inicialmente, encontrada na Lei n° 11.350, de 5 de outubro de

2006. As atribuições, de acordo com a lei citada, encontra-se no artigo 3 ° e 4°:

Art. 3° O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e sob supervisão do gestor municipal, distrital, estadual ou federal. Parágrafo único. São consideradas atividades do Agente Comunitário de Saúde, na sua área de atuação: I - a utilização de instrumentos para diagnóstico demográfico e só-cio-cultural da comunidade; II - a promoção de ações de educação para a saúde individual e coletiva; III - o registro, para fins exclusivos de controle e planejamento das ações de saúde, de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde; IV - o estímulo à participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde; V - a realização de visitas domiciliares periódicas para monitoramento de situações de risco à família; e VI - a participação em ações que fortaleçam os elos entre o setor saúde e outras políticas que promovam a qualidade de vida. Art. 4° O Agente de Combate às Endemias tem como atribuição o exercício de atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e sob supervisão do gestor de cada ente federado (BRASIL, 2006, p.1).

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As atribuições situam se mais detalhadas, pelo Ministério da Saúde, a partir

da Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, no qual estão listadas as atribuições

específicas dos ACS que são respectivamente em:

I - Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; II - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; III - Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; IV - Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; V - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de uma visita/família/mês; VI - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; VII - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, por exemplo, combate à dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco; e VIII - Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa-Família ou de qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo governo federal, estadual e municipal, de acordo com o planejamento da equipe. É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às atribuições acima. (BRASIL, 2011, p.9-10).

Estas atribuições oficialmente determinadas pelo Ministério da Saúde são

suscetíveis a pequenas ou grandes variações por motivos organizacionais do

trabalho ou o aumento das atribuições no decorre do tempo (FLORES, 2007;

NOGUEIRA et al., 2000). Dentre as diversas atribuições dispostas a visita domiciliar

pode ser considerada a atribuição essencial. Uma vez que, por meio dela se inicia

basicamente todas as ações posteriores a ser desempenhadas na ESF (FABRI;

WAIDMAN, 2002). A visita ao domicilio faz surgir o elo entre os serviços de saúde e

a comunidade. É o elo cultural do ACS com a família que fortalece o trabalho

educativo. Visto que a visita domiciliar além de ser um contado direto e contínuo

com a comunidade faz com que tenha um ambiente propício ao trabalho de

vigilância e promoção da saúde para toda a equipe da ESF (FABRI; WAIDMAN,

2002). Ferraz e Aerts (2005) destacam a visita domiciliar como um meio importante

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para educação em saúde, em razão da troca de dados e informações que ocorre

dentro da comunidade. Logo, cada comunidade possui uma realidade específica e

fundamentada nessa realidade ocorre trocas de informações. Entretanto, se não

possuir o conhecimento adequado ou tiver conhecimento incompleto ou incorreto vai

prejudicar e fragilizar, principalmente, o exercício do conjunto de todas as ações a

serem desenvolvidas, fazendo que as outras atividades e atribuições não tenham

êxito, ocasionando frustação na atuação do ACS em relação à comunidade, à

equipe de saúde e às diretrizes determinadas pelo Ministério da Saúde (ARAÚJO et

al.,2011).

De acordo com o Ministério da Saúde, Guia Prático do ACS (2009), tais

atribuições vão ajudar os ACS a realizar o seu trabalho junto a sua respectiva

comunidade. Sendo considerado um guia e uma orientação da realização das

atividades, facilitando e proporcionando uma base a ser seguida ocasionando bons

resultados no decorrer da realização das visitas. Sendo um instrumento,

principalmente, com a função de auxiliar o ACS caso venha surgir questionamento,

incerteza e confusão, logo esse guia tem o efeito de propiciar em sua maioria das

situações respostas rápidas (BRASIL, 2009). As atribuições determinadas pelo

Ministério da Saúde para os ACS excedem a sua formação profissional, sendo mais

complexo em relação aos outros profissionais, devido ao fato de ser um elo entre a

comunidade e a ESF (BATISTA SANTANA et al.,2009). Então, o ACS pode ser

considerado um profissional sui generis, visto que suas funções ultrapassam a área

da saúde o que difere de outros profissionais da equipe, o que exige atenção a

diversos aspectos da vida dentro da comunidade devido ao perfil social (NOGUEIRA

et al., 2000).

Ávila (2011) além de afirmar que os ACS têm muitas atribuições também e as

dividem em três grupos: “ações de prevenção e promoção da saúde, ações de

mediação entre o serviço de saúde e os usuários e ações de acompanhamento e

reabilitação” (ÁVILA, 2011). Recapitulando, o contato com a comunidade

diretamente faz com que o ACS difere-se dos outros membros da equipe, pois

pertence à comunidade, possui conhecimento da realidade em que convive,

liderança, aspectos de solidariedade e tendo um perfil relacionado mais ao lado

social do que o técnico (LOURES; SILVA, 2010). Uma vez que, a sua atuação tem

identificado duas dimensões fundamentais uma que é o técnico que envolve ao

atendimento à comunidade, a intervenção para prevenção ou para monitorar grupos

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e outros problemas. O outro componente é o político que vai além da solidariedade

para a população, mas vinculado à organização da comunidade, a transformação

dessas condições (SILVA; DALMASO, 2002). Visto que, o ACS é um elo cultural

fortalecendo o trabalho educativo. Pois esse profissional faz a junção das distintas

culturas que é o conhecimento da área cientifica e do conhecimento popular

(TOLENTINO; ANDRADE, 2008).

2.2 A IMPORTÂNCIA DA LIGAÇÃO ENTRE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

E O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

O Brasil institucionalizou o direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros com

a promulgação da Constituição Federal em 1988, quando criou o SUS e

regulamentado pelas respectivas Leis n. 8.80/90 e n. 8.142/90 que juntas

modificaram o sistema brasileiro de proteção social em saúde (CARDOSO;

NASCIMENTO, 2010). No artigo 196 da Constituição Federal de 1988 cita que:

A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988, p.72).

Logo, no artigo 196 até 198 da Carta Magna fica nítido a definição dos cinco

princípios do SUS que são a universalidade, a equidade, a descentralização, o

atendimento integral e a participação da comunidade. Na Lei n. 8.080, de 19 de

setembro de 1990, “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e

recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços

correspondentes” (BRASIL, 1990). E na Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990,

trata sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e das transferências de

recursos financeiros entre órgãos do governo na área de saúde e entre outras

providências. E também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada

esfera de governo (BRASIL, 1990).

Apesar das modificações ocorridas no modelo de saúde não obteve êxito no

quesito referente qualidade das ações de saúde, precisando de novos

conhecimentos e práticas para tornar viável a implantação do SUS e assim auxiliar

na sua realização e tornar eficiente. Nessa conjuntura foi surgindo ideais no sentido

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de elaborar estratégias assistências (CARDOSO; NASCIMENTO, 2010). O

Ministério da Saúde, em 1991, implantou o PACS que teve sua iniciativa por meio

das experiências que foram bem sucedidas em algumas áreas do Nordeste, como

no Ceará em 1987, com o objetivo de ampliar o acesso ao sistema de saúde e

promover as ações de prevenção e promoção da saúde. A implantação do PSF teve

início em março de 1994 com a intenção reforçar e disponibiliza maior grau de

eficiência ao trabalho do ACS (CARDOSO; NASCIMENTO, 2010). Foi aprovada a

PNAB para expansão do PSF através da Portaria nº 648, de 28 de março de 2006

“estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção

Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes

Comunitários de Saúde (PACS)” (BRASIL, 2006). No entanto, foi revogada a portaria

GM nº 648/2006 pela portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 que “Aprova a

Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas

para a organização da Atenção Básica, para a ESF e o Programa de Agentes

Comunitários de Saúde (PACS)” (BRASIL, 2006; BRASIL, 2011).

A denominação de estratégia, no lugar de programa, deve-se pelo fato de ser

um processo dinâmico, singular e com especificidades, cujo antigo termo, programa,

não era adequado sendo apropriado o programa para situações estáticas com inicio

e fim determinado (BRASIL, 2006; SAKATA, 2009). No entanto, o PACS e o PSF

mesmo com p em comum não devem ser entendidos apenas como um programa

pelo fato de irem além com a ampliação da extensão da cobertura da atenção

básica, mas devem ser visto como estratégia já que visam reorganizar atenção

básica. Portanto, ao médio e longo prazo os dois programas compreendidos como

estratégia propõe-se a reorganizar a atenção básica em consonância com os

princípios determinados pelo SUS: integralidade, universalidade e equidade

(TOMAZ, 2002). ESF diferencia-se também dos programas anteriores, pois é

elaborada com objetivo de orientar a assistência para uma comunidade de forma

integrada, continua e dinâmica sendo que visa, especificamente, a família para

determinar o devido cuidados à saúde e à prevenção (SAKATA, 2009). Logo,

podemos entender que a:

Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de

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ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades (BRASIL, 2015, p.1).

A atuação dos profissionais integrantes da ESF, após a sua implantação,

passou a contemplar toda a comunidade com suas respectivas famílias,

principalmente por prevenção de doenças não visando apenas o indivíduo e sua

doença (ROECKER; SILVA MARCON, 2011). A equipe de multiprofissional da ESF é

formada por médico, enfermeiro generalista ou especialista da família, auxiliar de

enfermagem, agente comunitário de saúde e os profissionais de saúde bucal

(BRASIL, 2015). Segundo Sakata (2009) “a ESF possui como ponto principal o

estabelecimento de vínculos, laços de compromisso e co-responsabilidade entre os

trabalhadores de saúde e a população”. A ESF faz uso da assistência domiciliar à

saúde, em particular, a visita domiciliar é um meio de equiparar os profissionais para

adquirir informação real e formar vínculos com a comunidade (GIACOMOZZI;

LACERDA, 2006). As ações promovidas pela ESF através das visitas aproximam os

sistemas, equipes de saúde e as respectivas comunidades. Para tal organização de

trabalho e acompanhamento realizado tem uma categoria de profissional, dessa

equipe de multiprofissionais, sendo essencial na interação entre as comunidades e o

sistema de saúde que é o ACS (SILVA et al.,2014). Esse profissional pode ser

considerado crucial na implantação das politicas do modelo assistencial, logo não

sendo apenas um suporte para exerce atividades de saúde (NUNES et al., 2002).

Na ESF com sua equipe de multiprofissionais é dada importância a cada um

deles, no entanto, dentre eles o ACS é considerado um dos principais membros. Já

que, entre a comunidade e a equipe de saúde tem o ACS, que é considerado o elo.

(TOLENTINO; ANDRADE, 2008). Este profissional caracteriza-se como elo entre a

comunidade e a equipe, pelo fato de realizar a visita domiciliar. Essas visitas

realizadas são os primeiros contatos que as famílias e indivíduos têm com os

serviços de saúde (JARDIM; LANCMAN, 2009). O ACS é um dos profissionais com

características distintas dos outros integrantes da ESF, tem como a obrigação morar

na área de atuação da equipe, desempenhar a função de elo entre a equipe e a

comunidade e vivenciar o dia a dia das famílias com mais intensidade com relação

aos outros profissionais, que integram a ESF (FORTES; SPINETTI, 2004). Essa

função de elo se fundamenta:

Por ter maior proximidade com o usuário, por habitar o mesmo bairro, e ainda, por adentrar frequentemente o domicílio do usuário, é importante que se estabeleçam novas relações no tocante às informações pessoais sobre a

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saúde individual e familiar, garantindo a privacidade daqueles com quem o ACS se relaciona na comunidade (FORTES; SPINETTI, 2004, p.2).

As atividades de características técnicas e operacionais, como enviar recados

dos serviços de saúde para a comunidade, marcar consulta e dentre outros, que são

realizadas pelos ACS reforçam o caráter de elo de seu trabalho. Porém, para reforça

mesmo essa dimensão de elo do ACS não deve esse profissional ficar restrito

apenas nas atividades operacionais, mas é necessário ter uma atitude de

corresponsabilidade do cuidado, interação e articulação na qual faz ocorrer

transformações no modelo de saúde e nas práticas referentes ao cuidado (SAKATA;

MISHIMA, 2012). Sakata e Mischima (2012) entendem que a característica do ACS

como laço de ligação faz esse profissional executar suas ações de forma articulada

com o trabalho do restante da equipe, a interação com outros profissionais torna

possível a realização de planos assistenciais em comum que, consequentemente,

propicia a ampliação das práticas de cuidados a comunidade e seus integrantes.

Pelo fato do ACS estar entre a comunidade e pertencer em uma equipe de saúde

simultaneamente torna-se um facilitador na criação de vínculos, na reorganização do

trabalho em equipe, na ampliação do acesso aos serviços de saúde e, por fim,

proporcionando uma interação através da comunicação entre a comunidade e os

respectivos profissionais de saúde (CARDOSO; NASCIMENTO, 2010). Ainda assim,

o ACS na realização de suas visitas domiciliares tem como responsabilidade leva

informações por meio das observações realizadas para a ESF.

Na ESF ocorre a identificação dos problemas, o planejamento e a execução

das soluções cabíveis que ocasione o melhor para a comunidade (FABRI;

WAIDMAN, 2002). O primeiro contato com os sistemas de saúde públicos é na

Unidade de Saúde da Família (USF). E na USF ocorre um processo que envolve

desde o cadastro das famílias até a execução e a posterior analise dos resultados

alcançados. Os multiprofissionais realizam suas atividades por meio de cadastros

feitos pelo próprio ACS de cada indivíduo e família em toda a comunidade. Em

seguida é realizado o diagnóstico com os dados coletados que caracteriza o perfil de

saúde da comunidade e, sequencialmente, faz-se um planejamento que determina a

forma de executar as ações e as metas que ao final do processo visa a

resolutividade na maior parte dos problemas que foram identificados na comunidade

(BRASIL, 2001, p. 66).

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esse estudo possui uma abordagem qualitativa, pois “[...] trabalha com dados

qualitativos, com informações expressas nas palavras orais e escritas, em pinturas,

em objetos, fotografias, desenhos, filmes etc.” (ZANELLA, 2009, p.52). Essa

abordagem faz a análise em conformidade com o questionário aplicado e dando

ênfase nas opiniões, comentários e frases dos entrevistados (DANTAS;

CAVALCANTE, 2006, p. 3). Utiliza técnicas quantitativas que se caracteriza pela

quantificação da amostra coletada dando ênfase nas representações numéricas e

nas transformações das informações em números (ZANELLA, 2009, p. 77).

Para atingir o objetivo da pesquisa, foi realizada uma pesquisa de campo de

natureza descritiva. Uma vez que, a pesquisa descritiva visa descrever as

características de uma determinada população ou fenômeno, tendo como

característica a utilização de técnicas padronizadas como questionário para coletas

de dados (GIL, 2002, p.42). Os procedimentos adotados foram pesquisa bibliográfica

e de campo. O questionário é método aplicado para coleta de dados apresenta- se

de forma estruturada com perguntas abertas

O presente estudo foi realizado inicialmente com uma pesquisa no site

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) para coletar os dados

referentes à composição da equipe da ESF de São Sebastião do Alto. Na consulta

identificou-se que 12 profissionais atuando na ESF, com a seguinte composição: a)

nove ACS; b) um enfermeiro da ESF; c) um Técnico de Enfermagem da ESF e; d)

um Médico da ESF.

Foi enviado para cada um dos nove ACS um questionário estruturado com

perguntas abertas, que se encontra no Apêndice 1. Dos questionários enviados sete

foram respondidos e retornaram para a realização da análise dos mesmos. Isso

representa um total de 78% de retorno dos questionários. Os critérios para

selecionar os sujeitos do estudo foram: ser ACS e atuarem na ESF do município de

São Sebastião do Alto.

A coleta de dados ocorreu no período de 16 a 24 de setembro de 2015.

Foi realizado um censo junto aos ACS.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Serão apresentados a partir dessa seção os dados obtidos com a realização

da pesquisa junto aos ACS da ESF de São Sebastião do Alto.

O quadro 1, referente a uma das perguntas do questionário aplicado aos 7

ACS, que corresponde as principais atividades executadas por eles na ESF. Esse

quadro apresenta a tabulação feita com as respostas obtidas, a frequência das

respostas de cada um dos ACS e com sua respectiva fração por cento. A

apresentação dos demais quadros possuem a mesma estrutura do quadro 1 . Visto

que no quadro 1 apresenta as atividades que são realizadas na ESF, de acordo com

os ACS, observa-se de acordo com a maior frequência de vezes citadas por cada

um deles ,que as principais atividades executadas são aferição de pressão arterial,

reuniões de equipe e participação nos grupos de diabéticos e hipertensos,

representando essas atividades juntas 73%.

Atividades na ESF Frequência %

Aferição de pressão 7 27

Reuniões de equipe 6 23

Participação nos grupos de diabéticos e hipertensos 6 23

Atualização de ficha 5 19

Teste do dedinho 1 4

Curativo 1 4

Quadro 1 – Principais atividades realizadas na Estratégia Saúde da Família Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa de campo, 2015.

A aferição de pressão é uma das principais atividades realizadas pelo ACS na

ESF de São Sebastião do Alto-RJ. De acordo com a PNAB (2012, p.48-49) a

aferição de pressão serve para fazer o acompanhamento das pessoas com

problemas com hipertensão. A PNAB (2012, p.45) permitir realização de outras

atividades, desde que esteja ligado as suas atribuições delimitadas. Porém, teste do

dedinho e curativo não corresponde as suas atividades elas devem ser realizada

pelos demais membros da ESF como o auxiliar e o técnico de enfermagem,

enfermeiro ou o médico que são de fato aptos para realizar essa atividade dentro da

ESF. O responsável pela ESF deve rever a atuação do ACS para não exceder e

sobrecarregar os ACS com funções que não são de sua competência, uma vez que

a ESF do município de São Sebastião do Alto-RJ possui um enfermeiro, um técnico

de enfermagem e um médico.

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Em consonância com o questionário aplicado, os dados apresentados

abaixo se referem às principais atividades realizadas na microárea mencionadas

pelos ACS, sendo no total de 10 atividades. Percebe-se que as 5 atividades que são

realizadas com maior frequências nas micro áreas são aferição de pressão, visita

domiciliar, entrega de exame, medição de estatura de criança menores de 7 anos e

orientações.

Atividades microárea Frequência %

Visita domiciliar 7 18

Aferição de pressão 7 18

Entrega de exames autorizados 6 15

Medição de peso e estatura de crianças menores de 7 anos 6 15

Orientações 5 13

Agendamento de carros para paciente 3 8

Acolhimento dos clientes 2 5

Acompanhamento 1 3

Conversas com os moradores visitados 1 3

Prevenções de doenças 1 3

Quadro 2 – Principais atividades realizadas na microárea Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa de campo, 2015.

No quadro 2 as atividades citadas pelos ACS correspondem as

determinações oficiais como é delimitado na Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de

2011. Visto no Guia Prático do ACS (2009) que a realização de acordo com as

formulações oficiais, delimitada pelo Ministério da Saúde, vão auxiliar os ACS na

realização de suas funções diante de situação inesperadas. E, aliás, essas

atividades realizadas ressaltam o que Nogueira et al.(2010) afirma no que se refere

o ACS ser um profissional sui generis pelo fato de suas atividades realizadas irem

além da área da saúde sendo um diferencial visível em comparação aos outros

membros da ESF, vale como exemplo o médico que fica apenas no consultório da

ESF tendo contato com as pessoas apenas quando ocorre a consulta. Sakata (2009)

complementa ao dizer que o ACS tem uma característica singular. Essa

singularidade é demonstrada no quadro 1 e 2 onde o ACS tem atividades a

desempenhar tanto na ESF e como na microarea.

O ideal é exercer as ações em consonância com os manuais oficiais. No

entanto, seguir rigidamente os padrões determinados torna além de monótono para

o ACS como para a comunidade a realização dessas atividades. Pois, com a

utilização dos mesmos procedimentos e ações todos os dias ocasionam a sensação

de desgaste e perda de parte da essência que é de ser um elo entre os serviços de

saúde e a comunidade, como foi frisado por Fortes e Spinetti (2004). Ao invés de ser

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em sua totalidade, elo entre os serviços de saúde e a comunidade, transforma-se

apenas em um “burocrata” que realiza procedimentos rotineiros como, no caso das

atividades mencionadas pelos ACS a medição de pressão, a estatura das crianças

entre outras ações que com a frequência que é realizada torna sem utilidade e perde

sua importância na comunidade.

Essas atividades rotineiras trazem como consequência uma percepção

distorcida da microárea em relação ao ACS. As famílias, portanto, passam a não

compreenderem as ações dos ACS com a sua devida relevância. Dado que sua

criação e posterior aperfeiçoamento são considerados cruciais na implantação das

politicas do modelo assistencial. E as famílias que os recebem consideram uma

perda de tempo recebe-los, uma vez que, estarão realizando os mesmo

procedimentos. Para complementar, como já mencionado por Sakata e Mishima

(2012), mas vale relembrar, que as atividades de características técnicas e

operacionais, por exemplo, enviarem recados dos serviços de saúde para a

comunidade reforça o caráter de elo. Porém, convergindo com a mesma menção de

Sakata e Mishima (2012), para reforça por completo essa dimensão de elo o ACS

não deve fica restrito apenas nas atividades operacionais, mas é necessário ter uma

atitude de corresponsabilidade de cuidado, interação e articulação na qual faz

ocorrer transformações no modelo de saúde e nas práticas referentes ao cuidado.

Logo, a ESF não deve inserir os seus ACS na realização de suas funções

com ações engessadas, não dando espaço para interação e a comunicação,

dificultando a possibilidade de uma aproximação com modelo de atenção básica

idealizada.

E ao analisar a atividade conversa com os moradores, no quadro 2, e que

representa apenas 1%, é um indicador que demonstra que essa atividade ocorre

com pouca frequência ou nenhuma para a maioria dos ACS. Dessa forma,

representando pouca troca de informações sobre os problemas de saúde

enfrentados pelas famílias. E consequentemente a equipe de saúde não terá as

informações necessárias para elaborar soluções devidas para os agravos e riscos

que venham a surgir. Claro que a visita domiciliar ocorre e deve ocorrer, mas

semelhantemente a alusão de Silva et al.(2014) o diálogo é um componente

essencial para a criação de vínculos, afetividade e confiança. Não adianta nada ir

visitar, medir pressão e ir embora sem ter um diálogo efetivo. A importância do ACS

acontece porque este conhece as famílias e as suas reais necessidades em relação

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aos serviços de saúde, em razão de ter um contato direto com famílias. E, aliás,

como mencionado por Araújo et al.(2011) se as informações não são coletadas e

informadas de forma coerente e perfeitas ocasionará falhas e frustação em todo o

processo desde a atuação do próprio ACS, passando pela comunidade e a equipe

de saúde na ESF inviabilizando a resolutividade dos problemas que a comunidade

possui.

O quadro 3 distribui as opiniões dos ACS sobre a realização ou não de todas

as atribuições que são delimitadas pelo Ministério da Saúde. O total foi 86% que

responderam sim, todas as atribuições são realizadas. E são 14% responderam que

não. Percebi que houve um receio em relação ao responder essa pergunta. Uma vez

que os 5 ACS responderam que realizam todas as atribuições passaram um

corretivo líquido por cima da primeira resposta, que corresponde a seguinte frase “

nem todas” as atividades são realizadas. E foi escrito por cima a seguinte frase “sim,

porque é nosso trabalho” todos esses 5 ACS escreveram igualmente essa frase.

Sendo nítido ver a anterior resposta dos respectivos ACS, que não são apenas 1

que fez essa “correção” mas 5, total de 86%. Sendo considerado um número

expressivo dessa controvérsia.

Sim ou Não. E o por quê? Frequência %

Sim, porque é nosso trabalho. 6 86

Às vezes 1 14

Quadro 3 – Opiniões dos agentes comunitários de saúde sobre a realização ou não de todas as atribuições do Ministério da Saúde Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa de campo, 2015.

Não posso fazer uma analise, no quadro 3, que refere-se a realização de

algumas ou todas as atividades pelos ACS e nem o motivo pelo qual não realizam

todas as atribuições, pelo fato de não responderem. Desse modo, com dados

limitados não posso gerar informações coerentes e concretas. Mas, de acordo com o

Ministério da Saúde a partir da Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, são

listadas as atribuições específicas dos ACS sendo no total de 8 incisos. E também

pode se encontrada a lista de atribuições, como foi mencionado, nas guias e

cartilhas, por exemplo. Além disso, há autores como Ávila (2011) que consideram

que os ACS têm muitas atribuições, mas Ávila (2011) dividiu em grupos,

respectivamente em “ações de prevenção e promoção da saúde, ações de

mediação entre o serviço de saúde e os usuários e ações de acompanhamento e

reabilitação” esses três grupos estão reunindo as atribuições que têm as mesmas

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finalidades. Logo, como já referido por Loures (2010) essas atribuições irão ajudar

os ACS na realização de seu trabalho. Uma vez que, os ACS conhecendo suas

atribuições em sua totalidade poderão realizar as atividades adequadas de acordo

com regulamento estabelecido.

O quadro 4 apresenta as atividades consideradas pelos ACS a mais

importante e o motivo dessa atividade ser considerada importante. Dos dados

apresentados no abaixo se observa que a resposta “todas, porque todas são

importantes” (72%) foi a que ocorreu com maior frequência, isto é, ocorreu uma

enorme repetição dessa frase. Demonstrando pouco interesse em responder.

Parece que um ACS colocou essa frase é os demais copiaram. E “Acolhimento às

famílias a ESF” (14%) e “Prevenção” (14%) tem pouca frequência. O ACS que

respondeu prevenção respondeu o motivo da seguinte forma “a prevenção e a base

de tudo para uma comunidade viver com bem estar”.

Atividades consideradas importantes Frequência %

Todas, porque todas são importantes. 5 72

Acolhimento às famílias a ESF. 1 14

Prevenção, porque é a base de tudo para uma comunidade viver com bem estar. 1 14

Quadro 4 – Atividades consideradas importantes pelo ACS Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa de campo, 2015.

No entanto, os autores apresentados nesse artigo como Sakata e Mishima

(2012), Fabri e Waidman (2002) e Cardoso e Nascimento (2010) consideram como

principal atividade e que, consequentemente, abre caminho para a realização das

demais atividades é a visita domiciliar. A visita domiciliar proporciona divulgação das

informações sobre os serviços de saúde na microárea e a coleta de dados para a

ESF. E o contato próximo com as famílias de modo informal ocasiona a confiança. E

conforme o exposto de Jardim e Lancman (2009) a visita domiciliar é considerada

como o primeiro contato que as famílias têm com os serviços de saúde primário,

através do exercício de suas atribuições como exemplo, da Portaria nº 2.488, de 21

de outubro de 2011, Inciso III referente, a orientações às famílias. Em suma, o ACS

é um intermediário entre os serviços de saúde básico e a comunidade. Visto que a

visita domiciliar se ocorrer de forma efetiva gera um fluxo de informações

harmonioso, coerente e eficaz. Propiciando um ambiente agradável na microárea

para realização de atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e

agravos e de vigilância à saúde de forma eficaz. Os autores Fabri e Waindam (2002)

e Silva e Santos (2005) falam da característica de elo entre os serviços de saúde e a

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microarea ressaltando que essa ligação ocorre pela visita domiciliar. E é evidenciado

por Tolentino e Andrade (2008) que o ACS tem a capacidade de unir as diferentes

culturas, entendidas pelos autores como conhecimento científico e do conhecimento

popular. E, portanto, de acordo com os autores citados a visita domiciliar é a

atividade muito importante para o ACS. Essa atividade propicia o auxílio para a

realização das demais.

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5 CONCLUSÃO

Este estudo se propôs, como objetivo geral, verificar as ações realizadas dos

ACS na comunidade e na ESF do município de São Sebastião do Alto-RJ se estão

em conformidade com os documentos oficiais e agindo de forma eficaz. Dados os

objetivos desse estudo foi possível identificar, demonstrar, descrever e cotejar as

características pertinentes às atividades dos ACS. Dado que, na literatura

pesquisada foi identificado que o ACS tem características que vão além de um

simples membro da equipe da ESF. Essas características sui generis torna o ACS

um integrante muito importante para a realização das ações na ESF como na

microarea. Sendo intermediário entre os serviços de saúde e as famílias, visto que

pertence aos dois ambientes. E foi ressaltado nesse estudo que é por meio dele que

o fluxo de informação passa entre a ESF e nas microáreas, logo se as informações

forem incompletas e errôneas tornam esse fluxo ineficaz e não resolutivo. No

decorre desse estudo foi demonstrado a lista de atribuições que os ACS possuem

localizadas em documentos oficiais e foi evidenciado que dentre essas atribuições a

realização da visita domiciliar as famílias, segundo os autores mencionados, é

considerada a principal atribuição. E além do mais a visita domiciliar é uma das

principais formas de obterem informações das famílias e é executada apenas pelos

ACS.

De acordo com os questionários aplicados aos ACS em relação às atividades

descritas no decorrer desse estudo que são executadas pelos ACS na ESF são em

parte em conformidade com os documentos oficiais. Mas ao cotejar com as

disposições legais revela que há atividades que não condizem com as

determinações dos documentos oficiais, visto que corresponde aos outros

integrantes da ESF como o enfermeiro. A responsável pela ESF tem que rever

essas atividades realizadas pelo ACS.

Tendo em vista os resultados da pesquisa de campo, percebe-se que as

atividades descritas na microarea estão de acordo com o que determina o Ministério

da Saúde, no entanto aproximadamente 2% dos ACS ao realizarem as visitas nas

microareas fazem o acolhimento e conversam com os moradores. Sendo essa

atividade essencial para identificação das necessidades de saúde. Logo, com

pouquíssimos ACS realizando o acolhimento do usuário e o diálogo a identificação

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de problemas e de necessidades da comunidade não será atendida de forma

resolutiva e eficaz na ESF.

Percebe-se mesmo que todos os ACS realizem a visita a falta de diálogo e

acolhimento prejudica o atendimento adequado, pois a visita ao domicílio, a

conversa informal e o acolhimento juntos fazem toda a diferença na atuação do ACS

e da ESF para com a comunidade. De acordo com a pesquisa realizada pode ser

considerada as atividades realizadas pelos ACS rotineiras e, em sua maioria das

vezes, sem interação tornando para a comunidade no atendimento de suas

demandas ineficazes. Enfim, deve-se buscar da ação dos ACS do município de São

Sebastião do Alto-RJ a interação, pois incialmente ele foi criado porque pertence à

comunidade em que mora e conhece os moradores tendo que ter um vínculo

diferente dos demais integrantes da ESF como, por exemplo, o médico. Essas falhas

alertam a necessidade de dinamizar as ações nas microáreas, que vai propiciar um

ambiente com um grau adequado de interação e flexibilidade nas ações

desenvolvidas. Com a comunicação efetiva os ACS irão coletar das famílias

informações precisas e adequadas para a ESF e, consequentemente, transformar a

visita domiciliar, como demais atividades, resolutiva tanto para a comunidade a ser

atendida como para ESF com sua equipe de saúde que vai usar meios adequados e

apropriados nas ações de saúde para com as famílias, a fim de executar as ações

com precisão na necessidade que é demandada pela comunidade. Logo, é preciso a

ocorrência efetiva do diálogo cooperativo, informal e integrado na realização de

todas as atividades e principalmente na visita domiciliar.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

Questionário utilizado para realização da pesquisa junto aos Agentes

Comunitários de Saúde

Nome:

Microárea:

1. Quais são as atividades exercidas na ESF?

2. Quais são as atividades realizadas na micro área?

3. São realizadas todas as atribuições oficialmente determinadas pelo Ministério

da Saúde? Por quê?

4. Quais dentre as diversas atribuições é a mais importante? Por quê?