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0 FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Administração de Empresas A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG. Ana Paula Gonçalves da Silva Paracatu-MG 2011

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0

FACULDADE TECSOMA

Curso de Graduação em Administração de Empresas

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um

Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG.

Ana Paula Gonçalves da Silva

Paracatu-MG

2011

1

Ana Paula Gonçalves da Silva

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um

Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG.

Monografia apresentada à disciplina de Metodologia do Estágio Supervisionado II, ministrada pelo professor Geraldo B. Barbosa de Oliveira, como exigência a obtenção do título de Bacharel em Administração, da Faculdade Tecsoma.

Orientador: Prof. Alan Kardec Guimarães Júnior

Paracatu – MG

2011

1

Silva,Ana Paula Gonçalves

Projeto monográfico da disciplina de Estagio supervisionado do curso de Administração Ana Paula Gonçalves Da Silva- Paracatu: Faculdade TECSOMA- FATEC,2011.

54f. Orientador: Projeto de conclusão de curso de graduação em Administração da

FATEC- Recursos Humanos. 1. Informações sobre a empresa. 2. Informações sobre o estagio.

3. Projeto monográfico. 1. A importância da motivação das pessoas na

organização.

Júnior Guimarães,Alan Kardec da. Faculdade Tecsoma de Paracatu - Minas Gerais.

Cdu: 658.3/Silva.

2

Ana Paula Gonçalves da Silva

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um

Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG.

Trabalho apresentado à disciplina estágio supervisionado do curso de administração da Faculdade Atenas para a obtenção do título de bacharel em Administração.

____________________________________________________

Alan Kardec Guimarães Júnior (Orientador)

___________________________________________________

Fernando Antônio Antunes (Coordenador)

___________________________________________________

Geraldo Benedito Barbosa de Oliveira (Orientador Metodológico)

____________________________________________________

(Professor convidado)

Paracatu-MG, 10 de junho de 2011.

3

Dedico este trabalho ao meu pai que me deu

condições de fazer à tão sonhada faculdade e que estava

sempre me dando força para seguir em frente.

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço Primeiramente a Deus, Pelo dom da Minha Vida, agradeço minha

família simplesmente por existirem e estarem sempre prontos para me ajudar, em

especial ao meu pai e minha mãe que sempre estiveram torcendo por mim e por

acreditarem sempre que eu conseguiria.

A todos os professores pelos quatro anos de dedicação, e ao meu namorado

Fabrício Vital pela paciência, sabedoria, amizade e companheirismo ao longo do

tempo que sem duvidas foram primordiais para minha formação profissional e sem

duvidas pessoal.

5

"Motivar é criar interesse pelo tema e

vontade, esse ânimo e auto-ajuda vão nos

ajudar a progredir em conhecimentos e nas

tarefas profissionais."

Daniel Godri

6

RESUMO

No mercado de trabalho atual, depara-se muitas vezes com pessoas de diferentes

conceitos e de formas complexas de enxergarem os desafios profissionais. Assim

fazendo com que o desempenho que uma organização oscile constantemente de

acordo com o grau de satisfação de seus colaboradores a fim de satisfazer as

necessidades das organizações. Esta tarefa se correlaciona, diretamente, a

motivação, a fim de aperfeiçoar o desempenho organizacional. Apesar de ser um

tema que nos dias atuais é muito discutido, a definição exata do conceito de

motivação passa a ser ainda mais complexo, pois o tema tem sido discutido de

varias formas. De um modo geral, motivação é aquilo que impulsiona a pessoa a

agir de determinada forma a fim de satisfazer as suas necessidades. A motivação de

determinados indivíduos varias de acordo com o seu grau de satisfação. Nada

melhor que a teoria das necessidades, criada pelo psicólogo Abraham H. Maslow,

segundo ele, os indivíduos apresentam uma hierarquia de necessidades básicas que

precisam ser satisfeitas e que se dividem em fisiológicas, segurança aceitação

social, auto-estima e auto realização. São necessidades ligadas entre si em uma

escala que, quando satisfeitas, os indivíduos sentem uma grande sensação de bem

estar. A empresa conseguira atingir seus objetivos organizacionais e ao mesmo

tempo gerando satisfação e qualidade de vida aos seus colaboradores. Um

programa bem-sucedido de expansão da tarefa devera, inicialmente, aumentar a

satisfação do empregado como um fim, devera também haver benefícios diretos a

organização. Há evidencia s de que a expansão das tarefas produz baixa

rotatividade e reduz a ausência no trabalho. Ao pensar a reestruturação do trabalho

como solução de torná-lo mais motivador é uma das grandes alternativas. Sugerir

técnicas tais como: expansão de cargos e responsabilidades, iniciando um programa

de transferência e promoção planejada, criar horas flexíveis de trabalho são algumas

técnicas que podem ser desenvolvidas para o setor industrial, bem como uma

reação contra a monotonia de uma linha de montagem. No caso do Supermercado

Paracatu, o presente abrira novos horizontes a serem trabalhados. A empresa não

possui um trabalho bem definido na área de recursos humanos, o que

provavelmente tem acarretado a desmotivação de sua equipe de colaboradores. Ao

analisar mais profundamente cada um dos seus clientes internos e buscar

7

determinar o que realmente motiva cada um seria uma grande atitude. Para em

seguida, planejar um programa de RH que conseguiria viabilizar tudo que a equipe

almeja, dentro da empresa (sejam recursos materiais, financeiros ou humanos).

Palavras - chave: Grau de satisfação. Aperfeiçoar. Desempenho organizacional.

Motivação. Necessidades. Qualidade de vida.

8

ABSTRACT In the current job market, often faced with people of different concepts and ways to

frame the complex professional challenges. Thus making the organization a

performance that constantly fluctuate according to the degree of satisfaction of its

employees to meet the needs of organizations. This task correlates directly the

motivation to improve organizational performance. Despite being a topic that is

nowadays widely discussed, the exact definition of the concept of motivation has

become even more complex because the issue has been discussed in various ways.

Broadly generates motivation is what drives a person to act a certain way in order to

meet their needs. The motivation of certain individuals vary according to their degree

of satisfaction. Nothing better than the theory of needs, created by psychologist

Abraham H. Maslow, he said, individuals have a hierarchy of basic needs that must

be met and which are divided into physiological, safety, social acceptance, self-

esteem and self realization. Needs are linked together in a scale that, when satisfied,

individuals feel a great sense of wellbeing. The company managed to achieve their

organizational objectives while generating satisfaction and quality of life for its

employees. A successful program to expand the task should initially increase

employee satisfaction as an end, there must also be direct benefits to the

organization. There's evidence that the expansion of tasks produces low turnover

and reduces absenteeism. Thinking about the restructuring of work as a solution to

make it more motivating is one of the major alternatives. Suggest techniques such

as: expanding roles and responsibilities, starting a program to transfer and promotion

designed to create flexible working hours are some techniques that can be

developed for the industrial sector, as well as a reaction against the monotony of an

assembly line. In the case of Supermarket Paracatu, this opened new horizons to be

worked. The company has not set a good job in human resources area, which

probably has led to the discouragement of his team of collaborators. In looking

deeper at each of its internal customers and seek to determine what really motivates

each one would be a great attitude. To then plan a HR program that could make all of

the team aims within the company (whether material, financial or human).

9

Keys - words: Degree of satisfaction. Perfect. Organizational performance.

Motivation. Needs. Quality of life.

10

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 01 Organograma da Empresa ................................................................... 18

FIGURA 02 As etapas do ciclo motivacional com satisfação.................................... 29

FIGURA 03 A hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow................. 30

11

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01 Referente a programa motivacional.................................................... 42

GRÁFICO 02 Referente à qualidade de vida ........................................................... 42

GRÁFICO 03 Referente à importância de criar programas motivacionais ............... 43

GRÁFICO 04 Referente ao tratamento dado aos funcionários ................................ 43

GRÁFICO 05 Referente ao ambiente da empresa ................................................... 44

GRÁFICO 06 Referente à liberdade de expressão dentro da organização.............. 44

GRÁFICO 07 Referente ao reconhecimento dos funcionários ................................. 45

GRÁFICO 08 Referente à remuneração dos funcionários........................................ 45

GRÁFICO 09 Referente às condições físicas de trabalho........................................ 46

GRÁFICO 10 Referente aos benefícios oferecidos pela empresa............................ 46

GRÁFICO 11 Referente à satisfação dos funcionários............................................. 47

GRÁFICO 12 Referente à preocupação em ajudar os funcionários......................... 47

GRÁFICO 13 Referente ao equipamento de segurança.......................................... 48

12

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 Cronograma de atividades ................................................................... 22

TABELA 02 Recursos financeiros ............................................................................ 23

13

LISTA DE SIGLAS

RH – Recursos Humanos

QVT – Qualidade de vida no trabalho

PL – Participação nos lucros

14

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16

2 PROJETO MONOGRÁFICO............................................................................................ 17 2.1 Título .................................................................................................................................. 17 2.2 Tema .................................................................................................................................. 17 2.3 Dados da empresa ............................................................................................................. 17

2.3.1 Razão Social ................................................................................................................... 17

2.3.2 Nome Fantasia ............................................................................................................... 17 2.3.3 Endereço ......................................................................................................................... 17

2.3.4 Inscrições ........................................................................................................................ 18 2.3.5 Quadro Societário .......................................................................................................... 18 2.3.6 Capital Social ................................................................................................................. 18 2.3.7 Organograma ................................................................................................................. 18

2.4 Objetivos ............................................................................................................................ 19 2.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 19

2.4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 19 2.5 Problematização................................................................................................................ 19

2.5.1 Hipótese .......................................................................................................................... 20

2.6 Justificativa ....................................................................................................................... 20

2.7 Resultados Esperados ....................................................................................................... 21 2.8 Metodologia de Trabalho ................................................................................................. 21

2.9 Cronograma de Atividades .............................................................................................. 22 2.10 Recursos ........................................................................................................................... 23 2.10.1 Recursos Financeiros ................................................................................................... 23

2.10.2 Recursos Materiais ...................................................................................................... 23 2.10.3 Recursos Humanos ...................................................................................................... 23

3 CLIMA ORGANIZACIONAL .......................................................................................... 24

4 MOTIVAÇÃO ..................................................................................................................... 25

4.1 Ciclo Motivacional ............................................................................................................ 28 4.2 TEORIA HIERÁRQUICA DAS NECESSIDADES HUMANAS ................................ 30

5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ...................................................................... 32 5.1 Modelos de qualidade de vida ......................................................................................... 34 5.2 Cultura organizacional e qualidade de vida .................................................................. 36 5.3 Higiene no trabalho .......................................................................................................... 37

5.4 Estresse no trabalho ......................................................................................................... 38

6 SAÚDE OCUPACIONAL .................................................................................................. 38 6.1 O trabalho como lazer, não como obrigação .................................................................. 39

7 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um

Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG. ............................................ 40

7.2 Histórico da empresa ........................................................................................................ 40 7.2 Metodologia ....................................................................................................................... 41

15

7.3 Diagnóstico da satisfação dos funcionários .................................................................... 42

7.4 Análise dos resultados e sugestões feitas pelos funcionários do Supermercado

Paracatu. .................................................................................................................................. 48

8 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 50

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 51

APÊNDICE - QUESTIONÁRIO .......................................................................................... 53

16

1 INTRODUÇÃO

A motivação é um conceito que se inova com freqüência para explicar as

variações de determinados comportamentos e apresenta uma grande importância

para a compreensão do comportamento humano, um estado interno resultante que

desperta certo comportamento. Segundo o Minicucci (2005) a motivação leva as

pessoas a agirem em direção a um objetivo, portanto, ela é a força impulsionadora

da motivação. A capacidade humana de um indivíduo depende da sua motivação

seus desejos, suas carências, ambições, apetites, amores, ódios e medos. As

diferentes motivações de uma pessoa explicam as diferenças de cada um. Alguns

psicólogos afirmam que motivação é o desejo consciente de se obter algo, sendo,

assim, uma determinante da forma com que o indivíduo se comporta.

Dentro desse contexto, no qual as organizações buscam produtividade e

processos de mudanças que tenham o objetivo de melhorar seu posicionamento

competitivo no mercado, a qualidade de vida no trabalho vem ganhando

constantemente ao bem estar organizacional. No desenvolvimento das teorias

administrativas, identificou-se que o ser humano passou da posição de mero fator de

trabalho para ponto chave e principal do processo. Hoje, devido à necessidade de se

aumentar a produtividade e a qualidade das organizações, o ser humano e seu

comportamento têm sido mais bem analisados pela administração. As organizações

tentaram, através do modelo mecanicista, impor que o trabalho separe a realidade

da vida profissional. A grande luta será preparar indivíduos para gerenciar de forma

mais específica as questões pessoais e profissionais. Atualmente o mercado de

trabalho está muito competitivo, exige que as pessoas estejam em constante

inovação. Para atingirmos esse objetivo usaremos um estudo de caso para que

tenhamos o embasamento de como está à organização.

O principal objetivo deste trabalho monográfico é esclarecer e ajudar as

pessoas a estarem sempre motivadas em seu trabalho e contribuir para que todos

possam trabalhar e serem felizes o tempo todo. E com isso proporcionar à

organização o entendimento das diversas estratégias relacionadas a este tema que

é a motivação das pessoas dentro das organizações.

17

2 PROJETO MONOGRÁFICO

2.1 Título

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG.

2.2 Tema

Motivação de Pessoas como fator de satisfação e produtividade no trabalho.

2.3 Dados da empresa

2.3.1 Razão Social

Supermercado Dona Beija Ltda.

2.3.2 Nome Fantasia

Supermercado Paracatu.

2.3.3 Endereço

Rua Joaquim Murtinho, nº 99, Centro, CEP 38.600-000, Paracatu/MG.

18

2.3.4 Inscrições

CNPJ: 26.166.512/0001-16

Inscrição Estadual: 470.625215.00-09

2.3.5 Quadro Societário

Sociedade Limitada:

Fabiano Oliveira Moreira - 50% das quotas.

Jaqueline Botelho Moreira - 50 % das quotas.

2.3.6 Capital Social

R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

2.3.7 Organograma

Figura 1: Organograma da empresa

Fonte: Organograma elaborado pela autora

19

2.4 Objetivos

2.4.1 Objetivo Geral

Diagnosticar os fatores de desmotivação no trabalho e apresentar uma

sugestão de incentivos como forma de motivação dos funcionários.

2.4.2 Objetivos Específicos

o Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o tema;

o Identificar o nível de satisfação dos funcionários do Supermercado

Paracatu;

o Analisar este nível de motivação, observando os fatores da gestão de

pessoas;

o Observar se a motivação influencia na produtividade e qualidade

organizacionais;

o Sugerir melhorias de gestão relativas à motivação e satisfação no

trabalho.

2.5 Problematização

Com as constatadas Mudanças ocorridas na área de Recursos Humanos,

onde o Homem torna-se o grande canalizador para o sucesso das organizações, e

que, desmotivado, induz à baixa produtividade e má qualidade nos seus serviços.

As políticas de RH são grandes influenciadores na motivação das pessoas,

mas esta problemática colocada em questão vem desvendar como acontece esta

influência, se é através de salários e recompensas, trabalho em grupo ou

reconhecimento do trabalho dos funcionários, dentre outros, que uma vez

20

identificados e analisados, criam um vasto campo para inovações e adequações na

área de Rh do Supermercado Paracatu Ltda.

2.5.1 Hipótese

Toda empresa deve contar com um sistema de plano de incentivos e

benefícios para satisfazer seus funcionários para que assim eles estejam prontos e

empenhados para a realização de suas tarefas com muita satisfação e motivados

para fazerem o melhor que puderem.

Diante de tantos concorrentes terem funcionários motivados é contar com

uma grande vantagem competitiva e para isso as empresas precisam dar uma

atenção especial para seus funcionários fazendo com que eles se dediquem cada

vez mais à empresa e se torne leal a esta.

Diante do exporto teórico, os achados de pesquisa do estudo de caso, uma

vez, identificados, analisados e transformados em projetos e propostas de gestão de

RH, será capaz de atender as necessidades de satisfação e motivação no trabalho

do Supermercado Paracatu, apenas por meio do plano de incentivo ou demandará

outras ações?

2.6 Justificativa

O mundo está cada vez mais desenvolvido e para se ter pessoa capacitada e

motivada é necessário que se conquiste os seus funcionários para que eles se

dediquem de forma integral a seus empregadores de forma que desempenhe o seu

papel dentro da organização da maneira que agregue valor cada vez mais para si e

a empresa onde trabalham.

Para Chiavenato (2004), administrar pessoas significa:

Administrar pessoas que participem de organizações,mais do que isto,significa administrar com as pessoas. Fazer de cada pessoa um

21

verdadeiro administrador de suas tarefas dentro da organização, em qualquer nível em que esteja situada ou em qualquer atividade que deva executar. (CHIAVENATO, 2004, p.14).

Assim, justifica o presente estudo de caso, uma vez que, é incontestável a

necessidade de contar com profissionais capacitados e motivados, pois não adianta

só capacitá-los é necessário motivá-los, e assim criar condições para que os

funcionários possam se dedicar a suas funções com satisfação, confiança e

comprometimento como estímulo à produtividade e competitividade organizacional.

2.7 Resultados Esperados

Espera-se, poder demonstrar a importância da motivação das pessoas dentro

da organização quando se trabalha com funcionários motivados a desenvolver suas

atividades diárias com prazer. Visto que há um rendimento muito maior quando toda

a organização se une com o interesse comum de desempenhar suas atividades da

melhor forma para obter um melhor resultado para todos que estão ligados a

organização.

Uma vez compartilhada as teorias, pretende-se com os achados de pesquisa,

propor um plano de incentivos a empresa em questão e também sugerir melhorias

contínuas na área de gestão de pessoas a serem implementadas junto com o plano

ou para futuras oportunidades.

2.8 Metodologia de Trabalho

A pesquisa permite que se entre em contato direto com tudo aquilo que foi

escrito sobre determinado assunto, o que possibilita o reconhecimento dos aspectos

importantes que cercam o tema, no caso específico deste estudo, a motivação das

pessoas dentro da organização.

22

A metodologia utilizada será a de pesquisa bibliográfica e exploratória

centrada em estudo de caso. A pesquisa bibliográfica estará baseada nas

contribuições teóricas dos principais autores sobre o tema gestão de pessoas e se

dará através de livros, artigos publicados e endereços eletrônicos na internet.

A pesquisa exploratória - estudo de caso será realizado por meio da

observação e vivência na empresa e aplicação de questionários a todos

colaboradores do Supermercado Paracatu e conseqüente relatório final de planos e

sugestões.

2.9 Cronograma de Atividades

TABELA 1

Cronograma de atividades

Fases Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul.

Elaboração do projeto de pesquisa.

x x

Levantamento de informações.

x x x x x

Realização da pesquisa bibliográfica.

x x x x x

Desenvolver questionários.

x x

Análise da motivação dos funcionários.

x x x

Identificação dos pontos para melhorias.

x x

Revisão da monografia. x x

Elaboração do projeto final.

x

Apresentação à banca. x

Fonte: Elaborado pela autora

23

2.10 Recursos

2.10.1 Recursos Financeiros

TABELA 2

Recursos Financeiros

Fonte: Elaborada pela autora

2.10.2 Recursos Materiais

Os recursos materiais utilizados serão papéis, livros, computador, pen drive,

canetas e pasta para arquivos de documentos.

2.10.3 Recursos Humanos

o Coordenador de estágio: Fernando Antônio Antunes;

o Orientador de estágio: Alan Kardec Guimarães Junior;

Materiais Utilizados

Valor

Folhas de Papel A4 Cartucho de tinta Canetas, lápis e borracha Cópias de documentos Pen Drive Pastas

R$ 16,00

R$ 20,00

R$ 3,00

R$ 20,00

R$ 38,00

R$ 6,00

TOTAL

R$ 103,00

24

o Gerência da empresa: Fabiano Oliveira Moreira;

o Supervisor de estágio na empresa: Fabiano Oliveira Moreira;

o Acadêmica: Ana Paula Gonçalves da Silva.

3 CLIMA ORGANIZACIONAL

Clima organizacional é a percepção coletiva que os empregados têm da

empresa, através da experimentação prática prolongada de suas políticas,

estruturas, sistemas, processos e valores, as atitudes dos funcionários, processos

de gestão contínua de clima organizacional que visa facilitar a produtividade e

qualidade total. Sobre uma série de fatores considerados de sucessos empresariais,

podendo mensurar os mais importantes quanto à motivação, o grau de confiança

que seus colaboradores depositam na empresa ou mesmo suas opiniões sobre

planejamento e desenvolvimento. O clima organizacional decorre basicamente do

estado motivacional de cada pessoa, que por sua vez é influenciada pelo clima

existente no ambiente e influenciada novamente o ambiente coletivo.

Segundo Chiavenato (2007), toda organização cria sua própria cultura ou clima

organizacional, com seus próprios tabus, uso e costumes. O clima ou cultura do

sistema reflete tanto as normas e valores do sistema final como suas

reinterpretações no sistema informal.

Analisando o clima organizacional se descobre com clareza que e possível

trabalhar a motivação dos colaboradores e a eficiência da organização pode então

aumentar através da criação de um clima organizacional que satisfaça as

necessidades dos seus membros e, ao mesmo tempo criar um clima positivo para a

organização. Na organização acontecem mudanças a todo instante na busca

inconstante de se conseguir uma melhor qualidade, produtividade, agilidade e

flexibilidade que se da o um contínuo recompensar na estrutura, e os processos de

agilidade, qualidade e flexibilidade chegam à gestão de recursos humanos.

O objetivo principal de se estudar o clima organizacional para qualquer empresa

é maximizar, cada vez mais, suas relações com os colaboradores oferecendo

condições de trabalho adequadas, proporcionando oportunidade de

25

desenvolvimento e estabelecendo um ótimo ambiente de trabalho, o que

proporcionará o alcance e superação dos objetivos definidos pela empresa.

4 MOTIVAÇÃO

Por muito tempo, se acreditava que para motivar as pessoas era somente

através de recompensas por bom comportamento ou com castigos por falta de

obediência. E que só isso era o necessário para se ter pessoas motivadas e

conscientes do seu papel dentro das organizações. De forma que se seguindo esse

conceito iria conseguir o melhor das pessoas que eram submetidos às normas de

determinadas empresas.

Antes da revolução industrial a principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando, dessa forma, um ambiente generalizado de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podendo aparecer sob forma de restrições financeiras, chegando ate a se tornar reais sob a forma de prejuízos de ordem física, levando em conta que as organizações passaram há existir muito tempo antes da revolução industrial. É possível concluir que a preocupação com o aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho represente um fator bastante recente. (BERGAMINI, 1997, p. 19).

Tudo o que se pensava era que só se motivava em forma de punições e que

de certa forma acabava criando um ambiente com um clima pesado cheio de medo

e restrições. Isso acontecia, porque, se pensava que era através de regras e

seguindo certo tipo de regime que se conseguiria alcançar o bom desempenho. E

através de muitos tipos de torturas de pressões psicológicas ou até mesmo deixando

de fazer os pagamentos para que assim as pessoas tivessem a punição que

mereciam e que se comportasse de uma melhor maneira sem fazer mais nada que

fugisse dos procedimentos internos dentro das organizações. Contudo se conclui

que a preocupação com a motivação é um fator muito importante.

E com a revolução industrial foram feitos investimentos cada vez mais altos

com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos industriais que, por sua vez,

passaram a serem exigidas cada vez mais recompensas. O papel desempenhado

26

pelos gerentes e administradores passou a ser não só o de encontrar pessoas mais

sim de capacitá-las para que se utilizem as ferramentas de forma certa.

Para Cecília Bergamini:

Os administradores e supervisores passaram, então, a procurar fazer com que os empregados sentissem a sua utilidade e importância pessoal no trabalho. A estratégia administrativa deveria promover o reconhecimento do valor de cada pessoa, alem de buscar, de forma muito especial, a suas necessidades sociais. (BERGAMINI, 1997, p. 21).

Assim para poder atender as necessidades do seu pessoal passou-se então

a fazer com que eles sentissem útil para a organização, satisfazendo os seus

desejos de forma natural assim eles se considerarão parte integral da empresa, mas

sem esquecer o reconhecimento de cada um. O papel que os gerentes e

administradores devem deixar claro a preocupações com os problemas internos e as

necessidades de cada um dos subordinados.

Esse tipo de suposição se relaciona com a motivação em um único fator,

seja ele o dinheiro ou o relacionamento interpessoal o ser humano ao ser

confrontado em seu ambiente de trabalho mostra claramente ser mais eficiente do

que se esperava que ele fosse de forma que desempenha da melhor forma o seu

papel dentro da organização. Como ressalta Meignez, ao dizer que tudo se passa

por pouco como se os homens apresentassem decididamente em seu

funcionamento natural do que as maquinas em seu funcionamento artificial.

Se o início deste século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria fazer para motivar as pessoas, mais recentemente tal preocupação muda de sentido. Passa-se a perceber que cada um já traz, de alguma forma, dentro de si suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa, então, e encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes as próprias pessoas. O importante, então, é agir de tal forma que as pessoas não percam sua sinergia motivacional. Descobre-se, finalmente, que o ser humano não se submete passivamente ao desempenho das atividades que lhe sejam impostas e que, por conseguinte, não tenha para ele nenhum significado. (BERGAMINI, 1997, p. 23).

Contudo e necessário que se conheça a personalidade de cada um dos

funcionários para que assim se possa ter um bom entendimento que eles tem por

motivação e descobrir o que interpretam dentro de si como uma boa maneira de

causar a sua própria motivação. Assim adotar recursos organizacionais para que se

possa adequar à empresa às necessidades motivacionais que cada um. Fazer isso

de uma maneira que não sufoque os seus funcionários para que eles não percam o

27

que eles trazem dentro de si como motivação. A motivação depende da forma que

cada um atribui a essa necessidade sendo assim ninguém pode por si mesmo

motivar ninguém. Entende-se então que a motivação é um fenômeno

comportamental único e natural que sofre vários tipos de mudanças.

Além do mais, as empresas também se vêem diante do desafio de utilizar o potencial produtivo e criativo existente dentro de cada pessoa, transformando em comportamento natural espontâneo, oportunidade construtiva e eficazmente inovadora. (BERGAMINI, 1997, p. 25).

Segundo Bergamini, a motivação cobre grande variedade de formas

comportamentais. A diversidade de interesses percebida entre os indivíduos permite

aceitar, de forma razoavelmente clara, que as pessoas não fazem a mesma coisa

pelas mesmas razões. É dentro dessa diversidade que se encontra a principal fonte

de informação a respeito do comportamento motivacional, por paradoxal que isso

possa parecer. Quando se fala de motivação humana, parece inapropriado que uma

simples regra geral seja considerada como recurso suficiente do qual se lança mão

quando o objetivo e a busca é uma explicação ao mesmo tempo mais abrangente e

mais precisa sobre as possíveis razões que levam as pessoas a agir. Existem muitas

razões que explicam uma simples ação. Grande parte desses determinantes reside

no interior das pessoas, tais como os seus traços de personalidade, suas predições

e emoções, as suas atividades, bem como as suas crenças e assim por diante.

Entende-se então que a personalidade e um fator determinante para que se

forme um conceito claro sobre a motivação e um motivo que leva uma pessoa a

fazer algo para se sentir motivada não é o mesmo que leva a outra. Dessa forma se

tem uma grande variedade de conceitos sobre o que pode ser determinante pra que

se consiga causar motivação dentro da organização. E de ser usados diferentes

tipos de variáveis no ambiente para assim conseguir motivar as pessoas que estão

ligas diretamente ou indiretamente a determinadas organizações.

Para Fiorelli (2004), a motivação origina-se em alguns casos de mecanismos

de homeostase do corpo humano, destinados a regular o equilíbrio do meio interno;

aqui se incluem o calor, a fome, o frio e a sede. São alguns ajustes fisiológicos

indispensáveis a vida. Outra motivação encontra-se ligada à sobrevivência da

espécie, como é o caso do sexo. Algumas teorias bastante conhecidas abrangem

várias concepções sobre esse complexo e inesgotável tema.

28

Motivação pela deficiência admite que o homem move-se para completar o

que lhe falta. A ela pertencem as teorias de Maslow e Herzemberg.

A teoria de Herzemberg dividiu os fatores que alteram o comportamento do

indivíduo em dois grupos: os higiênicos e os motivacionais. Os fatores higiênicos,

extrínsecos ao indivíduo compreendem salário, benefícios recebidos, segurança no

cargo e relações interpessoais no trabalho.

No caso da insuficiência, provocariam insatisfação, porém atendidos eles não

despertariam a motivação (a energia interior) do indivíduo.

Esta seria despertada pelos fatores motivacionais, intrínsecos ao profissional,

representados por reconhecimento, status, responsabilidade, oportunidade de

reconhecimento, riqueza do trabalho e desafios. A ausência desses fatores, contudo

não ocasiona insatisfação. (FIORELLI, 2004, p. 120).

A Teoria de Maslow estabeleceu a conhecida hierarquia de necessidades

básicas, ilustrada na forma de pirâmide:

o Fisiológica – Sobrevivência, alimentação, vestuário;

o Segurança – Proteção, estabilidade no emprego;

o Social – Aceitação, amizade, sentimento de pertencer;

o Estima – Auto confiança;

o Auto realização - criatividade, auto desenvolvimento flutuante e

complexo.

4.1 Ciclo Motivacional

O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade, que é

uma força dinâmica e persistente que provoca o comportamento. Toda vez que

surge uma necessidade, esta rompe o estado de tensão, insatisfação, desconforto e

desequilíbrio. Este estado leva o individuo a um comportamento, ou ação, capaz de

descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. À medida que

o ciclo se repete, o comportamento fica mais eficaz na satisfação de certas

necessidades.

29

Uma vez que se tem à necessidade satisfeita, esta passa a não ser mais um

fator de motivação comportamental. Como vamos ver na figura abaixo:

FIGURA 2: As etapas do ciclo motivacional com satisfação.

Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos, Idalberto Chiavenato. São Paulo: Atlas, 1985. P. 46.

No ciclo motivacional, a necessidade é satisfeita. À medida que o ciclo se

repete com a aprendizagem e a repetição, os comportamentos tornam-se

gradativamente mais eficazes na satisfação de certas necessidades. Uma vez

satisfeita, a necessidade deixa de ser motivadora do comportamento, já que não

causa tensão ou desconforto.

No ciclo motivacional, contudo, a necessidade nem sempre pode ser

satisfeita. Ela pode ser frustrada, ou ainda, pode ser recompensada, ou seja,

transferida para outro objeto, pessoa ou situação.

No caso de frustração da necessidade, no ciclo motivacional, a tensão

provocada pelo surgimento da necessidade encontra uma barreira ou um obstáculo

para a sua liberação. Não encontrando saída normal, a tensão represada no

organismo procura um meio indireto de saída, por via psicológica, seja por via

fisiológica.

Equilíbrio

interno

Estímulo ou

incentivo

Necessidade

Tensão

Comportamento

ou ação

Satisfação

30

4.2 TEORIA HIERÁRQUICA DAS NECESSIDADES HUMANAS

A teoria de Maslow possivelmente é uma das mais discutidas. Nessa teoria

ele propõe que a teoria motivacional deveria presumir que as pessoas estão num

estado contínuo de satisfação total, exceto num breve período de tempo, ou seja,

logo que um desejo é satisfeito, outro o substitui. É devido a essa sequência

interminável que se origina a teoria da motivação de Maslow, onde forma a teoria de

necessidades. Ele propõe duas premisas básicas no que se refere ao

comportamento motivacional. Primeiro lugar, supõe que as pessoas desempenhem

o papel característico de seres que perseguem a satisfação dos seus desejos,

estando motivados em atendê-los. Segundo lugar, acreditar que quando essas

necessidades não possam ser satisfeitas, geram estados interiores de tensão que

levam a pessoa a se comportar numa tentativa de reduzir tal tensão e recuperar,

assim, o equilíbrio interno perdido. E sempre que uma necessidade é satisfeita ela

perde seu potencial de força motivadora.

Essa teoria recebeu amplo reconhecimento, especialmente por parte de executivos formados na prática. Isso pode ser atribuído a lógica intuitiva da teoria e da facilidade que ela oferece para a compreensão. (ROBBINS, 2006, p.133).

O ponto principal da teoria de Maslow é o que ele convencionou chamar de

“Hierarquia das Necessidades”, isto é, uma lista de cinco necessidades básicas do

indivíduo, conforme apresentado a seguir:

Figura 3: A hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow

Fonte: Chiavenato, p. 93, 2003.

31

À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas outras mais

elevadas assumem o predomínio do seu comportamento. São elas:

o fisiológicas: ar, comida, repouso, abrigo, sexo;

o segurança: proteção contra o perigo ou privação, no trabalho (benefícios,

salário, condições seguras);

o sociais: amizade, inclusão em grupos, sentimento de aceitação à família

organizacional;

o auto-estima: reputação, reconhecimento, auto-respeito;

o auto-realização: utilização dos talentos, realização do potencial.

Em linhas gerais, a teoria de Maslow apresenta os seguintes aspectos:

1- Uma necessidade satisfeita não é motivadora de comportamento apenas

as necessidades não satisfeitas influenciam o comportamento, dirigindo-o para

objetivos individuais.

2- O indivíduo nasce com certas bagagens de necessidades fisiológicas, que

são inatas ou hereditárias. De início, seu comportamento é exclusivamente voltado

para a participação cíclica dessas necessidades como fome, sede, ciclo sono-

atividade, sexo.

3- A partir de certa idade, o indivíduo ingressa em uma longa trajetória de

aprendizagem de novos padrões de necessidades. Surgem as necessidades de

segurança, voltadas para a proteção contra o perigo, contra as ameaças e contra a

privação.

4- À medida que o indivíduo passa a controlar suas necessidades fisiológicas

e de segurança surgem lenta e gradativamente às necessidades mais elevadas.

Porém, quando o indivíduo alcança a satisfação das necessidades sociais surgem

às necessidades de auto-realização. Isso significa que as necessidades de estima

são complementares às necessidades sociais, enquanto as de auto-realização são

complementares as de estima.

5- Os níveis mais elevados de necessidade somente surgem quando os

níveis mais baixos estão relativamente controlados e alcançados pelo indivíduo.

32

Nem todos os indivíduos conseguem ao nível das necessidades de auto-realização,

ou mesmo ao nível de estima. É uma conquista individual.

6- As necessidades mais elevadas não somente surgem à medida que as

mais baixas vão sendo satisfeitas, mas predominam as mais baixas de acordo com a

hierarquia das necessidades. O comportamento do indivíduo é influenciado

simultaneamente por um grande número de necessidades concomitantes, porém a

necessidade mais elevada tem uma ativação predominante em relação às

necessidades mais baixas.

7- As necessidades mais baixas requerem um ciclo motivacional

relativamente rápido, enquanto as necessidades mais elevadas requerem um ciclo

extremamente longo. Porém, se alguma necessidade mais baixa deixar de ser

satisfeita durante muito tempo, ela se torna imperativa, neutralizando o efeito das

necessidades mais levadas. A privação de uma necessidade mais baixa faz com

que as energias do indivíduo se desviem para a luta pela sua satisfação.

5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

A qualidade de vida pode ser considerada como uma forma de se pensar a

respeito de pessoas, trabalho e organização, de modo geral e abrangente. É

possível pensar que existe a qualidade de vida no trabalho quando os membros de

uma organização são capazes de satisfazer as necessidades pessoais importantes

através de sua importante vivencia na mesma, o que engloba. Portanto, a

preocupação com o efeito do trabalho das pessoas, com a eficiência da organização

e com a ideia da participação dos trabalhadores na solução de problemas e na

tomada de decisões.

[...] o conceito de qualidade de vida no trabalho envolve tanto os aspectos físicos e ambientais quanto os aspectos psicológicos do local de trabalho. A qualidade de vida no trabalho assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicações dos empregados quanto ao bem estar e satisfação no ambiente de trabalho e de outro lado, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potencial sobre a produtividade e a qualidade. (CHIAVENATO, 2004, p. 448).

É possível pensar em qualidade de vida sem considerar a qualidade total. Na

medida em que todos os itens de controle da qualidade passam a serem avaliados

33

pelas pessoas que compõem o sistema social das organizações, os resultados do

progresso de controle da qualidade serão determinados pelas experiências e

expectativas de todos que a desenvolvem, tanto ao nível do planejamento quanto

das ações. A qualidade de vida no trabalho, em sua concepção atual, pretende

indicar a existência de um conjunto de condições e práticas organizacionais que

objetivam o enriquecimento do trabalho e as satisfações dos trabalhadores.

Participação no progresso decisório análise da estrutura e da dinâmica do trabalho,

controle e acompanhamento dos resultados obtidos, discussões com seus

supervisores sobre padrões, valores e metas a serem incorporadas aos produtos e

ou serviços como àquelas que podem trazer a qualidade de vida no trabalho.

Por outro lado condições seguras no ambiente de trabalho, oportunidades de

convivência respeitosa e afetuosa, reconhecimento da competência individual e

coletiva, análise dos erros com a preocupação de instrumentalizar as pessoas para

aprenderem com elas, sem a preocupação de emitir julgamentos ou demonstrações

de posições preconceituosas, são outras características de qualidade de vida no

trabalho.

No desenvolvimento das teorias administrativas, identificou-se que o ser

humano passou da posição de mero fator de trabalho para ponto chave e principal

de progresso. Hoje, devido à necessidade de se aumentar a produtividade e a

qualidade das organizações, o ser humano e seu comportamento têm sido mais bem

estudados pela ciência administrativa.

Um dos muitos estudos neste campo e a Qualidade de vida no trabalho

(QVT). Estes conceitos são aplicados nos programas de qualidade quanto

estudamos a participação e a motivação dos trabalhadores.

O desempenho eficaz depende acima de tudo do “querer fazer” e nem tanto

do “saber fazer”. A tecnologia da qualidade de vida no trabalho pode ser utilizada

exatamente para que as pessoas queiram fazer mais, como decorrência de um

envolvimento maior com os trabalhadores que realizam, por compartilharem mais

coisas que lhe dizem respeito e pela existência de um ambiente de trabalho

favorável. Onde os indivíduos sintam-se estimulados e motivados para produzirem

mais, satisfazendo seus anseios e necessidades e ao mesmo tempo indo de

encontro aos objetivos organizacionais.

Segundo Chiavenato (1999), pode-se apontar diversos fatores que são

envolvidos pela qualidade de vida no trabalho:

34

o a satisfação com o trabalhado executado;

o as possibilidades de futuro na organização;

o o reconhecimento pelos resultados alcançados;

o os salários percebidos;

o os benefícios auferidos;

o o relacionamento humano dentro do grupo e da organização;

o o ambiente psicológico e físico de trabalho;

o a liberdade e responsabilidade de decidir;

o as possibilidades de participar.

A qualidade de vida no trabalho tem sido utilizada como indicador das

experiências humanas no local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que

desempenham o trabalho. O conceito de qualidade de vida no trabalho implica um

profundo respeito pelas pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e

produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas, que participem

ativamente nos trabalhos que executam e que sejam adequadamente

recompensadas por suas contribuições. A qualidade de vida no trabalho representa

em que grau os membros da organização são capazes de satisfazer suas

necessidades pessoais através do seu trabalho na organização.

5.1 Modelos de qualidade de vida

Para um maior entendimento, inserem-se os três principais modelos de

qualidade de vida, de acordo com Chiavenato (2004). O primeiro modelo, de Nadler

e Lawler, fundamenta-se em quatro pilares: Participação dos funcionários, Formação

de grupos autônomos de trabalho, Inovação no sistema de recompensas para

influenciar o clima organizacional e Melhorias no ambiente quanto a condições

físicas, psicológicas e horários de trabalho.

Esse primeiro modelo revela a relação da participação e da autonomia com a

melhoria nos locais de trabalho. De acordo com o modelo, à medida que esses

35

quatro elementos são incrementados, há transição positiva na qualidade de vida no

trabalho.

O segundo modelo, de Hackaman e Oldman, desenvolve-se sobre as

dimensões de cargos, que, segundo os autores, oferecem recompensas que

produzem a satisfação e motivação para o trabalho. (Chiavenato, 2004).

Resumidamente, as dimensões do cargo são: variedade de habilidades, identidade

de tarefa, significado da tarefa, autonomia, retroação extrínseca e inter-

relacionamento. (Chiavenato, 2004).

A utilização das várias competências, a formalização de todas as tarefas

percebendo-se os resultados como um todo, a significação do próprio trabalho dos

colegas, a autonomia e independência no desenvolvimento da função, a auto-

avaliação, o reconhecimento e o feedback dos superiores hierárquicos e o bom

relacionamento interpessoal com os funcionários e mesmo com os clientes externos

são princípios básicos deste segundo modelo para obtenção de bons resultados na

qualidade de vida no trabalho.

O ultimo modelo citado por Chiavenato (2004) é o de Walton. Para este autor,

há oito compensações justa e adequada:

o equilíbrio entre as remunerações internas e do mercado de trabalho;

o condições de segurança e saúde no trabalho;

o dimensões, jornada de trabalho e ambiente físico adequados a saúde;

o utilização e desenvolvimento de capacidades;

o considerações das habilidades e conhecimento do funcionário;

o oportunidade de crescimento contínuo e segurança;

o possibilidades de carreira e desenvolvimento pessoal;

o interação social na organização;

o quebra das barreiras hierárquicas e bom relacionamento interpessoal;

o constitucionalismo: estabelecimento de regras, direitos e deveres e

clima democrático na organização;

o trabalho e espaço total de vida: espaço e cuidado para que o

empregado aproveite também o seu lazer e sua vida particular;

o relevância social da vida no trabalho: orgulho pela administração

eficiência na busca de boa imagem perante a sociedade.

36

Ainda citam como importante para a manutenção da saúde nos locais de

trabalho, programas que envolvam ginástica laboral, descanso e intervalos para

jogos de grupo, leituras, caminhadas ou mesmo, o tradicional, saudável e

recomendado descanso após o almoço, massagens, aulas de orientação alimentar,

posturas e balanceamento de exercícios incluem-se neste tipo de programação.

Campanhas contra fumo, bebidas e obesidade completam, por fim, todo processo de

busca por saúde e satisfação nos locais de trabalho.

Ao analisar os três modelos escolhidos por Chiavenato, anteriormente

detalhados, verificam-se a similaridade de alguns tópicos. Bastante presentes nos

modelos de qualidade de vida no trabalho aparecem à autonomia, a oportunidade de

desenvolvimento de capacidades, o bom relacionamento interpessoal e a diminuição

dos níveis hierárquicos. Tais fatores se confirmam que as ações devem estar

focadas no novo capital humano, caracterizado e interessado em desenvolver suas

habilidades com autonomia, num ambiente harmonioso e de dimensões horizontais,

em que as decisões são tomadas em conjunto e não deliberadas do topo da cadeia

hierárquica. Pode-se afirmar, com todo o exposto, que não há um único e perfeito

modelo de qualidade de vida no trabalho a ser escolhido como o mais eficaz. Cada

modelo enfatiza questões importantes e condizentes com a realidade das

organizações. Deve-se lembrar de que o primeiro passo e considerar a suprema

saliência deste tema e buscar, de acordo com as especificidades relacionadas a

cada ambiente, atender, de maneira gradativamente e constantemente avaliada, as

deficiências do sistema.

5.2 Cultura organizacional e qualidade de vida

Dentro da organização a cultura organizacional trata-se das características

que a organização valoriza e isso inclui os seus valores e crenças que configuram

cenários que determinam em grande parte a qualidade de vida. São muitos os

argumentos utilizados para a definição dos privilégios, desde admitir que a empresa

seja hierarquizada, que determinadas funções requerem benefícios e estão

habituadas a um padrão de vida mais elevado. O tratamento diferenciado nos dá a

37

impressão de que alguns têm privilégios, contribuindo assim para a auto-estima e a

expectativa de promoção. Já para os que não tem privilégio, resta o pesado

sentimento de discriminação e injustiça.

Outros valores da cultura organizacional que afetam a qualidade de vida: o

atendimento prestado ao cliente externo, a importância real a ele atribuída, a forma

como as suas reclamações são analisadas e encaminhadas, o tratamento aos

fornecedores e as reclamações com a comunidade.

Tudo isso configura a imagem da empresa e faz com que as pessoas se

orgulhem ou não de fazer parte do seu quadro de funcionários.

5.3 Higiene no trabalho

Higiene no ambiente de trabalho está relacionada com o diagnóstico e com a

preservação de doenças ocupacionais a partir do estudo e controle de duas

variáveis: o homem e o seu ambiente de trabalho.

A higiene do trabalho ou higiene industrial, como muitos a denominam, tem o

caráter eminente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador,

evitando assim que a doença se ausente provisoriamente ou definitivamente do

ambiente de trabalho. Entre os objetivos principais da higiene do trabalho estão: A

eliminação das causas das doenças profissionais, redução dos efeitos provocados

pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de necessidades especiais,

prevenção de agravamento de doenças e de lesões, manutenção da saúde dos

trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de

trabalho.

Segundo Chiavenato (2004), um ambiente de trabalho agradável pode

melhorar o relacionamento interpessoal e a produtividade, bem como reduzir

acidentes, doenças, absenteísmo e rotatividade do pessoal, ou seja, nos tempos

modernos e nas empresas bem sucedidas transformar o local de trabalho em um

ambiente agradável se tornou um fator primordial.

38

5.4 Estresse no trabalho

O ambiente de tensão no quais os profissionais vivem hoje se caracteriza por

ser um misto de suas preocupações da vida pessoal com a profissional. É possível

desvincular os aspectos psicológicos e os desgastes que envolvem estas duas

esferas do profissional hoje.

Segundo Chiavenato (2004), pesquisas revelam que o ruído ambiental,

decorrente de máquinas funcionando, pessoas conversando e telefones tocando,

contribui para o estresse em 54% das atividades de trabalho, ou seja, estresse é um

estado produzido por uma mudança no ambiente que é percebido como desafiador,

ameaças ou perigoso.

Estresse é um conjunto de relações físicas, químicas e mentais de uma pessoa decorrente de estímulos ou estressores que existem no ambiente. É uma condição dinâmica, na qual uma pessoa é confrontada com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com o que ela deseja. (CHIANENATO, 2004, p.433).

O estresse é a resposta do nosso organismo a estímulos e pressões internas

e externas do ambiente, de forma que reagimos fisicamente e emocionalmente, às

mudanças. Mudanças são sempre estressantes e até mesmo as boas provocam

ansiedade e sensação de perda do controle da situação, pelo simples fato de que

elas nos obrigam a lidar com o que não nos é familiar.

Aprender a perceber e gerenciar respostas às mudanças nos ajuda a

perceber e reconhecer atitudes e oportunidades. Cada um reage de forma diferente

diante das situações. Porém, o que pode ser extremamente estressante para um,

não seja tão estressante para o outro.

6 SAÚDE OCUPACIONAL

Segundo Chiavenato (2004), uma maneira de definir saúde é a ausência de

doenças. Contudo, os riscos de saúde como riscos físicos e biológicos, tóxicos e

39

químicos, bem como condições estressantes de trabalho podem provocar riscos no

trabalho.

Na relação do homem com o trabalho, não somente se “ganha” como também

se constrói a vida, estabelecendo-se um status social que não se restringe ao

ambiente físico do trabalho. Pelo contrário, a atividade profissional é parte primordial

do universo social e individual de cada um, podendo ser traduzida tanto como meios

de equilíbrio e de desenvolvimento quanto fator diretamente responsável por danos

a saúde.

Nos estudos sobre as condições de trabalho, tem-se reconhecido cada vez

mais a existência de fatores de agressão a saúde relacionados com o trabalho:

determinação, desgaste, envelhecimento precoce são implicados das diferentes

relações do homem com o seu trabalho.

Inúmeras têm sido as ocorrências de agravo a saúde mental relacionadas

com o trabalho, cujas causas básicas repousam nos fatores subjetivos e

psicossociais. Nesse âmbito é que se insere a psicopatia do trabalho: o sofrimento

está no centro da relação psíquica do homem com o trabalho. Não se trata de

eliminar esse sofrimento esta no centro da relação psíquica do homem com o

trabalho. Dentre outras diretrizes, a psicopatologia trata das consequências mentais

do trabalho mesmo na ausência de doenças. Trata-se do impacto da organização

científica do trabalho sobre a saúde mental do trabalhador. O principal fator

determinante da psicopatologia do trabalho é a própria organização do trabalho,

geradora do conflito na medida em que ocorre que opõe o desejo do trabalhador a

realidade limitada do trabalho. A destruição desse desejo se dá em função de dois

pontos cruciais, o conteúdo das tarefas e as relações humanas.

6.1 O trabalho como lazer, não como obrigação

O exercício de qualquer atividade tem como premissas o bem material –

salário, plano de saúde, previdência e premiações – e o bem emocional – satisfação

naquilo que se realiza e trabalho com o que realmente se gosta.

40

Hoje parece que consideramos a necessidade do trabalho como um fator preestabelecido. Alguns dizem que se trata de uma necessidade psicológica. Muitos replicariam que a única razão para trabalhar é a subsistência. (DONNKIN, 2003, p.4).

Na conjuntura atual, percebe-se que a grande maioria dos trabalhadores

exerce atividade profissional para o sustento da família. São poucas as pessoas que

se sentem realizadas na sua profissão e prazerosamente das atividades que

desempenham. Muitos são os que contam regressivamente os dias da semana até

que o descanso chegue novamente. Poucos são os que, ao acordarem, cantam

felizmente por mais um dia de trabalho pela frente. Essa visão cultural estabelecida

e enraizada em nossa sociedade contribui enormemente para o descontentamento

no local de trabalho. Daí a importância dos programas de qualidade de vida que,

além de se aplicarem a melhoria da saúde física dos funcionários, desenvolverem o

emocional, incentivando a vontade e o ânimo, transformando o ambiente em

agradável e instigador e, por fim, desfortalecendo a imagem de trabalho associada

unicamente à obrigação e a forma de sustento.

Precisamos desesperadamente de uma nova psicologia de trabalho, de um desmantelamento total das antigas desmarcações entre ele e o lazer. (DONKIN, 2003, P. 8).

Trabalho pode e deve ser sinônimo de diversão, sem que haja culpa ou

constrangimento. O lazer pode estar relacionado à função exercida, aos contratos e

relacionamentos interpessoal e a interação da equipe.

7 A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO: Um Estudo de Caso no Supermercado Paracatu - Paracatu/MG.

7.2 Histórico da empresa

Em outubro de 1989 o Supermercado Dona Beija (Supermercado Paracatu),

abria as suas portas, era ainda um supermercado pequeno, mas já se destacava

41

pela qualidade e atendimento, buscando sempre responder as necessidades de

seus clientes, desde a atenção especial durante a compra até a qualidade dos seus

produtos.

A missão do Supermercado Paracatu é oferecer aos clientes produtos e

serviços de qualidade com variedade, atendimento diferenciado e excelência em

alimentação proporcionando bem estar em um ambiente agradável e sempre

fazendo o melhor para os seus clientes.

O Supermercado Paracatu cresceu junto com a cidade para assim atender as

necessidades da população, ampliou-se, modernizou-se e hoje tem uma área de

mais de 1000 metros quadrados e conta com a ajuda de mais de 100 funcionários e

gera muitos outros empregos indiretos. Ajundando assim a garantir vida digna para

muitas famílias Paracatuenses.

7.2 Metodologia

A pesquisa permite que se entre em contato direto com tudo aquilo que foi

escrito sobre determinado assunto, o que possibilita o reconhecimento dos aspectos

importantes que cercam o tema, no caso específico deste estudo, a motivação das

pessoas dentro da organização.

A metodologia utilizada será a de pesquisa bibliográfica e exploratória

centrada em estudo de caso. A pesquisa bibliográfica estará baseada nas

contribuições teóricas dos principais autores sobre o tema gestão de pessoas e se

dará através de livros, artigos publicados e endereços eletrônicos na internet.

A pesquisa exploratória - estudo de caso será realizado por meio da

observação e vivência na empresa e aplicação de questionários a todos

colaboradores do Supermercado Paracatu, e conseqüente relatório final de planos e

sugestões.

42

7.3 Diagnóstico da satisfação dos funcionários

Com base em análise no questionário, aplicado no Supermercado Paracatu

verifica-se o nível de satisfação descrita pelos funcionários dentre outros fatores que

influenciam na motivação dos mesmos.

Como podemos observar no gráfico 01, os funcionários do supermercado

Paracatu, em 80% acham que existe de alguma forma a motivação dos funcionários

e 20% consideram não existir programas motivacionais.

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Funcionários que acreditam

que existe motivação

Funcionários que acreditam

que não existe motivação

%

Gráfico 01: Referente a programa motivacional.

Fonte: Elaborada pela autora.

Como podemos ver no gráfico 2 a qualidade de vida oferecida pela empresa

10% acham ruim, 60% boa e 30% dos funcionários acham ótima.

0 10 20 30 40 50 60

Ruim

Boa

Ótima

%

Gráfico 02: Referente à qualidade de vida.

Fonte: Elaborada pela autora

43

Quanto à importância de a empresa criar programas motivacionais 60% dos

funcionários acham muito importante, 25% acham importante mais nem tanto e 15%

acham que não tem necessidade.

0 10 20 30 40 50 60

Não há necessidade

Sim, importante mas

nem tanto

Sim, muito

importante

%

Gráfico 03: Referente à importância de criar programas motivacionais.

Fonte: Elaborada pela autora.

Já 20% dos funcionários acham que sempre são tratados com respeito

independente do seu cargo, e 10% quase sempre, 40% raramente e 30% alegam

que nunca são bem tratados.

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Nunca

Raramente

Quase sempre

Sempre

Gráfico 04: Referente ao tratamento dado aos funcionários.

Fonte: Elaborada pela autora.

44

Cerca de 50% dos funcionários consideram a empresa sempre um bom lugar

para se trabalhar, 40% quase sempre, 10% raramente.

0 10 20 30 40 50

Sempre

Quase sempre

Raramente

Gráfico 05: Referente ao ambiente da empresa.

Fonte: Elaborada pela autora.

Os funcionários em 10% sentiram-se seguro ao dizer o que pensam dentro da

empresa, 15% quase sempre, 20% raramente e 55% não se sentem seguros ao

expressar suas opiniões.

0 10 20 30 40 50 60

Sentem seguros

Quase sempre

Raramente

Não se sentem seguros

Gráfico 06: Referente à liberdade de expressão dentro da organização.

Fonte: Elaborada pela autora.

45

Quanto ao reconhecimento do trabalho pela empresa 20% sempre e

reconhecida, 10% quase sempre, 40%raramente e 30% nunca tem o seu trabalho

reconhecido.

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Gráfico 07: Referente ao reconhecimento dos funcionários.

Fonte: Elaborada pela autora.

Quanto a remuneração 5% dizem que sempre são bem remunerados, 15%

quase sempre, 30% raramente e 50% dos funcionários acham que nunca são bem

remunerados.

0 10 20 30 40 50

Bem remunerados

Quase sempre

Raramente

Nunca

Gráfico 08: Referente à remuneração dos funcionários.

Fonte: Elaborada pela autora.

46

Já referente se as condições físicas de trabalho são boas, 10% acham que

sim, 17% não, e 73% acham que são mais ou menos.

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Sim

Não

Mais ou menos

Gráfico 09: Referente às condições físicas de trabalho.

Fonte: Elaborada pela autora.

Quanto aos benefícios oferecidos pela empresa perguntamos se o mesmo

atendia as necessidades de cada um, foi respondido que 40% sim, atende as suas

necessidades, 60% acham que não atendem as suas necessidades.

0 10 20 30 40 50 60

Sim

Não

Gráfico 10: Referente aos benefícios oferecidos pela empresa.

Fonte: Elaborada pela autora.

Quando foi perguntado se os funcionários estavam satisfeitos com o serviço

15% disseram estar muito satisfeito, 25% satisfeitos, 60% insatisfeitos.

47

0 10 20 30 40 50 60

Muito satisfeito

Satisfeitos

Insatisfeitos

Gráfico 11: Referente à satisfação dos funcionários.

Fonte: Elaborada pela autora.

Ao perguntar se a empresa se preocupa em não prejudicar os interesses

pessoais dos funcionários 20% disseram que sempre, 20% quase sempre, 35%

raramente e 25% disseram que a empresa nunca se preocupa em não atrapalhar.

0 5 10 15 20 25 30 35

Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

Gráfico 12: Referente à preocupação em ajudar os funcionários.

Fonte: Elaborada pela autora.

Quanto aos equipamentos de segurança oferecidos pelo Supermercado 30%

disseram que são adequados e 70% acham que não são adequados.

48

0 10 20 30 40 50 60 70

Sim

Não

Gráfico 13: Referente ao equipamento de segurança.

Fonte: Elaborada pela autora.

7.4 Análise dos resultados e sugestões feitas pelos funcionários do Supermercado Paracatu.

Avaliando as pesquisas aplicadas, constatamos que a maioria dos

funcionários do Supermercado Paracatu estão de certa forma insatisfeitos com as

poucas formas de motivação e com as ferramentas utilizadas pela empresa para

oferecer a eles melhores condições no ambiente de trabalho. Porém, propõe-se que

a empresa programe melhores técnicas para se criar e manter a motivação de seus

funcionários como:

o estabelecer um programa de motivação continuo baseados em metas

individuais de acordo com a função de cada um, e dependendo do seu

desenvolvimento durante todo ano criar uma participação nos lucros (PL);

o reconhecer a dedicação dos seus funcionários de forma justa e sem nenhum

tipo de exclusão;

o realização de treinamentos para seus funcionários com o objetivo de capacitar

o capital intelectual, transformando em agentes de informação, de maneira

que estes consigam aplicar seus conhecimentos para a melhoria da empresa;

o programar eventos que visão melhorar o relacionamento interpessoal e assim

aumentar a auto-estima de cada um;

49

o criar um ambiente apropriado para que os funcionários possam fazer suas

refeições de forma mais confortável proporcionando uma maior privacidade.

50

8 CONCLUSÃO

Pode-se constatar que o presente trabalho serviu então para a compreensão

dos fatores motivacionais e sua aplicação na organização contribui para o

crescimento pessoal. As teorias apresentadas são enriquecedoras para a

compreensão de descoberta e diferenças no comportamento motivado, servido para

a eficaz utilização no dia-a-dia.

A motivação e a qualidade de vida dos funcionários são assuntos que não

podem ser esquecidos pelas empresas, porque os empresários não pensam

somente em desenvolver seu trabalho visando somente o seu bem estar e

atendendo suas necessidades, eles trabalham conforme são motivados e conforme

suas condições de trabalho. Os empregados não trabalham somente pela sua

remuneração, eles procuram muito mais do que isso, eles querem dignidade e

qualidade de vida.

Quanto maior sua condição de trabalho e sua qualidade de vida, mais

lucrativa e competitiva tornaram sua empresa. Muito mais do que conhecimentos

técnicos, o maior diferencial, hoje é a motivação e o comprometimento que os

funcionários para com a qualidade e excelência do trabalho realizado para os seus

empregadores. Muitas vezes as empresas não percebem que seus funcionários

estão desmotivados e como consequência quem perde é ela mesma. Ao mesmo

tempo o funcionário que estiver bastante motivado em seu ambiente de trabalho e

contente com a empresa, tem o reconhecimento dos seus colegas e pelos

superiores e o seu desenvolvimento tende somente a crescer. Assim aquele que se

prepara conscientemente para o seu futuro só tem a ganhar, pois se o futuro for

melhor e mais exigente ele estará preparado e se for pior ele se sobressairá sobre

os demais.

Conclui-se que todas as empresas precisam ter programas de motivação,

com isso ela só tem a crescer e ao mesmo tempo ela oferecerá melhores condições

de vida para os seus funcionários que trabalharão mais satisfeitos e mais

orgulhosos. Para isso o empregado e o empregador devem estreitar sua relação e

os programas devem ser de acordo com as necessidades de cada funcionário,

satisfazendo assim e todos.

51

REFERÊNCIAS

o BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas organizações. São Paulo: Ed. Atlas, 1997.

o CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e pratica. 4.ed. rio

de janeiro:Ed. Elsiever,2007. o CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed.

Elsievier,2004. o CHIAVENATO, Idallberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos

humanos na organização. Rio de janeiro: Ed. Elsievier, 1999. o CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a tória geral da administração. 6 ed. São

Paulo:Campus,2003.

o CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. São Paulo: Ed.Atlas, 1985. o DONNKIN, Richard. Sangue,Suor e Lagrimas: a evolução do

trabalho.2ªed.São Paulo:Ed. Atlas, 2003. o FIORELLI, Jose Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e

pratica/ Jose Osmir Fiorelli. 4ªed. São Paulo: Atlas, 2004. o MINICUCCI, Agostinho.Psicologia aplicada a administração. 5 ed. São

Paulo:Ed. Atlas, 1995.

o PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-Reitoria de Graduação. Sistema de Bibliotecas. Padrão PUC Minas de normalização: normas da ABNT para apresentação de trabalhos científicos, teses, dissertações e monografias. Belo Horizonte, 2010.

o ROBBINS, Stephen. Comportamento Organizacional. 11 ed. São Paulo: Editora

Pearson Prentice Hall , 2006.

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o ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em

Administração. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

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APÊNDICE - QUESTIONÁRIO

1. Existe algum programa motivacional?

( ) não ( ) sim

2. Como você avalia a qualidade de vida oferecida na organização?

( ) Ruim ( ) Boa ( ) Ótima

3. Você acha importante que haja um programa de motivação e qualidade de

vida?

( ) Sim muito importante .

( ) Sim é importante mais nem tanto.

( ) Não há necessidade.

4. Os funcionários são tratados com respeito, independentemente do cargo que

ocupam?

( ) sempre ( ) quase sempre ( ) raramente ( ) nunca

5. Considera a empresa um bom lugar para trabalhar?

( ) sempre ( ) quase sempre ( ) raramente ( ) nunca

6. Os funcionários sentem-se seguros em dizer o que pensam?

( ) sempre ( ) quase sempre ( ) raramente ( ) nunca

7. Existe reconhecimento do trabalho bem feito do funcionário?

( ) sempre ( ) quase sempre ( ) raramente ( ) nunca

8. Sua remuneração é adequada ao trabalho que você faz?

( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

9. As condições físicas de trabalho na empresa são satisfatórias?

( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

10. Os benefícios oferecidos pela empresa atendem as suas necessidades?

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( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

11. Você esta satisfeito por trabalhar na empresa?

( ) muito satisfeito ( ) satisfeito ( )insatisfeito ( ) muito insatisfeito

12. A empresa permite que o seu trabalho não prejudique os seus interesses

pessoais ou familiares?

( ) sempre ( ) quase sempre ( ) raramente

( ) nunca ( ) não tenho opinião.

13. Os equipamentos de segurança da empresa são adequados para proteger os

funcionários no trabalho?

( ) sim ( ) não ( ) não existe

14. Que sugestões você daria para tornar a empresa um lugar melhor para

trabalhar?