a importância da atividade física na qualidade de vida do idoso

8/14/2019 A Importncia da atividade fsica na Qualidade de Vida do Idoso

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CENTRO DE ESINO ATENAS MARANHENSE

FACULDADE ATENAS MARANHENSE

CURSO DE PS-GRADUAO EM GESTO ESTRATGICA DE PESSOAS

Luzia Arcanja da Cruz Soares dos Santos

Maria do Nascimento Mondego de Oliveira

A IMPORTNCIA DA ATIVIDADE FSICA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO:

estudo de caso do Programa de Ao Integrada ao Aposentado, em So Lus MA

So Lus

2007


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Orientador

Prof. Gerisval Pessoa

So Lus

2007


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RESUMO

O estudo objetivou anlise da influncia da atividade fsica na promoo da

qualidade de vida do idoso, comprovando que a prtica assdua dessa atividade

constitui fator importante no processo de resgate da auto-estima, sociabilidade e

valorizao da pessoa da Terceira Idade. Assim, o processo metodolgico da

pesquisa recorreu tcnica de coleta de dados, atravs de questionrio com 62

(sessenta e dois) aposentados do Servio Pblico Estadual, participantes das

oficinas de atividade fsica do Programa de Ao Integrada Para o Aposentado

(PAI), em So Lus Maranho.

Palavras-chaves: Atividade Fsica. Qualidade de Vida. Aposentado.

1 INTRODUO

A prtica regular de atividade fsica sempre esteve relacionada imagem

de pessoas saudveis, ativas e de vigor. Antigamente, existia a idia de que algunsindivduos apresentavam uma predisposio gentica prtica da atividade fsica,

pois possuam boa sade, vigor fsico e disposio mental, assim como tambm,

havia quem defendesse que a atividade fsica representava um estmulo ambiental

responsvel pela ausncia de doenas, sade mental e boa aptido fsica. Hoje,

entende-se que os dois conceitos se relacionam.

Alunas do Curso de Ps-Graduao em Gesto Estratgica de Pessoas da Faculdade AtenasMaranhense.


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Na associao entre o exerccio e a sade, sabe-se que a adoo de um

estilo de vida no-sedentrio, calcado na prtica regular de atividade fsica reduz o

risco para o desenvolvimento da maioria das doenas crnicas degenerativas, alm

de servir como elemento promotor da auto-estima e do convvio social.

O objetivo principal deste artigo foi, portanto, analisar a influncia da

atividade fsica na promoo da qualidade de vida do idoso integrante do Programa

de Ao Integrada para o Aposentado (PAI), desenvolvido pelo Governo Estadual do

Maranho (MA). Especificamente, o estudo identificou os fatores que favorecem a

promoo da qualidade de vida por meio da atividade fsica, as contribuies para o

idoso aps a execuo das mesmas, alm de verificar o grau de satisfao pessoal

do idoso praticante da atividade fsica oferecida pelo Programa PAI.A metodologia utilizada neste artigo foi desenvolvida em seis meses, por

meio de pesquisa bibliogrfica, tendo um carter descritivo e explicativo, e por meio

do levantamento de informaes qualitativas e quantitativas, recorrendo tcnica de

coleta de dados, que incluiu a aplicao de questionrio aberto e fechado, para

verificao do nvel de satisfao do idoso durante a prtica da atividade fsica. A

pesquisa de campo teve como universo, o aposentado do Servio Pblico Estadual

cadastrado no Programa PAI, com idade entre 47 79 anos, participantes deatividade fsica, que totalizam 423 aposentados, distribudos em seis modalidades:

natao, ginstica localizada, tai-chi-chuan, dana, musculao e futsal. A amostra

da pesquisa foi composta por 62 (sessenta e dois) aposentados, correspondendo a

14,65 % do total, com um erro amostral de 12%.

No primeiro tpico do estudo, trata-se da importncia das atividades

fsicas sobre o organismo das pessoas, elencando algumas contribuies que os

dos exerccios trazem a vida de cada indivduo.No segundo tpico aborda-se sobre a qualidade de vida, em que se

realiza uma anlise conceitual, dentro de uma abordagem dos aspectos sociais.

Analisa-se a qualidade de vida no trabalho e reflete-se sobre a qualidade de vida do

idoso, destacando as funes necessrias para que ele viva de forma independente.

No terceiro tpico apresenta-se o resultado da pesquisa de campo,

contextualizando o Programa PAI, como ambiente da pesquisa, analisando os dados

coletados junto aos idosos participantes do referido Programa, e discutindo sobre os

resultados da pesquisa.


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2 A IMPORTNCIA DA ATIVIDADE FSICA PARA A SADE DAS PESSOAS

Na concepo de Marcello Montti (2007, p. 1), atividade fsica definida

como:

Um conjunto de aes que um indivduo ou grupo de pessoas praticaenvolvendo gasto de energia e alteraes do organismo, por meio deexerccios que envolvam movimentos corporais, com aplicao de uma oumais aptides fsicas, alm de atividades mental e social, de modo que tercomo resultados os benefcios sade.

Entende-se que atividade fsica todo e qualquer movimento corporalproduzido pela musculatura esqueltica (voluntria) que resulta em gasto energtico

acima dos nveis de repouso (ALMEIDA, 2007).

A prtica regular de exerccios fsicos fundamental para manter a sade,

porque beneficia variveis fisiolgicas, psicolgicas e sociais. Portanto, uma vida

ativa, no-sedentria, um fator que contribui significativamente para o bem-estar

das pessoas.

No Brasil, o sedentarismo um problema que vem assumindo grandeimportncia, porque afetaria aproximadamente 70% da populao brasileira,mais do que a obesidade, a hipertenso, o tabagismo, o Diabetes Mellitus eo colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54%do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derramecerebral, as principais causas de morte em nosso pas. Assim, vemos comoa atividade fsica assunto de sade pblica (MONTTI, 2007, p. 1).

Em grande parte dos pases em desenvolvimento, mais de 60% dos

adultos no praticam um nvel adequado de exerccio fsico, sendo que a pessoa

mais sujeita ao sedentarismo : o idoso, a pessoa de nvel scio-econmico mais

baixo e o indivduo incapacitado (MONTTI, 2007).

A prtica regular de exerccios fsicos acompanha-se de benefcios que se

manifestam sob todos os aspectos do organismo, e que auxiliam na preveno e no

controle de doenas, sendo importantes para a reduo da mortalidade associada a

elas, alm de exercer efeitos no convvio social do indivduo, tanto no ambiente de

trabalho quanto no familiar.

A escolha da atividade fsica adequada deve, no entanto, levar em conta,

alguns fatores, como idade, por exemplo. Assim, a atividade fsica promove


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benefcios, desde que respeitados algumas variveis como, em alguns casos, a

prpria avaliao mdica para a prtica do exerccio.

Entre as contribuies que a atividade fsica regular traz ao indivduo

encontra-se: reduo substancial do risco de doenas cardiovasculares, do cncer

de clon, do Diabetes Mellitus e da hipertenso; controle do peso corporal;

fortalecimento dos ossos, articulaes e msculos; alvio da dor oriunda da artrite;

diminuio dos sintomas de ansiedade e depresso; e diminuio do nmero de

hospitalizaes, visitas mdicas e medicao.

Especificamente, a atividade fsica regular entre idosos est associada

reduo do ndice de quedas, e diminuio do risco de doenas cardiovasculares, do

Diabetes Mellitus, da depresso, da obesidade, das fraturas relacionadas osteoporose e dficit cognitivo, alm da promoo da sensao de bem-estar

(ALMEIDA, 2007).

A prtica regular de exerccios fsicos tambm aumenta a fora muscular,

aprimora a flexibilidade e a amplitude de movimento, alm de diminuir o percentual

de gordura, do risco de osteoporose, da ansiedade e depresso, e melhorar a

esttica corporal, a auto-estima, a auto-imagem, a integrao e a socializao.

Assim, fica fcil entender a importncia da atividade fsica para a sade ea qualidade de vida, de todas as pessoas. Com o crescente desejo de se viver mais

e melhor, todas as formas de atividade fsica, desde as mais simples at as mais

sofisticadas esto em evidncia, aes que envolvem exerccios fsicos ganham

destaque, principalmente pela sua ao preventiva (VIANA, 2007).

Deve-se ressaltar que a prtica de atividade fsica deve ser sempre

indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo mdicos,

fisioterapeutas e profissionais de Educao Fsica, pois a atividade fsica consisteem exerccios bem planejados e bem estruturados. Eles conferem benefcios aos

praticantes, como o aumento da longevidade, a disposio e a sade. Ou seja, com

atividade fsica h uma melhora significativa da qualidade de vida.

A sade uma conquista que deve ser permanentemente conquistada.

Portanto, manter a sade uma tarefa que precisa ser realizada diariamente. Nesse

contexto, a preocupao com qualidade de vida uma forma de valorizar a sade e

diminuir os fatores que conduzem mortalidade, importante na atua dinmica

vivenciada pelo indivduo contemporneo.


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3 QUALIDADE DE VIDA

Segundo Cardoso (2006 apud DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004),

qualidade uma expresso do nvel de auto-realizao e por isso se reflete no

trabalho bem feito. Como sinnimo de perfeio, a qualidade refletir a realidade de

se ter atingido um valor mximo.

Nas ltimas dcadas, a qualidade de vida tem sido um dos grandes focos

de ateno de autoridades e tambm da populao. Tornou-se um grande foco de

ateno para negcios, desde vendas e comrcio das mais variadas formas e tipos

de produtos, podendo ser encontrada em propagandas de condomnios residenciais,comidas, remdios, treinamentos e capacitao dos trabalhadores etc.

Minayo, Hartz e Buss (2000) reforam que o termo qualidade de vida tem

servido para designar diversos tipos de acontecimentos como Congressos,

seminrios, classificaes de trabalho, entre outros.

Para esses autores, de acordo com o que foi apresentado na abertura do

2 Congresso de Epidemiologia em 1994, qualidade de vida:

[...] aquela que oferea um mnimo de condies para que os indivduosnela inseridos possam desenvolver o mximo de suas potencialidades,sejam estas: viver, sentir ou amar, trabalhar, produzindo bens e servios,fazendo cincias ou artes (MINAYO, HARTZ; BUSS, 2000, p. 8).

A qualidade de vida um conceito ligado ao prprio desenvolvimento

humano. No significa apenas que o indivduo tenha apenas sade fsica ou mental,

mas que ele viva bem consigo mesmo, com a vida, com as pessoas que os rodeiam.

Isso significa que ter qualidade de vida estar em equilbrio pessoal e grupal, tendoo controle sobre tudo que acontece a sua volta.

Ainda no seu sentido geral, qualidade de vida, de acordo com Silva (1999,

p. 261):

Aplica-se ao indivduo aparentemente saudvel e diz respeito ao seu graude satisfao com a vida nos seus mltiplos aspectos que a integram:moradia, transporte, alimentao, lazer, satisfao/realizao profissional,vida sexual e amorosa, relacionamentos com outras pessoas, liberdade,

autonomia e segurana financeira.


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Quando qualidade de vida analisada no seu sentido especfico

apresenta em cada rea, uma definio caracterstica, sendo que na rea ligada

sade qualidade de vida aplica-se a pessoas sabidamente doentes e diz respeito ao

grau de limitao e desconforto que a doena e /ou a sua teraputica acarretam ao

paciente e a sua vida (SILVA, 1999, p. 261).

Tambm para garantir uma boa qualidade de vida, o indivduo deve ter

hbitos saudveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vrios outros hbitos

que o faam se sentir bem, que tragam boas conseqncias, como usar o humor pra

lidar com situaes de stress, definir objetivos de vida e, o principal, sentir que tem

controle sobre a prpria vida.

Mas, no se deve esquecer que a viso da qualidade de vida encontra-seexpressa segundo alguns indicadores determinantes tais como: situao scio-

econmica geral e polticas pblicas voltadas para o bem-estar social. Portanto, os

governos tm tambm sua responsabilidade sobre a questo da qualidade de vida.

3.1 Qualidade de vida no trabalho

Na viso de Rosa (2003), a qualidade comea e termina no ser humano,

pois ele que percebe a qualidade desejada. Portanto, se a qualidade

caracterstica da necessidade humana, o trabalho, por sua vez, abrange todas as

dimenses humanas, desde as necessidades bsicas do homem at as condies

materiais.

S que as satisfaes do indivduo no trabalho devem est de acordocom as metas organizacionais verificando-se algumas variveis, tais quais: a

autonomia para o trabalhador, o empenho e a motivao para obter resultados

positivos.

J Frana (2001 apud DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004) considera como

indicadores determinantes da qualidade de vida no trabalho: o salrio compatvel, a

estabilidade no emprego, o lazer e a credibilidade da empresa na comunidade.

Segundo Alonso (2000 apud COSTA; GERMANO, 2004, p. 512), a

satisfao no trabalho no determinada somente pela empresa, pois fatores como

sade, educao e moradia so responsabilidades que pertencem a um projeto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lazerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Humorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lazerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo


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social de cunho poltico que escapa s obrigaes da empresa. Mas, o papel da

empresa fundamental na questo em foco, pois o feedback1 fornecido pela

empresa ao trabalhador base para a obteno de satisfao de necessidades

psicolgicas e individuais do mesmo.

Assim, a qualidade de vida no trabalho est relacionada com a satisfao

dentro e fora da empresa, relacionando-se ainda, com a importncia dos programas

de preparao para a aposentadoria existente dentro das mesmas.

3.2 Qualidade de vida do idoso

Conforme dita a Organizao Mundial de Sade (OMS), a idade de 60

anos o marco do incio da Terceira Idade, ou seja, a pessoa idosa aquela que

possuem a idade acima de60 anos (COSTA; GERMANO, 2004).

Qualidade de vida para o idoso pode ser interpretada como o fato dele

cumprir com as funes dirias bsicas de maneira adequada e conseguir viver de

forma independente, melhorando a auto-estima e facilitando o bem-estar, conformemencionam Spirduso e Cronin (2001 apud DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

Assim, so vrias as atividades que podem propiciar a qualidade de vida ao idoso:

convvio familiar e social, atividades laborais, atividades fsicas etc.

Referente ao convvio familiar e social entende-se que fundamental para

a sade psicolgica do idoso, a permanncia do mesmo junto famlia e a

comunidade no qual ele inserido. Nesse sentido, no se pode negar que a famlia

tem um papel primordial na construo e na vida do indivduo, pois interfere noprocesso de sade-doena de seus membros, individual e coletivamente.

Com relao s atividades laborais, sabe-se que algumas empresas j

aceitam funcionrios da Terceira Idade em seu corpo funcional, inclusive mulheres,

contratando idosos para exercerem funes compatveis, conforme suas

habilidades, desenvolvendo, assim, a boa qualidade de vida do mesmo, a partir da

sua reintegrao s atividades de trabalho (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

1 o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu desempenho nosentido de atingir seus objetivos. ATTENDER. Feedback. Disponvel em:http://www.attender.com.br/publico/dicas/comun-feedback.htm>. Acesso em: 14 nov. 2007.


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Com relao s atividades fsicas, sabe-se tambm que a falta de aptido

fsica e a capacidade funcional pobre so umas das principais causas de baixa

qualidade de vida nos idosos. Com o avano da idade, h uma reduo da

capacidade cardiovascular, da massa muscular, da fora e flexibilidade musculares,

sendo que esses efeitos so exacerbados pela falta de exerccio (MONTTI, 2007).

Est mais do que comprovado que os idosos obtm benefcios da prtica

de atividade fsica regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanas corporais,

melhora a auto-estima, a autoconfiana e a afetividade, aumentando a socializao.

Papalo Neto (2002) referencia que o envelhecimento pode ser

conceituado como um processo dinmico e progressivo, no qual h alteraes

morfolgicas e funcionais, que vo alterando progressivamente o organismo.Por essa razo, Montti (2007, p. 1) adverte que, a prtica de exerccios

pelo idoso exige uma avaliao mdica cuidadosa e a realizao de determinados

exames, dependendo de cada caso, pois isso permitir ao mdico indicar a melhor

atividade, que pode incluir: caminhada, exerccio em bicicleta ergomtrica, natao,

hidroginstica e musculao. As vantagens da prtica de exerccios para idosos

dependem de como se processa o envelhecimento e da rotina de exerccio fsico

praticada. De acordo com Caromano, Ide e Kerbauy (2007, p. 2):

O conhecimento dos fatores envolvidos com a manuteno ou abandono daprtica de exerccios essencial para o planejamento de estratgias aserem aplicadas durante e aps o perodo de treinamento, visando continuidade de sua prtica, fazendo-se necessrios esses estudos junto aprogramas bsicos de exerccios.

Nesse sentido, preocupados com a qualidade de vida de seus idosos,

vrios governos j incluem em suas polticas pblicas, aes voltadas para a

ateno mais especfica pessoa da Terceira Idade. Entre essas aes esto, as

atividades fsicas, que objetivam a qualidade de vida, incluindo a auto-estima, a

sensao de bem-estar e a socializao. Essas atividades tm tambm, o objetivo

de promover a ocupao saudvel atravs da realizao de atividades de desporto,

minimizando assim, o isolamento dos idosos. Dessa forma, os governos pretendem

garantir melhores condies de vida populao idosa, priorizando as aes que

favoream a qualidade de vida. Uma dessas aes diz respeito ao Programa Pai,

que j desenvolvido em vrios Estados brasileiros, inclusive, no Maranho.


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4 ESTUDO DE CASO

4.1 Histrico do PAI

A Superviso de Apoio ao Aposentado uma instituio estadual que tem

por rgo gestor, a Secretaria de Estado de Administrao e Previdncia Social

SEAPS, em So Lus MA. Criada em 29 de julho de 1992, apenas como o

Programa PAI, definiu-se como uma proposta de modernizar e humanizar a poltica

de atendimento ao servidor aposentado estadual, bem como atender s suasdemandas. A Superviso de Apoio ao Aposentado desenvolve hoje, dois programas

bsicos: o Programa PAI e a Universidade Integrada para o Aposentado (UNITI).

As aes desenvolvidas pela Superviso de Apoio ao Aposentado so

baseadas em seu objetivo principal, que prestar ao aposentado, plena assistncia

nas reas mdica, jurdica e social, dando oportunidade ao mesmo, para participar

de atividades scio-culturais, educativas e de lazer. Sua estrutura metodolgica

compe-se de atendimentos individuais, grupais, mdicos e jurdicos, e da promoode eventos, alm das atividades fsicas e produtivas.

O atendimento individual tem por finalidade, o aconselhamento e

satisfao de suas expectativas, envolvendo entrevistas, visitas domiciliares e

encaminhamentos diversos. O atendimento grupal tem por finalidade discutir, avaliar

e obter sugestes dos aposentados, sendo realizado atravs de reunies, palestras,

oficinas temticas e cursos. O atendimento mdico tem por finalidade o

acompanhamento do estado de sade dos aposentados. O atendimento jurdico tempor finalidade orientar e acompanhar causas jurdicas de interesse dos aposentados.

A promoo de eventos, por sua vez, tem a finalidade de incentivar o

processo de socializao e participao do aposentado, visando ocupao do

tempo livre, bem como o resgate e reconhecimento de seus direitos.

As atividades fsicas e produtivas so um das aes que proporcionam

benefcios para este grupo etrio e social, e que conta com um percentual

significativo de participao, conforme se verificou na introduo deste trabalho.


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4.2 Anlise e discusso dos dados

Para efetivar este estudo de caso foram distribudos questionrios para 10

aposentados de cada oficina de atividade fsica. Objetivando delinear o perfil dos

aposentados participantes deste questionrio, analisaram-se os dados de

identificao deles, conforme discusses e resultados a seguir.

51,6%

35,5%

1,6%11,3%

40-49

50-59

60-69

70-79

Figura 1 Faixa etria dos aposentados

O maior ndice de aposentados que freqentam o Programa PAI

encontra-se na faixa etria entre 60 a 69 anos, conforme mostra o Grfico 1. Esta

uma faixa etria considerada idosa, pois conforme a Organizao Mundial de Sade

(OMS), a idade de 60 anos o incio da Terceira Idade (COSTA; GERMANO, 2004).

51,6%

35,5%

1,6%11,3%

40-49

50-59

60-69

70-79

Figura 2 Sexo dos aposentados


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Os dados do Grfico 2 demonstram a grande presena feminina nas

atividades, bem como pela maior e melhor adaptao da mulher na vida associativa,

considerando que muitas mulheres participam de outros grupos como: social,

recreativo e religioso. Quanto aos aposentados do sexo masculino, os resultados

apontam um percentual de 17,7%, em relao ao do sexo feminino, considerando

que eles so mais acomodados (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

48,4%

22,6%

14,5%

12,9%

CASADOS

VIVOS

DESQUITADOS

SOLTEIROS

Grfico 3 Estado civil dos aposentados.

Quanto ao estado civil, o Grfico 3 revela que a maioria dos aposentados

casada ou viva, o que confirma a realidade presente na maioria dos grupos de

convivncia, relatados em pesquisa existentes, justificando a participao em grupos

como ocupao do tempo livre na tentativa de fugir da solido (MOTTIN, 2007).

37,1%

45,2%

17,8%

ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MDIO ENSINO SUPERIOR

Grfico 4 Nvel de escolaridade


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Com relao ao nvel de escolaridade, 50% dos aposentados concluram

o Ensino Mdio, 37,1% terminaram o Ensino Superior, e 11,3% concluram o Ensino

Fundamental. Conforme informaes adquiridas, o baixo nvel de escolaridade

justifica aposentado ocupando cargos de auxiliares operacionais, motoristas e

auxiliares de Enfermagem (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

4,41%

2,94%

8,82%

5,89%

1,47%

29,41%

5,89%

11,76%19,12%

OSTEOPOROSE

COLUNA

DIABETES

HIPERTENSOARTROSE

DIGESTIVA

REUMATISMO/OSTEOPENIA

CARDIACA/HIPERTENSO

RENAL/TIREOIDE

Grfico 5 Doenas mais freqentes nos ltimos anos.

Constataram-se, pelo Grfico 5, que doenas crnicas como osteoporose,

coluna, Diabetes Mellitus, hipertenso, artrose e digestivas, esto presentes na

maioria dos idosos. Conforme relato dos idosos, 8,82% dos entrevistados possuem

reumatismo e osteoporose, 5,89% so acometidos de doena cardaca e

hipertenso, 1,47% de doena renal e tireide (ALMEIDA, 2007).

19,4%

14,9%

10,5%

14,3%

20,0%

21,9%

GINSTICALOCALIZADA

NATAO

TAI-CHI-CHUAN

DANA

FUTSAL

MUSCULAO

Grfico 6 Atividade fsica praticada no Programa PAI.


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Das 62 pessoas respondentes do questionrio, observa-se pelo Grfico 6,

que 45 delas (72%) praticam uma modalidade de atividade fsica no Programa PAI,

sendo elas: a natao, a dana, a musculao, o tai-chi-chuan, a ginstica

localizada e o futsal. Isso reafirma Viana (2007), que diz que todas as formas de

atividade fsica, esto em evidncia.

8,06%

4,84%

3,23%

TAI-CHI-CHUAN/DANA ETAI-CHI-CHUAN/NATAO

MUSCULAO/NATAO; MUSCULAO/DANA EMUSCULAO/TAI-CHI-

CHUAN

GINSTICALOCALIZADA/NATAO;GINSTICALOCALIZADA/TAI-CHI-CHUAN E GINSTICALOCALIZADA/DANA

Grfico 7 Mais de uma atividade fsica praticada no Programa PAI.

Conforme se observa no Grfico 7, do total pesquisado, 20,97% praticamduas modalidades de atividade fsica, 6,45% participam da atividade, e

6,46%praticam trs modalidades.

100%

0%

Sim

No

Grfico 8 Contribuio para a melhoria da qualidade de vida atravs do Programa PAI.

Todos os entrevistados foram unnimes em afirmar que depois da

participao nas atividades fsicas houve melhoria na qualidade de vida, de acordo


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com o que demonstra o Grfico 8. Qualidade de vida o cumprimento das funes

bsicas de maneira adequada (SPIRDUSO; CRONIN, 2001).

50%

10%

5%

10%

25%

Melhoria dasade

Alvio das dores

Maisdisposio

Melhoria daauto-estima

Relao comoutras pessoas

Grfico 9 Benefcios proporcionados pela atividade fsica praticada.

Conforme revela o Grfico 9, quanto aos benefcios advindos da atividade

fsica, foi detectada melhoria na sade (50%), havendo aumento na socializao

(25%), e melhoria significativa nas dores (10%), alm da elevao da auto-estima

(10%). O desenvolvimento do idoso afetado positivamente quando ele participa de

atividades fsicas (DIOGO; NERI; CACHOIONI, 2004).

5 CONCLUSO

Verificou-se que a prtica regular da atividade fsica deveria ser uma das

principais intervenes para a melhoria da sade pblica. Na Terceira Idade, o

objetivo da atividade fsica o retardamento do processo do envelhecimento,

atravs da manuteno de um estado saudvel que possibilite a normalizao da

vida e minimize os fatores de riscos.

O ponto central desta pesquisa referiu-se, especificamente, questo da

atividade fsica como promotor da qualidade de vida, incluindo a auto-estima, a

sensao de bem-estar e a socializao. Os resultados comprovaram que 100% dos


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entrevistados consideram a sua qualidade de vida elevada, com uma boa sensao

de bem-estar e oportunidade de vida grupal ativa.

Portanto, o Programa PAI est atingindo seu objetivo, que a elevao

da auto-estima do idoso e a melhora significativa nas dores, no equilbrio fsico,

emocional, com o aumento de socializao entre as pessoas da Terceira Idade, ou

seja, favorecendo a qualidade de vida das mesmas. Conclui-se que a implantao

de programas como este, tem chance de obter resultados positivos, tanto para a

gesto pblica quanto para seu pblico-alvo.

ABSTRACT

The study it objectified analysis of the influence of the physical activity in the

promotion of the quality of life of the aged one, proving that practical assiduity of this

activity constitutes important factor in the process of rescue of auto-esteem,

sociability and valuation of the person of the Third Age. Thus, the methodological

process of the research appealed to the technique of collection of data, through

questionnaire with 62 (sixty and two) pensioners of the State Public Service,participant of the workshops of physical activity of the Program of Action Integrated

For the Pensioner (PAI), in So Lus - Maranho.

Keywords: Physical Activity. Quality of Life. Pensioners

REFERNCIAS

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SILVA, M. A. D. da. Exerccio e qualidade de vida. In: GHORAYEB, N.; BARROS, T.O exerccio: preparao fisiolgica, avaliao mdica, aspectos especiais epreventivos. So Paulo: Atheneu, 1999.

VIANA, Soloni. Atividade fsica produz sade, orienta Liga de Postura.Disponvel em: . Acesso em: 14 nov.2007.


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APNDICES


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Apndice A - Questionrio destinado ao levantamento das caractersticas scio-

demogrficas, das atividades fsicas desenvolvidas e da sociabilidade.

Por favor, responda s questes aqui apresentadas.

Sua participao voluntria.

Agradecemos sua colaborao.

1. Idade: _______________

2. Sexo: Masculino ( )

Feminino ( )

3. Estado Civil: Casado (a) ( )

Solteiro (a) ( )

Vivo (a) ( )

Desquitado (a)/Separado (a) ( )

4. Escolaridade: Ensino Fundamental (1 a 4 srie) ( )Ensino Fundamental (5 a 8 srie) ( )

Ensino Mdio (Colegial) ( )

Ensino Superior ( )

5. Teve alguma doena nos ltimos anos? Cardaca, Renal, Digestiva, Respiratria,

Reumatismo, Ossos (Osteoporose, Osteopenia)/Coluna, Diabetes, Depresso,

(Crebro)?Sim ( ) No ( ) Qual ? ____________________

6. Pratica alguma atividade fsica pelo Programa PAI (natao, ginstica localizada,

dana, tai-chi-chuan, futsal, musculao)?

Sim ( ) No ( ) Qual? ____________________

7. Voc pratica mais de uma atividade fsica pelo Programa PAI?

Sim ( ) No ( ) Qual? ____________________


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8. Quais os benefcios que a atividade fsica que voc pratica lhe proporciona?

( ) Melhoria da sade

( ) Alvio das dores

( ) Mais disposio

( ) Melhoria da auto-estima

( ) Relao com outras pessoas

( ) Outras _________________________________

9. Sua participao no Programa PAI contribui para a melhoria em sua qualidade de

vida?

( ) Sim ( ) No

a importância da atividade física na qualidade de vida do idoso

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