a iluminação comercial como poderosa ferramenta de ... · a iluminação comercial como poderosa...
TRANSCRIPT
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação
visual
Dayana Meinlschmiedt Marcon - [email protected]
Curso de especialização em iluminação e design de interiores - Instituto de pós-graduação - IPOG
Resumo
Este artigo estuda o tema da influência da iluminação comercial em conjunto com outros
fatores visuais de design nos valores de compra de consumidores da cidade de Sinop,
localizada no interior de Mato Grosso a aproximadamente 500 km da capital, Cuiabá. Para
desenvolver esta avaliação houve uma abordagem teórica e a elaboração de questionários
enviados a um grupo de consumidores jovens, clientes e não clientes de um total de seis lojas,
entre elas lojas franqueadas e locais, ilustradas por fotos. Nesta primeira avaliação puderam
expor qual a sensação diante de fatores que envolvem a comunicação visual. Outro
questionário foi distribuído aos proprietários das respectivas lojas para avaliar a visão desses
empresários com relação à importância para o comércio de uma iluminação adequada nas
lojas de vestuário. Foram obtidos resultados que identificaram características de iluminação e
design os quais alertam que a cultura local, a relação de confiança com determinada loja e a
qualidade dos produtos que a mesma oferece vem perdendo força para um ambiente comercial
diferenciado que atraia consumidores bem informados influenciando nos valores de compra
dos mesmos.
Palavras-chave: Iluminação; Design; Comunicação Visual; Lojas.
1. Introdução
Os avanços tecnológicos na eficiência de energia são contínuos e evoluíram desde os tempos
dos pavios e óleos para lampiões até as modernas luminárias. A iluminação ganhou um
espaço tão grande no mercado, que hoje se tornou indispensável num projeto de arquitetura.
Devido a recursos tecnológicos em nossa disposição é necessário a ajuda de um especialista.
Hoje temos escritórios e lojas especializadas em projetos luminotécnicos (que é o estudo
minucioso das técnicas das fontes de iluminação artificial através da energia elétrica, tanto em
espaços interiores como exteriores), que conta com arquitetos e light designers preparados
para orientar o cliente.
Segundo a arquiteta Sílvia Bigoni (2008), consultora da Associação Brasileira da Indústria de
Iluminação (Abilux), atualmente, no Brasil podem ser encontrados todos os produtos e
ferramentas necessárias para o desenvolvimento de projetos de iluminação inovadores e
também todas as tecnologias em lâmpadas, equipamentos e luminárias, o que favorece
proporcionar concepções de iluminação mais eficientes, funcionais e artísticas.
O ambiente arquitetônico, além de poli-sensorial, funciona como um forte canal de
comunicação. A comunicação está presente em elementos de composição do espaço, como
cores, materiais, formas, proporções, iluminação, entre outros. Em conjunto, estes elementos
criam uma identidade visual única capaz de ser reconhecida quando repetida em outro
ambiente (ANA CAROLINA STEHLING, 2009). Isso pode ser percebido nas lojas que
operam pelo sistema de franquias.
Um projeto de iluminação leva em conta que 80% da percepção de mundo do ser humano se
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
dá pela visão, tornando a iluminação uma aliada extremamente importante na hora das vendas
e é por isto que vem sendo largamente utilizada pelos empresários (SÍLVIA BIGONI, 2008).
De acordo com Zorrilla (2002), suas constatações alertam para a eficiência decrescente das
fórmulas do marketing tradicional no varejo (produto, preço, promoção e praça), estimulando
os empresários do setor a se esforçarem para conquistar o consumidor buscando novas idéias
para reter e tornar fieis os clientes que demandam mais valor para seu dinheiro e seu tempo. O
ambiente comercial, portanto, vem se destacando como um componente estratégico que
permite diferenciar e posicionar uma experiência que venha a reforçar as percepções sobre o
produto a adquirir ou sobre a qualidade do serviço prestado (ZORRILLA, 2002).
Nesse sentido, este artigo apresenta um estudo que objetivou identificar entre as lojas da rede
de franquias que seguem modelos de padronização e as lojas multi-marca do setor comercial
da cidade de Sinop em Mato Grosso, as estratégias de iluminação como instrumento de
comunicação visual e como um dos fatores responsáveis pelos atrativos de venda e seus
efeitos na sociedade. Tais critérios como a existência de um projeto de iluminação com o
auxílio de profissionais capacitados, o perfil do público alvo, a concorrência e a cultura local,
foram úteis para o processo de análise da importância da iluminação como comunicação
visual e suporte de vendas na área comercial e seus respectivos resultados. Estes demonstram
que a aplicação de efeitos visuais bem projetados podem ajudar a despertar um maior
interesse nos clientes e valorizar o ato da compra.
2. Fundamentação teórica
O comércio baseia-se na troca voluntária de produtos. As trocas podem ter lugar entre dois
parceiros (comércio bilateral) ou entre mais do que dois parceiros (comércio multilateral). Na
sua forma original, o comércio fazia-se por troca direta de produtos de valor reconhecido
como diferente pelos dois parceiros, cada um valoriza mais o produto do outro. Os
comerciantes modernos costumam negociar com o uso de um meio de troca indireta, o
dinheiro. É raro fazer-se troca direta hoje em dia, principalmente nos países industrializados.
Como consequência, hoje podemos separar a compra da venda. A invenção do dinheiro (e
subsequentemente do crédito, papel-moeda e dinheiro não-físico) contribuiu grandemente
para a simplificação e promoção do desenvolvimento do comércio.
Segundo Ana Carolina Esmeraldo (2009), centros comerciais fechados, ou seja, os shopping
centers, vem crescendo em número no Brasil nos últimos anos, e isso está mudando os hábitos
dos consumidores brasileiros. As lojas de rua, antes absolutas, passaram a enfrentar a
concorrência das unidades de shoppings, que oferecem vantagens como segurança, variedade,
conforto, bom fluxo de visitantes, horários diferenciados, ações de marketing e publicidade
conjuntas, estacionamento disponível, ambiente climatizado e praça de alimentação. Entre os
fatores negativos, no entanto, destaca-se o fato de alguns setores do comércio não se
adaptarem ao perfil do ponto. A loja passa a ser mais uma entre as demais do local.
De acordo com dados de janeiro de 2009 da Associação Brasileira de Shopping Centers
(Abrasce), a área total dos shoppings brasileiros é superior a 19 milhões de metros quadrados,
que reúnem mais de 63 mil lojas-satélite, 2.030 lojas-âncora e 2.200 salas de cinema. Juntos,
os 378 shoppings instalados no país faturaram R$ 64,4 bilhões em 2008 em vendas para cerca
de 325 milhões de pessoas que visitam os locais todos os meses.
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
O avanço dos shoppings não destruiu o comércio de rua, como alguns temiam, mas colaborou
para a modernização do ambiente a céu aberto. E, apesar da febre inicial pelos shoppings, o
fato é que eles terminam potencializando certos nichos de comércio de rua.
Comunicação Visual é todo meio de comunicação expresso com a utilização de componentes
visuais, como: signos, imagens, desenhos, gráficos, ou seja, tudo que pode ser visto. O termo
comunicação visual é bastante abrangente e não precisa ser limitado a uma única área de
estudo ou atuação, embora o termo possa ter o mesmo sentido de design visual.
Um dos principais fatores para o sucesso de uma instalação comercial é a iluminação. Em
qualquer loja, seja qual for a atividade, a iluminação vai determinar o ambiente, os destaques,
as cores e os pontos de maior interesse.
Uma boa iluminação comercial deve atender as seguintes necessidades: chamar a atenção;
gerar interesse; criar uma atmosfera agradável; integrar-se a arquitetura e identidade da loja;
ser flexível.
Hoje, está cada vez mais difícil criar uma diferenciação a partir da mercadoria, dos preços,
das promoções e da localização. Uma loja em si, cada dia mais, tem se tornado uma
oportunidade para criar esta diferenciação. Portanto, mais do que nunca, o Visual
Merchandising tem sido uma arma poderosa na conquista e permanência de clientes no ponto
de venda.
Segundo Blessa (2001) Visual Merchandising é a “Técnica de trabalhar o ambiente do ponto-
de-venda criando identidade e personificando decorativamente todos os equipamentos que
circundam os produtos. O merchandising visual usa o design, a arquitetura e a decoração para
aclimatar, motivar e induzir os consumidores à compra”.
Ao projetar ou reprojetar uma loja, é preciso considerar três objetivos, segundo Levy e Weitz
(2000):
Objetivos a serem considerados ao projetar ou reprojetar uma loja
Atmosfera da loja Ela precisa ser consistente com a
imagem da marca e com a estratégia
geral. Pois, os clientes consideram
difícil julgar a mercadoria com precisão
se o ambiente físico for inconsistente
com a mercadoria ou com os preços.
Influência nas decisões de
compra
As mercadorias estão dispostas na loja
de modo que permite que o cliente de
butique, por exemplo, procure produtos
na loja? Os produtos estão localizados
em certas áreas para facilitar as
compras?
Produtividade de espaço Quantas vendas podem ser geradas a
partir de cada metro quadrado?
Fonte: Adaptado de: LEVY e WEITZ, 2000
Tabela 1 – Objetivos a serem considerados ao projetar ou reprojetar uma loja
Entre as estratégias de marketing e comunicação existentes, o Merchandising é a que mais se
aproxima do consumidor e com ele interage de maneira mais direta. A palavra Merchandising
deriva da inglesa Merchandise que pode ser traduzida como operação com mercadorias.
O Visual Merchandising tem que cuidar de toda a imagem e comunicação da loja. Isso
envolve tudo o que os consumidores pensam sobre ela. Sendo que, “O entendimento da
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
imagem da loja exige que os varejistas pensem além das táticas específicas que utilizam para
criar e ajustar uma imagem. Eles também devem considerar a percepção que seu público tem
de determinado tipo de loja [...]” (CHURCHILL e PETER, 2005, p. 430). Por isso, toda esta
atmosfera de compra, ou seja, comunicação externa, layout, iluminação, temperatura, cores,
aromas e sons têm que ser planejada em detalhes para que cada um desses itens comunique a
que público e segmento a loja é dirigida. Enfim, para que contenha em cada um destes
elementos a identidade da loja.
Os aspectos externos da apresentação da loja são extremamente importantes para atrair o
consumidor, pois são responsáveis por causar a primeira impressão que o consumidor tem
sobre a qualidade e o tipo de loja. Por meio de aspectos como visibilidade, tamanho, estilo
arquitetônico, material de acabamento, fachada, comunicação externa, vitrinas e conservação
a loja projeta a sua imagem. Esta imagem pode ser sofisticada, popular, conservadora, jovem,
etc (PARENTE, 2000).
Os principais fatores que devem ser considerados na definição da imagem externa da loja,
segundo Lewison (apud PARENTE, 2000) são:
Fatores da apresentação externa da loja
Visibilidade da loja Atrai novos consumidores, reforça a
lembrança no mapa mental dos
consumidores que vêem a loja.
Compatibilidade com o ponto Deve-se buscar a compatibilidade
através da adequação do tamanho da
loja, da harmonia arquitetônica e de
material de construção com as demais
edificações da imediação.
Conveniência do consumidor Ter espaço para estacionamento,
facilidade de acesso, conveniência e
segurança aos pedestres.
Motivo arquitetônico Deve comunicar a impressão desejada
com relação ao posicionamento da loja.
Facilidade promocional O estilo arquitetônico e especialmente a
fachada da loja devem despertar a
atenção do consumidor, comunicar a
linha de produtos do varejista, assim
como servir de divulgação de
informações e promoções da loja.
Tipos de fachada Pode ser de frente reta (fachada fica
paralela à rua, calçada ou corredor de
shopping center. Tendo como vantagem
o melhor aproveitamento do espaço
interior da loja e como desvantagem a
menor atratividade e certa monotonia);
frente angulada para fora (fachada e
vitrina formam pequeno triângulo com
a rua ou com o corredor do shopping.
Tendo como vantagem maior
visibilidade, chamando mais atenção e
como desvantagem diminui a área
interna da loja) e frente arcada para
dentro (fachada com entradas e vitrinas
em recuo. Tendo como vantagem o
maior espaço para exposição externa e
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
maior conforto para o consumidor e,
como desvantagem a redução do espaço
interno das lojas).
Placa com identificação A placa com a logomarca do varejista é
frequentemente a primeira sinalização
que o consumidor percebe. Ela deve ter
tamanho, forma, cor e iluminação que
ajudem a despertar interesse e convidar
o consumidor a entrar na loja.
Vitrinas As vitrinas, além de apresentar uma
amostra representativa do tipo de
produto que a loja oferece, também
estimulam os consumidores a entrarem
na loja. As decisões sobre vitrinas
englobam aspectos como: quantidade,
tamanho, formato, cores, temas,
produtos expostos e a freqüência de
vezes que são renovadas.
Fonte: Adaptado de: LEWISON apud PARENTE, 2000
Tabela 2 – Fatores da apresentação externa da loja
Como a vitrina é um importante elemento que compõe o Visual Merchandising, será abordada
com maior profundidade para um melhor entendimento.
Outros elementos que constituem o Visual Merchandising são: a vitrina, o layout, a
iluminação, a temperatura, a cor, o aroma e o som utilizados na loja.
Outros elementos que constituem o visual Merchandising
Vitrina “Uma idéia, um desejo, uma imagem,
um símbolo, o sucesso de uma venda –
uma vitrina vende tudo isso!”
(DEMETRESCO, 1990, p. 60).
Segundo Franz Wohlwend (apud
DEMETRESCO, 1990, p. 18) “a vitrina
deve ser concebida de modo que seja a
essência do que é a loja, e de tudo o que
ela oferece e simboliza, pois, quando
habitualmente apresentada com
imaginação e sedução, tem a eficácia da
publicidade e triunfa se, além de atrair
os olhares do mundo exterior para si,
atrair também o consumidor para dentro
da loja”.
Através da vitrina, “[...] a loja faz uma
declaração clara a respeito de público
que pretende atingir” (BLESSA, 2001,
p. 67).
A vitrina pode ser, segundo Amato e
Demetresco (2000):
- Fechada: indicada para lojas onde a
elaboração cenográfica é freqüente para
todos os tipos de produto.
Indicada também para lojas pequenas
onde o produto é caro. É protegida e,
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
nas pequenas lojas aceita bem a
cenografia comunicando qualidade,
segurança, status, etc;
- Aberta: é a loja sem vitrina, com o
interior arrumado e iluminado.
Geralmente não são lojas grandes,
tratando de vender produtos onde o
toque manual é importante;
- Semi-aberta: atrai o consumidor com
poucos manequins ou expositor
colocado na zona frontal da vitrina,
mas, tendo como principal atração à
arrumação da loja. Ajusta-se mais em
lojas pequenas e médias. A decoração
interna da loja deve ser mais elaborada,
e a manutenção dessa arrumação,
constante. Muito usada para moda
jovem.
O cuidado com vitrina é essencial,
afirma Ferracciù (1997, p. 55): “[...]
atrás de uma simples vitrina está
exposto tudo o que sua loja é”.
Layout O layout da loja “[...] é a organização
interior de mobiliário e equipamentos,
iluminação, pontos de vitrines e
displays e disposição de mercadorias
dentro da loja” (MORGADO e
GONÇALVES, 2001, p. 106). Seu
planejamento é importante, pois, “O
layout influencia a percepção do cliente
em relação ao estilo e ao
posicionamento de mercado de cada
loja” (PARENTE, 2000, p. 301). Sendo
o layout “[...] determinado pelo tipo de
loja, pelo nível de prestação de serviços
desejado, pelo objetivo de segmentação
de mercado e/ou pelo perfil do
consumidor, conseqüentemente pelos
planos de marketing” (MORGADO e
GONÇALVES, 2001, p. 106).
Os principais tipos de layout adotados
segundo Parente (2000) são:
- Grade: O equipamento de exposição
está disposto de forma retangular, em
linhas paralelas, formando ângulo reto
com a fachada e o fundo da loja. Tende
a direcionar o fluxo de consumidores ao
longo dos corredores principais,
deixando as demais áreas da loja com
menor movimento.
- Fluxo livre: Os equipamentos e
corredores estão dispostos em padrões
que permitem um fluxo não direcionado
dos clientes. Adota uma variedade de
equipamentos com diferentes tamanhos
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
e formatos que criam um arranjo
informal e uma atmosfera descontraída
para o consumidor. Facilita a
movimentação em qualquer direção,
estimulando o passeio pela loja e
compras por impulso. Os equipamentos
de exposição são baixos, permitindo a
visibilidade e estimulando as compras
nos outros departamentos.
- Butique: Cada departamento ou
categoria ocupa um espaço bem
definido, semi-separado. Cada um
desses espaços tem sua própria
identidade, incluindo cores, estilos e
atmosfera. Muitas dessas lojas são
especializadas em um estilo de vida ou
apresentam exclusivamente produtos de
uma mesma marca ou designer.
- Pista: Apresenta um corredor
principal, que começas na entrada da
loja e leva os consumidores a circular
ao longo do perímetro da loja. Os
departamentos e categorias estão
dispostos de frente para esse corredor,
facilitando a sua identificação e
localização.
Iluminação Uma boa iluminação em uma loja
envolve mais que uma simples
iluminação do espaço. “A boa
iluminação é responsável por clarear o
ambiente, destacar mercadorias, decorar
espaços especiais e acompanhar o estilo
e a personalidade da loja. Além de
transmitir uma sensação de limpeza,
ambientes bem iluminados tornam-se
agradáveis, atraindo o consumidor. A
iluminação destaca partes atrativas da
loja e disfarça partes visualmente
desagradáveis que não podem ser
mudadas” (BLESSA, 2001, p. 48).
Sendo que, “O tipo de iluminação [...]
precisa ser estudado com atenção, para
não modificar as cores reais das
mercadorias” (BLESSA, 2001, p. 48).
Temperatura Segundo Parente (2000, p. 300), “No
Brasil, na maioria das regiões e dos
meses do ano, faz calor. Os varejistas
brasileiros vêm, cada vez mais,
oferecendo lojas climatizadas com ar
condicionado para atrair e reter seus
consumidores”. É importante estar
sempre atento à temperatura, para que
ela não esteja nem abaixo, nem acima
do padrão considerado agradável,
espantando os clientes.
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
Cor Segundo Farina (1990) a reação do
indivíduo à cor está relacionada a vários
fatores. Entretanto, os psicólogos estão
de comum acordo quando atribuem
significados a determinadas cores que
são básicas para qualquer indivíduo que
viva dentro da nossa cultura.
Aroma Segundo Reda (apud LEVY e WEITZ,
2000, p. 492), “A maioria das decisões
de compra é baseada nas emoções. De
todos os sentidos humanos, o olfato é o
que tem maior impacto em nossas
emoções”. Para Bone (apud PARENTE,
2000, p. 298) “Um aspecto importante é
que o aroma pode proporcionar
informações adicionais sobre o
ambiente, o produto ou a loja”. Pois, o
“Odor, mais do que qualquer outro
sentido, é um caminho direto para os
sentimentos de felicidade, fome,
desgosto e nostalgia – os mesmos
sentimentos que os responsáveis pelo
marketing querem introduzir”
(WILKIE, apud LEVY e WEITZ, 2000,
p. 492).
Som Assim como a apresentação externa, o
layout, a iluminação, a temperatura, as
cores e o aroma, o som pode acrescentar
ou depreciar a imagem de uma loja.
Segundo PARENTE (2000, p. 298),
“Lojas de moda direcionadas para
segmentos com certos estilos de vida
procuram reforçar a característica da
atmosfera com músicas de preferência
de seus segmentos”. A música pode ser
usada também, para “[...] controlar o
ritmo de tráfego da loja, criar uma
imagem e atrair ou distanciar a atenção
dos consumidores” (LEVY e WEITZ,
2000, p. 491).
Fonte: Adaptado de: AMATO e DEMETRESCO, 2000; BLESSA, 2001;
DEMESTRO, 1990; FARINA, 2003; FERRACIÙ, 1997; LEVY e
WEITZ, 2000; MORGADO e GONÇALVES, 2001; PARENTE, 2000
Tabela 3 – Outros elementos que constituem o visual Merchandising
3. Metodologia Para estimar o impacto de fatores visuais sobre o comportamento dos clientes de pontos de
venda multimarcas e das lojas das redes de franquia que vem se instalando na cidade de Sinop
em Mato Grosso foram observados os dados coletados em questionários enviados a um grupo
de consumidores jovens, clientes e não clientes de um total de seis lojas, entre elas lojas
franqueadas e locais, ilustradas por fotos.
O estudo foi fundamentado em dois tipos de questionários, o dos consumidores, e o
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
questionário distribuído aos proprietários das respectivas lojas, para avaliar a visão desses
empresários com relação à importância para o comércio de uma iluminação adequada nas
lojas de vestuário.
A partir das revelações das análises dos dados dos questionários e da sua devida
contraposição com os fundamentos teóricos sobre o tema, foi possível a formulação de
hipóteses relativas ao impacto dos instrumentos de comunicação visual sobre o valor de
compra percebido pelo cliente.
Alguns procedimentos foram realizados para a elaboração da análise dos dados, pois a
pesquisa exigiu a coleta de informações envolvidas no estudo. Para tanto foi preciso buscar
junto a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade a quantidade de lojas franqueadas
estabelecidas na região de estudo, assim como o número de profissionais especializados em
iluminação (Light Designers) atuantes no local e registrados pelo Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (CREA).
Para identificar peculiaridades entre os dois tipos de lojas que a pesquisa se propõem analisar,
como o que envolve um projeto padronizado característico da rede de franquia e como se
configura um ponto de venda local, foram desenvolvidos questionários diferenciados. Um
deles foi direcionado a um grupo de consumidores jovens, clientes e não clientes de um total
de seis lojas, entre elas lojas franqueadas e locais, ilustradas por fotos. Duas lojas locais
bastante conhecidas pelo público varejista por permanecerem instaladas no comércio há muito
anos, e que não possuem projeto luminotécnico, que são a Loja Gaúcha e a Loja 02. Outras
duas lojas locais que tiveram executados projeto luminotécnico em seu estabelecimento como
a Dorane Magazine e a Loja 04 também foram analisadas. E por fim, as lojas franqueadas
Ellus e Hering Store, lojas com projeto de interiores e iluminação elaborados por profissionais
especializados. Os participantes do grupo de foco foram estimulados a descrever a sensação
ao visualizar as fachadas de três lojas organizadas de maneira que os questionários
apresentassem uma loja local que não tivesse projeto luminotécnico, uma loja local com
projeto luminotécnico e uma loja franqueada com projetos padronizados por especialistas. O
questionário foi elaborado com questões que exploravam o visual das lojas desde a
arquitetura, a placa de identificação com logomarca até a vitrine e iluminação, tendo que
escolher a loja mais atraente conforme seu ponto de vista. Os resultados foram analisados e
diretamente relacionados às dimensões pesquisadas. O conteúdo foi disposto e incorporado
em função dos objetivos perseguidos. Os resultados encontrados foram comparados entre si,
buscando-se as convergências e discordâncias entre eles. Esses procedimentos foram
complementados pela revisão da literatura.
Um segundo modelo de questionário foi elaborado para os proprietários das lojas analisadas
de forma que pudessem considerar a importância dos fatores que envolvem a comunicação
visual de seus estabelecimentos, e a visão que esses empresários têm com relação a uma
iluminação adequada no seu ambiente comercial.
O CDL informou que possui cerca de 750 filiados em um universo de 8 a 10 mil empresas em
Sinop, porém em seus cadastros não há diferenciação entre lojas de franquia e lojas locais, no
entanto duas delas atuantes no comércio lojista do vestuário são lembradas facilmente, a loja
da Hering Store e a loja da Ellus, as quais foram analisadas posteriormente em nossos
estudos. Já o CREA de Sinop não tinha conhecimento dos profissionais Light Designers
atuantes na cidade, e sendo assim não soube informar quantos eram registrados pelo conselho.
Conforme descrito no método, a avaliação das relações existentes entre os fatores
comunicação visual e percepção de valor de compra de clientes de varejo de vestuário foi feita
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
pelo questionário distribuído entre consumidores que identificava o grau de concordância ou
discordância em relação ao que eles percebiam por meio das fotos em anexo, na loja ilustrada,
permitindo a formulação de hipóteses.
Marque (x) no grau de concordância (concordo totalmente, concordo
parcialmente e indiferente) em relação ao que você percebe por meio
das fotos em anexo, nas lojas X, Y e Z:
Senti-me atraído (a) pelo visual da loja
O motivo arquitetônico/fachada consegue comunicar o estilo que a loja
apresenta
A placa de identificação com logomarca é facilmente percebida e me
desperta interesse
A vitrina me estimula a entrar na loja
A iluminação da loja, principalmente da vitrina me chama atenção e
interiormente me proporciona uma sensação agradável
Fonte: Coleta de dados
Tabela 4 – Percepção em relação a cada uma das três lojas apresentadas nas fotos
Com o objetivo de obter uma maior confiabilidade das respostas adquiridas, os questionários
contaram também com uma pergunta que interrogava qual das lojas se mostrava mais atraente
para fazer compras. Isso possibilitou identificar possíveis clientes e não clientes de tais lojas.
Já a avaliação do impacto desses fatores visuais de comunicação dos proprietários das
respectivas lojas foi analisada por outro questionário dirigido para os empresários.
Marque (x) no grau de importância (totalmente importante,
parcialmente importante e indiferente) que você atribui para as
características de uma loja comercial listadas abaixo:
Visibilidade da loja
Motivo arquitetônico/fachada na impressão que a loja pretende passar
aos consumidores
Placa de identificação com logomarca como forma de despertar o
interesse do consumidor
Vitrina como elemento que estimula os consumidores a entrarem na loja
Uma boa iluminação na loja como artifício para atrair o consumidor
Fonte: Coleta de dados
Tabela 5 – Percepção dos proprietários das lojas
Nesse caso com o intuito de verificar uma descrição mais ampla do ponto de vista deles com
relação a projeto de iluminação e execução adequada deste em seus estabelecimentos, foi
solicitado aos empresários a confirmação da presença ou não de tal projeto em suas lojas, bem
como uma opinião mais detalhada sobre o foco de nossa pesquisa.
A partir da análise de conteúdo dos resultados obtidos dos questionários ilustrados
respondidos pelos consumidores, grupo de foco, tendo como ponto convergente a iluminação
comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual, os resultados obtidos sugere
como um dos dados de maior destaque, que as lojas que apresentam placa de identificação
com logomarca iluminadas, além de voltar os olhos dos consumidores para as lojas,
despertam o interesse nos mesmos.
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
Figura 1 – Placa de identificação com logomarca iluminada Hering Store
Fonte: A autora
Figura 2 – Placa de identificação com logomarca iluminada Dorane Magazine
Fonte: A autora
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
Figura 3 – Placa de identificação com logomarca sem iluminação Loja Gaúcha
Fonte: A autora
Quanto às características dos fatores como o visual da loja, o motivo arquitetônico e fachada,
a avaliação desenvolvida propôs que as lojas da rede de franquia conseguiram comunicar com
maior êxito o estilo que as lojas apresentam. Uma franquia segue modelos de padronização
através de projetos de interiores e iluminação desenvolvidos por profissionais especializados.
O público alvo é facilmente identificado, pois o partido arquitetônico e design da loja é
traçado e elaborado para manter um perfil bem definido onde quer que a franquia se instale.
Por outro lado, nessa avaliação, ocorreu de alguns consumidores se manifestarem mais
atraídos pelo visual de um ponto de venda local, no entanto essa postura se deu segundo
relatado nos questionários pela preferência nos produtos oferecidos pela loja local.
Os dados referentes às vitrines apontaram que apesar de ainda detectarmos a existência de
características da cultura local da relação de confiança com determinada loja e da qualidade
dos produtos oferecidos, o consumidor de hoje se revela informado e criterioso valorizando
um ambiente comercial diferenciado. Para tanto, as vitrines precisam estimular os clientes a
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
entrarem na loja, destacando seus produtos de maneira adequada, principalmente através de
uma iluminação corretamente estimada, demonstrando com isso influência no valor de
compra do consumidor.
Feita a análise de fatores visuais que em conjunto com a iluminação comercial influenciam
nos efeitos que a comunicação visual gera nos clientes, é o momento de avaliar o foco da
pesquisa como ferramenta de atração do consumidor. A iluminação comercial, desde a
encontrada na placa com logomarca do estabelecimento, até a iluminação de destaque nas
vitrines é considerada um instrumento de comunicação visual responsável por atrair e gerar
impactos significativos nos consumidores.
Do mesmo modo, a discussão dos resultados dos questionários dirigidos aos empresários
indicou que a percepção deles em relação aos fatores visuais, com ênfase para a iluminação, é
de total acordo quando se trata de considerar a sua importância para o comércio. Segundo
Paula Lauzissi Garcia, proprietária da franquia da Hering Store em Sinop, “todas as franquias
Hering do Brasil possuem projeto de iluminação, tendo em vista a importância que isso traz
ao nosso negócio. Uma boa iluminação não só chama atenção como também valoriza as peças
as quais estão expostas na loja, dando uma maior visibilidade para o cliente.” Outro relato
importante, pois une a visão de uma proprietária de duas configurações de lojas na cidade, a
franquia e a loja local, Neusa Aparecida Aranda Martin, “Hoje em dia tudo deve estar bem
visto aos olhos do consumidor, para isso a iluminação é fundamental”.
Figura 4 – Loja Ellus da qual Neusa Martin é proprietária, assim como da loja local Dorane Magazine
Fonte: A autora
Vale ressaltar ainda que, a consciência da influência da execução do projeto de iluminação em
um ambiente comercial está clara para os empresários das lojas, visto a manifestação da
proprietária da Loja Gaúcha, Maria Inês Zancanaro, que ao ser contatada para expor seu ponto
de vista sobre o foco da pesquisa, reconheceu que o seu estabelecimento necessita de
reformulações nessa área, que pode ser valorizada buscando a atuação de profissionais
especializados. Conforme referencial teórico, segundo Lewison (2000), a compatibilidade
com o ponto é um dos principais fatores que devem ser considerados na definição da imagem
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
externa da loja. Poderíamos considerar este item como justificativa para os resultados obtidos
na pesquisa referente a esta loja em questão, porém o tamanho da loja se adéqua as demais
edificações da imediação, por estar localizada em um ponto estratégico da cidade com grande
movimentação de pessoas e ampla visualização do estabelecimento.
Fatores visuais de
iluminação e design Lojas locais
Lojas
franqueadas
Visual da loja 50% 75%
Motivo arquitetônico/fachada 50% 75%
Placa com logomarca 25% 100%
Vitrine 37,5% 62,5%
Iluminação 25% 75%
Fonte: Coleta de dados
Tabela 6 – Porcentual sobre fatores visuais de iluminação e design
5. Conclusão
Esta pesquisa constatou a influência da iluminação e de fatores visuais de design como uma
poderosa ferramenta de comunicação visual por parte de clientes e não clientes de seis lojas
do comércio de vestuário da cidade de Sinop, entre elas lojas franqueadas e locais. Essa
constatação traz implicações seja em termos gerenciais como também em termos de pesquisa,
abordadas a seguir.
A dinâmica do setor varejista, segundo Zorilla (2002), está em contínua evolução, enfrentando
a cada dia uma clientela mais seletiva e exigente. As análises deste estudo referem-se à
importância da iluminação adequada nesse segmento do comércio de vestuário. O consumidor
manifesta que se sente atraído quando a loja apresenta projetos estrategicamente executados, e
que investir na iluminação e design além causar efeitos de impacto como elemento de
comunicação visual do ponto de venda, também influência nos valores de compra deste
consumidor. Isso obriga esses estabelecimentos a buscar soluções diferenciadas que permitam
chamar a atenção da clientela.
Baseado nisso, além dos estudos já revelados, os resultados deste trabalho oferecem
informações convenientes a quem é responsável por organizar e criar ambientes comerciais
com varejo de vestuário.
Bem integrada à estratégia do lojista, a iluminação se torna uma poderosa e indispensável
ferramenta de comunicação e marketing. Uma forma dos lojistas descobrirem qual o tipo de
iluminação é a mais adequada para sua loja, é buscando o auxílio de um dos seguintes
profissionais: consultor de iluminação, arquiteto, designer de interiores ou engenheiro de
iluminação, devido à variedade de atividades que uma loja pode oferecer.
O fato do CREA não apresentar profissionais Light Designers registrados revela que os
projetos luminotécnicos comerciais estão sendo elaborados por arquitetos ou engenheiros que
sabem da sua importância, visto que esta foi manifestada positivamente desde os empresários
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
até os consumidores, no entanto a falta de concorrência entre os profissionais ainda não os
levaram a buscar a especialização. Já a crescente instalação de lojas da rede de franquias na
cidade associada a sua valorização pelo público consumidor pode ser vista como uma
realidade que estimule a especialização na área da iluminação. Com uma boa iluminação, a
mercadoria se torna mais desejável e vende com maior facilidade, sendo assim, a iluminação é
um fator fundamental na comercialização.
Deste modo, a nível de organização, compreende-se que ainda que os resultados deste estudo
possam ser utilizados de apoio para decisões quanto à utilização de ferramentas de
comunicação visual nos estabelecimentos, na prática, compete ressaltar a relevância em
revidar essas condutas por parte dos organizadores em suas realidades específicas, procurando
uma melhor adaptação das características visuais para os estabelecimentos individualizados.
Dentre os fatores visuais que mais se sobressaíram, nas análises realizadas, a iluminação da
fachada e vitrina, e a placa de identificação considerando seu aspecto referente à iluminação,
foram os pontos onde o percentual do comparativo entre lojas franqueadas e lojas locais
indicaram maior influência na percepção das pessoas, com destaque para os pontos que
ofereciam uma organização que contribui nessa direção.
É importante observar que a arquitetura faz parte junto com a iluminação e a sinalização de
um conjunto de estímulos do ponto de venda, ao criar elementos que através do projeto
arquitetônico possam influenciar no comportamento do consumidor diante da loja.
A área de estudo, a cidade de Sinop, caracteriza-se ainda como um município onde não há
locais de venda como Shopping Center em atividade, sendo assim as lojas de rua requerem
preocupações a mais, como por exemplo, precisam conseguir chamar a atenção de transeuntes
que não necessariamente estão na região com o intuito de comprar alguma coisa, como é, em
geral, o caso das pessoas que caminham por corredores de shoppings. Nesse sentido, a
iluminação é uma arma indispensável como fator de diferenciação perante a concorrência.
Referências
SAMPAIO, Cláudio Hoffmann; SANZI, Gianpietro; SLONGO, Luiz Antonio; PERIN, Marcelo Gattermann.
Fatores Visuais de Design e sua Influência nos Valores de Compra do Consumidor. São Paulo: 2009.
WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Capturado em 13 fev. 2010. Diário. Online. Disponível na
Internet http://pt.wikipedia.org
Capturado em 13 fev. 2010. Online. Disponível na Internet
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R0562-1.pdf
LEDLUZ. Capturado em 14 fev. 2010. Diário. Online. Disponível na Internet
http://www.ledluz.com.br/noticia_interna.php?id=19
PORTAIS DA MODA. Capturado em 14 fev. 2010. Diário. Online. Disponível na Internet
http://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~17888~n~marketing+e+merchandising+layout+design+vitrine+
e+iluminacao+para+lojas.htm
PLANCHE, ARQUITETURA + DESIGN. Capturado em 14 fev. 2010. Diário. Online. Disponível na Internet
http://www.planche.com.br/2009
A iluminação comercial como poderosa ferramenta de comunicação visual Maio/2012
Capturado em 20 fev. 2010. Online. Disponível na Internet
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/diversos/arquitetura%20de%20opticas.pdf
BRASIL ESCOLA. Capturado em 21 fev. 2010. Diário. Online. Disponível na Internet
http://www.brasilescola.com/economia/comercio.htm
ABF, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FRANCHISING. Capturado em 21 fev. 2010. Diário. Online.
Disponível na Internet
http://www.portaldofranchising.com.br/site/content/revista/interna.asp?CodA=158&CodAf=172&CodC=3
ARQUITETURA.COM. Capturado em 21 fev. 2010. Diário. Online. Disponível na Internet
http://www.arquitetura.com/tecnologia.php?id=2&id_tec=20040626000002