iluminação poderosa

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E-book Iluminação Página 1 Sumário ....................................................................................................................................................... 1 Confira passo a passo uma análise dos esquemas de flash remoto com sistema Speedlite ........ 2 Qualidade, quantidade e taxas ..................................................................................................... 5 Cor e luz para a criatividade .......................................................................................................... 8 O fotógrafo Christopher Grey ensina qual o softbox certo para você comprar. ........................ 13 Flashes de estúdio ou speedlites?............................................................................................... 16 Flashes de estúdio ou Speedlites? A pergunta que não quer calar! ......................................... 17 Usando o flash com pouca luz ambiente .................................................................................... 19 O papel da luz ambiente ............................................................................................................. 21 Diferenças e vantagens entre os flashes da Canon - Uma comparação entre os Speedlites 600EX-RT e 580EX II..................................................................................................................... 24 Quer ficar fera na iluminação? .................................................................................................... 26

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Page 1: Iluminação Poderosa

E-book Iluminação Página 1

Sumário ....................................................................................................................................................... 1

Confira passo a passo uma análise dos esquemas de flash remoto com sistema Speedlite ........ 2

Qualidade, quantidade e taxas ..................................................................................................... 5

Cor e luz para a criatividade .......................................................................................................... 8

O fotógrafo Christopher Grey ensina qual o softbox certo para você comprar. ........................ 13

Flashes de estúdio ou speedlites? ............................................................................................... 16

Flashes de estúdio ou Speedlites? A pergunta que não quer calar! ......................................... 17

Usando o flash com pouca luz ambiente .................................................................................... 19

O papel da luz ambiente ............................................................................................................. 21

Diferenças e vantagens entre os flashes da Canon - Uma comparação entre os Speedlites

600EX-RT e 580EX II..................................................................................................................... 24

Quer ficar fera na iluminação? .................................................................................................... 26

Page 2: Iluminação Poderosa

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Foto: Michael Corsentino

Por Michael Corsentino

É mais que provável que você comece sua jornada no mundo da fotografia com

flash wireless apenas com um ou dois Speedlites, um transmissor Speedlite ST-E3-RT ou ST-E2,

e possivelmente o flash embutido, caso sua câmera tenha um. O flash embutido pode ser

utilizado como mestre nas câmeras EOS mais recentes. Trabalhando desta forma, você pode

utilizar os Speedlites maiores e mais potentes, como o 600EX/600EX-RT ou o 580EX II como

fonte de luz independente para o plano de fundo, luz de cabelo ou rim light (luz de corte).

Quanto mais luzes você tiver, mais irá pensar em maneiras criativas de utilizá-las.

No passado, quando os fotógrafos trabalhavam com unidades de estúdio, considerava-se que

quatro tochas era o conjunto padrão que podia solucionar a maioria das tarefas comerciais.

Pesados e moderados para montar e desmontar, este era o preço que os fotógrafos tinham de

pagar por toda aquela incrível potência em locação. Considerando-se que eles capturavam

imagens em grande formato, filmes de ISO baixo e aberturas em f/32 e f/64, realmente

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precisavam de toda essa potência. Atualmente, com a fotografia digital e a capacidade de

obter ótimos resultados com ISOs mais altos, aquela potência já não é mais tão importante.

Confira em cinco passos uma análise dos esquemas de flash remoto com sistema Speedlite

Passo 1: escolhendo um modo de flash

Comece decidindo o modo de flash que quer utilizar. Os principais modos de flash disponíveis

quando se utiliza o sistema Speedlite são o E-TTL Automático e Manual (M), ou o modo Grupo

(Gr) no modelo 600EX-RT. Geralmente, eu trabalho com o E-TTL, a não ser que precise de

controle mais preciso e individual dos Speedlites. Um Speedlite configurado no modo Manual

com potência 1/1 dispara com toda a força que ele tem para oferecer. Tenha em mente que o

sistema está fazendo todo o tipo de ajuste e cálculo com base nas informações que ele recebe

em tempo real, e de vez em quando estes dados todos não se encaixam perfeitamente. Cabe a

você, humano pensante, fazer as escolhas técnicas e criativas necessárias para atingir os

resultados desejados. É neste caso que a Compensação de Exposição e a Compensação de

Exposição do Flash desempenham um importante papel.

Passo 2: escolha o modo wireless:

Determine qual modo wireless irá selecionar: Optical Transmission Wireless Shooting

(transmissão óptica) ou Radio Transmission Wireless Shooting (transmissão via rádio). Isto

depende do Speedlite e do transmissor que você está utilizando, bem como das condições de

fotografia. Se estiver utilizando um 600EX, 580EX II, ou ST-E2, então a escolha é simples

porque estes modelos disponibilizam apenas transmissão óptica. O 600EX-RT tem um

transmissor de rádio embutido, bem como capacidade de transmissão óptica, enquanto o

transmissor Speedlite ST-E3-RT tem apenas a funcionalidade de rádio. Os sistemas com base

ótica exigem um alinha de visão desobstruída entre os Speedlites mestre e escravos, ou os

sensores de transmissão, para funcionarem corretamente, apresentam uma limitação de

aproximadamente 10 metros ao ar livre e podem falhar se a sessão estiver acontecendo sob o

sol forte ou direto.

Passo 3: selecione um canal

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Depois de selecionar o modo de disparo do flash, o passo seguinte é decidir que canal utilizar.

Geralmente, eu simplesmente seleciono o canal 1. Naqueles raros momentos em que você

trabalhar próximo de outro fotógrafo que esteja utilizando Speedlites Canon remotamente,

descubra que canal ele está utilizando e mude para um diferente. Em ambientes comerciais,

você pode encontrar, ocasionalmente, problemas de interferência com os canais utilizados,

mas mudar para outro canal geralmente resolve esta questão.

4.1 O 600EX-RT e o transmissor Speedlite ST-E3-RT mostram o símbolo de Radio Transmission

Wireless Shooting no canto superior direito. Esta tela também mostra a aparência do painel

quando os Speedlites 600EX/600EX-RT e o ST-E3-RT estão configurados como mestre.

4.2 A tela do 600EX/600EX-RT no modo Optical Transmission Wireless Shooting e definido

como escravo. Também mostra a cor de fundo laranja do painel LCD, que pode ser configurada

através da Personal Function P.Fn 02 e 04 no 600EX/600EX-RT e P.Fn 03 e 04 no transmissor

Speedlite ST-E3-RT.

Quando você utiliza o modo Radio Transmission Wireless Shooting, o 600EX-RT e o transmissor

Speedlite ST-E3-RT utilizam o modo Auto Channel Select (Seleção Automática de Canal) por

padrão. Estes modelos também apresentam um modo Channel Scan para ajudálo a encontrar

o canal com sinal mais forte. Com base no resultado deste escaneamento, o canal pode ser

configurado manualmente. Estas unidades também permitem a inserção de um número pin

para o canal, reduzindo ainda mais as chances de interferência de rádio.

Passo 4: configure os grupos ou IDs dos escravos

Para cenários de iluminação mais complexos, o passo seguinte é configurar os grupos, também

conhecidos como IDs dos escravos. Geralmente, eu defino minhas luzes principais no grupo A,

o preenchimento no B e as luzes periféricas, como a luz de cabelo ou de plano de fundo, como

grupo C. Deste modo, você pode ajustar a potência de cada luz específica. As luzes de

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preenchimento podem ser ajustadas um pouco abaixo da leitura E-TTL, de modo que

configurando-as no grupo B é possível ajustar as proporções sem alterar a exposição da luz

principal. As luzes de fundo podem ou não exigir ajustes, dependendo da escuridão ou

claridade do plano de fundo, se você está fotografando em high-key ou low-key e daí por

diante. Eu configuro estas luzes no grupo C, de modo que seja possível fazer os

ajustes necessários sem afetar as outras duas exposições. Além de aumentar o número de

grupos disponíveis de três para cinco, e ser capaz de trabalhar remotamente com 15

Speedlites, o modelo 600EX-RT permite misturar, na fotografia wireless, e controlar flashes E-

TTL e Manual diretamente da câmera, da unidade mestre ou do transmissor Speedlite ST-E3-

RT. Isto abre muitas possibilidades criativas novas!

Passo 5: ajuste os níveis de proporção do flash

Finalmente, eu ajusto os níveis de proporção do flash. Depois de posicionar e definir os canais

e grupos dos Speedlites, é hora de fazer alguns disparos de teste. Se eu deixar tudo

configurado em E-TTL desde o início, provavelmente terei um resultado próximo da exposição

ideal. Posso precisar fazer pequenos ajustes nas proporções dos flashes, no zoom da cabeça

das unidades para regular a cobertura e a cor da luz, e então começar a fotografar. Os ajustes

podem ser feitos diretamente no flash na câmera, ou no transmissor Speedlite ST-E3-RT ou ST-

E2, de modo que não há necessidade de ir até cada uma das unidades fazer pequenas

alterações. Isto poupa muito tempo quando você está trabalhando sozinho. Nas seções

seguintes, mostro passo a passo como configurar seus flashes para o uso como mestre ou

remoto (escravo), selecionando o modo de flash, definindo os canais e grupos e ajustando as

proporções de potência para suas necessidades específicas.

Confira algumas regras básicas de iluminação do premiado fotógrafo Kevin Kubota:

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E-book Iluminação Página 6

Foto: Kevin Kubota

A qualidade da luz refere-se à soma de diversos fatores, incluindo tamanho da fonte principal

de luz, sua distância entre o modelo, se as sombras são preenchidas ou suavizadas e a cor.

Quando utilizamos o termo qualidade para implicar bom ou ruim, geralmente é subjetivo – já

que uma luz de “boa” qualidade é aquela que se encaixa à atmosfera e ao objetivo da foto –

ela pode ser dura, suave, clara ou quase inexistente. Quando falo sobre a qualidade aqui,

refiro-me aos vários elementos que formam as características da luz, ou sua qualidade

somativa.

Um dos fatores determinantes no modo como a luz dá forma e sombra para um modelo é o

tamanho da fonte. Quando ela é maior, em relação ao modelo que está iluminando, fica mais

suave, criando áreas gentis de transição de sombra e menos altas luzes especulares. Uma luz

suave não significa, necessariamente, aquela com menos sombras, apenas que a transição

delas com as áreas de luz são graduais e com limites indefinidos. Lembre-se que, em relação

ao modelo é uma frase importante. O sol, por exemplo, é a maior fonte de luz imaginável.

Entretanto, em relação à Terra, como o vemos, é uma manchinha no céu – um ponto de luz

que projeta sombras nítidas quando não está difundido pelas nuvens. Se o sol estivesse a

apenas alguns quilômetros do planeta, você precisaria de um bocado de protetor solar, porém

o mais importante é que ele seria a maior e mais suave luz concebível – incrivelmente

equilibrada e sem sombras.

Aqui vai um exemplo mais terreno. Um softbox de tamanho médio é, realmente, uma luz

suave, quando utilizado próximo ao rosto de uma única pessoa. Se você afastar o mesmo

equipamento para iluminar oito pessoas com igual intensidade, ele não oferecerá mais a

mesma suavidade. O modelador acabou de se tornar uma fonte pequena em relação aos

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E-book Iluminação Página 7

modelos. Quando quero que a luz seja o mais suave possível, aproximo a fonte o máximo do

meu modelo – de maneira ideal, no limite do enquadramento. Igualmente, quando você está

disparando a luz através de um difusor, ou outro objeto translúcido, e quer que ela fique o

mais suave possível, certifique-se de afastar a fonte o quanto for necessário para cobrir toda a

superfície difusora. Lembre-se de que essa superfície se transforma em sua nova fonte de luz,

e agora você quer que ela tenha o maior tamanho que puder.

A distância da fonte de luz para o modelo tem um efeito direto na “sensação” da luz e na

dimensionalidade que ela cria no modelo. Este é o chiaroscuro em funcionamento. Quando a

fonte está distante, as partes iluminadas da imagem parecem saltar rapidamente da luz para

as sombras, com limites nítidos. Não há área real de transição – apenas luz, e então sombras.

Quando a fonte está mais próxima, ocorre um sombreamento gradual entre as áreas. No fim,

as sombras terão a mesma densidade, mas as áreas de transição entre o claro e o escuro serão

suaves e progressivas. Chamo esse efeito de “3D”, Densidade Definida pela Distância, porque a

sensação de profundidade é criada por essa suave transição do sombreamento. Quando você

quiser um modelo suave e com formas bem definidas, lembre-se do 3D e reduza a distância da

sua fonte de luz.

Ao criar a sensação luminosa que você deseja, é importante considerar a reflectividade do

modelo como uma parte importante da equação. Objetos brilhantes, molhados ou espelhados

tendem a refletir, assim como em um espelho, a própria fonte de luz para a câmera (pense nas

catchlights dos olhos, como discutimos anteriormente). Com isso em mente, um objeto preto

e brilhante seria difícil de iluminar com uma fonte pontual, principalmente porque seria

possível ver o reflexo do ponto de luz – com ela iluminando muito pouco o objeto. Por outro

lado, uma fonte grande refletiria no objeto brilhante, mostrando as tonalidades da cor dele e

nos indicando que ele é reflexivo e preto.

Quando uma pessoa tem a pele oleosa, ela é mais reflexiva. Se você utilizar uma fonte

pequena para iluminá-la, o óleo a refletirá na forma de altas luzes especulares, que podem

distrair. Quando uma fonte maior é utilizada, há menos reflexos pontuais e o brilho é

minimizado. Considere isso, também, caso queira iluminar um objeto reflexivo muito grande,

como um automóvel. A luz mais atraente, que irá destacar as formas e a cor do chassi, seria

aquela gerada por uma fonte grande o suficiente para cobrir todo o comprimento do carro

visível na câmera. O céu do entardecer ou um softbox gigante farão exatamente isso. Uma

iluminação pontual irá surgir como pontos de alta luz especular, sem reflexos para dar forma e

indicar a sua verdadeira cor.

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O fotógrafo Daniel Magalhães fala sobre a importância da iluminação em um set de fotografia

Luz Natural ou Flash Dedicado

Na fotografia específica deste artigo

estávamos em uma área muito arborizada,

com árvores altas e de vegetação densa que

bloqueavam grande parte da luz solar. Se

optasse por trabalhar apenas com a iluminação

natural ali, poderia encontrar diversas restrições e também a luz homogênea da sombra não

me entregaria o contraste e o dramatismo que gosto nas imagens.

Uma das primeiras coisas que aprendi estudando iluminação foi que qualquer lugar pode ser

transformado em um cenário interessante quando iluminado adequadamente ou de forma

interessante. Através da cor e da luz é possível criar todo tipo de atmosfera, clima ou

sensação, em qualquer locação, e estas foram as ferramentas que utilizei para gerar interesse

na fotografia que fiz neste lugar.

Luz: qualidade e tom

As plantas, a natureza e todo o aspecto do lugar me sugeriram uma iluminação de qualidade

suave e tom quente. O “clima” da foto é o primeiro fator que deve definir antes de fotografar.

Esse “clima” determinará de antemão os equipamentos e modificadores a utilizar, antes

mesmo de começar a fotografar.

Para obter uma qualidade de luz suave, optei por um grande softbox que tem dupla difusão

para auxiliar a criar uma luz de baixo contraste que trouxesse verossimilhança à minha

iluminação, ou seja, quero criar uma luz que, por mais trabalhada que seja, pareça natural.

Preparei um softbox grande de 90×120 para a luz principal e um softbox de 60x60cm para luz

secundária (pode ser usado em qualquer lugar da locação onde for necessário) e um outro

flash com grid para um possível recorte.

Para dar o tom visualmente quente à imagem, precisei recorrer aos filtros de cor ou gelatinas.

Existem dois tipos de filtros mais comuns os CTO (Color Temperature Orange) e CTB (Color

Temperature Blue). Os filtros CTO são de tom alaranjado e dividem-se em ¼, ½ e 1/1 sendo o

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CTO ¼ o de tom mais fraco e o 1/1 o de tom mais forte. Os CTBs são filtros de tom azulado e

possuem a mesma divisão de intensidade. Muito conhecidos no cinema, na iluminação cênica,

do teatro, em espetáculos ou decoração em eventos, esses filtros são de grande utilidade para

alterar o clima da cena iluminada e, na fotografia, auxiliam a modificar o tom neutro da luz do

flash, que em muitos casos pode deixar a iluminação muito artificial.

Utilizei um CTO de 1/1 no softbox menor de 60x60cm e um CTO de ¼ mais leve, que será utilizado para iluminar a modelo.

Showtime!

Começo a minha fotografia fazendo uma foto que me ofereça a exposição ideal para

posteriormente, iluminar com os flashes. É importante ressaltar que exposição ideal, neste

caso, não é aquela na qual o meu fotômetro está “zerado”, mas sim a exposição que absorve a

quantidade de luz natural que quero utilizar e me mostra onde preciso inserir luzes de flash.

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Nesta primeira fotografia, a vegetação ao fundo da foto e as folhas à frente da modelo já estão

devidamente expostos pela luz do sol, o que me indica que não precisarei iluminar estas áreas

com flashes. Estou aqui, utilizando uma fotometria “estratégica” absorvendo parte da luz

natural para que não tenha que iluminar uma cena muito grande.

A modelo, que está levemente subexposta, bem como o interior da casa à direita, são as áreas

que iluminarei com os flashes dedicados.

Esta primeira foto, utilizando apenas a luz natural é fundamental para que você entenda o que

está acontecendo com seu set. Dessa forma, vai compreender quais áreas devem receber luz e

em quais áreas pode aproveitar a luz do sol para iluminar. Em meus workshops, quando vejo

fotógrafos com dificuldade em obter a foto final com o flash, é porque pularam essa etapa.

Posicionando as luzes

O fato de a modelo estar levemente subexposta, me indica que precisarei utilizar uma carga

suave de luz do flash. Auxiliado pela grande difusão do softbox de 90x120cm com filtro

CTo1/4, sei que vou obter uma luz de qualidade bem suave e tom levemente amarelado. Optei

por este CTO mais leve para a modelo, para não deixar a pela dele alaranjada demais, o que

poderia tirar a naturalidade da luz.

Dentro da casa, um softbox menor me proporcionou uma luz mais intensa. Como a casa é um

ambiente aberto, e tem paredes com cor onde a luz rebaterá e pode sofrer leves alterações na

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sua tonalidade, optei por um CTO de 1/1 nesta luz para que o tom quente ficasse bem

expressivo. Esta luz serviu também como um leve recorte, iluminando o cabelo à direita e

àquele caindo sobre o ombro da modelo.

Ainda para adicionar o brilho de luz branca que você vê ao fundo da imagem, à esquerda da

modelo, adicionei um flash sem filtro com grid.

Gosto destes pontos de brilho, de fotografias com cores vivas e expressivas, então adiciono

alguns recursos como este livremente, para tornar as imagens mais interessantes.

Outras aplicações

Em uma outra situação, no final do ano passado, em um período chuvoso, precisei fazer uma

foto pela manhã para a capa de um livro. No briefing, tinha como exemplo uma foto feito em

um dia ensolarado, com um tom bem quente. Este é um livro de autoajuda e manter este tom

era importante para a fotografia.

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E-book Iluminação Página 12

Amanhecemos na locação após uma noite de chuva e o dia estava nublado, gerando um clima

bem diferente do que precisávamos. Eu precisava de uma luz com um pouco mais de contraste

para sugerir um sol ainda de manhã, que tem raios longos e luz mais dura e de um tom mais

quente para trazer esse clima de dia ensolarado para a imagem.

Recorri aos filtros CTO e flashes dedicados novamente, para resolver esta situação e trazer a

ambientação necessária para a foto que o meu cliente precisava.

Utilizei três luzes, todas com filtros CTO. Uma ao fundo para iluminar as flores atrás do banco

fazendo um recorte nelas, uma outra luz em um softbox pequeno de 30x40cm, mas afastado

da árvore para criar uma luz mais lateral e mais contrastada, também com um filtro CTO e uma

luz principal à esquerda da foto, assim como a luz da árvore, para sugerir a luz do sol (que só

pode vir de uma direção), em um softbox maior, 90x120cm, afastado o suficiente para não

entrar no enquadramento e com filtro CTO.

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Cor e luz são dois elementos de grande força para se trabalhar na fotografia. Seja por livre

expressão criativa ou para atingir um determinado briefing passado por um cliente. Dominar

estes dois elementos me trouxe liberdade criativa e um dinamismo que constituiu um

diferencial no meu trabalho.

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Fotos: Christopher Grey

Fotógrafo reconhecido e aclamado internacionalmente, Christopher Grey é um dos melhores

especialistas em luz nos dias de hoje. Nesta matéria, ele explica um pouco sobre softbox, que

para quem ainda não sabe é um tipo de dispositivo fotográfico de iluminação utilizado para se

obter uma luz suave.

Na foto acima, um softbox tamanho grande

Softbox grande. Na minha opinião, softboxes são os acessórios mais valiosos que você pode

ter no estúdio. Meu maior é o 1,20×1,80 – tenho dois deles. Uso ambos com bastante

frequência, no mesmo set, juntamente com tapadeiras para manter a luz direcionada para

onde desejo. Quando posicionado a poucos metros do modelo, a luz fica extremamente suave,

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mas com uma rápida vinhetagem (redução da luz, brilho ou saturação da borda para o centro

da imagem). A melhor distância para um softbox grande é a 3 metros do modelo.

Corretamente usado, um box desse tamanho pode ser bastante eficaz para muitas situações

de iluminação.

Softbox médio. O softbox mais usado em meu arsenal é o 0,90×1,20. Tenho dois desses

também e uso bastante, da mesma forma que os grandes. Eles são preciosos quando se

trabalha em espaços menores, uma vez que sua melhor distância de trabalho é de 2 metros.

Uso softboxes médios como luz principal mais do que qualquer outro acessório, e tenho

certeza que você também usará.

Softbox pequeno. Softboxes pequenos – 60x60cm ou 60x90cm – são inestimáveis quando

usados para iluminação de cabelo, iluminação de fundo ou luz de preenchimento. Podem

também ser usados como luz principal. Quando colocados muito perto do modelo, a

vinhetagem é rápida, como é comum a curtas distâncias, mas a difusão da luz é mínima, pois a

fonte é pequena em relação ao modelo.

Strip light: projetados para produzir um resultado uniforme através da sua extensão

Strip light. Eles são softboxes longos e estreitos, projetados para produzir um resultado

uniforme através de sua extensão. Tenho vários strip light softboxes de 0,30×1,80, que uso

com frequência como acentuação, iluminação softboxes de 0,30×1,80, que uso com frequência

como acentuação, iluminação lateral, de fundo ou de cabelo. Não são baratos e requerem um

suporte que nem todos os fabricantes de tochas oferecem, mas eles produzem uma luz que é

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E-book Iluminação Página 16

bela e difícil de definir. O fabricante do equipamento que utilizo, a Profoto, é um dos poucos a

produzir um box desses. Se decidir comprar um que não seja desta marca, certifique-se de que

o fabricante da tocha disponibilize um suporte compatível.

Uma observação final: softboxes de qualidade têm uma camada adicional de difusão, uma

camada interna defletora de nylon, que difunde a luz muito antes de alcançar a frente do box e

sair. Quando comprar softboxes, certifique-se de checar se os cantos são bastante reforçados

para resistir à constante pressão da haste que conecta o box ao suporte.

Perca o medo dos flashes dedicados e aprenda algumas dicas especiais do fotógrafo Michael Corsentino

que podem facilitar a sua vida na fotografia.

A fotografia com flash pode ser intimidadora. Muitos fotógrafos utilizam apenas a luz disponível e limitam suas

sessões ao ar livre aos momentos em que a iluminação está simplesmente certa. Isto é muito limitante! A luz

disponível é simplesmente isto – a luz que você tem. Acontece de isso ser um Speedlite 600EX ou 600EX-RT da

Canon, ótimo. Se ocorre de ser o sol, ótimo também. Se a iluminação disponível for uma combinação de um

Speedlite e sol, isto também é incrível. O objetivo é ter controle criativo e não ser refém das condições de luz

existentes. É inestimável desenvolver as habilidades e a confiança necessárias para criar a luz necessária

quando você precisa. Este matéria ajuda a desmistificar a fotografia com flash e encoraja você a

experimentar. Invista tempo para desenvolver as habilidades e incorporar os Speedlites com eficiência em

sua fotografia. Aprender como utilizar Speedlites e flashes é um recurso tremendo, tanto criativa quanto

finaceiramente.

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Flashes de estúdio ou Speedlites? A pergunta que não quer calar!

Os sistemas de iluminação de estúdio dividem-se em duas categorias – iluminação contínua e flashes. Aqui eu

me concentro principalmente na iluminação por flash. Utilizando Speedlites ou flashes de estúdio, a iluminação

com flash é conveniente porque a potência de luz pode ser ajustada em incrementos específicos e modelada

com diversos modificadores. Além disso, os flashes podem congelar movimentos, podem ser disparados

remotamente, e às vezes podem disparar os watts por segundo necessários para superar o sol.

As luzes contínuas, como as fluorescentes, HMI (Hydrargyrum Medium-arc-length Iodide) e as lâmpadas

quentes, são ótimas adições à qualquer equipamento de estúdio e merecem uma breve menção. Tenha em

mente que a qualidade da luz produzida pelas fontes contínuas é diferente daquela produzida por Speedlites e

flashes. A luz contínua pode, em determinadas situações, contrair as pupilas dos olhos do modelo. Isto pode

ser facilmente remediado no pós-processamento, mas é algo para se ter em mente, visto que as pupilas

maiores são consideradas mais atraentes. Não me entenda mal – eu adoro as luzes contínuas por diversos

motivos. As Spiderlites fluorescentes da F.J. Westcott produzem uma maravilhosa luz clara e suave. As luzes

quentes incandescentes e HMIs podem ser bem utilizadas para produzir retratos dramáticos lembrando o

estilo hollywoodiano dos anos 40, tornado famoso por George Hurrell. Elas são ótimas para o tipo de situação

onde você quer uma iluminação em que seja possível “enxergar o resultado”. Outra vantagem é que você

não precisa esperar o equipamento reciclar, como acontece com flashes e Speedlites, e como eles não

disparam, é mais fácil para alguns retratados reagirem mais naturalmente.

Há três tipos principais de sistema de iluminação por flash que você deve considerar antes de começar a

equipar seu estúdio e comprar equipamentos. O primeiro e mais poderoso é o sistema com fonte e tocha, que

inclui tochas individuais conectadas por cabos em uma única unidade de força. Para este tipo de flash eu utilizo

uma fonte Profoto Pro-7b de 1200 watts por segundo com duas tochas com refrigeração por ar. Ela pode ser

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utilizada no estúdio, com um adaptador AC, ou em campo com sua bateria DC. O Profoto e outros sistemas

aceitam uma grande variedade de modificadores de luz, como softboxes, colmeias e snoots, disponíveis e

adequados para o dia a dia no estúdio ou em locação. Entretanto, quando comparado com Speedlites, tendem

a ser muito grandes. Até mesmo estas unidades que funcionam por bateria podem ser desconfortáveis quando

se trabalha sozinho. Um novo item desta categoria que merece ser mencionado é o Ranger Quadra, da

Elinchrom. Com 400 watts por segundo, alimentado por bateria e extremamente portátil, esta unidade é

um versátil híbrido entre os Speedlites e os flashes mais potentes.

O segundo tipo de equipamento de flash é o monolight. Os monolights combinam a fonte de alimentação e a

tocha em uma única unidade leve e fácil de transportar. Eles permitem ajustes totais de potência

independentes e aceitam os mesmos modificadores da categoria anterior. Entretanto, exigem alimentação por

cabo ou uma bateria portátil para funcionarem. Muitos sistemas com fonte e tocha têm distribuição de

potência simétrica/assimétrica entre as cabeças, o que significa que a potência da luz é sempre dividida por

uma variável de proporção definida pelo usuário, como 1:1 ou 2:1. O controle independente de cada tocha dos

monolights oferece um controle mais preciso, atraente por várias razões.

O último tipo é, obviamente, os pequenos flashes portáteis, ou neste caso, os Speedlites. Embora tenham

potência menor que os sistemas discutidos anteriormente, sua portabilidade, capacidades E-TTL e facilidade de

uso fazem deles ótimas soluções para trabalhos durante viagens, em locações ou pequenos estúdios. Cada

sistema tem um propósito diferente e, deste modo, suas próprias vantagens e desvantagens. Não existe a

solução perfeita. Para ter critérios para escolher que tipo de flash comprar, você deve considerar suas

necessidades. De forma ideal, como fotógrafo profissional, você precisa ter diferentes sistemas à sua

disposição para lidar com as várias situações que surgirem. Tenha em mente que você não precisa comprar

tudo de uma só vez. Os profissionais frequentemente alugam equipamentos em lojas especializadas, como a

Calumet e outras.

A lista seguinte destaca algumas vantagens do Speedlite:

Custo - Sem dúvida, os Speedlites e monolights são os mais econômicos entre os três sistemas mencionados.

Muitas vezes, o custo dos sistemas com fonte e tocha está além do orçamento de um fotógrafo casual. Os

Speedlites são mais acessíveis a curto prazo e podem durar muitos anos de uso regular.

Portabilidade - Os Speedlites vencem esta categoria. Você ainda precisa de suportes e modificadores para

vários tipos de sessão, mas os Speedlites são pequenos, muito portáteis e oferecem uma boa variedade de

potências. Você também pode utilizar Gorilla Pods ou outras braçadeiras pequenas para prender facilmente os

Speedlites, algo que não é possível com monolights e tochas de estúdio.

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Fonte de alimentação - Os Speedlites funcionam com pilhas AA. Você não precisa depender de uma rede de

energia e longas extensões para alimentar esses pequenos flashes. Para trabalho em locação, você pode

alimentar os flashes de estúdio com baterias auxiliares, mas às vezes as baterias podem pesar mais que as

próprias tochas, além disso é mais uma peça de equipamento para você comprar, carregar e manter.

Facilidade de uso - Depois de organizar e configurar seus Speedlites, você está pronto para fotografar e pode

controlar a potência dos flashes a partir de um único local. Com muitos sistemas de estúdio mais antigos, todos

os ajustes devem ser feitos na tocha (se estiver utilizando monolights) ou na fonte. Esquemas complexos de

iluminação podem envolver várias caminhadas para longe e de volta para a câmera, alterando as

configurações dos flashes. Sistemas wireless mais recentes, como o Profoto Air e o Elinchrom

Skyport resolveram este problema. Eles permitem que a potência de cada luz possa ser ajustada diretamente

do controle wireless encaixado na sapata da câmera.

TTL - Esta é uma grande vantagem! Com os sistemas de flash de estúdio, você não pode utilizar a medição

Through-the-Lens (TTL). Utilizando a versão da Canon de medição TTL, o E-TTL (E-TTL II), a câmera ajusta a

potência do flash automaticamente de acordo com a exposição desejada e as medidas de distância até o

motivo calculadas pela objetiva. Este ajuste automático é uma enorme vantagem dos Speedlites – você pode

simplesmente configurá-los no modo E-TTL, definir os grupos e canais e começar a fotografar. O sistema

Speedlite Canon e sua câmera fazem o resto. Some isto às vantagens de utilizar o modo de Sincronização em

Alta Velocidade e o E-TTL se torna muito atraente.

O fotógrafo americano Syl Arena ensina cinco dicas para utilizar o flash com luz ambiente

reduzida, o já fotografou para jornais, revistas e catálogos. Ele é reconhecido também pela sua vasta

experiência em gerenciamento de cores na área de imagens e sua habilidade em transformar dia em noite

utilizando dezenas de técnicas de flash dedicado simultaneamente. Nesta matéria, Syl ensina cinco dicas

especiais para utilizar o flash com luz ambiente reduzida.

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Na primeira imagem acima, Syl aumentou a velocidade do obturador de 1/60″ para 1/125″o que produz uma

redução de um stop na luz ambiente, iluminando a modelo com um flash fora da câmera disparado através de um

softbox de 60cm. Já na segunda imagem, ele alterou a velocidade do obturador para 1/250″, o que reduz outro stop

da luz ambiente, isto é, como a velocidade de sincronização da câmera dele é de 1/200″, ele precisou ativar a

sincronização em alta velocidade do flash.

Na primeira imagem, ele ajustou a velocidade do obturador em 1/500″, reduzindo a luz ambiente em mais um stop,

num total de três de stops, sendo a foto preferida do fotógrafo. Já na última, ele desligou o flash e fez a captura

somente com a luz ambiente, aí você pode perceber a grande diferença.

DICAS PARA UTILIZAR O FLASH COM LUZ AMBIENTE REDUZIDA

01 – Use um flash dedicado: como você irá ler abaixo, é muito útil ter um flash automático disparando no

modo de sincronização em alta velocidade quando se está reduzindo agressivamente a luz ambiente com

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sua velocidade de obturador. Os flashes genéricos normalmente não oferecem compatibilidade total com

as funções avançadas das câmeras digitais;

02 – Ative a sincronização em alta velocidade: Como você viu acima, minha velocidade de obturador

ultrapassou rapidamente a velocidade de sincronização da minha câmera. Ativar o HSS permite que eu

ajuste minha velocidade de obturador conforme necessário e o flash siga acompanhando. Abaixo da

velocidade de sincronização, o flash disparou no modo normal. Acima dela, ele disparou em HSS;

03 – Mantenha o flash em ETTL/ITTL: Mesmo que a distância entre o modelo e a luz permaneça

constante, utilizar um modo automático permite que o flash aumente a potência quando a velocidade de

obturador entra no território da sincronização em alta velocidade. Se você fotografar com o flash no

modo Manual, será necessário fazer ajustes constantes na potência na medida em que a velocidade do

obturador entra no modo HSS;

04 – Aproxime sua(s) luz(es) ou utilize múltiplas fontes: Quando seu flash dispara em HSS, ele consume

muito mais potência para produzir uma série ultra rápida de pulsos. Assim sendo, a potência máxima do

seu flash no modo HSS será reduzida em cerca de 2.5 stops – o preço que pagamos pela capacidade de

fotografar em velocidades de obturador maiores. Se você tiver um único flash, será necessário aproximá-

lo o máximo possível. Caso tenhas luzes adicionais e seu modificador for suficientemente grande, é

possível utilizar diversos flashes juntos para compensar a perda de luz do modo HSS;

05 – Saiba se e como a Compensação de Exposição e a Compensação de Exposição do Flash estão

ligadas uma a outra em sua câmera: abra o manual de sua câmera e estude os detalhes. Esta é uma

informação importante. Em câmeras Canon, a Compensação de Exposição e a FEC (Compensação de

Exposição do Flash) funcionam de forma independente. Deste modo, você pode utilizar a Compensação

de Exposição para reduzir ou ampliar a luz ambiente ao mesmo tempo em que configura a FEC para

aumentar ou reduzir a potência do flash em ETTL. Na maioria das câmeras Nikon, alterações feitas na

Compensação de Exposição também serão aplicadas em qualquer ajuste de FEC. A única exceção é a

câmera D4 da Nikon, que pode separar a Compensação de Exposição e a FEC da mesma forma como

fazem as Canons.

A luz em nosso mundo influencia enormemente a maneira como sentimos, agimos e pensamos. O mesmo

acontece com a luz em nossas fotografias. Seja ela natural ou criada, a aparência da luz ambiente pode

ser uma poderosa ferramenta de comunicação. Mas, da mesma maneira, ela pode ser uma parte

indesejada da cena que queremos fotografar.

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Fontes de luz ambiente

A luz ambiente está em todo lugar. É a luz que já se encontra na cena. Existe uma enorme variedade de

luzes ambientes que você pode usar em sua fotografia, tanto como complemento quanto como fonte: o

sol, luzes fluorescentes em um mercado, a lâmpada que está em um criado-mudo, luzes dos automóveis,

ou as velas de um bolo de aniversário. Ainda que a maioria das luzes ambientes seja de fontes contínuas,

você também poderá encontrar algumas fontes de luz intermitentes. As luzes piscantes de sinalização em

uma rodovia em obras, uma luz estroboscópica em uma apresentação de dança moderna e as lâmpadas

que parecem correr em torno de um outdoor na Times Square também proporcionam luz ambiente.

O que a luz ambiente sugere

A luz ambiente ajuda muito a informar ao observador sobre sensação e tempo. Portanto, compreender a

aparência da luz ambiente permite à você, speedliter, criar sensações em sua foto, mesmo quando a luz

que precisa não estiver presente. Através de nossas experiências, associamos certas emoções com

diferentes tipos de luz ambiente. Uma criança sorridente, iluminada por um feixe de luz da manhã que

atravessa a janela sugere conforto. Um casal iluminado pelo brilho de velas sugere romance. O feixe de

luz de uma lanterna cruzando o escuro de uma caverna cria uma sensação de suspense. Uma figura

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solitária iluminada por cima pela luz da rua retrata um senso de solidão ou algum pressentimento. Um par

de luzes apontadas diretamente sobre você, sugere pânico.

A luz ambiente nem sempre parece ambiente

Conforme desenvolve suas habilidades como speedliter, você começará a entender que a luz ambiente

nem sempre precisa ser a fonte principal em sua foto. Em uma sessão externa de retratos, você pode

posicionar seu modelo de maneira que a luz do meio-dia incida por trás e nos ombros, para criar uma luz

de contorno ou recorte e usar o speedlite como luz principal. Na primeira das duas fotos abaixo, podemos

ver que o sol do meio-dia estava iluminando o modelo de frente, ou seja, a luz vinha por trás de mim.

Uma combinação muito ruim. Sombras acentuadas, meu modelo contrai os olhos e não há uma separação

clara entre meu modelo e o segundo plano. Na segunda imagem, trocamos de posição, de modo que o sol

passou a vir sobre os ombros dele. Para criar esta foto, eu usei um par de speedlites, onde um era a luz

principal e o outro, a luz de preenchimento. Ao fotografar contra uma fonte de luz, é importante que a

objetiva esteja protegida dos reflexos. Eu usei tanto o para-sol quanto uma bandeira separada, apoiada

por um tripé leve, para evitar que luzes difusas entrassem pela objetiva.

A luz ambiente nem sempre é desejável

Ainda que a luz ambiente possa criar um senso de emoção ou de tempo na fotografia, haverá momentos

em que você terá de fotografar com uma luz ambiente totalmente contrária ao fim desejado. Ouso dizer

que essa é uma oportunidade para deixar que suas habilidades de speedliter brilhem. Considere a

situação de ter de fotografar um escritor de suspense para a capa de uma revista e o único momento que

ele terá disponível para isso serão 15 minutos no período da tarde. O editor de fotografia da revista não

quer saber dos desafios impostos ao fotógrafo pela agenda do autor; seu trabalho é obter fotos que deem

suporte ao artigo da revista. E, meu trabalho como fotógrafo é entregar as fotos que eu fui contratado

para criar.

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Como você pode ver na primeira foto acima, não há nada que crie suspense ao fotografar o autor sob a

luz do dia. Claro que é um retrato do autor, mas não um que transmita seu personagem obscuro. É

problema meu criar uma qualidade de luz que transmita essa personalidade do autor. Usando

sincronização de alta velocidade, meus speedlites escureceram o sol e, efetivamente, criaram noite ao

meio-dia. Acho que você vai concordar que o segundo retrato enquadra o modelo como um escritor de

suspense. Não se preocupe sobre como eu fiz esta foto. Por enquanto, apenas saiba que, como

speedliters, não precisamos aceitar a luz ambiente.

Syl Arena, fotógrafo do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, apaixonado pelas sombras e

luzes, fez uma análise dos motivos para escolher entre os flashes de mais potência da Canon, o Speedlite

580EX II e o mais novo lançamento da marca, o Speedlite 600EX-RT. Como morador dos Estados Unidos, é

claro que a análise de Syl é feita com os valores do seu país, mas em uma pesquisa rápida em sites como

Mercado Livre, podemos notar que a diferença no Brasil fica em torno de R$200 de um flash para o outro.

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“A diferença de preço entre os flashes de ponta da Canon, o venerado Speedlite 580EX II e o novo

Speedlite 600EX-RT, é tão pouca que não vale mais a pena comprar o 580EX II. Se você estiver decidido a

comprar um flash Speedlite Canon para utilizar como flash principal, opte pelo 600EX-RT. Se você estiver

procurando seu primeiro flash, e têm meios financeiros, o 600EX-RT também deve ser a sua escolha.

Quando falei pela primeira vez sobre a diferença entre os dois, oito meses atrás, o 600EX-RT era US$ 100

mais caro que o 580EX II. Agora, esta diferença caiu para US$ 10, e não deixa mais dúvidas na hora da

compra.

600EX-RT tem um visor LCD maior. O display do 600EX-RT é 35% maior que o 580EX II. As letras são

maiores. Os ícones são mais detalhados. Se você é novo nos flashes, o 600EX-RT é muito mais fácil de ler

e entender.

600EX-RT têm melhores botões. Como mostrado abaixo (foto), as quatro teclas de função abaixo do

display mudam suas funções de acordo com o modo do flash. Os ícones mostrados no LCD mudam junto.

O botão Mode foi separado dos demais e aumentado. E… (aplausos!) um botão dedicado foi adicionado

na lateral esquerda para ativar o sistema wireless.

600EX-RT é totalmente compatível com as series 500 e 400 EX. Quando o sistema wireless é ativado, o

600EX-RT é, essencialmente, um 580EX II, com uma interface muito melhorada. No modo wireless, o

600EX-RT pode ser usado tanto como um flash máster como escravo. E pode também, ser controlado

pelo sinal dos flashes pop-up das câmeras 60D, Rebels T3i , T4i, T5i, e o SL1.

600EX-RT tem sinal a rádio. Isto simplifica muito a comunicação entre máster e escravo. O sinal pode

atravessar facilmente paredes e equipamentos de estúdio (Nota: não é possível usar os sinais a rádio e

wireless ao mesmo tempo).

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E-book Iluminação Página 26

600EX-RT pode mudar a cor da luz do LCD para verde ou laranja. A luz fica laranja quando o flash está no

modo escravo, e verde quando está no modo máster. Este pequeno recurso pode se de grande ajuda em

situações de pouca luminosidade”.

Nós estamos lançando o livro: Canon Speedlite – Explore os recursos do seu Flash

Dedicado.

Outras sugestões de material para você se aperfeiçoar:

Manual do Speedliter

Page 27: Iluminação Poderosa

E-book Iluminação Página 27

Retrato Espontâneo:

Luz: Ciência e Magia

Page 28: Iluminação Poderosa

E-book Iluminação Página 28

Iluminação: Da luz natural ao flash

Guia de Iluminação para Fotógrafos