a hospitali dade É por conta da casarevistaitalianfood.com.br/upload_arquivos/201707/... · às...

6
47 2017 - Nº 28 ITALIAN FOOD CANTINAS, PIZZARIAS & RESTAURANTES A HOSPITALIDADE É POR CONTA DA CASA A Osteria Policarpo, no Humaitá, rece- beu dois votos do júri na categoria “Melhor Restaurante Italiano” do Prêmio Água na Boca Zona Sul, que ganhou edição especial recentemente . Mas tal informação acabou não sendo publicada na oportunidade. O prêmio na categoria foi para o restaurante Gero (que também recebeu dois votos dos jurados), graças ao voto de Minerva da crítica de gastronomia do Globo, Luciana Fróes. A opinião dividida do júri sobre o melhor lugar para apreciar delícias italianas se deve às tradições que a casa construiu ao longo de seus 25 anos de existência: hospitalidade e sabores dignos de uma cantina italiana, mas sem a pretensão de ser uma e tampouco a de ser vista como uma trattoria “onde é preciso se arrumar todo para ir”! O chef Luiz Gennari, dono do restauran- te ao lado do filho Mario Gennari e do amigo Nelson Melim, conta que a ideia de abrir o negócio ocorreu depois de atestar que existia na cidade um vácuo entre os restaurantes de ponta e os outros, mais populares, do qual a Osteria se valeu para conquistar sua clientela. Quando começamos, pensamos no con- ceito mais europeu de restaurante, ou seja, em uma casa pequena que atendesse o bairro com comida excelente, mas com tratamento perso- nalizado e sem pompa. Somos um espaço com apenas 28 lugares, algo comum por lá. Logo criamos uma clientela mais velha, de pessoas que vinham e falavam se sentir numa trattoria em Nápoles ou num bistrô em Paris”, conta Luiz Gennari, de ascendência italiana e que aprendeu com a nona um dos carros-chefes da osteria, o ragu com fettuccine. O ragu é um dos pratos mais pedidos, assim como o espaguete à la ragheta e o pol- petone, além de pratos sazonais oferecidos pela casa. Luiz Gennari explica: “A cada três meses mudamos algumas páginas do cardápio, segundo a estação. Hoje, dos antepastos às so- bremesas, servimos ao todo 39 itens”. pagefree.net/osteria-policarpo

Upload: truongkhanh

Post on 14-Jan-2019

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

472017 - Nº 28 ITALIAN FOOD

C A N T I N A S , P I Z Z A R I A S &

R E S T A U R A N T E SA HOSPITALI DADE É POR CONTA DA CASA

A Osteria Policarpo, no Humaitá, rece-beu dois votos do júri na categoria “Melhor Restaurante Italiano” do Prêmio Água na Boca Zona Sul, que ganhou edição especial recentemente . Mas tal informação acabou não sendo publicada na oportunidade. O prêmio na categoria foi para o restaurante Gero (que também recebeu dois votos dos jurados), graças ao voto de Minerva da crítica de gastronomia do Globo, Luciana Fróes.

A opinião dividida do júri sobre o melhor lugar para apreciar delícias italianas se deve às tradições que a casa construiu ao longo de seus 25 anos de existência: hospitalidade e sabores dignos de uma cantina italiana, mas sem a pretensão de ser uma e tampouco a de ser vista como uma trattoria “onde é preciso se arrumar todo para ir”!

O chef Luiz Gennari, dono do restauran-te ao lado do � lho Mario Gennari e do amigo Nelson Melim, conta que a ideia de abrir o negócio ocorreu depois de atestar que existia na cidade um vácuo entre os restaurantes de ponta e os outros, mais populares, do qual a Osteria se valeu para conquistar sua clientela.

“Quando começamos, pensamos no con-ceito mais europeu de restaurante, ou seja, em uma casa pequena que atendesse o bairro com comida excelente, mas com tratamento perso-nalizado e sem pompa. Somos um espaço com apenas 28 lugares, algo comum por lá. Logo

criamos uma clientela mais velha, de pessoas que vinham e falavam se sentir numa trattoria em Nápoles ou num bistrô em Paris”, conta Luiz Gennari, de ascendência italiana e que aprendeu com a nona um dos carros-chefes da osteria, o ragu com fettuccine.

O ragu é um dos pratos mais pedidos, assim como o espaguete à la ragheta e o pol-petone, além de pratos sazonais oferecidos pela casa. Luiz Gennari explica: “A cada três meses mudamos algumas páginas do cardápio, segundo a estação. Hoje, dos antepastos às so-bremesas, servimos ao todo 39 itens”.

pagefree.net/osteria-policarpo

da Itália, o Valpolicella. Trata-se de um corte das uvas Corvina ou Corvinone, Rondinella, Molinara e pequenas quantidades de outras variedades locais. Tem um aroma que lembra, frequentemente, cerejas e um sabor seco, fru-tado e não muito intenso. Os melhores vinhos são feitos com uva da zona Clássica, ao redor de Fumane, Negar e San Pietro.

Extremamente gastronômico, é um vinho que “casa” com vários pratos. Massas, risotos, queijos, pizzas e até carnes (dependendo de sua classi� cação) vão muito bem com ele. Divide-se em quatro categorias:• Valpolicella Comum - Produzido ao

Nordeste de Verona.• Valpolicella Classico - Produzido ao

Noroeste de Verona.• Valpolicella Valpantena - Produzido entre

as duas regiões acima.• Valpolicella Superiore - Com teor alcoólico

igual ou superior a 12,5%.Alguns produtores adicionam ao Valpoli-

cella cerca de 30% de uvas apassitadas (secas e adocicadas), ocasionando, assim, a segunda fermentação, com ótimos resultados. As con-dições atmosféricas para se produzir o apas-sitamento (passi� cação) das uvas são muito importantes. Elas devem secar sob um clima seco, frio e com muito vento, em galpões secos e ventilados. Um bom exemplo é o Valpoli-cella Ripasso DOC, bem mais encorpado e caro do que os anteriores. É produzido apenas na região de Verona e com uvas secas e bem doces, com alto grau de maturação. A borra desse vinho é adicionada ao Valpolicella nor-mal já fermentado. Devido ao açúcar residual, uma leve fermentação acontece, dando maior riqueza e complexidade ao vinho.

Prosecco: A Província de Treviso é a terra natal do Prosecco, espumante muito exportado e conhecido internacionalmente. Integram a região as colinas de Montello, Vittorio Veneto e Asolani, onde se situam suas áreas mais conhecidas: Valdobbiadene e Conigliano. As principais uvas são a Prosecco, a Merlot e a Cabernet Sauvignon. Prosecco é ao mesmo tempo uma região, uma uva e uma denominação.

Recentemente, foi modi� cada a legislação do Prosecco, ampliando a região, eliminando a classi� cação IGT e retirando da DOC Prosec-co os espumantes produzidos com a uva Glera.

Desde 2009, o nome Prosecco é protegi-do por lei e só pode ser utilizado em vinhos produzidos na Itália. Isso porque Prosecco é a denominação de uma uva que, como tal, pode

ser cultivada em qualquer lugar do mundo. Os resultados, claro, podem não ser comparáveis aos da Zona de Conegliano e Valdobbiadene, onde esse vinhedo existe há mais de 300 anos.

O Vêneto produz, também, inúmeros outros ótimos vinhos tintos e brancos, como o Campo� orin, o Brolo e o Rosso dell’Abazia, capazes de encantar quem os degusta, graças às sensações sublimes que trazem ao paladar. Outro vinho da região é o Novello, uma versão italiana do Beaujolais Nouveau; elaborado também por maceração carbônica, é um vinho para ser bebido ainda mais jovem do que o Bardolino, assim como seu congênere Francês.

Apesar das uvas mais cultivadas no Vêneto serem da casta Merlot e Prosseco, as videiras que deram origem aos vinhos com certi� ca-ção de Denominação de Origem Controlada (DOC) são, na verdade, das castas Pinot Grigio, Riesling, Garganega, Pinot Nero, Bar-bera e Corvina, atualmente as uvas de maior importância para a produção dos vinhos do Vêneto apreciados e cultuados mundo afora.

PRINCIPAIS UVAS CULTIVADAS NO VENETO

TINTAS BRANCASBarbera Chardonnay

Cabernet Franc Garganega

Corvvina Veronese Pinot Bianco

Merlot Pinot Grigio

Molinaria Prosecco

Negrara Sauvignon Blanc

Rondinella Tocai Friuliano

Rossignola Vespaiolo

Sangiovese

Uma curiosidade a respeito do Vêneto é sua forte ligação com a vinicultura do Brasil, que recebeu muitos imigrantes italianos dessa região na Serra Gaúcha, hoje a melhor área de elaboração de vinhos do nosso país. Não por acaso, a maioria das vinícolas de sucesso do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, pertence a famílias de descendentes desses imigrantes do Vêneto, no Nordeste da Itália. É muito provável que um dos nossos primeiros contatos com vinho tenha sido com algum exemplar do Vêneto. Nos anos 70 e 80, poucos vinhos conseguiam “entrar” no Brasil, as importações eram restritas e os impostos, altíssimos. Nessa época, um dos poucos exemplares que conseguiu vencer essa

barreira foi o famoso “Valpolicella Bolla”. Era um vinho fácil de tomar, pronto para consumo.

PRINCIPAIS DENOMINAÇÕES DA REGIÃO VINÍCOLA DO VÊNETO

Arcole (DOC)

Bagnoli (DOC)

Bardolino (DOC)

Bianco di Custoza (DOC)

Breganze (DOC)

Colli Berici (DOC)

Colli di Conegliano (DOC)

Colli Euganei (DOC)

Corti Benedettine del Padovano (DOC)

Gambellara (DOC)

Garda (DOC)

Lessini Durello (DOC)

Lison Pramaggiore (DOC)

Lugana (DOC)

Merlara (DOC)

Montello e Colli Asolani (DOC)

Piave (DOC)

Prosecco Conegliano (DOC)

Soave (DOC)

Terra dei Forti Valdadige (DOC)

Valdadige (DOC)

Valpolicella (DOC)

Veneto (IGT)

A propósito, não se pode falar do vinho do Vêneto sem que se ressalte o importante papel desempenhado pela República de Veneza na atividade mercantil Europeia. Com enormes vantagens naturais, debruçada sobre o Adriático e voltada para o Oriente, desenvolveu um vibrante comércio de mer-cadorias - e dentre elas o vinho estava em primeiro lugar - por todo o Mediterrâneo, singrado por sua veloz frota de modernos barcos. Traziam para o Ocidente os vinhos da Grécia e também os bons vinhos que o Oriente Médio (Síria, Líbano, Palestina) produzia, sem se importar com o domínio militar muçulmano por esses mares. Tornou- se, então, a grande potência econômica dessa época, tal era o a� uxo de bens e dinheiro que recebia. Durante os séculos XV e XVI, Veneza era o “primeiro grande empório do vinho mediterrâneo”, como nos relata Hugh Johnson em sua obra “A História do Vinho”.

46 ITALIAN FOOD Nº 28 - 2017

C O Z I N H A R E G I O N A L I TA L I A N A

492017 - Nº 28 ITALIAN FOOD

DOIS IRMÃOS INAUGURA ESPAÇO COM FORNO NAPOLITANO E MENU DE PIZZAS

O Bar Dois Irmãos está mais paulistano do que nunca. Agora, além de “um chope, dois pastel” e outros clássicos de boteco, quem passar pelo histórico bar do Campo Belo, na zona Sul de São Paulo, poderá pedir uma das receitas mais queridas da cidade, a pizza. O bar acaba de inaugurar um espaço com forno à lenha napolitano e um menu com 26 coberturas de pizza. Elas podem ser pedidas nos tamanhos “caçulinha” (versão pequena) ou “brother” (a grande, com 08 pedaços). Com massa leve, � na e crocante, com fer-mentação natural e assada no forno à lenha, os sabores vão dos clássicos (aliche, mussa-rela, calabresa, portuguesa, quatro queijos, romana, atum, etc.) aos mais originais. Entre as novidades tem a Pizza do Boy, criada por um dos sócios (carpaccio, molho especial de mostarda, alcaparrinhas e parmesão), a Pizza do Marcelão (pancetta, cogumelo-de-paris e mussarela, pode vir também com shiitake), a Venite (pesto de manjericão, � nas fatias de tomate e mussarela), a Murillo (recheio de ovos de codorna, cebola caramelizada, parmesão, pancetta e pimenta-do-reino, dis-ponível apenas na versão caçulinha) e a pizza da casa, a Dois Irmãos (que reúne calabresa artesanal picadinha na faca, mussarela, folhas de manjericão e azeitonas pretas).

Criado em 1958, o Bar Dois Irmãos é uma verdadeira instituição paulistana. Dentre as preciosidades, a casa tem a mais antiga chopeira em funcionamento da cidade. O bar, fundado pelos irmãos portugueses José e Manuel de Souza e tocado hoje por ex-frequentadores e moradores do bairro, é reconhecido como um dos melhores chopes e de colarinho mais cremoso de São Paulo. A chopeira permanece intacta ao lado de outras relíquias da casa, como um gramofone

e uma serpentina tão antiga quanto a própria casa. Além da qualidade do chope, a forma de servir faz toda a diferença ao degustar a bebida. Esse processo é feito, até hoje, por verdadeiros experts na arte, que comandam há décadas as tulipas do bar. Chope, como dizem os especialistas na arte, tem de ser bem tirado. “Não há um só segredo, são vários. Desde onde seguramos no copo até a temperatura do ambiente, inclinação do recipiente, a vazão do chope e até o tamanho do colarinho. Tudo aqui é feito artesanalmente e milimetricamente”, explica Leonardo Brandão, que trabalha na casa há 20 anos.

“O chope aqui é um verdadeiro ritual e, por isso, é um bar tão querido, até hoje, por moradores, cervejeiros, famílias e turistas. Fize-mos uma reforma apenas para tornar o menu mais versátil, mas jamais abriremos mão dessa autenticidade. Até porque, antes de virarmos sócios, sempre fomos clientes do bar“, explica Tiago Botelho, um dos novos sócios do Dois Irmãos, que morou no bairro por 26 anos e frequenta o bar desde sempre. O espaço foi remodelado pela arquiteta � ais Bittencourt. Dividido em três salões, o da entrada mantém o ar nostálgico, com azulejos em branco e preto, remetendo aos tempos de armazém e aos antigos donos, os irmãos portugueses, e o imponente bar com as históricas chopeiras, a original e uma réplica. No último e amplo salão, há um forno à lenha napolitano, deco-rado com ladrilhos coloridos. Um painel com jardim suspenso, com samambaias e outras plantas tropicais.

O menu mantém os clássicos de boteco, como o tradicionalíssimo bolinho de bacalhau do Seu Zé, o fundador, a calabresa acebolada, os pasteizinhos, e até algumas inovações feitas no forno à lenha, como berinjelas grelhadas e corniciones crocantes. Aos � ns de semana, oferece bufê de feijoada e música ao vivo. Ambiente para um almoço ou jantar capricha-dos, happy hour ou, simplesmente, a saideira. Petiscos e chopes para apreciar sem pressa, nem pretensão. Menu simples, autêntico e cativante, como a verdadeira alma dos botecos paulistanos. bardoisirmaos.com.br

A pizza Venite, uma das novidades do menu, combina pesto de manjericão, fi nas fatias de tomate e mussarela. Crédito da foto: Mario Rodrigues.

Com a mais antiga chopeira em funcionamento de São Paulo, o Bar Dois Irmãos tem o chope reconhecido como um dos melhores e de colarinho mais cremoso da cidade. Crédito da foto: Mario Rodrigues.

O Bar Dois Irmãos conta agora com um novo espaço, remodelado pela arquiteta Thais Bittencourt. Crédito da foto: Fernando Torres.

48 ITALIAN FOOD Nº 28 - 2017

C A N T I N A S , P I Z Z A R I A S & R E S TA U R A N T E S

DOM SEBASTIÃO FOCA NA GASTRONOMIA ITALIANA

O Dom Sebastião participou do festival Veja Comer & Beber, que a Veja, em parce-ria com o Banco Santander, organizou pela primeira vez, em Cuiabá, MT. O festival encerrou no 25 de junho e contou com a participação de vinte e oito restaurantes da cidade, que ofereceram menus especiais pelo preço � xo de R$ 49,90 (almoço) e R$5 9,90 (jantar).

Paulo Vitor, chefe de cozinha e proprietá-rio do Dom Sebastião, participou do festival com um menu focado principalmente na gastronomia italiana. “Escolhi os pratos bus-cando um alto padrão de comida e, também, em focar nos pontos fortes do nosso restaurante”, comenta Paulo Vitor.

Para a entrada, o carpaccio, um antepasto muito famoso, e como prato principal, uma pizza Marguerita, com mussarela de búfala,

tomate cereja e manjericão fresco.Para encerrar, a sobremesa recomenda-

da foi o petit gateau de doce de leite. Com esse cardápio, a Dom Sebastião acredita ter cativado o seu público e conquistado novos clientes durante esse festival, com a boa ex-periência associada a um bom serviço.

Além disso, Paulo Vitor acredita que essa foi uma conquista para a gastronomia de

Mato Grosso em geral. O fato de uma revista como a Veja, que tem credibilidade, mapear o ambiente gastronômico da cidade, só pode trazer benefícios para o setor de restauração como um todo.

QUANTO BASTA CUCINA ITALIANA, DE CURITIBA, AGORA NAS MÃOS DE DUDU SPERANDIO

Nos últimos anos, o chef curitibano Dudu Sperandio se consolidou como um dos grandes nomes da gastronomia local. Já é dono de dois restaurantes de ótima qualidade, o Ernesto Ristorante e o Funiculi, que acumulam prêmios e são um sucesso de público. Em fevereiro passado, anunciou a compra do tradicional Quanto Basta Cucina Italiana, restaurante por quilo que funciona há dez anos no Centro Cívico. O restaurante já foi reinaugurado! O novo Quanto Basta funciona diariamente com o sistema de bu� etdurante o almoço, com preparos focados na tradicional gastronomia da “Velha Bota”.

Um dos grandes destaques da casa são as massas preparadas na hora, na frente do cliente, com variações diárias de molhos. A casa aposta, também, em carnes grelhadas, entre elas mignon, entrecôte, maminha e picanha, além de opções à base de peixe.

Já no jantar, o restaurante trabalha com massas frescas e carnes premium. Os clientes têm a oportunidade de montar o próprio prato, combinando uma carne com uma massa e um molho especial. Além disso, é disponibilizado um bu� et de entradas e antepastos repletos de acompanhamentos saborosos.

492017 - Nº 28 ITALIAN FOOD

DOIS IRMÃOS INAUGURA ESPAÇO COM FORNO NAPOLITANO E MENU DE PIZZAS

O Bar Dois Irmãos está mais paulistano do que nunca. Agora, além de “um chope, dois pastel” e outros clássicos de boteco, quem passar pelo histórico bar do Campo Belo, na zona Sul de São Paulo, poderá pedir uma das receitas mais queridas da cidade, a pizza. O bar acaba de inaugurar um espaço com forno à lenha napolitano e um menu com 26 coberturas de pizza. Elas podem ser pedidas nos tamanhos “caçulinha” (versão pequena) ou “brother” (a grande, com 08 pedaços). Com massa leve, � na e crocante, com fer-mentação natural e assada no forno à lenha, os sabores vão dos clássicos (aliche, mussa-rela, calabresa, portuguesa, quatro queijos, romana, atum, etc.) aos mais originais. Entre as novidades tem a Pizza do Boy, criada por um dos sócios (carpaccio, molho especial de mostarda, alcaparrinhas e parmesão), a Pizza do Marcelão (pancetta, cogumelo-de-paris e mussarela, pode vir também com shiitake), a Venite (pesto de manjericão, � nas fatias de tomate e mussarela), a Murillo (recheio de ovos de codorna, cebola caramelizada, parmesão, pancetta e pimenta-do-reino, dis-ponível apenas na versão caçulinha) e a pizza da casa, a Dois Irmãos (que reúne calabresa artesanal picadinha na faca, mussarela, folhas de manjericão e azeitonas pretas).

Criado em 1958, o Bar Dois Irmãos é uma verdadeira instituição paulistana. Dentre as preciosidades, a casa tem a mais antiga chopeira em funcionamento da cidade. O bar, fundado pelos irmãos portugueses José e Manuel de Souza e tocado hoje por ex-frequentadores e moradores do bairro, é reconhecido como um dos melhores chopes e de colarinho mais cremoso de São Paulo. A chopeira permanece intacta ao lado de outras relíquias da casa, como um gramofone

e uma serpentina tão antiga quanto a própria casa. Além da qualidade do chope, a forma de servir faz toda a diferença ao degustar a bebida. Esse processo é feito, até hoje, por verdadeiros experts na arte, que comandam há décadas as tulipas do bar. Chope, como dizem os especialistas na arte, tem de ser bem tirado. “Não há um só segredo, são vários. Desde onde seguramos no copo até a temperatura do ambiente, inclinação do recipiente, a vazão do chope e até o tamanho do colarinho. Tudo aqui é feito artesanalmente e milimetricamente”, explica Leonardo Brandão, que trabalha na casa há 20 anos.

“O chope aqui é um verdadeiro ritual e, por isso, é um bar tão querido, até hoje, por moradores, cervejeiros, famílias e turistas. Fize-mos uma reforma apenas para tornar o menu mais versátil, mas jamais abriremos mão dessa autenticidade. Até porque, antes de virarmos sócios, sempre fomos clientes do bar“, explica Tiago Botelho, um dos novos sócios do Dois Irmãos, que morou no bairro por 26 anos e frequenta o bar desde sempre. O espaço foi remodelado pela arquiteta � ais Bittencourt. Dividido em três salões, o da entrada mantém o ar nostálgico, com azulejos em branco e preto, remetendo aos tempos de armazém e aos antigos donos, os irmãos portugueses, e o imponente bar com as históricas chopeiras, a original e uma réplica. No último e amplo salão, há um forno à lenha napolitano, deco-rado com ladrilhos coloridos. Um painel com jardim suspenso, com samambaias e outras plantas tropicais.

O menu mantém os clássicos de boteco, como o tradicionalíssimo bolinho de bacalhau do Seu Zé, o fundador, a calabresa acebolada, os pasteizinhos, e até algumas inovações feitas no forno à lenha, como berinjelas grelhadas e corniciones crocantes. Aos � ns de semana, oferece bufê de feijoada e música ao vivo. Ambiente para um almoço ou jantar capricha-dos, happy hour ou, simplesmente, a saideira. Petiscos e chopes para apreciar sem pressa, nem pretensão. Menu simples, autêntico e cativante, como a verdadeira alma dos botecos paulistanos. bardoisirmaos.com.br

A pizza Venite, uma das novidades do menu, combina pesto de manjericão, fi nas fatias de tomate e mussarela. Crédito da foto: Mario Rodrigues.

Com a mais antiga chopeira em funcionamento de São Paulo, o Bar Dois Irmãos tem o chope reconhecido como um dos melhores e de colarinho mais cremoso da cidade. Crédito da foto: Mario Rodrigues.

O Bar Dois Irmãos conta agora com um novo espaço, remodelado pela arquiteta Thais Bittencourt. Crédito da foto: Fernando Torres.

48 ITALIAN FOOD Nº 28 - 2017

C A N T I N A S , P I Z Z A R I A S & R E S TA U R A N T E S

DOM SEBASTIÃO FOCA NA GASTRONOMIA ITALIANA

O Dom Sebastião participou do festival Veja Comer & Beber, que a Veja, em parce-ria com o Banco Santander, organizou pela primeira vez, em Cuiabá, MT. O festival encerrou no 25 de junho e contou com a participação de vinte e oito restaurantes da cidade, que ofereceram menus especiais pelo preço � xo de R$ 49,90 (almoço) e R$5 9,90 (jantar).

Paulo Vitor, chefe de cozinha e proprietá-rio do Dom Sebastião, participou do festival com um menu focado principalmente na gastronomia italiana. “Escolhi os pratos bus-cando um alto padrão de comida e, também, em focar nos pontos fortes do nosso restaurante”, comenta Paulo Vitor.

Para a entrada, o carpaccio, um antepasto muito famoso, e como prato principal, uma pizza Marguerita, com mussarela de búfala,

tomate cereja e manjericão fresco.Para encerrar, a sobremesa recomenda-

da foi o petit gateau de doce de leite. Com esse cardápio, a Dom Sebastião acredita ter cativado o seu público e conquistado novos clientes durante esse festival, com a boa ex-periência associada a um bom serviço.

Além disso, Paulo Vitor acredita que essa foi uma conquista para a gastronomia de

Mato Grosso em geral. O fato de uma revista como a Veja, que tem credibilidade, mapear o ambiente gastronômico da cidade, só pode trazer benefícios para o setor de restauração como um todo.

QUANTO BASTA CUCINA ITALIANA, DE CURITIBA, AGORA NAS MÃOS DE DUDU SPERANDIO

Nos últimos anos, o chef curitibano Dudu Sperandio se consolidou como um dos grandes nomes da gastronomia local. Já é dono de dois restaurantes de ótima qualidade, o Ernesto Ristorante e o Funiculi, que acumulam prêmios e são um sucesso de público. Em fevereiro passado, anunciou a compra do tradicional Quanto Basta Cucina Italiana, restaurante por quilo que funciona há dez anos no Centro Cívico. O restaurante já foi reinaugurado! O novo Quanto Basta funciona diariamente com o sistema de bu� etdurante o almoço, com preparos focados na tradicional gastronomia da “Velha Bota”.

Um dos grandes destaques da casa são as massas preparadas na hora, na frente do cliente, com variações diárias de molhos. A casa aposta, também, em carnes grelhadas, entre elas mignon, entrecôte, maminha e picanha, além de opções à base de peixe.

Já no jantar, o restaurante trabalha com massas frescas e carnes premium. Os clientes têm a oportunidade de montar o próprio prato, combinando uma carne com uma massa e um molho especial. Além disso, é disponibilizado um bu� et de entradas e antepastos repletos de acompanhamentos saborosos.

512017 - Nº 28 ITALIAN FOOD

LA MACCA TRAZ AS MASSAS ARTESANAIS DE GRAGNANO PARA SÃO PAULO COM O MELHOR DA CULINÁRIA ITALIANA

O Restaurante La Macca - Maccaro-neria di Gragnano chega ao bairro dos Jardins com a proposta de trazer para São Paulo as massas artesanais e os in-gredientes produzidos pela comunidade italiana de Gragnano, próximo de Ná-poles. Sob o comando dos sócios Silvio Frugoli e Fernando Appendino, também chef de cozinha, o estabelecimento é o único na cidade a oferecer pratos com massas de uma região que tem mais de 500 anos de tradição na produção de pastas de prestígio. As massas Gragnano são trabalhadas em fôrmas de bronze e passam por secagem longa em baixa temperatura. São feitas com sêmola de grano duro de primeira extração e água limpa do Monte Lattari como segundo ingrediente base. O modelo de produção é de grande qualidade, o que resulta em poucos exemplares, e tem conquistado clientes em todo o planeta.

Todo este delicado processo permi-te ao La Macca oferecer o melhor da culinária italiana com delícias vindas do Premiato Pasti� cio Afeltra, um dos mais antigos e tradicionais de Gragnano. São pratos como: Linguini Alla Ligure com Frutti di Mare (pesto genovese com ca-marões e polvo); Rigatone Alla Caruso (ragú de linguiça artesanal, pomodoro e ricota de búfala); e Fusili Artigianale com Stracciatella e Pistachio (molho de toma-tes orgânicos, burrata fresca e pistache). Entres as opções de massas frescas estão: Lasagna Gialla Alla Bolognese (lasanha

tradicional com ragú à bolonhesa); Tor-tellini Alla Superpanna (tortellini recheado com presunto crú e creme de parmigiano) e o Ravioli Di Ricotta Spinaci Al Burro e Salvia (ricota fresca e espinafre, na man-teiga e sálvia fresca).

Para um lanche rápido, os Paninis, sanduíches feitos no pão ciabatta artesanal e de fermentação lenta, são ideais. Tirolese (presunto crú tipo speck, queijo Taleggio e � go grelhado), Calabrese (salame italiano spianata picante, burrata e geleia de tan-gerina), e Toscano (alcachofra grelhada, ovo pochê, pecorino fresco, lardo e azeite trufado), são algumas das iguarias.

Há ainda no cardápio os sanduíches de Torino, feitos com pão de miga, como

Parma (Parma, queijo cremoso tipo strac-chino, e abobrinhas grelhadas); Cervinia (presunto Royale, queijo tipo brie, toma-te con� t e rúcula); e Toast (tostex com presunto Royale e mussarela).

Na sobremesa, destaques para o clás-sico Tiramissú, as tortinhas de chocolate com recheio fondente e os sorvetes ba-tidos na casa com base italiana Venchi.

Aos domingos, a casa oferece pizzas feitas com massas de fermentação natural. Entre elas: Crostata di Carpaccio (pizza assada com sal grosso e coberta com car-paccio, pimenta rosa e azeite trufado); Montanara (queijo de cabra tipo robiola, presunto Royale e abobrinhas grelhadas); e Alla Marco (mussarela de búfala, to-mates frescos, pesto de azeitonas pretas e manjericão). O menu ainda oferece risotos, peixes e carnes.

Com capacidade para 150 pessoas e investimento de R$ 5 milhões, o La Macca ocupa um imóvel amplo na rua Haddock Lobo, com bar no centro divi-dindo os ambientes. O bar é comandado pela renomada bartender Adriana Pino, que preparou uma carta de drinques totalmente inspirada na Itália moderna. A decoração traz diferentes luminárias, mesas de mármore, ladrilho hidráulico na frente com as cores da bandeira italiana e pisos de cumaru nos fundos. lamacca.com.br

50 ITALIAN FOOD Nº 28 - 2017

C A N T I N A S , P I Z Z A R I A S & R E S TA U R A N T E S

PICI TRATTORIA UNE COMIDA ITALIANA TRADICIONAL EM UM AMBIENTE DESCOLADO

Com 14 anos de experiência no segmento de restaurantes, o empresário Leonardo Rezende passou um bom tempo tentando convencer seu sócio, Gustavo Gill, a investir num local especializado em gastronomia italiana que não tivesse a cara de um estabelecimento típico de lá. E, porque o amigo acabou dando o braço a torcer, há dez meses surgiu a Pici Trat-toria, em Ipanema, eleita como a melhor novidade da Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Tenho ascendência italiana e minha irmã mora lá há duas décadas. Então, meus laços com o país são muito grandes. O que me incomodava muito aqui no Rio é que sempre que eu queria comer comida italiana precisa-va ir a um restaurante superformal e careta. Minha ideia foi fazer justamente o oposto, um local descolado e jovem, com cardápio afetivo”, a� rma Rezende que, juntamente com o sócio, é dono também do Bo-tequim Informal e da Brasserie Mimolette, no Shopping Leblon, especializada em gastronomia francesa.

Na decoração da Pici Trattoria, nada lembra a Itália. A ornamentação e a trilha sonora têm foco no jazz, com fotos de mais de cem ícones do gênero musical. A casa tem capacidade para receber 56 pessoas. E, entre os frequentadores, a coquetelaria é uma atração à parte.

“Algo que eu venho percebendo, hoje, nos restaurantes é que os cardápios estão muito complicados, com termos difíceis. Na Pici, a ideia foi fazer algo absolutamente simples”, diz o empresário.

raspa de limão-siciliano.A cozinha é comandada pelo chef pau-

lista � iago Berton, de 31 anos, descen-dente de italianos da região do Piemonte, no Norte da Itália. Ele está no Rio há cinco anos, quando chegou para trabalhar com o chef Rafa Costa e Silva, no Lasai, que não havia sido inaugurado ainda. A Pici é a sua primeira empreitada como chef principal.

Ele ressalta que entre os carros-chefes da casa estão o carbonara - sem creme de leite, como manda a receita original -, o polvo e o nhoque ao pesto, com creme de burrata e

512017 - Nº 28 ITALIAN FOOD

LA MACCA TRAZ AS MASSAS ARTESANAIS DE GRAGNANO PARA SÃO PAULO COM O MELHOR DA CULINÁRIA ITALIANA

O Restaurante La Macca - Maccaro-neria di Gragnano chega ao bairro dos Jardins com a proposta de trazer para São Paulo as massas artesanais e os in-gredientes produzidos pela comunidade italiana de Gragnano, próximo de Ná-poles. Sob o comando dos sócios Silvio Frugoli e Fernando Appendino, também chef de cozinha, o estabelecimento é o único na cidade a oferecer pratos com massas de uma região que tem mais de 500 anos de tradição na produção de pastas de prestígio. As massas Gragnano são trabalhadas em fôrmas de bronze e passam por secagem longa em baixa temperatura. São feitas com sêmola de grano duro de primeira extração e água limpa do Monte Lattari como segundo ingrediente base. O modelo de produção é de grande qualidade, o que resulta em poucos exemplares, e tem conquistado clientes em todo o planeta.

Todo este delicado processo permi-te ao La Macca oferecer o melhor da culinária italiana com delícias vindas do Premiato Pasti� cio Afeltra, um dos mais antigos e tradicionais de Gragnano. São pratos como: Linguini Alla Ligure com Frutti di Mare (pesto genovese com ca-marões e polvo); Rigatone Alla Caruso (ragú de linguiça artesanal, pomodoro e ricota de búfala); e Fusili Artigianale com Stracciatella e Pistachio (molho de toma-tes orgânicos, burrata fresca e pistache). Entres as opções de massas frescas estão: Lasagna Gialla Alla Bolognese (lasanha

tradicional com ragú à bolonhesa); Tor-tellini Alla Superpanna (tortellini recheado com presunto crú e creme de parmigiano) e o Ravioli Di Ricotta Spinaci Al Burro e Salvia (ricota fresca e espinafre, na man-teiga e sálvia fresca).

Para um lanche rápido, os Paninis, sanduíches feitos no pão ciabatta artesanal e de fermentação lenta, são ideais. Tirolese (presunto crú tipo speck, queijo Taleggio e � go grelhado), Calabrese (salame italiano spianata picante, burrata e geleia de tan-gerina), e Toscano (alcachofra grelhada, ovo pochê, pecorino fresco, lardo e azeite trufado), são algumas das iguarias.

Há ainda no cardápio os sanduíches de Torino, feitos com pão de miga, como

Parma (Parma, queijo cremoso tipo strac-chino, e abobrinhas grelhadas); Cervinia (presunto Royale, queijo tipo brie, toma-te con� t e rúcula); e Toast (tostex com presunto Royale e mussarela).

Na sobremesa, destaques para o clás-sico Tiramissú, as tortinhas de chocolate com recheio fondente e os sorvetes ba-tidos na casa com base italiana Venchi.

Aos domingos, a casa oferece pizzas feitas com massas de fermentação natural. Entre elas: Crostata di Carpaccio (pizza assada com sal grosso e coberta com car-paccio, pimenta rosa e azeite trufado); Montanara (queijo de cabra tipo robiola, presunto Royale e abobrinhas grelhadas); e Alla Marco (mussarela de búfala, to-mates frescos, pesto de azeitonas pretas e manjericão). O menu ainda oferece risotos, peixes e carnes.

Com capacidade para 150 pessoas e investimento de R$ 5 milhões, o La Macca ocupa um imóvel amplo na rua Haddock Lobo, com bar no centro divi-dindo os ambientes. O bar é comandado pela renomada bartender Adriana Pino, que preparou uma carta de drinques totalmente inspirada na Itália moderna. A decoração traz diferentes luminárias, mesas de mármore, ladrilho hidráulico na frente com as cores da bandeira italiana e pisos de cumaru nos fundos. lamacca.com.br

50 ITALIAN FOOD Nº 28 - 2017

C A N T I N A S , P I Z Z A R I A S & R E S TA U R A N T E S

PICI TRATTORIA UNE COMIDA ITALIANA TRADICIONAL EM UM AMBIENTE DESCOLADO

Com 14 anos de experiência no segmento de restaurantes, o empresário Leonardo Rezende passou um bom tempo tentando convencer seu sócio, Gustavo Gill, a investir num local especializado em gastronomia italiana que não tivesse a cara de um estabelecimento típico de lá. E, porque o amigo acabou dando o braço a torcer, há dez meses surgiu a Pici Trat-toria, em Ipanema, eleita como a melhor novidade da Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Tenho ascendência italiana e minha irmã mora lá há duas décadas. Então, meus laços com o país são muito grandes. O que me incomodava muito aqui no Rio é que sempre que eu queria comer comida italiana precisa-va ir a um restaurante superformal e careta. Minha ideia foi fazer justamente o oposto, um local descolado e jovem, com cardápio afetivo”, a� rma Rezende que, juntamente com o sócio, é dono também do Bo-tequim Informal e da Brasserie Mimolette, no Shopping Leblon, especializada em gastronomia francesa.

Na decoração da Pici Trattoria, nada lembra a Itália. A ornamentação e a trilha sonora têm foco no jazz, com fotos de mais de cem ícones do gênero musical. A casa tem capacidade para receber 56 pessoas. E, entre os frequentadores, a coquetelaria é uma atração à parte.

“Algo que eu venho percebendo, hoje, nos restaurantes é que os cardápios estão muito complicados, com termos difíceis. Na Pici, a ideia foi fazer algo absolutamente simples”, diz o empresário.

raspa de limão-siciliano.A cozinha é comandada pelo chef pau-

lista � iago Berton, de 31 anos, descen-dente de italianos da região do Piemonte, no Norte da Itália. Ele está no Rio há cinco anos, quando chegou para trabalhar com o chef Rafa Costa e Silva, no Lasai, que não havia sido inaugurado ainda. A Pici é a sua primeira empreitada como chef principal.

Ele ressalta que entre os carros-chefes da casa estão o carbonara - sem creme de leite, como manda a receita original -, o polvo e o nhoque ao pesto, com creme de burrata e

Um dos maiores segredosda boa pizza é a qualidade

de sua farinha.

Um dos maiores segredosda boa pizza é a qualidade

de sua farinha.

Um dos maiores segredosda boa pizza é a qualidade

de sua farinha.

Conheça...

(13) 4009-6800

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

ANUNCIO PAG PIZZA 5kg [220x290mm]06-13.pdf 1 21/06/13 17:33

52 ITALIAN FOOD Nº 28 - 2017

C A N T I N A S , P I Z Z A R I A S & R E S TA U R A N T E S

MOMA - MODERN MAMMA OSTERIA -, O MAIS NOVO ITALIANO DO ITAIM

A cozinha italiana tradicional, com porções para dividir, massas com molhos clássicos e refeição farta é a proposta de um novo restau-rante italiano no Itaim Bibi, na Capital paulista, o Moma (Modern Mamma Osteria). A casa nasceu no � nal do ano passado da parceria entre dois amigos e companheiros de cozinha, os chefs Paulo Barros e Salvatore Loi. É um restaurante que lembra bastante a comida das nonas italianas.

O cardápio foi elaborado pelos dois chefs, que � zeram uma seleção a partir de receitas das famílias dos dois e depois � zeram as adapta-ções. Então, deram seus toques pessoais em diferentes foccacias e antepastos, como a tábua de burrata, presunto crú e massinha e a carne cruda com batata chips.

As sugestões dos chefs, de pratos para com-partilhar, são as polentas “montadas” direto à mesa, como a de mix de cogumelos, gorgonzola italiana e rúcula; e a rústica, com linguiça, espi-nafre e queijo canastra. No almoço , o cliente escolhe qualquer prato do menu e o valor dele inclui também uma entrada e uma sobremesa.

Não poderiam faltar no menu os nhoques, que tanto lembram a gastronomia italiana. O gnocchi da casa tem variações como o de espinafre, recheado com mussarela ao sugo; o gnocchi recheado com ossobuco ao próprio molho; e o de batata, dourado com ragú de lula, tomate con� t e rúcula.

A opção dos chefs foi por massas clássicas, como o spaghetti alla carbonara ou o rigatoni ao cacio e pepe com porcini. Entre as massas frescas, os destaques são o pici, com ragú de linguiça, porcini e creme de grana padano; o fagottini, com ragú de panceta, cebola carame-lada e fonduta de pecorino; ou o bauletti, com creme de ricota, raspas de laranja, pistache e manteiga com especiarias.

Os chefs também selecionaram carnes e peixes, que foram incluídos no cardápio, como o bacalhau gadus morhua, com purê de abobrinha e pinoli ao pesto.

Os clientes também não dispensam as sobremesas. Os chefs destacaram a meringata de morango, o tiramisù para compartilhar, a

fruta do dia e a tortina gianduia.Para harmonizar com esses pratos tipica-

mente italianos, os chefs selecionaram uma carta de vinhos com 80 rótulos italianos e chilenos. Do bar, na entrada, são preparados drinks tradicionais italianos que ganharam fama mundial, como o Negroni e o Aperol Spritz e outros clássicos, como o Rabo de Galo e o Apple Martini. Mas a casa também inovou com algumas criações, como o Green Day Martini, que leva uva, limão siciliano e capim santo (e pode ser feito com algumas bebidas como saquê e gim) e o Brasilis Martini, uma mistura de cachaça com maracujá, limão cravo, gengibre e gotas de Angostura (e uma borda de açúcar mascavo). Muita em alta ultimamente, a casa também oferece algumas receitas de gim tônica, como o Tea Tonic .

O projeto da casa é assinado pelo arqui-teto Otávio De Sanctis. Ele fez uma fusão do moderno com o tradicional. Estão em evidência a parede de tijolos escuros, portas de vidro e estrutura metálica, mesas de madeira e um sofá de couro envelhecido que percorre o restaurante. As portas da frente podem ser

totalmente abertas. O teto é retrátil, deixando grande parte da casa ao ar livre. A cozinha, meio aberta para o salão, faz com que o cliente se sinta na cozinha de casa.

Paulo Barros, começou a estagiar aos 15 anos com Emmanuel Bassoleil. Formou-se pelo Senac e pelo Italian Culinary Institute for Foreigners, na região de Piemonte, na Itália. Trabalhou no La Vecchia Cucina, além de restaurantes internacionais, como o francês Georges Blanc (três estrelas Michelin), fez estágio com o chef Gualtiero Marchesi (três estrelas Michelin), e em alguns outros restau-rantes nos Estados Unidos, onde morou por cinco anos. Foi sócio e chef do Due Cuochi Cucina por nove anos, além de conceber e comandar as cozinhas do Grupo Egeu, como Italy, Girarrosto, Kaá e Mozza.

Coleciona prêmios. Foi eleito “Chef Reve-lação” pela revista Gula (2004), Veja São Paulo e Guia 4 Rodas (2005), “Chef do Ano” pelas revistas Prazeres da Mesa e Go Where (2008), “Restaurateur do Ano” pela Veja São Paulo (2009), quatro anos consecutivos (2006, 2007, 2008 e 2009) eleito o “Melhor Restaurante Italiano” pela revista Veja São Paulo e “Res-taurateur do Ano” pelo Guia 4 Rodas (2012).

Salvatore Loi acumula 32 anos de expe-riência. Teve passagens por alguns dos melhores restaurantes do mundo, como o Villa D’Este, no Lago de Como, e o Hotel Pitrizza, em Porto Cervo, além dos 13 anos que passou à frente das clássicas cozinhas do Grupo Fasano. No total, já inaugurou 15 casas no Brasil, entre restaurantes desse grupo e outros projetos, como o Girarrosto e o antigo Loi Ristorantino (hoje, apenas Ristorantino).