a histeria, hoje
TRANSCRIPT
8/19/2019 A Histeria, Hoje
http://slidepdf.com/reader/full/a-histeria-hoje 1/6
1
VI ENAPOL
EIXO 2 – As estruturas clínicas órfãs do Nome-do-Pai
A HI!E"IA# HO$E
Inte%rantes& Jorge Assef, Cecilia Rubinetti, Ruth Gorenberg, Nora Cappelletti, Paula Gil, MarcelaGarcía Guida, Celeste Viñal e Marina Recalde (relatora!
" te#a proposto para esta con$ersa%&o e# torno do 'ual nos reuni#os para u# trabalho intenso
durante $rios #eses foi )A histeria ho*e+! Antecipa#os 'ue o to# das reunies ('uantidades $olu#osas
de bibliografia, argu#enta%es s-lidas, debates inter#in$eis fe. co# 'ue ti$/sse#os a con$ic%&o
antecipada da i#possibilidade de concluir e# u#a pala$ra *usta, e# u#a articula%&o acabada e final!
Apresenta#os0lhes o ei1o escolhido ap-s u# e1tenso percurso de leituras e encontros, u#a $ia
#ais propícia 2s perguntas 'ue 2s afir#a%es categ-ricas, #as 'ue n&o cede na tentati$a de dar conta
da proposta 'ue este V3 4NAP"5 espera desta in$estiga%&o!
6ue di.er da histeria ho*e7 4sse ho*e 'ue nos indica 'ue ela * n&o / o 'ue era onte#! 8er
preciso repensar a histeria, orientados ho*e pelo real!
O sintoma e a histeria
)A psicanlise apreendeu a *un%&o das pala$ras co# os corpos por u# $i/s preciso, o do
sinto#a+, nos di. 4ric 5aurent e# u# te1to 'ue apresenta o argu#ento para este 4ncontro (9! 4ssa
frase nos obrigou, portanto, a $oltar#os 2 orige#, 2 orige# da psicanlise!
Assi#, co#e%a#os por interrogar a pre#issa pela 'ual fo#os con$ocados: a histeria ho*e!
Pre#issa 'ue situa afir#ati$a#ente 'ue h u#a histeria, ho*e! Ao pensar os casos atuais e apoiados nos
pr-prios funda#entos da psicanlise, nos pergunta#os o 'ue fa. co# 'ue ho*e possa#os afir#ar: se
trata de u#a histeria! "u se*a, 'uais s&o os par;#etros 'ue nos orienta# para indicar se / ou n&o u#a
histeria! Assi#, chega#os 2 pre#issa 'ue nos orientaría#os pelo pai, o falo, o sinto#a, a "utra #ulher, o
la%o co# o "utro e o dese*o! No%es 'ue parece# ter sido ultrapassadas, #as 'ue se# d<$ida ainda
segue#, a nosso $er, orientando nossa prtica! Pensa#os assi#, u#a $e. 'ue o pai, o sinto#a, o go.o e
o dese*o se funda# no i#possí$el, isto /, n&o depende# das conting=ncias de u#a /poca, e#bora
indiscuti$el#ente produ.a# efeitos! 4ntende#os 'ue o proble#a consiste e# identificar 'ual / o la%o
atual co# a'uilo 'ue / funda#ental! >esse #odo, indaga#os sobre o 'ue h de neurose nos casos 'ueho*e se apresenta#! 4# fun%&o disso, parti#os de ?reud, perguntando co# 5acan: o 'ue aconteceu co#
as hist/ricas do passado7 A'uelas 'ue per#itira# o surgi#ento da psicanlise 'uando ?reud se disp@s
e# escut0las! " 'u= substitui atual#ente os sinto#as hist/ricos de outros te#pos7 Para ?reud, o ei1o
sobre o 'ual se sustenta a organi.a%&o do sinto#a hist/rico / o a#or ao pai, por/# se esse sinto#a /
considerado co#o u#a solu%&o no interior desta in$enti$a hist/rica, be# 'ue ele poderia ser u#a
solu%&o co#o tantas outras! *usta#ente isso 'ue a nossa /poca pe e# causa e nos le$a pronta#ente
a u#a de nossas indaga%es #ais recorrentes: co#o pensar a histeria n&o e1clusi$a#ente definida por
sua rela%&o de a#or ao pai e si# por u#a $incula%&o especial co# o significante7
8/19/2019 A Histeria, Hoje
http://slidepdf.com/reader/full/a-histeria-hoje 2/6
2
Marie0B/lne Drousse (E afir#a 'ue a histeria de ho*e est #ais pr-1i#a do poder do
significante co#o tal, se# o pai, 'ue ser$ia para $elar seu poder e o da letra!
4nt&o, co#o pensar esse )se# pai+7 N&o se trata no caso de pensar as duas $ertentes do pai,
a'uele ligado ao trau#tico (5acan nos apresenta e# " 8e#inrio F3F 'ue est na orige# das
neuroses, da *un%&o das pala$ras co# os corpos, e a'uele ligado ao a#or, 'ue desse #odo se situa dolado do sentido, * co#o u#a solu%&o 'ue a histeria ao #enos a clssica encontra frente a'uilo 'ue
n&o se pode no#ear7
"s se#blantes #udara#: a utili.a%&o indiscri#inada dos gadgets oferecidos pela tecnologia, os
abusos na utili.a%&o dos a$an%os na ci=ncia da bele.a, das #odifica%es corporais, as apresenta%es
aparente#ente inacessí$eis 2 pala$ra co#o as anore1ias, os cortes no corpo, ou as brutais recusas do
a#or, pode# nos fa.er des$iar da'uilo 'ue, na histeria ho*e, continua sendo a histeria 'ue orienta para
u# #ais al/# do pai ao castr0lo! Claro 'ue * n&o se trata tanto da'uela fa#osa histeria de con$ers&o, e
si# de )u#a histeria de con$ersa%&o+ (H! 4ssa / a histeria 'ue con$/# ao <lti#o ensino de 5acan, o
sofri#ento de u# indi.í$el 'ue, *usta#ente por isso, fala! 4 fala de co#o o fa. u# sinto#a co# u#
trau#a!
A junção das palavras com os corpos
Ali onde se produ. o surgi#ento trau#tico do go.o, alíngua #arca o corpo e fa. co# 'ue se*a o
sinto#a 'ue# responda! 8e, / atra$/s do cho'ue co# a pala$ra 'ue se produ. o trau#a, / pela pala$ra,
ta#b/#, 'ue se ter a possibilidade de fa.er algo!
" 'ue #ais nos interessa / o 'ue o su*eito construiu co# isso, n&o co# a finalidade de 'ue algo
se*a representado (ao estilo do recalcado, #as co# a finalidade de 'ue, o 'ue resulta disso, se*a #ais
satisfat-rio para o su*eito! Nas pala$ras de Jac'ues0Alain Miller, o sinto#a / o )produto de u# encontro
casual (contingente do corpo co# o significante! 4sse encontro #ortifica o corpo, #as, ta#b/#, recorta
u#a parcela de carne cu*a palpita%&o ani#a todo o uni$erso #ental! Co#pro$a#os 'ue esse encontro
#arca o corpo co# u# tra%o ines'uecí$el! o 'ue cha#a#os aconteci#ento de corpo+(I!
Considera#os 'ue a histeria fa. u# uso singular da fun%&o paterna nesse processo! " su*eito hist/rico
fa. u# uso peculiar, por e1e#plo, na estrutura%&o )de u# corpo 'ue se sustenta no pai co#o defesa
frente ao real do go.o fe#inino+( 'ue pe e# 'uest&o sua identidade e unidade!
4ssa elabora%&o lhe per#itir precisar a fun%&o de a#arra%&o 'ue se locali.a na histeria na)ar#adura do a#or ao pai+, for#ulada por 5acan e# seu seminário FF3V (in/dito! " ter#o franc=s
armature designa o enfor#ado 'ue outorga u#a especial estabilidade e consist=ncia ao su*eito hist/rico
e seu corpo!
Krata0se do redobra#ento, a partir do a#or de sua rela%&o ao No#e0do0Pai, ao estabeleci#ento
de seu la%o co# o "utro!
" 'ue sustenta essa solu%&o sinto#tica, dir 5acan, / a )reta infinita do a#or ao pai+ co#o u#
cabo topologica#ente apresentado 'ue constitui u#a sustenta%&o do corpo!
Considerando o te#a 'ue nos interessa nesta ocasi&o, pode#os pensar: e# rela%&o a 'ue )a
histeria ho*e+ pode n&o apresentar dita estabilidade7 4sta#os diante de casos clínicos 'ue e#bora tal
8/19/2019 A Histeria, Hoje
http://slidepdf.com/reader/full/a-histeria-hoje 3/6
3
co#o di.ía#os antes o trau#a se1ual este*a captado e# pala$ras, #anifesta# rupturas e# sua rela%&o
co# o a#or ao pai7
8e 5acan (L for#ula 'ue a <lti#a coisa 'ue se perde e# u# final de anlise, na histeria, / o
a#or ao pai, e se isso / l-gico e necessrio para a configura%&o do corpo co#o tal, / possí$el continuar
cha#ando histeria 2s representa%es 'ue prescinde# deste a#or, se# ter le$ado u#a anlise at/ suafinali.a%&o7
4$idente#ente s&o casos 'ue n&o responde# 2 histeria clssica, #as pode#os continuar
colocando0as co#o histeria, se elas se situa# fora do sentido7 Continua sendo u#a histeria 'uando se
sustenta s-, n&o precisando do No#e0do0Pai7 6uando n&o / possí$el locali.ar nada do a#or ao pai7 "u
s&o apresenta%es rígidas da histeria, tal co#o a situa 5acan, o 'ue daria 2 'uest&o u# $i/s feno#=nico
e n&o estrutural7 V=0se clara#ente a tens&o entre a histeria clssica e a histeria rígida, introdu.ida pela
referencia 'ue to#a 4ric 5aurent de Jac'ues 5acan (e1traída do 8e#inrio EH, e 'ue condu.iria a
pensar e# u#a histeria se# No#e do Pai! 6ue teria de histeria, a histeria rígida7
8e a histeria / u#a defesa frente 2 a#ea%a de irrup%&o de go.o, considera#os do #es#o #odo
u#a histeria desencadeada pela falha de sua defesa, u# enlou'ueci#ento hist/rico e u#a apresenta%&o
na 'ual n&o pode#os estabelecer essas coordenadas de início7 4sse )fora de ser$i%o do pai+ teria o
#es#o estatuto se se tratasse de u#a fun%&o 'ue apesar disso conser$a o $alor de a#o 'ue nunca
operou co#o tal, ou se*a, de u# ser$i%o do 'ual n&o te#os e$idencia de 'ue tenha sido dado algu#a
$e.7 N&o seria a #es#a coisa falhar e estar ausente! 4stas 'uestes s&o pontos orientadores para se
pensar os #odos atuais de apresenta%&o e# nossa clínica cotidiana!
A histeria continua denunciando a insufici=ncia do ter para di.er seu ser, #as, $anguardista co#
rela%&o a si #es#a, se utili.a (por e1e#plo dos discursos da tecnoci=ncia para #odificar os #odos
tradicionais do pai co#o trans#issor de u#a lei hu#ani.ada pelas rela%es instru#entais!
É possível pensar a histeria sem o Nome do Pai?
5acan introdu. o No#e do Pai co#o u# significante no >iscurso de Ro#a, segue desen$ol$endo
o conceito e acentuando seu carter si#b-lico! Mas, se o No#e do Pai e o falo fica# ligados, ainda
)resulta i#pens$el o ob*eto a+ na #edida e# 'ue tudo / reabsor$í$el pelo significante(! ?inal#ente,
5acan chega a for#ular a #etfora paterna, estabelecendo u#a rela%&o de causalidade entre o Pai e o
falo! >e todo #odo, pensa#os 'ue algo escapa 2 si#boli.a%&o NP>M! >M1, #es#o 'ue n&o se
for#ule nesses ter#os!No " 8e#inrio 9O, a partir da clínica da histeria, se produ. u#a ruptura e 5acan co#e%a a
diferenciar falo e No#e do Pai: )Mas, enfi#, n&o foi apenas por esse ;ngulo 'ue conte#plei a #etfora
paterna! 8e escre$i e# algu# lugar 'ue o No#e0do0Pai / o falo foi por'ue, na /poca, eu n&o podia
articul0lo #elhor! , certa#ente, o falo, se# d<$ida, #as /, ta#b/#, o No#e0do0Pai! 8e o 'ue se
no#eia do Pai, o No#e0do0Pai, / u# no#e 'ue te# eficcia, / precisa#ente por'ue algu/# se le$anta
para responder+(O! 8abe#os 'ue o No#e do Pai assegura sua consist=ncia no#eando o i#possí$el! Na
histeria, o No#e do Pai / con$ocado a responder, a falar sobre esse #udo ('ue 5acan situa no 8e#inrio
FV333 no ní$el da irrup%&o do go.o flico: )" 'ue constitui o pri$il/gio do falo / 'ue se pode cha#0lo
louca#ente, e ele continuar a n&o di.er nada! 8- 'ue isso d sentido ao 'ue cha#ei, na /poca, de
8/19/2019 A Histeria, Hoje
http://slidepdf.com/reader/full/a-histeria-hoje 4/6
4
#etfora paterna, e / a ela 'ue a hist/rica condu.+(! " No#e0do0 Pai /, ent&o, o 'ue / con$ocado a
falar do go.o flico, a falar disso 'ue n&o fala! )Mas, diga#os 'ue 'uando / a hist/rica 'ue# o cha#a, o
'ue se trata / de 'ue algu/# fale+ (9Q! A hist/rica re'uer o No#e do Pai, co#o o no#e 'ue fa. falar o
referente #udo! " go.o flico / o 'ue ordena e interroga u#a hist/rica, e / e# rela%&o a esse go.o 'ue
se ordena# todos seus sinto#as! A esta altura, o $ínculo i#possí$el para a hist/rica / co# o go.o flico!3#possí$el 'ue ha*a u#a articula%&o direta co# essa coisa #uda, indi.í$el, 'ue / o go.o flico co#o tal!
Precisa da inter#edia%&o de algo: 'ue se fale disso, 'ue o #encione, 'ue ha*a e'uí$oco, aluses! "
sinto#a hist/rico surge da confronta%&o se# #edia%&o co# o go.o flico! " sinto#a, ent&o, fala, ela fala
desse #udo co# seu sinto#a!
8- h psicanlise de u# corpo $i$o, de u# corpo 'ue fala, e isso para 5acan / u# #ist/rio! 4
'ue isso se fa%a, co#o na histeria, por e1e#plo, atra$/s do corpo, supe0se 'ue pertence
especifica#ente 2 e1peri=ncia analítica! 4sse real da clínica, de cada anlise 'ue se apresenta de u#
#odo singular! 4sse indi.í$el 'ue rodeia nas $oltas dos ditos e de#onstra sua i#possibilidade l-gica, sua
ine1ist=ncia radical e, a partir daí, ilu#ina o 'ue h! B #, h go.o!
Para chegar a isso ter 'ue passar pelos sinuosos desfiladeiros do significante! Pro$ar 'ue h u#
la%o co# o "utro 'ue per#ita co# 'ue o su*eito saia do go.o autístico 'ue o isola e produ.ir a
possibilidade de 'ue esses 89 con$o'ue# 2 interpreta%&o de u# 8E 'ue fa%a cadeia de sentido! Para logo
perd=0lo, para logo prescindir do sentido, n&o se# ha$er passado por ele!
)Por isso de$e#os conceber o sinto#a n&o a partir da cren%a no No#e do Pai, e si# a partir da
efeti$idade da prtica psicanalítica! 4ssa prtica obt/#, #ediante seu #ane*o da $erdade, algo 'ue toca
o real! Algo ressoa no corpo, a partir do si#b-lico e fa. co# 'ue o sinto#a responda+(99!
4sse sinto#a, se fala#os de u# su*eito hist/rico, poder ad'uirir os #ais di$ersos estilos
per#itidos pela condi%&o hu#ana! A /poca ir $esti0los co# seus #odos, inclusi$e co# a #arca da
urg=ncia da passage# ao ato! " acesso ao .=nit do ob*eto a e sua profus&o inter#ediada de artigos
$ari$eis de uso e interc;#bio, continuar nos con$ocando e# dar conta, na clínica, do $alor 'ue pode
to#ar para u# su*eito esses sofisticados #odos de go.o 'ue utili.a# os produtos e slogans 'ue oferece
o #ercado atual!
3sto nos le$a a pensar 'ue ho*e nos depara#os co# casos 'ue para abord0los necessita#os do
<lti#o ensino de 5acan! 8e*a para propiciar u#a tra#a si#b-lica para 'ue o su*eito possa reali.ar u#a
no$a ancorage#, se*a para possibilitar a ar#adura de u# corpo, alí onde o su*eito se apresenta lbil, ou
de #aneira errtica, entre outras possibilidades!Kal$e. se*a arriscado prop@0lo, #as, podería#os pensar 'ue isto i#plica abrir u# progra#a de
in$estiga%&o 'ue nos per#ita pensar esses casos, cha#ando0os de )neuroses ordinrias+7 "u se*a,
a'ueles casos 'ue, 2 #aneira das cha#adas )psicoses ordinrias+ (daí o no#e, resulta# difíceis de
situar co#o neuroses e e1ige#, ta#b/#, 'ue este*a#os atentos a esses pe'uenos, ínfi#os detalhes,
perdidos e confundidos nas apresenta%es pouco clssicas 'ue ho*e nos interpela#!
)Na histeria encontra#os a e1peri=ncia de e1ternalidade do corpo, o corpo fala 2 sua #aneira
(!!!! A dificuldade reside no fato de 'ue todos esses #eios artificiais 'ue parecia# anor#ais anos atrs,
ho*e s&o banali.ados! Bo*e os piercings est&o na #oda! As tatuagens ta#b/#! A #oda est clara#ente
inspirada na psicose ordinria! #a tatuage# pode ser u# No#e0do0Pai na rela%&o 'ue o su*eito te#
8/19/2019 A Histeria, Hoje
http://slidepdf.com/reader/full/a-histeria-hoje 5/6
5
co# o seu corpo! Co#o co#para#os co# a histeria7 N&o pode#os falar de outro #odo sen&o e#
ter#os de tonalidade n&o te# o #es#o to# e e# ter#os de e1cesso isso e1cede as possibilidades
da histeria! A histeria / restrigida pelos li#ites da neurose, / li#itada pelo (0 ⱷ menos-phi. Apesar da
re$olta e do desespero, a histeria / se#pre sub#etida 2 restri%&o !!!!(9E
8e for u#a histeria, esses estilos, n&o poder&o, se# d<$ida, ocultar suficiente#ente aconser$a%&o de algu#as características peculiares: u#a deter#inada rela%&o co# o pai, u#a singular
rela%&o co# a #&e, 2s $e.es sob o #odo da de$asta%&o, o $ínculo co# o corpo sob a li#ita%&o do
go.o flico , a busca e# solucionar o proble#a do dese*o fe#inino atra$/s de "utra ou A "utra, u#a
rela%&o especial ao dese*o do "utro e co#o lidar co# sua de#anda, u#a se#pre co#ple1a posi%&o a
respeito do A#o, suas encarna%es e enfrenta#entos! Kal co#o situa Jac'ues0Alain Miller, para pro$ar
'ue se trata de u#a neurose, se )de$e encontrar algu#as pro$as da e1ist=ncia de #enos phi (0 , daⱷ
rela%&o co# a castra%&o, co# a i#pot=ncia e co# a i#possibilidadeS te# 'ue ha$er para utili.ar os
ter#os freudianos da segunda t-pica u#a diferencia%&o ta1ati$a entre o 4u e o 3sso, entre os
significantes e as pulsesS u# supereu clara#ente delineado! 8e n&o h tudo isso e outros signos, ent&o
n&o / u#a neurose, / outra coisa+(9H!
" rduo, #as pro$eitoso trabalho 'ue inicia#os nesta oportunidade nos per#itiu reencontrar0nos
co# o 'ue h de #ais $i$o no debate dos te#as cruciais da psicanlise, oferecendo0nos a possibilidade
de concordar e discordar, de nos enganar e nos colocar, de p@r e# #archa cada $e. u#a
con$ersa%&o potente, entusias#ada! Assi#, agradece#os a esta con$oca%&o por ter0nos propiciado isso!
# $erdadeiro trabalho de 4scola 'ue se so#a 2 de nossas 4scolas da A#/rica e 'ue ho*e pode#os
co#partilhar neste espa%o t&o $alioso!
Notas
9 5aurent, 4!, )Bablar con el propio sínto#a, hablar con el propio cuerpo+, enhttp:TTT!enapol!co#este#plate!php0EQ9H
E Drousse, M!0B!, )Conferencia en Granada+, en http:TTT!Uoutube!co#Tatch7$*CGWOia8RbO
H Ara#buru, J!, )Bisteria de con$ersaci-n+, en Revista Consecuencias n<#!II Miller, J!0A!, )Bablar con el cuerpo+ Conclusi-n de Pipol V, en
http:TTT!enapol!co#este#plate!php0EQ9H 8che*t#an, ?!, GodoU, C!, X5a histeria en el <lti#o período de la enseñan.a de 5acanX,
Anuario de 3n$estigaciones08ecretaría de 3n$estigaciones0?acultad de Psicología0DA
Volu#en FV0Pg! 9E9 a 9E0 EQQOL 5acan, J!, 4l 8e#inario, 5ibro F3F, )" peorY+, Paidos, Duenos Aires, EQ9E Miller, J!0A!, 13 clases sobre El hombre de los lobos, 4ditorial N8AM, Duenos Aires,
Argentina, EQ99, p!EO 5acan, J!, 4l 8e#inario, 5ibro FV333, )>e un discurso 'ue no fuese del se#blante+,
Paidos, Duenos Aires, EQQ, P!9 3bíd!9Q 3bíd!99 5aurent, 4!, )Bablar con el propio sínto#a, hablar con el propio cuerpo+, op!cit!9E Miller, J!0A!, )4fecto retorno sobre la psicosis ordinaria+, en Revista El Caldero de la
Escuela, Nue$a serie, N<#ero 9I, dicie#bre EQ9Q
9H 3bíd!
'I'LIO("A)*A +ON,L!AA&
8/19/2019 A Histeria, Hoje
http://slidepdf.com/reader/full/a-histeria-hoje 6/6
6
Jac'ues 5acan, 8e#inarios 9 al EI
Jac'ues 5acan, )Consideraciones sobre la histeria+, en Quarto , re$ista de la 4cole de la Cause
?reudienne, nZ E, septie#bre 9O9, $ersi-n en castellano: http:netTor[edblogs!co#3TgD\
Jac'ues0Alain Miller, )Bablar con el cuerpo! Conclusi-n de Pipol V+ (TTT!enapol!co#
Jac'ues0Alain Miller, )4fecto retorno de la psicosis ordinaria+, en Revista El Caldero de la
Escuela, nueva serie, número 14, uenos !ires, !rgentina
Jac'ues0Alain Miller, "utile#as anal$ticas, Paidos, Duenos Aires, Argentina,
Jac'ues0Alain Miller, 13 clases sobre el %ombre de los lobos, 4ditorial N8AM, Duenos Aires,
Argentina, EQ99
Jac'ues0Alain Miller, Conferencia de cierre del <lti#o Congreso, publicada en Re$ista 5acaniana
9H, Gra#a, Duenos Aires, Argentina, EQ9E4ric 5aurent, )Bablar con el propio sínto#a, hablar con el propio cuerpo+ (TTT!enapol!co#
Nie$es 8oria >afunchio, )5as nue$as no#inaciones U sus efectos en los cuerpos+
(TTT!enapol!co#
Mauricio Karrab, te1to presentado en el cierre del 8U#posiu# en Mia#i, *unio EQ9H
Ja$ier Ara#buru )5a histeria hoU+, publicado en El deseo del analista, 4ditorial Kres Baches,
Duenos Aires, Argentina, EQQQ
Ja$ier Ara#buru, )Bisteria de con$ersaci-n+, en Revista Consecuencias n<#!I"scar ]ac[, )BaU otra histeria+, publicado en E&ectos de la e'periencia anal$tica, 4ditorial Gra#a,
Duenos Aires, Argentina, EQQ
Marie B/lne Drousse, )Consideraciones sobre la histeria+ (4ntre$ista C43P lacaniano!
>isponible en http:TTT!centrolacaniano!clblogentre$ista0a0#0h0brousse0consideraciones0sobre0la0
histeria
Marie B/lne Drousse, )Conferencia en Granada+, en http:TTT!Uoutube!co#Tatch7$*CGWOia8RbO
Claudio GodoU, clase dictada en Maestría en Clínica Psicoanalítica año EQ9E (in/dita,
8che*t#an, ?!, GodoU, C!, X5a histeria en el <lti#o período de la enseñan.a de 5acanX, Anuario de
3n$estigaciones08ecretaría de 3n$estigaciones0?acultad de Psicología0DA Volu#en FV0Pg! 9E9 a 9E0
EQQOPatricio Al$are., clase dictada en Maestria en Clínica Psicoanalítica año EQ9E (in/dita
Jorge Assef, (a sub)etividad hipermoderna, Duenos Aires, Argentina, EQ9H
Ke1tos de todos los integrantes del grupo, escritos a prop-sito de este te#a, casos clínicos
e1traídos de nuestros consultorios!