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PSICOTERAPIA DA HISTERIA – Parte I e II – SIGMUND FREUD – Volume 02 – Por Max Diniz Cruzeiro LenderBook®

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Page 1: – IV – A PSICOTERAPIA DA HISTERIA – Parte I e II – – IV – A PSICOTERAPIA DA HISTERIA – Parte I e II – SIGMUND FREUD – Volume 02 – Por Max Diniz Cruzeiro

– IV – A

PSICOTERAPIA DA

HISTERIA – Parte I e II –

SIGMUND FREUD – Volume 02 –

Por Max Diniz Cruzeiro

LenderBook®

Page 2: – IV – A PSICOTERAPIA DA HISTERIA – Parte I e II – – IV – A PSICOTERAPIA DA HISTERIA – Parte I e II – SIGMUND FREUD – Volume 02 – Por Max Diniz Cruzeiro

Método TerapêuticoSintoma Histérico

IndividualLembrança do

fato

Descrição Detalhe

Afeto

Afeto-palavra

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Funcionamento do Método

Psicoterapêutico

Representação do 1º

Momento

Reação não Ab-reagida

Fato estrangulad

o

Processo de comunicação exterior

interrompida

LEVE HIPNOSE SUGESTÃO DO MÉDICO

SOLUÇÕESENCONTRADAS

ESQUEMATIZANDOO PROBLEMA

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Reconsiderações de Freud sob o Método

Pessoas com mesmo mecanismo psíquico

Dificuldades de atingimento do ponto hipnótico

Hipnose Surgimento de

indagações conflitantes sobre o que já era conhecido

Necessidade da distinção de histeria e outras neuroses

Histeria

Constatação Constatação

Consequência

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HisteriasDecisão do Diagnóstico

Forma de Terapia

Conhecimento do Caso

Tratamento Catártico

Aplicação em outros casos de Neuroses

Mecanismos de Afetação da Histeria são similaresaos observados em outrosSistemas de patologiaNeuróticas.

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Etiologia e Mecanismo das Neuroses em

GeralNeurasten

ia Fatores de Angústia

Neurose obsessiva

Distúrbios Neuróticos do

Pensamento

Histeria Fatores Sexuais

ExpectativaAnsiosa; fobias; hiperestesia às dores

Acúmulo de tensãofísica

Ideias obsessivas

Anestesia; ataque

fisiológico

É a histeria

uma Entidade clínica

diferente?

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Mecanismo de Histeria

Neurose Sexual (Anna O.)

Neurose de Angústia (Emmy von N) pela abstinência sexual

Histeria pura (Miss Lucy R.) pela histeria de angústia

Angústia Virginal (Katharina) pela conversão entre neurose de angústia e histeria

Neurose Sexual (Elisabeht von R.) com desenvolvimento de Neurastenia espinhal

É a histeria

um problema

deNeurose mista?

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Método Catártico

Histeria Neurastenia

Neurose de Angústia

Funciona para a Maioria dos casos;Novos sintomas Podem tomar o lugardos sintomas já Eliminados; Restrição dos novos sintomas.

Não Funciona para todos os casos

Pode Funcionar para Alguns casos específicos

O método Catártico não elimina a doença apenas transfere o sintoma para outra manifestação da

simbologia do agir.

A cura pelo método Catártico não é um processo instantâneo por não afetar diretamente as causas, mas complementar ao tratamento.

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Sistema Nervoso do Paciente

Resistência

Grupo Psíquico Cristal provocador que ativa o sintoma

Ponto ao qual o sistema já irrompeu uma vez o sintoma

Grupo Psíquico que desfaz o teor da provocação

Devolução da capacidade de resistência do Sistema Nervoso do paciente frente as alterações psíquicas adjacentes

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Os fatores presentes no Método Catártico

Exigência de muito tempo médico

Sondagem do mecanismo psíquico do paciente

Exigência da concordância e atenção

integrais do paciente

Exigência da confiança no médico para a

transcrição dos relatos

Conhecimento íntimo do paciente

Presença da debilidade mental do paciente

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A HipnoseFatores de

Resistência Pessoal dos Pacientes

Recusa do Paciente

Indisposição da vontade do paciente

Alvo Clínico

Descobrir lembranças patogênicas

Retirar sintomas

Entrevista Clínica com o Paciente

Total ignorância da

doença

Evidência de estados

sonambúlicos presentes

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O Paciente no TratamentoMecanismos de natureza aflitiva (Luta entre forças motivacionais diferentes)

Aspectos de vergonha, autocensura e dor psíquica presentes

Mecanismo automático de defesa (Ideia de defesa)

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Freud Explica“Assim, uma força psíquica, uma aversão por parte do ego, teria originariamente impelido a representação patogênica para fora da associação e agora se oporia a seu retorno à memória. O “não saber” do paciente histérico seria, de fato, um “não querer saber” - um não querer que poderia, em maior ou menor medida, ser consciente. A tarefa do terapeuta, portanto, está em superar, através de seu trabalho psíquico, essa resistência à associação. Ele o faz, em primeiro lugar, “insistindo”, usando a compulsão psíquica para dirigir a atenção dos pacientes para os traços representativos que está buscando. Seus esforços, contudo, não se esgotam aí, mas, como demonstrarei, assumem outras formas no decorrer da análise e recorrem a outras forças psíquicaspara assistir-lhes.” Volume 2 – Capítulo: A psicoterapia da Histeria, Parte II

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O Tratamento dispõe a:

• Retirada do obstáculo da mente do paciente;• Uso de mecanismos ativadores para acessar a memória de

angústia escondida pela percepção do pensamento e da lembrança;

• Acessar a vontade do paciente em termos de concordância da livre associação para captar o momento de obstáculo;

• Por fim eliminar o sintoma gerador de angústia a aflição.

“Pois é bom reconhecer uma coisa com clareza: o paciente só se livra do sintoma histérico ao reproduzir as impressões patogênicas que o causaram e ao verbalizá-las com uma expressão de afeto; e assim a tarefa terapêutica consiste unicamente em induzi-lo a agir dessa maneira; uma vez realizada essa tarefa, nada resta ao médico para corrigir ou eliminar.” – Sigmund Freud

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Caso Clínico – Sigmund Freud

Uma jovem mulher casada, muito inteligente e aparentemente feliz, consultara-me sobre uma dor persistente no abdome, que resistia ao tratamento. Vi que a dor estava situada na parede abdominal e devia relacionar-se com indurações musculares palpáveis, e prescrevi um tratamento local. Alguns meses depois, tornei a examinar a paciente, e ela me disse:

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“A dor que eu sentia desapareceu após o tratamento que o senhor recomendou, e permaneceu assim por muito tempo. Mas agora ela voltou sob uma forma nervosa. Sei que é nervosa porque não é mais como eu costumava senti-la, ao fazer certos movimentos, mas só em certas ocasiões - por exemplo, quando acordo de manhã e quando fico agitada de certas maneiras.”

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O diagnóstico dessa jovem senhora estava certo. Tratava-se agora de descobrir a causa da dor, e ela não conseguiu ajudar-me nisso enquanto se achava num estado de consciência não influenciado. Quando lhe perguntei, em concentração e sob a pressão de minha mão, se algo lhe ocorria ou se via alguma coisa, ela me disse estar vendo e começou a descrever suas imagens visuais.

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Viu algo como um sol cheio de raios, que naturalmente tomei como um fosfeno produzido pela pressão nos olhos. Eu esperava que algo mais útil se seguisse. Mas ela prosseguiu: “Estrelas de uma curiosa luz azul-pálido, como o luar” e assim por diante, que julguei não serem mais do que cintilações, clarões e pontos brilhantes diante dos seus olhos.

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Já estava preparado para considerar a experiência como um fracasso e imaginava como poderia fazer uma retirada discreta do caso, quando minha atenção foi atraída por um dos fenômenos que ela descreveu. Viu uma grande cruz negra, inclinada, que tinha em volta de seus contornos o mesmo brilho luminoso com que todos os seus outros quadros haviam brilhado, e em cuja viga transversal bruxuleava uma pequena chama.

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Era claro que não podia mais tratar-se de um fosfeno. Passei então a escutar com atenção. Inúmeros quadros apareceram banhados na mesma luz, sinais curiosos que se pareciam muito com o sânscrito; figuras como triângulos, entre elas um grande triângulo; de novo a cruz… Dessa vez, suspeitei de um significado alegórico e perguntei o que poderia ser a cruz.

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“Provavelmente significa sofrimento”, respondeu. Objetei que por “cruz” em geral se quer dizer responsabilidade moral. Que estaria oculto por trás do sofrimento? Ela não soube dizer e prosseguiu com suas visões: um sol com raios dourados. E a isso também pôde interpretar: “É Deus, a força primeva.” Surgiu então um lagarto gigantesco que a contemplava de maneira inquisidora, mas não alarmante.

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A seguir, um grande número de cobras. Depois, mais uma vez, um sol, mas de raios suaves e prateados, e à sua frente, entre ela e essa fonte de luz, uma grade que escondia dela o centro do sol. Eu já sabia há algum tempo que estava lidando com alegorias e de imediato perguntei qual o sentido dessa última imagem.

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Ela respondeu sem hesitar: “O sol é a perfeição, o ideal, e a grade representa minhas fraquezas e falhas, que se interpõem entre mim e o ideal.” “A senhora está então se recriminando? Está insatisfeita consigo mesma?” “Na verdade, estou.” “Desde quando?” “Desde que passei a ser membro da Sociedade Teosófica e tenho lido suas publicações. Sempre me tive em baixa conta.” “O que lhe causou a mais forte impressão recentemente?”

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“Uma tradução do sânscrito que agora mesmo está saindo em fascículos.” Um momento depois eu era introduzido em suas lutas mentais e suas auto-recriminações e ouvia o relato de um episódio insignificante que dera margem à autocensura - uma ocasião na qual o que antes fora uma dor orgânica surgiu pela primeira vez como consequência da conversão de uma excitação.

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Os quadros que eu a princípio tomara por fosfenos eram símbolos de sequências de representações influenciadas pelas ciências ocultas e, na verdade, talvez fossem emblemas provenientes das páginas de frontispício de livros de ocultismo.

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Até aqui, tenho sido tão entusiasmado em meus louvores aos resultados da pressão como método auxiliar, e durante todo o tempo tenho negligenciado de tal maneira o aspecto da defesa ou resistência que, sem dúvida, deve ter dado a impressão de que esse pequeno artifício nos deixou em condições de dominar os obstáculos psíquicos a um tratamento catártico.

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Elementos Etiológicos do Ponto de Pressão

Captura do ponto de resistência

• Pressão• Ativação da angústia

Descoberta da causa do ativador sintomático

• Lembrança encobridora• Reprodução do fato passado

Eliminação das representações patogênicas

• Associação das ideias• Relativização do trauma

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Fim!

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Referências

Freud, S. (1ª edição). A psicoterapia da histeria (partes 1 e 2). In Breuer, J.; Freud, S. Estudos sobre a histeria. In J. Salomão (Ed.) Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 2, pp. 311-340). Rio de Janeiro: Imago. (Texto original publicado em 1895)