A GLÓRIA É DE DEUS

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 2º TRIMESTRE / 2016 - REVISTA CPAD JOVENS

LIÇÕES BÍBLICAS - EU E MINHA CASA

ORIENTAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS PARA A FAMÍLIA DO SÉCULO XXI

LIÇÃO 2 - O PRIMEIRO PROBLEMA ENFRENTADO EM FAMÍLIA

A - LEITURA DA INTRODUÇÃO DA LIÇÃO - PÁG. 12 DA REVISTA CPAD - JOVENS - PROFESSOR

I - CAIM E ABEL

A história de Caim e Abel narrada na Santa Bíblia aponta para a representatividade da humanidade com relação aos salvos e aos condenados, ou seja, homens tementes a Deus que viverão eternamente com o Senhor e de outro modo homens filhos do Diabo, desde já condenados a viverem em sofrimento eterno por não crerem no Salvador e Senhor Jesus.

1. CAIM ERA UM SEGUIDOR DE SATANÁS

Caim teve a honra de ter sido escolhido por Deus para ser o primogênito da raça humana nascido de mulher, e este ato foi proclamado por Eva, sua mãe, como uma benção do Senhor, imaginando ela que Caim fosse o cumprimento da promessa de Gn 3:15 (a descendência de Eva que esmagaria a cabeça da serpente), entretanto, Caim demonstrou ser a completa degradação moral e espiritual da humanidade confirmada na sua alma pelas suas concupiscências dos olhos, concupiscências da carne e soberba da vida. (Gn 4:1)

Os pecados de Caim contra Deus, contra seu irmão e contra seus pais foram inúmeros e terríveis, ratificando a sua inclinação para as obras da carne e para uma total degeneração humana ficando cada vez mais separado de Deus. Mencionaremos a seguir uma síntese destes pecados:

Nº PECADO DESCRIÇÃO

1.1 Oferta desprezível para Deus

Caim trouxe uma oferta para o altar de Deus fruto de uma terra amaldiçoada sem qualquer valor espiritual por que não havia nela sangue,tendo em vista que sem sangue, não há remissão de pecados. (Gn 3:17; Gn 4:3; Hb 9:22; Lv 17:11)

1.2 Ira sem domínio próprio e inveja (obras da carne)

Caim ao ver a sua oferta rejeitada e a de seu irmão Abel aceita por Deus, deixou-se tomar por uma ira incontrolável, bem como pelo sentimento de inveja a ponto de descai-lhe o semblante.(Gn 4:3-6)

1.3 Desobediência a Deus e prática de homicídio

Caim apesar de ter sido advertido pelo Senhor para que não procedesse mal e que dominasse os malvados desejos de seu coração, desobedeceu a Deus e matou Abel, seu irmão, sendo este o primeiro crime contra a vida de uma pessoa que perdura até hoje como um crime hediondo.(Gn 4:7-8)

1.4 Mentira Caim mentiu para Deus ao ser interrogado sobre o paradeiro de seu irmão, (Gn 4:9-10)

Certamente, estes abomináveis atos cometidos por Caim entristeceram sobremaneira aos seus pais, (Adão e Eva) e também a Deus provando que Caim era realmente filho do maligno. (Jo 8:44; 1 Jo 3:11-12).

2. O CULTO DE CAIM

2.1. CULTO A DEUS DEPOIS DA QUEDA DE ADÃO E EVA

i. Quando desobedeceram a Deus, Adão e Eva, instantaneamente morreram espiritualmente e atingiram a degradação moral de caráter, acusados pelas suas próprias consciências e então remediaram este estado de morte espiritual com vestes de folhas de figueiras tipificando uma ineficiente religiosidade de purificação.(Gn 3:7)

ii. Deus em sua infinita misericórdia demonstrou o seu profundo amor para com o homem, quando prometeu a vinda de uma Salvador (Gn 3:15) e tipificou o modo de salvação do homem pela morte e pelo sangue de um cordeiro ao substituir as vestes de Adão e Eva feita de folhas de figueira por vestes feitas de peles de animal.(Gn 3:20-21).

iii. A partir deste ato de Deus, presume-se que Adão e Eva ensinaram aos seus filhos, (Caim e Abel) a prática de culto a Deus através do sacrifício de animais com oferta de sangue para a remissão dos pecados, tipificando este sacrifício como o cordeiro Salvador que se consolidou na vinda de Jesus Cristo, o filho de Deus, na forma de homem para morrer na cruz do Calvário e ter

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o seu sangue derramado para perdão dos pecados de todos os homens e para dar-lhes a vida eterna.(Lv 17:11; Jo 3:16)

2.2. A REJEIÇÃO DA OFERTA DE CAIM

Caim era uma agricultor e apresenta ao Senhor uma oferta advinda de sua ocupação profissional que em sua essência parecia ser o cumprimento de uma mera formalidade, contrariamente a oferta de Abel advinda de um animal e em sua essência feita de um coração puro e de amor para com Deus (Gn 4:1-5; Hb 11:4). Acreditamos que três foram os motivos porque Deus não aceitou a oferta de Caim.

i. Apesar de em tempos futuros Deus aceitar ofertas originárias do fruto da terra, naquele momento da história da humanidade a terra fora amaldiçoada produzindo agora frutos e ervas para mantimento dos homens, mas também espinhos que cravariam por meio de uma coroa a cabeça do Senhor Jesus.A oferta de Caim para aquele momento não era a melhor oferta que ele tinha para ser apresentada no altar do Senhor. (Gn 3:17; Gn 4:3)

ii. Caim trouxe uma oferta para o altar de Deus fruto de uma terra amaldiçoada sem qualquer valor espiritual por que não havia nela sangue, tendo em vista que sem sangue, não há remissão de pecados. ( Hb 9:22; Lv 17:11).

iii. Caim não estava com o seu coração em Deus, mas em sua própria autossuficiência e nas práticas do pecado com forte inclinação para as obras da carne.(Gn 3:7).

3. CAIM NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO

3.1. A INFRAÇÃO DA ORDEM DIVINA

Caim de forma covarde premedita a morte de seu irmão levando-o ao campo aberto e ali comete o crime mais hediondo de um homem para com o seu próximo, tirando-lhe a vida. Certamente estava gravada na consciência de Caim que ele jamais poderia realizar tal ato.(Gn 4:8).

Somente Deus possui a prerrogativa de dar e tirar a vida e o Senhor ordenou primeiro na consciência do homem e depois nas tábuas dos mandamentos a ordenança de não matar. (1 Sm 2:6; Ex 20:13)

3.2. O INQUÉRITO DIVINO E A DEFESA DE CAIM

O Senhor em sua perfeita e absoluta onisciência já sabendo do crime de Caim contra Abel, interpela Caim sobre o paradeiro de seu irmão obtendo dele uma reposta estapafúrdia e mentirosa sendo a resposta de Caim um insulto e uma injúria contra o Senhor (Gn 4:9-10)

Tudo que fazemos nada está encoberto para Deus e por isso todas as nossas ações de bem ou de mal serão reveladas publicamente. Não adianta enganar o seu próximo, pois, jamais enganaremos a Deus.(Lc 12:1-3)

3.3. O JUÍZO DIVINO SOBRE CAIM

Deus é amor, mas também é justo, Ele é um Deus de justiça e devido aos pecados cometidos por Caim quando fez uma oferta desprezível para Deus, quando se deixou levar pela ira sem domínio próprio, pela mentira e inveja (obras da carne) e sobretudo pela desobediência ao Senhor e pela prática de homicídio contra seu irmão Abel, o Senhor proclamou sentenças severas sobre Caim, a saber:

i. Deus amaldiçoou a Caim sobre a terra que se abriu e recebeu o sangue de Abel (Gn 4:11). ii. O Senhor determinou que a terra lavrada por Caim não produziria com toda a sua força e

eficácia, ou seja, a sobrevivência de Caim pelos frutos da terra seria muito frustrante e penosa.(Gn 4:12a).

iii. Deus estabeleceu que Caim seria fugitivo e andaria errante pela terra sem um lugar permanente de descanso. (Gn 4:12b)

3.4. A MISERICÓRDIA DE DEUS PARA COM CAIM

Face as sentenças, Caim se coloca em posição de autocomiseração deixando transparecer que os castigos impetrados eram demasiadamente pesados e que ele não resistiria a estas condições e até mesmo seria alvo de vingança por parte dos outros homens que soubessem que ele havia matado seu irmão, porém, Deus em sua infinita misericórdia, apesar de Caim não ter se arrependido de seus pecados, crava em Caim uma marca que a Bíblia não esclarece que tipo de marca é esta, mas que protege Caim de ser assassinado, entretanto, Caim se retira da presença de Deus e vai habitar na terra de Node, tipificando uma linhagem de pecadores que não querem saber e nem ter comunhão com Deus. (Gn 4:13-16)

A GLÓRIA É DE DEUS

A vontade de Deus é que todos os irmãos vivam em união com o amor em primeiro plano, se guardando, se protegendo mutuamente, seguindo os ensinamentos do Senhor para consolidação de uma família unida e temente a Deus.(Sl 133:1-3)

II - RIVALIDADES ENTRE IRMÃOS

Se uma família se divide e os seus membros lutam entre si, ela fatalmente será destruída.(Mc 3:20-25)

1. TIPOS DE CONFLITOS

1.1. CONFLITOS INTRAPESSOAIS

São conflitos originados no íntimo de cada pessoa, materializados por um sentimento do indivíduo de não se sentir feliz, carregar frustrações, medos e melancolia permanentes até ao ponto de se isolar. A este indivíduo enfermo na alma, do ponto de vista humano a família deve compreendê-lo e amá-lo incondicionalmente e no campo espiritual orar incessantemente. (Tg 5:13-16)

1.2. CONFLITOS INTERPESSOAIS

São os conflitos que se originam no relacionamento social entre os membros da família e são os que mais causam marcas indeléveis de sofrimento no seio familiar. As relações familiares não podem ser pautadas pelas expressões: "Eu quero o que quero", ou "Você quer o que quer", porque temos necessidades e interesses que muitas vezes competem entre si, tudo isso porque simplesmente somos diferentes um do outro. (Tg 4:1-3).

1.3. CONFLITOS EXTRAPESSOAIS

São os conflitos familiares cuja causa vem de origem externa, em sua maioria das vezes, alheias a vontade pessoal dos membros da família. A visão neste caso deve ser a de vislumbrar este problema como oportunidade de desenvolvimento e crescimento pessoal e espiritual. (Jr29:10-13; Rm 8:26-28).

A verdade é que sempre em nossas relações familiares enfrentaremos conflitos e é neste momento que devemos ter equilíbrio emocional e serenidade espiritual, considerando que a falta de Deus num lar é o inimigo nº 1. Um lar sem Deus é cheio de conflitos, dirigido pelos valores mundanos que implicam em destruição e desvirtuamento da família em todos os valores.(Sl 127:1)

III - VENCENDO O INIMIGO

Para vencer o inimigo espiritual que deseja ardentemente consolidar o conflito entre irmãos de forma a dividir a família é importante a consumação das seguintes ações:

1.SEJA UM CRISTÃO

Você não pode ter paz com outras pessoas enquanto você não estiver em paz com Deus.(Jo 17:20-26)

2. CONVERSE COM DEUS SOBRE O PROBLEMA

É no Senhor que devemos buscar o entendimento das coisas, bem como o discernimento para solucionar os problemas e conflitos familiares. (Pv 15:29)

3. ANALISE O PROBLEMA

Faca uma autocrítica e pergunte a si mesmo o quanto desse problema é de sua responsabilidade, é de sua própria falta. (Mt 7:1-5; 1Jo 1:8).

4. PEÇA CONSELHO

Buscar por conselhos de homens de Deus é importante para encarar a solução do problema do ponto de vista bíblico sem qualquer interferência ou interesses pessoais (Pv 15:31-33)

5. MARQUE UMA CONFERÊNCIA DE PAZ

A única maneira de resolver um conflito é encará-lo de frente e com maturidade (Mt 5:23-26)

5.1.SETE C'S

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Em conferências de paz para solucionar conflitos nunca compare, nunca condene, nunca comande, nunca confronte, nunca condescenda, nunca contradiga e nunca confunda. Seja sóbrio e tenha domínio próprio. (Pv 11:29).

5.2.NÃO MUDE O SEU FOCO

Quando estamos com raiva, nossa preocupação é conosco mesmo. A única coisa que podemos ver são nossas necessidades, nossos sentimentos feridos, nossa expectativa que não foi satisfeita. Coloque na sua mente o objetivo de chegar a um consenso sobre o problema e conflito a ser solucionado (Fp2:1-11)

5.3.SOLUCIONE O CONFLITO

Resolver um conflito nunca é fácil, termine suas lutas e vá até o final (Gl 6:6-10).

IV -CONCLUSÃO

No âmbito da família sempre existirão conflitos e independentemente de causas, motivações e interesses, todos devem ser tratados a luz da Palavra de Deus. Para sempre vencer conflitos na família a base do lar deve estar em Jesus Cristo, porque Deus é amor. (1Co 13:4-8)