a futura latada rio de janeiro. 24 de abril oe 1929...

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RIO DE JANEIRO. 24 DE ABRIL OE 1929 **NO XXIV A FUTURA LATADA NUM. 1.229 ;(azer uma latada. Mas recommendou que Lamparina obedeceu e Carrapicho martella- > Outro dia Carrapicho chamou, - ¦ ^ as mâos< para evitar que a estaca va valentemente o primeiro pão da futura [ a Lamparina e lhe d. sse que segumo.obra., rasse uma estaca porque elle ia...pertiose uy_____^ ^_ A estaca, a medida'flue levava uma marre- la«la, ia entrando no terreno humiclp c Lampa- r"ia, obediente, não percebi-", que as suas... ...mãos também iam se enterrando no solo' Carrapicbo fez então mais um esforço e despe- iou 3 marreta..,. .. .A estaca afundmi e quasi arrastou Lam- parina que esfolou as mãos. victima da sua pri- meira obediência.

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RIO DE JANEIRO. 24 DE ABRIL OE 1929

**NO XXIV A FUTURA LATADA NUM. 1.229

(azer

uma latada. Mas recommendou que Lamparina obedeceu e Carrapicho martella- >Outro dia Carrapicho chamou , - ¦

^ as mâos< para evitar que a estaca va valentemente o primeiro pão da futura [a Lamparina e lhe d. sse que segu mo. obra. ,rasse uma estaca porque elle ia... pertiose uy __ ___ ^

^_

A estaca, a medida'flue levava uma marre-la«la, ia entrando no terreno humiclp c Lampa-r"ia, obediente, não percebi-", que as suas...

...mãos também iam se enterrando no solo'Carrapicbo fez então mais um esforço e despe-iou 3 marreta..,.

.. .A estaca afundmi e quasi arrastou Lam-parina que esfolou as mãos. victima da sua pri-meira obediência.

O TICO-TICO _2 -- 24 — Abril 1929

ACIONAES PAGINAS DE ARMAR D'"0 TICO-TICO"0> ACAMPAMENTO ESCOTEIRO

—* ^- ¦•—¦—:—— n

No numero do dia 31 deste mez "O Tico-Tico"iniciará a publicação de um interessantíssimo brinque-do de armar — o acampamento escoteiro — do qual agravura acima dá uma idéa, e que constituirá, estamoscertos, notável acontecimento no mundo infantil. Nes-se magestoso brinquedo de armar terão os meninos,

i^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^rt"l^^rt*"^'l^*',^'v'^GUARDE ESTE ANNUNCIO QUE TEM VALORCITHARA IDEAL

Até creanças de seis annos executam as melhores mu-sicas bastando dez minutos de pratica. Cada Cithara emcaixa com dez musicas, chave, pa- , jt^p—-^rr*mlhetas, cordas de sobresalente e __^P~___S^Qiinstrucções claras, custa 30$, . _í_5_»pelo correio mais 5$ooo ^,para porte e embalagemgarantida. Peçamprospectos e cata-logos grátis áCUNHA .Jsáfa-SGRA& C

1"

ria. - •s-SãESE

além do exemplo de iniciativa e diligencia mostradopelos escoteiros, nos diversos misteres que vemos nagravura, uma excellente opportunidade de desenvolvere mostrar a habilidade de que são dotados na construc-Ção de íão lindo e útil passatempo.

Aguardem os próximos números d'"0 Ticç-Tico".

A MORTE DA GRIPPE

Rüa do Ouvidor, 133 — Rio de Janeiro. — Nota: O pre-sente annuncio dá direito no acto de compra de uma Ci-thara, a tuna linda caneta tinteiro que offerecemos comobrinde aos leitores do O Tico-Tico, ,

^Cy lenha 4cu7iackfia7nea«èaã&a^Êsemci>p2en0tj£eceio'uf&1-conjstípaQouJstossejou.t

I jpozçucmcunãé /naneii comf/tcüc stísIÀdJxtâ

Ê da, miLaqifoscL.

.-___ ______ :__fÍls_W_S__r***^.ff^/ lenha 4xxnnaii^ãmm,lcaíJ^E^^^^\ ^í\

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PsE^^SB**Ei*SE^ ESI¦ pfe____3__.l-_i^? yí^ _l____l»ll v • - -i |

"PARA TODOS.,.:" revista da éli- A, vencIa em todas as pharmacias e drogarIaste carioca. Leiam o CINEARTE,

24 — Abril — 1929 3 — O TICO-TICO

mWS

Qrthor

é o biscoito fino e sabo*toso mais indicado paraa "hora do cYiá. ^

BISCOITO S ,AYMO RE

Eb.SECC PROP.

MOINHO iNGLtZJ.P. m ^

O TICO-TICO — A _-, 2. — Abril é__: 192Í)

¦Fjf <*%i^--ii-iftàwy,-. j^_.••

p 'mpreU^eas Crianças Nascidaseh1°oe MaíÒ de 1919!

-^-Districto Federal —aos meninos um finíssimo pyjama de trloollne; as menina*uma linda camisa de seda lavavel bordada e o/ alourDEZ ANNOS!.. .Dez annos nunca esquece; tod.s nós nos lembramos doíflez annos... E' nesta idade que se nos revela a vida.O CAJIIZEIUO que também faz lo annos em Maio "vaepresentear os seus companhelrlnhos de nascimento qua serioos seus clientes de amanha #-

O CAMIZEino deseja que daqui a 60 ánnos,"quàndo ààcabecinhas louras ou morenas se acharem alvas pelo decorrerda vida, sintam na alma, com as saudades dos 10 annos alembrança suave e carinhosa do seu pyjaminha de tricoline,da sua camisinha de seda bordada que o CAMIZEIRO lhes deuN3o ê nreciso comprar; 6 bastante ter nascido em 1» delíalo de 19191...(Dloi. il.ulcfio em 30 de Abril torrente)

S.4LVF!... QUEM NASCEU EM MAIO!...E' bastante o nome e filiação.

kmiíf /' JfA a _& ¦ * ^^: /¦ « 1__í_pfiMluf______l ________^_k

MÃESDAE Â VOSSOS HlffOSLICOR ..CACAU*Vermifugo de Xavier é a

melhor lombrigueiro porquenão» tem dieta, dispensa a

purgante, nâo con*tém óleo, é gostoso;

e fortifica ascrianças.

CaroptUirte«rmísinteilmae..<pieíânlamor»dnda<íe

(Dutia nas creanç»,

/ CANGUE A/ j_DuiF-i-_a as 1

f RuscutO-i 1l fQEIALÊCBQS A

[\ ttERUQS /]\l(;|--iliüaJrbí|/VI È£FFi£flZltta_ÍEfl5JDS U

Leiam O TICO-TICO. a revista infantil de maior circulação.

»^VS/V%^#-V\/\»,Na«»a>^»-V»^*-'

pTÇG-^riCD(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE AXONYMA "O MALHO")

Redactor-Chefe Carlos Manhães — Director-Gerente: Antônio A. de Souza e SilvaAssignaturas Brasil: 1 anno, 25$000; 6 mezes, 13$000 — Estrangeiro: 1 anno, t>0$000 O mezes, 3r»$000

As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e serão acceitas annual ou semestralmente.TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale postal ou carta registradacom valor declarado), deve ser dirigida á Sociedade Anonyma O MALHO — Rua do Ouvidor, 11.4. Endereço telegraphlco:O MALHO — Rio. Telephones: Gerencia: Norte. 640a. Escriptorio: Norte: 6818. Annur.cios: Norte, 61 SI. Officinas: Villa 6:17.

Succursal em Sao Paulo, dirisida pelo Dr. Plínio Cavalcanti — Rua Senador Feijô n. 27, S» andar. Salas SS e 87.

ÚCOQ/íi

^ ^^^^^^rL—31/7 -\i\ ¦-

s\'ovoS O B RE H Y G I E N E D OS MENINOS

Meus netinhos:

Nunca é demais que Vovô fale a vocês dos cuidadosque todos devem ter com a hygiene de si mesmo, docorpo, dos objectos com que habitualmente lidam e doslogares onde geralmente permanecem. Já disse umavez aos meninos que o primeiro cuidado com a hygienedo corpo é o banho geral. A água e o sabão tiram osresíduos gordurosos dos poros da nossa pelle, estimulamos músculos, dão sensação de bem estar. Mas um me-nino asseiado deve sempre ter as mãos limpas, laval-asantes e depois de qualquer trabalho. Muitas enfermida-des são contrahidas pelo desasseio das mãos. A hygiene,a limpeza dos vestuários emfim, é tão necessária que nín-

guem admitte, sem constrangimento, um menino com as^roupas sujas e amarrotadas. Toda creança deve andar,correr, fazer exercicios physicos, mas, fazendo-os, tam-bem pôde zelar pela correcçao da vestuário. Ha muitosmeninos que, esquecendo-se das boas regras de se con-duzírem, atiram-se ao chão, sujam as roupas, limpamas mãos nas calças e enxugam o suor do rosto nas man-

gas do casaco. Tudo isso é lamentavelmente feio e deveser evitado. O lenço é a peça do vestuário que se utilisa

para enxugar o suor e não a manga do casaco. Os ha-bitos, mais ou menos censuráveis, que se adquirem nainfância difficilmcnte são abandonados na adolescência.

Todas essas observações que vovô faz aos meninoso Papae e a Mamãe já fizeram c fazem constantemente.E' necessário que todos vocês attentem bem sobre asrecommendaçõcs maternas no que diz respeito á attitudee correcçao que devem observar. Um menino que seapresenta, na escola, na officina, nos passeios, com asvestes limpas e cuidadas, com o eabello penteado, cientesasseiados, mãos e unhas hygicnicamente tratadas e éportador de attitude respeitosa e dócil — impõe-se á es-tinia e ao bom trato de seus semelhantes. A hygiene, oasseio e correcçao que vocês devem observar são neces-sarios, como Vovô acaba de mostrar. Mas essa hygiene,meus netinhos, deve se estender aos livros que vocês le-vam para a escola e aos brinquedos com que se diver-tem'. O livro é o bom amigo, que ensina e dá cultura.Deve merecer cuidados especiaes de vocês. Os brinque-dos, geralmente presentes dos paes e das pessoas amigas,não devem ser atirados ao chão, á poeira, á clima, aosol. Observem todos os meus netinho-, tis cuidados quesão necessários á hygiene de si mesmos, dos livros c de-mais objectos com que habitualmente lidam, acostumem-se, emfim, a ser cuidadosos e asseiados, porque cum-prirão um dever dos mais imperiosos.

V O V ü

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O TICO-TICO — 6 — 2\ — Abril — 1923

I I i * /Z\&\/* l__k _. /i 1

?OTICOTSCO_?"^'«»_'«-_»l_T_-*tVÍ»''^—.

NASCIMENTOS

*$ <$ Nasceu a 9 deste mez o menino Mauro, filhinhodo Dr. Jair de Almeida Santos e de sua esposa D. OlgaPinheiro Santos.

$> ® Chama-se. Renato o lindo menino que desde o dia5 do~mez corrente é a alegria maior do lar do Sr. ArnaldoSoares e de sua esposa D. Ruth Veiga Soares.

<$ $> O Sr. Leonidas de Azevedo e sua esposa D. NoemiaCastro de Azevedo tiveram a gentileza de nos participar onascimento de sua filhinha Maria Amélia, oceorrido a 2deste mez.

A N N I V E R S A R I O S

Faz annosde Mi-Dr. Raul

randa.3» ® Completa

hoje oito annos agraciosa OdetteMartins, nossaquerida ami-guinha.

4> $> Festejoudomingo a data deseu anniversarionatalicio o meni-Adahyl Vieira daMotta, nosso es-tudioso amiguinho.

<3> <S> Luíza Vi-eiia Lopes, nossagraciosa amigui-nha, viu passar a14 deste mez adata de seu anni-versario natalicio.

® ® Plinio, in-teressante filhinhodo casal Sr. Eva-risto Lopes-DonaMaria Lopes, com-pletou a 17 o seuprimeiro anni-versario.

? ? Transcor-reu no dia 5 oanniversario na-talicio da mimosaLila, dilecta ílhi-nha do Rcv. Au-.,reliano GousalvesGuerra, pastor daI g r e j a Presby-teriana de Ma-

hoje o menino Edgard, filhinho do

ceio.<S> <S> Teve no

írjja 7 seu anni-versario natalicioa menina Ilza Ma-rinho Valença, in-telligente alumnado Grupo EscolarThomás Espindo-Ia, de Mceió.

;i Uma jogador, de ffootba.311 apreodeodo a \;í Jogar, xadrez \i| (HISTORIA 1IUDA) 5

NA B E R L I N D A . .- ,„*§ * Estão na berlinda os seguintes rapazes c senhori-

nhas da rua Dr. Nabuco de Freitas: Nair Santos, por sermorena; Joanna Cadreva, por ser meiga; Zulmira Gon-çalves, por ser alta; Mercedes Bahia, por ser conversada;Aurora Babo, por ser graciosa; Dinorah Babo, por serquerida; Ema Mauro, por .ser dócil; Felippe Bione," por serbonito; Florinda, por ser bonita; Noemia Bahia, por serestudiosa; Isaura, por ser fascinante; Athayde, por ser de-licada; Esmeralda Santos, por ser triste; Conceição Man-darino, por ser alegre; Irene Gonçalves, por ser risonha;Mercedes Camarate, por ser gentil; Pedro Gonçalves, porser distineto; Elvira Areia, por ser clara; Manoel, por sercamarada de todos; Adaltiva Bahia, por ser bondosa; Ju-quinha, por gostar de dansar; Maria Rosa, por ser elegante,

e eu por falar averdade. ¦— O. D.

NO CINEMA...

® ® Para fa-zer um film, con-tractei os seguin-tes artistas darua Frei aCneca:Lauro, o RichardBarthelmess; Del-phina, a DoloresCostello; Aman-dio, John Barry-more; Etelvina,a Fola Negri;Eugênio, o Wil-liam Desmond;Floripe, a Cons-tance Talmadge;Antônio, o MonteBlue; Antonia, aColleen M o o r e;Eduardo, o Ri-c a r d o Cortez;Amélia, a Lya dePutti; Diamanti-no Nunes, DonAJvarado; Adria-na, a VirginiaValli; Djalma, oCharles Farrel;Hilda, a BebeDaniels; José dosReis, o RonaldCchnan; AliceGomes, a MadgeBellamy; Zeca, oJackie Coogan;Alice, a AliceTerry; Victor, oBuster Keaton;Paulo Antônio.o Richard Tal-madge; Catita, aMarion Nixoii:Carlos, o RaymonCriftitli, c cu, oRamon Novarro.

24 Abril --, 1929 — 7 — O TICO-TICO

A Cigarra e a Formiga

E' conhecida a historia da formiga, que passou todoo :empo de calor a trabalhar, a trabalhar, constante, car-regando migalha por migalha, até que conseguiu abarro-tar todas as prateleiras da despensa do grande formiguei-ro. E quando veiu o inverno, com chuvas e neblinas, edespiu o arvoredo das galas da folhagem e do encantodas flores, a formiga, pequenina, avarenta, vingativa,tendo o celleiro cheio de comida, só pensou numa cousa:— descansar. E descansou, mas- foi tão desastrada noseu medo de agir, negando á pobrezinha da cigarra um

pouco de alimento, que todo mundo, que lhe sabe a his-toria, embora a julgue cheia de prudência, não deixa dechrismal-a de avarenta. Mas além de avarenta foi injus-ta a pequena formiga, condemnando a morrer de fome efrio a cigarra, coitada, que a cantar passou o verão in-teiro, sem pensar nem siquer em descansar. Seu pensa-mento único era encher com a harmonia do seu canto asquebradas das serras e os salões das florestas.

No verão a formiga trabalhou e a cigarra cantou.Cantar é trabalhar. . . Mas no inverno a formiga tam-bem foi descansar e a cigarra, coitada, não a chamou, porisso de indolente.

CARLOS M A N H Ã E S

O TICO-TICO — 8 — 2í — Abril — 1D29

tf/w». m { ___VPAU

Quando voltou a si, não sabia bemonde estava. Tudo estava tão es-curo que Julgou encontrar-se com acabeça enfiada dentro de um tintei-ro de tjnta preta.

Prestou attenção, mas nada ouviu.De vez em quando sentia uma golfa-da de vento bater-lhe no rosto.

A principio, nào sabia de onde ovento vinha, .mas depois, imaginou

que devia ser dos pulmões do mons-tro, porque este soffria muito deasthma, e quando respirava pareciaum tufão.

A principio, Pinocchio queria sevalente, mas depois que procurou emvão uma sahida, começou a chorar.

"Soecorro, soecorro! Ai de mim!Não ha alguém que me possa sal-var?." — "Quem quer ser salvo"5disse uma voz que nas trevas pa-recia o som de uma guitarradesafinada. "Quem está

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i~à \

CAPITULO 3 4

(Continuação i

falando?" perguntou Pinocchio tre-mulo de pavoi,

"Sou eu, uma pobre tainha, qu»foi engulida guando o (oste. Que es-pecie de peixe tu és?"

"Eu não sou peixe. Sou um bo-neco".,

"Se você não ê peixe, então porque foi engulido pelo monstro3'

"E' tua a culpa. Se não tivessesestado perto, cu teria escapado. F.agora, que vamos fazer nesta escu-ridão?"

"Temos que nos r«signar e esperarate que sejamos digeridos".

"Mas cu nao quero ser digerido",disse Pinocchio, desfazendo-se em¦agrimas.

"Nem eu, tão pouco, mas sou bas-tante resignada e prefiro ser digeridaa morrer de molho dentro do vinagre. azeite"

"Que bobagemi*"Esta é a minha opinião, e a opl-

, nião dos peixes tem que ser respei-[ tâda".

"Quanto a mim", disse Pinocchio,

"prcriro ir me embora, tu quertí _vcapar.

"Escape si- puder""O PeixeCáo é muiio i;rjn_- -*'0 corpo .cm .onrjr j ujuO-í tem

urri-í le^-ua de comprimento"Pinocihio "julgou »ei jo longe

uma lu_."Que - aquillo?'"Algum infeliz que esta sendo di-

gerido".."Bem. eu vou ver, taive? seja ai-

gum peixe velho que me possa dizercomo sahir daqui".

"Desejo que seja feliz, meu pobreboneco"."Adeus. Tainha!"."Adeus, boneco e seja feliz".

"Havemos de nos encontrar ou-tra vez?"

"Quem sabe3 E' melhor nãoDensar nisso".

Desenhode Cicero Valladares 1 P O

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Jorge Luiz, filhinho do no»so companheiro Dr. Oswal

do de Souza e Silva.

Adayr, filho «le D. EulaliaDiniz.

Luiza e Conceição, nossasamiguinhas

Oracy, filho du Sr. Bernar-dino Abreu.Milüllraj amiguinha- dino Abreu. ÜINIIF^IN tf II1L

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^^ ^^s- ^//7- i * «w "*«W*!é-*è: \\^H Iracema, filha do Sr. Hen- Judith. filha do Senhor l/M .-A a' ~

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rique Castello Branco. José Vaz. IIM d *¦#*¦-,. \\

Mario Saraiva Pinheiro. César Augusto, filho do Sr. João Cintra. Helena Saraiva Pinheiro.

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¦ mB1 MÊ 3* ¥mmm\mm\\\ mmWWãÊ WmV-^mKASmm^^àmWam) A- WJmmmW HF^HL 1

ELOAH, filha do Dr. Raul ""^JÇgÍÉ ÉJéS^T EDDA, filha do Dr. RaulC. Rasrnussen, medico no /^^m\ WmmWi. C- Rasmussen, medico noRio Grande do Sul. ^> -J% rí0 Grande do Sul.

AtBlUlIMj jj^DlffllFÀIftnillli

—... . .... - ;MAGNOLIA, filhinha do Sr

José Francisco de Lima.Monção — São Paulo

MOACYR,filho do Sr. Marcellino

Varejão. RENE' RAIDER,São Paulo.

HISTORIASDE

NOSSA PÁTRIA /TIbaría Quiteria EPISÓDIO DAGUERRA DA

INDEPENDÊNCIA

Vamos pôr em relevo, mais uma pagina dcgloria para a mulher brasileira na historia dagrande conquista, que nos fez Nação Soberana

Em excursão pelo interior da Bahia, um pro-pagandista hospedou-_e na residência do portu-guez Gonçalves de Almeida, pae de D. MariaQuiteria de Jesus Medeiros, e em conversa coma familia, calorosamente expandiu-se sobre acausa da Independência Sente Maria Quiteriainflammar-se-lhe o coração de enthusiasmo esendo-lhe negado o consentimento paterno pa-ra alistar-se nas fileiras libertadoras, obtém deuma irmã casada.,to, alguma rous i m disfarçadaCachoeira.acomseu pae, que dedirigia a nema villa. Alium batalhãomais tardeluntarios dodro Desçoclama-a insipae, e só ennhecimenro

wm

que lhe animara o inten-pa do cunhado, e as*parte para a villa depanhando de lon genada suspeitava e se

gocio para a mes-assenta praça emde artilharia,denominado: Vo-Principe D. Pe-berto o ardil, re-stentemente seutão vem ao c o-de todos o verda-

deiro sexo do joven soldado! Mana Quiteria anada attende e as fileiras do exercito da Inde-pendência, não tiveram somente um defensor,a corajosa patrícia mostrou-se guerreira deste-mida e distinguiu-se por seus feitos d armas' Eá frente de muitas senhoras bahianas, repelliuas forças lusianas. quando essas de novo tenta-ram apoderar-se de Itaparica. inflingindo-Ihesenorme derrota, e guiando as hostes brasileirasá brilhante victoria! Sendo louvada pelo seucommandante, em ordem do dia. disse que "emtoda a campanha se distinguiu por indizivel va-!or e intrepidez". foi incumbida pelo mesmo deir ao Rio de Janeiro levar ao Imperador a noti-cia do embarque das ultimas tropas portuguezas.

E D. Pedro I, pasmo deante de tanto valor,prega com suas próprias mãos no peito da cora-josa e abnegada bahiana, proferindo honrosis-simas palavras, a insígnia de Cavalheiro da Or-dem Imperial do Cruzeiro, dando-lhe ao mesmotempo a patente com as honras e regalias deAlferes do Exercito Nacional E, em seguida,manda lavrar o seguinte acto: "Querendo con-ceder a D Maria Quiteria de Jesus Medeirosum distinctivo, que assignale os serviços milita-res, que, com denodo raro entre as mais do seusexo, prestara á causa da Bahia: hei por bempermittir-lhe o uso da insígnia de Cavalheiro daOrdem Imperial do Cruzeiro"-— Maria Graham, celebre escirprora ejornalista ingleza, referindo-se, em suas im-pressões de viagem — publicadas em Londres,em 1824, admirativamente á nossa heroina, as-

sim termina: "Trajava o uniforme de um dosbatalhões do Imperador, com a addição deum saiote, por tel-o visto em um figurino desoldados escocezes, e por lhe parecer mes-mo, mais conveniente a seu sexo Nãoé instruída, mas tem intelligencia, com-^

prehensão rápida e espirito pene-trante, e penso que com educação po-deria ser uma pessoa notável. Nada temde masculino na apparencia, suas ma-neiras são graciosas e agradáveis, enenhum máo habito adquiriu na con-vivência dos acampamentos Sua vir-tude nunca foi posta em duvida"

Desenho deCicero Valladares

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1-V-ru.Av,, - ...Ur '¦' ¦it-. •*•*=*:-*-£3-H

O TICO-TICO « 12 ~ 24 — Abril — 1929

O qtiajie t,e:m. qijLe aer...

O palácio real estava em festa pelo nascimentoidos príncipes herdeiros que tinham vindo ao mundogêmeos.

De todas as cidades do reino chegavam delegações,trazendo parabéns e ricos presentes para os recém-nascidos.

Alguns delegados viam-se até em sérios embara-ços para o desempenho da sua honrosa missão, porqueJiavendo trazido somente uma preciosa e riquíssimaofferenda, julgando que se tratasse apenas de umprincipe, ao chegar ao palacío do rei sabiam que eramjdois os recemnascidos, e o presente não era "divisivel

por dois"...Como era de uso na corte, foi chamado um gran-

8e mago e adivinho, astrologo, cartomante e chiro-imante para

"ler nos astros", nas cartas do baralho ca-balístico e nas "linhas das mãos" das duas creançasSua sina, boa ou má, tudo, emfim, que lhes reservassejp futuro no decorrer da sua vida de príncipes reaes.

Como é natural, o hierophonte predisse as maioresgrandezas que os astros prognosticavam, immenso po-Iderio que as cartas revelavam; mas, ao "ler as linhasHas mãos" dos peqeuninos, ficou triste e sem sabercomo havia de dizer o que estava observando.

O rei notou logo sua confusão e lhe perguntou:Que vedes ahi de extraordinário que vos faztnudar o semblante de jovial para taciturno e ap-prehensivo ?

¦— Não sei si deva dizer á Vossa Magestade, res-pondeu o adivinho, o que as "linhas do destino", nasmãos dos reaes infantes determinam na sua mudezirrevogável c

Dizei o que vedes, eu vos ordeno! exclamouimperativamente o rei.

Assim seja, senhor. Aqui vejo, infelizmente,que desses dois meninos matará o irmão l

'— Como ?!... Não é possivel tamanha desgraça!Sinto ter sido obrigado a revelar tão triste

cousa; mas é o que vejo claramente aquieMas qual dos dois? Onde? Quando? perguntou

o rei, afflicto pela dolorosa nova que lhe fôra annun-Ciada.

*— Tudo isto está aqui confuso, não podendo eu'determinar qual dos dois será victimado, nem onde,

nem em que tempo. Poderá ser hoje mesmo e aqui,assim como poderá ser daqui a muitos annos e longe'deste reino. Nâo sei... •"•>•>«

O rei, que era muito orgulhoso, disse:i •— Vossa tenebrosa prophecia não se realisará.'feiticeiro do inferno; pois, agora mesmo irei separar

os dois gêmeos com as mais severas ordens para nuncamais se encontrarem na vida!

Assim foi fito. As duas creanças que dormiamcalmamente juntinhas no mesmo berço de rendas esedas caras, foram logo separadas, ficando em apo-sentos distantes.:

A rainha quando os amamentava, tinha de ir deum extremo ao outro do palácio para que, nem mes-mo assim pequeninos, se encontrassem jamais osdois irmãos!

Quando começaram a dar os primeiros passos fo-ram levados para dois castellos bem distantes um dooutro, nos dois pontos extremos do reino, onde teriamde se crear e educar sem se avistarem de modo algum.

Passaram-se, assim, os annos; estavam já rapazesos dois príncipes que se. correspondiam freqüentementepor meio de longas cartas nas quaes lamentavam odestino que lhes impunha o viverem separados, afimde que se não cumprisse a trágica prophecia do ter-rivel mago.

Nunca se tinham visto, nem se veriam jamais, eambos tinham desejos de conhecer as feições do ir-mão.

Appareceu, providencialmente, no reino um gran-de pintor, eximio em retratos, e elles tiveram esse de-sejo satisfeito, porque o rei encommendou ao artistaque fizesse os retratos dos dois príncipes gêmeos depé,; em tamanho natural, trajando o rico e vistosouniforme de generaes dos exércitos do reino.

Os retratos ficaram magníficos, e cada um dospríncipes mandou o seu de presente ao irmão, ficandoambos contentissimos por terem, pela primeira vez navida, satisfação de contemplar o semblante do irmãoquerido.

Eoram as telas ricamente emmolduràdas, levari-do no alto, esculpidas em bronze, as armas reaes.

Ambos tiveram a mesma idéa de collocar o grandequadro aos pés do seu sumptuoso leito, afim de quelogo ao descerrar os olhos, saudassem o irmão distanteem pessoa, porém, presente e tão perto em effigie..

Passaram-se ainda alguns annos e o rei já ria dovelho astrologo, quando o encontrava, dizendo-lhe:

Vossa prophecia falhou desta vez, velho corvoagoureiro; pois, meus filhos, afastados, como vivem,um do outro, e sob severa vigilância para não se en-contrarem nunca, não terão ensejo de fazer com quese cumpra vosso falso prognostico.Permitta o céo que assim seja; respondia o ve-lho mago, e que tambem seja esta a primeira vez quea minha sciencia se veja desmentida, e um mortalpossa mudar o destino que alguém já trouxe escriptoua vida!. ..

Um dia, pela manhã, os camareiros e guardas deum dos principes ouviram um grande estrondo quepartia dos seus aposentos. Correram todos até lá, eviram, horrisados, que o grande e pezado quadro queestava aos pés do leito havia se desprendido da paredee cabido sobre o principe que ainda dormia, fracturan-do-lhe o craneo e matando-o instantaneamente!

Cumprira-se, afinal, a prophecia^ do velho chi-ro-mante.

Trancoso.:

24 — Abril 1929 — 13 — O TICO-TICO

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A PAGINA E S E N li

Depois de colorido a lápis de côr ou a aquarella, devem 03 meninos enviar os desenhos desta pagina á redacçao d'0Tico-Tico. Os autores dos melhores trabalhos verão seus nomes publicados nesta mesma secção.

BIBLIOTHECAS INFANTIS

Acostumar os meninos ao usodos bons livros, ao amor pelosbons livros, é f?zer delles grandese bons leitores, é uma obra santae eminentemente civilisadora por-que uma vez adquirido o habito, ehavendo' sempre bibliothecas ámão, o menino leitor passará semduvida alguma da bibliotheca in-fantil á bibliotheca technica ágrande bibliotheca; será toda avida um leitor e o que é maisimportante, um bom leitor.

A bibliotheca infantil pôde seraproveitada para o conto semanal,as festas patrióticas e outras oc-casiões. Sobretudo, o conselhoconstante da directoria servirá

para formar não só a intelligenciae a criteriosa escolha dos pequeni-nos assistentes — cidadãos deamanhã — como também os seussentimentos moraes, sociaes e pa-trios.

O FOLKLORE

A palavra " f olklore" vem de

duas palavras do inglez archaico"folk" e " lore" (sciencia do

povo). Designa o que constitue

a tradição e os costumes popula-

res de cada paiz: provérbios, can-

ções, formulas, cerimonias, jo-

gos. Na literatura " folklorista"

encontra-se elementos para ò co-

nhecimento da historia dos povos

que não são encontrados muitas

vezes nos documentos officiaes. O

estudo do " folklore ", de um paiz

constitue por assim dizer, a pri-

meira fonte de dados para os his-

toriadores modernos.

S^zJXíÈl ^~^JSÊ>1

O TICO-TICO - 14 — 2í — Abril — 1029

AS AVENTURAS DE FAUSTINA E ZE' MACACOflFAUSTINA CORTOU O GABELLO "Á LA HOME"

P /Vab e por me g^ba/;maz o cabe//o assitn

[rnefaz. irresisfii>eff

f/careA oss/m cfeCuste s/. ara apor/c

\clç Ot/e oZe, Ovatr/ênAa uma.

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t o for. mlúue negoc/o e^"esse 7p?JJm fomer?Senti/do ? Pe)?/1 -<?

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tnurmiii~aT7dò~QY ^j» Ttho. cct/ser7c/Cí'- gkestar ae/eose/acy/os. ^«&9^# // ~}

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C Toma. c/es c, rafado 7 ^~ & ^/ A _ jfcj 1l *Ü _-£> I f Malvado/ E' \ ^ „ ^V)$Tu pensava* c/ue está <V«. ^/l l'v^ Jn ,^" f^ c0 assim çv~é mar-~Aj^\'- A/casa era £ua.?^A7õ/77a/ 3^^^^'ux. 's$o/ % tratas aTn/'i^7^Jh^y>^^

2i — Abril _— 1929 — 15 — O TICO-TICO

AS FORMIGAS, ABELHAS E TAMANDUÁSEm uma pequena collina, na borda duma matta

verdejante, havia uma herdade que em outros tempos,talvez fosse um lugar de recreio e descanço para seus

proprietários, e agora estava abandonada e entregue áacção destruidora do tempo.

Do seu antigo jardim sô havia vestígios e do seu

pomar, via-se ainda muitas arvores, com as folhas jámurcha, e cobertas pela herva de passarinhos, e ai-,

gumas Iarangeiras que em Junho ainda brotaram e

puzer-am flores, apesar de estarem quasi abafadas pelomatto.

Perto da herdade formou-se um formigueiro desauvas que logo descobriram as laranjeiras, cujas fo-lhas muito apreciam.

As abelhas tambem fizeram sua colmea em umtronco duma arvore frondosa na borda da matta, evinham por sua vez suerar o mel das flores das- laran-

geiras.As saúvas tinham medo de serem perseguidas, e

por esse motivo só vinham a noite ao pomar abando-nado; e emquanto umas subiam pelas Iarangeiras ecortavam folhas e flores, outras já iam carregandotudo para o formigueiro.

As abelhas ao contrario, iam a luz do dia pro-curar as folhas para sugarem o mel.

Uma noite de luar, sahiram quasi todas as for-migas e dirigiram-se ao pomar. E sahindo pelas la-rangeiras cortaram todas as flores e folhas mais ten-ras, mas como não puderam carregar tudo durante anoite, costumaram o trabalho mesmo depois de ter osol nascido. /

As abelhas vieram como de costume, e vendo queas formigas tinham cortado todas as flores e ainda

estavam carregando, ficaram indignadas e comearama discutir. Chamaram as formigas de ladras e mal-feitoras. que além de furtarem ainda estragaram asarvores, pois, cortando as -flores não poderiam as ar-

vores dar fruetos.— Por isso ellas eram sempre perseguidas, e só

moravam em buracos, donde não podiam contemplara belieza do mundo, nem estar livres das torrentes nos

mezes chuvosos.As formigas responderam:

Vocês tambem são ladras; porque vem furtarò mel das flores; e quando os frutos estão madurosvem estragal-os; e se algum outro animal vem co-mel-os para se alimentar, vocês o atacam a ferroadas,

como se fosse a vossa casa que estivessem dependendode um ataque do inimigo.

Está bem, disseram as abelhas.•— Nós vamos já dar parte ao dono da herdade e

vocês serão tocadas immediatamente, e nós ficaremosdepois donas de tudo isto.

'— E' verdade, responderam as formigas; pode-remos ser tocadas; mas vocês hão de sahir primeiroque nós; creiam que nada perderão por esperar.

•— Havemos de ver si somos nós ou vocês quesahiremos primeiro: retrucaram as abelhas e voaram.

As formigas reuniram-se em conferência, e paravingarem-se da ameaça feita, resolveram atacar asabelhas durante a noite

Logo que escureceu, as formigas dirigiram-se paraa arvore onde estava a colmea, e começaram a subirpelo tronco, para atacarem de surpresa as suas ini-niigas.

A abelha que estava de vigia deu o alarma, e toda-as abelhas se reuniram em torno da rainha para rece-berem as ordens.

A rainha lhes disse:Estamos perdidas! como sabeis, lutamos com

animaes valentes e mais fortes que nós; mas, com asformigas é impossível! si não fugirmos seremos todasmortas; mas para fugirmos seria preciso abandonar-mos nossos filhos, porque ainda não podem voar e se-rão mortos sem piedade pelas formigas. Isto é hor-ri vel.

— O qi\e temos a faze. pai?, sermos poupados. ípedirmos desculpas ás formigas, e offerecermos nos-.sos prestimos quando delles precisarem, e prometter-mos viver de ora em diante em boa camaradagem.

Acceita a opinião da rainha esta sahiu e foi aoencontro das formigas, a quem apresentou desculpa- efez protestos de amizade e offereceu ainda seus servi-cos em caso de nece...idade.

Acceitamos a desculpa, respondeu a chefe das for-migas. Nós nos retiramos, mas lembrem-se que não per-doaremos a menor falta de vossa parte no cumprimento doque acabaes de prometter.

A rainba das abelhas, reiterou.novamente os protestosde amizade, e em nome de suas companheiras agradeceu abenevolência das formigas.

Continuaram formigas e abelhas a trabalhar, até queum dia, um tamanduá descobriu o formigueiro das sau-vas, e com a companheira, postaram-se na entrada princi-

O TICO-TICO -- 16 — Abril _-- 1929

BOM CORAÇÃOBlin! Blin! B!in! E a sineta do collegio annunciava

alegremente a hora cia sahida.Aqui e ali grupos cie meninos sabiam das classes,

indo dispersar-se na vasta rua do collegio.Luizinho, um esperto menino de 7 annos, tambem

fazia parte de um grupo de crianças, que conversandoalegremente se dirigiam para casa.

Luizinho, porém, não vae directamente para casa:Depois de ter andado algum tempo, parou em frente

a vitrine de uma loja e poz-se a contemplar os objectosque se acham expostos. E' que Luizinho pretendia com-prar ali um bello presente que destinava á' sua mãecujo anniversario se festejava no dia seguinte.

De repente voltou-se ligeiro para a entrada da loja.Achara, finalmente, um presente que, certamente,

agraciaria á sua querida mamãe.Voltou-se... mas deparou'com um doloroso espe-

ctaculo: na sua frente um menino que teria talvez a suaidade, chorava angustiosamente, esperando que algumtranseunte caridoso lhe desse uma esmola. Mas o seu cha-péo acháva-se vazio: Luizinho commoveu-se; approximou-se. do menino e perguntou-lhe:"Por que choras?"

O menino respondeu-lhe, soluçando ainda:Choro... porque ha dois dias não como... Sup-

portaria a fome com paciência se arranjasse alguns vinténscom que pudesse comprar os remédios necessários parapapae que se acha doente sem poder sustentar-nos, mashoje, ainda nâo consegui ajuntar quasi nada.

Luizinho olhou para o dinheiro que tinha nà mão,»m seguida, para o pobrezinho e reflectiu:

pai e começaram a devorar todas ás formigas que sabiampara ir buscar provisões.

As formigas não podendo lutar com o inimigo, e nãomais podendo sahir para irem buscar provisões para si epara os filhos, julgaram-se perdidas e resignaram-se amorrer de fome a serem devoradas pelo inimigo.

Na triste situação em que se encontravam, eis queuma das formigas lembrou-se da promessa feita pelarainha das abelhas, e achou que a ocçasião chegara paraser aproveitada aquella offerta.

A lembrança cai-sou enorme alegria entre as formi-gas, e uma mensageira foi enviada, com muitas precau-ções, e conseguiu chegar sem novidade, á colméa.

A rainha logo que a formiga chegou, perguntou-lheo que havia.

A formiga sem mais rodeios disse:Venho te pedir soecorro. Muitas de minhas com-

panheiras já foram devoradas por um casal de taman-duas que tomou a nossa entrada principal; estamos semprovisões e teremos de morrer á fome ou então sermosdevoradas pelo inimigo si tentarmos sahir.

Estamos prisioneiras. Venho, pois, em nome deminhas Gompanheiras lembrar o teu offerecimento e es-

"E se eu lhe desse o meu dinheiro? E' verdade quea mamãe ficaria sem o meu presente, mas eu faria talveza felicidade de uma pobre mãe, de um pae doente, de filhosdesamparados, emfim de uma familia necessitada. As mi-nhas moedinhas talvez darão a essa casa pão que mate afome de pobres innocentes".

E seguindo o bom impulso de seu coração, deixoucahir na mão do pobrezinho moedinhas reluzentes que tan-tos sacrifícios lhe haviam custado.

Chegara emfim o dia tão esperado por Luizinho eseus irmãos: o dia do anniversario da mamãe.

Cada um levava um bello presente. Só Luizinho iaui" tanto triste, atraz de todos sem alguma lembrança quepudesse manifestar á sua progenitora o seu amor filial.

Todos deram a mamãe um presente, beijando-a e de-sejando-lhe felicidades.

Quando chegou a vez de Luizinho este baixou a ca-beca envergonhado, sem coragem para falar:

Então a mamãe abraçou-o carinhosamente, di-zendo-lhe:

"Meu filho! Deste-me o melhor presente que umamãe pôde desejar de seu filho: o de saber que soecorresos necessitados. Apreciei de longe tua bella acção e con-venci-me de que és bom e carinhoso. Deste-me um per-sente que eu nunca esperei de ti e observaste ao mesmotempo as palavras do divino mestre: "Bemaventuradosos misericordiosos porque elles obterão misericórdia".

Helder Serra.

pero que não te recuses e auxiliar-nos nesta situação af-flictiva.

— Pôde voltar tranquilla respondeu a rainha dasabelhas, e dize a vossas companheiras, que não esquece-mos a nossa promessa, e logo que cheguem as minhascompanheiras que andam pelos campos, iremos todas emseu auxilio e assim pagaremos a vocês a obrigação quedevemos, de terem nos poupados naquella oceasião.

A formiga voltou, e entrando no formigueiro, deu aboa nova „ suas companheiras que muito se alegraram eesperaram ansiosas o signal de approximação de suas de-fensoras.

Dahi a pouco, dentro do formigueiro foi ouvido umzum... zum... que se approximava e parecia o roncode uma tempestade,

Os tamanduás nada desconfiando, estavam muito at-tentos, a espera que as formigas sahissem para devoral-as,não notando a nuvem de abelhas que se approximava.

Esta logo que enchergou os tamanduás caiu sobreelles furiosamente, e eram tantas as ferroadas que ellesfugiram desesperadamente sem olhar para onde cor-riam e foram assim cahir em um precipício donde nãopuderam mais sahir, e lá morreram á fome.

Lko Pardo.

2í _¦_- Abril _- 192U 1Z — O TICO.TICQ

JT^ JB' ^_ _-M-_-___r /

ÉÊktu llt „ \ \\l d&Ê^B--JxÊpHÈÊlÚffi $£. <• M? „W // r^J^•__?wP__«^__Ia^ 8 *

BONECA SALVADORAFoi ao tempo em que grande parte dos Estados Um-

._os estava ainda em poder dos índios mais ferozes e indo-r_aveis.

Elles não queriam saber de civilização, nem de go-Terno estranjeiro, e defendiam heroicamente, e mesmofuriosamente, aquella terra immensa, que até então erasó delles.

De vez em quando, cahiam de improviso sobre as vil-lagens e pequenas cidades, e saqueavam tudo, fazendohorríveis destroços...

Matavam os habitantes, roubavam o gado, carregavamas colheitas; e depois, antes que os sitiados pudessem tra-tar de se defender, os indios desappareciam por caminhosmysteriosos, que só elles conheciam!

Um dia, chegou ás plagas americanas o General Gor-don,'encarregado pelo Governo inglez de pacificar os ra-dios, e convencel-os de que ninguém lhes queria fazer mal.

O General vinha acompanhado de sua familia, e traziauma galante menina chamada Mary, que estava sempre

junto do Pai, e pretendia ajudal-o a conquistar a amizadedos indios.

Porém, hão havia nada mais difficil do qüe confabularcom os "donos da terra", que andavam sempre fugitivos,e quando avistavam um branco, mandavam logo uma flexacerteira.

Que fazer?!Depois de muito pensar e reflectir, o general resolveu

surprehender os indios, de noite, emquanto dormiamSahiu, pois, com um regimento de cavallana, e levou

prisioneiras diversas famílias, que domiciliavam junto acosta, não longe do acampamento.

Os indios, vendo que era inútil qualquer resistência,deixavam de lutar. Mas, de commum accôrdo, resolveram

morrer de fome; e o chefe só respondia aos mteipretespelo mais desdenhoso mutismo.

O general, vendo que nada obteria delles, e com pena'de tantas vidas que se perderiam, sem proveito, lembrou-se_a sua filhinha, e pensou que talvez pela amizade dascrianças pudesse mostrar que só queriam ser amigos.

Por sua ordem, dois of ficiaes foram buscar duas crian-cinhas de dois a tres annos, e levaram-nas para junto deMary.

Esta, encantada, mostrou-lhes seus brinquedos e otle-receu-lhes balas e biscoitos.

As índias, mães das meninas, ficaram como loucasfuriosas, na certeza de que suas filhas iam ser marty-risadas.

As meninas comeram, dormiram, e depois continua-ram a brincar.

O general, então, a custo, e só agarradas, fez conduziras indias para junto das crianças.

E quando aquellas pobres creafuras viram as indiasi-nhas, extasiadas, diante de uma linda boneca, só então, pelaalegria das pequenas, comprehenderam tudo...

Cahiram de joelhos, beijando os pézinhos da filha«do general, que lhes deu licença para levarem as meninas.

Porém, as indiasinhas não quizeram deixar a suanova amiga!...

Aquellas mães, felizes, levando ao chefe tão gratanoticia, conseguiram do chefe uma conciliação.

E quando, mais tarde, o general e o velho caciquejuntos conversavam sobre os melhoramentos trazidos pelacivilisação, o indio dizia, a rir:"Mas,

quem fez tudo isso, foi a mulherzinha decêra!'?

Maria Kieeiro de Almeida.

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BARRA F I X a PAGINA D E A R MA RA

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/TM / VH\ ín^Áh' ^ ^ \IH Et A-k4\ ¦fl TTrí^lraBíTrtBTl li ir~TT~-T ¦ Kl] 1] I lx V^ ^V7 ^$/

111 X' J^ÍÍJ!C*^^ // / // \\ V - iV-^-^/^X fl l// ^Cj U-— //

A l'igura 1 representa o terreno onde se vae armar aBarra fixa? A linha a-b indica onde devem sêr colladas asfiguras 4 e 4 bis; a linha c marca o local dos supportes,figuras 6 e 0 bis. A figura 1 deve ser pregada em cartãogrosso.

A fig. 2 deve ser cortada, abrindo-se a canivete ostraços das helices pelas linhas a-b-c, deixando á guisa dedebradica a linha A-C. Antes, porém, preguem nas costasda fig! 2 a outro 2 bis, acertando pelos tracinhos que vêemIiiir hira marcados cum X. Levantem depois estas partes

cortadas e coim idas de vermelho, são ellas as paft'catavénto. As figs. 4 e 4 bis devem ficar com '

[lentn*pintada para o lado de fora, porque pelo lado V* ,serão riellas pregadas as columnas figs. 3 e .3 m&&figuras devem formar duas columnas de base Q * 0iiti'^fechada, apenas na extremidade superior, pois <]lie. ja çfrextremidade será collada na fig. 1 onde diz: L°c ^ {i'>^umna, etc. Recortem as figs. 7 c 7 bis, enrolem .'^ fi

( íig. 7 bis) c coHoquem a tampa (fig. 7). C°'"e0li(í»^de ferro (arame) bem recto, tendo unia das e^achatada a niartello, façam o eixo (a barra fi-va''

]i- atirem as columnas 4 e 4 bis para passar o fio, aAi cllala será introduzida numa rolha do tamanho dacA^ formada pelas figs. 7 e 7 bis, depois dispunham tudo

10 mostra o "schema da roda catavénto"'a Collnqucni no fio 4 contas de vidro, a saber: 2 entrel;,,l 0,l|nuia e a roda e 2 na outra extremidade do fio peli».

cIe fora, isto é, depois da columna. As 4 partes (fg. 5)'.ara tapar os brancos do avesso das figs. 4 e 4 bis.

fig f'Rs.. 6 e 6 bis são dois supportes [.ara pregar nas» ' 4 e 4 bis (vide o schema, letra c). O schema mostra:

I f'o de ferro, b — uma das couininas-, c — o sttpporte,

figs. 6 e 6 bis e d — as duas contas de vidro. As contaspodem ser substituídas por caroços de erviIhas*oii feijãabranco seccos.

O acrobata tem 4 braços e 4 pernas que representamduas faces de cada membro c são presos ao troiico pornós de linha. Uni pedacinho de cortiça completa o modode pendurai-o á barra. O fio atravessa as mãos do acro-bata e a cortiça entre estas e pregadas á colla prendem-na ao fro. Vide o schema do acrobata: a b — o.fio deferre», c — o pedaço de cortiça.

O vento se encarregará do resto.

O TICO-TICO 20 — 21 — Abril — -929

^^^^coioueti_7

Celen (Bello Horizonte) — Sua graphia de traçosinclinados para a esquerda significa desconfiança, dissimu-Jação, contensão de espirito. As letras angulosas sãosignal de aggressividade. Vê-se, entretanto, senso artis-tico, economia, nervosismo.

O horóscopo das pessoas nascidas a 12 de Agosto é oseguinte: São impetuosas enthusiastas, apaixonadas e aomesmo tempo ternas e generosas.

Amam a calma do lar e tambem as viagens longaspelo estrangeiro em busca de emoções. Impacientes, im-pulsivas, raciocinando, porém, com muita lógica e intui-ção. Exasperam-se quando contrariadas em suas idéas ouvencidas nas discussões.

As mulheres são muito.dedicadas ao lar que pro-curam encher do maior Conforto, trabalhando ali commaior affinco. Para sua tranqüilidade devem evitar fazermaus juízos de quem quer que seja, julgando pelas ap-parencias.

A. Resa (Cabo-Frio) — A' primeira consulta res-pondo que se dirija directamente á Imprensa Nacional,onde será attendido. Quanto á sua graphia é a de umapessoa calma, ordeira, perfeitamente equilibrada, cheia deprudência, moderação e reserva; é tambem um pouco ti-mida, acanhada, com receio de offender "por palavras,pensamentos ou obras"...

Amiga do confortável e das viagens, não é verdade?Ouvir.R (Tombos) — Bondade natural, indulgência,

moleza, talvez até um pouco de preguiça... Delicadeza,sensibilidade, emoção susceptibilidade, fraqueza.

O horóscopo dos nascidos a Io de Dezembro é este:Ambiciosos, activos, habilidosos para mandar e dirigir,rápidos em deduzir e agir, tomando «resoluções promptase acertadas.

Arrojados, generosos e francos até em demasia.Desenvolvem grande actividade nos seus negócios,

pcuco se lhes importando os negócios alheios.São homens para as occasiões difficeis, escnptores

humoristas e criticos, prevêm os acontecimentos com mui-ta precisão. i

Habilidosos para os trabalhos manuaes e mecânicos.Devem combater as tendências que sentem para o mal,

abrandando seus instinetos, ás vezes, cruéis.Hury (Minas) — Letra miúda, linhas sinuosas: mes-

quinharia, avareza, fadiga, myopia provável, pouco amorá verdade, impressionabilídade.

Nota-se entretanto, alguma bondade no arredondadodas letras e energia, força de vontade, firmeza, nos traçosverticaes. Poderá, assim, corrigir os pequenos defeitosapontados acima.

O horóscopo das pessoas nascidas em 21 de Junho éo seguinte: São dotadas de espirito contradictorio, estan-do ora tranquillas, calmas, e logo irasciveis, zangadas, etc.

Inconstantes, intelligentes e dotadas de muita lógicaé raciocínio para fazer triumpbar seus argumentos emapoio das suas idéas.

Gostam de resolver qualquer problema pelos proces-sos mais difficeis e complicados. Desinteressadas, com-municativas, alegres; algumas vezes esses sentimentos ten-do má interpretação.

DO »*•. t/MÍE TUHO %^^mzAA6At~A^aAAAA

Impacientes, amigas de viajar e admtradoras da na-tureza; devem evitar as pessoas intrigantes e embusteiras.

Maria de Nazareth (S. Paulo) — Letra ainda umtanto incerta, denotando hesitação, ingenuidade, medo, re-ceio, acanhamento. Ha tambem alguma desconfiança, dis-simulação, reserva. Senso esthetico.

O horóscopo das pessoas nascidas a 16 de Março dizque serão: Abnegadas, generosas, principalmente paracom as pessoas amigas. Muito fáceis em contrahir amiza-des e inimizades ao mesmo tempo.

Espirito artístico, amando o bello e a natureza.Fieis, ainda mesmo com sacrifício. Amáveis e obséquio-sas sem ostentação.

São acatadas criticos de arte. Têm força de sytnpa-thia, erudição, bastante raciciocinio e poder analytico.Metbodicos em assumptos commerciaes, com facilidadeassumem funcções de responsabilidade ás quaes dão per-feito desempenho.

Tiiereziniia (Juiz de Fôra) — Para saber o horos-,copo das pessoas nascidas a 6 de Março leia o que digoantes á Maria de Nazareth. As nascidas em Maio têmgrande energia, coragem, força de vontade, magr.ar.imi-dade, capacidade para negócios em que são muito sagazes,sympathia e moralidade.

Deixam-se levar, entretanto, pelos «isongeiros quelhes agradam a vaidade. São teimosas e persistentes con-tra as pessoas de quem não gostam.

Sua letra redondinha revela bondade, generosidade,indulgência, inolleza... preguiça. Nas linhas sinuosas vejopouco amor á verdade... Um pouco de dissimulação, dedesconfiança...

Virgínia (Ponte Neva) — E' tão semelhante sualetra á de Tl.erezinha que parece ter sido uma só pessoaque as escreveu. Ha, porém, ligeira differença na sua, re-velando energia, espirito critico e satyrico, força de von-tede, firmeza.

Quanto ao horóscopo dos nascidos em Junho tenha abondade de ler o que digo antes á Hury.

O horóscopo dos homens nascidos a 1S de Abril êeste: Têm bastante capacidade para se dirigir, não gos-tando de se submetter ás ordens alheias. Altivos e inde-pendentes o que, ás vezes, os levam a resoluções malpensadas.

Ciumentos e ascessiveis a movimentos de mau hu-mor, irritaveis e brigões.

Intelligentes, são juizes parciaes, inclinando-se pelaspessoas a quem estimam.

Resolutos, vivos, dextros, sinceros se tomam, comfreqüência, impacientes, menos com as pessoas amigas.

Um tanto extravagantes preferem as profissões li-beraes á rotina do commercio.

Almir Bastos (Nicthcroy) —- Para o estudo grapho-lógico que pede devia ter eserpito em papel sem pauta e ohoróscopo das pessoas nascidas em 6 de Agosto leia o quedigo a Celen no começo da correspondência...

Dr. S.\be<tudo..

24 — Abril — 1929 — 21 — O TICO-TICO

O Log rowiRiiiiiiiiiiuRiiiiiiiniiiiuinniniiiiiHiiv

(Sainete em um acto)

PERSONAGENS;Arthur )Nize ) irmãosMarcos — primoPedro — criadinho preto1° Meninai° Meninozm Menina2o MeninoMeninos E meninas da visinhança

SCENARIO;"Uma

sala qualquer, decentemente mobilia-da, em casa dos paes de Álvaro e Nize.Um kalendario ou folhinha marca a data:31 de Março.

Nize (Entra, olha a folhinha e dis) :Como está atrazada esta folhinha! (Mudaa data, apparecendo a do l° de Abril).

Arthur i— (Entra mancando, a gemer,e se senta em unia cadeira por não poderandar mais): Ai! Minha perna! Ail Ai!Que dôrl...

Nize (Afflicla): Que foi isto, Alvare?!Arthur — Não sei!... Ai! Creio u.ie

parti a perna !... (Chora) Ahn! Ahn!...Nize — Partiste a perna?! Onde?!

Como?!...Arthur— (Rindo) Como?.. Comendo.

Onde? No i« de Abril! Cahiste no logro!\ize — (Rindo) Ora!... Pensei mesmo

^ue estivesses com a perna quebrada.Arthur — Ah ! Isso é que não! (Levan-

ta-se, sacode as pernas, salta, dansa, etc).Vés? Era fita.

Nize — E muito bem representada,Arthur — Obrigado... (Curva-se).Nize — Vamos pregar um logro no pri-

mo Marcos?Arthur — Vamos. Que é que se faz?Nize — Vamos lhe mandar dizer que,

por motivo do baptisado da minha boné-ca, iremos fazer hoje aqui uma festa in-fantil e o convidamos para assistil-á.

Arthur — Está combinado. Chama oPedro. ~, t,

Nize — '(Chamando): Pedro! O' Pe-dro!

Pedro — (De dentro): Ahi vae eu!Tou acupado!

Arthur — O Pedro está sempre occu-

pado quando se precisa delle.Pgtwo — (Entrando) Prompto! Qui e

qui liai?Nize — Vae ali defronte, á casa do

primo Marcos, e dize-lhe que nós o man-damos convidar para a festa que,vamosfazer hoje aqui,

Pedro — Uai, gente! E hoze e dia defesta?

Arthur — Não tens nada com isto!Vae «lar o recado que estamos mandandoe prompto!

Pedro — E si elle preguntá qui temdoee; qui é qui eu diz?

Nize — Dizes que tem muitos doces,sim. (Ri).

r^-it-au

Pedro — Mas porém não tem, quo euispiei na dispensa, e a citzinhêr« não s^befazê doce bom qui preste; só si mandá-sttamPrá-se na cunfêtaria! Tá hit

Arthur — Chega de prosa! Vae já di-zer ao primo Marcos que nós o esperamospara a festa que vae haver aqui, logomais. . .

Pedro — Sim, sinho! (Sahindo): Eusó quero vê qui festa é essa sem docenem gente! (Sahe rindo).

Nize — E' verdade... Vamos tambémfazer umas balas de mentira...

Arthur — Balas, não. Pois queres ma-tar o primo?

NizE — São balas de algodão cobertascom calda de assucar em " ponto de bala"e bem embrulhadinhas em papel de variascores...

Arthur — Bem lembrado. Vae fazerisso, e faze também um pouco de chá

Nize — Para que?Arthur — Para o mesmo fim de o en-

ganar: Bota-se o chá frio e sem assucar, 0 que é intragável, — dentro de uma

garrafa vasia de vinho do Porto, e ser-ve-se depois, em cálices, como si fossemesmo, vinho de verdade.

NizE — (Rindo): Está feito!Arthur — O chá?Nize — Não; a combinação para lograi

o primo. Espera ahi que eu já volto.Vou fazer as balas de algodão e o vinhedo Porto de chá frio. (Sahe rindo). •

Pedro — (Entrando pouco depois).Prompto eu!

Arthur *—, Que te disse o Marcos?Pedro — Disse

'qui sim.

Arthur — Neste caso virá, não é?Pedro — Virá o que? Qui é qui elle

nem virá aqui? Não seio!Arthur — Virá é futuro do verbo vir,

e quer dizer que elle terá de vir; perce-beste?

Pedro — Não seta o qui é precebeste:mas deve tá dereito, Posso ir-se embora?

Arthur — Podes, sim.Pedro — Sim, senhor! (Reparando):

Chi! O senhor xujoit sua roupa toda detinta!...

Arthur — (Procurando): Onde?...Pedro — (Rindo): Cahiu!... Xufou

no premer o de Abri!...Arthur — (Querendo segural-o) : Es-

pera ahi, moleque! (Cdrre).Pedro — (Sahindo a correr); Nesta

não caio eu! (Sahe).NizE — (Entrando, Pouco depois com

uma garrafa de vinho da Porto e um ca-lice nas mãos). Olha aqui o "vinho"!

Não foi preciso fazer chá porque já es-tava feito e até frio. Olha: (Deita nocálice um pouco^do chá que está na gar-rafa). A imitação é perfeita!

arthur — E'. (Provando o chá e o'deitando fora com uma careta). E o gos-

to é detestável... salgado!...NizE — (Rindo) Botei, em vez de as-

sucar. duas colheradas de sal fino...

Arthur — (Rindo) Boa ideal... E asbalas de algodão?

Nizs — A cozinheira está fazendo, co-brindo-as com assucar em calda forte.

Arthur — Muito bem. O Marcos man-dou dizer que virá.

JVize 1— Esplendido! (Bate palmas con-tente).

Marcos — (Entrando). Bom dia!Arthur e Nize — Bom dia, primo!Marcas — Você parece estar muito con-

tente, Nize!Nize — E o estou deveras, sim. Vou

baptisar hoje minha nova boneca...Marcos — E eu vim agradecer o con-

vite que vocês me fizeram; mas sinto nãopoder comparecer á festa.

Arthur — Por que?NizE — E' pena...Marcos — E' pena, sim. Mas vocCí

comprehendem, não me fica bem assistirhoje a uma festa depois do incêndio daloja do papae.

Arthur — Como?!Nize — Pegou fogo a sapataria do tio

Jorge? Quando?Marcos — PoJs vocês não sabiam?NizE — Não.ü /'arcos — Pois é uma triste verdade*Arthur — (Desconfiado) E' pilhéria

do Marcos...Marcos — Pilhéria, não! Antes fosse.-

Olhem aqui a noticia no jornal. (Tira dobolso uni jornal e lê): " Grande queimade calçados... Liquidação geral!... "

Arthur e Nize — (Rindo) Ora!...Marcos — E então ? " Grande queima"quer dizer: incêndio, não é?... E vocês

cahiram no logro de i° de Abril!...Arthur — Com effeito!Nize — Mas você vem logo mais S

festa, não é?Marcos — Não posso porque tenho de

ir á Petropolis visitar „a tia Amélia queestá muito doente.

Arthur — A tia Amélia?! Coitada!Nize — (Desconfiada): E' invençãfi

delle, Arthur; não creia.Marcos — Invenção minha? Leiam, en-

tão, o telegramma que a prima Alzira pas-sou hoje. (Tira do bolso um telegrammaque entrega á Niza).

Nize — (Desdobra o papel e lê) "TiaAmélia muito doente. Venha urgente queella quer yel-o para lhe dizer que hoje éi« de Abril, dia de se mandar os tolos...'(Entregando

o telegramma) Ora!... Et»logo vi!

Marcos — (Rindo) Logo viu, como?Só viu que cahiu no logro depois que leutudo..._Arthur — (Rindo) Bem pregada peça,

sim, senhor.Marcos — E ainda tem mais...Nize — Tem mais?! Como assim?Arthur — Eu garanto que não cahirtl

mais em nenhum logro.Marcos — Ambos já cahiram, porque

me mandaram convidar para uma festa

O TICO-TICO — 22 — 21 — Abril r- 1928

—J

.__d_£__íí4p2^^<fi HISTORIA D E TI R A DE N T EEu vou contar-lhes um casoMinhas queridas meninas,Que se deu ha muito tempo!No rico Estado de Minas:

Joaquim da Silva Xavier(Por alcunha o Tiradentes,)

Quizera ver estas plagas,Libertas, independentes!

Reunindo-se aos seus amigosFez uma conspiraçãoE fervoroso lutava.Pela nossa redempção,

PARA ANNITA TUCCI

Quando desse meio surgeSilverio dos Reis; traidor!E da conspiração levaA nova ao governador!

Este logo a denunciaA' rainha de PortugalQue manda a todos prenderIncontinente. Afinal,

Um, é morto na prisão,O resto foi desterrado,Só o grande Tiradentes,Pagou co'a vida; coitado!

Nó dià 21 de AijrNo largo da Lampadosa,Leva á força o nobre martyr,Essa idéa grandiosa!

Si seu corpo mutiladoAqui na terra soffreu,Su'alma os anjos levaramPara viver lá no céo!

Honremos sua memóriaDizendo com vehemencia:Salve pois, mil vezes salve!O martyr da — Independência!

Dulce Carneiro.

"imaginaria" que iriam dar hoje aqui. ecomo eu não posso vir, que não sou tolo,convidei todos os nossos amiguinhos davisinhauça cm nome de vocês...

Arthur — Mas isso não se faz seu(Marcos!

Nize — Não está direito 1Marcos — No dia Io de Abril tudo que

se faz para enganar o próximo está muitodireito!

Meninos E meninas (.Entrando alegre-mente) Bom dia! Vimos para a festa!Onde está a boneca! (Fazem grande ai-gasarra).

Arthur — Calma! Attenção 1 Hauve ummal-entendido do primo Marcos: Nós omandamos convidar para uma festa no do-vningo vindouro; elle pensou que erahoje, e convidou logo os nossos bons ami-guiníi0|S a quem iamos convidar tambem.

Todos — Ora!...Pedro — (Entrando com uma handeija'cheia de balas) Prompto aqui as bala qui

a etmsinhêra mandou pra a festa.NizE — E' cedo! A festa ainda é no do-

rningo vindouro...Piídro — Uai!... Não dixéro qui era

Iiôze ? O' gente!...Marcos — (Rindo) Foi adiada, para

domingo...Pedro — agora se vae-se perde-se as bala

já feita pra hôzcTNize — Não,! Como compensação, vou

distribuil-as entre as nossas amiguinhas eRftligainhos que tiveram o incommodo devir até cá. (Distribue as balas).

Meninos e meninas (Recebendo asbalas e ch u pando-as). Agradecida!...Muito obrigado...

Nize — (Aa Marcos): Você não que:'uma bala, ó primo?

Marcos — Eu? Não faltava mais nada!I«o i bom para as crianças...

,' Aktiiur — Nesse caso acceita um ca!i-

cesinho de vinho do Porto. (Deita o "vi-nho" no cálice).

Marcos — Ah! Isso é outra cousa.(Recebe o cálice cheio, leva-o aos lábios,bebe um gole e faz uma careta, deitandoo resto fora). Puxa! Que vinho do Por-to horrível!

Arthur — E' porque não é do Porto,Marcos — Então que é?!...Pedro — (Rindo) : E' vinho prémêro dç

AJjrü... .Todos (Rindo) Cahiu no logro!... Ca-

hiu!...Marcos — Em outra não me pegam!i* Menina — (Cuspindo fora a bala):

Esta bzala é de algodão 1i° Menino — E a minha tambem!

(Cospe fora a bala).2* Menina — A minha parece de panno!

{Cospe fora).2" Menino — A minha é da mesma fa-

zenda! (Cospe fora).Meninas e meninos (Cuspindo fora as

balas). E' algodão! E' r,anno!...

Pedro (Rindo): E' prémêro de Ab««ambem!...

Arthur — Não se zanguem que vouagora distribuir entre todos bonborfs deverdade.

1* Menina r— Eu prefiro de chocolate..i° Menino — E eu tambem.2* Menina — Desde que não sejam d«

algodão, qualquer um bonbon me serve.2» Menino — Eu sou da mesma opiniã'i

da collega!Nize — Vamos lá para dentro onde »

mamãe tem guardada uma grande caíx*de bonbons para nós. (Sahindo).

Todos — Vamos! Vamos!Arthur — Ainda bem que não se zafl-

garam, apesar de terem cahido todos nalogro!

Pedro — Todos, não! Menas a minh»pessoa; que Pedo é moleque esperto...(Puxando, com o indicador, a palpebrainferior de um dos olhos) : Não vê que e«cá sou trouxa!... (Sae rindo).

M. MAIA

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24 — Abril — lí.29 — 23 — O TICO-TICO

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o patrão mandouPA .AR. O, 50^.

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ORA .MUITO _EMCOM certeza o

OUTRO MATOU-O.A-K.RA VAI SER. 'O Pl/M_o

O TICO-TICO - 24 -, 24 — Abril p- 192?)

MODA INFANTILIo — Vestidinho de cretone

branco estampado em rosa eazul, colletinho mangas deprgandi branco.

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2*í 3»- Dois lindos vesti-_tihos em tecido liso com bar-ra recortada em fazenda es-tampada.

Outro, intercallado de fian-heaux plissados.

3c — Vestido e chapéu damesma fazenda. Bolsos e cin-to, branco.

4o — Vestido è chapéu decretone estampado com viezesde panno branco,

BORDADOS

Golla para camisa e festãopara serviço de mesa. Calçade guerreiro para bordado Re-chilieu. Monogramma paratoalhas, etc.

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24 — Abril — 1929 — 25 — O TICO-TICO

&> Desobediência castigada s»

Era uma linda tarde de verão.O sol quasi no poente, lançava á

terra, como um ultimo adeus, ten-nues raios de luz que batiam dechapa nas águas calmas do rio naplanície verdejante.

Uma grande estrada atravessa-va o sitio e o dividia ao meio emtoda sua extensão.

Em frente a esse largo caminhoelevavam-se gigantescas arvoresperfumadas de frutos maduros; aágua vinda das montanhas corriasem descanso gastando a pedra ea sua canção era a única nota dealegria naquelle retiro fresco so-litario e silencioso. ..

Nas moitas de arbustos haviamuitas flores e muitas rosas abriamcomo azas, suas deliciosas pétalas.

Súbito, no sitio em que a alame-da fazia uma curva mais sensível,em bixo, lá em baixo, onde brilha-va sob um grande raio de sol a su-

perficie espelhante do lago, no cir-culo de montanhas escuras, eslati-das, rasgando o céo azul e attra-hindo o vôo das avezinhas, surgiu,sim, naquella estrada silenciosa,um elegante moço cavalgando ne-

gro e fogoso ginete.E cantarolando sempre, o joven

louro, garboso e robusto, voava,montado, no lindo animal.

Como era feliz!Sim, muito feliz, pois, ao cabo

de alguns annos de árduo trabalho,o patrão coroava seus esforços comi paga de cinco moedas de ouro.

E movendo na mão as luzidiasmoedas, sonhava com os presen-tes. que á noiva haveria de dar e

estremecidos pães etambém aosaos amigos.

Pelo mesmo caminho onde hapouco surgiu o feliz mancebo, ap-pareceu um cavalleiro moreno, deolhar mordaz, que, com o jo enlouro travou animada conversação.

Enthusiasmado o rapazinho con-tou-lhe o motivo de tanta alegria,expoz-lhe seus projectos.

O outro com os olhos pequenosbrilhando de cobiça, falou:

Por que não jogas?Fitou-o espantado. E sob o bri-

lho das pupillas do interlocutor,respondeu:

Não! Jogar não! Minha mãesempre me aconselhou que tal não-fizesse. O jogo acarreta outros vi-cios.

. — Ora! essas idéas que os pãestêm, e dizem ser o fruto de sualonga experiência, é uma tolice jo-gar! Quem não aproveita uma boaoceasião para tornar-se rico?

E também póde-se ficar maispobre ainda — retrucou o manceboque principiava a ceder ás institui-ções do companheiro.

Entretanto, ganha-se com amesma facilidade o que se perdeue mais ainda. E como quem nãoarrisca não petisca... Vou jogar.Vens?

O joven cujas hesitações haviamsido deitadas por terra diante dadecisão do outro, accedeu.

No fim da estrada, numa estrei-

V

\Q \

ta curva, apparecia um velho ebaixo prediò, carcomido pela acçãodo tempo.

Entraram encaminhando-se parauma sala escassamente illuminadapor pequenos bicos de gaz, onde aoredor de pequenas mesas, homensde caras sombrias, jogavam.

O rapazinho sentou-se e apostouas cinco moedas de ouro.

E depois de, olhos ávidos acom-panhar o girar frenético da roda,exclamou, louco de alegria:

Ganhei!E, por diversas vezes, repetiu

esse grito feliz. A sorte estava doseu lado.

O outro, com um sorriso sardo-nico, pallido de despeito, remexia-se nervosamente na cadeira.

Agora, já o mancebo não riamais; começava a perder. O com-panheiro quizera illudil-o a princi-pio; e depois fazia-o perder tudoque ganho havia.

Quando só lhe restavam duasmoedas, parou indeciso.

Uma voz intima, imperiosa, or-denava-lhe:

Não jogues mais! Para que?Allucinado, porém, nada ouviu.Jogou o que possuía e... tudo

perdeu.Desesperado, abandonou o casa-

rão onde entrara feliz e sabia ago-ra, pobre, abatido, com todas asesperanças desvanecidas.

Louco fui desprezando osconselhos de minha mãe. Estounobre! Adeus sonhos de felicidade!Adeus caros projectos!

Chegava tarde o arrependimen-to: Cheio de dor corria pelas ruas,sem destino, vagando na noite es-cura...

Laura Lima de Barros.

O TICO-TICO — 26 - 2/j _ Abril 1D29

O DIA DA BOA VONTADE

Eis que se approxima o lindo dia da "Boa Von-tade".

Os nossos amiguinhos, no anno passado, leramnas paginas do "Tico-Tico", a significação deste diae ouviram pelo radio a leitura da mensagem dascreanças do "Paiz de Galles".

Mas, este anno, eu quero lembrar aos nossos que-ridos amiguinhos quç não se esqueçam de um nomequando fizerem a sua -meditação sobre a "Paz" — aomeio dia.

Esse nome, foi de um grande amigo das creançase que era a personificação da bondade e ainda, no annopassado, embora já enfraquecido pela moléstia, muitose interessou para que a cadeia de amor que envolveas creanças de todo o mundo fosse na petição dascreanças do "Paiz de Galles" satisfeita pelos nossos

-amiguinhos brasileiros.Essa illustre e bondosa pessoa foi o General Kay-

mundo P. Seidl que viveu na terra praticando as leisda fraternidade e do amor.

E' justo que os nossos leitores brasileiros em me-moria de um ente superior que diffundiu tão bonsprincipies, lembrem-se com gratidão no "Dia da BoaVontade".

E façamos cada dia a promessa ae nao tortificar-mos nem pelo pensamento, nem pela acção os deseiosde guerra e destruição.

A vida é linda quando na nossa mente mora umideal de perfeição e belleza e quando procuramos reali-sar em todas as horas as coisas mais serenas e harmo-niosas, envolvendo num sentimento de carinho frater-nal todos os seres.

Por iáso, caros irmãosinhos, leitores do "Tico-Tico", revista que ensina aos vossos juvenis corações,que a belleza externa deve reflectir a belleza interna' que mora no tabernaculo da nossa alma, deveis sercada, mais amigos da "Paz" que confraterniza os po-vos e que destróe fronteiras.

Uni-vos pelo pensamento ás creanças de todas asterras sem o preconceito da côr ou da raça e amae-voscomo pediu Jesus.

Encadeae o vosso desejo de paz na corrente deamor que todos os annos enviam as creanças do "Paiz

de Galles" e assim, ptaticareis uma grande e nobreacção.

Raquel, Prado.

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• O GATO E O RAtfO .

O senhor gato defronte ao espelho, dava t>s uiti-mos retoques aos faltos e longos bigodes. Achou-seentão promplo para sahir. Dera-lhe na telha passearde automóvel naquelle dia, por causa do intenso calorque então assolava a cidade em que elle vivia, e eraa capital a Bicholandia.

Sahiu, pois, elle a procura de um automóvel, quenão demorou a achar.

Deixemol-o a gozar a fresca brisa da tarde, pie-guiçosamente reclinado.sobre as macias almofadas doauto, que um feio macaco era o "chauffeur", e volte-mos a casa delle para saber o que irá acontecer durantea sua ausência.

Um leve ruido parte de um canto da sala, e apóssurge a figura de um ratão formidável pelo tamanhoe aspecto, que depois de inspeccionar bem todos os re-cantos da casa, certificando-se que não havia ninguém,deteve-se deante da "burra" em que o Sr. Gato guar-dava seus haveres.

Depois de a examinar detidamente, entregou-se aum singular trabalho: começou a arrombar o cofre.:

Meia hora depois estava concluído o serviço: ocofre estava arrombado ( o Ratão era um hábil ar-rombador de cofres), e a porta aberta, patenteando avista do Ratão deslumbrado uma fortuna em ouro enotas. Dominando a emoção o rato gatuno fez des-apparecer toda aquella fortuna num sacco que trouxe-ra, fugindo em seguida.

O sol começava a declinar, quando voltou o Sr.Gato, depois de ter-se deliciado com um passeio poruma região muito pittoresca. Ia desatar o nó da gra-vata, quando seus olhos deram com a porta da "bur-

ra" aberta. Precipitou-se para ella, e depois de rápidoexame ficou consternado, ao ver que fora roubado tudoquanto ella continha.

. — Estou arruinado! Miserável quem me roubou!Miava desesperado, arrancando fios do bigode que elletanto cuidava, e que era signal nelle de grande des-esperação.

Pouco a pouco uma raiva o foi invadindo, contraaquelle que lhe roubara a fortuna, deixando-o pobre.Começou a farejar o local em que estava com a es-perança de perceber o cheiro deixado pelo ladrão. Umcheiro intenso de rato feriu-lhè as narinas. Guiadopor esse cheiro achou o sacco em que estavam as fer-ramentas usadas pelo rato para arrombar a "burra".é que na precipitação da fuga, esquecera.

— Foi o rato! Miou cheio de raiva, e lançou-se aprocura do rato. Mas como não poude conhecer qualfoi o ladrão de sua fortuna, limitou-se a matar todosos que viu, e que vê.

E' essa a origem da perseguição que até hoje mo-vem os gatos contra os ratos a nosso proveito.

Romeu IIeinzi;.

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1 ^—Br I fir--. —^ í fc~ r- ^J 1 ^^^^— 1LYSALVARO, afilhado do Dr. "l ^^"VBNM MANOEL,Carlos Spinola, nosso represen- > fci mm~h^M\ ^''no do ^r- Chrisviano Xaviertante na succursal de São Sal- * ti Vi f b*"*Ü _^_^_^l de MendonÇa — 'anu — Est°-

vador — Est*. da Bahia. -vill de São Paulo.

## I ANTÔNIO, FRANCISCO E <*Â I111 JOSÉ' VIEIRA ¦\\W ¦// Ouro Preto — Minas. \\ ¦//

DULCINÉA, filhinha do Sr. MARIA AMÉLIANewton Vianna — Capital WHITAKER.

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mmmad^ £l.~l llÜ ^* .^"íS"*_PPy jj^_________------=~--===~~-----------= ^^ . »-^ - . J0?

ROMEUAUGUSTO, j^jL/^filhinho do casal Fidejis Nascimento.

Capital —GISELDA, filhinha do casal Atti-lio Grecco — Brumadinho, Minas

LILIA, filhinha do Sr. José Fer-reira Machado — Capital

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A GENTE PEQUENA QUE

DIVERTE TODO O

MUNDO.

OS ASTROS QUERIDOS DA

CONSTELLAÇÁO DO

CINEMA

-Tf-ASTROS DO CINEMA

EM CIMA DE UM POÇO. O PRETINHO ESTAFINGINDO QUE E' UMA ESTATUA

CINCO PEQUENOS QUE SÃO BEM CONHECIDOSNO MUNDO DO.CINEMA

24 — Abril — 192!) _29— O TICO-TICO

NARRATIVAS ESCOTEIRAS ~ UM SALVAMENTONesta tarde, deu-se uni facto in-

teressahte, deveras emocionante,iamos todos, eu e vários escoteiros

para a sede, quando notamos o"boitlevard" cheio de gente. Um

popular gritou:Um afógamento! Pobre

creança!Approximamo-nos a muito eus-

to e procuramos saber do que setratava.

Ouvimos murmurar:Pobre Jamelino!

Por cima de todas as cabeças,via-se o automóvel da AssistênciaPublica que se approximava, busi-nando; e os guardas civis de "ca-

ce-tête" em punho, procuravamafastar a multidão que cada vezmais se condensava. De dentro doauto, sahiu um senhor alto, gordo:era o medico. Dois homens empu-nuavam a padiola e dirigiam-separa a beira do cáes.

— O que foi que houve? pergun-tei a um guarda civil.

—¦ Uma creança que cahiu naágua, respondeu-me. E narrou-nos o suecedido.

Duas creanças brincavam na

beira do cáes; de repente, uma dei-

Ias cahiu na água e desappareccu.Immediatamente, a outra Começoua gritar, afflicta.

Populares approximaram-se c

começaram a acalentar o menino

que chorava: ninguém se atreviasalvar o naufrago que se debatiana água, tentando lutar contra a

correnteza. De repente, um esco-

teiro. que saltando do bonde na oc-

casiao. depois de informado, (W<-

calçou-se e despiu a farda e atirou-

se sem dizer palavra. E salvou a

creança que se banhava involuuta-

«mente no Guajará. Porém, ella

bebeu muita água e está como

morta. Nesta oceasião uma mulher

do povo. abre caminho entre a mui-

tidão para se approximar do afo-

gado. Era a mãe da creança, quese ajoelha próximo ao entesinho,deitado agora na padiola.

— Meu filho, meu querido Ja-melino!

Vimos então o medico consolara pobre mãe, intcrnal-a no autojuntamente com ó filho. A "phi-

lomena", como é conhecido o autoda Assistência — businou; o povoahriu alas, ella passou.

Vários reporters procuraram seinformar do nome do salvador e

O I.EXCO ESCOTEIRO E SUASAPrílCAÇõES PRATICAS

O lenço escoteiro não é destinadosomente a compor o uniforme dos es-coteiros, tem mil e uma applicações

1/ \ I 0F^\

pratica e dentre ellas não é de depresar_. de servir como atadura pura os pri-meiros soecorroa aos feridos.

Assim a gravura annexa ensina comoompregal-o para: 1 — armar uma ti-lloa; 2 — Como fazer um capacete des-tinado a proteger a cabeça; 3 — Mo-noculo; 4 —¦ Manopla; 5 — Joelheira;6 e 7 — Eslribo.

ninguém soube informar. Sabiamalguns que o salvador era escotei-ro. Vendo-nos um repórter scap-

proximou e interrogou-nos:— Conhecem o escoteiro que

salvou aquella creança?

•— Não senhor; clieg ardedc mais para reçouhecel-o, entre-tanto, se nos descreverem os si-

gnaes característicos, poderem ainformar qualquer cousa.

Um dos populares informtem assim o seu tamanho, é louro,corado, olhos aztics, gordo. Tinhaum circulo no chapéu e um nunro, não sei bem qual era.

Meu irmão disse: talvez seja oAllemão, quem sabe?

O Allemão- é menor: creioser o Pedro, o irmão mais velho, esó pôde ser elle. O repórter tomo;,nota.

— Na sede poderão intormarcom mais precisão, disse eu.

O povo tinha descongestionad.' ctransito como por encanto. Alguns

populares é que nos cercavamainda.

Dirigimo-nos ao ponto dos bon-des.

Tomamos o Circular .

Quando chegamos á sede, o che-fe. depois dos cumprimentos do es-tvlo e de lhe apresentarmos o re-

porter, mostrou-nos o salvador.Era o Pedrinho. Estava en vergo-nhado. Parecia que tinha commct-tido uma má acção.

Corado, a cabeça baixa, não ;edignava olhar-nos.

Toda a tropa estava satisfeitacom os acontecimentos. Este fa-cto reflectia em todos como se nóstivéssemos feito o que Pedrinho fi-zera.

Dirigimo-nos ao nosso heróe eabraçàmol-o, admirados pela gene-rosidade do-camarada. Depois dasinformações prestadas, o repórterretirou-se e o chefe, continuou adesempenhar o programma, fican-do marcado o próximo domingopara as demonstrações de regosijoao feito de Pedrinho.

AS-IRAXT_.

O TICO-TICO — 30 — 24 Abril — 1929

RESULTADO DO CONCURSO N. 3321

Foi um suecesso o presente concurso,pois de todas as soluções recebidas nemuma só deixou de indicar os logares ondeestavam escondidas as duas gallinhas.

Solttcionistas: — Albertina da CostaOliveira, Paulo Emilio Souto, RaymundoNonato Dutra de Araújo, Jorge Roldão,Nicia Alba Rezende, Maria de LourdesPadua, Ivo Rodrigues, Deusdet Medrado,Angelina Fenaresi, Leio Fenili, FranciscoCaetano, Salomão Ramos Soares, Maria¦Apparecida B. Santos, Viriato Reis, Ma-ria de Lourdes Pessoa, Cléa Barbosa,Hermes de C. Michel, Stella Paumes, At-tilio Falieri, Helder Serra, Amilcar Au-gusto Pereira de Castro, Affonso Caruso,Bernardo Kauffmann, Ulysses Lima deSouza, Vivaldo Nelson de Oliveira, RitaMartins Ferreira, Eduardo de Alvarenga,Isaac Soares, Maria do Carmo Barbosa,Newton Theophilo Gonçalves, ManoelFerreira, Almil da Silva Portugal, MariaArlette Martins, Cid Ognebene, OthonGuimarães Ruy de Abreu Coutinho/ LedaPagani Felicio dos Santos, Walter Freire,Francisco Pereira, Sydney Camargo, Nel-son Pedreira Fontoura, Maria Moura Soa-res, Heloisa Souto Lyra, Waldemar Pe-reira de Vasconcellos, Carlos RodriguesPereira, Luiz Honorio Leite Cintra, YreneN. Rebello, Jacy de Mello Moreira, Be-lhiss de Cavalheiro, Américo Peçanha Fi-lho, Carlos Alberto de Moura Pereira,Maria da Gloria de Moura Pereira, DylaRobertson, Helena Mendonça e Silva,Yedda Regai Possolo, Pedro de VinarlaVeado Filho, Jenny Almeida, Jacy Fer-nandes da Nova, Joaquim Pontes de Oli-

veira, Maria Salambô Gomes Maia, Niloda Silva Pessoa, Ataliba Cabral Neves,Vera Salviano, Carlos Emilio Schlang,Thomaz César Pinheiro, Angélica Árias,Carlos Alberto Scaldaferrí, Yara de Men-donça, Oren Mendes, Nicia Guimarães daSilva, Gasitão Ferreira, Isaura Alves Ro-sa, João Constantino, Iracema de ,SouzaBertha Jordelina de Sant'Anna, ManoelJoaquim Monteiro, Elvira Diegucs, Ru-bens Lamaneres, Lecyr Leal, CarlosEduardo de Almeida Santos, Osman deJesus, José Paride Ferrari, Jorge Francis-co Nunes, Paulo S. Pires, Yolanda M.Pessoa, Ney Lopese, Natercia Gonçalves,Maria de Lourdes Gomes, Waltrand Ha-ren Hluberg, Luiza Crespo Tavares, IlzaRossi, Maria José dos Santos, CarlindoArcosa, José Vasconcellos da Silva JoséNunes Netto, Plinio Almeida Prado, Al-cino Bertoldi, Dalva Stella de Oliveira,José Geraldo Bcllini, Mario Câma.-go, Al-¦variim José dos Santos, José AmazonasFilho, Luiza Brasil, Ruth Gomes, OctavioGalvão, Aida Olympio Francisco, Jorge deBarros Barreto, Helena Parigot de Souza,

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24 Abril — 1929 31 — O TICO-TICO

Walter de Andrade, Maria Stella Bar-bosa, Carlos Eduardo dc Almeida Santos,José Diogo Sarmento, Thomé Ignacio deAndrade Botelho, Pedro Quartim de Al-buquerque, Clovis José Lage, Odette Soa-res de Souza, Rosenvald de Oliveira,Amado da Silva, Carmen Palma, CleliaSabarense, Nelson de Oliveira Xavier,Marcellina Tavares, Maria da Gloria eSilva, Álvaro de Souza Arêas, AugeloMolfi, José da Silva Martgualde, ElzaMarassi, Waldemar Ludwig, Vera Wer-rteck, João Felippe Griesbach, AugustoBohm Vieira, Célia Bolim Vieira, WilsonVeado, Nilo Ramos, Oswaldo Athayde daSilva, Hélio Mello Malheiros, Lino Sam-ca, Maria Isaura Pereira de Queiro,z, JoãoRusso, José Maria Lopes, Paulo CésarRibeiro Nunes, Vioietta Würmli, SedaBastos de Moraes, Geraldo W. Almeida,Beatriz Andrés-, Adelia Morales, EpitacioAlexandre das Neves, Waldyr Lopes deSouza, Romeu Mendes, Helia Vai deSouza, Maria José Salgueiro Sá, NenetteMartins, Ney Villardo, Raul da Cruz eSilva, Helena Marina Penteado de Rezen-de, Stella Leme Galvão, Hugo Laercio deBarros, Yolanda Rodrigues, Waldyr Le-imos Machado, Mario Pires, Joffre Ruyde Assis, Maria Heloísa Cabral de Mello,Carlos Gitahy de Alencastro, Heloísa Pai-mer, Stella Galvão, Jair Ferreira, RubemDias Leal, Maria das Victorias de SouztiFerreira, Darvino Ramos de Alvarenga,Paulo Borges, Amélia Wilches, Jayme d«jMoura Bastos, Paulo Benlier, NewtonLuiz, Francisco M. D. Filho, Ernani de

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Oliveira, Flavio Pereira, Ruth Boa, Ser-gio da Gama Faulhaber, Myara Aragão,Geraldo Graça, Luiz Felippe, JoséVasconcellos Duarte, Clotilde Fer.-eiraSoares, Dirceu Martins, Jorge de SouzaLopes, Ida Burdmam.

Foi q seguinte o resultado final do con-curso:

i° Prêmio:

NELSON PEDREIRA FONTOURA

de 13 annos de idade e residente á ruados Cubertos Grandes n. 8, 2o andar, naBahia.

->o Prêmio:

. ATALIBA CABRAL NEVES

de íi annos de idade e residente á ruaMarechal Guilherme, s'n, em Florianópolis.Estado de Santa Catharina.

__-__nP _ ____

O menino Sylvio

O qr.e nos escreve seu pap.-.e:

Cia. Nestlé — Rua da Misericórdia, i>r- Rio de Janeiro.

Presados senhoresTendo a opporíunidade e o prazer de

escrever a VV. SS. julgo de meu deverdizer que sempre usei com o melhor resul-tado a Farinha Láctea Nestlé, na alimen-tação de meu filhinho Sylvio que conta aannos de idade e já pesa 15 kilos.

Assignado: Serafim MartinczLadeira do Senado, 43

A's mães, cujos bebês não progridem.recommcndamos que se dirijam á Compa-nhia Nestlé, Rua da Misericórdia, 12, Rio,afim de receberem gratuitamente urasamostra da Farinha Láctea Nestlé. umlindo Álbum mostrando algumas das in-numeras crianças brasileiras alimentadascom a Farinha Láctea Nestlé e um inte-ressantissimo livro sobre os " Deveres dasmães", assim como um brinde para o pe-quemicho.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3324

Respostas certas:

1* — Mamão — Mao.2* — Crato — Cravo.3a — Lima.4° — Dó.5a 1— Amélia — AmaliaV

Solucionisías: — Aríete da SilveiraDuarte, Albertino Lopes, Yolanda UchôaCanta. Alberto Uchôa Canta, Antônio Nu-nes Pinto, Ancyra M. Cosita, Gilberto S.Pereira, Heloísa da Fonseca Rodrigues

CARNE VEGETALSabor agradável alimenta mais que oleite e se digere mais facilmente que

aquelle

ALIMENTOCOMPLETO A BASE

DE CEREAES

O TICO-TICO 32 - _•_ Abril -. 1Ü2Í)

Lopes, Newton Diniz, Ayrton Sá dos San-tos, Dina Maria das Neves, OswaldoAthayde Silva, Antonio Rufino, EditliBarreto, Maria dc Lourdes Padua, Can-dido Mercante de Carvalho-, Eólo Capibe-ribe, Amélia G_spar de Almeida, EdmirVasconcellos Teixeira, Ecçíesia de AssisNogueira, Gustavo. Ludolf Ribeiro, Ca-tharina Mandorino, Waldemar Ludwig,Rubens Muniz de Oüveira, Ncusa de Men-donça, José Alves Linhares, Paulo Villa-rinho,' José da Silva Mangualde, CassiauoBiègues, Yedda Regai Possolo Stella Gal-vão da Fontoura, Neu.a Ribeiro Vial, Dy-Ia Robertson, Gil Váz, Horacio Braun deFreitas, Wandy Fraga Coelho, Pedrina deCarvalho, Alberto Butisskri, Maria Esrae-ralda de Oliveira, Dulce Marassi, RubemDias Leal Coutinho, Lcduvard Fonseca deCamargo, Sérgio Monteiro da Rocha,Cláudio Monteiro da Rocha, Vicente Pe-lúcio Netto, Moacyr Vaz de Andrade, Na-tercia Gonçalves, Conceição de OliveiraBastos, Nclza Mendes, Milton Cynaco,Wilson Carneiro Vidigal, Helder Serra,Willy Meyer, Irahy Almeida de Oliveira,Attilio Fallieri, Isaac Beyer, Lauro Mui-ler, Oswaldo, Ferraro de Carvalho, JoséVasconcellos da Silva, José P. Paradede,Joffre Ruy de Assis, Ranulpho Nobre,Vencttc Martins, Jacy Vieira de Miranda,Flora Leite, Egas Polônio, Jorge de Bar-ros Barreto, Armando Tavares Filho, La-dice Almeida, Helena de Mendonça e Sil-va, Mercedes O. C. Carmo.

Foi premiada a concurrente:

MERCEDES O. C. CARMO

de 9 annos de idade e moradora á ruaPrudente de Moraes n. 391, nesta Ca-nital. ,

CONCURSO N. 3.335

Tara 05 ___r__SS desta ca.itai, _ cos Estados

O concurso de hoje exige de vocês ape-nas tím pouco de attenção. E' o seguinte:o homem que vocês vêem no desenho jun-to perdeu a cabeça Vocês vão dizer ondeestá a cabeça do homem.

CONCURSO JM . 3-334

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico devidamente assigna-das, .separadas das dc outros quaesquerconcursos e acompanhadas não só da de-rlaração de idade e residência do concur-rente como tambem do vale que vae pu-blicado a íeguir e tem o n 3.335.

Para este concurso, que será encerrado

no dfa 29 de Mato vindouro, daremos comiprêmios, de Io e 2" logares, por sortCidois livros illustrados para a infância.

VALE1>/*I>X__ ocourcuRio

j£ 3.335

Para os leitores desta capitai, e dosEstados .roximos

Perguntas:i* — Qual o estreito da Europa que

t-in nome de homem?(5 syllabas).

Dirceu M. Cordilha)

2a — Qual a cidade de Minas Geraesque é planta?

(4 syllabas).Do mesmo

3* — Qual a ílôr que com a inicial tro-cada é sabor amargo?

(2 syllabas).Ayrton S. 3ant.s

4" — Qual o crustáceo que affirma auea nota musical estimai

(3 syllabas) „Odette Santos

5* — Qual o offieio religioso que lido ásavessas é advérbio?

(2 syllabas).Oscar Mendes

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico devidamente assigna-das e acompanhadas do vale n. 3 334.

Para este concurso, que será encerrado11b dia 28 de Maio vindouro, daremos comoprcmio, por sorte, entre as soluções certas,um rico livro de leituras infantis.

CONCURSO

n% 3.334

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conduz ajuizadamente; lê bons livros; põe em praticao que de bom, aprende, e aspira a ser um cidadão util,a si. a sua Familia e a sua Pátria, quando se fizer ho-mem.

2o __ Tjm menino de bons costumes, emfim, e o

que não mente, não furta, não engana, não proferepalavras descortezes, não briga, não se habittm a be-

bidas, e se revela sempre delicado na conversação e notrato.

3» _ Um menino intelligente é o que por si re-solve as cousas e faz oireidos de mercador aos vadios,evitando os males em que caem os viciosos. _

4» __ O negociante o quer para seu caixeiro, seja

para vender, seja para escripturar-lhe os livros, pois,está certo de que não será capaz de abusar da sua con-fiança, desviando dinheiro, ou escrevendo falsidades.;

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Chiquinho e Bcnjamín foram ao fundo da chac-faf""! .Vaquinha de leite, _ Victoria. A vacca investiu» Or. garotos, por segurança.' foram buscarapanhai mangas e Jagunço os acompanhou. De repenteJagunço poz-se a latir vpara uma.

para dar uma chifrada no cão e este saltOu-Ihe paraa cabeça ficando entre os chifres

laço e Jagunço aproveitando-se da posição agarrou-a orelha da Victoria.

¦¦-¦ ¦ — ¦ ¦¦-.-¦-1 -¦, —— i— ,n. —i —¦ __¦¦ i .-^—¦_. ¦¦¦ -~.«

""* 'chir.ui-ihc viir.i.i o !|ço zo° chifres ,da vaquinha E assim foi arrastada, para um esteio onde foi | ...leite. Custou uma bôa sova aos dois garotosj

que presa' pela orelha nos dentes de Jagunço, nâo amarrada. A pobresinha vencida deixou-se ordenhar e I quando íoram, a tarde, ordenhar a Victoria e acharam-jvtfe...pidc-^$4&r_rZ--^ - rr-r^^os garotos fartaram-se de tomar... _,. «Jrft'* sem ldte. }