À flor da pele

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anorama P SHOW Porto Alegre, quinta-feira, 15 de março de 2012 - Nº 162 Mariana Amaro, especial JC Q uente. É assim que Roberta Sá define a turnê de lançamento de seu quinto álbum, Segunda pele, que chega a Porto Alegre nesta sexta-feira. Madura, a artista vai da bossa nova ao samba no palco, misturando can- ções do último disco aos sucessos de sua carreira. O show acontece às 21h, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80). Consagrada como a melhor cantora de MPB no último Prêmio da Músi- ca Brasileira, Roberta começa o ano apresentando aos cinco cantos do País o seu último coquetel musical. Reconhecida por crítica e público, a turnê reflete a experiência adqui- rida pela intérprete após passar por vários shows, formatos e discos desde o lançamento de Braseiros em 2005 (seu primeiro projeto, feito como uma declaração de amor à música popular brasileira). Sete anos depois, a artista encontrou o seu próprio tom e diz que finalmente conseguiu reunir os ele- mentos que buscava desde o início da carreira. Nascida em Natal, Roberta entrou em contato com seu talento aos 16 anos, em aulas de canto. Após breve participação pelo programa de tele- visão Fama, inspirado nos shows de calouros americanos, a então estudan- te de Jornalismo resolveu apostar de vez na voz que hoje coleciona prêmios e indicações em competições musicais como o Grammy. Gravado entre julho e novembro de 2011, Segunda pele reúne uma diversificação de timbres e texturas das orquestrações, uma mistura de várias vertentes da MPB, que soam muito bem juntas. “A mistura funcio- nou porque é de verdade. Não forçou nenhuma barra, a dificuldade da música existe quando se força a barra dos encontros, e eu não vou dizer que isso nunca aconteceu comigo, mas no caso deste último CD as pessoas com que trabalhei vivem a música de uma maneira parecida com a que eu vivo”, explica a cantora, que completa: “Foi um encontro de amigos, sabe?”. Con- tente, explica a facilidade em levar o último disco ao público: “O show chegou muito mais quente, porque era muito mais fácil fazer aquilo, é mais gostoso, mais tranquilo. Acho que a evolução da minha carreira se tra- duz em tranquilidade. E isso é muito bom”, comemora. Acostumada a realizar parcerias com grandes nomes nacionais, ela afirma que buscou neste trabalho expressar uma musicalidade mais plu- ral, assim como o próprio Brasil. Nele encontram lugar tanto os arranjos de sopro de Mario Adnet (produtor de dis- cos antológicos de Moacyr Franco), os toques de gafieira da Orquestra Criolo de Humberto Araújo, como as levadas de bossa nova do pianista Daniel Jo- bim, que devido ao seu avô Tom Jobim é definido pela cantora como “um neto da bossa nova”. Surpresa com a grande quantidade de ingressos vendidos para o espetácu- lo de sexta-feira, a cantora acha muito gostoso estar na Capital e brinca sobre a sua relação com os fãs gaúchos: “É um público que eu venho conquis- tando, a gente vem se conquistando. Acho que tem um pouco desta história de flerte, muito presente neste disco, com Porto Alegre”, ri. “O Rio Grande do Sul tem uma história muito forte com a música popular brasileira. É um estado que você chega e encontra uma cena própria, então é muito legal vir de fora e encontrar pessoas ansio- sas pra ouvir minhas músicas”, diz, ansiosa para retribuir o carinho dos espectadores no palco. A turnê já passou por Salvador, Natal, Recife e Rio e está “bem azeita- e está “bem azeita- da”. Feliz com os arranjos e resultados no palco, a artista parece estar se divertindo como nunca. Nem mesmo o nervosismo de tocar pela primeira vez com uma banda tão grande - composta por um violão de 7 cordas, teclado, baixo, percussão, flauta, saxofone, bateria, trompete - atrapalha sua empolgação com o show. “É quente, tá quente”, avisa Roberta aos seus fãs. Os ingressos para a apresentação de amanhã, disponíveis nos valores de R$ 40,00, R$ 50,00 e R$ 60,00, estão à venda na bilheteria do Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), nas lojas Renner dos shoppings Iguatemi (João Wallig, 1800) e Praia de Belas (Praia de Belas, 1.181) e pelo site www.ingressorapido.com.br. À flor da pele Com boa música, Roberta Sá flerta com seu público MAURICIO SANTANA/DIVULGAÇÃO/JC

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Entrevista com a cantora Roberta Sá publicada no Caderno Panorama do Jornal do Comércio - Porto Alegre.

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Page 1: À flor da pele

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Porto Alegre, quinta-feira, 15 de março de 2012 - Nº 162

Mariana Amaro, especial JC

Quente. É assim que Roberta Sá define a turnê de lançamento de

seu quinto álbum, Segunda pele, que chega a Porto Alegre nesta sexta-feira. Madura, a artista vai da bossa nova ao samba no palco, misturando can-ções do último disco aos sucessos de sua carreira. O show acontece às 21h, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80).

Consagrada como a melhor cantora de MPB no último Prêmio da Músi-ca Brasileira, Roberta começa o ano apresentando aos cinco cantos do País o seu último coquetel musical.

Reconhecida por crítica e público, a turnê reflete a experiência adqui-rida pela intérprete após passar por vários shows, formatos e discos desde o lançamento de Braseiros em 2005 (seu primeiro projeto, feito como uma declaração de amor à música popular brasileira). Sete anos depois, a artista encontrou o seu próprio tom e diz que finalmente conseguiu reunir os ele-mentos que buscava desde o início da carreira.

Nascida em Natal, Roberta entrou em contato com seu talento aos 16 anos, em aulas de canto. Após breve participação pelo programa de tele-visão Fama, inspirado nos shows de calouros americanos, a então estudan-te de Jornalismo resolveu apostar de vez na voz que hoje coleciona prêmios e indicações em competições musicais como o Grammy.

Gravado entre julho e novembro de 2011, Segunda pele reúne uma diversificação de timbres e texturas das orquestrações, uma mistura de várias vertentes da MPB, que soam muito bem juntas. “A mistura funcio-nou porque é de verdade. Não forçou nenhuma barra, a dificuldade da música existe quando se força a barra dos encontros, e eu não vou dizer que isso nunca aconteceu comigo, mas no caso deste último CD as pessoas com que trabalhei vivem a música de uma maneira parecida com a que eu vivo”, explica a cantora, que completa: “Foi um encontro de amigos, sabe?”. Con-tente, explica a facilidade em levar o último disco ao público: “O show chegou muito mais quente, porque era

muito mais fácil fazer aquilo, é mais gostoso, mais tranquilo. Acho que a evolução da minha carreira se tra-duz em tranquilidade. E isso é muito bom”, comemora.

Acostumada a realizar parcerias com grandes nomes nacionais, ela afirma que buscou neste trabalho expressar uma musicalidade mais plu-ral, assim como o próprio Brasil. Nele encontram lugar tanto os arranjos de sopro de Mario Adnet (produtor de dis-cos antológicos de Moacyr Franco), os toques de gafieira da Orquestra Criolo de Humberto Araújo, como as levadas de bossa nova do pianista Daniel Jo-bim, que devido ao seu avô Tom Jobim é definido pela cantora como “um neto da bossa nova”.

Surpresa com a grande quantidade de ingressos vendidos para o espetácu-lo de sexta-feira, a cantora acha muito gostoso estar na Capital e brinca sobre a sua relação com os fãs gaúchos: “É um público que eu venho conquis-tando, a gente vem se conquistando. Acho que tem um pouco desta história de flerte, muito presente neste disco, com Porto Alegre”, ri. “O Rio Grande

do Sul tem uma história muito forte com a música popular brasileira. É um estado que você chega e encontra uma cena própria, então é muito legal vir de fora e encontrar pessoas ansio-sas pra ouvir minhas músicas”, diz, ansiosa para retribuir o carinho dos espectadores no palco.

A turnê já passou por Salvador, Natal, Recife e Rio e está “bem azeita- e está “bem azeita-da”. Feliz com os arranjos e resultados no palco, a artista parece estar se divertindo como nunca. Nem mesmo o nervosismo de tocar pela primeira vez com uma banda tão grande - composta por um violão de 7 cordas, teclado, baixo, percussão, flauta, saxofone, bateria, trompete - atrapalha sua empolgação com o show. “É quente, tá quente”, avisa Roberta aos seus fãs.

Os ingressos para a apresentação de amanhã, disponíveis nos valores de R$ 40,00, R$ 50,00 e R$ 60,00, estão à venda na bilheteria do Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), nas lojas Renner dos shoppings Iguatemi (João Wallig, 1800) e Praia de Belas (Praia de Belas, 1.181) e pelo site www.ingressorapido.com.br.

À flor da pele

Com boa música, Roberta Sá flerta com seu público

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