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A ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO: CONHECER A “VONTADE DO UNIVERSO” Revmo. Watanabe, Katsuite Observando o mundo atual, somos obrigados a descrevê- lo como um mundo repleto de maldade e falsidade. Vivemos a era do poder do dinheiro que vai ao fundo das fraquezas humanas. Graças ao desenvolvimento econômico e à propagação da educação, o homem se orgulha de uma prosperidade “superficial” e é dominado por uma infinita ambição que busca posição social, fama e dinheiro. Na tentativa de satisfazer suas ambições, infesta o mundo com mentiras e falsidades. Em todos os aspectos, até mesmo aquilo que parece ser verdadeiro, quando vamos verificar sua veracidade, concluímos que não passa de mais uma mentira, como tantas outras. Percebemos, então que a realidade é um aglomerado de “mentiras”. O indivíduo inteligente é um grande mentiroso e a pessoa séria – inábil em mentir – é enganada com mentiras. Nestas circunstâncias, o enganado planeja ‘dar o troco’ naquele que o enganou, também, usando mentiras. A questão não é a mentira insignificante, dita da ‘boca para fora’. Grandes mentiras circulam no mundo da política, economia e educação, além das existentes nos meios de comunicação de massa, relações públicas e anúncios da sociedade informatizada. A criança questiona se a culpa é dos pais e estes, por sua vez, se esquivam culpando à sociedade. Os doentes dependem dos médicos e, no fim, dizem que a responsabilidade é deles. Em outras palavras, é uma transferência de culpas e responsabilidades generalizadas, um verdadeiro abuso. A ruptela entre pais e filhos, a grande ocorrência de crimes, os comuns casos de suborno – tudo isso acontece porque vivemos num mundo em que a mentira e falsidade são permitidas. Pessoas que movimenta, grandes somas em dinheiro, disfarçando através de doações políticas, são capazes de se tornarem Primeiro Ministro de Estado. Obtém-se autoridade por meio do poder do dinheiro. Estabelecem-se ligações entre os gestores das empresas farmacêuticas que envolvem quantias fabulosas. Tudo movido pelo dinheiro.

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Page 1: A Essência Da Educação

A ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO: CONHECER A “VONTADE DO UNIVERSO”Revmo. Watanabe, Katsuite

Observando o mundo atual, somos obrigados a descrevê-lo como um mundo repleto de maldade e falsidade. Vivemos a era do poder do dinheiro que vai ao fundo das fraquezas humanas. Graças ao desenvolvimento econômico e à propagação da educação, o homem se orgulha de uma prosperidade “superficial” e é dominado por uma infinita ambição que busca posição social, fama e dinheiro. Na tentativa de satisfazer suas ambições, infesta o mundo com mentiras e falsidades.

Em todos os aspectos, até mesmo aquilo que parece ser verdadeiro, quando vamos verificar sua veracidade, concluímos que não passa de mais uma mentira, como tantas outras. Percebemos, então que a realidade é um aglomerado de “mentiras”. O indivíduo inteligente é um grande mentiroso e a pessoa séria – inábil em mentir – é enganada com mentiras. Nestas circunstâncias, o enganado planeja ‘dar o troco’ naquele que o enganou, também, usando mentiras.

A questão não é a mentira insignificante, dita da ‘boca para fora’. Grandes mentiras circulam no mundo da política, economia e educação, além das existentes nos meios de comunicação de massa, relações públicas e anúncios da sociedade informatizada.

A criança questiona se a culpa é dos pais e estes, por sua vez, se esquivam culpando à sociedade. Os doentes dependem dos médicos e, no fim, dizem que a responsabilidade é deles. Em outras palavras, é uma transferência de culpas e responsabilidades generalizadas, um verdadeiro abuso. A ruptela entre pais e filhos, a grande ocorrência de crimes, os comuns casos de suborno – tudo isso acontece porque vivemos num mundo em que a mentira e falsidade são permitidas.

Pessoas que movimenta, grandes somas em dinheiro, disfarçando através de doações políticas, são capazes de se tornarem Primeiro Ministro de Estado. Obtém-se autoridade por meio do poder do dinheiro. Estabelecem-se ligações entre os gestores das empresas farmacêuticas que envolvem quantias fabulosas. Tudo movido pelo dinheiro.

A quantia destinada aos serviços sócio-hospitalares ocupa grande parte do orçamento nacional. No entanto, longe de representar um benefício para o povo, é utilizada pelas empresas e médicos. O povo mergulha num ‘poço de remédios e a Medicina – antes considerada como um ato de benevolência – fica entregue a técnicas calculistas que visam somente lucros, tornando-se, portanto, maligna. Os casos de julgamento envolvendo médicos que, atualmente, vem sendo motivo de alarde, são apenas a ponta de um “iceberg”.

Além dos efeitos colaterais causados pelo uso de medicamentos recém-lançados, sob o pretexto de eliminar a dor e o sofrimento do paciente, utiliza-se uma infinita quantidade de drogas e, em cirurgias, recorre-se aos narcóticos. Estes, além dos malefícios causados à saúde, são alvo de controle e fonte monetária para bandidos. O problema não é só o surgimento de drogados, mas a falta de preocupação quanto às sequelas causadas pelo o uso público de narcóticos em cirurgias. Mais do que o caso dos drogados, são mais temíveis as sequelas deixadas em inúmeros pacientes que introduzem tais drogas no organismo publicamente. O uso de narcóticos em grande quantidade nos tratamentos médicos é mais perigoso do que a comercialização ilegal destes pelos bandidos.

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Outro ponto ainda desconhecido por muitos é que medicamentos cujo uso é proibido (NT: no Japão) estão sendo exportados para países em desenvolvimento da África e oferecidos à população.

Houve uma época da minha adolescência até a fase adulta que sonhava em ganhar muito dinheiro. Fui bem sucedido nos negócios e ganhei bastante dinheiro. O aprendizado que tirei desta época é que dinheiro não é algo para se ganhar e sim para ser usado. A questão é de que forma usa-lo. Não podemos negar a existência do pensamento de que se usa o dinheiro para ganhá-lo mais ainda. Mas, conforme fui me aprofundando no mundo da fé, passei a achar que há formas de usar o dinheiro conforme a Vontade Divina que é a eterna prosperidade humana. No entanto, se não há concordância com a Vontade Divina, por mais que se diga que o dinheiro será usado pelo bem de um país, de uma sociedade ou de tais pessoas, ele acabará sendo usado para satisfazer alguma ambição imediata. À realidade atual nos mostra que as nações e as empresas em geral agem de maneira exatamente contrária à Vontade Divina.

Quando tentamos revelar a existência de Deus, é comum nos depararmos com oposições. Como se procura entende-lo através da “razão” inerente às ciências naturais, mesmo que o objeto de estudo seja a natureza, Deus permanece incompreendido. Até mesmo a vida e a morte são analisadas somente do ponto de vista materialista. Ainda não se compreende verdadeiramente que a Providência da Grande Natureza está nitidamente expressa em cada planta, árvore ou inseto e que Deus é a própria Providência da Natureza. Quando pensamos no que é a vida ou buscamos a causa invisível das questões vida/morte ou prosperidade/decadência, vamos nos conscientizando da existência de Deus, da Sua Vontade e daquilo que sempre me refiro como “vontade do universo”. Apesar disso, muitas pessoas se prendem somente ao que está diante dos seus olhos, permanecendo presas ao mundo material.

Se os pais em geral são assim, o que dizer dos filhos? Tanto os pais quanto os filhos não enxergam suas próprias deficiências e buscam compensar o que não têm, obtendo alguma outra coisa. Quando se sentem desesperados ou desiludidos, costumam culpar o mundo, transferindo as responsabilidades. Esta situação é realmente lamentável, mas nosso Mestre nos ensina que o Mundo da Era da Noite está paulatinamente clareando. Ele nos diz que iluminando as partes sombrias do sentimento humano, o Mundo da Noite se transformará em Mundo do Dia. O fato de muitos aspectos do mal terem sido desvelados é uma evidência disto. Portanto, a nossa missão como religiosos, não é ficar desesperado ou de braços cruzados, e sim cumprir a grandiosa tarefa de orientar a todos sobre a Vontade Divina, isto é, sobre a “vontade do universo”.

Pensando um pouco no futuro, no tocante à educação das crianças que viverão o mundo de amanhã, acho que é necessário fazer com que elas, desde pequenas, através de seu corpo, conheçam a “vontade do universo”. Creio que seja muito importante a questão de quando e onde fazer, com que elas tenham a consciência da vontade de universo que, jamais poderá ser compreendida por meio dos estudos, da razão ou de conhecimentos superficiais.

O ser humano nasce como filho de Deus. Desde pequeno, possui sentimento para compreender o Bem e o Mal. Não se pode esperar que a criança cresça para lhe ensinar que o Mal leva ao sofrimento e o Bem às coisas agradáveis. É preciso educá-la, desde pequena, a compreender a Vontade Divina. Interesso-me por educação infantil

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e, comparando a época em que era conselheiro do jardim de infância, há 20 anos atrás, e agora, após tantas experiências vividas e ouvidas, sou levado a refletir que, naturalmente, o desenvolvimento da criança varia bastante conforme a maneira de ser dos pais.

Por exemplo, há 20 anos atrás, certamente pelo menos 20% das crianças apresentavam bochechas rosadas. Porém, hoje em dia, quase não se vê crianças assim; são crianças superprotegidas que desconhecem as dificuldades. Embora tenha aumentado o nível de vida, certamente, houve uma considerável diminuição do contato das crianças com a natureza devido à urbanização, à mudança de moradia, etc. Outro ponto é o ambiente familiar. Não é preciso dizer que isto se deve ao aumento da 1família nuclear, na qual se tem somente um ou dois filhos. Isto demonstra que, para os pais, a criança se torna uma companhia que ele cria com superproteção. Por outro lado, as crianças vão crescendo sem as brincadeiras e divergências comuns entre os irmãos. Não há lapidação mútua de seus conhecimentos e virtudes o que leva à falta de sociabilidade e perda do senso de autonomia causado pela superproteção e mimo. Em suma, os pais pensam que os filhos são propriedades sua, protegem-nos demais sem realmente pensar no seu futuro. Eles só conseguem enxergar as coisas que estão sob o seu nariz. Estes tipos de pais são descarados em afirmar: “Isto é pelo futuro do meu filho”. Contudo, sequer percebem que estão arruinando a individualidade de seus filhos.

Da mesma forma que existem as mães superprotetoras, também há pais desinteressados que deixam todo o crescimento e educação das crianças por conta das mães. Com relação aos desejos das crianças, os próprios pais se posicionam a partir da sua compreensão, correspondendo da forma mais fácil. Por exemplo, os pais oferecem-lhes brinquedos comprados prontos e, mais do que os filhos, os pais se sentem satisfeitos por isso. Desta maneira, não há como desenvolver a criatividade da criança.

A criatividade da criança influenciará enormemente o seu futuro. Se os pais, conscientes da importância da auto-criação, não cultivarem em seus filhos, desde pequenos, o espírito da criatividade, depois de crescidos por mais que desejem desenvolver este lado, não será fácil. A ambição humana é algo permitido por Deus, mas isto não significa que seja possível fazer qualquer coisa para satisfazê-la. Se a pessoa não constrói algo, confirmando por si mesma, como já disse antes, ela não se esforça e acaba se apossando de outras coisas. Concluindo, corrompe a si mesma. Citando o exemplo do brinquedo, se é comprado pronto, tolhe a criatividade, enquanto que um brinquedo feito em casa estimula a imaginação e a fantasia da criança, contribuindo para que ela desenvolva a criatividade para o amanhã. Outro ponto é que crianças sem criatividade, não se relacionam bem com os amigos e se tornam crianças solitárias. A superproteção dos pais prejudica a criatividade das crianças, leva-as à solidão e a perda da capacidade de lidar com a sociedade e com os indivíduos. Enfim, a superproteção forma pessoas incapazes e inúteis.

Desde antigamente, existe a expressão: “o leão empurra o filhote no vale”. O sentido desta expressão popular é que, por amor e desejo de que o filho se fortaleça, o pai faz com que o filho se defronte com situações difíceis. Este é o verdadeiro e grande amor. O amor imediatista é superprotetor, sendo até inconveniente chamá-lo de amor. Trata-se de um falso amor.

1 Família constituída somente por pais e filhos

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Conforme o ditado ‘querer é poder’, gostaria que, desde cedo, cultivassem o sendo de autonomia nas crianças, isto é, autoconfiança de que ela é capaz de que ela própria fez algo e que, senão fosse ela, não teria conseguido faze-lo. Realmente, autoconfiança e senso de autonomia se alcançam a partir da criatividade.

Sempre que tenho oportunidade procuro alertar os pais que têm filhos pequenos sobre este ponto, advertindo também as mães superprotetoras. Como atividades infantis, aconselho-os a utilizar, ao máximo, o tempo para que as crianças se divirtam de forma natural e a realizar variados trabalhos manuais e brincadeiras com argila. Quando as crianças pegam em suas mãos, pequenos animais como peixes e passarinhos ou plantas e flores que estão à sua volta, começam a sentir, com seu próprio corpo, a grandiosidade dos seres vivos e o mistério da vida. Assim, sem se darem conta, as crianças irão conhecendo a “vontade do universo”, a providência da natureza, isto é, a Vontade de Deus. Creio que este seja o fundamento da educação infantil.

Além do período que a criança passa no jardim de infância, mesmo quando ela está com a família, ir aprofundando a relação da criança com a natureza, é desenvolver o sentimento do verdadeiro ser humano e o espírito religioso. Não é preciso exigir que a criança venere alguma divindade. Ao contrário, quanto mais se impõe o modelo de adoração à divindade, mais ocorre o afastamento do verdadeiro espírito religioso.

A propósito, com este tipo de educação básica, após três anos, quando a criança deixa o jardim de infância, observo claramente a diferença da época do seu ingresso e como ela vai se soltando. Porém, por mais que vá se tornando independente, ainda há muito caminho pela frente: ensino elementar, médio e superior. Após sair da universidade, há um longo percurso rumo à sociedade. Durante esta jornada, provas e exames são inevitáveis. Segundo a expressão “aquilo que a criança aprende até os três anos, dura até os cem anos”, não podemos deixar de desejar que a criança cresça sem que nada atrapalhe a formação do seu sentimento durante o jardim de infância. Além disso, o meu desejo é que os pais, mesmo que atrasados, se tornem capazes de captar a ‘vontade do universo’ juntamente com seus filhos.

Como já mencionei anteriormente, Deus concedeu-me um terreno cuja área é de 19.800m2 e uma casa (chamada Hachiman-Kaku) onde sempre há cerca de 10 jovens praticando a fé juntamente conosco.

Atendendo aos pedidos de alguns pais que dizem: “Não sei como fazer com meu filho estou em apuros. Por favor, permita-lhe que aprimore com o senhor na sua casa”. Venho revezando o recebimento destes jovens. O Hachiman-Kaku é como um jardim de infância, um local para a educação e aprimoramento de jovens.

São rapazes e moças sensíveis com cerca de vinte anos que, gradualmente, vão se tornando independentes. A respeito disso tenho outros registros, por isso sem me deter ao assunto, gostaria de chamar a atenção para o ponto comum destes jovens: o desinteresse pela natureza e a falta de proximidade com ela.

Felizmente a área do Hachiman-Kaku é extensa, com várias plantas e flores plantadas, pássaros e um lago com carpas. O jardim construído com muito amor é um local de bela natureza. Inicialmente, faço-os observar bem o jardim e peço que cuidem dele a sua maneira. Começo dizendo-lhes: “Independentemente de ter ou não experiência em cuidar de jardins, tente fazê-lo”. Por fim, incentivo-os dizendo: “Viu como você também consegue!”, ou elogiando-os. “Ficou um ótimo trabalho!”.

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Não me restrinjo apenas aos cuidados com o jardim, peço-lhes que façam de tudo. Às vezes, faço alguma amostra e mando-os repetir, elogiando-os no final. Se destacarmos suas falhas e os censurarmos, mais ainda os jovens se tornarão sombrios e perderão a autoconfiança. Se observarmos com atenção tudo o que eles fazem, passaremos a compreender seu modo de pensar e o rumo dos seus sentimentos. Portanto, falando-lhes coisas como “você tem tal ponto positivo”, “não dá para ver que sua mãe tem isso de bom?” Ou “sabe que você tem um pai maravilhoso?”, procuro fazer com que descubram o sentido de viver, a beleza e o bem presentes na esfera da expansão do sentimento familiar.

Os jovens que chegam ao Hachiman-kaku possuem diversos problemas e estão decepcionados com o ser humano. Em alguns meses, é possível ver o quanto eles mudam. Naturalmente, os pais e os próprios jovens passam a se esforçar em viver a vida baseada na fé em Deus.

Com este exemplo mesmo, podemos observar que os religiosos não podem ser precipitados, uma vez que eles conscientizam as pessoas sobre a existência de Deus. Não pe possível fazer com que o outro se conscientize e compreenda Deus invisível de uma só vez. É preciso que os cuidadosos esforços do orientador toquem o ponto fraco da pessoa.

É inútil dizer milhares de coisas às pessoas desiludidas sentimentalmente que são presas do materialismo e que desejam apenas desfrutar da aparente vida confortável alcançada através do crescimento econômico.

As coisas não se resolvem somente porque juntamos as mãos e reverenciamos a Deus, dizendo que isto é religião ou fé. Descobrir em tudo que nos cerca o sentido da vida, vivificando as pessoas e as coisas, é estar em conformidade com o Caminho de Deus. Para fazer com que os desiludidos descubram o sentido da vida é preciso despertá-los para o fato de que o ser humano possui dentro de si a iniciativa de vivificar as cosias.

Pensando bem, os jovens que ficam no Hachiman-kaku são felizardos. Ou melhor, no mínimo, todos aqueles que têm afinidade com o Caminho de Deus são felizardos. Isto porque têm a chance de conhecer a “vontade do universo”, isto é a Vontade Divina. Pessoas más como as que são notícias nos jornais e na televisão, infelizmente, estão distantes do Caminho. E mais, a maldade praticada pelas pessoas de educação média não é tão problemática. Quem pratica as maiores maldades, na sua maioria, são as pessoas que receberam educação superior. Esta realidade nos mostra a necessidade de se questionar, novamente, o significado da educação. A propósito, a maior maldade é a prepotência do dinheiro e da matéria que, sem ser vista como uma maldade em si permanece impune e inabalável.

Entretanto, Deus é a Grande Natureza não permitirá que isso continue para sempre. Acontecerão inimagináveis calamidades naturais para demonstrar isso. Doenças em animais e vegetais ligados à existência humana, bem como a sua extinção, e problemas ambientais que afligirão o homem são manifestações dessa realidade. Nós, que seguimos o Caminho Divino e estamos alerta quanto à Vontade do Universo, recebemos de Deus, por intermédio de Meishu-Sama, a força para purificar o “envenenado” ser humano. Nós temos a força para vivificar as coisas e as pessoas, Não tememos nenhum tipo de ambiente desfavorável. Acreditamos que a essência da educação humana está em conhecer a “vontade do universo”.

(02.05.1970 – diário)

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“Homem forte é aquele que,Esquecendo-se de si mesmo,Percorre o caminho correto”. (Meishu-Sama)

EDUCAÇÃO INFANTIL

Se observarmos as pessoas da atualidade, notamos que vários problemas em relacionamentos, posturas de vida, traumas, financeiros, etc. Isso acontece porque a origem desses sofrimentos encontra-se no seu passado.

Se observarmos a Lei de Causa e Efeito torna-se evidente a problemática da educação que receberam na infância.

Temos que entender que a base da personalidade das pessoas está na infância. Se formos verificar em que ambiente passou a infância ou de que influências recebeu, não podemos definir que basta ter ambiente satisfatório para crescer bem.

Ver. Katsuiti Watanabe diz: A chave que faz com que o ambiente se torne realmente propicio está com os pais, que educam e cuidam dos filhos. Dependendo da postura deles e da maneira como educam, todos os elementos apropriados à boa educação dos filhos talvez não consigam expandir a contento. Enfim não haverá nenhum, inconveniente em se afirmar que o melhor meio educacional são os próprios pais.

A responsabilidade de educar não está nos professores, avós, creche, baba e sim dos pais.

Meishu-Sama ensina que: “Se o pai é o tronco da arvore, o filho é o ramo; por conseguinte, tomar medidas para não deixar apodrecer o ramo, mas esquecer-se de cuidar do tronco, assemelha-se a colocar o carro na frente dos bois. A condição básica para solucionar o problema é ter plena consciência de que a causa do mau comportamento dos filhos está nos pais.”.

Precisamos saber que os filhos, não aprendem ou apreendem o que os pais falam e sim o que os pais fazem e procuram imitá-los.

Há um ditado que diz: “O que você é fala mais aos meus ouvidos que não consigo escutar o que você fala.”

É assim que os filhos se comportam.Meishu-Sama ensina que “Como todos sabem, os filhos apreendem com os pais

e procuram imita-los”. Por isso, quando os pais pensam no que não é correto ou praticam o que não é bom, por mais habilmente que o escondam, é certo que um dia os filhos ficarão sabendo, uma vez que moram sob o mesmo teto. Então é obvio que a criança pense assim: “Se nossos pais fazem isso, o que há de mal que nós façamos também?”

Meishu-Sama também ensina que: “A delinquência dos filhos se deve a delinquência dos pais”.

Se os pais põem os filhos no mundo, educando-os com base em seus caprichos, sem a consciência de que o seu sentimento influi em razão direta nos filhos, sem se importar como devem agir como seres humanos, isso aumenta o s males sociais.

Muitas vezes os pais trabalham fora e substitui a afeição por mil mordomias.

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Dar tudo que a matéria pode oferecer, mas o amor (aquele que educa) acaba faltando.

Esse amor que diz não, quando é para dizer, que pões de castigo, que até da algumas palmadas. Como não quer se expor. “AH! Quase não vejo e quando vejo chamo atenção”. É errado, a criança vai descobrir seu ponto fraco e faz chantagem.

Precisamos ter em mente um coisa, o que está no seu sentimento é que vai ser transmitido ao filho.

PONTOS A SEREM CONSIDERADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A- SUPERPROTEÇÃO:

Quando a família deseja ter somente um filho:

O filho único torna-se companhia para os pais que criam com super-proteção. Por outro lado, as crianças vão crescendo sem as brincadeiras e divergências comuns entre irmãos. Não há lapidação mútua de seus conhecimentos e virtudes, o que leva a falta de sociabilidade e perda do senso de autonomia causada pela super-proteção e mimo.

Ex: Brigas de irmão, brincadeiras juntos, etc.

Nas brigas quando tem mais irmãos os pais dizem: _ Vocês irão se resolver, eu quero que façam as pazes, vão conversar!Isso é treino de sociabilidade autonomia.

Quando é filho único, os pais tendem a proteger mais.Deixar que as crianças se divirtam de forma natural e a realizar trabalhos e

brincadeiras manuais com argila. Quando a criança pega em suas mãos pequenos animais como peixes, passarinhos ou plantas e flores que estão a sua volta, começam a sentir com seu próprio corpo, a grandiosidade dos seres vivos e o mistério da vida. Assim, sem se darem conta, as crianças irão conhecendo a vontade do universo e consequentemente tornam-se adultos que respeitam a natureza.

Ex. Plante um feijão e de a responsabilidade de a criança cuidar. Colocando céus, dando bom dia e sempre ensinando que é um ser vivo e tem sentimento.

B- AJUDAR OS FILHOS SEM NECESSIDADE:

Quando a criança cai e chora ficamos logo com pena e levantamos elas, não é verdade?

Nosso instinto é de proteger, mas se fizermos isso sempre, a criança sabe que sempre os pais vão acudi-la.

Filho que espera ser acudido pelos pais não só perde a iniciativa como se tornará um homem que sabe ser servido mas não aprenderá a servir os outros.

Cria homens fracos, que chega aos 30, 40 anos defendente dos pais. Ainda não cresceu.

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A verdadeira educação é aquela que é voltada para o próximo.Em casa estimule seu filho a servir, dá pequenas tarefas, elogie e agradeça.Cada elogio, mesmo quando erra, dá mais coragem e segurança para seus

filhos.Quando agradecemos a eles aprendem a agradecer também.

LEMBREM-SE: “ELES SÓ FAZEM O QUE FAZEMOS”

C- POSTURA DOS PAIS x COMPORTAMENTO DOS FILHOS

A postura dos pais perante a sociedade é muito importante para criação dos filhos. Todos sabemos que, o que leva pais e filhos pelo sentimento é o Elo Espiritual, toda a influência dos pais vão para os filhos por esse Elo. Por mais que os pais advirtam seus filhos a não fazer coisas erradas, se eles fizerem, com certeza os filhos irão fazer e ao contrário também.

Meishu-Sama ensina no ensinamento Elo Espiritual o seguinte:“... No caso de pais e filhos... A verdade que esses pais são boas pessoas por interesse...”.

Exemplo 1:Pecados que acreditamos não exercer influência.Falar mal dos outros / fazer fofoca / mentir / etc.

Exemplo2:

Caso o pai e a mãe serem excessivamente temperamentais ou racionais faltando espírito religioso, a criança também, tenderá a se inclinar conforme os pais.Mesmo estando na igreja se o sentimento for este, as crianças não sentirão vontade de ir. Por isso vemos jovens que vão à igreja por imposição paterna,

Exemplo 3: Filhos cujos pais sempre se lamuriam, passam a não acreditar nos outros,

ficam descrentes do mundo. As vezes passa até desacreditar dos seus próprios pais.

D- AMAMENTAÇÃO:

Mãe que amamenta, tem uma grande influência no caráter do filho:Se a Mãe que amamenta tiver lamúrias, insatisfações, agitar-se nas tristezas e

sofrimentos, deixar-se dominar pela ira ou tiver grande choque emocional, o leite dela se altera profundamente. Isto é, quando a mãe tem um desequilíbrio psicológico, a criança não pode evitar ter febre. O leite materno deixa de ser, nestes casos, algo puro.

Não é possível haver distorções no sentimento da criança. O sentimento desordenado da mãe passa através do leite materno para o corpo do filho e a febre é o meio mais eficaz para purificar.

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Enfim, conforme o procedimento dos pais, o nenê acaba tomando leite tóxico.Daí a importância do sentimento da mãe na amamentação.

E - RESPONSABILIDADE DO PAI

Existe uma diferença entre ausência da figura paterna e ausência dos direitos paternos.

Crianças problemáticas, e que não se mostram animadas em fazer o que lhe pedem, na grande maioria, pertencem a lares onde aos direitos paternos se fazem pouco atuantes.

Da mesma forma são crianças onde a opinião do avô ou da avó é mais forte.Fica fora da lei da ordem, essas crianças tendem a crescer sem respeitar esta

lei, ficando problemática, sem respeito à ordem. O pai, mesmo na ausência do dia-a-dia devido o trabalho precisa se fazer

presente pelo sentimento que o une ao filho.

Exemplo:

Se for trabalhar e o filho ainda está dormindo, mesmo fora do quarto dirija-se ao seu filho e diga: “Papai vai trabalhar, ta?” e quando voltar ele estiver dormindo diga de novo: “Papai já voltou, viu?”.

Só estas palavras bastam para compensar sua ausência, pois os sentimentos se comunicam.

Se a presença do pai não for possível, seus direitos não podem ser menosprezados.

Isso ocorre muito nas famílias onde a mãe menospreza a autoridade ou direitos do pai para os filhos. Acham que faz bem, mas na realidade está fazendo um grande mal para a criança que chega a adolescência revoltada.

Exemplo:

Casais que se separaram mais há harmonia e respeito entre os pais, os filhos são amorosos, aos contrário, são revoltados.

PURIFICAÇÕES NA INFÂNCIA

Sarampo Eliminação de sangue velho da mãe.

Tosse Longa Toxinas recebidas do corpo da mãe.

Crianças agitadas Tanto dormindo, quanto acordadas é natural e saudável.

Febre A criança sempre tem febre geralmente 1 grau a mais de temperatura que o adulto:

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Objetivo é eliminar as toxinas herdadas pela mãe durante a gravidez, a febre liquefaz as toxinas.

Crianças que batem muito com a cabeça È porque como ficam de cabeça para baixo as toxinas vão para a cabeça. O machucado na cabeça é purificação.

Outra eliminação de cabeça:

Remela(muita)Corrimentos Processos naturais de purificaçãoCorizaEczemas

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APRIMORAMENTO PARA UNIVERSITÁRIOS

Sede Central – 18 de março de 2001

Perguntas e Respostas com o Presidente Mundial Rev. Tetsuo Watanabe(texto na íntegra - sem revisão gramatical)

Locutor: Receberemos o Presidente da Comissão do 5º Congresso Internacional de Jovens, Rev. Francisco Jésus Fernandes para a saudação de abertura.

Rev. Francisco: Bom Dia! Os senhores estão passando bem?

Todos: Graças a Deus e a Meishu-Sama!

Rev. Francisco: Hoje é um dia histórico para todos nós, é um dia de realização de sonhos antigos, sonhos de 30, sonhos de 40 anos. Hoje, nós estamos abrindo mundialmente esse diálogo com os jovens, diálogo com os universitários, entre a direção mundial, a direção da Igreja do Brasil com todos vocês. Então, hoje é um dia em que colhemos opiniões, colhemos o desejo, o sentimento de todos os senhores e elaboramos 6 perguntas para fazermos ao Presidente Mundial para que ele possa nos orientar, para que ele possa mostrar o rumo, o destino de todos nós neste grande sonho de Meishu-Sama. Por isso antes de convocar o Presidente Mundial, eu gostaria de recitar uma poesia que me tocou fundo e que eu gostaria de dedicar a todos vocês:

Jovens Universitários,“Ë preciso passar por uma metamorfose lenta e segura, para voar como

borboleta madura. Olhar para trás e ver escrito no antigo casulo: Aqui jaz um inseto incerto, quase nulo. Ao olhar para frente, ler novamente: Aqui há uma libélula de Luz que faz jus ao Poder da Criação.”

Para promover essa transformação em todos nós, eu gostaria de convidar o eixo central da Obra Divina de Meishu-Sama nesta Terra o nosso querido Presidente Mundial Rev. Tetsuo Watanabe, por favor, nosso Presidente:

Presidente: Bom Dia! Vocês estão passando bem?

Todos: Graças a Deus e a Meishu-Sama!

Presidente: Puxa, aqui não é a África, não, Chiquinho?Lá na Angola foi que ouvi: “Graças a Deus e Meishu-Sama”.

Eu fiquei muito emocionado. Puxa vida, tanto tempo eu queria fazer esse encontro com vocês, desde 17 anos atrás, e hoje, no século XXI, realmente, é uma nova etapa da Difusão Mundial da Obra Messiânica no Mundo, e que permitiu nosso encontro. Muito Obrigado.

Chegando aqui, meus Coordenadores de Jovens, que são amigos da onça, como o Rev. Francisco e o Min. Medeiros, falaram para mim: “Rev. amanhã o Sr. vai de camisa

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esporte, nós ficamos de gravata e terno.” E quando cheguei, todos estavam vestidos com a camisa do Johrei, eu me senti, um pouco fora.

Locutor: Presidente, por isso não, gostaríamos de ofertar ao Sr. também, uma camiseta do Johrei.

Presidente: Ainda não comprei, viu!

Locutor: Vocês querem que o Presidente vista a camisa? Então vamos criar esse movimento, Presidente, por favor. Veste, veste...

(o Presidente sai, veste a camisa do Johrei e volta ao Altar)

Presidente: Obrigado. Na verdade, quando entrei aqui, vocês todos estavam vestidos, os Reverendos todos estavam vestidos, então eu falei para o Min. Rubens: “Ué, eu também quero!”, ele disse “Não tem”. Tava programado assim.

Hoje não era pergunta e resposta?

Locutor: Sim, senhor.

Pergunta: Como o Sr. conseguiu aumentar o seu carisma para conquistar e atingir todas as classes sociais e profissionais. E qual deve ser o nosso pensamento, e como devem ser as nossas ações nesse sentido?

Presidente: Antes, Min. que estão usando gravata e terno, podem tirar, está quente, não está? Podem tirar, por favor. Sobre o carisma que se fala, acho que o Mundo inteiro usa essa palavra “carisma”. Vocês sabem o que é carisma? Não sabem? Se não disserem “sim” eu vou achar que não sabem.

Todos: Sim!

Presidente: Obrigado.Existem vários tipos de carisma, agora no Japão se usa carisma em qualquer

palavra: carisma de artista, carisma de pedreiro, carisma de não sei o que. Mas quando se usa carisma, homem carismático, tem aqui no Brasil, como Roberto Carlos, ele não é carismático? Longos, tantos anos. E, também, Ayrton Senna, ele não é carismático? Mesmo não falando nada, só ficava dirigindo, tornou-se grande carismático. E também, o jogador Pelé, ele não é carismático? Como os jogadores, Rev. Francisco, Rev. Rogério, eles não são carismáticos? Para puxar um pouquinho...

Mas todos aqueles homens carismáticos, geralmente tem seu sonho e tem seu objetivo claro, e com determinação e amando sua profissão, o que quer que seja realizado, e fazendo um grande esforço, mais do que qualquer um, chega a um ponto de carisma que pode atrair, influenciar muitas pessoas, tanto no campo religioso também, grandes religiosos são carismáticos.

Vocês acham que eu tenho carisma?

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Todos: Sim!

Presidente: Ah, é? Então sou carismático. Vocês que resolveram, decidiram. Vocês também querem ser carismáticos?

Todos: Sim!

Presidente: Para tornar-se carismáticos como eu é muito fácil. Todos vocês que estão aqui, conseguem chegar aonde cheguei, basta ter um Sônnen grande, constante e procurar fazer o máximo possível para a felicidade de alguém, qualquer um consegue se tornar, eu acho isso.

Um homem carismático, para mim, quando era jovem, era o meu pai, meu pai era meu carisma. Meishu-Sama não era meu carisma, Meishu-Sama era Deus para mim. Para responder a essa pergunta, eu preciso contar um pouco da minha vida.

Hoje eu sou o Presidente da Igreja, mas quando era pequeno, não queria nem saber, e até quinze anos, eu chorava todo santo dia, manhã, tarde e noite, porque tinha meu irmão que era dois anos mais velho que eu, e ele sempre me batia, ele falava:

-“Ei, vem cá, Tetsuo vamos jogar xadrez (xadrez japonês).” – eu era forte no xadrez.

Se eu ganhasse (mas não podia ganhar, né), ele falava:-“Onde é que você pegou isso?”-“Eu não sei.”-“Você é mentiroso, fez marmelada.”- e ele me batia, e às dez horas da noite

ele me perguntava:-“Olha Tetsuo, você não está com fome não?” – e eu sabia que quando

perguntava isso eu tinha que ir comprar alguma coisa lá fora, aí respondia:-“Não, minha barriga está cheia.” – aí ele me batia. Até cheguei a falar ao meu

pai e a minha mãe:-“Puxa, meu irmão sempre me bate, será que o Sr. não poderia falar para ele

não me bater mais?”.-“Não, você é que é ruim. Se não quer apanhar fica afastado dele, como você

fica pertinho, por isso você apanha.”- mas eu vivia dentro do mesmo quarto, como é que eu ia afastar, preciso sair fora da casa para dormir?

Mas hoje, penso e agradeço a meu irmão, como apanhei muito dele, ele me fortaleceu.

Quando eu tinha 7 anos eu recebi meu Ohikari. Quando tinha 9 anos minha mãe faleceu, ela teve meu irmãozinho caçula, e nessa ocasião, ela tinha uma doença que fechava a placenta, e naquela época era fatal, e meu pai mandou telegrama para Meishu-Sama, pedido de graça, ele mandou mas ela acabou falecendo. Papai cuidava limpando o corpo e cobrindo com lençol branco no rosto, e cruzando a mão, e mandou os filhos subirem para o Altar e agradecer a Deus e Meishu-Sama por ela ter falecido em paz. Eu tinha 9 anos, eu fui ao Altar, eu não rezei não, todos os irmãos rezavam, eu não, fui reclamar a Deus: “Deus por que? Minha mãe é tão boa pessoa, sempre ajuda os outros, de manhã à noite é dedicada à felicidade dos outros, se o Sr. quer levar, leva aquela velha do vizinho, ninguém gosta dela, todo mundo reclama daquela velha que está com 80 anos, por que não leva ela? Aí, terminada a oração, nós sentimos como se

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toneladas de pedras estivessem caindo em cima da casa, pois ela tremeu. E meu pai, lá de baixo, chamou-nos:

-“Filhos, desçam. Mamãe ressuscitou.”Todos queriam descer e como era o mais jovem, desci sobre a cabeça deles.

Quando entrei no quarto minha mãe já estava sentada, de olhos abertos.-“Mamãe, onde você foi?” – eu lembro bem, ela falou assim:-“Eu fui num lugar bonito, cheio de jardins, de flores, e tinha um portão grande,

quase eu ia entrar lá dentro e você me chamou: mamãe, mamãe. Aí eu voltei.” – assim ela explicou para mim, naquele momento. E depois, soube que quando ela ressuscitou, isso aconteceu por causa de uma palavra de Meishu-Sama, pelo horário certo, quando Meishu-Sama pegou o telegrama de meu pai, Ele disse assim: “Ah, a esposa do Watanabe. Essa mulher ainda não pode morrer.” – só isso, e ela ressuscitou. Por isso, Meishu-Sama era Deus para mim. E eu queria conhecer esse Deus, Meishu-Sama.

Então quando minha mãe ficou mais forte, quando eu tinha 9,10 anos, minha mãe sempre me levou aos encontros com Meishu-Sama em Hakone, no Nikko-Den, ainda tenho fotos em casa. Minha mãe não levava outros irmãos ou irmãs, só me levava.

Primeiro encontro com Meishu-Sama era assim. Vocês querem saber como foi?

Todos: Sim!

Presidente: Como meu pai era Rev. então ele deixava a família bem perto, nas primeiras fileiras. Eu era da segunda fila, a primeira era de Reverendíssimos, 9 aninhos, hein? E ficava procurando, cadê Deus, cadê Deus?

Então o locutor falava: “Agora vai entrar Meishu-Sama” e todos abaixavam a cabeça menos eu. E aí começou aquele barulhinho de roupa, rápido, e como vento Ele veio, passou e sentou, ninguém levantava a cabeça e eu ficava olhando, aí o Presidente daquela época, o Rev. Okussa dizia: “Meishu-Sama agradecemos as orientações que sempre recebemos...etc.” Ficava cumprimentando, longo tempo, e todos de cabeça baixa. E Meishu-Sama sentou, tomou chá quente, depois pegou cigarro, pegou fósforo e fumava, na frente do Altar, deu duas tragadas e apagou. Depois dizia: “Bom Dia!”

E eu pensava: “Puxa, Deus também toma chá, fuma cigarro.”Ele era tão natural, como se estivesse conversando com pessoa da família, e

lembro que naquele dia Meishu-Sama falou assim:-“Olha, Lua é gelo, viu.”E eu, pensando: “Ah, é? Deus falou que Lua é gelo.”Depois, eu na escola chamei meu professor e disse que a Lua era gelo, ele ficou

bravo comigo.Naquela época, período de guerra, todo mundo estava triste, sofrendo muito,

então Meishu-Sama falava no fim um “Warai kanku”, poesias, como piadas, ele mesmo também escrevia algumas piadas, o Rev. que estava lendo, ele cantava: “lalari lalá” e não dava para entender, mas Meishu-Sama como sabia o que queria passar, dava muitas gargalhadas, mas não tinha graça, mas as pessoas sem entender nada, mas ao ver Meishu-Sama rindo também riam, e Ele até chorava de tanto rir. Aí lia outro e Ele começava a rir de novo, e tinha uma atmosfera tão gostosa, e por isso eu queria voltar todo o mês. Só quando era em Hakone, mesmo faltando à escola minha mãe não reclamava. Isso foi quando conheci Meishu-Sama. Foi Meishu-Sama que ressuscitou a

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minha mãe, e nessa hora eu me comprometi com Meishu-Sama, um dia quero ser útil ainda.

E depois, durante 5 anos passei dias felizes. Aos 14 anos, minha mãe sempre falava para mim: “Olha filho, vem cá. Você quer me carregar nas costas para passear, você já está grande.” Aí eu a carregava pelo jardim, e ela dizia: “Agora você já está grande, agora já posso morrer”. E eu dizia: “Ah, mamãe, não fale isso.”

Mas quando Meishu-Sama partiu para o Mundo Espiritual, no dia em que Meishu-Sama faleceu, meu pai desmaiou, aí minha mãe ministrou Johrei, e ela desmaiou também e meu pai acordando perguntou o que tinha acontecido, mas a partir desse dia minha mãe ficou acamada por 3 meses, quando justo 3 meses, como se fosse atrás de Meishu-Sama, aquela vida era como se realmente tivesse vida pela força de Meishu-Sama. Esses acontecimentos marcaram muito a mim. Perder a mãe é triste, eu era o caçula, mais mimado, e a partir daí eu sofri muito não era um sofrimento qualquer, eu queria entender, compreender o que era a vida, de onde o homem vem, onde estamos e para onde vamos; o que é a missão do homem, o que significa morte, família, assim, um monte de coisas queria saber, mas, era difícil de entender e passou-se o tempo.

Aí, num dia, eu queria conhecer a vida e subi numa montanha, e queria fazer “zen”, meditação na montanha Gozaisho. Sentei em cima da pedra onde tinha pequena cachoeira, correnteza, queria saber, queria pensar o que era a vida, o que era o amor. Mas pensando em duas, três horas, já não tinha mais nada a pensar, só me doíam as pernas, mas eu me determinei que iria sentar 10 dias sem comer, então ia ficar. Quem sabe depois dos 10 dias iria compreender alguma coisa, meditar algo. E fiquei lá.

O que é a vida? O que é a morte? Mas não chegava a nenhuma compreensão. Aí olhava a Natureza: pássaros cantam, gramas crescem cada ano, árvore não reclamam, ficam quietinhas, ficam na sua. Aí olhei o córrego e tinha uma folha boiando, e eu fiz um barquinho de folha de bambu e joguei, então ele batia na pedra, daí virava continuava e virava, virava, virava.

Aí, sim vi que não podia reclamar da minha vida e nem vou ficar pensando sobre ela, acho que a compreensão vem atrás, onde eu andar. Acho que vou criar outro eu, para observar, apreciar esse Tetsuo que vai nessa correnteza como leva, quem sabe iria chegar até o mar, só entendia isso.

Eu queria entrar na Universidade, fiz teste em 10 universidades, uma a Do Shisha, onde o Min. Miguel formou, você é muito mais inteligente do que eu... E eu fui fazer teste e esqueci o cartão para teste, e não consegui entrar, demorei duas horas para chegar, e perdi. Em outra primeiro eram só exames, passei, depois eram as entrevistas, e na entrevista o professor perguntou se quando eu entrasse na Universidade eu pretendia fazer Movimento Estudantil, e eu respondi que sim, que ia mandar brasa. Daí ele me reprovou, eu não sabia o que era Movimento Estudantil, pensei que fosse esporte, ou alguma coisa boa, mas parece que não podia ir. E como não tinha nada a fazer naquele ano, eu entrei como primeiro seminarista para fazer Difusão no exterior. Entrei, não por vontade, mas para agradar ao meu pai, se entrasse, meu pai iria ficar contente, seria melhor que ficar em casa.

Naquela época, estudava-se muito Ensinamento de Meishu-Sama, eu reescrevia todos os Ensinamentos que aprendia, mas não tinha aquela confiança dentro de mim.

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Quando tinha 20 anos recebi um convite para vir ao Brasil através do Rev. Nakamura, que naquela época, era professor do Rev. Shoda, Rev. Nakahashi, ele fez um pedido a meu pai que mandasse algum aluno para o Brasil para ajudar na Difusão.

Então meu pai me chamou e disse:- “Filho, você não quer ir ao Brasil não? “-“Brasil?”-“O Rev. Nakamura veio convida-lo para ir ao Brasil.”-“Eu preciso responder agora? O Sr. me dá tempo?”-“Eu te dou tempo, 1 minuto para pensar.”-“Um minuto? Tá bom eu vou.” – falei, escapou palavra, falei. Não pensei muito

não, apenas queria agradar ao meu pai.Meu pai era tão bom que queria fazer algo para ele ficar contente.Depois que falei aquilo, pensei: “Porque falei aquilo, Brasil é um lugar que só

tem índio, crocodilo, por quê que falei?”Mas a vida é assim, muitas vezes tomamos a decisão queira ou não queira. E

isto que é aquela correnteza em que Deus leva a gente.20 anos, eu, primeiro ministro, saindo do Japão, oficialmente como ministro, na

frente de todos os membros, eu representando todos os jovens, naquela época o Rev. Nishikawa também veio junto. Aí pensei: “Eu de agora em diante, vou me tornar como uma pedra jogada no Brasil, eu quero acender a Luz da fé para os brasileiros.” Eu não tinha convicção nenhuma, mas falei bonito. Não sabia que iria levar 2 meses de viagem pelo Brasil, passando pela Índia, Sri-Lanka, África, Singapura, vários paises. E cheguei aqui, primeiro nos levaram à praia de Copacabana, Rio de Janeiro, tinha uma mulata bonita e de biquíni, estava lá. E como eram poucos os japoneses que tinha lá, ela veio e perguntou:

-“Oi, você é chinês ou japonês?”-“Sou japonês.”-“Você fala português?”-“Não, muito pouco. Eu quero aprender português, você me ensina?”-“Sim.” – carioca é muito gentil, e então perguntei:-“O que é isso?”-“Cabelo.”-“O que é isso?”-“Olhos.”-“O que é isso?”-“Rosto.”-“O que é isso?”-“Boca.”-“O que é isso?”-“Braço.”-“O que é isso?”-“Seios.”-“O que é isso?”-“Umbigo.”Assim aprendi português! Mas realmente fiquei maravilhado, soube que não

tinha nenhum membro no Rio de Janeiro, essa hora eu tomei decisão: “Eu daqui dois anos, aprendendo um pouquinho do português, eu quero retornar aqui no Rio de

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Janeiro para fazer Difusão pioneira. Tomei decisão, por causa daquele biquíni, apaixonei por ela. A vida é engraçada né?”.

Fiquei no Butantã, não sei se vocês conseguem ter convicção no Johrei, mas eu não tinha convicção no meu Johrei, mas tinha fila de pessoas que iam receber Johrei, ao ver a fila eu tinha pena das pessoas que iam receber Johrei comigo: “Acho que não está saindo nenhuma Luz, eu sou filho malcriado, como é que pode estar saindo Luz daqui.” E ministrava Johrei, mas ministrar 15 horas de Johrei seguidas é difícil, cansativo, eu até queria pendurar meu braço no teto, para ministrar Johrei. E chamava o seguinte, mas quando entrava uma moça bonita ai eu criava forma bonita, e quando ia chegando a vez dela e estava ministrando Johrei falava: “Pronto, acabou.” Mas passei algum tempo assim. Um dia todos os Ministros do Butantã tiraram férias, fiquei sozinho, aí chegou uma Sra. com bronquite cardíaca, carregada, ela estava roxa, de olhos virados, e eu sozinho pedia: “Meishu-Sama até hoje não ministrei Johrei muito firme, desculpe-me, mas agora quero ajudar a essa senhora, por favor, pelo amor de Deus, eu posso dar metade da minha vida ao senhor, mas quero que alivie essa Sra. Minha mãe que está no Mundo Espiritual mande Luz – pedia a todo mundo – Meishu-Sama por favor, venha aqui, por favor, coloque a mão sobre a minha por favor”. Em 30 minutos voltou à respiração normal e a cor foi voltando ao normal, depois ela chorando de alegria me abraçou, agradeceu, e assim também toda a família. Depois que ela foi embora, eu fiquei diante do Altar: “Desculpe-me Meishu-Sama, de hoje em diante, ministrarei Johrei com amor.” E a partir desse dia, eu comecei a ministrar Johrei naquelas pessoas com purificação grave, e ia ministrar Johrei durante um mês, um por um. E, falava, ministrava, assim, consegui receber muitas graças, muitos milagres, de manhã até a noite. Naquela época eu me chamava Ricardo, e se alguma pessoa recebesse algum encosto bravo, como o de cavalo, onde vários homens não conseguiam segurar, aí, então me chamavam:

-“Ô Ricardo o cavalo está aqui!” – eu com 22 anos, falava:-“Deixa comigo!” – e segurava pelo cabelo, dali em 30 segundos ia acalmando,

eu tratava como cavalo: “Muito bem! Muito bem!” - e resolvia, quantos milagres nasciam.

Tinha também naquela época uma doença chamada “Princesa Adormecida”, uma velhinha que estava em estado de coma, magrinha, mas pesava como chumbo, e quatro enfermeiros carregavam essa Sra. mandei deitar no banco. Diziam que ela só levantava para comer. Quando se batia com o garfo ela levantava, comia e dormia novamente.

Pensava: “E agora, como vou fazer? Vou fazer a Luz penetrar na cabeça”. Quando começava a ministrar ela cobria a cabeça, quando eu tirava o braço ela tirava, quando eu ia ministrar Johrei ela cobria. Aí chamei enfermeiras e disse para segurarem os braços dela e ministrei Johrei, pensando da Luz penetrando. Em 3 minutos ela acorda toda molinha. E lá fora começou a chover, e veio o carro para buscá-la. Eu mesmo a carreguei e ela estava leve. E assim, recebia muitas graças, milagres.

Até o Min. Hélio que está agora servindo em Brasília, tinha leucemia, tinha 8 anos, recebeu graça com o Johrei.

Então recebia tantas graças, milagres, ganhei convicção, e dizia que o meu Johrei era o melhor de todos e portanto já poderia voltar ao Rio de Janeiro. Então fui para o Rio, mas antes levei o endereço dos amigos dos membros e fui fazer Difusão pioneira. E pensava: “No primeiro ou segundo Johrei que ministrar, vai sair milagre, e

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vai encher a Igreja”. Nada. Visitava todos os endereços dos amigos, mas ninguém queria, mas quando alguém aceitava: “O Sr. sentiu alguma coisa?”, “Nada.”

Pessoa que estava com gripe, eu ministrava Johrei, ela pegava pneumonia.Quem sofria de pneumonia, aí morria.Tudo, tudo foi fechando as portas. Dormia primeiro, numa pensão de Mauá, e

como acabou o dinheiro, então dormia no banco da rodoviária da praça Mauá, com mala grande, e para ninguém roubar amarrei com uma corda, e dormi, mas alguém veio, e roubou, fiquei sem nada.

Daí tinha que ir para um lugar que eu tinha preconceito. Fui para um clube de jogo, na Siqueira Campos, não queria ir mas não tinha onde comer, dormir, fui lá. Aí o seu Ignácio me atendeu:

-“Puxa, você chegou tarde, atrasou hein?”-“É atrasei, eu sou missionário da Igreja...”-“Não precisa explicar nada, minha missão é recolher você dar um quarto para

você dormir, para não apanhar chuva. E dar comida para você não morrer de fome.”Ele era vidente. Ele falava:-“Você está com uma Luz enorme saindo do seu peito”.Tinha uma cama quebrada, ele me deu um lençol, e tinha uma janelinha

basculante. Aí toda a noite, até a madrugada ficavam jogando carta, e eu sozinho, com lagartixa, ratinho, isso não importava, o importante é que tinha comida para mim.

E ia até as casas, mas as pessoas falavam que eu era cara de macaco. Ninguém queria receber Johrei comigo, mas mesmo assim eu batia nas portas.

Um dia, recebi pedido de ministrar Johrei e fiquei muito feliz, fui lá correndo, aí tinha uma mocinha de 13 anos, acamada, magrinha. Quando comecei a ministrar Johrei ela abriu os olhos, olhou para mim, sorriu, pegou a minha mão, beijou a palma da minha mão e disse: “Que cheiro bom, cheiro gostoso.” Não tinha nenhum cheiro, mas pensei: “Acho que vai receber graça, acho que ela vai recuperar.” Dali um pouco ela dormiu para sempre, não acordou mais. Sacudia não acordava, pegava pulsação não tinha mais, então chamei a mãe e disse que estava um pouco esquisita. Então a mãe, sacudia, chamava, mas ela estava morta, então ela me chamou de assassino, cuspiu na minha cara, e gritando, gritando, e eu pedia desculpa, desculpas. Saí da casa, e estava chovendo, chovendo, aquela chuva do Rio, fiquei todo molhado, mesmo assim, eu andei, chorando, chorando, eu andei do Méier até Copacabana, cheguei à Copacabana já de madrugada: “Mas Meishu-Sama eu queria ajudar alguém, fazer alguém feliz, mas não sou assassino, essa não Meishu-Sama, isso é demais”. Só reclamando. Andando, andando, mas lembrei das palavras de meu pai: “Olha, se um dia sentir que está sendo chutado por Deus, você agarra essa perna que chuta você”. Pensei: “Vou agarrar!” E meu pai disse também: “Se alguém morrer quando estiver ministrando Johrei, se morrer agradecido, esse espírito no Mundo Espiritual vai ajudar em sua Difusão.” Aí pensei: “Quem sabe aquela menina faleceu feliz.”

Dali a uma semana recebi pedido do Hospital da Marinha, onde tinha um marinheiro que foi atropelado por um carro, e a cabeça estava inchada, o médico não podia mais operar, mexer em nada, ele estava em estado de coma e já tinha sido desenganado pelos médicos, aí fui lá e pedi: “Meishu-Sama, por favor, não deixe morrer, enquanto estou aqui. Deixe morrer depois que eu sair.” E, naquela época, como não tinha confiança, nem conseguia levantar o braço, porque as enfermeiras estavam olhando, e ministrava com medo de ele morrer, e dali a pouco este jovem

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Maurílio, que estava em estado de coma disse: “Calor, calor, calor.” E as enfermeiras que estavam perto perguntaram: “Ué, ele falou alguma coisa?” – “Disse, calor”.

Dali a pouco ele começa a dizer: “Cheiro bom, cheiro bom.” Aí ministrando Johrei, ele disse: “Quero água! Quero água!” – Até pensei: “Ah, esse é diferente do outro.” Pedi para a enfermeira trazer a água e ministrei Johrei, e pedi: “Meishu-Sama, por favor, bota a Luz de fora para dentro também.” – Ele abriu a boca e bebeu. E as enfermeiras ficaram todas assustadas. Eu que estava ministrando Johrei comecei a me endireitar, levantar a cabeça, mas senti uma força, e que me arrepiou o corpo inteiro. Pensei: “Agora estou com toda a energia, Meishu-Sama chegou.”

Aí chamei a enfermeira e disse: “Olha, aconteça o que acontecer não dê injeção, se der injeção ele morre. Amanhã eu volto.”

Quando retornei no dia seguinte, encontrei Maurílio sentado, com o braço e perna engessados e a mãe que tinha chegado de Curitiba, dava sopa na boca, a cabeça tinha desinchado. Depois soube que após 2 horas que havia saído de lá, ele dormindo, caiu da cama, bateu a cabeça e saiu sangue por todos os cantos, e desinchou, e voltou a si.

Então as enfermeiras falavam: “Olhe, ele salvou a sua vida!”E eu pegava a sopa, pegava a colher e falava: “Meishu-Sama deixe entrar Luz

também através desta colher.” E eu chorava de gratidão por ter recebido a graça.A partir desse dia, aumentou as pessoas que queriam receber Johrei, partindo

da família das enfermeiras, a cada Johrei que ministrava saia graças, e aumentando, nem conseguia ir ministrar Johrei nas casas, então aluguei uma casinha em Santa Luiza 414, abri a primeira casa de Johrei no Rio de Janeiro, e cresceu, cresceu, fazia filas até a madrugada. Meia-noite quando saia tinha uma fila, e eu perguntava:

-“O que estão fazendo aqui?”-“A gente está esperando receber ficha para receber Johrei no outro dia.”-“Bem feito, fica aí, vocês não queriam receber Johrei, então fica na fila”.E saia os milagres, e milagres, e saiu em jornal, em revista, saiu no Cruzeiro, a

cura de leucemia de Lucinha que foi famoso também, saía todos os doentes, desenganados, aleijados, cancerígenos, a fila da Santa Luiza, porque chegou o “Arigó japonês, o homem milagroso” e aumentou cada vez os membros e dentro de quatro anos conseguimos construir a Igreja de Grajaú.

Parece mentira, mas só com os milagres do Johrei é que conseguimos crescer a Igreja. Muitas vezes me diziam:

-“Não foi sua fé que construiu a Igreja? “-“Não, esta construção da Igreja é que construiu a minha fé. É o contrário.”Assim,na Igreja do Grajaú, atendia de 5 a 6 mil pessoas por dia, nessa época, foi

quando o Rev. Francisco, Rev. Júlio, Rev. Rogério, Min. Medeiros, Min. Bellinger, todos conheceram a Igreja Messiânica Mundial nessa época.

Realmente eu que não tinha amor, mas através do Johrei consegui adquirir amor. Mesmo contra a vontade, sabendo que é uma coisa boa, procurei transmitir, o acúmulo disto, um dia nasceu o amor dentro de mim. O que consigo contar são 150 mil Johrei que criou esse amor que hoje eu tenho. Graças ao Johrei. Será que respondi?

Locutor: Com certeza, Presidente.

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Presidente: Ou ficou comprido demais?

Locutor: Este é o Ano Internacional do Voluntariado. Como a nossa organização vê esse trabalho? Tem projetos de parceria com alguma entidade?

Presidente: Vocês estão fazendo alguma prática voluntária? Quem está fazendo a prática do voluntariado pode levantar a mão?

Quando faz a prática do voluntariado, muitas vezes, faz a caridade, mas a caridade é uma coisa um pouco diferente, por exemplo: se eu encontrar com um mendigo e der um dinheirinho ele ficará satisfeito, pois para ele é uma coisa boa, mas muitas vezes esse é um ato egoístico para se satisfazer, muitas práticas voluntárias são feitas pela vaidade, para satisfazer a si mesmo. Mas acho que a verdadeira prática voluntária é fazer o seu próximo feliz.

Caridade é dar quando quer, como quer, quanto quer, mas para fazer o próximo feliz é dar o que precisa, o que necessita, e amar, servir ao seu próximo, acho que isso é prática voluntária.

Se alguém, precisar pegar atestado de prática voluntária, se precisarem, vocês podem pedir ao Ministro da Igreja ou à direção da Fundação. Vai atestar que esta pessoa está praticando a prática voluntária, pois este é um ato muito bom, pois está fazendo uma pessoa feliz, participando da Marcha do Johrei, e também através da Fundação se estiver participando da Campanha de Uma Flor para Um Mundo Melhor, que também é uma prática voluntária. Plantações de árvores também está colaborando, e é bom. Mas o que eu acho, melhor trabalho de altruísmo que nós podemos praticar é ministrar Johrei, distribuir a Luz, visando fazer a pessoa feliz, não existe outra melhor.

Perg.: Sr. Presidente, existe o desejo da Igreja Messiânica Mundial em lançar e eleger messiânicos para cargos políticos?

Presidente.: O quê? Políticos? Candidatos, né. Essa pergunta é muito difícil, acho que vou recorrer aos Universitários. Por que vocês estão rindo, isso é muito sério! Sério, sério.

Eu quero perguntar a todos os Universitários, a todos vocês e que vão lançar candidatos messiânicos para se tornarem políticos. Quem acha que é bom pode levantar a mão? Quem acha que não deve lançar pode levantar a mão? Para vocês também é difícil responder a essa pergunta, não é?

Mas a grande maioria está querendo que a Igreja lance candidatos. Na verdade, o estatuto atual da Igreja Messiânica Mundial não permite isso. Não permite eleger alguém, por exemplo, algum membro ou ministro se candidatando para Prefeito, então falamos assim, usando da sutileza: “Olha, ele é meu amigo, ele é bom, parece que está querendo tornar-se prefeito, mas se vocês quiserem ajudar, ajudem.”– Mas assim ninguém ajuda não é? Mas se isso for vontade da grande maioria de vocês, eu vou pensar junto com o conselho deliberativo e conselho fiscal, e também junto com os membros da Assembléia Geral, e vou colocar essa questão para até mudar o Estatuto e a Igreja poder lançar candidatos messiânicos. Vocês são quem decide. Porque o futuro do Brasil está na mão de vocês, mesmo dentro da Igreja, mesmo na sociedade.

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Vocês acham bom?Quem sabe ano que vem, já vamos lançar, hein.

Locutor: Como apresentar o Johrei e a Filosofia de Meishu-Sama à sociedade, principalmente aos jovens, de forma não religiosa, e que realmente seja convincente, ativando o interesse também das pessoas que não estão em purificação?

Presidente.: Para falar de Johrei e Filosofia, sem mostrar como Religião, e também para ministrar Johrei ao jovem que não tem doença?

Acho que essa pergunta também é difícil. Mas o Rev. Júlio que é meu assessor de comunicação, pode responder. Para eu poder descansar um pouquinho.

Rev. Júlio: Essa é uma pergunta de muita profundidade, eu acho que se eu responder eu vou tirar a missão do Presidente.

Presidente: Muito obrigado pela consideração. Johrei, hoje é só ministrado quando se torna membro da Igreja Messiânica Mundial, não é mesmo? Mas eu, como agora recebi grande responsabilidade para desenvolver esta Salvação de Meishu-Sama ao Mundo, então, venho tentando desenvolver uma forma, uma maneira, em que todos os religiosos, mesmo os ateus, possam receber a Luz de Deus e Meishu-Sama.

Na Inglaterra, estou fazendo uma experiência: lá foi aberta uma organização que se chama British Johrei Society, Sociedade Britânica do Johrei, fui lá fazer, criar o Curso de Johrei. Mas esse Curso de Johrei, é um curso de quatro meses, seis horas por semana, para aprender a prática do Johrei e toda a Filosofia de Mokiti Okada. Ao terminar o curso e receber o Ohikari, a pessoa se liga com Meishu-Sama e começa a ministrar Johrei, depois ingressa no curso para instrutores, depois terá outro curso para Mestre (níveis I, II e III), para assim, deixar todos os outros religiosos, também poder ministrar o Johrei.

Hoje, na Inglaterra, quase todos que estão assistindo a esse curso são médicos, enfermeiros, e até professores universitários, e até o Conselheiro da parte Medicinal do Príncipe Charles, também está colaborando a escrever o Johrei Handbook, Manual de Johrei, em Inglês.

Eu acredito que desta forma poderá levar o Johrei para muitos países que não aceitem a outras religiões. E Johrei não é exclusividade da Igreja Messiânica Mundial, pois o Johrei é para toda a humanidade. Assim penso.

Em Washington, um primais da Igreja Anglicana, que recebeu Ohikari, está ministrando Johrei em sua paróquia, tem sala de Johrei, na sua casa junto com a esposa está ministrando Johrei, ele mesmo sendo primais ministra Johrei.

Lá no Sri-Lanka onde têm mais de 300 bonzos daqueles de roupa amarela, que trabalham no Templo, eles receberam Ohikari, ministram o Johrei no seu Templo, e antes de receber o Ohikari para ministrar Johrei, apareciam poucas pessoas no Templo, mas depois que começaram a ministrar, aumentou muito a freqüência no Templo, hoje já tem mais de 5.000 membros no Sri-Lanka. No mês de julho, eu vou até o Sri-Lanka para participar da Pedra Fundamental da Sede da Igreja do Sri-Lanka. Quando for lá, vou filmar como eles ministram Johrei no Templo, e vou mandar a fita

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para vocês assistirem. Acho que tem que abrir esta Salvação para todos que necessitam.

Para explicar o Johrei, como resposta à pergunta, vou utilizar a Revista Johrei, vocês a conhecem? Aquela não é boa? É boa, melhor do que eu explicar, lá já está escrito. O assessor de comunicação fez aquela revista. Faz favor, se vocês querem explicar o que é o Johrei, melhor explicarem com a Revista, junta o Johrei e a Ciência.

Locutor: Os universitários ao se formarem, prestam juramento para se tornarem úteis à sociedade e para elevarem a cultura, entretanto, quando disputam o mercado de trabalho, sentem dificuldade em aplicar as teorias aprendidas na universidade, assim como a aplicação dos ensinamentos de meishu-sama, pois se deparam com os erros da Cultura Materialista, que valorizam o sucesso financeiro e a ascensão social.

Como conciliar essa realidade na carreira profissional, com a Filosofia da Salvação?

Presidente: Essa pergunta também é um pouco delicada, e eu fico aprimorando, mas eu quero deixar aprimorar quem programou esse encontro também, Min. Rubens Medeiros, que outro dia me explicou alguma coisa nesse sentindo, será que poderia falar?

Min. Rubens: Eu relatei ao Presidente uma experiência, na semana passada, que uma Sra. que é psicóloga, e ela se especializou em Educação Infantil e também se formou em Pedagogia, e estava fazendo doutorado na PUC, e o doutorado dela é baseado na filosofia do alemão Nitz (?) do século XIX, que ele falava dos valores do homem de suas essência religiosa, que foi se perdendo, se distanciando das suas tradições, então, durante 3 anos, tudo o que ela apresentava para o seu professor, orientador, ele não aceitava, e agora, ela não agüentando discutiu com ele, e ela perdeu a bolsa e a condição de fazer o doutorado.

Então ela veio conversar comigo porque ela estava desiludida, e eu perguntei o por quê. Ela respondeu que a linha daquele filósofo vai contra a atual Pedagogia o atual estilo de ensino do Brasil, totalmente contra, então vai contra o Sistema, então ela falou para mim que não sabia o que fazer. Perguntei a ela se após o doutorado, respeitando como eles queriam, lendo na cartilha deles, poderia fazer o que quisesse, ou teria que falar sempre o que eles queriam. Ela disse que não, mas que tudo o que dissesse estariam comparando com a tese que havia apresentado, mas que depois que terminasse o doutorado ela poderia falar o que quisesse. Disse a ela, que então, dançasse de acordo com a música, se eles querem que a Sra. fale como eles querem, fale, mas depois, pegue o seu doutorado e venha conversar com Meishu-Sama, pois temos muitas coisas para fazer, então falei para ela conseguir o diploma, esquecer esse sentimento que ela tem, e ficar presa no diploma de doutora, no título, para poder difundir esse sentimento, então foi isso que relatei para o Presidente. Obrigado.

Presidente: É, obrigado, isso é que responsável, é diferente do Rev. Júlio. Realmente, existem os Ensinamentos de Meishu-Sama, têm muitos volumes, têm 30 e tantos livros, e nossa Igreja, lá no Japão, nós publicamos, fizemos redação de todos

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esses livros de Ensinamentos de Meishu-Sama e distribuímos em 112 países, nas Bibliotecas Nacionais de cada país, isso em japonês.

Meishu-Sama já ensinava a 60 anos atrás, e a cada momento, cada assunto que perguntavam ele respondia, mas muitos Ministros ficam presos naquelas palavras que foram faladas naquele momento e que muitas vezes foge um pouquinho da atualidade. Tinha um Ministro que orientava uma jovem que queria se tornar enfermeira, e esse Ministro chamou ela e disse: “Você quer se tornar enfermeira é? Toma cuidado, se você quiser se tornar enfermeira, quando morrer vai para o Inferno de Agulhas, hein.”

- “Inferno de Agulhas?”- “Porque você mete muitas agulhas. É a Lei de Causa e Efeito. Vai sofrer, hein.”- “Então, na reunião de jovens ela perguntou para mim: “Rev. eu recebi essa

orientação, mas se me tornar enfermeira eu vou para o Inferno de Agulhas mesmo?”” – ao que respondi:

- “Sim, vai sim. Se você dá muita injeção aqui, e no bumbum, então vai.”- e ela ficou assustada.

- “Mas mesmo se você for, o quê que tem? Isso só é Lei de Causa e Efeito. Se você for lá, mesmo alguns segundinhos, mas como enfermeira amou o próximo e dedicando, fez alguém feliz, essa agulha, será um instrumento para coçar suas costas, será até gostoso. Meishu-Sama ensinou que mesmo que se caia no Inferno, se conseguir fazer alguém feliz, salvar alguém, isso é que é bom. Não se preocupe, torne-se uma grande enfermeira, cumpra a sua missão.Um dia também, uma Sra. que sofre de catarata, seu olho ficou branquinho e

ficou cega, veio andando junto com o marido. E o marido olhando ela, e como não conseguia fazer nada, ele fazia o café da manhã e ia trabalhar, voltava para fazer o almoço e ia trabalhar, depois retornava para fazer a janta para ela, fazia a limpeza da casa e tudo, tudo, tudo.

Ela que era professora de Ikebana, como ficou assim, não conseguia trabalhar, então eu falei: “Esse tipo de catarata com agulha consegue tirar, fazendo uma pequena alteração, mas vai começar a enxergar, faça isso.” Então, ele é teimoso, mas eu entendi. E ele veio me mostrar: “Olha Rev. o Sr. não sabe o que Meishu-Sama falou? Meishu-Sama disse que o corpo físico que ganhamos de Deus, vindo do pai e da mãe, com uma agulhada, e se machucar, isso é um pecado. “ – e eu falei:

- “Muito bom, isso é pecado? Então eu pergunto: “Você que tem um título de professora de Ikebana, tem muitos alunos querendo aprender com você, e não consegue ensinar. E seu marido que dedica à felicidade do próximo, dia e noite, que por causa desse problema você está puxando a perna dele, e não está deixando servir como deveria servir, seu marido está deixando de salvar muita gente. Esse pecado, como é que você vai pagar? Mesmo assim?”

-“Mesmo assim.”

Eu disse:

-“Então me traga a faca, eu vou cortar meu braço agora. Se você não operar eu vou cortar meu braço. Olha lá, por sua culpa eu vou cortar, esse pecado é maior do que o seu.”

- “Já entendi, tá bom.”

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Então ela operou, e começou a dedicar, tanto o marido quanto a esposa estão salvando muitas pessoas. Eu acredito que o importante é o final, como consegue servir, como consegue fazer o maior número de pessoas felizes, isso é que é importante.

Mesma coisa quando Meishu-Sama diz que não pode mentir, mas às vezes, você vai ministrar Johrei e a pessoa está muito mal e você diz: “Acho que não vai durar até amanhã...” Falou a verdade, porque sentiu. Mas se mesmo assim diz: “A Sra. deve confiar em Deus.” E ministra Johrei... Então o importante é como fazer o outro feliz.

E muitas vezes, se fazer intencionalmente, querer fazer o mal se mentir, isso é errado. Eu acho assim. Deu para entender?

Uma vez um membro, lá no Rio de Janeiro, ganhou a loteria, grande, e ele veio perguntar para mim:

-“Rev. ganhei na loteria, ganhei muito, o quê que vou fazer.”-“Olha loteria esportiva, muita gente queria ganhar e você ganhou sozinho?”-“Sim, por isso eu vim pedir orientação.”-“E como você era?”-“Eu era motorista do consulado mas fui desempregado por causa da doença.”-“E depois?”-“Eu recebi Johrei e melhorei.”-“E depois?”-“Eu me tornei membro para ministrar Johrei, e arrumei um emprego bom. E

agora ganhei na loteria esportiva.”-“Olha, essa maneira que entra o dinheiro inesperado, sabe o que tem de fazer,

metade serve para a felicidade do outro, Obra Divina.”-“E a outra metade?”-“Se usar tudo vai criar problema.”Ele fez, deu metade para a Obra e outra metade ele foi ao Japão, e levou toda a

família, e hoje ele trabalha como Ministro da Igreja. Aquele famoso ministro Milton de Souza, ele não acertou mais na loteria, quem sabe acertou e não disse mais a ninguém.

Locutor: O que o jovem pode fazer para ajudar a alavancar o projeto da Cidade da Nova Era?

Presidente: Projeto da Cidade da Nova Era. Mas já está em cima da hora? Quando eu expliquei isso para Kyoshu-Sama eu levei 3 horas. Será que vocês agüentam 3 horas? Não dá para fugir.

Por que nasceu a idéia da Cidade da Nova Era? Lógico que Meishu-Sama já falou em suas palavras, em 1935, no mês de junho, falou que um dia messiânicos iriam criar uma cidade dentro de 20kmx20km e construir 4x4km (?), uma cidade modelo da Nova Era, e construindo esta cidade para mostrar ao Mundo como a cidade deve ser construída, como a cidade deve ser funcionada. Todo mundo olhando esta cidade modelo e cada país querendo construir essa cidade também, assim, que desenvolverá a Construção do Paraíso Terrestre, mas para eu pensar sobre isso, teve um episódio muito interessante, no Rio de Janeiro, na época em que atendia 5, 6 mil pessoas por dia, freqüentadores, a Igreja expandia após a construção, o Rev. Moriyama que era responsável de Belo Horizonte, um dia ele veio correndo para me comunicar:

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-“Rev. tenho uma notícia agradável para lhe contar: Um membro que tinha um câncer na bexiga, ao receber o Johrei ficou curado. Ele trabalhava como gerente de um banco, e é proprietário de uma mina, em Minas Gerais, e uma firma Inglesa de vidro que vai negociar com ele, vai pagar 210 milhões de dólares, e depois 21 milhões por mês, essa firma vai pagar a esse Sr. Geraldo. E, como ele recebeu essa graça, então ele está querendo oferecer esse dinheiro para o Sr.”

-“O quê? Quanto?”-“Primeiro é 70 milhões de dólares.”-“O quê? Não é 70 mil reais não?-“Não, é 70 milhões de dólares.”-“Puxa, para construir uma Igreja gastamos 150 mil dólares.”-“São 70 milhões de dólares. E depois por mês, ele vai entregar ao Sr. 7 milhões

de dólares por mês. “-“Isso é verdade?”-“Olha ele trouxe jornal, esses generais, todos, estão fazendo sociedade com

ele. Estão pedindo engenheiros para trabalharem aqui, verdade.”-“Puxa, até que enfim, hein. Meishu-Sama muito obrigado, ter nos dado

dinheiro para desenvolver a construção do Paraíso Terrestre, graças a Deus. Fui até o Altar e agradeci a Meishu-Sama. - depois falei: ”Puxa, já pensou 70 milhões, na mão? E depois, 7 milhões de dólares por mês, durante 50 anos? Puxa, o quê que vou fazer? Não adianta construir Igreja onde não existe membro também. Daí começamos a estudar, formei 36 assessores no Rio de Janeiro, como o Rev. Francisco, Rev. Rogério, Rev. Júlio, eram como os meus assessores no campo de esportes, Rev. Sendas, como ele é arquiteto, também, escolhia médicos, advogados, todos assessores e juntamente com eles estudamos como deveríamos gastar esse dinheiro para fazer, para mudar o Mundo. Então, nós estudamos, debatemos e saímos com uma idéia de construirmos uma Universidade Mundial, para formarmos elementos líderes do século XXI. Até fazer um prêmio Nobel, mas não Nobel, e sim Prêmio Mokiti Okada, aquele cientista que comprova Ensinamento de Meishu-Sama, vamos dar prêmio de meio milhão de dólares, e depois nós estudamos como abrir uma Comunidade Messiânica, uma cidade modelo da Nova Era da Nova Cultura. E na reunião:

-“Vamos primeiro começar com uma associação de formação e aprimoramento de Recursos Humanos.”

E todo Mundo:-“Ah, será que vai sair...”-“Vai.” – estudava todo contente.E cada vez que encontra com o Rev. Moriyama, eu falava:-“Ô, Moriyama, quando é que vai sair o dinheiro?”-“Mês que vem, mês que vem.”E passado um mês:-“Quando é que vai sair hein?”-“Ah, telefonei e ele disse que semana que vem.”Aí, passou uma semana, outra semana e outra semana, e foi se um ano. Não

saia nada, e falei:-“Está um pouco esquisito isso. Pois ele disse para você não contar isso a

esposa que ele daria esse dinheiro. Está esquisito, você tem que ligar para a esposa dele.” - Aí, ele foi a casa dele, e a esposa, disse:

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- “Pôxa, Rev. até o senhor foi enganado por ele, isso é pura mentira, ele está doente da cabeça, ele é rico, mas não tem nada disso não. Não tem essa pedra preciosa não. Esquece isso.”

Puxa, quando ele veio me trazer a notícia eu abri três garrafas de uísque para beber. Mas depois ele disse: “Rev. aquilo era mentira.”

Aí contei para todos os assessores e eles: “Pôxa, durante um ano estudamos isso e agora vai por água a baixo...”

Mas eu sempre fui otimista, e sorria: “Não, isso é bom sinal, Meishu-Sama que utilizou o Sr. Geraldo para que desde já, a gente pare para pensar e criemos condição de criar essa obra, então com esse objetivo vamos trabalhar e fazer a Difusão Mundial. Senão tivermos elementos humanos não adianta ganhar dinheiro porque não vamos conseguir trabalhar nada, então vamos formar elementos humanos, bons elementos jovens, assim vim trabalhando fazendo Difusão de todo o Brasil até os setenta países fora do Brasil, e hoje, eu acho que Meishu-Sama já entregou a nós, vocês todos, grandes elementos universitários, eu ouço a vós Dele como se fosse: “Tetsuo chegou a hora, estão aí os elementos que Eu mandei”. Não chegou a hora não?

Todos: Sim!

Presidente: Agora, junto com vocês conseguiremos desenvolver esta Obra, Movimento Mokiti Okada, e construção da nossa Cidade da Nova Era, da Nova Cultura, da Nova Civilização, mas para desenvolver essa Obra não é fácil, para mudar o paradigma do Mundo através de desenvolver a Nova Cultura, não é fácil não, precisa ter muita convicção, muita determinação, precisamos ter muita garra e muita fé, senão essa Obra não vamos conseguir realizar, por isso é que estou pedindo a todos os membros do Mundo inteiro, para dobrar o nosso amor, para dobrar a nossa compreensão da Filosofia de Mokiti Okada, para poder enfrentar essa Obra do século XXI, construção da Arca de Noé do século XXI, porque hoje, olhem o Mundo atual, está em perigo. Como na Europa está nascendo a vaca louca. Vocês sabem? Outro dia um comprador de frango da Korin, holandês veio falar assim, vocês não sabem como na Europa se sofre com essa doença da vaca louca, primeiro surgiu na Inglaterra, depois, na França, e agora na Alemanha, Espanha, em toda a Europa, agora não é só vaca, é porco também, e vai nascer também a galinha louca, quem sabe daqui a um tempo nascerá o tomate louco, a alface louca, isso não é brincadeira. Mais cedo ou mais tarde chegará esse dia, em que sempre Meishu-Sama nos ensinou que num futuro, bem próximo, o Mundo inteiro vai ter muita comida, mas que não vamos conseguir comer, por isso pediu que todos os discípulos desenvolvessem a Agricultura Natural, de hoje em diante todo mundo só consegue comprar sementes que só produzem uma vez. Isso no Mundo Inteiro, multinacionais que seguram sementes, multinacionais que seguram adubos químicos e agrotóxicos, eles juntando vendem a semente, e para criar essa semente tem de usar esse agrotóxico, eles obrigam. E criação de galinha, porco, boi, ele usam hormônio, e isso acaba criando muitas doenças aos animais, lógico que o homem comendo isso, vai criar mais problemas, acredito nisso, como está mudando a fertilidade do homem, que está diminuindo cada vez mais, hoje só têm 25% dos homens que têm verdadeiro sêmen, pensam que vocês são bons, mas que sabe. Quis dizer que o grande perigo está chegando na humanidade, essa tecnologia de clone, essa mudança genética, estas coisas também parecem que vai salvar a humanidade,

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mas não está acabando com a humanidade, por isso nós precisamos construir a Cidade da Nova Era.

A Cidade da Nova Era, será onde conseguiremos criar os homens, animais e vegetais em plena saúde. Então estamos procurando criar sementes puras, reprodutíveis, e também estamos querendo fazer a criação de frangos, suínos, vacas, tudo, dentro da Lei da Natureza, isso que é a Cidade da Nova Era. Mudando o campo econômico, educação, arte, agricultura, saúde, política, enfim, em todos os sentidos, dentro da Lei da Natureza, dentro da Filosofia de nosso mestre Mokiti Okada. Mostrando essa nova cidade como modelo para poder salvar a toda a humanidade.

Para poder desenvolver essa Obra, é lógico que precisamos de todos vocês, porque precisamos dos professores, agricultores, engenheiros, químicos, contadores, cabeleireiros, enfim, todos que têm uma profissão na mão e que consegue participar nessa construção da Cidade da Nova Era, por isso, para ganhar essa força, garra e fé, em primeiro lugar queremos desde agora que entrem na grande Marcha do Johrei, como está escrito na camisa, através da prática do Johrei vamos ganhar amor, determinação, convicção, amor e fé. Para poder participar nessa construção. Certo? Vocês querem participar?

Todos: Sim!

Presidente: Já estão! Eu vou contar com vocês, hein! Mais tarde quero pedir a cada grupo, e pedir a cada um de vocês para participarem, a pensar junto conosco, para poder realizar. Hoje, eu acredito que Meishu-Sama está muito contente de encontrar com vocês todos. Muito Obrigado! Boa Missão a todos!