13 essência da luz

20
1 Rio de Janeiro:: Janeiro/Fevereiro/Março 2011 :: nº 13 Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio de Pietrelcina Eu uno, tu unes, ele une Nós Unos !

Upload: nelson-soares

Post on 21-Jun-2015

1.046 views

Category:

Spiritual


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: 13   essência da luz

1

Rio de Janeiro:: Janeiro/Fevereiro/Março 2011 :: nº 13

Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio de Pietrelcina

Eu uno, tu unes, ele une

Nós Unos !

Page 2: 13   essência da luz

2 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

EXPEDIENTE Essência da Luz é uma publicação da Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio Pietrelcina CNPJ 04.772.688/0001-89 | Periodicidade trimestral | Distribuição interna e gratuita | Tiragem 500 exemplaresRua Assunção, 297 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP 22251-030 Telefone: 2286-7760Site: www.padrepio.org.br | Blog: www.casadepadrepio.blogspot.comE-mail: [email protected] / [email protected] Presidente da Casa: Lucia Pires Vice-presidente da Casa: Luiz Augusto de QueirozCoordenação Editorial: Rosa Carmen Sá de Alverga Projeto gráfico/diagramação: Raquel Reis Revisão: Daisy ElísioApoio: Marcello Braga

AS INFORMAÇÕES FORNECIDAS NOS ARTIGOS, ASSIM COMO REFERÊNCIAS, SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.

Índice

Editorial ................................................................ 03Grandes MestresHildegard Von Bingen ............................................. 04Conversando com vocêDas Montanhas ....................................................... 05Bhagavad-Gita, canção divinaA Igualdade na Diversidade ..................................... 06ReflexãoDurma bem e acorde para a Vida ............................ 07Coluna LivreExperiência Interior Luminosa .................................. 08TerapiasDize-me como andas e te direi quem és .................. 09Astrologia e AutoconhecimentoPeixes ..................................................................... 10

EvoluçãoMomento Astral ...................................................... 11Imagens e SímbolosCinema e Espiritualidade ......................................... 12Grupos da Casa de Padre PioTrabalhos de Materialização .................................... 14Cruzadas do bem ................................................. 16Atividades da Casa ............................................... 17Personagens MarcantesMadeleine Delbrêl ................................................... 18PoesiaPoesia - A linguagem da alma ................................. 19Prece ...................................................................... 20

Sempre ansiamos por amor em nossas vidas, doado e recebido, pois esse é o maior elo de união entre os seres; sem ele, sentimo-nos vazios. A Casa de

Padre Pio é um Templo, onde nos propomos realizar esse desejo de nossas almas - a descoberta do amor em nós. O Essência da Luz, através de seus artigos e mensagens, deseja ajudar a iluminar os nossos caminhos nessa busca, lembrando a nossa unidade com o Todo e mostrando a importância da tolerância e da união. Procuramos ir em frente, com ânimo, alegria e fé.

Nos três meses que se passaram desde a última edição, tivemos alguns eventos que fazem parte do nosso calendário anual: um Retiro em Mendes (foto da capa, de autoria do nosso irmão José Caldas), o jantar de Confraternização de final de ano e o 7º Evento da Confraria Social. São momentos importantes, oportunidades a mais para congregar a maioria da nossa Casa, o que nos traz muita alegria e, como sempre, o prazer de compartilhar.

Mesmo já estando no mês de Abril, não poderíamos deixar passar em branco uma importante comemoração de Março, mês em que, todos os anos, o mundo festeja um dia dedicado à mulher. Sendo assim, a 13ª edição do nosso jornal traz para vocês as histórias de duas mulheres especiais. Separadas por quase mil anos de diferença, Hildegard Von Bingen e Madeleine Delbrêl,

(nascidas, respectivamente, em 1098 e em 1904), encontram-se e assemelham-se numa fé sem limites no espírito, no devotamento e no imenso amor a Deus, e no compromisso com os seus semelhantes. Foram pessoas incríveis, corajosas, criativas, originais, revolucionárias e místicas, fora de série para o tempo em que cada uma delas viveu. Aproveitem e curtam!

Todos vocês que quiserem contribuir ou fazer sugestões para a nossa publicação, por favor, comuniquem-se conosco pelo email essê[email protected] ou pessoalmente, na Casa de Padre Pio.

Abraços,Rosa Carmen

Bate Papo

Amigos,

Page 3: 13   essência da luz

3

Editorial

Num momento em que o Planeta atravessa fronteiras

conturbadas, rumo ao novo Reino do Espírito, é preciso um olhar de coragem e humildade em direção aos novos horizontes, em que alguma claridade já aponta para que a transição seja renovadora.

Coragem, porque o que nos mostra o horizonte novo muda a própria mudança, desafiando paradigmas antigos e paradigmas novos! Humildade, porque sem ela, nos perdemos em trilhas que, por mais que pareçam novas, conduzem ao mesmo ponto, centrado, onde nunca deveria estar: no pequeno castelo de consciência parcial e fragmentada em que situamos nossa consciência, viciados em achar que tudo gira em torno de nossa cegueira.

Dizemos que os paradigmas novos devem também mudar, porque, infelizmente, temos visto que a ausência de humildade do espírito de eterno aprendiz nos faz transformar o movimento espiral da evolução em movimento circular fechado. Novas descobertas da ciência, novas teorias, em que campo nasçam, ao invés de serem tratadas como novos passos de um Caminho Infinito, ganham o status de passos finais e definitivos... Resultado: surgem mais castelos ilusórios, onde o ego inflado se abriga, crendo que atingiu a última resposta. Isso vale, ainda mais, para aqueles que se aventuram nos mistérios do

Mar Sem Fim do Espírito.Na obra monumental, O Livro

dos Espíritos, coligida por Allan Kardec, selecionando respostas das entidades superiores, que tomaram mãos de médiuns por todo o mundo ocidental do século XIX, uma das frases significativas presentes nas respostas dos espíritos a Kardec é: “Isso é tudo o que podemos vos dizer por agora, pois vossa linguagem (capacidade de compreender) ainda é pobre.”

Navegar no mar do Espírito não pode se limitar a flutuarmos na superfície, nem mergulharmos, por mais perfeitos sejam os navios ou os submarinos.

Navegar é preciso, nos tornarmos o próprio Espírito mais ainda é preciso!

Tornarmo-nos o Espírito é (re)tornar à origem Infinita e Imortal. Podemos reencarnar um milhão de vezes, mas o que nos fará Imortal, e não meramente sobreviventes às transições da morte, apegados

aos nossos limites e verdades parciais, é a consciência liberta! E, pelo que sabemos, o melhor instrumento para atingirmos essa Libertação é conhecer a Verdade e, para conhecer a Verdade, devemos estar vigilantes e saber que, um passo novo adiante, uma luz nova acesa, são apenas um passo, apenas uma nova luz! Até que o infinito seja, realmente, em nós!

Quando a humildade for plena, perfundida do amor que também estamos longe de exercer, a Verdade começará a se mostrar... Divina; e o que está oculto será, enfim, revelado!

Despertar é precisoLuiz Augusto de Queiroz

Festa de Nossa Senhora do Rosário Serro, MG, 1997fotografia de Patricia Gouvêa

Page 4: 13   essência da luz

Grandes Mestres

HILDEgARD VON BINgENRosa Carmen

Santa Hildegarda de Bingen, em alemão Hildegard von Bingen (Bermersheim vor der Höhe, verão de 1098 - Mosteiro de Rupertsberg, 17 de setembro

de 1179), foi uma monja beneditina, mística, teóloga, compositora, pregadora, naturalista, médica informal, poetisa, dramaturga e escritora alemã. Foi ainda mestra do Mosteiro de Rupertsberg em Bingen am Rhein, na Alemanha. Conta-se que seus pais a entregaram a um Convento aos 14 anos, como um dízimo à Igreja, que teria visões desde criança e que recebeu mensagens espirituais durante toda a sua vida, publicadas em seus livros.

Personalidade pouco conhecida pelo grande público, rompendo as barreiras dos preconceitos contra as mulheres que existiam em seu tempo, foi respeitada como uma autoridade em assuntos teológicos e louvada por seus contemporâneos em altos termos. Hoje, é considerada uma das figuras mais singulares e importantes do século XII europeu, e suas conquistas têm poucos paralelos, mesmo entre os homens mais ilustres e eruditos de sua geração. Seus vários e extensos escritos mostram que ela possuía uma concepção mística e integrada do universo, ainda que essa concepção não excluísse o realismo e encontrasse no mundo muitos problemas. A solução para eles, de acordo com suas ideias, devia advir de uma união cooperativa e harmoniosa entre corpo e espírito, entre natureza, vontade humana e graça divina. Entretanto, sempre permaneceu fiel à ortodoxia do Catolicismo e

combateu as heresias e a corrupção do clero. Queria, acima de tudo, desvelar para seus semelhantes os mistérios da religião, do cosmos, do homem e da natureza. Para ela o universo era a resposta para as dúvidas da humanidade, e a humanidade era a resposta

para o enigma do universo. Dizia que, se a humanidade não fizesse a pergunta, o Espírito Santo não poderia respondê-la. Apesar de ter sido uma representante típica da aristocracia cultural beneditina e de se orgulhar de pertencer a uma elite social e espiritual, mostrou-se sempre humilde e submissa a Deus.

Além de mística, teóloga e pregadora, foi poetisa e compositora talentosa, deixando obra de vulto e original. Também fez muitas observações da natureza com uma objetividade científica até então desconhecida, especialmente sobre as plantas medicinais, compilando-as em tratados, onde abordou ainda vários temas ligados à medicina e ofereceu métodos de tratamento para várias doenças. Seus primeiros biógrafos a mencionaram como santa e lhe atribuíram alguns milagres, em vida e após a sua morte, mas jamais foi formalmente canonizada pela Igreja Católica, apenas beatificada. Entretanto, seu nome foi incluído no Martirológio Romano como santa e seu dia é festejado em muitas dioceses alemãs. Depois de um longo período de obscuridade, sua vida e sua obra vêm recebendo atenção crescente, desde a segunda metade do século XX; seus escritos começaram a ser

traduzidos para várias línguas, muitos livros e ensaios já lhe foram dedicados, e foram feitas diversas gravações com sua música.

“Deus é quem vive, é quem trabalha e é quem conhece. Nele todas as coisas têm o potencial da perfeição. Todas as coisas se tornam distintas e perfeitas através daqueles três poderes… Deus está além da mente e do entendimento de

todas as criaturas. Na claridade de seus mistérios e segredos, Ele provê para tudo e governa sobre todos, assim como a

cabeça governa todo o corpo.”

A intimidade entre homem e natureza era tanta que, segundo o que escreveu, o comportamento humano era capaz de alterar o meio ambiente, atribuindo a irregularidade do clima ao estado de incessante inquietude humana, pois essa agitação confundia os elementos e os fazia sair de seus limites, com resultados desastrosos. Chegou a dar fala aos

elementos naturais e os fez clamar pela justiça divina contra a insensatez humana:

“Todos os elementos e todas as criaturas choram em alta voz diante da profanação da natureza e da devoção maligna da humanidade ao

4 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Page 5: 13   essência da luz

5

Conversando com você

Das Montanhas Beth Marinho Medrado Dias

Das montanhas, mando notícias frescas de um enorme descanso. E eles existem para quê? Para que nos despreguemos de todos os nossos

compromissos diários, obrigações, e mergulhemos num “dolce far niente”! Ou seja, você dá de cara com você mesma sem nenhuma desculpa! Nada de não ter tempo para fazer o que você deve fazer, nada de culpar o trabalho e o tempo que corre. Vem à minha mente a cena do coelho da Alice, que corre o tempo todo com o relógio na mão, gritando: É tarde! É tarde!

E o tempo vira o grande vilão. Ou o nosso cúmplice? Vem cá, bem baixinho, e me diz: Quantas vezes você o culpou pois estava com zero vontade de fazer algo, ver alguém ou ao menos telefonar? Estou inventando?

Às vezes, penso que o tempo é como um grande objeto que flutua entre nós, como uma grande nuvem. Vamos passando e pegando o pedaço que nos convém. E ele cresce, se refaz e nós pegamos mais, ou menos. Tentamos recompor aquele buraco que apareceu, mas ele se transforma em outra coisa e nunca mais... Não fique triste, porque você pode aproveitar outras formas, e também criar outros desenhos.

Houve um momento, nas minhas pequenas férias nas montanhas, em que chovia muito, e uma enorme tristeza me invadiu pelos gostosos momentos que eu imaginava não ter vivido. Uma dor profunda lá da infância me incomodava. Até que olhei para as

montanhas, com aquela chuva fininha me dizendo que não ia parar tão cedo, e as nuvens foram fazendo desenhos incríveis! Eram cinco ou seis tons de cinza, umas menos densas, outras mais pesadas... E fiquei a contemplá-las, até que minha dor foi embora com elas e suas novas formas.

Resolvi que este ano vou brincar mais com esta nuvem chamada tempo. Vou criar novas formas e ver as velhas se dissolverem sem nenhum problema ou saudade. Brincar de nuvem nova, fazer com que aquelas formas velhas que insistem em voltar se transformem em desenhos engraçados, para que eu possa rir delas e de mim. Rir deste tempo que não podemos controlar, aproveitá-lo da melhor maneira possível e sempre criar. Criar sem parar!

Um 2011 com muita alegria para você, com muitas nuvens para você brincar bastante!

Até!

seu modo de vida de rebelião contra Deus, enquanto que a natureza irracional cumpre submissa as leis divinas. Eis o motivo pelo qual a

natureza protesta tão amargamente contra a humanidade”,

ao que Deus respondia dizendo:

“Eu os purgarei com minhas varas e os atormentarei até que voltem para mim… os ventos terão fedor de putrefação e o ar vomitará tanta

sujeira que as pessoas não ousarão sequer abrir suas bocas”,

mostrando uma sombria premonição dos problemas ecológicos de hoje.

O manuscrito que contém as iluminuras, o Codex 1942 da Biblioteca Estatal de Lucca, é posterior à sua morte, mas parece copiar a fonte original. O livro se abre com a figura alada monumental da Caridade/Amor, que engloba em si todo o universo criado. Diz ela em Caritas, a primeira visão do Liber divinorum operum:

“Eu sou a suprema e incandescente força que acendeu todas as centelhas vivas, e eu não criei coisa alguma morta… e eu sou a vida ígnea da essência de Deus: Eu ardo acima da beleza dos campos, eu brilho

nas águas, eu queimo no sol, na lua e nas estrelas… Sou também a Razão. É meu o trovão da sonora Palavra pela qual toda criação veio à existência, e eu animei todas as coisas com meu alento, de modo que

nenhuma é mortal em seu gênero, pois eu sou a Vida”.

Boa parte do livro está concentrada na descrição da constituição e forma do ser humano, compreendendo seu corpo físico e sua alma, correlacionando a forma humana com vários aspectos do microcosmo e do macrocosmo, como ilustração de um extenso comentário aos 14 primeiros versículos do Evangelho de São João e ao livro do gênesis. Todas as partes do corpo são carregadas de simbolismo. Um exemplo:

“A esfera do crânio indica o poder dominante da humanidade… Deus revela através de nossos olhos o conhecimento pelo qual Deus prevê e conhece tudo de antemão… Deus se nos revela através de nossa

habilidade de ouvir todos os sons da glória sobre os mistérios ocultos… pelo nosso nariz, Deus mostra a sabedoria que reside como um oloroso

senso de ordem em todas as obras de arte… por nossa boca, Deus indica a Palavra divina, a Palavra pela qual Deus criou todas as coisas…”.

Page 6: 13   essência da luz

6 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Bhagavad-Gita, canção divina

Certa vez, dei uma palestra na Casa de Padre Pio, na qual foram abordados temas Védicos sob diferentes pontos de vista.

Logo no dia seguinte, recebi o seguinte e-mail de um membro da Casa: “Como Sri Yukteswar é um dos mentores espirituais da CPP e seguimos sua orientação, talvez fosse bom nos congregarmos em torno apenas de suas diretrizes, numa coerência de ideias e ensinamentos”.

Inicialmente, achei que tinha desrespeitado as propostas espirituais da Casa. Mas afinal, temos até um quadro de Yogananda, discípulo de Yukteswar, bem na entrada, antes de subirmos as escadas. Meditei, pedindo orientação. Assim que encerrei, fui fazer uma arrumação na parte de cima de meu armário para doar uns livros que já não me interessavam mais. Quando, de repente, caiu na minha cabeça – literalmente – uma revista que falava sobre regimes totalitários. Sentei no chão e dei uma folheada.

Sabem o que eu li? Com uma ou outra adaptação, a reportagem dizia que os seguidores de um determinado ditador “achavam que, por ser ele um dos mentores do regime vigente, deveriam seguir sempre a sua orientação, pois era necessário se congregarem em torno apenas de suas diretrizes, numa coerência de ideias e ensinamentos”.

Consta na Bhagavad-Gita que Deus nunca criou nem desejou a igualdade. Muito pelo contrário, Ele habitou nosso Planeta com pessoas diferentes, de classes (varnas, em Sânscrito) diferentes, que pensam, sentem e agem de formas diferentes. Segundo Krishna, a diversidade é necessária.

A irritação diante das diferenças pessoais evidencia a nossa estrutura de pensamentos, ainda baseada na falsa percepção de que “eu sou o centro do universo”. A busca da igualdade, na verdade, é fruto de prepotência, arrogância e egoísmo, e gera sobre o outro críticas, fofocas e os mais diversos tipos de ataques.

Acredito, ou melhor, estou certo ser uma das metas da Casa de Padre Pio atingirmos, por mais paradoxal

que pareça, a igualdade na diversidade. Então, por que ainda tanto criticamos, fofocamos, falamos mal, geramos discórdias, etc.?

No nível espiritual em que se encontra o nosso planeta (plano bhuvah, em Sânscrito), tanto forças do “bem” como do “mal” atuam igualmente. Obviamente, escolher em que lado estamos é uma opção pessoal. Mas, esta ainda é uma análise bastante primária. O maior problema está na cegueira de cada um relativa à nossa própria essência. Muitas vezes, a roupagem gerada por atividades espirituais nos dá a falsa impressão de sermos seres “luminosos”. E é justamente aí que as forças opostas atuam sem que as percebamos.

O 1º verso do capítulo 1 da Bhagavad gita nos alerta que se não estivermos dispostos a ver o nosso lado “negativo”, que dificulta a nossa reunificação com a Nossa Origem Divina, nem adiantará ler o próximo verso.

Nossos estudos acontecem na Casa de Padre Pio - Rua Assunção, 297 - todas as quartas-feiras, às 19h30. Não precisa se inscrever previamente. Basta chegar e se sentar! E você está convidado.

(Informações: [email protected])

A Igualdade na Diversidade Marcelo Patury

Page 7: 13   essência da luz

7

Reflexão

Durma bem e acorde para a vidaSandra Rosenfeld *

Este é o título do meu livro publicado recentemente. Sempre que começo a escrever, a primeira coisa que faço é dar

um título. É claro que, antes de iniciar a escrita, já tenho o livro ou o artigo na minha cabeça, mas, no momento em que estou à frente do computador, preciso colocar um título, mesmo sabendo que pode não ser o definitivo.

Não foi diferente com esse meu livro. O título deve ter sempre a ver com o que pretendo escrever; então, o primeiro título do livro foi Insônia. Mas eu não estava satisfeita. Até que um dia, ao deitar, disse para mim mesma: “Sandra, você vai criar o título que tanto deseja”. E, ao acordar, o título veio com toda a força: Durma bem e acorde para a vida. Yes!!! Era esse! Tive certeza! E todos com que eu falava, inclusive na editora, concordavam que a escolha foi muito feliz.

Eu queria um título que resumisse a importância de um sono bem dormido. Quem não dorme bem não vive bem, não aproveita a vida plenamente. Uma vez ou outra, dormir mal, tudo bem, mas há pessoas que dormem mal constantemente. A vida não é boa para quem passa parte ou, dependendo do caso, até o dia todo, sonolento, irritado, mal-humorado, cansado, confuso, a memória falhando, a criatividade ausente, desanimado, desestimulado e até deprimido.

Noites mal-dormidas constantemente podem causar depressão e outras doenças, visto que o sistema imunológico pode ficar enfraquecido, tornando-nos menos resistentes a gripes e viroses, por exemplo. E, para quem já sofre de alguma doença, a tendência é piorar ou demorar mais tempo para curar. Sem falar em olheiras, aparência abatida, pele e cabelos sem brilho, olhar cansado... Quem não tem sono recuperador envelhece precocemente e pode engordar também.

Isso tudo porque o sono não é perda de tempo, como muitos pensam. O sono não está à parte da vida, ao contrário, ele é vida. É durante o sono que muitos hormônios importantes são liberados.

Hormônios esses responsáveis por regular o sono, retardar o envelhecimento, gerar maior disposição, manter o tônus muscular, eliminar gordura, controlar a sensação de saciedade, proporcionar o crescimento das glândulas mamárias e a produção do leite, entre outros fatores que determinam a nossa qualidade de vida.

grande parte das queixas de quem dorme mal é ansiedade e estresse, outros apenas percebem que não acordam bem. Se você faz parte do primeiro grupo, é possível reverter suas noites mal-dormidas, muitas vezes, apenas através de simples mudanças de hábitos ou aprendendo alguma técnica de relaxamento. Caso esteja incluído no segundo grupo, é importante pesquisar o que pode estar acontecendo durante o seu sono. Você pode ter algum distúrbio do sono e não saber.

Bons sonos e sonhos!!!

* Sandra Rosenfeld é escritora, terapeuta em qualidade de vida como instrutora de Meditação, Coach Pessoal e Palestrante. Autora dos livros Durma Bem e Acorde para a Vida e O que é Meditação, ed. Nova/Record.

Page 8: 13   essência da luz

8 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Coluna Livre

gary Renard, autor dos livros O Desaparecimento do Universo e Sua

Alma Imortal, é um professor de Um Curso em Milagres. Este recurso de aprendizado não é uma religião, mas lida com o tema da espiritualidade. O currículo que o curso propõe foi cuidadosamente concebido e é explicado de maneira simples e completa por gary Renard, em seus dois livros.

Antes de ser escritor, a vida desse homem mudou radicalmente, depois de ter tido uma carreira de guitarrista, numa banda de rock, em Boston. Pouco depois, mudou-se para o Maine. Apesar do sucesso como guitarrista e de trabalhar no mercado de capitais, sentia que precisava buscar por respostas espirituais. Passou por falência, com dívidas em bancos, e perdeu todo o dinheiro que ganhara nos anos anteriores. Uniu-se então a um grupo de amigos que estudava os ensinamentos da Nova Era e começou a meditar durante 2 horas todos os dias. Em suas orações, lembrava sempre que gostaria de ter vivido na época de Jesus e de ter ouvido seus ensinamentos. Sentia-se ligado a Jesus.

Na semana anterior ao Natal de 1992, quando sua vida já se encontrava mais organizada, após meditar, deparou-se com uma mulher e um homem, vestidos com roupas contemporâneas, sentados no sofá à sua frente. Assustado, mas não amedrontado, iniciou uma conversa com os dois, que mais tarde revelaram ser dois mestres ascensionados. Os dois, cujos nomes eram Arten e Pursah, passaram a fazer aparições durante os 9 anos seguintes. Nesse tempo, deram instruções para que ele se juntasse a um grupo de estudos de Um

Curso em Milagres e iniciaram com ele os ensinamentos de Jesus, que se estruturam no perdão e no amor.

Instruído por esses dois mestres, gary Renard começou a escrever o livro O Desaparecimento do Universo, que foi lançado em 2002. Em seguida, escreveu Sua Alma Imortal. Os livros tiveram enorme aceitação e são lidos por milhares de estudantes do curso.

No ano seguinte, começou a falar em público, em seminários por todos os Estados Unidos. A partir dessa data, gary Renard tem feito palestras em várias cidades da Europa. Tornou-se um respeitado professor de Um Curso em Milagres e tem sido descrito como um dos

mais surpreendentes oradores espirituais, levando a mensagem de Jesus a estudantes do mundo inteiro.

Através de uma fonte superior de inspiração, recebeu orientação para falar sobre ilusões, vidas passadas, religião, sexo, política e o milagre do perdão. Ensina a humanidade a desatar os nós do ego, através do perdão e, assim, a quebrar o ciclo de nascimento e morte.

gary Renard e sua fascinante estória do encontro com dois marcantes guias espirituais têm levado muitos à cura de hábitos egóicos, permitindo que a humanidade, guiada por ensinamentos de Jesus, venha a praticar o perdão e o amor.

Em 2009, recebeu o Infinity Foundation Spirit Award. Prêmio antes concedido a poucos líderes espirituais, como Ram Dass, Dan Millman, gary Zukov, James Redfield e Neale Donald Walsch.

Experiência Interior Luminosa Nadja Chaves

Page 9: 13   essência da luz

9

Dize-me como andas e te direi quem ésCamila Moraes

Terapias

Muitas pessoas da casa de Padre Pio conhecem o gDS como o grupo de Desenvolvimento da Santidade, atividade que acontece na casa todas as terças-feiras; entretanto, o meu objetivo aqui é apresentar um novo gDS. Trata-se de um método fisioterápico de abordagem biomecânica e comportamental, que atua na prevenção, no tratamento e na manutenção da boa organização corporal.

O nome gDS deve-se à sua criadora, Godelieve Denys-Struyf, que desenvolveu esta técnica nas décadas de 60 e 70. Fazendo uso da experiência de quinze anos como retratista, da análise morfológica e psicológica das formas, da antropometria, Mme Struyf teve a ideia de aplicar esse modo de observação à fisioterapia, no contexto das deformações e algias (dores) do sistema locomotor. Seu objetivo foi realizar uma abordagem mais individualizada da mecânica humana.

O Método gDS de cadeias musculares e articulares trabalha com o conceito de que a nossa atitude postural e a forma do nosso corpo derivam de uma multiplicidade de fatores, desde os genéticos até aos psíquicos e aos comportamentais, assim como certos traços da nossa personalidade.

Uma das ideias recorrentes no gDS é a de que o nosso corpo é uma linguagem, exprimindo em sua postura aquilo que nossas palavras não conseguem expressar. Sendo o corpo um meio de comunicação extraordinário, devemos procurar conhecê-lo para estruturá-lo. Para uma abordagem individualizada - seja ela preventiva ou curativa - é importante “olhar” as mensagens gestuais e posturais desse corpo, para decifrá-las e entrar em comunicação (verbal e não verbal) com ele. É fundamental que ocorra tal diálogo entre o terapeuta e o corpo do paciente,

sobretudo quando a palavra está ausente, viciada ou “doente”. É fácil, aliás, verificar que nossa atitude postural é diferente, conforme estejamos nos sentindo “alegres” ou “tristes”. A partir de elementos exteriores percebidos e elementos interiores vividos, utilizamos o nosso corpo para exprimir, através de nossas posturas, gestos e mímicas, ou seja, através de nossos músculos, aquilo que pensamos e sentimos. Mesmo quando a expressão é inibida, o sistema neuromuscular é ativado da cabeça até às mãos e aos pés. Pensamentos e emoções põem em atividade grupos musculares que colocam todos os segmentos do corpo em estado de prontidão, tanto para a expressão como para a ação.

godelieve Denys-Struyf torna mais claro os mecanismos dessas expressões psico-corporais, das quais os músculos são instrumentos. As observações relativas ao modo como o paciente utiliza o corpo irão, por sua vez, determinar os “modos de emprego” mais adequados a esse específico sistema locomotor. O resultado será um modo funcional e personalizado de equilíbrio, harmonização e utilização corporais, mais consciente e adaptado ao paciente e às exigências do seu ambiente. Portanto, a proposta do Método gDS é a leitura precisa dessa linguagem, a fim de determinar os meios para que o corpo possa reencontrar a liberdade de movimento e de expressão.

Além de uma abordagem mais individualizada, outro ponto dos mais importantes no Método GDS é que ele oferece a cada um a possibilidade de assumir o trabalho terapêutico e preventivo sobre si próprio. Estão ao alcance de todos nós algumas chaves para o nosso próprio corpo. Podemos aprender a desenvolver uma estratégia psico-corporal de prevenção, adequada ao nosso caso, ou contribuir para a cura de nosso organismo “doente”, pois há um terapeuta em cada um de nós.

Page 10: 13   essência da luz

10 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Astrologia e Autoconhecimento

PeixesRosa Carmen Sá de Alverga

PEIXESPeixes é o último signo do elemento Água e rege a

décima-segunda casa, a última da mandala zodiacal. A casa 12 é o local do nosso Eu mais oculto, do silêncio total, das profundezas do mar, dos segredos que mantemos escondidos no fundo da alma.

Regido por Netuno (o Senhor dos mares) e tendo Júpiter como co-regente, o Peixes representa o último estágio da nossa aprendizagem na Terra, ligando o espírito à matéria. Isto nos mostra a importância de olharmos e tentarmos entender a nossa evolução nesta vida através da Astrologia. O caminho que percorremos entre o Áries (primeiro signo do Zodíaco) e o Peixes (o último) nos leva por uma via circular, numa Mandala em que o início e o fim se encontram, num movimento que não deve ser fechado, mas espiralado e atemporal. Para quem acredita que reencarnamos, ao alcançarmos o último signo do Zodíaco, estaríamos em nossa última reencarnação. Sendo assim, as pessoas regidas por este signo deveriam estar no último ciclo da evolução humana, já em condições de unir os opostos que representam o Bem e o Mal nesta vida. Mas, a maioria dos humanos parece encontrar-se longe disso e vamos vivendo no meio-termo, atingindo, por enquanto, muito mais os extremos inferiores do que os mais elevados.

Apresentação de um(a) pisciano(a):Sou filho de Netuno, como os seres das águas mais

profundas, da morada do silêncio. Não é por acaso que, muitas vezes, me fecho em mim mesmo, me resguardando dos ruídos do mundo exterior. Nesses instantes, me isolo para mergulhar em outras dimensões do ser. Minha percepção do mundo é extraordinária: extremamente sensível a tudo o que se passa ao meu redor, funciono qual uma antena parabólica, que tudo absorve. Preocupo-me realmente com o próximo, sinto-me solidário com a dor do outro. E essa empatia com os outros me dá condições de entender o que sentem, provocando em mim muita compaixão e me envolvendo numa onda de sentimentos intensos de desejo de ajudar, de resolver, de afastar os males e as dificuldades do nosso mundo. Procuro agir com humildade, amabilidade e delicadeza. Busco amar de forma incondicional e perdoar facilmente.

Muito intuitivo e místico, costumo ser um visionário, um sonhador; acredito que podemos, através da fé e da devoção a uma força maior espiritual, transformar vidas e mover montanhas. gostaria de ser missionário, pois consigo me desapegar de tudo e me dedicar a qualquer trabalho voluntário. Sinto-me atraído pela medicina, sei que posso ser terapeuta e curador. Como médium, facilmente transcendo a matéria! Não que eu renegue a matéria; sei apreciar os

encantos da criação divina na Terra, mas minha imaginação me leva ao intangível, às visões mais deslumbrantes, me enleva e me ajuda a criar.

O perigo acontece quando me deixo levar pelas minhas fantasias, avaliando mal o que se passa e me perdendo nas brumas da ilusão e da confusão, ou tendo comportamento ocioso, cheio de manias, escapista, usando bebidas e drogas para fugir do tédio do cotidiano. Posso criar dependência a toda forma de vícios, inclusive, fingir, mentir e enganar. Fico muito crítico e hostil como meu signo oposto Virgem. Neste caso, o meu “silêncio” respeitoso, sábio, receptivo, aberto à divindade e à iluminação, torna-se negativo, representando dificuldade de comunicação ou fuga da realidade. Além disso, pode ser uma atitude de desprezo e indiferença para com o próximo.

Ambicioso e orgulhoso, imaginando sempre realizar grandes coisas (o co-regente do Peixes é Júpiter), tenho “ideias brilhantes” que nunca coloco em prática. Tendo a melindrar-me por qualquer coisa, torno-me muito susceptível a tudo e a todos, criando mágoas e ressentimentos. Com isso, a boa e intensa energia espiritual, que poderia levar-me à superação do ego, se esvai, e desenvolvo um ego fraco, inseguro e indefinido, impressionável e facilmente influenciável. Algumas pessoas me dizem que possuo muito charme e sedução. Um poder magnético, acompanhado de suavidade no olhar. Não tem a ver com beleza, é algo indefinido que traz carisma e atrai os outros. Mesmo assim, às vezes, sinto-me um pouco tímido e carente, gostaria também de ser cuidado, ao invés de só cuidar. Possuo tendência ao romantismo e posso estar sempre em busca de um ideal inalcançável em vários setores da vida. Internamente, sou músico, cantor, poeta, ator, artista plástico. O cinema e a fotografia me fascinam! Quando me interesso pelas coisas do espírito, busco ardentemente a salvação da minha alma, procuro conhecer todos os caminhos que possam me levar a Deus. Consigo viver o êxtase, atingir o nirvana. Acredito no Homem Universal, no Amor Incondicional, na Proteção Divina e em Anjo da guarda!!

Não devemos permitir que o nosso lado pisciano fique perdido, circulando entre os extremos: santidade, genialidade e loucura.

Sobre isso, há uma frase do psiquiatra inglês R. D. Laing, que se ajusta bem às polaridades do Peixes: “Místicos e loucos encontram-se no mesmo oceano, porém os místicos nadam, ao passo que os loucos se afogam.” Que possamos aprender a nadar no oceano da Vida...

Page 11: 13   essência da luz

11

“Todos os homens são células de um só organismo divino, no corpo divino.”  (Sai Baba)

Estamos mais uma vez tentando mostrar a riqueza do estudo da Astrologia, que faz com que, até hoje, ela seja respeitada

e usada como instrumento de entendimento dos acontecimentos da vida terrena e, principalmente, de autoconhecimento, o que, sem dúvida, é o mais importante. Mas, não é só o nosso signo que deve nos interessar. De nada adianta falarmos em união, se nos virmos sempre separados, sozinhos ou em grupos limitados. Se temos consciência da nossa unidade com toda a criação, sabemos que os acontecimentos do mundo influem em cada um de nós, assim como nós influímos neles. Por isso, quando o Sol do nosso sistema planetário, assim como os outros astros, se encontram em determinado signo ou fazem aspectos entre si, somos todos atingidos pelas energias que eles irradiam, e estas contêm mensagens e avisos para aqueles que possuem antenas para captá-las! Portanto, não fiquemos restritos só aos nossos mapas astrais, procuremos atentar para tudo o que for dito sobre os recados astrais no nível coletivo. Os astros também funcionam como mensageiros dos deuses, dos nossos protetores, dos nossos amigos mais evoluídos! Eles são agentes do Bem e podemos nos aliar a eles.

Desde o ano passado, temos tido aspectos difíceis entre Júpiter, Saturno, Urano e Plutão. Em Abril deste ano, com o Sol em Áries, teremos mais cinco planetas, todos em conjunção entre si, também no signo de Áries, agravando esse quadro astral. São eles Mercúrio, Vênus, Marte (regente de Áries), Júpiter e Urano, que, ao mesmo tempo, estarão fazendo oposição ao Saturno em Libra e, também, quadratura ao Plutão em Capricórnio. Isto é, resumindo, tudo o que estiver acontecendo pelo mundo, relacionado a toda espécie de guerras, lutas, violências, conflitos, acidentes e catástrofes naturais, igualmente tenderá a recrudescer, a se agravar, a se espalhar e, ainda, será um momento de julgamentos precipitados e injustos. Estes serão, sem dúvida, aspectos fortíssimos que influenciam a todos nós.

Aspecto crítico (quadratura) entre Urano, em Áries (conjunto a Júpiter), e Plutão em Capricórnio:

Força atômica. Cortes inesperados e inexplicáveis. Riscos de radioatividade e contaminação. Transtornos ideológicos e políticos. Desintegração. Experiências profundas, sofridas e radicais. Impulsos bruscos e fortes que podem destruir. Acessos, loucura. Contradições profundas. Tensões provenientes

de uma força que emerge inesperadamente do inconsciente pessoal e coletivo, afetando o campo social e as massas. Engajamento ideológico ou político. Possibilidade de desintegração de um sistema político. Mudanças de comportamento. Extremismos. Intransigência. Inabilidade técnica. Poluição do espaço aéreo e subterrâneo. Armas. Agressividade. Violência. Crimes. No campo emocional, indicação de fortes contrastes entre liberdade e repressão. Rupturas, divórcios, separações. Sexualidade extravagante, violência sexual ou retração da sexualidade. Batalha sem repouso. Transformações de uma geração que vive a fatalidade inexorável. Fim de um processo civilizatório.

Como seria o efeito de um aspecto positivo nesse caso:

Avanços significativos para a história da humanidade. grandes transformações na vida social e coletiva. Expansão na área do conhecimento humano. Avanços da Ciência e da Tecnologia. Avanços nas Telecomunicações. Descobertas de novas partículas. Desenvolvimento da mecânica quântica. Conquistas espaciais, energia nuclear, solar e eólica. Desenvolvimento das tecnologias. Avanços nos anticonceptivos e drogas para potência sexual. Forças renovadoras e regeneradoras que emergem do inconsciente pessoal e coletivo. Riqueza psíquica. Descobertas de novas formas de cura para doenças. Reconquistas de posições de poder com renovação. Eliminação do que é inútil. Reformulação do antigo. Coragem de mudar, audácia. Liberdade. Reformas no campo social, político e da Justiça. Nova visão e percepção de outras dimensões. Descoberta de mistérios e segredos. Aumento de habilidade mágica. Magia do Bem. Despertar da mente mais profunda, expressando a Mente superior. Transporte psíquico. Poder criativo e curativo. Trazer para fora o que está oculto. Despertar da luz. Revitalização. Revelação de

Momento AstralRosa Carmen Sá de Alverga

Evolução

Page 12: 13   essência da luz

Imagens e Símbolos

12 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

As mensagens do mundo espiritual chegam até nós por diversos caminhos. Mesmo em meios aparentemente “não-espirituais”, somos

agraciados com verdadeiras pérolas, que nos permitem evoluir espiritualmente; e como o lótus que nasce do lodo, muitas vezes, essas preciosidades se escondem atrás da máscara de algo pesado, soturno e, por que não dizer, perturbador. A sétima arte está repleta destes ensinamentos e, quando entrei no cinema para assitir ao novo filme de Darren Aronofsky, Cisne Negro, minha primeira reação foi: “Aposto que Ermance Dufaux colaborou com a realização deste longametragem!”

Cisne Negro (Black Swan, 2010) conta a história da bailarina Nina Sayers (Natalie Portman), obcecada por perfeição e pela ideia de se tornar a prima ballerina da companhia da qual faz parte. Finalmente, sua oportunidade de ouro se apresenta, quando ela é convidada a protagonizar a montagem de O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. Para Nina, interpretar o Cisne Branco é tarefa fácil, afinal identifica-se completamente com a personagem, pois, como ela, sustenta uma

imagem de menininha perfeita, metódica, virginal, pura e inocente. O grande desafio para ela será o de dançar o Cisne Negro, arquétipo da sensualidade e da sedução. Sedução requer confiança, ousadia, segurança, malícia e desinibição. O Cisne Negro não dança com perfeição técnica, mas com emoção e volúpia. Para encarnar esta personagem, Nina terá que enfrentar suas tão temidas e reprimidas sombras.

Ao longo do filme, adentramos no universo psíquico da bailarina, extremamente afetado pela excessiva repressão de seus sentimentos, em prol da sustentação de uma falsa imagem de perfeição. A despeito de todo o esforço descomunal para sufocar suas sombras, o Cisne Negro parece emergir aos poucos, tal qual uma fera irada por tantos anos de cárcere. Os primeiros sinais da emersão do Cisne Negro são alergias, eczemas, unhas caindo e toda sorte de cenas de alto teor aflitivo, para que possamos sentir na nossa pele o estado interior de agonia em que se encontra a bailarina. Além dos sintomas no corpo físico, também manifestam-se sérios distúrbios psicológicos. Nossa reação automática

Cinema e Espiritualidade

Ermance Dufaux roteirista hollywoodiana?Clarice Saliby

guias espirituais. Novas Lideranças religiosas. Novos Mitos. Novas Profecias.

Signos e planetas são símbolos representativos dos movimentos da vida e funcionam como mensageiros de boas ou más notícias. Mas a melhor notícia é que não funcionam sozinhos, dependem da nossa consciência, da nossa fé e da nossa vontade, pois o maior e melhor agente de nossas vidas somos nós mesmos! Os “deuses”, representados por eles, nos exortam a transcendermos qualquer pensamento negativo e aprisionante e a enxergarmos além da superfície pela expansão da consciência, trabalho que necessita ser realizado com calma e perseverança, em prol de um mundo melhor e mais justo. Mas, de nada adianta ficarmos repetindo belas palavras, nem fazendo previsões, sem que haja uma ação real em nosso interior. Essas energias são cumulativas, cada encontro desses arquétipos no Cosmos funciona como um empurrão, um incentivo a mais para a nossa evolução. É como uma súplica do Cosmos, um grito de alerta: “Fiquem atentos, mortais, trata-se da nossa sobrevivência, todos somos responsáveis!” Por isso, precisamos prestar atenção ao que essas energias estão assinalando, ao que necessitamos conter ou melhorar, para não nos deixarmos levar descontroladamente por elas, pois a energia que não sabemos usar, nos usa sem dó nem piedade. Cuidemos, pois, de nossos pensamentos, palavras e obras!

Plutão, como ponto focal desse aspecto, representa

a necessidade de um mergulho em nosso Eu interno, para alcançarmos uma profunda transformação em nosso psiquismo e para que este se ligue ao inconsciente coletivo, eliminando tudo o que não serve mais, num trabalho alquímico, de alta potência, realizado com paixão, transcendendo a nossa pequenez e trazendo a purificação ao nosso planeta Terra, a morte de antigas atitudes egoístas e o surgimento de um ser humano redimido e de um mundo renovado.

Todos nós podemos agir, não devemos ficar presos apenas a teorias, e sim buscarmos a nossa verdade. A verdade que cada um pode encontrar em si mesmo, para ser resgatada, usando o que os astros nos trazem de melhor, neste momento: justiça e entusiasmo que despertam em nós esperança, generosidade, tolerância, e nos conduzem à prosperidade (Júpiter); maturidade e respeito, o que gera disciplina, estabilidade, integridade, discernimento e despojamento (Saturno); idealismo e coragem, trazendo o novo, o diferente, a reforma, o que nos desperta e liberta (Urano); força e poder que nos ajudam a purificar, a regenerar, a redimir, a curar e a renascer (Plutão). Lembremos sempre do que mais desejamos nesta vida: SERMOS AMADOS E FELIZES!!! E, para que isso seja possível, é preciso que TODOS AMEM!

AMÉM!MUITA ORAÇÃO, PAZ E AMOR.

Page 13: 13   essência da luz

é: “Pobrezinha da bailarina…” Mas a riqueza do filme reside justamente no fato de entendermos que aquela bailarina somos todos nós, sem exceção. O processo de interpretar o Cisne Negro nada mais é do que aquele de enfrentar nossas sombras. As doenças e desarmonias nascem da negação das próprias sombras, pois também nós continuamos alimentando a ilusão de sermos o Cisne Branco e somente ele.

Diz nossa querida Ermance Dufaux, em seu Reforma Intima Sem Martírio: “O ensino do evangelho ‘reconcilia-te depressa com teu adversário enquanto estás a caminho com ele’ é um roteiro claro. Essa reconciliação depende da nossa disposição de encarar a realidade sobre nós próprios, olhar para o desconhecido mundo interior, vencer as ‘camadas de orgulho do ego’, superar as defesas que criamos para esconder as ‘sombras’ e partir para uma decidida e gradativa investigação sobre o mundo das reações pessoais, através da auto-análise, sem medo do que encontraremos”. Ou seja, um auto-olhar desprovido de ilusões. Mas em nenhum momento se fala de extinguir as sombras, nem mesmo de reprimi-las: “...as expressões que melhor significado apresentam para a tarefa íntima de melhoria espiritual serão ‘harmonia com a sombra’ (…). Interiorização é conquistar nossa ‘sombra’, elevando-a à condição de luz do bem para a qual fomos criados. Portanto, esse adversário interior deve se tornar nosso grande aliado, sendo amavelmente ‘doutrinado’ para servir ao luminoso ideal do homem lúcido e integral para o qual, inevitavelmente, todos caminhamos.”

C. G. Jung, em Psicologia e Religião, Obras Completas, vol XI/1, Ed. Vozes, expressou bem essa ideia, ao se referir ao Evangelho de Mateus, 5:25, e ao interpretá-lo, de acordo com a Psicologia Analítica:

“Se fores, no entanto, apresentar tua oferta perante o altar, e ali te lembrares que tens algo contra ti mesmo, deixa ali tua oferenda e vai primeiro reconciliar-te contigo mesmo.” E acrescentou: O adversário não é senão o outro em mim.

Quando Nina rejeita a sua sombra, ela o faz por considerar que ela contenha c a r a c t e r í s t i c a s negativas que devam ser escondidas da sociedade, a fim de que seja aceita pela mesma. Mas consequentemente, isola também uma série de atributos positivos e fundamentais, como a sensibilidade, a fluidez,

a espontaneidade, etc. “Luz e sombra são opostos, no entanto, uma depende da outra, assim como o passo da perna direita depende do passo da perna esquerda. Luz e sombra, perfeição e imperfeição, são faces de uma mesma estrutura da alma, razão pela qual será impróprio adotar o conceito de eliminação para os assuntos da vida interior. Nunca eliminamos uma ‘parte’, a integramos.”, nos diz Ermance Dufaux na obra citada acima. A metáfora do Cisne Negro nos relembra que a reintegração de nossas sombras faz parte de nosso dharma coletivo enquanto seres humanos encarnados no Planeta Terra.

Portanto, Ermance Dufaux e Darren Aronofsky nos convidam para dançarmos O Lago dos Cisnes em toda a sua plenitude. Não é tarefa fácil, mas o resultado é uma dança bonita e verdadeira, guiada pela leveza de um coração honesto consigo mesmo. Despidos da prisão amarga da auto-ilusão, somos agraciados pelas bênçãos do auto-perdão e do amor-próprio, sem a pressão sufocante do perfeccionismo e com a sagrada oportunidade de recomeçar sempre.

Que cada um de nós possa, cada vez mais, dançar a verdadeira e imprecisa dança que vem direto de nossos corações!

13

Page 14: 13   essência da luz

14 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Grupos da Casa de Padre Pio

1 – Introdução

Uma vez por mês, uma sessão de cura espiritual é realizada na Casa de Padre Pio, usando-se um fenômeno espiritual denominado materialização. A materialização, de acordo com a Doutrina Espírita, é o fenômeno mediúnico, no qual um espírito desencarnado ou um objeto qualquer não proveniente do mundo físico, aparecem no mundo físico em sua forma original. Os espíritos materializados nessa sessão de cura são espíritos que, na sua vida terrena pregressa, foram médicos e, depois, quando passados ao mundo espiritual, aprenderam com instrutores técnicas antes não encontradas na Terra. Esses espíritos se materializam e tratam pacientes do mundo físico nos seus desequilíbrios físicos (doenças da Terra).

Por sua vez, o ectoplasma, definido como a parte periférica do citoplasma celular e, na parapsicologia, como a substância visível que emana do corpo de certos médiuns, envolve o perispírito do espírito a ser materializado, como pedaços de tecidos leves e finos, ou interpenetra os objetos, dando-lhes forma e movimento. O fenômeno independe das qualidades morais e do caráter do médium, pois são emanações psicofísicas, das quais o citoplasma é uma das fontes de origem. Portanto, o fato do médium fumar, ingerir bebidas alcoólicas, tomar drogas ou abusar da alimentação inadequada não faz com que ele seja mais ou menos apto, mas sofre influência das toxinas que contaminam o ectoplasma, a ponto de prejudicar o organismo dele próprio. A materialização será mais perfeita se o médium tiver os cuidados necessários na sua alimentação (não beber álcool, não fumar, não comer carne, etc.).

2- Como é a reunião?

Essa reunião, como toda reunião espiritual, já foi preparada no Plano Espiritual. O coordenador da reunião, no plano superior, nos passa as diretrizes para a reunião aqui na Terra. Essas diretrizes vão desde o número de médiuns de efeito físico que apoiarão a reunião até o preparo que todos deverão ter.

Um médium principal deita numa maca, dentro de uma cabine escura e entra em transe para a doação de ectoplasma. Este é um médium, chamado de

efeitos físicos, capacitado a produzir a quantidade de ectoplasma necessária às materializações. Essa energia essencial é usada por espíritos médicos treinados em seus lares celestiais, presentes na cabine. Eles, então, misturam nesta energia essencial aquelas que trazem do plano superior, juntamente com os fluidos da natureza. Com elas, formam o que desejam materializar.

3 – O espírito médico e seus instrumentos

Para abrir a reunião, seu dirigente faz uma prece, acompanhada por outros médiuns presentes.

Só é materializado um dos espíritos médicos presentes, mas há sempre participantes de diferentes especialidades, como biólogos, químicos, etc. E, logo após ser materializado, este espírito encarregado da intervenção se dirige a uma outra maca em que se

Materialização na Casa de Padre PioEmmanuel Passos

Page 15: 13   essência da luz

15

encontra deitado o paciente a ser tratado. Começa, então, o atendimento que é feito com instrumentos que também foram materializados. Esses instrumentos emitem o tipo de luz adequado à necessidade do tratamento do paciente, seja para curar seu corpo físico, seja seu perispírito.

4 - Sobre a escolha dos pacientes

Os pacientes são indicados após passagem pelas Salas de Tratamento e pelo Atendimento Fraterno, que acontecem nas terças, quartas e quintas-feiras em nossa Casa.

Quando um paciente procura a cura espiritual, ele recebe explicações sobre como o tratamento é feito em três etapas:

A primeira é feita pelo médico da Terra por meio de alopatia e/ou homeopatia (a Casa não aceita o abandono dessa etapa, por considerá-la primordial).

A segunda fase – considerada vital – é executada pelo próprio paciente, através de sua reforma íntima. A doença que ele apresenta, no momento, é um desequilíbrio (energético) de seu corpo, que é, em geral, proveniente de seu desequilíbrio mental/emocional, que causou lesões no seu corpo físico. Se o paciente continuar a ter vida desregrada ou com as mesmas atitudes viciosas que podem lhe parecer, por força do hábito, inofensivas, como, por exemplo, julgar os outros, falar mal de pessoas, permanecerá gerando as energias negativas que lhe são prejudiciais. O paciente não obterá merecimento para a sua cura, se não se tornar uma pessoa diferente da que adoeceu.

A terceira fase é aquela em que são convocados os médicos do espaço. Com o paciente consciente de que está preparado para pedir e obter o benefício da cura, os caridosos espíritos usam, se considerarem necessário, técnicas médicas ainda não conhecidas na Terra e, até mesmo, tratam do perispírito daqueles que sabem ser merecedores.

5- Minha experiência

Certa ocasião, estava sozinho com o médium em transe na maca antes de começar a sessão de materialização, e vi, comovido, começar a sair o que me parecia ser uma fumaça da região do umbigo do médium em transe. Densa, essa espécie de fumaça foi formando uma figura que me pareceu um ser

humano. Bastante emocionado, compreendi que estava acompanhando a materialização de um espírito médico, exatamente como já fora informado em leituras e conversas com médiuns companheiros de jornada. Estes espíritos materializados podem utilizar até a voz direta, para passar mensagens que considerem importantes no processo de cura dos seus pacientes. O fato é que todos os casos de exercícios caridosos de quaisquer tipos de mediunidade glorificam o Pai!

6 – Como fica o médium na materialização

André Luiz nos conta que, durante esse fenômeno especialíssimo, o médium é desdobrado e afastado do corpo, semelhante a um desencarne. “Assim prostrado, sob o domínio dos técnicos de nosso plano, começou a expelir o ectoplasma, pasta flexível à maneira de uma geleia viscosa e semilíquida, através de todos os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais, particularmente a boca, as narinas e os ouvidos, com elevada porcentagem a se exteriorizar igualmente do tórax e das extremidades dos dedos”, explica ele. Esse fluido condensado é de uma alvura extraordinária, ligeiramente luminosa, comparável à clara de ovo, com um cheiro característico e indescritível.

7- Outras fontes de pesquisa

Em O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, estão compiladas algumas explicações do espírito São Luís sobre a teoria das manifestações físicas. Ele diz que o que anima a matéria ou os objetos que se movem, bem como o que materializa os espíritos, é uma combinação do fluido cósmico universal com o fluido do perispírito do próprio médium e o fluido do perispírito de espíritos mais ligados à matéria, ou seja, menos evoluídos. Essa composição fluídica “anima” a matéria, envolvendo os objetos entre o espaço molecular e penetrando igualmente os corpos, como um imenso oceano.

No livro Materializações Luminosas, de Rafael Ranieri, são dadas explicações desses fenômenos, detalhadamente.

Se o leitor entrar na pesquisa Google da internet com a palavra materialização, poderá ainda ver vídeos e fotos ilustrando esse fenômeno.

Nosso objetivo aqui foi apenas o de descrever como isso acontece na Casa de Padre Pio.

Page 16: 13   essência da luz

16 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Cruzadas do Bem

HORIZONTAIS1. Faculdade de agirmos de acordo com a nossa vontade3. Característica de quem é puro como um anjo6. O estudo e a interpretação mística das Escrituras da religião judaica (Torá)7. Dividir com outra pessoa, participar junto com outrem11. O grande intercessor, o Consolador, o Espírito Santo13. Aquilo que emana, desprendimento de substâncias voláteis16. Tratamento espiritual que visa a cura do assédio de espíritos, encarnados ou não18. Ideia de união entre as pessoas19. Atitude de aceitação das diferenças entre as pessoas20. O sentimento de irmandade, de convivência como irmãos

VERTICAIS2. Restaurar, tornar novo3. O estudo da Natureza e da transformação dos elementos pelos sábios da Idade Média, anterior à Química tal como a conhecemos4. O cerne de um ser, substância5. Atitude positiva diante da existência6. Casa espiritualista no Rio de Janeiro que homenageia um Santo italiano, natural de Pietrelcina8. Prece 9. Atitude destemida diante do perigo ou de dificuldades10. Arcanjo líder dos Exércitos Celestiais12. Acordar14. Prática terapêutica, de natureza espiritualista, que consiste no desdobramento e na dissociação dos múltiplos corpos de que seria constituído o ser humano, mediante uma sequência de comandos energéticos mentais15. Desculpa, indulto 17. De acordo com o que é de Direito

Obs. As vogais não devem ser acentuadas e as respostas que contenham mais de uma palavra devem ser escritas sem espaços em branco entre elas. As respostas estão disponíveis no blog (www.casadepadrepio.blogspot.com) ou no site da Casa de Padre Pio (www.padrepio.org.br).

3 4

5 6

11

12 13 14

17

15

20

16

18

10

1 2

7

19

9

8

Page 17: 13   essência da luz

17

Segunda-Feira17:00 às 17:50 Meditação 72 sopros Divinos – Sala de Meditação

18:00 às 19:00 Meditação Dirigida – Sala de Meditação

18:00 às 19:15 Passes Magnéticos – Sala de Passe

19:45 às 21:30 Palestra – Auditório e Sala de Meditação

Terça-Feira 15:00 às 17:00 Massagem Espiritual – Sala de Tratamento

15:30 às 18:30 Atendimento Fraterno – Sala do Atendimento Fraterno (Com distribuição de senhas)

18:00 às 20:00 Tratamento Espiritual – Sala de Tratamento

18:00 às 20:00 Meditação sobre os 4 Evangelhos – Sala de Meditação

19:15 às 21:30 Grupo de Desenvolvimento Mediúnico – Auditório

19:30 às 21:00 Reequilíbrio Espiritual Semanal – Sala de Passe

Quarta-Feira14:00 às 17:00 Atendimento Psicológico – Sala de Meditação (Via Atendimento Fraterno)

15:30 às 18:30 Atendimento Fraterno – Sala do Atendimento Fraterno (Com distribuição de senhas)

17:00 às 18:00 Atendimento com Fonoaudióloga – Sala de Passe (Via Atendimento Social)

18:00 às 19:30 Tratamento Espiritual – Sala de Tratamento

18:00 às 21:30 Apometria - Inscrição: [email protected] – Sala de Passe

19:30 às 21:00 Massagem Espiritual – Sala de tratamento

19:30 às 21:00 Estudo sobre Bhagavad-Gita – Auditório

Quinta-Feira15:00 às 17:00 Atendimento de Shiatsu/Reiki – Sala de Tratamento (Via Administração)

15:30 às 18:30 Atendimento Fraterno – Sala do Atendimento Fraterno (Com distribuição de senhas)

18:00 às 20:00 Tratamento Espiritual – Sala de Tratamento

19:00 às 20:20 Grupo de Estudos de Espiritualidade de Cabalá – Auditório

19:00 às 20:30 UCEM – Um Curso em Milagres – Sala de Passe

19:00 às 20:30 Estudo do Livro dos Espíritos (mensal) – Auditório

Sexta-Feira13:00 às 15:00 Reequilíbrio energético Polaridade – Dr. Morgan (Via Administração)

18:00 às 20:00 Reequilíbrio Espiritual Mensal – Auditório (1ª sexta-feira do mês)

18:30 às 21:00 Tratamento Espiritual (quinzenal)

19:00 às 21:00 Educação Mediúnica – Sala de Meditação

19:00 às 21:00 Estudo das Tradições Nativas (mensal) – Auditório

“ A oração é a melhor arma que possuímos; é a chave do coração de Deus.” Padre Pio

Atividades da Casa de Padre Pio

Seja bem-vindo à Casa de Padre Pio: Uma Escola de Como Viver em Deus.• Para participar dos tratamentos espirituais oferecidos pela nossa Casa é imprescindível passar pelo ATENDIMENTO FRATERNO.

• Os tratamentos espirituais são gratuitos.

• A Casa de Padre Pio acolhe 100 famílias carentes. Aceitamos como doação: alimentos, roupas, brinquedos, medicamentos, material escolar, etc.

• Você também pode contribuir sendo um associado, ou seja, sendo um sócio contribuinte mantenedor.

• Para usufruir dos tratamentos terapêuticos realizados por especialistas-voluntários, pedimos a contribuição de uma cesta básica ou o seu equivalente em recursos.

Para sugestões, informações e doações, envie uma mensagem para: [email protected]

ENDEREÇO: Rua Assunção, 297 – Botafogo – Rio de Janeiro – CEP 22251-030 – Tel.: 2286-7760

2ª a 5ª Feira: 9h00 às 13h00 e 14h00 às 21h30 – 6ª Feira: 9h00 às 19h00

www.padrepio.org.br

Page 18: 13   essência da luz

18 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Personagens Marcantes

Não somos responsáveis pela incredulidade do nosso próximo, mas somos responsáveis pela sua ignorância...”

Madeleine Delbrêl, (Conferência aos Estudantes, UNESCO - 1961)

UMA MULHER ESCOLHIDA POR DEUS (1904/1964)

Madeleine Delbrêl nasceu em Mussidan, cidadezinha da França, filha única de uma família da pequena burguesia. Iniciada no

cristianismo, na adolescência é influenciada pelos ambientes literários e filosóficos em que o pai a introduz, deixando-se seduzir pelo ateísmo e positivismo. As consequências desastrosas da Primeira guerra Mundial levam-na a duvidar da existência de Deus.

Com apenas 17 anos, refletindo sobre as questões existenciais, ela escreve:

“Alguém disse: ‘Deus está morto!’.E, se é uma verdade, devemos ter a honestidade

de não mais viver como se Ele estivesse vivo... Deus era eterno, hoje apenas a morte é eterna... É mais conveniente esgotar a própria inquietude na infindável sequência dos prazeres imediatos...”

Assim, dança, brinca, vive com intenso amor pela vida; é livre, loucamente livre. Passa a fazer cursos de História e de Filosofia na Sorbonne, onde se destaca pela profunda capacidade de análise. Aos 18 anos, conhece Jean Maydieu, impetuoso universitário, dinâmico e pensador, alegre e profundo. Apaixonam-se e planejam casar-se. Inesperadamente, ele a abandona e entra no noviciado dos Dominicanos. O caráter misterioso do encontro e da ruptura faz Madeleine confrontar seu ateísmo seguro com as certezas cristãs de Maydieu. Ela quer entender a força que o atraiu para a vida sacerdotal. Madeleine adoece, seu pai fica cego e sua mãe trabalha demais.

Neste momento, ela se interroga: “Por que tanto sofrimento? Como alguém

pode preferir Deus acima de tudo?”E, na busca tenaz da verdade, resolve mudar de

perspectiva:“E se acaso Deus existe?... Decidi rezar... Depois,

refletindo, encontrei Deus; rezando, senti que Deus se encontra comigo e que Ele é real e vivo, que pode ser amado como se ama uma pessoa.”

Então, começa o seu caminho de conversão. “... o mundo inteiro me parecia pequeno e

irracional e o destino dos homens, estúpido e mau. Quando soube que vivias, fiquei grata a Ti por me teres feito viver...”

Assim, seu encontro com Maydieu não fora uma atração superficial, mas o sinal de uma convergência muito mais profunda. Ele, atendendo à sua vocação, levou Madeleine a compreender, pouco a pouco, o seu chamado. Madeleine considera a ideia de consagrar-se totalmente a Deus no Carmelo.

Porém, o agravamento de problemas familiares e os conselhos do seu guia espiritual fazem-na entender que os planos de Deus eram outros: uma consagração total sem se retirar do mundo; ao contrário, deveria mergulhar até o fundo, “com os pés enfiados na lama”, para poder encontrá-lo no próximo que caminha pelas ruas da cidade, como sua companheira de viagem.

RUAS DA CIDADE, CAMINHOS DE DEUS

Madeleine começa a se engajar em atividades paroquiais e, com um grupo de moças, coloca-se a serviço dos mais pobres. Persegue um sentido mais fundamental para si: reza muito e dedica-se a viver o Evangelho e as beatitudes. Escolhe o celibato para viver um amor exclusivo a Deus, porém como leiga, porque “se sente chamada a viver plenamente submissa à Sua vontade e inteiramente flexível e disponível sob o impulso do Espírito Santo”. Estuda Serviço Social para melhor cuidar dos outros, e, com suas amigas, resolvem viver em comunidade, sem serem religiosas. Querem uma vida realista, com pobreza de meios, unidas a Jesus, trabalhando no bairro, vivendo

Madeleine Delbrêl, a apóstola das ruas

Page 19: 13   essência da luz

19

Poesia

Poesia – A Linguagem da Alma

Senhor, Convida-nos para dançar (Madeleine Delbrêl)

a caridade fraterna, a oração, a solidão, a humildade. “Que a nossa comunidade esteja ligada à Igreja

como a linha numa roupa, de uma forma invisível. É a caridade e o amor que mantêm as partes unidas”.

Tratava-se de uma ideia arrojada e inovadora, até profética: leigas consagradas, inseridas no mundo e livres de estruturas rígidas. Madeleine, com sua capacidade de diálogo aberto e leal, consegue aproveitar ocasiões de encontro com os militantes comunistas e, como assistente social, envolve-se com eles nos trabalhos sociais da cidade. A generosidade, a coragem, a dedicação e a eficácia deles causam-lhe admiração e quase tentação. Mas, profundamente fiel ao Evangelho, rejeita a ideologia e o ateísmo ativo. E, aos que a criticam sobre a sua perigosa convivência com os comunistas, ela retruca: “Jesus nunca disse: ‘amarás teu próximo como a ti mesmo, exceto os comunistas!’; e... meu próximo imediato são os comunistas...”.

O AMOR FAZ DA VIDA UMA FESTA

Para Madeleine, a oração é uma ação e a ação é uma oração:

“Parece-nos que a ação, perfeitamente realizada onde é exigida de nós, nos insere em toda a Igreja, nos difunde em todo o seu corpo, nos torna disponíveis nela. Nossos passos seguem numa rua, mas nosso coração bate no mundo inteiro. Cada pequeno ato feito com amor nos faz encontrar Deus, numa grande liberdade de espírito. Então, a vida é uma festa!”

Para ela, o amor simplifica o que é difícil e facilita o que parece humanamente impossível. Por isso, Madeleine vive sua missão com tanto entusiasmo, desprendimento e dedicação. Unindo a verdade com a bondade, faz com que as pessoas, de qualquer credo político ou religioso, sintam-se acolhidas e amadas gratuitamente. Consegue, assim, despertar a imagem de Deus no fundo dos corações, resgatando-lhes a dignidade. Em 1995, foi introduzida no Vaticano a causa de beatificação de Madeleine Delbrêl, pequena grande mulher do século 20, profetisa do papel dos leigos na Igreja.

Fonte: Madeleine Delbrêl – 1904-1964 – Rues des Villes, chemins de Dieu, Christine de Boismarmin – Nouvelle Cité - Paris - 1985 Segue, para nosso deleite, um lindo poema de Madeleine.

Muitos santos sentiram vontade de dançar, tão contentes estavam de viver. Santa Teresa de Ávila com suas castanholas, São João da Cruz com o menino Jesus nos braços e São Francisco de Assis diante do Papa. Se estivéssemos contentes Contigo, Senhor, não conseguiríamos resistir a essa vontade de dançar.

Penso que, às vezes, estejas farto disto: de pessoas que falam de servir-Te com ares de comandantes, de conhecer-Te com ares de professores, de Te atingirem com regras de esporte, de Te amarem como se ama um casal de velhos. Um dia em que sentias vontade de outra coisa, Inventaste São Francisco e fizeste dele Teu jogral.

Senhor, vem convidar-nos, estamos prontos a dançar em nossa caminhada, dançar estas contas, este jantar a preparar,

esta vigília em que teremos sono... Dançar, por teu amor a dança do trabalho, e a do calor, e depois a do frio. Se certas árias são em tom menor, nós não diremos que são tristes, se outras nos deixam um pouco sem fôlego, não diremos que são de arrasar. E se um ou outro nos esbarra, não faremos caso, sabendo que é assim mesmo quando se dança.

Dá-nos viver nossa vida, não como um jogo de xadrez, onde tudo é calculado, não como uma competição onde tudo é difícil, não como um teorema que nos quebra a cabeça, mas como uma festa sem fim, onde nosso encontro se renova, como um baile, uma dança, entre os braços da Tua graça, na música universal do Teu Amor.

Page 20: 13   essência da luz

20 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio

Prece

Luiz Augusto de Queiroz

Onde quer que estejamos, vamos recolher a palavra física e mergulhar na fonte de toda palavra, a palavra sagrada que

é o silêncio. Vamos permitir, nos aquietando, penetrando em nosso templo interior, que esse silêncio inefável e profundo possa fazer soar a sua palavra, a sua voz. Simultaneamente, cada um de nós poderá se valer do instrumental divino que possui, ainda que estejamos desatentos a ele, na maior parte do tempo, nós, que somos uma centelha divina. Mas tal expressão, de tão utilizada, perdeu para muitos o seu significado profundo, algumas vezes distorcido, porque a centelha nos remete a uma partícula, a um fragmento, e, mesmo sendo verdade, pode inadvertidamente nos remeter a uma sensação de fragmentação, de pequenez e de ausência de poder.

De certa forma, somos realmente uma centelha, mas jamais no sentido de sermos impotentes ou incapazes de manifestar a essência da natureza, da qual somos, na qual nos movemos e existimos – a própria luz – atributo primeiro da Divindade. Como inquietos que somos, o instrumental que nós, como centelhas divinas, temos à disposição, é o poder supremo e sublime que se expressa de forma parcial, bloqueada, restrita, sob a forma de nossos sentimentos, de nossa consciência e de nossos pensamentos.

Temos, ao longo das eras, restringido e viciado tais forças, de modo que, filhos pródigos, ondas afastadas da consciência do mar, não percebemos que nossos pensamentos, aliados ao sentimento e à consciência que se expande, são um instrumental de origem Divina, através do qual tudo foi criado, a partir do Todo, todos os universos, todos os seres.

Na azáfama diária em que vivemos, nos esquecemos, de maneira quase completa, do poder do silêncio, e sabemos, pois, não é o silêncio físico! Porque a palavra sábia, o verbo, é filha do silêncio; e só as palavras filhas do silêncio possuem o poder do verbo em plena cotação e manifestação divinas. As palavras nascidas do desequilíbrio da divindade em nós, fruto do movimento para fora, de saída de um estado paradisíaco, edêmico, tais palavras criam, em função secundária, apenas véus sobre véus e artificiam realidades que não possuem maior essência do que aquela encarcerada no tempo em que duram estas mesmas funções.

Mas quando a palavra é filha do silêncio, ela possui o poder libertador e remove a um tempo véu após véu. Uma só palavra, filha do silêncio luminoso profundo, que é a Presença Divina em nós, vale mais do que um milhão delas a estabelecer criações falsas, mas que infelizmente possuem o poder de nos manter presos a elas, por

elas. Mas, toda vez que somos chamados a nos voltar para dentro e sentir, na quietude, a Presença, essa força sublime e suprema em nós, é renovada a oportunidade para que esse instrumental sagrado possa ser de forma sagrada utilizado. Isto é, fazer de forma sagrada com que as forças sagradas e divinas em nós realizem a Obra que nós, como filhos e filhas do Altíssimo, estamos destinados a realizar, independente de sermos ou de nos considerarmos merecedores ou pecadores.

Portanto, que esses momentos de quietude nos unam e, mais do que isto, nos unifiquem. Que possamos saborear, como quem saboreia o fruto da árvore da vida, as verdades que se fundem numa só verdade e que nos libertam com a única e verdadeira liberdade, a do espírito, que nos faz, como nas palavras do Mestre Inesquecível, “soprarmos como o vento para onde quisermos”.

E, como a lei proclama desde sempre, faça-se a luz: no momento em que cada um de nós, por mais pecador que se creia, compreender, viver e conhecer esta força e proferir o verbo, filho do silêncio, a ilusão se desfaz. Uma brisa desfaz a neblina da manhã, permitindo que possamos ver o sol em toda a sua glória. Valorizemos os momentos de silêncio que nos chamam de retorno ao lar, para que a nossa palavra jamais se afaste dele; e que toda palavra que pronunciarmos tenha, em suas entranhas, a força suprema: a luz que vem do silêncio.

Abençoa-nos, Senhor, e que todos nós, nosso corpo, nosso corpo espiritual e nossa alma, fiquemos plenos de luz para que sejamos símbolos da Tua Luz, onde quer que estejamos, onde quer que caminhemos.

Que a paz esteja conosco!

graças a Deus.