a enfermagem no domicÍlio -...

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CIêNCIA E TéCNICA GESTÃO DA ESPERANÇA EM CUIDADOS PALIATIVOS CIêNCIA E TéCNICA O CUIDADO À PESSOA EM ESTADO CRÍTICO enfermagem em revista N.º107 . ABRIL 2013 A ENFERMAGEM NO DOMICÍLIO ISSN 0872-8844

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ciência e TécnicaGeSTÃO Da eSPeRanÇa eM cUiDaDOS PaLiaTiVOS

ciência e TécnicaO cUiDaDO À PeSSOa eM eSTaDO cRÍTicO

enfermagem em revista

n.º107 . ABRIL 2013

a enfeRMaGeM nO DOMicÍLiO

ISSn

087

2-88

44

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SUMáRiO

P04 edITorIal

P05 aCTualIdadeSperda da memÓrIa proVoCada pela Idade pode Ser reVerSÍVel

P06 aCTualIdadeSflora InTeSTInal alTera meTabolISmo do Corpo e pode CauSar obeSIdade

P07 aCTualIdadeSfruToSe pode Ser a CHaVe para o GanHo de peSo

P10 CIênCIa & TÉCnICao CuIdado à peSSoa IdoSa em eSTado CrÍTICo

P19 CIênCIa & TÉCnICaComunICação de máS-noTÍCIaS

P25 CIênCIa & TÉCnICaa TeorIa da TranSIção e a SITuação da peSSoa Com defICIênCIa

P31 CIênCIa & TÉCnICaGeSTão da eSperança em CuIdadoS palIaTIVoS: o desafio da intervenção

P34 CIênCIa & TÉCnICaperSpeTIVa e SobreCarGa do famIlIar CuIdador do IdoSo Com alzHeImer

P40 CIênCIa & TÉCnICaa da fISIoloGIa da mICção à reeduCação da bexIGa deSInIbIda

P43 CIênCIa & TÉCnICador CrÓnICa não malIGna no IdoSo

P49 CIênCIa & TÉCnICaInTerVençõeS GrupaIS e ComunITárIaS papel doS CuIdadoreS

abr

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013

edITorIal

4

Cada vez mais se nota que nos serviços do SnS existe falta de enfermeiros. essa escassez de recursos humanos, associada a uma falta crónica de recursos materiais e a um ambiente que nem sempre favorece um trabalho em equipa saudável, que potencie as competências de cada um para melhorar a qualidade do atendimento e assegurar que os utentes se sentem seguros e satisfeitos, tem criado nos profissionais um clima de insegurança, de insatisfação, em muitos casos de stress grave e de cansaço que é prejudicial para a garantia da qualidade e da eficiência que tantos apregoam. está mais do que estudado que estes ambientes são propiciadores de erros que podem ser graves. para além dos erros começa a ser notório a manifesta falta de cuidados de que os utentes e seus familiares já se queixam. existem doentes que se queixam de que não lhes são prestados os cuidados de higiene (conheço alguns casos) e que o argumento apresentado para essa situação era a falta de pessoal e aconselhando os familiares a reclamarem.

ora estas situações configuram uma situação grave que é necessário atalhar, dando a conhecer as situações de escassez em relação ao desejável que constrangem a possibilidade da prestação dos cuidados necessários aos doentes, reportando para as administrações estas situações. Se não o fizermos estamos a incorrer numa responsabilidade que nem sempre é legal, porque partilhada com as administrações, mas que é com certeza ética. Somos formados para cumprir um mandato social, que exige de nós a prestação de cuidados de enfermagem que satisfaça as necessidades das pessoas face às suas respostas às situações reais ou potenciais de saúde e doença e lhes potencie a capacidade de se auto-cuidarem. para isso as entidades empregadoras, sejam públicas ou privadas, tem que proporcionar as condições necessárias ao cumprimento desse mandato. Sempre que isso não acontecer é nosso dever, enquanto profissionais, denunciar essas circunstâncias, seja para as administrações, seja junto dos utentes e seus familiares para que possam ter a noção daquilo a que, tendo o direito de usufruir enquanto clientes de um serviço, não lhes está a ser fornecido.

existem já muitos enfermeiros emigrados que começam a relatar as suas experiências e devemos tomar nota delas. em oxford diz um enfermeiro aí emigrado que nos dias piores, i.e. nos dias em que há maior carência de enfermeiros, o ratio é de um enfermeiro para 3 doentes em serviços de trauma e de um para cinco nos restantes serviços. os recursos materiais são em quantidade adequada e quando não existem os materiais necessários a enfermeira responsável reclama imediatamente para a administração.

Temos que tomar consciência de que temos um mandato e que nos comprometemos e portanto devemos exigir as condições, naturalmente dentro dos limites das capacidades financeiras do país, para que possamos cumprir esse mandato e garantir que os doentes são cuidados e bem cuidados.

AntónIo FeRnAndo S. AmARAL, [email protected]

eDiTORiaL

aCTualIdadeS

5

Perda da memória Provocada Pela idade Pode ser reversível

SeCção da reSponSabIlIdade de anTóniO feRnanDO aMaRaL

a deficiência de uma proteína no hipocampo ce-rebral é a principal causa para a falta de memória no envelhecimento, mas esse processo associa-do à idade pode ser reversível, diferente do que acontece com o alzheimer, aponta pesquisa di-vulgada na revista Science Translational Medicine.O novo estudo foi liderado por um dos maiores especialistas em memória do mundo, o austría-co eric Kandel, que trabalha na universidade de Columbia, nos estados unidos. o neurocientista foi premiado em 2000, junto com arvid Carlsson e paul Greengard, com um nobel de fisiologia e medicina por suas pesquisas em lesmas-do-mar que identificaram os genes e as proteínas que tornam possíveis as lembranças de curto e longo prazo nos neurónios.Segundo os autores a pesquisa fornece sólidas evidências de que a perda de memória associa-da à idade é uma síndrome com causas e con-sequências independentes da doença de alzhei-mer, e de que os resultados dessa descoberta te-rão impacto na saúde pública.para diferenciar os processos de perda de memó-ria desencadeados pelo envelhecimento dos ini-ciados pela doença de alzheimer, o grupo avaliou células cerebrais em estado de pós-morte retira-das de oito adultos que tinham entre 33 e 88 anos. Isso permitiu isolar as regiões do hipocampo, res-ponsáveis pela aprendizagem e pela memória no cérebro, que são prejudicadas por cada um dos dois tipos de perda de memória, destacando o papel da proteína rbap48. eles apontaram que a

sua diminuição no cérebro está associado a uma menor capacidade do órgão em lembrar de fatos.depois de identificar a ação da proteína nas amostras de células cerebrais humanas, os neu-rocientistas fizeram alterações genéticas da rbap48 para saber como é que ela se comportava nos cérebros de ratinhos jovens em comparação com os animais mais velhos.nesse estudo adicional, o grupo constatou, nos espécimes mais jovens, a mesma perda de me-mória das cobaias mais velhas, causada "natural-mente" pelo envelhecimento. porém, ao restaurar os níveis da proteína, a memória dos ratinhos jo-vens voltava à capacidade normal.numa uma segunda etapa, os pesquisadores fi-zeram transferência genética viral nos cérebros de ratinhos velhos, aumentando a presença da Rbap48. O resultado foi uma melhoria na capa-cidade de memória com a proteína, com índices comparáveis aos notados em ratinhos jovens, o que segundo os investigadores pode ser enco-rajador.este resultado vem mostrar que a rbap48 tem um papel fundamental nesse processo, e que a perda de memória associada à idade se dá pela mudança no funcionamento dos neurónios, di-ferenciando esse tipo de perda de memória da influenciada pela doença de alzheimer, que cau-sa perda significativa de neurónios no cérebro.o artigo científico ressalta, no entanto, que ain-da não é possível afirmar que a mesma técnica se possa aplicar a cérebros humanos.

equipe da Universidade de columbia, nos estados Unidos, identificou que a falta de uma proteína no hipocampo é a principal causa da perda de memória associada ao

envelhecimento. O estudo feito com células cerebrais humanas retiradas de cadáveres, assim como de ratinhos, é a evidência mais forte até agora de que a deterioração da memória com a

idade é diferente da causada pela doença de alzheimer. "a perda de memória pela idade dá-se por uma mudança no funcionamento dos neurónios, diferenciando esse tipo da influenciada pela doença de alzheimer, que causa perda significativa de neurónios no

cérebro", explica o nobel eric Kandel, que coordenou o estudo.

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aCTualIdadeS

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Flora intestinal altera metabolismo do corPo e Pode causar obesidade

estudo feito com ratinhos, e publicado na Science/AAAS, mostra que a flora intestinal humana tem um fator determinante no metabolismo do organismo. as cobaias tiveram a mesma dieta e consumiram a mesma quantidade de alimentos, mas o grupo que recebeu bactérias da flora intestinal de obesos engordaram mais dos que aqueles que foram injetados com micróbios do intestino de pessoas magras. na segunda fase da pesquisa, os obesos "emagreceram" com uma dieta saudável (rica em fibras e pobre em gorduras saturadas), que os fez obter bactérias intestinais dos companheiros magros; mas quando foi alimentado com poucas fibras e muita gordura, o grupo obeso não impediu o ganho de peso, pois não conseguiu obter as "bactérias boas"

a composição da flora intestinal desempenha um papel determinante no metabolismo, re-velam os trabalhos feitos com ratos de labora-tório, que corroboram os resultados de estu-dos anteriores, abrindo potencialmente uma via para tratamentos contra a obesidade.esta pesquisa, publicada na revista Science, mostra que os ratinhos que receberam, no seu intestino esterilizado, bactérias da flora intes-tinal de pessoas obesas ganharam mais peso do que aqueles a quem foram injetados, nos intestinos, micróbios do intestino de indivídu-os magros.a experiência demonstra a transmissão para estes roedores das características fí-sicas e metabólicas de um indivíduo atra-vés de sua flora intestinal que, segundo os cientistas, poderia representar um passo importante para o desenvolvimento de pro-bióticos e dietas alimentares personaliza-das para tratar ou prevenir a obesidade. a diferença no ganho de peso entre os dois gru-pos de ratinhos que seguiam a mesma dieta e consumiam a mesma quantidade de alimentos só pode ser explicada pelas características das diferentes floras intestinais, destacou o diretor do Centro de Ciência do Genoma e dos Siste-mas biológicos da faculdade de medicina da

universidade Washington em St. louis, coau-tor do estudo.para determinar quais os microrganismos que permitiriam impedir o ganho de peso, confi-naram os dois grupos de ratos, obesos e ma-gros, numa mesma gaiola e, como esperado, os roedores começaram a consumir os seus respetivos excrementos além da comida for-necida, intercambiando desta forma a sua flo-ra intestinal.após cerca de dez dias, os cientistas desco-briram que os ratinhos acima do peso tinham desenvolvido os mesmos traços metabólicos dos magros. em compensação, estes últimos aparentemente não foram afetados pelos mi-cróbios intestinais dos seus 'companheiros de cela' obesos.os autores do estudo puderam determinar que certas bactérias do filo bacteroidetes conseguiram entrar no intestino dos rati-nhos obesos e provocar mudanças no seu metabolismo. mas nenhuma das bactérias da flora intestinal dos roedores obesos conse-guiu invadir o intestino dos que mantiveram a silhueta.em seguida, os cientistas alimentaram estes ratinhos com os equivalentes a duas dietas modernas: a primeira rica em fibras e pobre

aCTualIdadeS

7

Frutose Pode ser a chave Para o

ganho de Peso

ratos com diminuição da capacidade para metabolizar frutose não ganham tanto peso como ratos normais, relatam investigadores na revista nature. a frutose, que algumas pessoas culpam da epidemia de obesidade e das alterações de saúde relacionadas, aparece em compotas com alta concentração de frutose, sacarose ou açúcar de mesa. o corpo também produz frutose, modificando a glicose num processo que envolve uma enzima denominada aldose redutase.richard Johnson da universidade de Colora-do denver e seus colegas deram água potável açucarada, que era uma solução de glicose a 10 por cento durante 14 semanas, a ratos. os ratos normais ganharam peso e desenvolve-

ram um fígado gordo e resistência à insulina, mas os ratos sem aldose redutase mostraram menos ganho de peso e menos condições re-lacionadas severas.a equipe tinha conseguido, em trabalhos an-teriores, resultados semelhantes quando de-ram água com glicose aos ratos manipulados a quem foi reduzida ou retirada fructokinase, uma enzima que promove a reação em cadeia pela qual a frutose é metabolizada. os ratos com carência de fructokinase não consegui-ram desenvolver essas condições quando ali-mentados com uma dieta rica em frutose.

Ratos que não podem produzir ou metabolizar este açúcar ganham menos peso que ratos normais

em gorduras saturadas e a segunda, pobre em fibras e rica em gordura.Quando submetidos a um regime saudável, os ratinhos obesos adquiriram, como na experi-ência anterior, boas bactérias intestinais dos seus companheiros magros quando ingeriram os seus excrementos, modificando o seu me-tabolismo.mas quando os dois grupos de ratos foram alimentados com uma dieta pobre em fibras e rica em gordura saturada, os obesos não conseguiram adquirir as bactérias intestinais que impedem o ganho de peso.além disso, os magros eram incapazes de manter no seu intestino esta flora que confe-

re proteção contra o excesso de peso.o estudo conclui que estes resultados su-gerem interações mais complexas do que se pensava até agora entre dieta alimentar, massa corporal e flora intestinal na desregu-lação do metabolismo humano.um estudo divulgado nos estados unidos mostrou que as pessoas obesas submetidas a cirurgia de redução de estômago para re-duzir o volume do órgão também observam uma modificação da sua flora intestinal que, segundo os cientistas, explicaria 20% de sua perda de peso após a intervenção.

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CIênCIa & TÉCnICa

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o cuidado à Pessoa idosa em estado crítico

enTrada do arTIGo JaneIro 2011

ReSUMO

em decorrência do crescente envelhecimento

populacional, saber cuidar e intervir junto da

pessoa idosa constitui-se uma das prioridades

na actualidade. Quando o contexto de cuidado é

uma Unidade de cuidados intensivos (Uci), esta

evidência assume uma complexidade e especifi-

cidade diferenciada. O aumento significativo de

internamentos deste grupo etário em cuidados

intensivos fortalece a vontade de reflectir sobre

o exercício da enfermagem contemporânea e

contribuir para a promoção de novos olhares,

pensamentos e formas de actuação.

palavras-Chave: pessoa idosa; cuidados inten-sivos; dimensões do cuidado

aBSTRacT

Due to the growing aging population, care

knowledge and intervene with elder constitutes

one of the priorities at present. When the

context of care is one intensive care Unit

(icU), this evidence assumes a complexity

and specificity differentiated. The significant

increase in hospitalizations in this age group in

care intensive strengthens the desire to reflect

on the practice of contemporary nursing and

contribute to the promotion of new insights,

thoughts and ways of acting.

Keywords: elder; intensive care; care dimensions

MaRia JULia caRneiRO feRnanDeSEnfermeira Graduada no Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Infante D. Pedro, E.P.E.Mestre em Gerontologia, Pós-graduação em Ciências de Enfermagem e Supervisão de Estágios Clínicos

CIênCIa & TÉCnICa

19

comunicação de más-notícias

enTrada do arTIGo aGoSTo 2010

ReSUMO

Má-notícia tem sido definida como qualquer in-

formação que envolva uma mudança drástica

na perspectiva de futuro de uma forma negati-

va. Por este motivo dar más notícias a doentes

pode gerar um grande stress nos profissionais

de saúde a quem cabe esta tarefa e nos doentes

que a recebem.

embora não exista uma forma linear e eficaz de

dar más notícias, o protocolo Buckman ou de

Spikes surge como guia metodológico para a co-

municação das chamadas más noticias. È com-

posto por seis passos e permite “suavizar” este

momento dramático.

no entanto defende – se a formação como a me-

lhor forma de capacitar os profissionais de saúde

a adquirirem competências neste domínio.

palavras-Chave: profissionais de saúde; más--notícias

aBSTRacT

Bad news has been defined as any infor-mation involving a drastic change on the future perspective in a negative way.There-fore giving bad news to patients can gener-ate a large stress in health professional who fits this task and in patients who receive it.although there aren’t any linear and ef-ficient way to give bad news, the Buckman or Spikes protocol emerges as a method-ological guide for communication of the so called bad news. it consists of six steps and allows "soften" this dramatic moment.however the formation is the best way to empower healthcare professionalsto ac-quire skills in this area.

Keywords: Health professionals; bad news

JOÃO aLexanDRe MeSQUiTa ReiSEnfermeiro do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho EPE.Pós-Graduado em Instrumentação Cirúrgica e Mestrando em Cuidados Paliativos

PUBLICAÇÕES SINAIS VITAIS.Dedicação à Enfermagem!

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CIênCIa & TÉCnICa

25

a teoria da transição e a situação da Pessoa

com deFiciÊncia

enTrada do arTIGo abrIl 2011

anTóniO ManUeL cORceiRO De BaRROS Enfermeiro Especialista em Reabilitação - Hospital Egas Moniz

DUaRTe MOURa MaTeUSEnfermeiro Especialista em Reabilitação - Hospital Curry Cabral

MaRcO PaULO LOPeS LOUROEnfermeiro Especialista em Reabilitação - Hospital Curry Cabral

MaRiSa Da cOSTa chaÍnhOEnfermeira Especialista em Reabilitação - Hospital Curry Cabral

PaULa cRiSTina DanTaS Da SiLVaEnfermeira Especialista em Reabilitação - Hospital Egas Moniz

PeDRO MiGUeL LOPeS MaRTinSEnfermeiro Especialista em Reabilitação - Hospital Curry Cabral

ReSUMO

a transição é um conceito que é amplamente

utilizado na área da saúde, esta ocorre ao longo

do tempo e implica pessoas, desenvolvimento,

acções relacionais, acções situacionais, sociais

ou ambientais e mudança, em que, nem sempre

todas as mudanças envolvem transição. abor-

damos neste artigo os eventos transicionais de

uma pessoa cega, bem como as condições nor-

teadoras do seu processo de transição (saúde-

-doença) segundo o modelo transicional de

Melies, enfatizando a transição vivenciada pela

pessoa para a cegueira.

palavras-Chave: processo de transição; cegueira;

intervenções de enfermagem.

aBSTRacT

Transition is a concept that is widely used in

healthcare, this occurs over time and involves

people, development, relational activities,

actions situational, and social or environmental

change, sometimes not all the changes involve

the transition. We approached this article the

transitional events of a blind person, and the

terms of guiding the transition process (health-

disease) according to the transitional model of

Melies, emphasizing the transition experienced

by the person to blindness.

Keywords clinical: Transition process; blindness;

nursing intervenstions.

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CIênCIa & TÉCnICa

34

enTrada do arTIGo abrIl 2011

VeRa SOfia caRReiRa PiReSLicenciada em Enfermagem, a exercer funções no Centro Hospitalar de Torres Vedras.Pós-Graduação em Cuidados Paliativos. Pós-Graduação em Supervisão Clínica.

ReSUMO

a esperança, ou a sua falta, surge associada a

variadas dimensões da nossa existência. Sem

dúvida, que a vivência de uma doença crónica,

progressiva e incurável pode ter influência na

forma como a pessoa encara o futuro, e como

percepciona o seu papel no mundo. contudo, é

possível redimensionar a esperança, ajustar os

objectivos à realidade sem que isso implique ne-

gar a sua existência. a esperança em fim de vida

pode definir-se como uma força de viver inte-

rior e dinâmica que ajuda cada pessoa a viver a

vida, até ao momento da morte.

palavras-Chave: esperança; objectivos realistas;

coping; fim de vida, cuidados paliativos.

aBSTRacT

hope or their absence, is associated with vari-

ous dimensions of our existence. There’s no

doubt, that the experience of a disease, chronic

progressive and incurable may have influence on

the way how people look at the future, and how

perceive their role in the world. however, it is

possible remake hope, adjust the goals to reality

without this involving deny their existence. The

hope at the end of life can be define as an inner

and dynamic strength to live that help each per-

son to live life, until the time of death.

Keywords clinical: Hope; realistic goals; coping;

end of life; palliative care.

gestão da esPerança em cuidados Paliativos:

o desafio da intervenção

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CIênCIa & TÉCnICa

40

PersPetiva e sobrecarga do Familiar cuidador do

idoso com alzheimer

enTrada do arTIGo SeTembro 2011

MaRia Da cOnceiÇÃO feRReiRa M. D. cOSTa SanTOSestudante do 4º ano do Curso de licenciatura em enfermagem da escola Superior de enfermagem da Cruz Vermelha portuguesa.

ReSUMO

O fenómeno do envelhecimento populacional

tem sido observado a nível mundial. È um pro-

cesso global observado em primeiro lugar, nos

países desenvolvidos e que durante as últimas

décadas tem ocorrido também nos países em

desenvolvimento. a complexidade dos proble-

mas sociais relacionados com o impacto provo-

cado pelo aumento da expectativa de vida das

pessoas reflecte-se directamente na manuten-

ção da saúde dos idosos e na preservação da sua

permanência junto da família. neste contexto

está inserida a doença de alzheimer.

palavras-Chave: Sobrecarga; cuidador informal;

idoso com demência; família; enfermagem

aBSTRacT

The phenomenon of population aging has been

observed worldwide. it is a global process first

observed in developed countries and that dur-

ing the last decades have also occurred in devel-

oping countries. The complexity of social prob-

lems related to the impact caused by increased

life expectancy of people is reflected directly in

maintaining the health of the elderly and the

preservation of his stay with their families. in

this context it is inserted alzheimer’s disease.

Keywords clinical: burnout; informal caregiver:;

elderly with dementia; family; nursing

CIênCIa & TÉCnICa

43

da Fisiologia da micção à reeducação da bexiga

desinibida

enTrada do arTIGo feVereIro 2011

MaRia MaDaLena MaRTinS V. MiRanDaEnfermeira graduada com especialização em Enfermagem de Reabilitação - Hospital S. João

ReSUMO

a eliminação vesical é uma necessidade básica

que directamente diz respeito à enfermagem,

uma vez que os enfermeiros detêm um papel

preponderante na sua satisfação e no trata-

mento de eventuais disfunções, objectivando

a sua reeducação. Para alcançar esse objecti-

vo é necessária uma completa compreensão da

anatomia do aparelho urinário e da fisiologia

da micção. a incontinência vesical do tipo neu-

rogénica, e em particular da bexiga desinibida,

assume um especial relevo na enfermagem. Tra-

ta-se de uma disfunção de bom prognóstico em

termos de reabilitação, no entanto, requer uma

abordagem adequada e assertiva por parte dos

profissionais.

palavras-Chave: aparelho urinário, micção, bexiga

desinibida, reabilitação vesical.

aBSTRacT

The elimination bladder is a basic need that di-

rectly concerns the nursing, since, the nurses

hold a part to play in its satisfaction is in the

treatment of possible dysfunctions, aiming at

the rehabilitation of the same. To achieve this

objective, it is necessary to have a complete un-

derstanding of the anatomy of the urinary tract

and the physiology of micturition. The inconti-

nence neurogenic bladder type and in particular

of the bladder disinhibited, assumes a particular

emphasis in nursing. it is a dysfunction of good

prognosis in terms of rehabilitation, however,

requires an appropriate approach and assertive

on the part of professionals.

Keywords clinical: urinary tract, voiding, bladder

uninhibited; bladder rehabilitation

abr

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013

CIênCIa & TÉCnICa

48

dor crónica não maligna no idoso

enTrada do arTIGo maIo 2011

inêS MaRGaRiDa OLiVeiRa aGOSTinhO Enfermeira- Nephrocare Vila Franca de Xira

SaManTa iRiS henRiQUeS SiLVaEnfermeira

ReSUMO

a dor sempre acompanhou a existência huma-

na. com o aumento da esperança média de vida

quem, maioritariamente, sofre de dor crónica

(duração igual ou superior a seis meses) são os

idosos. O enfermeiro é o pilar fundamental no

que diz respeito à avaliação, controlo e trata-

mento da Dor crónica não Maligna no idoso.

este tem um papel preponderante na adesão ao

tratamento e consequentemente no alívio da

dor no idoso.

palavras-Chave: dor crónica não maligna; idoso

aBSTRacT

The pain has always accompanied human ex-

istence. With increasing life expectancy who,

mostly suffering from chronic pain (lasting less

than six months) are the elderly. The nurse is

the cornerstone with regard to assessment,

monitoring and treatment of chronic Pain in

elderly not evil. This has an important role in

treatment compliance and therefore pain relief

in the elderly.

Keywords clinical: chronic pain no malignant

chronic pain; elderly

CIênCIa & TÉCnICa

55

intervençÕes gruPais e comunitárias

PaPel dos cuidadoresMaRTa SOfia faRia SiMõeSLicenciada em EnfermagemEnfermeira Unidade de Cuidados Continuados de Média e Longa Duração – Centro Residencial da Lagoa- Mira

ReSUMO

Para a família desempenhar o seu papel de cui-

dadora, necessita de ser apoiada na prestação

dos cuidados e informada adequadamente so-

bre as mudanças que ocorrem e forma de ac-

tuação, pois só assim o doente e família podem

assumir algum controle sobre a situação, dimi-

nuindo a angústia e ansiedade.

Perceber como cuidar da família do doente

em contexto domiciliário é fundamental, con-

seguindo-se desta forma que esta seja um ele-

mento activo e único da equipa prestadora de

cuidados ao doente.

palavras-Chave: intervenções grupais e comuni-

tárias; papel dos cuidadores.

aBSTRacT

for the family to play their role as caregiver,

you need to be supported in providing care and

adequately informed about the changes that

occur and form of action, because only then the

patient and family can take some control over

the situation, reducing anxiety and anxiety.

Understand how to take care of the family of

patient in the home is essential, achieving in this

way that it is an active element and one of the

team providing care to the patient.

Keywords clinical: group interventions and com-

munity, role of caregivers

enTrada do arTIGo abrIl 2010

pub

nORMaS De PUBLicaÇÃOa revista Sinais Vitais publica artigos sobre a área disciplinar de en-

fermagem, de gestão, educação, e outras disciplinas afins. publica tam-bém cartas ao director, artigos de opinião, sínteses de investigação, des-de que originais, estejam de acordo com as normas de publicação e cuja pertinência e rigor técnico e científico sejam reconhecidas pelo Conselho Científico. a revista Sinais Vitais publica ainda entrevistas, reportagem, notícias sobre a saúde e a educação em geral.

a publicação de artigos na revista SInaIS VITaIS dependerá das seguin-tes condições:

1. Serem originais e versarem temas de saúde no seu mais variado âmbito;2. Ter título e identificação do (s) autor (es) com referência à categoria

profissional, instituição onde trabalha, formação académica e profissional, eventualmente pequeno esboço curricular e forma de contacto;

2.1. os autores deverão apresentar uma declaração assumindo a cedência de direitos à revista Sinais Vitais;

3. ocupar no máximo 6 a 8 páginas a4, em coluna única, tipo de letra arial 11, versão microsoft Word 2003, ou opendocument format (odf).

4. Serem acompanhadas de fotografia do (s) autor (es), podendo ser do tipo passe ou mesmo outra;

5. Terão prioridade os trabalhos gravados em Cd ou submetidos por e--mail acompanhados de fotografias, ilustrações e expressões a destacar do texto adequadas à temática. as fotografias de pessoas e instituições são da responsabilidade do autor do artigo. os quadros, tabelas, figuras, fotografias e esquemas devem ser numerados e a sua legenda deve ser escrita numa folha e de fácil identificação;

6. os trabalhos podem ou não ser estruturados em capítulos, sessões, introdução, etc.; preferindo formas adequadas mas originais.

6.1. devem obrigatoriamente ter lista bibliográfica utilizando normas aceites pela comunidade científica nomeadamente a norma portuguesa, np405-1(1994);

6.2. Todos os trabalhos deverão ter resumo com o máximo de 80 palavras e palavra-chave, que permitam a caracterização do texto;

6.3. os artigos devem ter título, resumo e palavras-chaves em língua in-glesa.

7. São ainda aceites cartas enviadas à direcção, artigos de opinião, suges-tões para entrevistas e para artigos de vivências, notícias, assuntos de agenda e propostas para a folha técnica, que serão atendidas conforme decisão da direcção da revista.

8. a direcção da revista poderá propor modificações, nomeadamente ao nível do tamanho de artigos;

9. as opiniões veiculadas nos artigos são da inteira responsabilidade dos autores e não do Conselho editorial e da formasau, formação e Saúde lda, editora da revista Sinais Vitais, entidades que declinam qualquer responsabi-lidade sobre o referido material.

9.1. os artigos publicados ficarão propriedade da revista e só poderão ser reproduzidos com autorização desta;

10. a selecção dos artigos a publicar por número depende de critérios da exclusiva responsabilidade da revista Sinais Vitais e bem assim, a decisão de inclusão do artigo em diferentes locais da revista;

11. Somente se um autor pedir a não publicação do seu artigo antes de este estar já no processo de maquetização, é que fica suspensa a sua publica-ção, não sendo este devolvido;

12. Terão prioridade na publicação os artigos provenientes de autores as-sinantes da revista Sinais Vitais.

13. os trabalhos não publicados não serão devolvidos, podendo ser levantados na sede da revista.

14. os trabalhos devem ser enviados para [email protected]