a empresa brasileira de infra-estrutura...

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1 A EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUARIA – INFRAERO SETOR COMERCIAL SUL, QUADRA 03, BLOCO A, LOTES 17/18 EDIFÍCIO OSCAR ALVARENGA, TÉRREO – Brasília DF LICITAÇÃO Concorrência Internacional nº 021/DALC/SEDE/2009 Att: Do Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de licitação da Concorrência Internacional nº 021/DALC/SEDE/2009. (Subitem “10.4.1” do edital) RICOCHET AS, (Companhia Ltda) inscrita no “REGISTRO DE EMPRESAS DE NEGÓCIOS, (Register of Business Entreprises)” sob o nº 981.019.881, na data de 31/08/1999, com capital social de 2,920,000,00 NOK, companhia limitada fundada/incorporada em 13/08/1999, empresa estrangeira com sede no País NORUEGA, na cidade de HORTEN, no endereço no GANNESTADVEIEN 2, No. 3184, BORRE, nos termos do seu contrato ou estatuto social, devidamente registrado no “Register of Business Entreprises”, por seu representante legal Sr. Jorn Rod-Larsen, Presidente & CEO, neste ato representado, por seu representante credenciado e bastante procurador a empresa THOREY INVEST NEGÓCIOS E TECNOLOGIA LTDA, pessoa jurídica brasileira, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 62.446.497/0001-23, já qualificada anteriormente do instrumento de procuração apresentada no processo licitatório, com sede na cidade

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A

EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUARIA –

INFRAERO SETOR COMERCIAL SUL, QUADRA 03, BLOCO A, LOTES

17/18 EDIFÍCIO OSCAR ALVARENGA, TÉRREO – Brasília DF

LICITAÇÃO Concorrência Internacional nº 021/DALC/SEDE/2009

Att: Do Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de licitação da

Concorrência Internacional nº 021/DALC/SEDE/2009. (Subitem “10.4.1” do

edital)

RICOCHET AS, (Companhia Ltda) inscrita no

“REGISTRO DE EMPRESAS DE NEGÓCIOS, (Register of Business

Entreprises)” sob o nº 981.019.881, na data de 31/08/1999, com capital social de

2,920,000,00 NOK, companhia limitada fundada/incorporada em 13/08/1999,

empresa estrangeira com sede no País NORUEGA, na cidade de HORTEN, no

endereço no GANNESTADVEIEN 2, No. 3184, BORRE, nos termos do seu contrato

ou estatuto social, devidamente registrado no “Register of Business Entreprises”, por

seu representante legal Sr. Jorn Rod-Larsen, Presidente & CEO, neste ato representado,

por seu representante credenciado e bastante procurador a empresa THOREY

INVEST NEGÓCIOS E TECNOLOGIA LTDA, pessoa jurídica brasileira, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº 62.446.497/0001-23, já qualificada anteriormente do

instrumento de procuração apresentada no processo licitatório, com sede na cidade

2

de São Paulo, Estado de São Paulo, sito a Rua Venceslau Brás, 16, conjunto 91 – Centro

– CEP: 01016-000, por seu representante legal e sócio diretor ao final assinado, Sr.

JACQUES PIERRE DUFRESNE DE LA CHAUVINIERE, francês, casado, portador

da cédula de identidade RNE nº W094965-D expedida pela SE/DPMAF/DPF e

inscrito no CPF/MF sob o número 805.156.308-53, residente e domiciliado na Alameda

Tietê, 111, apartamento 16, Cerqueira César, São Paulo – SP, CEP: 01417-020, vem

perante Vossa Excelência, TEMPESTIVAMENTE e respeitosamente, nos autos da

Licitação CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL Nº 021/DALC/SEDE/2009 –

INFRAERO, da qual participa, com fulcro no Art. 109, I, a, da Lei. nº 8.666/93 de

21/06/1993, alterações subseqüentes e ainda o dispostos nos itens “10.2”, 10.4 e

“10.4.1” do Edital, INTERPOR O RECURSO ADMINISTRATIVO em face do

julgamento lavrado através da “Ata da Primeira Reunião da Comissão de Licitação

Designada para Processar e Julgar a Concorrência Internacional Nº

021/DALC/SEDE/2009, que tem por objeto o fornecimento, instalação e colocação

em operação de 10 (dez) gravadores digitais para diversas localidades, prolatada em

16/09/2010, publicada no D.O.U em 17/09/2010, que considerou do processo

licitatório a empresa licitante estrangeira, RICOCHET AS, ora RECORRENTE,

INABILITADA, a participar do certame, com base no parecer técnico produzido pelos

Membros Técnicos, onde, consta do mesmo que a Recorrente, não atendeu a alínea “f”

do subitem 5.5 do Edital com fundamento legal na alínea “a” do subitem 8.5 do ato

convocatório “Edital”.

De forma que assim, se faz necessário a Recorrente, neste ato,

apresentar as suas RAZÕES DE RECURSO ADMINISTRATIVO, ANEXAS que

passam a fazer parte integrante desta petição de recurso, as quais deverão ser na

forma da Lei, recebidas por esse D. Presidente da Comissão de Licitação, processadas,

para produzir seus regulares efeitos legais a que se destina e também, encaminhadas ao

SUPERINTENDENTE DE ESTUDOS E PROJETOS DA INFRAERO, na forma do

subitem 10.4.2 do edital.

3

Nestes Termos,

Pede e aguarda deferimento.

São Paulo, 22 de Setembro de 2010.

JACQUES PIERRE DUFRESNE DE LA CHAUVINIERE

Sócio Diretor da Thorey Invest Negócios e Tecnologia Ltda

CNPJ/MF Nº 62.446.497/0001-23

Representante Legal Credenciado para o Brasil da RICOCHET A/S.

Carteira de Identidade RNE nº W094965-D

Órgão Expedidor SE/DPMAF/DPF,

CPF nº 805.156.308-53

4

A

EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUARIA –

INFRAERO SETOR COMERCIAL SUL, QUADRA 03, BLOCO A, LOTES

17/18 EDIFÍCIO OSCAR ALVARENGA, TÉRREO – Brasília DF

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de licitação da Concorrência

Internacional nº 021/DALC/SEDE/2009. (Subitem “10.4.1” do edital)

Ao Excelentissimo Senhor Superintendente de Estudos e Projetos da Infraero.

(Subitem “10.4.2” do edital)

Licitação da Concorrência Internacional nº 021/DALC/SEDE/2009

RECORRENTE: RICOCHET AS – Empresa estrangeira.

RECORRIDA: Comissão de licitação da Concorrência Internacional nº

021/DALC/SEDE/2009.

ATO RECORRIDO: “DA RESPEITÁVEL DESCISÃO PROFERIDA

ATRAVÉS DA “ATA DE PRIMEIRA REUNIÃO DA COMISSÃO DE

LICITAÇÃO PARA PROCESSAR E JULGAR A CONCORRENCIA

INTERNACIONAL No: 021/DALC/SEDE/2009, QUE INABILITOU A

RECORRENTE DO CERTAME”,

5

RAZÕES DE RECURSO DA RECORRENTE

DOS PRIMEIROS ESCLARECIMENTOS

NECESSÁRIOS

De plano, há de ser verificado que a:

a) RECORRENTE, em seu país de origem é “Companhia

Limitada” e não uma “Companhia S/A”;

b) A respeitável comissão quando prolatou a r. decisão,

externada da “Ata da Primeira Reunião da Comissão de

Licitação” que ora esta sendo atacada e que INABILITOU a

RECORRENTE, empresa estrangeira, ela comissão analisou e

lançou o dispositivo do seu fundamento, com base na alínea

“f” do subitem 5.5 do edital, e alínea “a” do subitem 8.5

do ato convocatório, sendo que o referido dispositivo

descrito pela comissão, dito por não cumprido pela

Recorrente, trata-se do item que trata da “Organização dos

Documentos de Habilitação – Empresa Brasileira” ora

contido do “item 5” e seguintes do edital, situação esta pela

qual de plano já demonstra que a respeitável comissão analisou

os documentos apresentados pela Recorrente, como se ela

Recorrente fosse uma empresa Brasileira, situação esta última

totalmente equivocada.

6

c) Não obstante, a r. comissão quando da analise dos

documentos apresentados pela Recorrente, analisou os

mesmos entendendo EQUIVOCADAMENTE, que a

Recorrente tratava-se de uma empresa S/A, o que não é

verdade, tanto que quando lançou do campo de observações

do “Mapa de Julgamento” a sua justificativa para inabilitar a

RECORRENTE, ao final descreveu o nome da

RECORRENTE, como se fosse uma Empresa S/A, talvez se

justifique tal equivoco ora cometido pela r. comissão,

partindo-se do pressuposto do nome contido da razão social

da Recorrente “RICOCHET AS”, que pode ter confundido o

entendimento dos membros da comissão.

d) O documento de fls. 28, 29 e 30 e 33 e 34, do caderno

de documentos apresentado pela RECORRENTE,

correspondente “Certificado de Registro” perante o “Centro

de Registro de Bronnoysund” demonstra categoricamente

quanto ao tipo de companhia, a qual se verifica tratar-se de

uma empresa “Companhia Limitada” e o documento de

“CONFIRMAÇÃO” corresponde a comprovação de

regular existência legal no país de origem.

e) A alínea “f” do subitem “6.5” do edital assim encontra-se

redigido:

(...)

“alínea f” – “comprovação de regular existência legal,

mediante documento hábil do país de origem da

licitante, correlato a ato constitutivo, estatuto ou contrato

social em vigor, devidamente registrado, em se tratando

7

de sociedades comerciais, e, no caso de sociedade por

ações, acompanhado de documentos de eleição de seus

administradores e de todas as alterações ou da

consolidação respectiva”; (grifo nosso)

f) Efetuando a categoricamente a analise do texto

contido da alínea “f”, encontra-se patente que a

RECORRENTE, cumpriu na integra e de forma correta

quando da apresentação dos seus documentos, em

especial quando da apresentação do documento de fls. 28,

29 e 30 e 33 e 34, do caderno de documentos referente ao

seu “Certificado de Registro”, perante o “Centro de

Registro de Bronnoysund”, pois, como reconhecido pela

própria comissão, as fls. 2.203, ela Recorrente, por ser

empresa estrangeira ltda, apresentou através do

documento de “confirmação” a comprovação de regular

existência legal, mediante documento hábil do país de

origem da licitante, e também o documento de

“Certificado de Registro”, documento este apresentado

com total relação, correlacionado, correlato ao ato

constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor e ainda,

deste mesmo documento consta também o nome de seus

representantes legais, administradores, presidente do

conselheiro e membros do conselho, ou seja, o referido

documento contém todas as informações necessárias e

requeridas do edital.

g) O Significado da palavra “CORRELATO” (o

mesmo que: “Correlacionado”; “correlativo”; “adj. Que

8

está em relação com outra coisa”; “Que tem

correlação”);

h) Que a segunda parte do texto contido da alinea “f” do

subitem 6.5 do edital, relacionado à: “...e, no caso de

sociedade por ações, acompanhado de documentos de

eleição de seus administradores e de todas as alterações

ou da consolidação respectiva; entende a RECORRENTE

salvo melhor juízo que é destinado somente as empresas S/A

– Sociedade Anônima, o que de sorte não é o caso da

Recorrente, que é empresa “Companhia Limitada” registrada

em seu país de origem a “NORUEGA”, conforme se

depreende do documento de fls. 28, 29 e 30 e 33 e 34, do

caderno de documentos, referente ao seu “Certificado de

Registro”, inscrita no “Registro de Empresas de Negócios da

NORUEGA”, sob o número 981.019.881 em 31/08/1999;

i) Da SIGLA “AS” Significa, “Aksjeselskap” é o termo

norueguês para uma empresa Ltda, de acordo com as normas

legais daquele respectivo país. É geralmente abreviada como

A / S, especialmente quando usado em nomes de empresa.

Uma empresa AS é sempre uma sociedade de responsabilidade

limitada, ou seja, os proprietários não podem ser

responsabilizados por qualquer dívida para além do capital

social. As sociedades anônimas, se empresas públicas são

chamados “allmennaksjeselskap” ou “ASA”, enquanto que as

sociedades anônimas fechadas, ou sem responsabilidade

limitada são chamados “Ansvarlig selskap” ou “ANS”. Todas

as empresas devem ter um capital social mínimo de 100.000

9

coroas. Além disso, devem ter um conselho de administração

e um auditor. Eles podem optar por ter um diretor. Se a

empresa tem ativos superiores a três milhões de coroas

norueguesas, o conselho deve ter pelo menos três membros,

tudo de acordo com a legislação Norueguesa.

Lançados os esclarecimentos que entende ser necessários a

RECORRENTE, passa assim, “ad cautelam”, apresentar ou seu Recurso e suas razões,

tomando-se como base que a respeitável comissão, quando da lavratura da “ATA DA

PRIMEIRA REUNIÃO DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO DESIGNADA

PARA PROCESSAR E JULGAR A CONCORRÊNCIA INTERNACIONA L Nº

021/DALC/SEDE/2009, QUE TEM POR OBJETO O FORNECIMENTO,

INSTALAÇÃO E COLOCAÇÃO EM OPERAÇÃO DE 10 (DEZ)

GRAVADORES DIGITAIS PARA DIVERSAS LOCALIDADES”, se equivocou,

lançando da Ata, a sua fundamentação para a r. decisão proferida, com base no subitem

“5.5” alínea “f”, de forma que assim, pelo que se depreende de todos os documentos

que nortearam e anteciparam o julgamento da r. decisão entre os quais o “Parecer para

Julgamento dos Documentos de Habilitação” as fls. 2.296/2.298, do “ Mapa de

Julgamento” as fls. 2.299/2.203, a inabilitação da RECORRENTE, fora efetivamente

com base no subitem 6.5 alínea “f”, que trata da “organização dos documentos de

Habilitação – Empresa Estrangeira”, a qual a RECORRENTE, não concorda, por

ter a plena consciência e certeza de ter atendido na integra as respectivas exigências

constantes do edital, e da lei 8.666/93 e ainda, principalmente com relação a efetiva

interpretação hermenêutica da “palavra”, do respectivo “texto’ descrito da norma e a sua

forma “gramatical”, a qual será devidamente demonstrada através do presente recurso.

“Permissa Vênia”, a Recorrente, empresa estrangeira não

se conforma com o resultado do julgamento, anteriormente citado e proferido por parte

da respeitável Comissão de licitação, que INABILITOU a RECORRENTE do certame,

10

principalmente no tocante a questão da: (i) interpretação divergente e equivocada da

norma expressa do edital, por parte da comissão, quando do julgamento as

exigências editalícias e em face dos documentos apresentados e requeridos da

Alínea “f” do subitem 6.5 do edital (empresas estrangeiras), (ii) da sua

fundamentação para inabilitar a recorrente e (iii) da própria analise proferida do

parecer técnico acolhido pela r. comissão as fls. 2.296/2.304, quando da

verificação e apreciação, pela comissão, dos documentos apresentado pela

Recorrente, a qual se verifica que a r. comissão, através do “MAPA DE

JULGAMENTO – Observações “ as fls. 2.203 reconhece de plano que se trata de

documento hábil a comprovação de regular existência legal da licitante em seu país de

origem., senão veja-se:

Das fls. 2.203 – Processo Licitatótrio.

(...)

“Foi apresentada a comprovação de regular existência

legal, mediante documento hábil do país de origem da licitante, contudo, não

foram apresentados o correlato ato constitutivo, estatuto ou contrato social em

vigor, bem como os documentos de eleição de seus administradores e de todas as

alterações referentes à licitante estrangeira Ricochet S/A” (grifo nosso)

Observa-se que apesar a r. comissão reconhecer, como hábil,

os documentos apresentados pela RECORRENTE, os de fls. 28, 29, 30 e 33 e 34, do

caderno de documentos, a r. comissão INABILITA a RECORRENTE, alegando que

não foram apresentados o correlato ato constitutivo, estatuto ou contrato social em

vigor, bem como os documentos de eleição de seus administradores e de todas as

alterações referente à licitante estrangeira RICHOCHET A/S”

11

Não poderá prevalecer esse entendimento proferido pela

r. comissão, uma vez, que a RECORRENTE, “companhia ltda”, apresentou o

documento de “Certificado de Registro” e o de “CONFIRMAÇÃO”

correspondente a comprovação de regular existência legal no país de origem, os

de fls. 28 a 30, e 33 e 34 do caderno de documentos da Recorrente, na forma

requerida da alínea “f” do “subitem 6.5” do edital, estando os mesmos em total

conformidade, vez que, por ser a Recorrente empresa estrangeira e uma companhia

limitada, esta cumpriu estritamente ao que fora estipulado se vinculando plenamente

ao que se encontra descrito da norma Editalicia, principalmente com relação à sua

interpretação da norma, forma, e a legalização de todos os seus documentos

apresentados na fase de habilitação.

Verifica-se inclusive do referido documento de fls. 28 a 30 do

caderno de documentos da Recorrente, ora apresentados por esta, que este possui todos

os dados necessários e requeridos entre os quais relacionados à sua constituição, data,

registro, tipo de companhia “limitada”, endereço, País, Capital Social, Gerência

Geral, Diretor Administrativo, Conselho Administrativo, Presidente do Conselho,

Membros do Conselho, Membros Substituto do Conselho; Poderes de

Procuração; Auditor; e Registro perante o “Centro de Registro de Bronnoysund”,

atendendo assim, perante o Certamente em questão, de forma plena e legal a sua

comprovação de regular existência legal da Recorrente em seu País de Origem e

contendo e suprindo todas as demais informações necessárias requeridas em relação ao

seu Ato Constitutivo ou Contrato Social, bem como os documentos de eleição de seus

administradores e suas alterações.

Nesse contesto repisa-se que essa respeitável comissão quando

da interpretação ao descrito do texto do edital, contido do item 6.5 alínea “f”, se

equivocou, pois, pelo que tudo consta, o documento de fls. 28 a 30 e 33 e 34, do

caderno de documentos apresentados pela RECORRENTE, “Certificado de Registro

12

de Empresa” perante o Centro de Registro de Bronnoysund, na NORUEGA, ou seja,

no país de origem da licitante, documento este legal e que categoricamente comprova

por parte da RECORRENTE, licitante, a sua regular existência legal e aponta com

clareza os seus administradores, de forma a conter todos os dados necessários ao

atendimento da norma editalícia, na fase de habilitação, se VINCULANDO totalmente

ao que fora requerido do edital, ou seja, o respectivo documento apresentado pela

RECORRENTE encontra-se correlacionado (“relacionados ou em relação a”) aos

demais documentos CORRESPONDENTES ato constitutivo, estatuto ou contrato

social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades

comerciais e, no caso de sociedade por ações, acompanhado de documentos de

eleição de seus administradores e de todas as alterações ou da consolidação

respectiva, suprindo por completo a tudo o que fora requerido do edital

Pois assim constou do Edital, senão veja-se:

Do Edital assim efetivamente consta:

(...)

“Item 6” – Da Organização dos documentos de

habilitação – Empresa Estrangeira.

...,

“item 6.5.” O INVÓLUCRO I deverá conter todos os

documentos a seguir relacionados:

...,

13

f) comprovação de regular existência legal, mediante

documento hábil do país de origem da licitante, correlato

a ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,

devidamente registrado, em se tratando de sociedades

comerciais, e, no caso de sociedade por ações,

acompanhado de documentos de eleição de seus

administradores e de todas as alterações ou da

consolidação respectiva; (grifo nosso)

A respeito, ainda, que dos Arts. 27 a 31 da Lei 8.666/93

apontem a documentação a ser exigida para a habilitação, tratam-se de normas gerais

sobre licitações, pois tais exigência dizem respeito à salvaguarda dos princípios da

licitação em especial o da “isonomia”.

De forma que assim, uma vez, cumprido e atendido pela

LICITANTE, ao que fora estipulado do edital, onde, efetivamente possa, dos

documentos legais apresentados, pela licitante, se extrair, todos as informações

necessárias e requeridas do edital, é de rigor por parte da Administração, de não se criar

uma imposição para exigir comprovação integral a cada um dos itens contemplados nos

referidos dispositivos da lei, sob pena de ferir o principio da “isonomia”.

Nesse sentido prelaciona, Marçal Justen Filho afirma:

"O elenco dos arts. 28 a 31 deve ser reputado como

máximo e não como mínimo. Ou seja, não há imposição

legislativa a que a administração, em cada licitação, exija

comprovação integral quanto a cada um dos itens

contemplados nos referidos dispositivos. O edital não

poderá exigir mais do que ali previsto, mas poderá

demandar menos.

14

Essa interpretação foi adotada pelo próprio STJ, ainda

que examinando a questão específica da qualificação

econômica. Determinou-se que 'não existe obrigação

legal a exigir que os concorrentes esgotem todos os

incisos do art. 31, da Lei 8.666/93' (REsp nº 402.711/SP,

rel. Min. José Delgado, j. em 11.6.2002). Os fundamentos

que conduziram à interpretação preconizada para o art.

31 são extensíveis aos demais dispositivos

disciplinadores dos requisitos de habilitação."(JUSTEN

FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e

Contratos Administrativos , 11ª Ed., São Paulo: Dialética,

2005, p. 306).

Não obstante, como é cediço, a Comissão de licitação, por

força da regra inscrita no Art. 41 da Lei. 8.666/93, não pode afastar-se do edital para

proferir seu julgamento em qualquer das fases do processo licitatório:

DA Lei 8.666/93 – LICITAÇÕES

“Art. 41. A Administração não pode descumprir as

normas e condições do edital, ao qual se acha

estritamente vinculada”. (grifo nosso)

A respeito, o Art. 3o. da Lei de Licitações (8.666/93) o

legislador acolheu e cristalizou explicitamente os princípios da Razoabilidade,

Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, da Igualdade (Isonomia), da

Publicidade, da Probidade Administrativa, da Vinculação ao Instrumento

15

Convocatório, do Julgamento Objetivo; do Contraditório e da Ampla Defesa e dos

que lhe são correlatos, a qual transcrevemos a seguir:

DA Lei 8.666/93 – LICITAÇÕES

(...)

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do

princípio constitucional da isonomia, a seleção da

proposta mais vantajosa para a administração e a

promoção do desenvolvimento nacional, e será

processada e julgada em estrita conformidade com os

princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da

moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade

administrativa, da vinculação ao instrumento

convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são

correlatos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 495,

de 2010)

§ 1o É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de

convocação, cláusulas ou condições que comprometam,

restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e

estabeleçam preferências ou distinções em razão da

naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de

qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante

para o específico objeto do contrato, ressalvado o

disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no

16

8.248, de 23 de outubro de 1991. (Redação dada pela

Medida Provisória nº 495, de 2010)

Da Constituição Federal.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Levando em consideração a estes princípios, previsto do

Art.3º. da Lei 8.666/93, e aos descrito do Art. 37 da Constituição Federal, ao

analisarmos a respeitável decisão proferida por parte da R. Comissão de Licitação

explicitada através Ata da Primeira Reunião da Comissão de Licitação designada para

Processar e Julgar a Concorrência Internacional Nº 021/DALC/SEDE/2009,

prolatada em 16/09/2010, publicada no D.O.U em 17/09/2010, entende a Recorrente,

considerando em especial aos princípios “princípio de vinculação ao edital”,

“princípio da igualdade”, “legalidade” “Razoabilidade” e “do Julgamento

Objetivo” fora a Recorrente prejudicada em face dos critérios “subjetivos” de

julgamento ora adotados por parte da respeitável Comissão de licitação, quando da

interpretação do texto contido do item 6.5 Alínea “f” para a analise dos documentos de

fls. 28 a 30 e 33 a 34 do caderno de documentos apresentados por parte da empresa

estrangeira ora RECORRENTE, dada como inabilitada, do certame, uma vez que

entende a Recorrente que apresentou toda a sua documentação de acordo com o

instrumento convocatório ora estabelecido previamente no edital, que por ser o edital lei

interna da licitação, e a este tudo se vincula, de forma que os documentos de habilitação

17

foram estes apresentados em conformidade com que foi categoricamente solicitado do

instrumento convocatório (edital).

Assim, verifica-se que a r. comissão ao interpretar o texto do

item 6.5 alínea “f” do edital, para concluir pela INABILITAÇÃO da RECORRENTE,

não analisou a contento o referido documento de fls. 28 a 30 do caderno de

documentos “Certificado de Registro”, apresentados pela Recorrente, para certificar-se

que deste documento legal apresentado consta todas as informações necessárias e

requeridas e, ainda entende a RECORRENTE que a comissão interpretou com total “

EXCESSO DE FORMALISMO” o texto contido do edital, de forma assim, a criar uma

exigência além daquela que se encontra determinada no ato convocatório e que já fora

cumprida e atendida substancialmente pela RECORRENTE, quando da entrega dos

seus documentos.

Certo o é que os documentos exigidos pelo edital foram estes

todos apresentados pela RECORRENTE, de forma legal e com seu teor válido, porém,

interpretados e analisados equivocadamente pela r. comissão de licitação, haja vista, que

foram estes documentos solicitados do edital supridos por outros “correlacionados” ou

“relacionados” a fim de atender a mesma finalidade e mesmo valor probatório, razão

pela qual inexistiu a alegada violação, que justifique a desclassificação da

RECORRENTE do certame, em prevalecendo a decisão proferida estaria a Comissão,

impondo exigências desfiliada da lei, impondo-se a RECORRENTE uma condição

excessiva para sua habilitação

Quanto à natureza vinculada do ato convocatório, preleciona

“Marçal Justen Filho”, in verbis:

“O instrumento convocatório cristaliza a competência

discricionária da Administração, que se vincula a seus

18

termos. Conjugando a regra do Art. 41 com aquela do

Art.4º, pode-se afirmar a estrita vinculação da

Administração ao edital, seja quanto a regras de fundo

quanto aquelas de procedimento. Sob certo ângulo, o

edital é o fundamento de validade dos atos praticados no

curso da licitação, na acepção de que a desconformidade

entre o edital e os atos administrativos praticados no

curso da licitação se resolve pela invalidade destes

últimos. Ao descumprir normas constantes do edital, a

Administração Pública frusta a própria razão de ser da

licitação. Viola os princípios norteadores da atividade

administrativa, tais como a legalidade, a moralidade, a

isonomia.(Comentários à Lei de Licitações e Contratos

Administrativos, 11ª. Edição, págs. 401/402)”

No mesmo sentido “Hely Lopes Meirelles,

“nada se pode exigir ou decidir além ou aquém do edital,

porque é a lei interna de concorrência e da tomada de

preços” (Licitações e Contratos Administrativos, RT, 9º.

ed., pág. 110)

Atendendo a tal preceito de ordem legal, ao analisar os

documentos apresentados na fase de habilitação a Administração Pública deverá estar

adstrita aos termos do edital, não sendo admissível que afaste qualquer licitante que

apresentar a documentação em total conformidade com as disposições contidas no

instrumento convocatório.

19

Assim, feitas as considerações supras, temos que a decisão da

respeitável comissão, quando da analise dos documentos de habilitação entregues pela

RECORRENTE, data vênia, deverá ser reformada, no que tange a sua INJUSTA

INABILITAÇÃO, uma vez que ao contrário do que fora decidido, a RECORRENTE

cumpriu todas as exigências editalicias para validar a sua participação nas demais fases do

certame.

A respeito do tema, o entendimento do Colendo Superior

Tribunal de Justiça, in verbis:

"O interesse público reclama o maior número possível de

concorrentes configurando ilegalidade a exigência

desfiliada da lei básica de regência e com interpretação

de cláusulas editalícias impondo condição excessiva para

a habilitação."(Resp 5.601/DF, Rel. Min. Demócrito

Reinaldo).

No julgamento do MS nº 5.281/DF, o Eminente Ministro

HUMBERTO GOMES DE BARROS, Relator para acórdão, teve oportunidade de

assim asseverar a respeito, “in verbis”:

"O procedimento licitatório foi concebido como solução

de compromisso entre a garantia de tratamento

igualitário para os licitantes e o interesse de escolher a

proposta mais vantajosa para o Estado (Lei 8.666/93 –

Ar. 3º). O Legislador, sem temer redundância, teve a

preocupação de explicitar a primazia dos princípios que

informam o Direito Administrativo, proclamando a

vinculação ao instrumento convocatório do certame. Vale

20

dizer: nenhuma transigência ou exigência, fora do edital.

O formalismo é tão profundo, que não haveria exagero

na observação de que, tanto quanto o direito penal e o

direito tributário, o procedimento licitatório rege-se pela

tipicidade.

Sem folga para criar benesses nem restrições, a

Administração limita-se ao múnus de interpretar o edital,

sem perder de vista a lei a que ele se submete.

Na tarefa hermenêutica, os preceitos contidos nas

diversas cláusulas do edital devem ser procurados com os

olhos voltados para os dois objetivos que inspiram o

procedimento: isonomia entre licitantes e escolha da

proposta mais vantajosa para o Estado.

Em homenagem à isonomia, as cláusulas editalícias

devem ser traduzidas de forma a que não propiciem

tratamento mais vantajoso para qualquer dos licitantes,

em detrimento dos outros (L. 8.666/93, Art. 2º, § 1º, I).

Já a escolha da melhor proposta recomenda a admissão

do maior número de licitantes. Quanto mais propostas

houver, maior será a chance de um bom negócio. “Por

isto, os preceitos do edital não devem funcionar como

negaças, para abater concorrentes.”

A interpretação que quer que se faça crer e dada por parte da

r. comissão, em especial no que tange a esposar entendimento de que a palavra

« correlatos » encontra-se relação explicita na obrigatóriedade também da entrega dos

documentos referente ao «ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,

bem como os documentos de eleição de seus administradores e de todas as

alterações referentes a licitante estrangeira RICOCHET A/S, (Companhia

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Limitada) entende a RECORRENTE, que a Comissão PROFERIU o julgamento se

utilizando de “interpretação equivocada », uma vez que ela RECORRENTE,

apresentou documento legal correlacionado/relacionado e que supre aos demais, pois,

destes documentos apresentados, as fls. 28 a 30 e 33 e 34, do caderno de documentos da

RECORRENTE, possuem e contém em seu bojo, todos os elementos, informações

necessários contidos de um « ato constitutivo », « estatuto » ou « contrato social »

« eleição de seus administradores » « alterações » para o respectivo fim a que se

determinou do edital e em atendimento ao própria lei 8.666/93.

Ademais e apenas por amor ao debate a RECORRENTE, a

título de exemplificação e analogia, propriamente dita, comparando-se os documentos e

seus respectivos contéudo por ela apresentado relacionados a empresas estrangeiras

(documentos de fls. 28 a 30 e 33 a 34 do caderno de documentos da Recorrente),

onde categoricamente constam todas as informações necessárias quer sejam estas de

ordem estutaria, societaria, economica, regularidade fiscal, relacionados a sua

administração, com aqueles documentos exigidos e apresentados pelas licitantes

brasileiras, estes documentos da RECORRENTE, se equivalem, assemelham,

CORRELACIONAM ao próprio «SISTEMA DE CADASTRAMENTO

UNIFICADO DE FORNECEDORES – SICAF, ora exigidos para as empresas

BRASILEIRAS ».

Conclui-se portanto, que a RECORRENTE, empresa

estrangeira substancialmente e sobremaneira atendeu por completo as exigências

contidas do edital.

Desta forma, a RECORRENTE, espera que r. Comissão,

possa receber, analisar e ponderar os argumentos da Recorrente, para reanalisar os

documentos apresentados pela RECORRENTE e consequentemente proferir uma

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NOVA DECISÃO, para HABILITA-LA como habil, a participar nas demais fase

seguintes do certame.

Pois, em permanecendo o entendimento proferido da r.

decisão, pela inabilitação da Recorrente, estará se perpetuando o rigor excessivo por

parte da Administração Pública, de forma a impedir a competitividade com o maior

número de licitantes no certame de forma que estará sendo violado de um só vez e

sobre todos os aspectos legais os princípios da “Legalidade”, “da Vinculação ao

Instrumento Convocatório”, do “Julgamento Objetivo”, “Razoabilidade” e “da

Igualdade” (Isonomia).

Sobre o assunto assim, adverte Hely Lopes Meirelles, através

dos comentários citados pelo ilustre Autor J. C. Mariense Escobar, em sua obra

“Licitação Teoria e Prática”, 4a. Edição, 1999, página 64. “in verbis”

(...)

“Como adverte Hely Lopes Meirelles, deve-se evitar

desclassificações por erros insignificantes. “A

desconformidade da desclassificação da proposta –

ensina o jurista – deve ser substancial e lesiva à

Administração ou aos outros licitantes, pois, um simples

lapso de redação ou uma falha inóqua na interpretação

do edital, não deve propiciar a rejeição sumária da

oferta”.

E arremata: Melhor será que se aprecie uma proposta

sofrível na apresentação, mas vantajosa no conteúdo, do

que desclassificá-la por um rigorismo formal e

inconsetâneo com o caráter competitivo da licitação.

23

Diante de todo o exposto, em face da natureza e abrangência

das irregularidades apontadas, contidas da r. decisão, atacada, a Recorrente requer seja:

a) O presente Recurso acolhido, pelas suas razões de

direito e processado, por parte dessa respeitável Comissão, julgando-o

procedente para rever e modificar a decisão de julgamento da licitação, ora

atacada, que INABILITOU a empresa licitante “RICOCHET AS”, ora

RECORRENTE, no certame em questão, a qual apresentou todos os seus

documentos em total conformidade com o requerido do edital e seus

esclarecimentos, procedendo-se assim, uma nova decisão que leve em conta

todos os critérios e princípios que norteiam os processos de licitações perante a

administração pública, anteriormente explicitados do presente recurso, quando

da reanalise dos seus documentos apresentados.

b) De se ciência do presente Recurso as demais licitantes na

forma da lei;

c) A Administração através da r. Comissão se manifeste

expressamente sobre o julgamento do presente e quando da análise das Razões do

Recurso e concomitantemente da reanálise dos documentos apresentados pela

Recorrente, a comissão, eventualmente necessite de outros esclarecimentos, que esta não

se olvide em requer a Recorrente, bastando para tanto, determinar-se o respectivo prazo

para sua apresentação, tudo na forma da lei.

d) Na hipótese de a Comissão de Licitação não

reconsiderar sua r. decisão, para HABILITAR a RECORRENTE no certame, e

consequentemente opte para que seja mantida a r. Decisão, ora atacada, seja as

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razões do presente Recurso, na forma do previsto do item 10.4.2 do edital, dirigidas ao

Superintendente de Estudos e Projetos da INFRAERO, autoridade administrativa

superior e competente, dando lhe conhecimento do presente Recurso, para que se digne

conhecer em última instância, no sentido de lhe dar provimento.

e) Protesta ainda, a Recorrente, pela apresentação de toda e

qualquer prova em direito admitida

Nestes Termos,

Pede e aguarda deferimento.

São Paulo, 22 de Setembro de 2010.

JACQUES PIERRE DUFRESNE DE LA CHAUVINIERE

Sócio Diretor da Thorey Invest Negócios e Tecnologia Ltda

CNPJ/MF Nº 62.446.497/0001-23

Representante Legal Credenciado para o Brasil da RICOCHET A/S.

Carteira de Identidade RNE nº W094965-D

Órgão Expedidor SE/DPMAF/DPF,

CPF nº 805.156.308-53