a eficacia da mobilizacao neural no tratamento do quadro algico em pacientes com lombociatalgia

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FACULDADE ASSIS GURGACZ BRUNO VASCONCELOS A EFICÁCIA DA MOBILIZAÇÃO NEURAL NO TRATAMENTO DO QUADRO ÁLGICO EM PACIENTES COM LOMBOCIATALGIA CASCAVEL 2007

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Page 1: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

FACULDADE ASSIS GURGACZBRUNO VASCONCELOS

A EFICÁCIA DA MOBILIZAÇÃO NEURAL NO TRATAMENTO DO QUADROÁLGICO EM PACIENTES COM LOMBOCIATALGIA

CASCAVEL2007

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1

BRUNO VASCONCELOS

A EFICÁCIA DA MOBILIZAÇÃO NEURAL NO TRATAMENTO DO QUADROÁLGICO EM PACIENTES COM LOMBOCIATALGIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado comorequisito parcial para obtenção do título deBacharel em Fisioterapia pela Faculdade AssisGurgacz de Cascavel.

Professor Orientador: Ms. Rodrigo DanielGenske.

CASCAVEL2007

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BRUNO VASCONCELOS

A EFICÁCIA DA MOBILIZAÇÃO NEURAL NO TRATAMENTO DO QUADROÁLGICO EM PACIENTES COM LOMBOCIATALGIA

Trabalho apresentado no Curso de Fisioterapia da FAG, como requisito parcialpara obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia, sob a orientação doProfessor Mestre Rodrigo Daniel Genske.

BANCA AVALIADORA

_______________________________________________

Prof.: Ms. Rodrigo Daniel Genske

FAG

_______________________________________________

Prof: Ms. José Mohamud Vilagra

FAG

_______________________________________________

Prof: Ms. Mario José de Rezende

FAG

Cascavel, ______ de ____________de 2007.

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3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao grandeamigo e Professor Rodrigo LuizLima Jucá (in memorian), pelaconfiança e palavras de segurançaa mim dada, pelas horas de alegriaque pude ter ao seu lado. Você nosdeixa muitas saudades e tristeza.

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4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por estar comigo em todos os momentos,

felizes e tristes, desta minha jornada para me tornar um bom profissional.

A meus pais Luiz de Assis Vasconcelos Junior e Maria de Lourdes Faria

Vasconcelos pela dedicação, afeto, amor e uma família estável onde pude crescer e

me tornar o homem que sou hoje. Agradeço a cada dia por ser filho de pessoas tão

especiais.

A minha irmã Glenda Alessandra Faria Vasconcelos, mesmo nas discussões

e brigas, sempre me amou e esteve comigo em todos os momentos.

A meus tios Luiz Fernando Gomes Guimarães e Maria Luiza Vasconcelos

Guimarães por terem me dado apoio, companheirismo nas horas necessárias e

principalmente a oportunidade de estar concluindo esta etapa de minha vida em uma

instituição tão grandiosa que é a FAG. Obrigado meus queridos tios.

As minhas avós Maria José de Athayde Vasconcelos e Romualda Barbosa

de Faria, pelo amor incondicional e respeito que tenho por elas. Amo vocês.

A meu grande Mestre pela experiência e amor a profissão, José Mohamud

Vilagra, pela paciência e ensinamento nas minhas horas de desespero. Agradeço

muito por ter estado contigo nesses anos, aprendendo o que é ser um profissional

dedicado a Fisioterapia.

A meus professores que ao final do curso se tornaram grandes amigos,

Rodrigo Luiz Lima Jucá, Mário José de Resende, Fabiano Ferreira de Andrade e

Alessandra Mônaco Rigatto. Agradeço a todos vocês pela força e confiança a mim

dada e principalmente a meu orientador Profº. Rodrigo Daniel Genske, que com

Page 6: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

5

muita paciência confiou em meu trabalho, me ajudando e orientando nas horas

necessárias.

A meus queridos amigos e amigas de Belo Horizonte, especialmente a

Rafael dos Santos, Paulo Henrique e André Guilherme que mesmo longe sempre

estiveram comigo da infância a vida adulta, nas horas sérias e de descontração,

rindo e chorando. Agradeço por ser amigo de pessoas tão especiais.

A meus “novos” e maravilhosos amigos e amigas que pude ganhar nesta

vida acadêmica, e tenho certeza, será para vida toda! Principalmente a turma do

costelão que foram meus companheiros inseparáveis e me acolheram de braços

abertos na minha chegada.

Enfim, agradeço a todos que passaram pela minha vida nesses 4 anos e que

de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente no meu caminho.

Page 7: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

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EPÍGRAFE

“Os homens perdem a saúde parajuntar dinheiro, depois perdem odinheiro para recuperar a saúde.E por pensarem ansiosamente nofuturo esquecem do presente deforma que acabam por não vivernem no presente nem no futuro. Evivem como se nunca fossemmorrer... e morrem como se nuncativessem vivido.”

Dalai Lama

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RESUMO

A dor lombar é um dos problemas clínicos mais comumente encontrados em clínicase serviços de fisioterapia. A dor é decorrente de forças excessivas, sejam externasou internas. Ela se apresenta em cerca de 50 a 90% da população mundial emalgum momento de suas vidas e dentre os indivíduos com dor lombar, 12% terãociatalgia. A designação da lombociatalgia é dada para um processo doloroso que seinstala na região lombar com existência de irradiação da dor para os membrosinferiores, onde se admite que o nervo ciático está afetado. Utilizou-se como recursoterapêutico a mobilização neural onde a mesma, procura restaurar o movimentoelástico ao sistema nervoso, promovendo o retorno as funções normais. Este estudoteve como objetivo demonstrar a eficácia da técnica citada no tratamento do quadroálgico e aumento da mobilidade articular em pacientes com lombociatalgia unilateral.A amostra foi composta por 4 (quatro) pacientes do sexo feminino com idades entre40 e 65, portadores de lombociatalgia unilateral. Os voluntários foram submetidos a10 sessões de mobilização neural, realizando 3 sessões semanais com duração de20 minutos no máximo cada atendimento. No primeiro atendimento foram aplicadosos testes de Elevação de perna estendida (SLR) e Lasègue para comprovação dapatologia. Inicialmente e ao final de cada atendimento foram avaliados: amplitude demovimento (ADM) dorso-lombar em flexão e extensão; ADM de quadril sintomático;aplicou-se a Escala visual analógica da dor (EVA) para região lombar e região dequadril do membro inferior sintomático e posteriormente foi aplicado a técnica demobilização neural no membro acometido durante no máximo 10’, realizandooscilações em planti-dorsi-flexão em tornozelo do membro acometido. Analisando apartir dos dados apresentados, notou-se uma melhora de 29% na avaliação de ADMem flexão e 10,75% na extensão dorso-lombar na amostra apresentada. Para ADMde quadril a melhora foi de 20% na amostra avaliada. Na avaliação da dor a partir daEVA verificou-se que o impacto percentual da dor no início da avaliação lombar equadril era de 44,25% e 63,50% respectivamente na primeira avaliação, diminuindoconsideravelmente para 23,25% e 39% na quinta. Os valores para a última avaliaçãohouve um decréscimo razoável apresentando 9,5% e 16% respectivamente ao finaldo tratamento. Concluísse que a mobilização neural para esse fim apresentoumelhora considerável em todos os pacientes, apresentando principalmente um alivioe/ou cessando por completo o quadro álgico de dois dos 4 pacientes tratados poresta técnica.

Palavra-Chave: Mobilização Neural, Lombociatalgia, Quadro Álgico.

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ABSTRACT

Lumbar pain is one of the most comon clinical problems found in phisiotherapy clinicsand services. Pain is decurrent of extreme forces, being them external or internal. Itpresents in about 50 to 90% of the world-wide population at some time of its lives andamongst the individuals with lumbar pain, 12% will have sciatalgy. The assignment ofthe lumbar sciatalgy is given for a painful process installed on the lumbar region withexistence of irradiation of pain to the inferior members, where admits that the sciaticnerve is affected. The neural mobilization was used as therapeutical resource wherethe same one, looks for to restore the elastic movement to the nervous system,promoting the return of the normal functions. This study had as objective todemonstrate the effectiveness of the technique cited in the treatment of the pain’sbackground and increase of joint mobility in patients with unilateral lumbar sciatalgy.The sample was composed by 4 (four) patients of the feminine sex with agesbetween 40 and 65, carriers of unilateral lumbar sciatalgy. The volunteers had beensubmitted the 10 sessions of neural mobilization, doing 3 weekly sessions with duringat least 20 minutes each attendance. In the first attendance the tests of Rise ofextended leg (SLR) and Lasègue had been applied for evidence of the pathology.Initially and at the end of each attendance they had been evaluated: amplitude ofmovement (ADM) back-lumbar in flexão and extension; amplitude of movement ofsymptomatic hip; it was applied Analogical Visual Scale of Pain (EVA) for lumbarregion and hip region of the symptomatic inferior member and later was applied thetechnique of neural mobilization in the commited member during 10', makingoscillations in plant-dorse-flexion in ankle of the commited member. Analyzing fromthe presented data, one noticed an improvement of 29% in the evaluation ofamplitude of movement flexion and 10.75% in the back-lumbar extension in thepresented sample. For the hip amplitude of movement the improvement was of 20%in the evaluated sample. In the evaluation of pain through the Analogical Visual Scaleof Pain it was verified that the percentile impact of the pain at the beginning of thelumbar evaluation and hip was of 44,25% and 63,50% respectively in the firstevaluation, diminishing for 23,25% and 39% on the fifth evaluation. The values forthe last evaluation had a reasonable decrease respectively presenting 9.5% and 16%to the end of the treatment. It concluded that the neural mobilization for this matterpresented considerable improvement in all the patients, presenting a relieve and/orcompletely ceasing the pain background on two of the four patients treated by thistechnique.

Keywords: Neural mobilization, Lumbar scitalgy, Pain Background

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Coluna vertebral........................................................................... 19

FIGURA 2: Ligamentos da coluna lombar..................................................... 23

FIGURA 3: Projeção discal............................................................................ 32

FIGURA 4: Nervo isquiático.......................................................................... 36

FIGURA 5: Teste de elevação da perna estendida (SLR)............................ 51

FIGURA 6: Teste de Lasègue....................................................................... 52

FIGURA 7: Escala visual analógica da dor (EVA)......................................... 53

FIGURA 8: Inclinômetro Digital................................................................... 54

FIGURA 9: Técnica de mobilização neural................................................. 55

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Porcentagem de melhora de flexão dorso-lombar nasavaliações....................................................................................................... 58

Tabela 2 – Porcentagem de melhora de extensão dorso-lombar nasavaliações...................................................................................................... 58

Tabela 3 – Porcentagem de melhora na amplitude de quadril...................... 59

Page 12: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: Idade dos indivíduos.................................................................. 56

GRÁFICO 2: Amplitude de Flexão Anterior Dorso-Lombar........................... 57

GRÁFICO 3: Amplitude de Extensão Dorso-Lombar.................................... 58

GRÁFICO 4: Amplitude de quadril................................................................ 59

GRÁFICO 5: Escala visual analógica da dor da região lombar..................... 60

GRÁFICO 6: Impacto percentual da dor avaliado pela EVA lombar............. 61

GRÁFICO 7: Escala visual analógica da dor do quadril................................ 62

Page 13: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

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LISTA DE ABREVIATURAS

ADM Amplitude de movimento;

EIPS Espinha ilíaca pósturo-superior;

EVA Escala visual analógica da dor;

MMII Membros inferiores;

SN Sistema nervoso;

SNC Sistema nervoso central;

SNP Sistema nervoso periférico;

SLR Elevação da perna estendida.

Page 14: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................15

2 ANATOMIA............................................................................................................17

2.1 Anatomia da coluna vertebral..............................................................................17

2.1.2 Coluna lombar .................................................................................................19

2.1.3 Ligamentos ......................................................................................................20

2.1.4 Músculos .........................................................................................................22

2.1.5 Disco intervertebral ..........................................................................................25

2.1.6 Biomecânica.....................................................................................................26

2.2 DOR LOMBAR ....................................................................................................28

2.2.1 Hérnia discal.....................................................................................................31

2.3 LOMBOCIATALGIA.............................................................................................32

2.4 MOBILIZAÇÃO NEURAL ..................................................................................36

2.4.1 Função do Sistema Nervoso ............................................................................38

2.4.2 Anatomia do Sistema Nervoso .........................................................................38

2.4.3 Sistema Nervoso Perifério................................................................................39

2.4.4 Sintomatologia..................................................................................................40

2.5 AVALIAÇÃO........................................................................................................41

2.5.1 Avaliação da amplitude de movimento.............................................................42

2.5.2 Avaliação da Dor ..............................................................................................43

2.5.3 Avaliação Neurodinâmica.................................................................................43

2.6 CONTRA-INDICAÇÕES......................................................................................45

2.6.1 Contra-indicações absolutas ............................................................................45

2.6.2 Contra-indicações relativas ..............................................................................45

Page 15: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

14

2.7 TRATAMENTO....................................................................................................46

2.7.1 Desordem irritável ............................................................................................48

2.7.2 Desordem não-irritável .....................................................................................48

3 METODOLOGIA ....................................................................................................49

3.1 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................49

3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO................................................................................50

3.3 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO.................................................................................50

3.4 TESTES UTILIZADOS ........................................................................................51

3.4.1 Elevação da perna estendida...........................................................................51

3.4.2 Teste de Lasègue.............................................................................................52

3.4.3 Avaliação da dor...............................................................................................53

3.4.4 Amplitude de movimento..................................................................................54

3.4.5 Técnica utilizada...............................................................................................55

4 RESULTADOS.......................................................................................................57

5 DISCUSSÃO .........................................................................................................65

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................68

7 REFERÊNCIAS......................................................................................................69

APÊNDICES .............................................................................................................73

APÊNDICE A – Ficha de avaliação .........................................................................74

APÊNDICE B – Ficha de avaliação diária .................................................................76

APÊNDICE C – Termo de consentimento livre e esclarecido ...................................77

APÊNDICE D – Carta de concordância da instituição .............................................80

ANÉXOS...................................................................................................................81

ANÉXO 1 – Acompanhamento de atividades de TCC ..............................................82

ANÉXO 3 – Carta de recomendação do orientador do TCC ....................................83

Page 16: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

15

ANÉXO 4 – Carta de solicitação de espaço fico e equipamentos.............................84

ANÉXO 5 – Carta de apresentação ao CEP .............................................................85

ANÉXO 6 – Aprovação do comitê de ética................................................................86

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1 INTRODUÇÃO

A dor lombar é um dos problemas clínicos mais comumente encontrados em

clínicas e serviços de fisioterapia. Em torno de 80 a 90% da população adulta sofre

com lombalgia em algum momento da vida (MORAES et al. 2004).

A dor é decorrente de forças excessivas, sejam externas ou internas. São

consideradas forças excessivas as atividades repetidas como extensão e flexão, e/

ou ainda por rotação excessiva de um segmento corporal. E chamadas de

“perturbadoras” as forças internas que enfraquecem a função

neuromusculoesquelética, portanto consideradas excessivas ou inadequadas, entre

elas a fadiga, o ódio, a depressão, a falta de atenção, a ansiedade, falta de

treinamento e a distração - que podem ser decorrentes de fatores psicogênicos e

psicossociais, como estresse e falta de motivação. (MARRAS, 2000).

A lombociatalgia, é uma afecção com certo grau de disfunção neurogênica

referida na perna. Ciática é, mais comumente, uma irritação da raiz do quinto nervo

lombar ou primeiro nervo sacro, habitualmente decorrente de um núcleo pulposo

herniado. A dor radicular resulta de uma compressão mecânica direta da raiz e em

parte da irritação química por substâncias no núcleo pulposo. Com freqüência, a dor

é intensa, sendo exagerada pela posição sentada, pela tosse e pelo espirro

(SNIDER, 2000).

A mobilização do sistema nervoso, visa devolver a mobilidade do sistema

nervoso. Deste modo a continuidade do sistema assegura sua capacidade em se

mover ou de ser influenciado por estruturas circundantes (BUTLER, 2003).

Page 18: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

17

A mobilização neural pode ser utilizada como método diagnóstico, através

de manobras irritativas no tecido nervoso, e terapêutico, com a finalidade de reduzir

a tensão neural adversa com o intuito de contribuir para uma melhor resolução do

quadro sintomático. O objetivo desta técnica é melhorar a neurodinâmica,

restabelecendo a homeostasia dos tecidos afetados nas síndromes compressivas

(CERQUEIRA et. al., 2003).

Este estudo se justifica pelo fato de que a dor lombar é um sintoma

relativamente comum na população em alguma etapa da vida, levando a um alto

risco de afastamento desta população por períodos longos ou mesmo uma invalidez

permanente de uma população economicamente ativa, proporcionando também um

alto custo para a saúde pública brasileira.

Devido a poucas evidências na literatura científica fazendo uso da técnica de

terapia manual utilizando como método a mobilização neural no tratamento da

lombociatalgia, este trabalho objetiva-se verificar a eficácia do uso desse método

proposto como mais um recurso no programa de tratamento desta patologia.

Neste estudo abordaram-se os estudos anatômicos da coluna vertebral,

dando ênfase a coluna lombar, bem como seus aspectos estruturais, biomecânicos e

sintomas álgicos decorrentes de forças externas e internas. A influência do SNC e

SNP nas dores irradiadas aos membros inferiores. Os objetivos e método utilizado

para seu tratamento relatando assim os resultados observados e discutindo os

mesmos.

Page 19: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

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2 ANATOMIA

2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

Antes da maturidade, a coluna vertebral – também chamada de espinha –

consiste de 33 ou 34 ossos irregulares chamadas vértebras. As vértebras são

divididas em cinco grupos bem distintos: cervical, torácico, lombar, sacral e

coccígeo. O pescoço consiste de 7 vértebras cervicais. A região torácica ou dorsal

consiste de 12 vértebras torácicas que provem articulação para os 12 pares de

costelas. A parte lombar consiste de 5 vértebras lombares. As cinco vértebras

sacrais se fusionam para formar o sacro. As 4 ou 5 vértebras coccígeas são

pequenas e representam uma cauda vestigial. As vértebras coccígeas normalmente

fusionam na maturidade para formar o cóccix, ou osso da cauda, que tem

aproximadamente 3 cm e está ligado ao sacro por ligamentos (WATKINS, 2001).

As articulações da coluna vertebral incluem as articulações dos corpos

vertebrais, as dos processos articulares, crâniovertebrais, costovertebrais e as

sacroilíacas. A maior parte do peso do corpo situa-se anteriormente à coluna

vertebral, especialmente nas pessoas obesas; consequentemente são necessários

muitos músculos fortes fixados nos processos espinhosos e transversos para

suportar e mover a coluna vertebral (MOORE e AGUR, 2004).

A medula espinhal, principal centro reflexo e via de condução entre o corpo e

o encéfalo, é uma estrutura cilíndrica que é ligeiramente achatada anterior e

posteriormente. Ela é protegida pelas vértebras, seus ligamentos e músculos

Page 20: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

19

associados, meninges da parte espinhal e líquido cerebroespinhal (MOORE e

AGUR, 2004). As articulações entre os corpos das vertebras são inervadas pelos

pequenos ramos meníngeos de cada nervo espinhal (NELL, 1999).

Figura 1 – Coluna Vertebral

Fonte: Atlas de Anatomia Humana Sobotta

Page 21: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

20

2.1.2 Coluna lombar

As vértebras lombares (L1 a L5) são mais largas e pesadas do que em

outras regiões.

Os corpos das vértebras lombares são maciços, reniforme quando avistado

de cima ou por baixo. (MOORE e AGUR, 2004). A coluna lombar possui uma

curvatura fisiológica do tipo lordose classificada como secundária pois, se instala

com o início da marcha (1 ano), sendo que as vértebras lombares estão localizadas

entre as vértebras torácicas e as sacrais, as quais representam as grandes

sustentadoras de peso da coluna vertebral, por esse e outros motivos estabelecem

características específicas que incluem o maior tamanho, corpos vertebrais mais

alargados (KNOPLICH, 2003).

Os pedículos são mais curtos, com processos transversos longos, um pouco

achatados ântero-posteriormente, com direcionamento levemente posterior,

posicionado em nivel superior ao processo espinhoso da vértebra correspondente.

As lâminas não são tão longas quantos as torácicas e são mais estreitas que os

corpos, com processos espinhosos relativamente verticalizados, deixando entre si

em espaço apreciável ocupado pelo ligamento amarelo. Os processos são mais

fortes e, na sua face posterior, apresentam prolongamentos arredondados, os

processos mamilares, sendo inclinados no plano sagital, permitindo movimentos de

flexo-extensão (HEBERT, et al., 2001).

A coluna lombar provê suporte para porção superior do corpo e transmite o

peso dessa área para a pelve e os membros inferiores. Devido a localização

estratégica da coluna lombar, esta estrutura deve ser incluída em qualquer exame

Page 22: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

21

da coluna como um todo ou em qualquer exame das articulações do quadril e/ou

sacroilíaca.

2.1.3 Ligamentos

Os principais ligamentos da coluna lombar são os mesmos que os da porção

inferior da coluna cervical e da coluna torácica (excluindo as costelas). Esses

ligamentos incluem os ligamentos longitudinais anterior e posterior, o ligamento

amarelo, os ligamentos supra-espinal e interespinal e os ligamentos intertransversos.

Além disso, existe um ligamento importante e exclusivo da coluna lombar e da pelve

– o ligamento iliolombar, e que conecta o processo transverso de L5 à porção

posterior do ílio. Esse ligamento ajuda a estabilizar L5 com o ílio e a prevenir o

deslocamento anterior de L5 (MAGEE, 2005).

O ligamento longitudinal anterior e posterior dispõe-se nas faces anterior e

posterior dos corpos vertebrais (WIRHED, 1986), com feixes contínuos para baixo,

do crânio até o osso sacro. O ligamento anterior é amplo e está fortemente preso à

frente e lados das margens dos corpos das vértebras e aos discos intervertebrais

(SNEL, 1999), mantém a estabilidade das articulações intervertebrais e ajuda a

impedir a hiperextenção da coluna vertebral. O ligamento longitudinal posterior ajuda

a impedir a hiperflexão da coluna vertebral e a herniação ou protrusão posterior dos

discos. Ele é bem equipado com terminações nervosas nociceptivas (de dor). Os

ligamentos amarelos mantêm as laminas das vértebras adjacentes juntas, formando

parte da parede posterior do canal vertebral. Impedem a separação das laminas,

Page 23: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

22

impedindo, assim, a flexão abrupta da coluna vertebral e, normalmente, a lesão dos

discos intervertebrais. Os fortes ligamentos amarelos elásticos ajudam a preservar

as curvaturas normais da coluna vertebral e auxiliam a endireitar a coluna após a

flexão. Os processos espinhosos adjacentes são unidos por ligamentos interespinais

fracos e por ligamentos supra-espinais resiformes fortes (MOORE e AGUR, 2004),

estes, se estendem da extremidade de um processo espinhoso à do processo

seguinte (WIRHED, 1986).

O ligamento longitudinal posterior é fraco e estreito e está preso às margens

posteriores dos discos. Estes ligamentos mantêm as vértebras firmemente juntas,

mas ao mesmo tempo permitem que uma pequena quantidade de movimento ocorra

entre elas (SNEL, 1999).

Os ligamentos intertransversos estabelecem a ligação entre os processos

transversos das vértebras (WIRHED, 1986), constituídos por fibras espalhadas na

região cervical e cordões fibrosos na região torácica. Na região lombar, eles são

finos e membranáceos (MOORE e AGUR, 2004).

Page 24: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

23

Figura 2 – Ligamentos da Coluna Lombar

Fonte: Atlas de Anatomia Ortopédica de Netter

Na região lombossacra o mais importante ligamento é o iliolombar, da ponta

do transverso de L5 à espinha ilíaca póstero-superior, sede freqüente de quadros

dolorosos (HEBERT, et al., 2001).

2.1.4 Músculos

A coluna vertebral é movida por numerosos músculos, muitos dos quais

estão inseridos diretamente nas vértebras. Na região lombar, a flexão é produzida

pelos músculos reto do abdomem e psoas. A extensão é produzida pelos músculos

Page 25: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

24

pós-vertebrais (músculo eretor da espinha, músculo multífido e músculo semi-

espinhal do tórax), bilateralmente. A flexão lateral é produzida pelos músculos pós-

vertebrais, músculo quadrado do lombo e pelos músculos oblíquos da parede

abdominal ântero-lateral (músculo iliocostal do tórax, músculo longuíssimo do tórax,

músculo multífido, músculo oblíquo externo e interno do abdome e músculo

quadrado do lombo) unilateralmete. O músculo psoas pode desempenhar uma parte

nesse movimento. A rotação é produzida pelos músculos rotadores e pelos

músculos oblíquos da parede abdominal ântero-lateral (músculos rotadores, músculo

multífido, oblíquo externo agindo sincronicamente com o músculo oblíquo interno

oposto) unilateralmente (SNEL, 1999).

O grupo de músculos laterais do tronco compreende dois músculos: o

quadrado lombar e o psoas. O quadrado lombar forma, como diz seu nome, uma

camada muscular quadrilátera que se expande entre a última costela, a crista ilíaca

e a coluna vertebral, e apresenta por fora uma margem livre. O psoas se localiza na

frente do quadrado lombar, o seu corpo carnoso fusiforme se insere em duas

camadas musculares: por um lado, uma camada posterior que se fixa nas apófises

transversas das vértebras lombares, e por outro lado uma camada anterior que se

insere nos corpos vertebrais da décima segunda dorsal e das cinco vértebras

lombares. Estas inserções ocorrem nas margens inferiores e superiores das duas

vértebras adjacentes, assim como na margem lateral do disco compreendido entre

estas duas vértebras (KAPANDJI, 2000).

A base muscular da parede posterior do abdome é formada na parte

superior pela parte lombar do diafragma, na parte inferior pelo músculo quadrado do

lombo. A parte medial é fechada pelo músculo psoas maior.

Page 26: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

25

- Quadrado Lombar: tem sua origem no Lábio interno da crista ilíaca (terço

posterior) e Ligamento Iliolombar, sua inserção se encontra na 12ª costela (região

medial), processo costal da 1ª e 4ª vértebras lombares, é inervado pelo nervo

intercostal; nervo torácico T12. Possuindo a função de baixar as costelas (expiração)

e fletir lateralmente a coluna vertebral. (PUTZ, 2000).

- Psoas: possui sua origem nos corpos da 12ª vértebra torácica até a 4ª

vértebra lombar (faces laterais) e discos intervertebrais, com inserção no trocanter

menor. É inervado pelo plexo lombar e possui a função de flexão lateral e extensão

da coluna lombar (hiperlordosante), (NETTER, 2004).

Músculos abdominais:

- Transverso do abdome: possui sua origem nas 5ª e 6ª cartilagens costais,

7ª e 12ª costelas (face interna), processos costais das vértebras lombares, crista

ilíaca e ligamento inguinal. Sua inserção se encontra na linha alba, sendo inervada

pelos nervos intercostais caudais; nervo ílio-hiogástrico; nervo ilioinguinal (plexo

lombar) e nervo genitofemoral. Possui função de pressionar o abdome e na

respiração abdominal.

- Reto do abdome: tem sua origem na cartilagem da 5ª a 7ª costelas (face

externa), processo xifóide e ligamento costoxifóideos e inserção na crista púbica do

osso do quadril e sínfise púbica. Sua inervação se encontra nos nervos lombares

superiores e possui a função de puxar o tórax contra a bacia, pressionar abdômen e

na respiração abdominal (NETTER, 2004).

- Oblíquo do abdome: possui origem na aponeurose toracolombar, 5ª a 12ª

costela (face externa) com inserção nas cartilagens costais 9ª e 10ª até 12ª costela,

crista ilíaca, ligamento inguinal, tubérculo púbico, crista púbica e linha Alba. Sua

inervação se encontra nos nervos intercostais caldais, nervo ílio-hipogastrico e nervo

Page 27: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

26

ilioinguinal. Possui a função na rotação do tórax para o mesmo lado, flexão da

coluna vertebral, puxa o tórax contra a pelve e pressiona o abdome (PUTZ, 2000).

- Diafragma: possui origem na parte esternal onde se encontra o processo

xifóide e bainha do músculo reto do abdome, a parte costal nas cartilagens costais

da 6ª à 12ª costelas, na parte lombar, pilar direito corpo da 1ª à 3ª vértebras

lombares, discos intervertebrais e ligamentos arqueados, medial e lateral; pilar

esquerdo no corpo da 1ª a 4ª vértebras lombares, discos intervertebrais e ligamentos

arqueados medial e lateral. Sua inserção se encontra no centro tendíneo, com

inervação do nervo frênico (plexo cervical). Possui função na respiração abdominal.

(PUTZ, 2000; NETTER, 2004).

2.1.5 Disco Intervertebral

Os discos intervertebrais são estruturas hidrodinâmicas elásticas interpostas

entre duas vértebras adjacentes, constituída por um gel de mucopolissacarídeo que

contem fibras anulares, as quais se prendem as placas externas dos corpos

vertebrais adjacentes, entrecruzando-se em planos. O disco possui um núcleo

central envolvidos por camadas de fibras anulares que matem a separação das

placas externas dos corpos vertebrais, permitindo pouco movimento entre as

vértebras adjacentes (CAILLIET, 2001).

Representam aproximadamente 20% a 25% do comprimento total da coluna

vertebral. A função do disco intervertebral é atuar como um amortecedor,

distribuindo e absorvendo parte da carga aplicada sobre a coluna; manter as

Page 28: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

27

vértebras unidas e permitir o movimento entre os ossos; individualizar a vértebra

como parte de uma unidade segmentar que atua em harmonia com as articulações

facetarias. Em um disco intacto normal, as articulações facetárias suportam

aproximadamente 20% a 25% da carga axial, mas esta pode atingir 70% com a

degeneração do disco (MAGEE, 2005).

Entre cada dois pares de vértebras temos os discos intervertebrais,

responsáveis por aproximadamente um quarto do crescimento vertebral, sendo a

sua desidratação responsável, em grande parte, pela perda de altura da idade senil.

Formados por uma parte central – o núcleo pulposo, rico em água e

mucossacariíeos – e outra periférica, o anel fibroso, formado por anéis concêntricos

de tecido colágeno (HEBERT, et al., 2001).

2.1.6 Biomecânica

O movimento da coluna ocorre apenas entre 24 vértebras: 7 cervicais, 12

torácicas e 5 lombares (MOORE e AGUR, 2004). A mobilidade da coluna depende

das pequenas articulações intervertebrais, as quais apresentam forma diferente nos

diversos segmentos da coluna (cervical, torácica e lombar). E sofrem limitação

acentuada em virtude da presença de ligamentos bastante firmes (WIRHED, 1986).

A coluna lombar é capaz de executar movimentos em três planos, isto ocorre

graças à junção de pequenos movimentos que ocorrem entre as vértebras desta

região (HALL, 2000).

Page 29: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

28

Na coluna lombar há pouco movimento devido à configuração da articulação

facetária, restrição dos ligamentos, presença dos discos intervertebrais e tamanho

dos corpos vertebrais (HOPPENFELD, 2001).

Todos os ligamentos da coluna exceto o ligamento amarelo, tem conteúdo

altamente colágeno, os quais limitam sua extencibilidade durante o movimento da

coluna. O ligamento amarelo, que conecta dois arcos vertebrais adjacentes

longitudinalmente, é uma exceção, tendo uma grande porcentagem de elastina.

As investigações da coluna lombar e torácica mostram que o alcance da

flexão e extensão é aproximadamente 4° no movimento de segmento torácico

superior, em torno de 6° na região torácica mediana, e em torno de 12° nos dois

mais baixos segmentos torácicos. Esse alcance progressivamente aumenta nos

segmentos de movimentos lombares, alcançando um máximo de 20° ao nível

lombossacral. Seis graus de flexão lateral é também visto em todos os segmentos

lombares, exceto o segmento lombossacral, que demonstra só 3° de movimento.

Durante o alcance de movimento de flexão-extensão, os primeiros 50° a 60° da

flexão da coluna ocorre na coluna lombar, principalmente nos segmentos de

movimentos mais baixos (MAGEE, 2005; NORDIN e FRANKEL, 2003).

Durante a flexão lateral do tronco, o movimento pode predominar na coluna

torácica ou na lombar. Na coluna lombar, os espaços em formato de cunha entre as

superfícies das juntas intervertebrais mostram variações durante esse movimento

(REICHMANN, 1971 apud NORDIN e FRANKEL, 2003).

A rotação ocorre sobre o eixo longo de uma estrutura ou sobre seu centro de

rotação. Na coluna vertebral, frequentemente esses movimentos são associados,

por exemplo, movimentos laterais da coluna são acompanhados de algum

movimento rotacional (HEBERT, et al., 2001).

Page 30: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

29

O alcance de rotação progressivamente diminui na direção da cauda,

alcançando 2° nos segmentos baixos da coluna lombar. Então, aumenta para 5° no

segmento lombossacral.

A maior quantidade de movimento na coluna lombar ocorre entre as

vértebras L4 e L5 e entre L5 e S1. Existe uma variabilidade individual considerável

na amplitude de movimento da coluna lombar. Na realidade, ocorrem poucos

movimentos óbvios na coluna lombar, especialmente nos segmentos individuais, por

causa da forma das articulações facetarias, da contração dos ligamentos, da

presença dos discos intervertebrais e do tamanho dos corpos vertebrais (MAGEE,

2005).

Segundo Cipriano (2005), a amplitude de movimento esperada para a coluna

lombar na flexão será de 66° em pessoas com idade entre 15 a 30 anos para

homens e de 67° para mulheres com a mesma faixa etária, diminuindo para 58° em

homens com idade entre 31 a 60 anos e em mulheres nesta faixa etária entre 60°.

Na extensão homens entre 15 e 30 anos apresentam 38° e mulheres 42°, em

homens acima de 31 anos 35° e mulheres 40°. Para flexão lateral homens com

idade entre 20 e 29 anos apresentam 38° e em mulheres 35°, acima desta idade,

entre 31 a 61 anos, 29° para os homens e 30° para as mulheres, respectivamente.

2.2- DOR LOMBAR

A relação entre a dor e a doença precisa ser esclarecida para permitir o

tratamento ideal (FREITAS et al., 2002). Segundo Cox (2002), ela se apresenta em

Page 31: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

30

cerca de 50 a 90% da população mundial em algum momento de suas vidas e

dentre os indivíduos com dor lombar, 12% terão ciatalgia. Há maior prevalência no

grupo etário de 45 à 64 anos. Um estudo feito por Silva, et al. (2004), revelou que

com o aumento da idade, houve um aumento da prevalência de dor lombar crônica,

a faixa etária de maior risco foi entre 50 e 59 anos. O risco aumentado nesta faixa de

idade pode dever-se ao fato de que os processos degenerativos, de um modo geral,

podem estar bem avançados, trazendo como conseqüências o desgaste das

estruturas ósteo-musculares e orgânicas.

Segundo Magee (2005), a dor lombar é uma das grandes aflições humanas.

Ela é definida atualmente como uma resposta perceptiva que pode ou não ter um

incidente nociceptivo anterior. A dor é uma experiência primada, que só pode ser

avaliada pelos outros por meio de atividades verbais ou comportamentais do

sofredor. O aumento da atenção e dos cuidados pelos outros apenas reforça o

comportamento de dor (CAILLIET, 2001).

Pacientes que apresentam disfunção na articulação sacro-ilíaca geralmente

reclamam de uma dor obtusa a aguda que é localizada em uma área próxima a

espinha ilíaca póstero-superior (EIPS). A dor pode ser refletida para a virilha, nádega

ou parte posterior da coxa e ocasionalmente se estende abaixo do joelho (COX,

2002).

Presumindo-se que há, indubitavelmente, um aspecto nociceptivo da dor

aguda na região lombar, é preciso identificar e corrigir essas manifestações. A dor

continua sendo a queixa principal, e a incapacidade é resultante da debilidade. É

preciso tratar essa dor desde o início, mas sempre tendo em mente que um

tratamento, atenção e discussão inadequados podem levar à cronicidade ou a uma

incapacidade excessiva, tendo em vista a lesão sofrida (CAILLIET, 2001). Nestes

Page 32: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

31

aspectos temos que também ficar atentos quanto ao tempo em que o paciente sente

essas dores. Classifica-se como aguda manifestações de inicio súbito e duração

inferior a 6 semanas e subagudas quando apresenta duração de 6 a 12 semanas

(TEIXEIRA e FIGUEIRÓ, 2001).

Fazendo parte do contexto de dores lombares, as dores lombares crônicas

devem ser tratadas como um problema de saúde pública. Esta morbidade atinge

principalmente a população em idade economicamente ativa, podendo ser altamente

incapacitante e é uma das mais importantes causas de absenteísmo. Este tipo de

dor contínua e por longo período de tempo afeta muitos aspectos da vida, podendo

levar a distúrbios do sono, depressão, irritabilidade e, em casos extremos, ao

suicídio. Podem ser causadas por doenças inflamatórias, degenerativas,

neoplásicas, defeitos congênitos, debilidade muscular, predisposição reumática,

sinais de degeneração da coluna ou dos discos intervertebrais e outras (SILVA et al.,

2004).

Ocorre uma dor crônica quando há uma patologia ou um comportamento de

dor prolongado. Pode haver a primeira que precisa ser identificada e atendida

fisicamente. A última pode persistir mesmo depois de a primeira diminuir ou

desaparecer. Nesse conceito de comportamento de dor crônica, os reforçadores

parecem desempenhar um papel importante (CAILLIET, 2001). As manifestações da

dor crônica tem em média duração superior a 12 semanas (TEIXEIRA e FIGUEIRÓ,

2001).

A síndrome da dor lombar clássica referida como “espasmo muscular” ou

uma “coluna distendida” geralmente tem o disco como fonte de dor. Se a dor ocorre

sem dor na perna, muito provavelmente um anel fibroso enfraquecido com a

projeção do disco, não uma herniação do disco, está causando a dor (COX, 2002).

Page 33: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

32

FIGURA 3: Projeção Discal

Fonte: Atlas de Anatomia Ortopédica de Netter

2.2.1 Hérnia discal

De acordo com Dantas (1999), a coluna vertebral é um complexo de

bioengenharia que promove forte, flexível e duradouro suporte, além de proteger os

elementos neurais. Entretanto, muito comumente, o disco intervertebral, devido a

esforço aumentado ou mesmo por desgaste, pode protundir-se e promover

compressão do saco dural e consequentemente da raiz nervosa. A coluna vertebral

lombar é localização freqüente de lesões, quando comparada a outros segmentos

corporais (WAJCHEMBERG, 2002).

Uma das mais freqüentes desordens músculoesqueleticas causadoras de

lombociatalgia é a hérnia discal. Quando ocorre uma ruptura do anel fibroso, com

Page 34: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

33

subseqüente deslocamento de massa central do disco para os espaços

intervertebrais usualmente se denomina hérnia discal (JUNIOR, 1995).

As manifestações de dor, com ou sem irradiação para o metâmero

correspondente, acompanhada de sinal de Laségue positivo e/ou Laségue

contralateral, comprometimento de reflexo e diminuição de força do membro afetado

são extremamente variáveis, mudando de caso para caso. A dor costuma variar com

as mudanças de posição. A posição de decúbito lateral associada à flexão do quadril

costuma aliviar a dor ciática de L5 e S1. Muitas variações existem e são reflexo da

localização da hérnia em seus diversos níveis. Freqüentemente, temos pacientes

com hérnia de disco, cuja dor alivia na posição em pé ou sentado e piora em

decúbito (HENNEMANN et al., 1994).

O diagnóstico é essencialmente clínico e radiológico. No paciente com

história de lombociatalgia típica com exame físico compatível está indicada a

avaliação de imagens por tomografia computadorizada, ressonância nuclear

magnética, mielografia ou mielotomografia (ZARDO et al., 1998)

2.3 LOMBOCIATALGIA

As lesões lombossacras podem acometer qualquer uma das muitas

estruturas que constituem a coluna vertebral e, em geral, envolvem três mecanismos

básicos: (1) compressão vertebral ou apoio do peso, (2) cargas de torção que

resultam em vários padrões de cisalhamento no platô transversal (horizontal) e (3)

estresses tensivos que resultam do movimento vertebral excessivo.

Page 35: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

34

As atividades normais sobrecarregam os discos intervertebrais de maneiras

muito complexas. Os efeitos combinados da flexão-extensão, inclinação lateral e

rotação da coluna vertebral exercem forças consideráveis sobre os discos e suas

estruturas de apoio. Essas forças são mais altas na região lombar, devido

principalmente às forças compressivas impostas pelo peso dos segmentos corporais

superior (WHITING e ZERNICKE, 2001).

A lombalgia é uma das grandes aflições humanas. Quase todos os

indivíduos nascidos hoje apresentam uma grande chance de sofrer uma lesão

incapacitante nas costas, independente de sua ocupação (MAGEE, 2005).

A lombociatalgia é a designação dada para um processo doloroso que se

instala na região lombar com existência de irradiação da dor para os membros

inferiores, admitindo-se que o nervo ciático está afetado. É uma afecção com certo

grau de disfunção neurogênica referida no membro inferior uni ou bilateralmente,

podendo apresentar sintomas como a dor. Esta dor pode variar de súbita e

incomoda até uma dor intensa e prolongada, originando-se da região lombar

causando déficit motor, sintomas sensoriais, anestesia e disestesia na extensão do

nervo. Tipicamente ocorre por disfunções nos níveis vertebrais de L4-5 ou L5-S1

sendo agravada na posição sentada (SNIDER, 2000; KNOPLICH, 2003; CASSAR,

2001).

Em geral o segmento L5-S1 é o local mais comum de problemas da coluna

vertebral, pois este nível sustenta mais peso que qualquer nível vertebral. O centro

de gravidade passa diretamente através dessa vértebra, o que é vantajoso porque

ele pode diminuir as forças de cisalhamento neste segmento. Problemas da coluna

lombar são muito difíceis de serem diagnosticados. Um estudo realizado por Waddell

Page 36: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

35

em 1998 indicou que é possível se estabelecer um diagnostico definitivo da

patologia causadora da lombalgia em apenas 15% dos casos (MAGEE, 2005).

A causa predominante da lombociatalgia no idoso é o processo

degenerativo, que se manifesta com mais freqüência pela estenose do canal

vertebral lombar (CASTRO, 2000). Há séculos sabe-se que lombalgias e

lombociatalgias, entre outras desordens músculo-esqueléticas, apresentam origem

neural; porém são recentes as buscas para tratamentos mais eficazes desses

distúrbios (HALL, 2004).

A lombociatalgia pode ser relacionada com atividades ocupacionais, entre

estas estão as sobrecargas na coluna lombar geradas no trabalho físico pesado,

manutenção de posturas por tempos prolongados, movimentos freqüentes de flexão

e rotação da coluna e exposição de estímulos vibratórios; estes podem desencadear

a patologia de modo isolado ou combinados (TEIXEIRA e FIGUEIRÓ, 2001).

A inervação lombar é feita pelos nervos espinhais por ramos meníngeos e

pelos ramos dorsais dos espinhais. Os nervos espinhais dão origem aos ramos

meníngeos, posteriormente este entra no canal vertebral inervando com suas fibras

vasomotoras e sensitivas a dura-máter, ligamento longitudinal comum posterior,

periósteo e os vasos sanguíneos. O ramo dorsal dos nervos espinhais possuem

fibras motoras, sensitivas e simpáticas, são responsáveis pela inervação dos ossos,

das articulações, dos músculos e da pele do dorso. Este ramo se divide em lateral e

medial e segue o trajeto posterior e descendente, fazendo anastomoses e formando

um plexo na musculatura do dorso (DÂNGELO e FATTINI, 2000).

O nervo ciático é a continuação do fascículo superior do plexo sacral (L4 a

S3). É considerado o maior nervo do corpo humano, medindo 2 cm transversalmente

em sua origem. Ele deixa a cavidade pélvica através do grande forame ciático,

Page 37: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

36

abaixo do músculo piriforme, e passa atrás do ligamento sacroespinhal em sua

inserção na espinha isquiática, então, correndo para baixo entre o lado de fora do

grande trocanter do fêmur e a região interna da tuberosidade do ísquio; neste nível,

está localizado na frente do músculo glúteo maior e atrás do obturador interno e dos

músculos gêmeos, e do músculo quadrado femural.

O nervo ciático supre a pele da região posterior e lateral da perna e do pé,

assim como os músculos da perna e do pé e os músculos posteriores da coxa.

(FONSECA et al., 2002; COX, 2002).

FIGURA 4: Nervo Isquiático

Fonte: Atlas de Anatomia Humana Sobotta

Page 38: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

37

2.4 MOBILIZAÇÃO NEURAL

Segundo Marinzec (2000), a mobilização neural procura restaurar o

movimento elástico ao sistema nervoso, o que promove o retorno as suas funções

normais. Esta técnica foi desenvolvida a partir da aquisição de novos conhecimentos

como neurobiologia, biomecânica e fisiopatologia do tecido neural e da aplicação

dos princípios das terapias manuais a esse tecido.

A mobilização do sistema nervoso é aplicada para sinais e sintomas cujas

origens podem ter comprometimento biomecânico (patomecânica) ou uma reação

inflamatória (fisiopatologia). Estas duas situações irão inevitavelmente co-existir,

embora uma predomine e dê prioridade ao regime de tratamento.

Em qualquer distúrbio neuro-ortopédico é impossível que haja apenas uma

estrutura envolvida. Contudo, num certo estagio de um distúrbio, é possível que o

problema seja curado com o tratamento direcionado a uma estrutura. Entretanto, em

termos de velocidades de recuperação e de tratamento preventivo, é questionável

que a abordagem unistrutural seja ideal (BUTLER, 2003; SANTOS, 2004).

Na manobra de elevação da perna reta o nervo ciático aumenta de 8 a 12%

seu tamanho fazendo com que o sistema nervoso tenha movimento e este

movimento gera uma tensão transmitida não apenas pelos músculos, pele e fáscias,

mas também pelo sistema nervoso (SALGADO et al., 2003).

As estruturas nervosas possuem propriedades elásticas, podendo alongar-

se e encurtar-se, de acordo com as estruturas que a envolvem acompanhando

assim o gesto corporal (BUTLER, 2003; MARINZECK, 2000).

Page 39: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

38

Contudo, se alguma alteração dinâmica do sistema nervoso se encontrar

restrita de sua mobilidade, o movimento do corpo será afetado. Locais onde há

compressão do sistema nervoso existem tensões mecânicas adversas deste tecido

que afeta tanto a sua mobilidade global quanto a sua habilidade para transmitir

tensão (BUTLER, 2003).

A mobilização neural se aplica a todas as condições que apresentam um

comprometimento mecânico/fisiológico do sistema nervoso (MARINZEC, 2000).

Embora a mais de um século se saiba que lombalgias, lombociatalgias,

cervicalgias e cervicobraquialgias, entre outras desordens músculo-esqueléticas

apresentam origem neural, somente nos últimos vinte anos que os fisioterapeutas

com formação orientada à ortopedia, interessaram-se no tratamento do sistema

nervoso pela conexão deste com músculos, articulações e outras estruturas

buscando assim melhores resultados. O tratamento de terapia manual, baseado na

mobilização do sistema nervoso e não apenas restrita a uma abordagem articular foi

desenvolvido e continua evoluindo, baseado em observações clínicas e pesquisas

experimentais (HALL, 2004; MARINZEC, 2000).

O objetivo proposto por esta técnica é melhorar a neurodinâmica e

restabelecer a fisiologia do fluxo axoplasmático, restabelecendo a homeostase dos

tecidos afetados nas síndromes compressivas. (SALGADO et al., 2003).

Page 40: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

39

2.4.1 Função do Sistema Nervoso

A principal e primária função do sistema nervo (SN) é a condução de

impulsos. Mas não somente conduzir impulsos através de notáveis amplitudes e

variáveis de movimentos, mas também tem que se adaptar mecanicamente durante

os movimentos. Mas a mecânica do SN vai além de se adaptar ao movimento e

proteção contra a compressão (BUTLER, 2003)

Para esta interligação da função mecânica e fisiológica foi inserido o termo

neurodinâmica, sendo assim, se o SN está apresentando normalidade da

neurodinâmica, significa que as propriedades mecânicas e as fisiológicas estão

normais (SALGADO, 2003; BUTLER, 2003).

2.4.2 Anatomia do Sistema Nervoso

Existem 2 principais tipos de tecidos compondo o SN: aqueles associados

com a condução de impulsos onde se encontra os axônios que são em gerar e

conduzir o potencial de ação, a mielina que por conter um isolante permite condução

mais rápida do impulso nervoso e células de Schwann que desempenham um papel

na regeneração das fibras nervosas, fornecendo substrato que permite o apoio e

crescimento dos axônios em regeneração. Assim uma fibra mielinica de um nervo

longo, como o isquiático, que tem 1 a 1,54m de comprimento, apresenta

aproximadamente mil células de Schwann e aqueles associados com suporte e

Page 41: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

40

proteção dos tecidos de condução que são a neuroglia que possui a função de

sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade neuronal e

defesa, meninges proteção do centro nervoso e perineuro que conduz impulsos

nervosos através de suas fibras do sistema nervoso central para a periferia

(BUTLER, 2003; MACHADO, 2004).

2.4.3 Sistema Nervoso Perifério

A unidade funcional do SN é o neurônio. Onde são projetados morfológica e

bioquimicamente para transmissão de informações. A cadeia de neurônios conduz

impulsos nervosos para que o organismo possa perceber, interpretar e interagir com

o meio externo. Os neurônios compõem-se do soma ou corpo celular e seus

prolongamentos protoplasmáticos: axônio e dendritos (EKMAN, 2004).

As células de Schwann circundam todo axônio nos nervos periféricos. As

fibras mielínicas produzem uma camada de gordura e proteína onde são

interrompidas pelos nódulos de Ranvier. A rápida condução se deve a

descontinuidade ocorrendo impulsos saltatórios de um nódulo para o outro

(BUTLER, 2003).

A proteção do sistema nervoso periférico (SNP) é devido sua localização

diferente do sistema nervoso central (SNC) que possui sua proteção junto a calota

craniana. Portanto os neurônios do SNP encontram-se em regiões profunda e

flexoras mantendo-se assim próximos aos eixos dos movimentos. Utiliza recursos

para dissipar tensões, mas de maneiras diferentes. Se subdividem formando malhas

Page 42: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

41

intercomunicantes podendo alterar sua conformação devido a forças tensivas

fornecidas pelos movimentos (BUTLER, 2003; EKMAN, 2000).

2.4.4 Sintomatologia

A maior parte do exame comumente gira em torno da diferenciação de

sintomas de uma hérnia discal ou de uma lesão expansiva, que produz sintomas

referidos para o membro inferior, daqueles de outras condições que podem causar

dor. Frequentemente, quando não existem sintomas radiculares abaixo do joelho,

torna-se muito difícil para o examinador determinar onde o problema está localizado

na coluna ou se o problema realmente da coluna lombar ou é originário de

problemas das articulações pélvicas, principalmente das articulações sacroiliacas, ou

do quadril (MAGEE, 2005).

No estiramento ou compressão, quando há uma alteração biomecânica de

8% a 15% do tamanho original do nervo dá-se a diminuição ou mesmo o

cessamento da microcirculação, isto geralmente é temporário até que esta se

restabeleça por uma posição corporal que suavize este tensionamento, além de

alterar o potencial de ação das fibras do nervo simpático, porém esse processo é

pouco entendido (BUTLER, 2003).

As lesões mais comuns do SN são conseqüências mecânicas e fisiológicas

decorrentes de compressões causadas por estruturas adjacentes, atritos, torsões,

angulações, estiramentos e ocasionalmente doença; estas podem promover uma

alteração no mecanismo de transporte de substâncias, ou seja, nos fatores

Page 43: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

42

neurotróficos. Sendo que diferentes tipos de fibras nervosas respondem a estes

mecanismos diferentemente (MARINZEC, 2000).

Pacientes sempre terão um conjunto pronto de pistas subjetivas e físicas

que, em análise, podem dizer ao examinador o sistema nervoso está mecânica ou

fisiologicamente envolvido. Além disso, estas pistas podem ser interpretadas para

suprir o fisioterapeuta com informações (BUTLER, 2003).

O SN está constantemente fornecendo informações através de feedback de

possíveis causas da sintomatologia, proporcionando sinais de que os mecanismos

produtores de impulsos podem estar comprometidos devido a possíveis alterações

químicas e mecânicas. Ocorrendo alguma lesão nervosa, o nervo fica prejudicado,

causando distúrbios sensoriais alterados através da condução elétrica (dor e

parestesia), motor (fraqueza) e autonômicas (vasomotoras) (SMANIOTTO e

FONTEQUE, 2004; BUTLER, 2003; MARINZEC, 2000).

2.5 AVALIAÇÃO

Para a eficácia de um bom tratamento, o paciente deve passar por uma

avaliação criteriosa, seguindo os moldes das avaliações tradicionais, porém,

adicionado à observação do estado mecânico do sistema nervoso (MARINZECK,

2000).

Page 44: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

43

2.5.1 Avaliação da amplitude de movimento

Considerando-se importante a mensuração do movimento da coluna

vertebral, na avaliação de entidades clinicamente incapacitantes, mas sua

determinação e quantificação escapa à maioria dos clínicos e pesquisadores. O

movimento da coluna vertebral ocorre ao redor de vários segmentos. O movimento é

diferente e cada nível e ao redor de diferentes eixos de rotação, inexistindo um

movimento simples, pois a flexão e a extensão ocorre junto com a rotação. Também,

havendo translação de cada movimento (CAILLIET, 2001).

Na avaliação da coluna vertebral muitos dos sintomas que ocorrem no

membro inferior podem ser originados da coluna lombar. Geralmente solicita-se ao

paciente que demonstre os movimentos que causem dor. Quando for solicitado ao

paciente que se faça isto, deve-se dar um tempo para que os sintomas desapareçam

antes do restante do exame a ser realizado (MAGEE,2005).

A mobilidade articular é necessária na maioria das tarefas funcionais. A

mobilidade ativa é um bom procedimento de triagem para detalhar ainda mais o

exame físico. A quantidade, a qualidade e o padrão de movimento assim como a

ocorrência de dor, devem ser anotados. A amplitude de movimento (ADM) normal

varia entre as pessoas e é influenciada por fatores como idade, sexo e método de

medida (O’SULLIVAN et al., 2004). A amplitude normal lombar em flexão apresenta

uma ampla variação individual como citada anteriormente, mas geralmente se situa

entre os 75 e 90 graus. Já a amplitude normal em extensão testada a seguir é de

cerca de 20 graus (MAITLAND et al., 2005).

Page 45: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

44

2.5.2 Avaliação da Dor

A experiência dolorosa apresenta aspectos afetivos, emocionais e sensoriais

que irão interferir na interpretação da sua intensidade. A utilização da escala

analógica visual da dor (EVA) é realizada na maioria das avaliações onde há

situações dolorosas (PEREIRA E SILVA et al., 2004).

Esta escala é aceita pela Associação Internacional para o Estudo da Dor.

Comumente esta escala é de material plástico, tem um formato retangular,

possuindo duas faces, numa das quais está impressa uma reta de 10 centímetros de

comprimento, desprovida de números, na qual há apenas indicação na extremidade

esquerda sem dor e na margem direita pior dor possível. Na outra face, está

impressa a mesma linha de 10 centímetros, porem com uma escala de milímetros

(RESENER, 2004).

De acordo com Starkey (2001), a EVA tem por função tornar a mensuração

da dor mais fidedigna.

2.5.3 Avaliação Neurodinâmica

Testes Neurodinâmicos são realizados para se avaliar o movimento

mecânico dos tecidos nervosos e para se testar sua sensibilidade ao estresse

mecânico ou a compressão. Estes Testes Neurodinâmicos juntamente com uma

anamnese relevante e uma diminuição da ADM, são considerados por alguns como

Page 46: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

45

sendo os sinais físicos mais importantes. A maioria dos testes especiais para o

envolvimento neurológico são testes progressivos ou seqüenciais (MAGEE, 2005).

O teste mais freqüentemente utilizado para a avaliação de membros

inferiores é o de elevação da perna estendida (SLR), possuindo uma complexa

neurobiomecânica que ocorre no trato ciático e ao seu redor, o teste sugere um

papel muito maior para a análise das sintomatologias (BUTLER, 2003 ).

O SLR será um teste passivo onde cada um dos membros deverá ser

testado individualmente, sendo que o membro não acometido deverá ser o primeiro

a ser testado. Durante o teste de SLR unilateral, a tensão desenvolve-se de uma

maneira seqüencial. Primeiro, ela se desenvolve no forame isquiático maior; a seguir

sobre a asa do sacro; posteriormente, na área onde o nervo cruza o pedículo e,

finalmente, no forame intervertebral. O teste causa tração do nervo isquiático, de

raízes nervosas lombossacrais e da dura-máter (MAGEE, 2005).

Segundo Butler (2003), a execução para o teste deverá ser com o paciente

em posição supino, relaxado, com as mãos ao lado do tronco, sem travesseiro e

neutralidade de quadril e tronco. O teste se inicia com o terapeuta ao lado do

membro acometido elevando a perna perpendicularmente com os joelhos estendidos

até o ponto em que o paciente referir uma resposta sintomática idêntica à sentida em

seu dia-dia, ou mesmo completar a ADM normal.

Page 47: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

46

2.6 CONTRA-INDICAÇÕES

2.6.1 Contra-indicações absolutas

Apesar de ser bastante eficaz o tratamento pela mobilização neural, o

terapeuta deve estar atento a algumas contra-indicações absolutas. Que são:

problemas agudos com recente agravamento dos sinais neurológicos;

lesões da cauda eqüina;

lesões do sistema nervoso central;

lesões medulares;

tumores (BUTLER, 2003).

2.6.2 Contra-indicações relativas

Para Butler (2003), maiores precauções, podendo se tornar uma contra-

indicação para a técnica, quando o paciente apresenta algumas dessas alterações:

situações de irritabilidade importante;

deteriorização rápida de um problema;

presença de patologias associadas;

vertigens;

problemas circulatórios.

Page 48: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

47

2.7 TRATAMENTO

A mobilização do sistema nervoso, movimento passivo dos tecidos neurais,

é proposto então, para alterações da neurodinâmica, já que os movimentos em uma

parte do corpo podem ser transmitidas para outro local através de tensões. Visa-se

então normalizar tanto a função mecânica quanto a fisiológica do sistema nervoso,

assim restaurando comprometimentos do próprio sistema nervoso e também

disfunções ocasionadas em estruturas músculo-esqueléticas que recebem sua

inervação (SANTOS, 2004).

Na evolução do paciente pode ser passado para exercícios ativos e deve-se

ensinar um programa de exercícios para ser executado no domicílio (BUTLER,

2003).

O tratamento é diferenciado de acordo com o estado da patologia, podendo

esta ser irritável (fisiopatológica) ou não-irritável (patomecânico). Embora ambas

possam estar presentes há o predomínio de uma, dando prioridade ao regime de

tratamento (BUTLER, 2003).

A escolha da técnica dependerá de onde a dor se localiza, da carência de

ritmo dos movimentos da coluna e de suas respostas ao tratamento. Se a dor ou

restrição da mobilidade apresentar-se unilateral, então técnicas unilaterais

destinadas para abrir ou mover o mesmo lado do complexo articular intervertebral de

promover alivio (MAITLAND, 2005).

Page 49: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

48

2.7.1 Desordem Irritável

O sintoma que domina uma disfunção irritável é a dor constante, facilmente

desencadeada e que persiste por algum tempo antes de diminuir; clinicamente há

vantagens por ser capaz de mover uma estrutura sem interferir muito em outras

estruturas. A técnica a ser aplicada deve proporcionar o máximo de conforto para o

paciente, com grande amplitude, lenta e rítmica, iniciando à distância da área

dolorosa e sem inicialmente provocar sintomatologia ou aumentá-la. Sua progressão

é aproximando de locais mais próximos da área lesada, posteriormente pode-se

aumentar o número de repetições e progredir aumentando a ADM até o

aparecimento dos sintomas ou a resistência do movimento (BUTLER, 2003;

SALGADO, 2003).

2.7.2 Desordem não-irritável

Esta a desordem é mais antiga aumentando a chance de possuir

conseqüências devido ao desuso de segmentos e pelos produtos de uma resposta

inflamatória levando uma característica de natureza patomecânica. São empregadas

técnicas com moderada resistência tendo grande movimento com tensão no final da

ADM, com menos respeito pelos sintomas provocados, podendo ser iniciado próximo

da origem dos sintomas (BUTLER, 2003; SALGADO, 2003).

Page 50: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

49

3 METODOLOGIA

3.1 MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Assis Gurgacz

– FAG, através do Parecer 656/2007 – CEP FAG (ANEXO 01)

O estudo foi realizado em pacientes com lombociatalgia unilateral, utilizando

uma amostra composta de 4 pacientes portadores desta patologia, os quais foram

selecionados a partir de critérios de inclusão e exclusão.

Os voluntários foram submetidos a um protocolo de atendimento que

totalizou 10 sessões, onde o mesmo foi composto da técnica de mobilização neural,

realizando-se 3 sessões semanais, com intervalos de no mínimo 1 dia e máximo de

3 com duração de 20 minutos no máximo cada. Na primeira e na última sessão

foram realizadas as avaliações conforme a ficha de avaliação anexa (Apêndice 2).

Durante todas as sessões foi verificado no inicio e ao final da terapia a quantidade

de dor presente, amplitude de movimento lombar e quadril do membro inferior

acometido, preenchida na ficha de evolução diária (Apêndice 3). As variáveis

mensuradas foram dor, mobilidade da coluna lombar e quadril do membro

acometido.

Page 51: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

50

3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

- Pacientes possuírem idade entre 40 e 65 anos;

- Possuírem diagnóstico clínico de lombociatalgia;

- Que não apresentarem dor em ADM inferior a 35°;

- Não apresentarem lesão aguda;

- Terem aceitado participar da presente pesquisa através de um termo de

consentimento livre e esclarecido.

3.3 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO

- Possuírem contra-indicações absolutas à técnica proposta;

- Terem realizado qualquer tipo de cirurgia em MMII;

- Possuírem lombociatalgia bilateral;

- Estejam fazendo uso de medicamento analgésico e/ou antiinflamatório;

- Estejam realizando qualquer outro tipo de tratamento fisioterapeutico.

Page 52: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

51

3.4 TESTES UTILIZADOS

No primeiro e no último atendimento foram realizadas as avaliações para se

poder quantificar a dor e mobilidade da coluna lombar (flexão, extensão).

Para dar início ao tratamento primeiramente realizou-se os testes de irritação

do nervo ciático, elevação da perna estendida (SLR - Straight Leg Raise)

bilateralmente e Lasègue para comprovação do diagnóstico clínico no membro

inferior acometido.

Ambos os testes serão executados com o paciente em decúbito dorsal,

relaxado, braços relaxados ao longo do corpo e confortável na maca.

3.4.1 Elevação da perna estendida

Maitland (2005), cita que neste teste avalia-se o movimento livre das raízes

nervosas da região lombar inferior (L4-L5) e sacral superior (S1-S2), juntamente com

suas bainhas durais, dentro do canal espinhal e seus foramens intervertebrais.

Este teste iniciou-se com o lado não acometido passando então para o lado

acometido. O examinador posicionou-se ao lado do membro acometido, colocando

uma de suas mãos sob o tendão do calcâneo e a outra na região patelar. A perna foi

elevada perpendicularmente à maca, sem que haja flexão de joelho ate o ponto de

dor.

Page 53: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

52

FIGURA 5: Teste de Elevação da perna estendida (SLR)

Fonte: do autor

3.4.2 Teste de Lasègue

No teste de Lasègue o examinador posiciou-se do lado contralateral ao

membro acometido, com uma das mãos em região patelar e a outra no médio pé do

membro acometido. Foi realizado uma flexão de quadril a 90° graus e a perna

fletida. Mantendo o quadril flexionado, estendesse a perna. O teste será positivo

caso haja dor ou aumento da mesma quando o quadril estiver flexionado e a perna

estendida, pois haverá um alongamento do nervo isquiático causando irritação.

Page 54: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

53

FIGURA 6: Teste de Lasègue

Fonte: do autor

3.4.3 Avaliação da dor

Para a coleta dos dados foi utilizada uma régua EVA de propriedade do

próprio pesquisador (Figura 9) para a mensuração diária.

Segundo O´Sullian (2004), a EVA é um instrumento importante podendo ser

usada a cada sessão para avaliar a intensidade de dor presente. Estas escalas

também tem sido designadas como medidas de resultado pré e pós-tratamento,

classificando diversas atividades e situações.

Está escala é indicada para adolescentes e adultos, consistindo de uma

régua de 10 cm com marcadores em suas extremidades, onde 0 corresponde a sem

dor e 10 pior dor possível. Foi solicitado a cada paciente no inicio e ao final do

atendimento que marcasse o local onde ele acha que sua dor se encontra no

momento da avaliação anotando assim resultado obtido na folha de avaliação diária.

Page 55: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

54

FIGURA 7: Escala visual analógica da dor (EVA)

Fonte: do autor

3.4.4 Amplitude de movimento

A amplitude de movimento lombar foi avaliada de acordo com método

proposto por Cipriano (2005), adaptado para o uso de inclinometria digital da marca

Baseline®, de propriedade da Faculdade Assis Gurgacz.

Paciente em pé com os membros inferiores (MMII) encostados em uma

escada para evitar uma possível flexão de joelho e a coluna lombar em posição

neutra, a base A colocada sobre L5 e a base B sobre T12 no plano sagital (variando

quanto a estatura do paciente sobre a segunda base). Foi solicitado ao paciente que

fizesse uma flexão de tronco. Anotando assim o valor da inclinação. Para a

avaliação da extensão paciente em pé e a coluna lombar em posição neutra, realiza-

se mesmo protocolo. Em seguida o paciente realizou uma extensão o tronco. Onde

os valores foram anotados.

Para mensuração da ADM do quadril foi avaliada com o paciente em

decúbito dorsal relaxado na maca, colocando o inclinômetro no plano sagital, com a

Page 56: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

55

base A quatro dedos acima da patela. Foi então solicitado ao paciente flexionar o

quadril ativamente, sem estender o joelho, acompanhando a elevação da perna,

sendo estas avaliações adotadas em todos os atendimentos para controle e

possíveis evoluções no quadro.

FIGURA 8: Inclinômetro Digital

Fonte: do autor

3.4.5 Técnica utilizada

O protocolo utilizado foi a mobilização neural com SLR do membro

sintomático.

A mobilização foi executada com o paciente em decúbito dorsal, braços

relaxados ao longo do corpo e cabeça apoiada em um rolo pequeno realizando uma

flexão cervical. O examinador posicionou-se ao lado do membro acometido.

Iniciou-se então a elevação da perna estendida no membro até o ponto em

que o paciente referisse os mesmos sintomas de dor e posteriormente abaixou-se

5°. Apoiou-se o membro sobre o ombro do terapeuta onde o mesmo inicia leves

oscilações (Grau 1) aumentando gradativamente para movimentos de grande

BASE ABASE BBASE ABASE B

Page 57: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

56

amplitude chegando até o limite do movimento (Grau 3) no sentido planti-dorsi-flexão

de tornozelo segurando em região de metatarso e sempre apoiando o joelho para

que não haja flexão.

O grau de movimento bem como a amplitude a ser iniciada foi modificado de

acordo com a resposta de cada paciente, graduando assim a amplitude e a posição

em que o membro se encontra. De acordo com Maitland (2005), quantificasse os

graus como: Grau 1: movimentos de pequenas amplitudes; Grau 2: movimentos de

grande amplitude, mas não atingindo o limite da ADM; Grau 3: movimentos de

grande amplitude chegando até o limite da ADM.

FIGURA 9: Técnica de mobilização neural

Fonte: do autor

Page 58: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

57

4 RESULTADOS

O estudo foi realizado com 4 indivíduos do sexo feminino com uma média de

idade de 49,75 ± 4,65 anos. O gráfico 1 expressa as idades dos indivíduos

estudados.

GRÁFICO 1: Idade dos indivíduos

50

56

4548

0

10

20

30

40

50

60

Idad

e(a

nos

)

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4

Fonte: do autor

Os gráficos 2 e 3 onde expressam os valores de flexão e extensão dorso-

lombar respectivamente dos indivíduos estudados na 1ª, 5ª e 10ª avaliação,

observa-se que houve aumento em todos os indivíduos avaliados, porém notando

melhora considerável principalmente no paciente 3 onde o mesmo obteve um ganho

de 54% da amplitude de flexão e de 23% na amplitude de extensão quando

comparados a níveis normais das mesmas da primeira a última avaliação, podendo

Page 59: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

58

ser observado na tabela 1 e 2 respectivamente, as quais expressaram as

porcentagens de melhora das variáveis estudadas nas avaliações supracitadas

tendo como parâmetro de normalidade a amplitude proposta por Marques (2003).

GRÁFICO 2: Amplitude de Flexão Anterior Dorso-Lombar

8387

92

80 8290

14

495144

53

83

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

AD

M(º

)

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4

1ª avaliação5ª avaliação10ª avaliação

Fonte: do autor

Page 60: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

59

GRÁFICO 3: Amplitude de Extensão Dorso-Lombar

8

10

12 12

14 14

7

11

15

1920 20

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

AD

M(º

)

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4

1ª avaliação5ª avaliação

10ª avaliação

Fonte: do autor

Tabela 1 – Porcentagem de melhora de flexão dorso-lombar nas avaliações

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 41ª avaliação 87% 84% 15% 46%5ª avaliação 92% 86% 52% 56%10ª avaliação 97% 95% 54% 87%Total de melhora 10% 11% 54% 41%

Fonte: do autor

Tabela 2 – Porcentagem de melhora de extensão dorso-lombar nas avaliações

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4

1ª avaliação 23% 34% 20% 54%5ª avaliação 29% 40% 31% 57%10ª avaliação 34% 40% 43% 57%Total de melhora 11% 6% 23% 3%

Fonte: do autor

Page 61: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

60

O gráfico 4 onde expressa os valores de ADM de quadril do lado sintomático

dos indivíduos estudados na 1ª, 5ª e 10ª avaliação, observa-se que houve aumento

em todos os indivíduos, notando-se ainda que esta foi maior no paciente 3 onde o

mesmo obteve um ganho de 35% quando comparadas a níveis normais de

amplitude da primeira a última avaliação o que pode ser observado na tabela 3, a

qual expressou as porcentagens de melhora das variáveis estudadas.

GRÁFICO 4: Amplitude de quadril

67

7685

4451

58

24

52

68

56

70

81

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

AD

M(º

)

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4

1ª avaliação5ª avaliação10ª avaliação

Fonte: do autor

Tabela 3 – Porcentagem de melhora na amplitude de quadril

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 41ª avaliação 54% 35% 19% 45%5ª avaliação 61% 41% 42% 56%10ª avaliação 68% 46% 54% 65%Total de melhora 14% 11% 35% 20%Fonte: do autor

Page 62: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

61

O gráfico 5 onde expressa os valores da EVA da região lombar, observou-se

que houve redução considerável do quadro álgico nos indivíduos estudados,

chamando a atenção ao paciente 1, onde o mesmo apresentou na primeira

avaliação 4,5 pontos na EVA, chegando à décima avaliação tendo 0 pontos, portanto

fim do quadro álgico apresentado.

GRÁFICO 5: Escala visual analógica da dor da região lombar

4,5

2,1

0

5

1,9

0,6

7,3

3,63

0,90,8 1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

EV

A(c

m)

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 41ª avaliação

5ª avaliação

10ª avaliação

Fonte: do autor

O gráfico 6 apresenta o impacto percentual da dor avaliada através da EVA

na região lombar. Pode-se observar que na 1ª avaliação, a amostra quando

questionada sobre o quadro álgico apresentou um impacto de 44,25% na resposta

da dor. Este percentual reduziu-se para 23,25% na 5º avaliação e 9,5% na 10ª

avaliação, mostrando uma grande redução nos valores apresentados pelos

pacientes nestas três avaliações.

Page 63: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

62

GRÁFICO 6: Impacto percentual da dor avaliado pela EVA lombar

44,25

21

11,5

0

20

40

60

80

100

Va

lore

sem

%

PRIMEIRA QUINTA DÉCIMA

Avaliações

Fonte: do autor

O gráfico 7 onde expressa os valores da EVA do quadril, observou-se que

houve redução considerável do quadro álgico nos indivíduos estudados, chamando

a atenção para o paciente 1 onde o mesmo apresentava 5 pontos na EVA na

primeira avaliação, finalizando à décima avaliação apresentando o fim do quadro

álgico e principalmente o paciente 3 onde na primeira avaliação o mesmo

apresentava 8,8 pontos chegando ao fim do quadro álgico na décima avaliação.

Ressaltando que o paciente 1 obteve 100% de melhora quanto ao quadro álgico

apresentado.

Page 64: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

63

GRÁFICO 7: Escala visual analógica da dor do quadril

5

1

0

4,5

2,8

1

8,8

1,4

0

7,1

4,6

2,4

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

EV

A(c

m)

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4

1ª avaliação5ª avaliação10ª avaliação

Fonte: do autor

O gráfico 8 expressa o impacto percentual da dor avaliada através da EVA

na região do quadril sintomático. Neste gráfico pode-se observar que diferente da

lombar o impacto da dor apresentou-se bem mais acentuado na 1ª avaliação onde a

amostra quando questionada sobre o quadro álgico apresentou um impacto de

63,5% na resposta da dor. Reduzindo-se posteriormente para 24,5% na 5º avaliação

e 8,5% na 10ª avaliação.

Page 65: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

64

GRÁFICO 8: Impacto percentual da dor avaliado pela EVA quadril

63,5

24,5

8,5

0

20

40

60

80

100

Val

ore

sem

%

PRIMEIRA QUINTA DÉCIMA

Avaliações

Fonte: do autor

Page 66: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

65

5 DISCUSSÃO

Tendo em vista quanto a prevalência ser do sexo feminino, Castro et al.

(2003), em seu levantamento de dados em 258 prontuários de um hospital de

referência na cidade de Goiânia apresentou 145 sendo do sexo feminino. Por tanto

corroborando com o estudo apresentado onde a maior incidência desta patologia se

encontra no sexo feminino.

Para apontar o perfil da mobilidade lombar dos indivíduos com

lombociatalgia, o presente estudo utilizou o teste de flexão e extensão da região

dorso-lombar propostos por Marques (2003), e adaptado para se mensurar através

de inclinonômetro digital. Os resultados encontrados não foram significantes

estatisticamente devido ao baixo número da amostra. Com tudo, após a última

avaliação notou-se um ganho de ADM considerável, apresentando um aumento

médio total de 29% para flexão e de 11% para a extensão comparados ao primeiro

atendimento. Corroborando ao estudo feito por Briganó e Macedo (2005), onde foi

realizado uma analise da mobilidade lombar, utilizando como protocolo a terapia

manual e cinésioterapia na lombalgia citando que houve um aumento significativo de

amplitude lombar após 30 sessões utilizando o teste de Schöber em 25 indivíduos

estudados.

Em relação a ADM de quadril foi observado que todos os pacientes

apresentaram inicialmente e ao final do tratamento um ângulo de flexão de quadril

inferior a 90°. Isso se deve principalmente ao quadro álgico apresentado. Após as 10

sessões observou-se um ganho real total de 20% na amplitude apresentada

inicialmente, o que vai de acordo com Smaniotto (2004), onde afirma que através da

Page 67: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

66

técnica utilizada observou-se um aumento significativo do ângulo de flexão de

quadril em indivíduos normais, em seu estudo objetivado a verificar a influência da

mobilização neural no ganho de ADM de flexão de quadril.

Miguel (2003), afirma que a avaliação e o registro da intensidade da dor

pelos profissionais de saúde devem ser de forma contínua e regular, à semelhança

dos sinais vitais, de modo a otimizar a terapêutica, dar segurança à equipe

prestadora de cuidados de saúde e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Os resultados apresentados apontam que a intervenção terapêutica

utilizada, através da técnica de mobilização neural, no tratamento da lombociatalgia

crônica foi eficaz na diminuição do quadro álgico apresentado pelos pacientes no

inicio do tratamento.

Utilizou-se como recurso para a mensuração da dor em coluna lombar e

quadril a EVA. Esta escala é um recurso amplamente utilizado para verificação de

diferentes níveis de dor. Para se tornar mais objetiva a descrição da dor, a EVA se

tornou um artifício muito utilizado para este fim. Com tudo, algumas populações de

pacientes apresentam grande dificuldades em interpreta-la e graduar sua sensação

dolorosa, até mesmo com métodos simples de avaliação (SERRANO, 2002).

Apesar dos achados não representarem resultados com significâncias

estatísticas devido ao baixo número da amostra, observou-se que durante as

avaliações e no decorrer do tratamento utilizando a EVA como instrumento de

avaliação, verificou-se grande percepção dos pacientes sobre o impacto da dor,

como foram apresentados nos gráficos 7 e 8. Onde os mesmos demonstraram uma

grande diminuição do quadro álgico apresentado no início do tratamento tanto em

região lombar quanto em quadril sintomático.

Page 68: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

67

Semelhantes pesquisas como a de Santos (2004), que analisou a influencia

da mobilização do sistema nervoso na câimbra do escrivão, utilizando testes de

tensão para o membro superior direito tensionando assim o nervo mediano, obteve

resultados que demonstraram uma redução gradativa do quadro álgico apresentado

pelo paciente, observado também neste estudo.

Apesar do número da amostra ter sido bem reduzido, considerando os

relatos dos autores citados e os dados obtidos neste estudo, quanto à eficácia da

mobilização neural no tratamento da lombociatalgia na redução e/ou eliminação do

quadro álgico e devolução de uma amplitude de movimento próxima do normal,

observa-se um resultado positivo na sintomatologia dolorosa e um retorno gradativo

da mobilidade nos indivíduos tratados.

Page 69: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

68

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve o intuito de verificar se a técnica de terapia manual

utilizando a mobilização neural seria adequada para a o tratamento das

lombociatalgias.

Constatou-se que este protocolo utilizado foi eficaz no retorno da mobilidade

dos pacientes tratados, bem como, e principalmente a eficácia na redução do quadro

álgico que acompanhava todos os pacientes apesar do baixo número de

amostragem.

Portanto, espera-se que novos estudos apresentando um período de

acompanhamento e principalmente um número de amostra maior sejam realizados,

afim de buscar uma validade estatística e preencher a carência em que vive a

ciência na fisioterapia.

Page 70: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

69

7 REFERÊNCIAS

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70

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73

APÊNDICES

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74

APÊNDICE A – Ficha de avaliação

Nome:____________________________ Data da Avaliação:___/___/_____

Idade:_______ D.N.: ____/____/_____ Escolaridade:__________

Profissão Atual: ________________ Profissão Anterior:________________

Diagnóstico Clínico _____________________________________________

ITEM 1- Amplitude de Movimento Lombar (em Graus).

Flexão

1ª Avaliação – ( ) 5ª Avaliação – ( ) 10ª Avaliação – ( )

Extensão

1ª Avaliação – ( ) 5ª Avaliação – ( ) 10ª Avaliação – ( )

ITEM 2 – Amplitude de Movimento Quadril (em Graus).

Esquerdo - 1ª Avaliação ( ) 5ª Avaliação ( ) 10ª Avaliação ( )

Direito - 1ª Avaliação ( ) 5ª Avaliação ( ) 10ª Avaliação ( )

ITEM 3 – Escala Analógica Visual da Dor Lombar.

1ª Avaliação –

5ª Avaliação –

10ª Avaliação –

ITEM 4 - Escala Analógica Visual da Dor Quadril.

Esquerdo Direito

1ª Avaliação – 1ª Avaliação –

5ª Avaliação – 5ª Avaliação –

10ª Avaliação – 10ª Avaliação –

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75

OBS.:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE B – Ficha de avaliação diária

Data: ___/___/___.

ITEM 1- Amplitude de Movimento Lombar.

Flexão1ª Avaliação – ( ) 2ª Avaliação – ( )

Extensão1ª Avaliação – ( ) 2ª Avaliação – ( )

ITEM 2 – Amplitude de Movimento Quadril.

Esquerdo - 1ª Avaliação – ( ) 2ª Avaliação – ( )

Direito - 1ª Avaliação – ( ) 2ª Avaliação – ( )

ITEM 3 – Escala Analógica Visual da Dor Lombar.

1ª Avaliação – 2ª Avaliação –

ITEM 4 - Escala Analógica Visual da Dor Quadril.

Esquerdo Direito

1ª Avaliação – 1ª Avaliação –

2ª Avaliação – 2ª Avaliação –

OBS.:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE C – Termo de consentimento livre e esclarecidoTítulo do Projeto: A eficácia da mobilização neural no tratamento da redução do quadro álgico empacientes com lombociatalgia.

Área do Conhecimento: Ciências da SaúdeCurso: FisioterapiaNúmero de sujeitos no centro: 04 Número total de sujeitos: 04 sujeitos.Patrocinador da pesquisa: autor do projeto.Instituição onde será realizado: Centro de Reabilitação FAGNome dos pesquisadores e colaboradores: Pesquisador Responsável: Rodrigo Genske; Autor daPesquisa: Bruno Vasconcelos.

Você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa acima identificado.O documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa queestamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância para nós,mas se desistir a qualquer momento, isso não causará nenhum prejuízo a você.

2. Identificação do Sujeito da Pesquisa e do Responsável

Nome: Data de nascimento:Profissão: Nacionalidade:Estado Civil: CPF: RG:Endereço:Telefone: E-mail:

3. Identificação do Pesquisador Responsável

Nome: Rodrigo Daniel GenskeProfissão: Fisioterapeuta N. do Registro no Conselho: 33565 F CREFITO 8Endereço: Rua Manjoleiro, n° 69; Bairro : Tropical; Cascavel -PRTelefone: (45) 88014978 E-mail: [email protected]

Eu, voluntário na pesquisa aceito participar como voluntário(a) no presente projeto depesquisa. Discuti com o pesquisador responsável sobre a minha decisão emparticipar e estou ciente que:

1. O(s) objetivo(s) desta pesquisa são: Diminuir sintomas de dor na coluna lombar

2. O procedimento será através de avaliação e posteriormente tratamento da dorlombar diminuindo o desconforto apresentados nesta disfunção.

3. O benefício esperado da pesquisa é devolver a mobilidade da coluna lombar ediminuir as dores apresentada nesses casos.

4. O risco potencial é o de aumentar a dor ou outro tipo de desconforto na colunalombar e membros inferiores. Mesmo assim, acredita-se que o risco seja muito

Page 79: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

78

baixo.A medida de proteção adotada será o encaminhamento do paciente para umaUnidade Básica de Saúde.

5. A minha participação neste projeto tem como objetivo responder de forma sincerae verdadeira as perguntas a mim feitas.

6. A minha participação é isenta de despesas e tenho direito à assistência etratamento decorrentes de minha participação na presente pesquisa.

7. Declaro estar ciente de que não está prevista nenhuma forma de remuneraçãopara a minha participação no presente estudo.

8. Tenho a liberdade de desistir ou de interromper esta pesquisa no momento emque desejar, sem necessidade de qualquer explicação.

9. A minha desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem estarfísico.

10.Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, masconcordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meusdados pessoais não sejam mencionados;

Poderei consultar o pesquisador responsável (acima identificado) ou o CEP-FAG, comendereço na Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep 85807-030, Fone: (45) 3321-3965, e-mail: [email protected]

sempre que entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre oprojeto de pesquisa e minha participação no mesmo.

11.Tenho a garantia de tomar conhecimento, pessoalmente, do resultado parcial efinal desta pesquisa.

12.Esta pesquisa será de caráter público porém será preservada a identidade doparticipante, a fim de ser divulgada em eventos científicos de nível nacional einternacional, em diversos meios de comunicação e para acadêmicos ouprofissionais que tenham interesse no conteúdo da pesquisa assim colaborandocom o meio cultural e educacional.

Declaro que obtive todas as informações necessárias e esclarecimento quanto àsdúvidas por mim apresentadas e, por estar de acordo, assino o presente documentoem duas vias de igual teor (conteúdo) e forma, ficando uma em minha posse.

_____________( ), _____ de ____________ de ______.

________________________________ _________________________________Sujeito da pesquisa Responsável pelo sujeito da pesquisa

_________________________________Pesquisador Responsável pelo Projeto

Page 80: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

79

APÊNDICE D – Carta de concordância da instituição

FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAGCLINICA DE FISIOTERAPIA

Av. das Torres,500 Fone: (45) 321 3930 Fax: (045) 321 3900

Cascavel,_____ de____________ de 2007.

Senhora Coordenadora,

Eu ________________________________________, estou ciente da

realização do projeto “A eficácia da mobilização neural no tratamento do quadro

álgico em pacientes com lombociatalgia”, de autoria de Rodrigo Daniel

Genske dentro das dependências da

instituição___________________________________________.

Declaro esta ciente da realização da referida pesquisa nas dependências do

Curso de fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz referente à disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso.

Informamos que estamos de acordo com a realização deste trabalho em

nossas instalações, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres

humanos.

Atenciosamente,

Assinatura

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80

ANEXOS

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81

ANÉXO 1 – Acompanhamento de atividades de TCC

A eficácia da mlombociatalgia.

ACADÊMICO

ORIENTADOR

DATA /Horário atend.

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

DATA

Cascavel, 26 d

Av

FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG

CURSO DE FISIOTERAPIA - ANEXO 1Acompanhamento das Atividades de TCC

TÍTULO DO TRABALHO

obilização neural no tratamento do quadro álgico em pacientes com

Bruno Vasconcelos RA 20020230

Rodrigo D. Genske

ASSINATURASASSUNTO

acadêmico orientador

Nº protocolo Visto de recebimentoe junho 2007

. das Torres,500 Fone: (45) 3321 3900 Fax: (045) 3321 3902 CEP: 85 802 000 – Cascavel – Paraná

Page 83: A Eficacia Da Mobilizacao Neural No Tratamento Do Quadro Algico Em Pacientes Com Lombociatalgia

82

ANÉXO 3 – Carta de recomendação do orientador do TCC

Cascavel, de outubro d

Ao Prof. José Mohamud Vilagra.Coordenador dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Fisiotera

Faculdade Assis Gurgacz - FAG

Eu, Rodrigo Daniel Genske orientador, do acadêmico Bruno Alexandre

Vasconcelos, no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso int

A eficácia da mobilização neural no tratamento do quadro álgico em pac

com lombociatalgia, encaminho o referido Trabalho, a esta Coordenação, e

versão completa e declaro que o acadêmico cumpriu todas as etapas pre

para a execução do mesmo estando apto a defesa do trabalho em

avaliadora.

Sem mais a tratar

Atenciosamente,

_____________________________________Prof° Mestre Rodrigo Daniel Genske

FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAGCURSO DE FISIOTERAPIA

Carta de Recomendação do Orientador do TCCAv. das Torres,500 Fone: (45) 3321 3900 Fax: (045) 3321 3902 CEP: 85 802 000 – Cascavel – PR

e 2007.

pia da

Faria

itulado

ientes

m sua

vistas

banca

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83

ANÉXO 4 – Carta de solicitação de espaço físico e equipamentos

Cascavel 15 de agosto d

AoProf. José Mohamud Vilagra.Coordenador dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Fisiotera

Faculdade Assis Gurgacz - FAGEu, Bruno Alexandre Faria Vasconcelos RA 200520230 solicito

coordenação a disponibilização dos equipamento(s) e espaço físicorelacionado(s) para a realização da parte aplicada do Trabalho de ConcluCurso intitulado “A eficácia da mobilização neural no tratamento do quadro álgpacientes com lombociatalgia” sob orientação do Professor Rodrigo Daniel G

Através deste documento declaro assumir total responsabilidadeequipamento(s), material(s) e mobiliário(s) nos horários e períodos solicitados

Período Dias da semana Horário15 de agosto a 05 desetembro de 2007.

Segunda, terça, Quarta eSexta-feira.

08:00 ás 10:30 e 17:30horas

Quantidade Descrição do equipamento – modelo / marcaSetor de Ortopedia e Traumatologia da clínica de FisioteFaculdade Assis Gurgacz – FAG

1 Maca de manipulação de DROP, marca ISP1 Inclinômetro Digital Baseline

Sem mais a tratar

Atenciosamente,

______________________________Bruno Alexandre F. Vasconcelos

FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAGCURSO DE FISIOTERAPIA - ANEXO 4

Termo de Responsabilidade para utilização das Clínicas Integradas FAGsetor de Fisioterapia e/ ou Equipamentos

Av. das Torres,500 Fone: (45) 3321 3900 Fax: (045) 3321 3902 CEP: 85 802 000 – Cascavel – P

e 2007.

pia da

a estaabaixosão deico em

enske.pelo(s).

ás 20:00

rapia da

/

R

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84

ANÉXO 5 – Carta de apresentação ao CEP

CARTA DE APRESENTAÇÃO AO CEP

Cascavel,......... de ........................de ...............

Senhora Coordenadora,

Encaminhamos ao Comitê de Ética em Pesquisa o Projeto de Pesquisa“A eficácia da mobilização neural no tratamento do quadro álgico em pacientescom lombociatalgia” de autoria de Rodrigo daniel Genske, para ser avaliado doponto de vista ético.

Declaramos estar cientes da realização da referida pesquisa nasdependências do Curso de Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz comorequisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Informamos que o trabalho só poderá ser iniciado, após aprovação deum Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos.

Asseguramos que este estudo, se aprovado, será realizado dentro dosmaiores rigores científicos.

Nesta oportunidade aproveitamos para reiterar a V.Sª nossos protestosde elevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente,

________________________________Prof: Rodrigo Daniel GenkePesquisadora responsável.

________________________________Prof: José Mohamud Vilagra

Coordenador de trabalho de conclusão deCurso – TCC.

A/C Profa KARINA ELAINE DE SOUZA SILVACoordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da FAG

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ANÉXO 6 – Aprovação do comitê de ética