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A E

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Europa

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Univers

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século XXXI 

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Faculdade de Economia  

Universidade de Coimbra 

 

A Europa e os migrantes do século XXI 

Imagem: 

 http://www.fotopedia.com/wiki/Abstract_art#!/items/jester‐KnPc0ldVCXY 

 

Trabalho realizado na unidade curricular: 

Fontes de Informação Sociológica 

Docente: Paulo Peixoto 

 

Ano letivo 2012/2013 

 

 

 

 

 

   

 

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INDICE 1 – Introdução ............................................................................................................................... 1 

2 – Estado das artes ...................................................................................................................... 2 

2.1  – Definição da Problemática ............................................................................................ 2 

2.1.1 – Portugal e os seus novos emigrantes ........................................................................ 3 

2.1.2 – Juventude portuguesa emigrante ............................................................................. 5 

2.1.3 – Novos adultos emigrantes ......................................................................................... 7 

3 – Portugal um país recetor ......................................................................................................... 9 

3.1 – Qualificações dos Imigrantes.......................................................................................... 10 

3.2 – Situação geográfica ........................................................................................................ 11 

4 – A sociedade e as imigrações .................................................................................................. 11 

4.1 – As entidades ................................................................................................................... 12 

5 – Ficha de leitura ...................................................................................................................... 13 

5.1 –Resumo ........................................................................................................................... 14 

5.2 –Estrutura ......................................................................................................................... 14 

5.3 –Desenvolvimento ............................................................................................................ 15 

5.4 – Pontos fracos e fortes do documento ............................................................................ 17 

5.5 –Conclusão ....................................................................................................................... 17 

5.6 –Autores citados ............................................................................................................... 17 

5.7 –Referências Histórico‐culturais....................................................................................... 18 

6 – Avaliação da página da internet ............................................................................................ 18 

7 – Descrição detalhada da pesquisa .......................................................................................... 19 

8 – Conclusão .............................................................................................................................. 20 

9 – Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 22 

Anexo I – texto lido ..................................................................................................................... 23 

Anexo II‐ página da internet ........................................................................................................ 24 

 

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1 – Introdução Este  trabalho  foi  realizado  no  âmbito  da  cadeira  de  Fontes  de  Informação 

Sociológica da licenciatura de Sociologia. 

Deparando‐me  com  os  três  temas  disponíveis  e  os  três  bastante  aliciantes, optei por um que se encontra na ordem do dia: a Europa e os emigrantes do século XXI. Este foi o tema que mais me suscitou interesse. É um tema que muito se fala em Portugal, que  todos os dias  saem novas notícias  e que muito  tem preocupado  este país.  Procurei  por  isso  dividir  o  trabalho  em  duas  partes.  Se  por  um  lado  existem milhares de portugueses que se aventuram noutros países, emigrantes, por outro são também muitos os estrangeiros que optam por este país para viver, imigrantes. 

Outro motivo  que me  levou  a  optar  por  este  tema  foi  o  facto  de,  noutras cadeiras,  ser um  tema que muito  se debate e  se analisa, dando‐me algumas noções que me  ajudaram  nas  primeiras  etapas  deste mesmo  trabalho.  Este  é  também  um tema  bastante  complexo,  porém  bastante  abrangente,  podendo  possuir  vários formatos de análise.  

Ao  longo deste trabalho, debruço‐me em torno de temáticas que socialmente estão ligadas à temática em questão, como é caso das minorias étnicas, do racismo ou mesmo da xenofobia. 

Um outro objetivo é perceber os motivos que levam os portugueses a emigrar e os  estrangeiros  a  escolher  Portugal,  fazendo  uma  análise  ao  longo  destas  últimas décadas vividas. 

Neste  trabalho,  a  divisão  foi  feita  de  acordo  com  parâmetros  estabelecidos dentro  da  cadeira  de  Fontes  de  Informação  Sociológica.  Seguindo  os  parâmetros pedidos, este trabalho contém um estado das artes onde interiormente se encontra a parte de desenvolvimento e contextualização do  tema. É dentro do estado das artes que  foi  tratada  toda  a  informação  recolhida,  possuindo muitas  vezes  o meu  cunho pessoal sobre emigração e imigração. 

Segue‐se a ficha de leitura, onde se encontra o resumo do capítulo do livro que escolhi  de  Maria  Manuel  Mendes,  “Imigração,  Identidades  e  Discriminação” relacionado  com  o  tema  em  questão.  Por  fim, mas  não menos  importante,  realizei ainda  uma  análise  de  uma  página  da  internet  onde  ponho  em  prática  conceitos apreendidos ao longo da cadeira de Fontes de Informação Sociológica. 

 

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2 – Estado das artes

2.1 – Definição da Problemática  

A definição de migrações é bastante complexa, pois possui vários campos de observação, sendo uma tema bastante amplo e abstrato. 

Entende‐se por migração todo o deslocamento da população que ocorre do seu lugar de origem, de onde nasceu e de onde  é nativo, para outro  sítio  implicando  a mudança da sua residência. É, no fundo, o deslocamento que um individuo faz do país onde nasceu para outro país, tendo por base as mais diversas razões ou motivos. 

Desde muito  cedo que este  fenómeno  acontece e  se  verifica. A humanidade procurou novas saídas e caminhos para poder evoluir ou ultrapassar os desafios que lhes  eram  impostos.  O  fenómeno  de  migrações  não  é  algo  novo  e  restrito  das sociedades atuais, existindo desde o aparecimento do  ser humano,  já com os povos nómadas.  Convém  também  esclarecer,  a  título  de  curiosidade,  que  este  não  é  um fenómeno  que  se  verifica  apenas  nos  seres  humanos,  pois  são  também muitos  os animais que se deslocam em busca de condições climatéricas favoráveis ou em busca de alimento mais abundante. 

As migrações humanas podem definir‐se em duas  circunstâncias distintas.  Se por um  lado  temos seres humanos que se deslocam do seu país para outro destino, por outro lado temos os países recetores dessas mesmas migrações. No primeiro caso, quando alguém parte para outro país exterior ao seu, falamos de Emigração. Significa deixar o local de origem (no fundo a sua pátria), com a intenção de se estabelecer num país estranho, um outro destino. 

A  Imigração  é  o mesmo  fenómeno,  visto  do  lado  do  país  que  acolhe.  É  no fundo, a entrada de quem vem do exterior para se estabelecer nesse país, passando a denominar‐se  de  imigrante.  Assim,  emigração  e  imigração  são  fenómenos espontâneos relacionados com o ato de estabelecer novas residências num novo país ou região diferentes do local de origem. 

 

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2.1.1 – Portugal e os seus novos emigrantes

A  emigração  não  é  um  fenómeno  recente  em  Portugal.  Desde  cedo  que  os cidadãos portugueses  saem de Portugal em busca de novos modos de vida e outras oportunidades. 

Podemos  fazer  aqui  uma  referência  histórica  remetendo‐nos  aos  tempos áureos  dos  Descobrimentos,  podendo  considerar  que  os  que  se  aventuraram  em outros  tempos em busca de novas  terras  também se pode considerar uma  forma de emigração. No  fundo, partiam para o exterior, procurando novas terras para habitar, novos  sítio  ainda  por  descobrir,  levando  na  sua mente  um  sonho  e  no  seu  peito  a saudade. Uma visão política: fugiam à fome e procuravam refúgio.  

Já  no  século  XX,  os  portugueses  partiam  para  as  suas  ex‐colónias,  como  era exemplo  o  Brasil,  mas  não  só,  pois  muitos  dirigiam‐se  para  os  EUA,  Argentina, Venezuela  ou mesmo  Canadá.  Na  segunda metade  do  século  dá‐se  uma mudança drástica nos destinos dos emigrantes portugueses, anteriormente deslocavam‐se para fora da Europa tendo, como disse anteriormente, o objetivo de ir para o outro lada do atlântico, nos anos 50 notasse a preferência pela Europa. ( Peixoto João, 1998) 

 

Fig. 1.‐ emigrantes portugueses nos anos 60. 

  

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Países como a França, a Alemanha, Suíça ou  Luxemburgo  tornam‐se destinos prediletos de muitos emigrantes portugueses desta época. Apesar deste fenómeno se evidenciar,  as  ex‐colónias  como  Angola  ou Moçambique  ganham  também  grandes fluxos migratórios portugueses.  

Nas décadas que se seguiram a emigração continuou mais significativa para a Alemanha  e  Suíça,  porém  foi  também  nestas  décadas  que  Portugal  recebeu emigrantes reformados que regressavam para envelhecer no seu país de origem, nas suas terras, dentro da sua pátria.  

 

Tabela: Emigrantes (série 1970‐1988 – Nº) por Sexo e Tipo de Emigrantes; Anual 

 

Tabela 1‐ Emigrantes portugueses (1970‐1988) 

 

Ao  longo dos  séculos  foram muitos os portugueses que  se  foram espalhando pelo mundo, muitos  fizeram‐no por motivos  culturais, outros procuravam  aventura, mas uma grande maioria por razões de sobrevivência.  

No século XX eram os cidadãos portugueses do sexo masculino que partiam em primeiro lugar, tendo o objetivo de refazer as suas vidas, possuírem condições de vida, adquirindo  um  emprego,  uma  casa,  uma  vida  normal  num  outro  país.  Depois,  se possível, iriam também as suas esposas, procurando também elas refazer as suas vidas junto dos seus maridos, e lá constituíam as suas famílias.  

Eram,  no  geral  (tanto  o  sexo  feminino  como  o  masculino),  possuidores  de pouca  formação, sem grande escolaridade adquirida,  fazendo  trabalhos  relacionados com obras,  limpezas ou trabalhar em  fábricas. Procuravam salários mais elevados do que aqueles que conseguiam obter em Portugal desempenhando as mesmas funções.  

O seu objetivo  final era envelhecer em Portugal, nas suas antigas  terras, mas com casa novas e confortáveis que  iam construindo ao  longo das suas vindas no seu 

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país natal. Traziam ainda reformas que  lhes permitiam envelhecer  junto da terra que os viu nascer. Um facto curioso é que estes emigrantes portugueses não investiam na sua  formação  enquanto  se  encontravam  noutros  países.  Na  realidade,  tal  como partiam,  regressavam. Ou  seja,  com a mesma  formação. Partiam numa  idade  jovem (entre os 20 e os 30 anos de idade), mas com os seus objetivos definidos, arranjar um meio de se sustentar. 

2.1.2 – Juventude portuguesa emigrante  

Na  atualidade  encontramos  duas  situações  diferentes,  os  emigrantes portugueses assumem realidades com características diferentes do século passado. É verdade que de  Portugal  saem,  tal  como  saiam  anteriormente,  jovens para emigrar para outros países da Europa ou para o resto do mundo. Mas as suas qualificações são diferentes da do século XX. São jovens recém‐formados sem perspetivas do futuro no seu próprio país.  

 

Fig. 2‐ Caricatura do emigrante de 2012 

 

Jovens  que,  a meu  ver,  que  não  acreditam  no  seu  próprio  país  e  nas  suas possibilidades  de  evolução  e  mesmo  da  saída  desta  tão  falada  crise.  Sem  saídas profissionais, acreditam que o único caminho que encontram é ir para o exterior tentar a sua sorte, uma vez que não têm nada a perder. 

Falamos aqui de um país que, em outros tempos,  foi glorioso e aclamado,  foi inovador  e  aventureiro,  possuidor  de  uma  grande  irreverência  que  o  levou  a aventurar‐se. E, como dizia o poeta português, “Por mares nunca antes navegados”. Exaltava‐se o nome deste pequeno país, o orgulho de ser português era forte, com um intenso  nacionalismo  e  patriotismo.  Hoje,  esse  mesmo  país,  Portugal,  possui  uma 

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realidade cinzenta, revestido de um pessimismo que começa mesmo nos seus cidadãos mais jovens. Este pequeno país de que falo é muitas vezes conhecido por outros países como “uma província espanhola”.   

Juventude  é  sempre  sinónimo  de  irreverência  e  de  lutas  pelos  seus direitos. Porém, a realidade da juventude portuguesa que se vivencia hoje é, aparentemente, o espelho de desânimo e derrota vivenciada por Portugal.  

Muitos portugueses partem à procura de lugares que lhe tragam novamente o alento  e  força,  para  acreditar  que  tantos  anos  de  estudo  e  dedicação  não  sejam sinónimo de desemprego.  

 

Tabela: Emigrantes por ano e idades 2008‐2010 

 

Tabela. 2‐ Jovens emigrantes portugueses 2008‐2010 (INE) 

 

A tabela 2, elucida‐nos sobre o número de  jovens que saem para o estrageiro na atualidade, sendo este referente aos emigrantes portugueses no período de tempo compreendido entre os anos 2008 a 2010. É de salientar que as idades são compostas entre os 15 e os 34 anos de  idade. Como podemos comprovar, são muitos os  jovens que hoje  rumam a outros países, principalmente para a União Europeia. No ano de 2010 saíram de Portugal, um total de 12 144 com idades compreendidas entra os 15 e os 34 anos.  

São  números  bastante  preocupantes  que mostram  como  a  emigração  juvenil tem vindo a aumentar de ano para ano.  

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“Sou  sem  dúvida  um  privilegiado.  Ainda  consigo  ter  dinheiro  para emigrar, o que não é para  todos.  Sou  educado,  tenho objetivos,  tenho valores. Sou um privilegiado.  

E  é  por  isso  que  lhe  faço  um  último  pedido.  Por  favor,  não  crie  um imposto sobre as  lágrimas e muito menos sobre a saudade. Permita‐me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita‐me sentir  falta  do  cheiro  a mar,  do  sol,  da  comida,  dos  campos  da minha aldeia. Permita‐me, sim? E verá que nos meus olhos haverá saudade e a esperança  de  um  dia  aqui  voltar,  voltar  à  minha  terra.  Voltarei  com mágoa,  mas  sem  ressentimentos,  ao  país  que,  lá  bem  no  fundo,  me expulsou dele mesmo.” (Marques, 2012)  

 Este é um pequeno excerto de uma carta, redigida por um jovem licenciado em 

enfermagem,  cujo  remetente  era  a  Assembleia  da  República,  demostrando  bem  o desagrado e o desânimo de um jovem que tem de emigrar.  

Muitos  destes  jovens,  partem  com  o  sonho  de  conseguir  algo  na  sua  área  de licenciatura. Porém, o seu objetivo é mesmo conseguir emprego, a sua independência, o seu salário. São muitos os que demonstram vontade de regressar para ver as suas raízes e as suas origens, mas são pouco aqueles que demonstram vontade de voltar definitivamente para Portugal, “lá fora é melhor”.  

2.1.3 – Novos adultos emigrantes  

Outra  alteração  que  se  verifica  é  o  facto  de  serem  na  atualidade  famílias inteiras a emigrar de Portugal, partindo em busca de algo novo. Geralmente, famílias desempregadas  que  acumularam  dívidas,  não  encontrando  saídas  no  seu  país  para conseguir liquidar as suas dívidas e as suas despesas.   

Deste contexto, fazem parte homens e mulheres que ao longo dos anos foram fazendo vida no  seu país, muitos deles com empregos  fixos e de  longa data. Com o avançar da crise que o país atravessa foram muitas as empresas que faliram e muitos os desempregados disponíveis para ingressar em novas vagas de emigração.  

 

 

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Tabela: taxa de Desemprego, por sexo, grupo etário e nível de escolaridade 

 

Como  podemos  comprovar,  a  taxa  de  desemprego  aumentou significativamente ao  longo dos anos, atingindo os 15,8%. Este é um dos motivos de desinteresse  pelo  país  e  uma  condição  que  leva  muitos  portugueses  a  serem imigrantes em um outro país.  

Anteriormente, como já foi referido, os emigrantes portugueses tinham ente os 20 e os 30 anos de  idade. Hoje são muitos os portugueses com idades superiores aos 35 ou mesmo 40 anos de  idade que  tentam a  sua  sorte noutro  lugar. Pessoas  cujas famílias  já  estão  constituídas  e  que  não  conseguem  fazer  face  às  suas  despesas. Possuidores  de  um  emprego,  de  uma  casa,  de  uma  vida  social  e  familiar,  veem‐se agora dispostos a partir para outro  lugar que  lhes possa atribuir melhores condições para terminar as suas carreiras. Muitos deles desempregados, estão dispostos a tudo por um salário, por uma vida que lhes foi retirada.  

  Continuam a ser muitos os que partem em busca de aventura, realizando um sonho de viver noutro lugar, mas continuam a ser bem mais aqueles que partem para melhorar ou possuir  melhores condições de vida.  

 

Tabela 3‐ taxa de desempregados (INE)

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3 – Portugal um país recetor

 

“Portugal é um país de emigração mas também tem sido, ao contrário do que se pensa, um país de  imigração. A saída de muitos nacionais devido ao  império e à mais recente emigração criou na metrópole o problema, várias vezes referido ao longo dos séculos, da falta de população. Foi essa a primeira causa da imigração.” (Vitorino, 2004) 

 

Portugal é reconhecido pela sua hospitalidade sendo o destino procurado por muitos cidadãos de outras nacionalidades. 

Mas o que os leva a procurar um destino como este pequeno país? 

Portugal é conhecido pela sua boa gastronomia, pelas maravilhosas praias, pela sua posição geográfica privilegiada, entre muitos outros fatores. Porém, os imigrantes, de que anteriormente se  falou, não escolhem este país para umas  férias. Têm como objetivo a permanência superior a um ano. Pretendem construir e gerir as suas vidas neste país, pretendem ser imigrantes portugueses. 

 Em poucos anos foi possível receber e integrar a maioria de imigrantes, tendo a  integração sido bem conseguida, ao ponto de os  imigrantes que chegam a Portugal se diluírem na sociedade que os recebeu. 

 

Tabela: Imigrantes por sexo, grupo etário e local de residência anterior 

 

Fig. 4 – taxa de Imigrantes por sexo, grupo etário e local de residência anterior (INE) 

 

Em Portugal, em 1960 havia 20 514 estrangeiros com estatuto legal. No ano de 2011 havia um número bem superior num total de 434,708. 

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Nos anos 70 e mesmo nos anos 80 verificou‐se uma  imigração de raiz  laboral.  Podemos notar que nos, dias de hoje, assume um  caráter  internacional, oriunda de países  africanos  de  língua  portuguesa,  destacando‐se  também  o  fluxo  dos  cidadãos brasileiros. Portugal possuí, assim, uma ligação histórica com estes imigrantes, unidos pela língua e pela cultura.  

  Nos  anos  90,  não  houve  grandes  alterações,  mantendo‐se  as  mesmas tendências quanto à origem dos imigrantes. Porém, há o aparecimento significativo de emigrantes provenientes da República Popular da China, que agora toma formas mais significativas.  Houve  ainda,  em  termos  quantitativos,  uma  alteração  significativa quando  se  fazem  comparações  com  a  década  anterior,  uma  vez  que  os  registo  de imigrantes  legais em Portugal quase que duplicou  (191 143  imigrantes recebidos por Portugal, representando 2% da população portuguesa). 

  No século XXI verificou‐se uma profunda alteração nos padrões dos imigrantes portugueses, sendo fruto do processo extraordinário de legalização de emigrantes que foi  feito  nos  anos  de  2001/2002.  Outro motivo  que  levou  a  estas  alterações  foi  a receção de emigrantes proveniente da Europa Central e de Leste.  

Estes  novos  emigrantes  trazem  uma  novidade,  uma  vez  que  nem  a  língua  nem  a cultura  liga  estas  nacionalidades  ao  país  recetor,  levando  a  crer  que  as  relações favoráveis  de  Portugal  com  o  resto  da  Europa,  quer  económica  quer  socialmente, seriam um  chamariz para estes novos  imigrantes. Em 2001 o número de  imigrantes ultrapassava os 220 000. 

“O país de acolhimento não é uma página em branco, nem uma página escrita.  É  uma  página  que  se  está  a  escrever”.  (Amin Maalouf  apud Maria Fonseca) 

3.1 – Qualificações dos Imigrantes

As  suas  qualificações  variam  bastante  de  nacionalidade  para  nacionalidade, dependendo muito  do  seu  país  de  origem. Os  indivíduos  da  Europa  de  Leste,  têm frequentemente qualificações de nível superior, devido ao modo de ensino que vigora nas  suas pátrias. Porém, os empregos e que geralmente podem aceder estão muito abaixo das qualificações que  estes  apresentam. Um  facto  é que,  à medida que  vão dominando a língua portuguesa, vão significativamente progredindo. 

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  O mesmo não acontece com os imigrantes de origem brasileira que, apesar de terem a seu favor o facto de possuir uma  língua comum com o país recetor, não são possuidores de qualificações altas.  

  Os emigrantes de Cabo Verde são bastante diversos, havendo um espetro de qualificações  bastante  distinto.  Há  uma  grande  diversidade  nos  seus  postos  de trabalho, uma vez que muitos continuam  ligados à construção civil. Porém, em vários ramos. Esta nacionalidade  foi das primeiras que Portugal recebeu, sendo que muitos destes emigrantes possuem a nacionalidade do país que os recebeu.  

3.2 – Situação geográfica

  Portugal  possui  uma  costa  marítima  bastante  atrativa,  e  com  paisagens fascinantes  com  bastantes  aglomerados  populacionais.  Por  outro  lado,  possui  um interior  desertificado  ainda  que  seja  igualmente  fascinante.  Assim  os  imigrantes seguem  a  tendência,  tendo  como  local  de  residência  preferencialmente  o  litoral. O maior  número  de  imigrantes  concentra‐se  na  grande  capital,  Lisboa,  seguindo‐se  a área de Setúbal e Faro. O grande Porto é  também um destino dentro do nosso país que muitos imigrantes procuram para residir.  

4 – A sociedade e as imigrações  

  Atualmente, a maior partes das sociedades do mundo dizem‐se desenvolvidas, evoluídas e sem existência de discriminação. Porém a realidade não é assim. Em pleno século  XXI  ainda  assistimos  a  uma  discriminação  e  à  existências  de  estereótipos inacreditáveis. A verdade é que todos nós possuímos crenças, ideias feitas, costumes, ou simples clichés que nos são transmitidos ao longo da nossa aprendizagem enquanto crenças. Ainda que muitas  vezes  afirmemos que não  somos preconceituosos, não  é verdade,  pois  todos  nós,  como  disse,  possuímos  ideias  feitas  que  nos  perseguem  o resto da vida, passando de geração em geração, de cultura em cultura.  (Alves, Joana Pimenta 2006) 

  Discriminamos, pomos de parte ou simplesmente  ignorarmos  tudo o que seja diferente  do  padrão  normal,  da  nossa  regra,  da  nossa  sociedade.  Fazemos  isto 

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inconscientemente, muitas vezes, mas  fazemos. O mundo é composto de mudanças profundas e de diversidades incríveis, que devem ser apreciadas e não criticadas.  

  Falo  em  discriminação  no  trabalho  porque  foram  muitos  os  livros  onde investiguei e que apontavam este ponto como fundamental. É inacreditável que numa sociedade como a nossa ainda haja comportamentos xenófobos e racistas ao ponto de pôr de parte muitos dos  imigrantes. Mesmo a palavra minoria parece ter entrado em descrédito e ser sinónimo de desonra.  

  A discriminação  racial é proibida em Portugal, sendo que os portugueses não mais são encarados como racista.  

  “ Contudo, as mulheres brasileiras parecem ter‐se tornado as principais vítimas dos  estereótipos  da  sociedade  portuguesa,  tendo  em  conta  a  imagem  do(a) Brasileiro(a),  sendo  frequentemente  vistas  como  exóticas  e  fáceis  quando  não associadas à prostituição.” (Malheiros, 2007). 

4.1 – As entidades �

São várias as entidades que prestam auxílio aos  imigrantes que escolheram este país como seu destino. Entre elas podemos destacar as seguintes: 

* Alto‐Comissário para a Imigração e o Diálogo Intercultural; 

* Associação de Amizade de Países de leste; 

* Associação de apoio Social à Imigração para as Comunidades Sul Americanas e Africanas‐AACILUS; 

* Associação mais Brasil; 

* Associação Juvenil Luso Africana Ponto nos IS   

* Associação de Guineenses do Porto; 

* Centro de Emprego Porto Ocidental; 

* Centro Nacional de Apoio ao Imigrante; 

* Organização Internacional das Migrações‐OIM; 

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* Serviços de Estrangeiros e Fronteiras. 

5 – Ficha de leitura

 

 

 

O  tema  que  escolhi  foi  “A  Europa  e  os  emigrantes  no  século  XXI,  onde  se encontrava como opção para a realização da ficha de leitura o livro de Maria Manuela Ferreira Mendes, intitulado de “Imigração, Identidades e Discriminação”. Dentro deste tinha  como  objetivo  a  leitura  do  capítulo  2  –  Representação  e  opiniões  sociais  da maioria  sobre  os  “imigrantes  de  leste”.  O  livro  tem  como  editora  a  Imprensa  de Ciências Sociais (ICS) em Lisboa, ocorrendo a sua primeira edição em Outubro de 2010.  

A  autora  é  licenciada  e  mestre  em  sociologia,  é  docente  da  faculdade  de Arquitetura  da  Universidade  Técnica  de  Lisboa.  É  também  investigadora  no  CIES, ISCTE‐IUL desde 2008, desenvolvendo trabalhos relacionados com etnias, imigração ou exclusão social. Tem várias publicações editadas. Na atualidade participa em estudos e coordena vários projetos.  

Requisitei este  livro na Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, possuindo a cota de “314 MEN”.  

O livro tem 415 páginas que nos falam sobre os Imigrantes Russos e Ucranianos na  Área Metropolitana  de  Lisboa.  Podemos  considerar  como  suas  palavras‐chave  a 

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Imigração  Russa/ Ucraniana,  Discriminação  em  Imigrantes  de  Leste,  Identidades  ou Estereótipos com imigrantes de leste. Apesar de não ter lido o livro na íntegra demorei cerca  de  dois  dias  a  ler  o  capítulo  para  a  formulação  do  trabalho  e  ainda  alguns excertos do resto dos capítulos.  

A área científica do livro é a sociologia, dividindo‐se em várias subáreas como a discriminação, etnias ou imigração. 

 

5.1 –Resumo  

Nesta publicação podemos encontrar uma análise e um estudo  centrado nos imigrantes de  “leste”, onde podemos  constatar  todas  as  ideias  feitas que giram em volta  deste.  No  capítulo  dois  é  possível  perceber  as  representações  que  a maioria possui sobre estes imigrantes. Fala‐se também da discriminação ou racismo por parte da maioria  contra  estas  pequenas minorias  que  geralmente  se  veem  inseridas  em contexto de conflitualidade. Também os Media são muitas vezes causadores de novos estereótipos ou novas  ideias erróneas sobre estes Imigrantes de  leste. É um  livro que nos leva a perceber a forma como quem é imigrante vê a nossa conduta perante ele e tudo aquilo que pensa sobre a maioria, bem como o contrário, ou seja a forma como a maioria vê os estrangeiros que escolhem o nosso país para trabalhar. 

 

5.2 –Estrutura  

A estrutura do  livro é composta por seis capítulos que dizem respeito a vários subtemas, tendo estes a seguinte denominação:  

Capítulo 1 – A discriminação e o racismo em questão; 

Capítulo  2‐  Representações  e  opiniões  sociais  da maioria  sobre  os  “imigrantes  de leste”; 

Capítulo 3‐ construindo um retrato sociográfico de imigrantes russos e ucranianos; 

Capítulo 4‐ As identidades plurais dos imigrantes; 

Capítulo 5‐ Expressões e experiências de discriminação; 

Capítulo 6‐ O quadro de interação maioria‐imigrantes; 

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Para além de estar dividido por capítulos, este livro possui um índice de siglas e abreviaturas, agradecimentos, prefácio de Jorge Malheiros e a introdução. É composto ainda por uma conclusão, bibliografia e índice remissivo.  

 

5.3 –Desenvolvimento  

Tal  como nos é dito no  livro, Portugal é  cada  vez mais um país  global, onde várias  culturas  se  juntam  e  convivem.  Muitas  vezes,  esta  união  não  é  pacífica, aparecendo  frequentemente  os  conflitos  entre  culturas.  Somos  um  país  onde  a diversidade  se  unifica  e  se  propaga,  havendo  troca  de  ideias  e  clichés  sobre  dadas etnias,  religiões,  culturas,  padrões  ou modos  de  vida. Muitas  vezes,  a  sociedade  é levada a gerir‐se por  ideias criadas que não passam de discriminações  irracionais que fazemos sem intenção ou propositadamente.  

É‐nos intrínseco e natural seguir as ideias que nos são transmitidas ao longo da nossa aprendizagem enquanto pessoas. A  sociedade  incute em nós normas e  ideias que seguimos mesmo sem notar. 

O que se pretende nesta publicação é dar voz aos imigrantes de leste que veem no nosso país uma oportunidade de melhorar  as  suas  vidas e  recomeçar uma nova etapa. Estes  imigrantes, a autora denomina‐os  como  imigrantes de  Leste, mas neles encontram‐se  os  moldavos,  russos,  ucranianos,  bielorrussos,  casaquis,  imigrantes oriundos de alguns países da Europa central e de leste em contexto nacional. 

Hoje dizemos ser um país de fácil integração, sendo poucos os que se assumem racistas. Porém, é contraditório, uma vez que pensamos não o ser mas nos atos e na altura de dar o mérito a outras etnias  temos  tendência a não conferir.  (Garcia apud Mendes 2010).  

Este  facto  torna‐se  mais  visível  em  épocas  de  crise  onde  os  estrangeiros assumem uma conotação negativa de concorrência perante a maioria. 

Os  imigrantes de  leste  são muitas  vezes designados pelos portugueses  como discretos,  indivíduos  que  respeitam  os  valores  da  sociedade  dominante  e  que facilmente aprendem a nossa  língua. A autora chama‐nos a atenção para o  facto de estes  imigrantes  serem  desprovidos  de  privilégios  que  outros  imigrantes  possuem (como é o de imigrantes de países com que Portugal possui maiores ligações culturais, históricas, sociais, linguísticas ou politicas e diplomáticas). 

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Muitos  foram  os  preconceitos  criados  em  torno  dos  emigrantes  de  leste, exemplo deste são “as máfias” criminosas de leste ou a prostituição do sexo feminino, criando uma ideia de ameaça simbólica mas muitas vezes realista. 

Os emigrantes russos e ucranianos são “ (…) populações que indiciam situações supostamente  paradoxais,  enfatizando  não  só  aspectos1  de  oposição  e  de diferenciação  (de  contrates),  como  aspectos  de  similaridade  (de  aproximação)2”. (Mendes, 2010, p. 117). 

Um  facto  curioso  que  a  autora  nos  refere  é  a  importância  dos  meios  de comunicação na  luta  contra o  racismo ou na produção de mais discriminação;  tal  é notório no excerto seguinte “ (…) não se limitam a registar e a descrever passivamente e  acriticamente  os  factos  noticiáveis,  antes  os  reconstruindo  com  base  em  fontes.” (Mendes, 2010, p. 120). 

A  opinião  pública  tem  um  peso  fundamental  nas  notícias  deixando  passar também  alguns  preconceitos  existentes  na  nossa  sociedade.  Os  “Media”  são,  sem dúvida,  uma  forma  de  transmissão  de  ideias  já  feitas  sobre  as  minorias,  somos constantemente  “invadidos”  por  nomas  idealizadas  sobre  todo  o  tipo  de  ideias  pré definidas.  

  Imigrante e  criminalidade estão muitas  vezes associadas,  sendo muitas vezes esta ideia suscitada pelos meios de comunicação. Porém existe a necessidade de criar reservas para analisar se existe ou não. 

A  autora  afirma  ser  verdade  o  aumento  gradual  de  reclusos  estrangeiros. Porém,  isso  pode  dever‐se  ao  facto  de  o  nosso  país  não  preceder muitas  vezes  a legalização  de  imigrantes  que  participam  em  crimes  ou  de  crimes  organizados internacionalmente. 

Foi  durante  os  anos  80  que  Portugal  assistiu  ao  surto  do maior  número  de imigrantes legalizados, o que já não se verificou na década se seguinte. Mas foi após a década de 80 que houve maior diversidade de  imigrantes vindos de vários pontos do mundo para Portugal. Foi apenas no século XXI que a presença de imigrantes de leste se tornou notória. 

Podemos dizer que são muitos os valores sociais e políticos em que se debate a defesa  da  igualdade  ou,  pelo  contrário,  valores  conservadores  que  defendem  a 

                                                            1 Todo o meu texto se encontra de acordo com o novo acordo ortográfico, porém a citar a autora transcrevi na íntegra. 2 Os parênteses são da autora citada.   

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autoridade,  ordem  e  segurança.  Esses  imigrantes  são muitas  as  vitimas de  racismo, preconceito ou xenofobia, quer no dia‐a‐dia quer no mercado de trabalho. São muitas vezes possuidores dos piores trabalhos, os mais mal pagos, com os piores contratos ou sem direito a empréstimos bancários. Sofrem muitas vezes de crimes como a injúria ou difamação.  A  autora  refere  ainda  neste  capítulo  que  a  taxa  de  analfabetismo  é bastante elevada em muitos dos imigrantes. 

 

5.4 – Pontos fracos e fortes do documento  

Na minha  opinião,  é  um  livro  bastante  bem  estruturado,  usando  bastantes recursos  a  fim  de  facilitar  a  compreensão.  Uma  linguagem  bastante  acessível transmitindo‐nos  a  ideia  que  quer  passar.  Sem  tirar  partido,  a  autora  analisa  a discriminação e a vivência dos imigrantes de leste no nosso país. Penso que para além destes pontos  fortes possui ainda um espaço para siglas e abreviaturas que  facilita o leitor. Talvez o seu ponto fraco seja o facto de a autora retomar várias vezes o mesmo assunto o que a leva a tornar‐se repetitiva em alguns assuntos.  

 

5.5 –Conclusão  

São várias as conclusões que retiro neste pequeno capítulo, entre elas o facto de nós possuirmos a  imagem de que não somos    racistas ou que não discriminamos ninguém. Porém, todos possuímos ideias que nos foram transmitidas e que nos levam inconscientemente a discriminar. Somos um povo habituado a receber, mas quando se trata de  imigrantes criamos à sua volta a  ideia de que não tem de ser respeitados ou que tem de ser sujeitados a tudo. Portugal é também um país de emigrantes, muitas vezes se nos recordássemos disso não seriamos tão discriminatórios.  

5.6 –Autores citados  

Foram vários os autores citados ao  longo do meu capítulo e vários os estudos relacionados  com  o  tema  entre  eles  encontra‐se  Weviorka,  Vala,  Garcia,  Carrega, Jouet, Pasquier, Corquiell, Eton ou Dijk.3 

                                                            3 Todos estes autores encontravam‐se no capítulo que me competia ler. Pesar de eu apenas ter citado um dos autores acima referidos, a autoras cita‐os várias vezes. 

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5.7 –Referências Histórico-culturais  

Os finais do século XX é muitas vezes referenciado pela autora como o ponto de partida  para  recebermos  um  número  significativo  de  imigrantes  vindo  de  leste.  A situação portuguesa da altura é tida em conta como um período alegre para Portugal, bem como a transição para o século XXI, onde Portugal se destacou a nível nacional em organizações como o campeonato europeu de futebol de 2004. 

 

Recursos de estilo e linguagem: 

A autora usa uma  linguagem bastante acessível e de fácil compreensão, a sua linguagem  não  é  científica  e  quando  utiliza  algum  termo  mais  invulgar  esclarece através de notas de rodapé ou no início do livro. 

 

Conceitos : 

São vários os conceitos que podemos detetar ao  longo deste  livro. Desde  já a imigração  como  um  fenómeno  relativamente  recente  no  nosso  país  por  parte  de imigrantes  de  leste.  A  exclusão  social  vivenciada  por  imigrantes,  as  várias  etnias existentes ou o papel do Media na propagação de preconceitos. 

 

6 – Avaliação da página da internet

 

A página de internet que escolhi é do Alto comissariados para a imigração e diálogo 

intercultural  abreviadamente  designado  por  ACIDI,  é  um  instituto  público  integrado  na 

administração  indireta  do  Estado,  http://www.acidi.gov.pt/.  Possui  informação  com  o 

objetivo de  informar todos os  imigrantes das  linhas de apoio existentes e  fornece toda a 

ajuda aos mesmos, sendo o seu público bastante especifico, porém bastante vasto.  

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A sua  língua original é a portuguesa, sendo também possível ser  lida em  inglês. A 

predominância da  cor divide‐se entre o branco e o azul‐escuro,  sendo um  site bastante 

apelativo e interessante. 

À  primeira  vista,  esta  página  parecia‐me  bastante  acessível  e  bem  elaborada. 

Contudo encontrei vários erros identificados 15 erros e 335 avisos, ou seja, possui erros que 

aparentemente não  eram  visíveis.  Entre os  erros  encontram‐se na propriedade 1  a não 

identificação do principal idioma utilizado nos documentos pois este deve ser específico na 

expressão HTML; outros erros na propriedade 2 deparam‐se com a utilização do elemento 

“label” juntamente com o atributo “id” para associar os rótulos aos respetivos controles dos 

formulários. Na mesma propriedade encontramos a incorreção de “sempre que existe uma 

linguagem de marcação apropriada, utilizar marcações em vez de imagens para transmitir 

informações.” 

Na  propriedade  3  encontramos  apenas  alguns  avisos,  entre  eles  encontram‐se  o 

mais frequente é a falta de identificar claramente o destino de cada hiperligação, botão ou 

elemento que submeta uma ação.  

A autoria do  site é bastante  clara  como podemos  comprovar no  início da minha 

análise, sendo este uma instituição abordado a temática das migrações humanas e todas as 

suas  ajudas. A  única publicidade  existente  é  das moradas  e  telefones das  suas próprias 

instituições, o que só ajuda a leitura de quem vai a este site.  

 

7 – Descrição detalhada da pesquisa

 

Durante o trabalho pesquisei várias vezes o tema em  livros relacionados com esta 

temática, bem como em jornais que, no dias de hoje, muito falam sobre as migrações.  

Para  além  disto  pesquisei  na  internet  usando  as  palavras  chave  “migrações”, 

“imigrações para Portugal”, “emigrações Portuguesas” entre outras.  

Foi um trabalho extenso e demoroso, exigindo bastante tempo e dedicação. segui o 

planeamento de acordo com o estipulado pelo professor da cadeira. O primeiro passo foi a 

escolha do  tema, escolhi de aquele que mais me chamou a atenção. Fiz várias pesquisas 

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antes de iniciar o trabalho. O segundo passo foi a realização da ficha de leitura, onde realizei  

a leitura e desenvolvi a ficha de leitura.  

A  parte  do  trabalho  que  mais  empenho  demostrei  foi  o  estado  das  artes,  foi 

necessário uma pesquisa bastante  longa para a realização deste ponto. Contudo foi neste 

ponto que aprofundei os meus conhecimentos, passando de um saber genérico para um 

saber mais específico e académico. 

A última etapa do trabalho foi a realização da parte final, ou seja, onde concluí os 

mesmos conhecimentos. Neste ponto tive também de realizar a avaliação de uma página da 

internet.    

Foram muitos os sítios da  internet onde  fui retirar  informação, entre eles destaco  

sites como o pordata ou o INE. 

 

8 – Conclusão A  questão  da  Europa  e  as  suas migrações  durante  o  século  XXI  é  algo  de 

extrema  complexidade  atualidade  premente.  Estes  dois  fenómenos  são  também  de uma extrema importância para a compreendermos a organização da sociedade.  

Com  este  trabalho,  fiquei  a perceber  vários pontos de  vista, não  só dos que chegam ao nosso país como daqueles que partem de Portugal. Vivemos períodos de instabilidade  difíceis  em  Portugal,  onde  a  busca  por  um  emprego  se  torna  o imperativo.  Porém  a  falta  de  emprego  é  uma  realidade  que  afeta  não  só  novos licenciados como adultos. Todos procuram um emprego e quando a situação se torna complicada  de  suportar  estes  emigram,  partindo  em  busca  de  algo  novo,  talvez noutras condições, porém com um salário.  

É  uma  realidade  deste  século  que  todos  nós  assistimos  a  toda  a  hora. Portugueses sem esperança num Portugal renascido partem à procura de um país que os acolha e adote, sem receios dos trabalhos ou condições que vão ter de enfrentar. Partem, como em outros tempos, para a Europa ou para um outro continente.  

Do  outro  lado  temos  os  que  chegam,  que  veem  em  Portugal  aquilo  que  os emigrantes não veem, um futuro. É neste país plantado à beira‐mar que se reveem e 

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que querem  refazer as  suas  vidas. É os dois  lados da moeda que  se encontra, duas perspetivas que se opõem mas que têm algo em comum. 

Com este  trabalho, analisei  tudo aquilo que pode envolver a  integração num novo país ou a força que se necessita para partir do seu próprio país quando o que está em causa é a sobrevivência.  

Este trabalho  levou tempo e dedicação para ser elaborado sendo um trabalho que foi acima de tudo educativo e que remete para os atuais dias e no  fundo para o meu próprio país. Devo confessar que me debrucei mais sobre a emigração, uma vez que é um tema com que simpatizo mais e que me deu mais curiosidade.  

Muito faltou para que este trabalho falasse de tudo o que gira em torno destas temáticas. Contudo,  foi muita  a  informação que  adquiri e que deu algum  gosto em procurar. 

Todos os preconceitos que giram em  torno da  imigração  são  também  causas muito  importantes a serem combatidas. É necessário terminar com a discriminação e com todo o tipo de desrespeito perante os imigrantes. É necessário relembrar que os emigrantes portugueses são, num outro país, imigrantes.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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9 – Referências Bibliográficas

Vitorino, A. (2004). Uma Política comum de imigração. In A. C. (ACIME), I congresso‐ Imigração em Portugal ‐ diversidade‐cidadania‐integração (pp. 32‐38). lisboa: ACIME. 

Alves, J. P. (2006). A Imigração do Leste da Europa Para Portugal. Lisboa. 

Baganha, M. I., Ferrão, J., Malheiros, J., & (org). (2002). Os movimentos Migratórios Externos e a sua Incidência no Mercado de Trabalho em Portugal. lisboa : Observatorio do emprego e Formção Profissional. 

f, M. M. 

Malheiro, J. (2007). Os Brasileiros em Portugal‐ a síntese do que sabemos. In o. J. Malheiro, Imigração Brasileira em Portugal (pp. 11‐38). Lisboa: Alto comissáriado para a Imigração e Diálogo Intercular. 

Mendes, M. M. (2010). Imigração, Identidade e Discriminação . Lisboa: ICS. 

Peixoto, J. (1998). As migrações dos Quadros Altamente Qualificados em Portugal . lisboa: Instituto Superior Da Economia e Gestão. 

Rocha‐Trindade, M. (2004). A realidade da imigração em Portugal. In A. C. Étnicas, I congresso‐ Imigração em Portugal (pp. 172‐185). Lisboa: ACIME. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Anexo I – texto lido  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Anexo II- página da internet