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A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

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RealizaçãoPró-Reitoria de Extensão – ProexRua Quirino de Andrade, 215 – 10° andarSão Paulo, CEP 01049-010 – SPTel. (11) 5627-0264

ReitorJulio Cezar Durigan

Vice-reitorEduardo Kokubun

Pró-reitora de Extensão UniversitáriaMariângela Spotti Lopes Fujita

Pró-reitora de PesquisaMaria José Soares Mendes Giannini

Pró-reitor de GraduaçãoLaurence Duarte Colvara

Pró-reitora de Pós-GraduaçãoLourdes Aparecida Martins dos Santos-Pinto

Pró-reitor de AdministraçãoCarlos Antonio Gamero

Secretária Geral

Maria Dalva Silva Pagotto

Diagramação e capa

Edevaldo Donizeti dos SantosImpressão e acabamento: Gráfica FCL/Araraquara

Revisão

Elide FeresMaria Luzinete Euclides

Conselho Editorial da Proex – Unesp

Profª. Dra. Marcia Pereira da Silva (FCHS/Franca)Prof. Dr. Claudio Cesar de Paiva (FCL/Araraquara)Profª. Dra. Rosane Michelli de Castro (FFC/Marília)Profª. Dra. Maria Candida Soares Del Masso (FFC/Marília)Sra. Ângela de Jesus Amaral (Proex/Reitoria)Sr. Oscar Kazuyuki Kogiso (ICT/São José dos Campos)

Organização

Prof. Dr. Mariângela Spotti Lopes FujitaProf. Dr. Maria Rita Marques de OliveiraProf. Dr. Antonio Cezar Leal

Comissão para Estudo e Atualização do Guia da Extensão

Universitária da Proex

Prof. Dr. Mariângela Spotti Lopes FujitaProf. Dr. Antonio Cezar LealProf. Dr. Eduardo GalhardoProf. Dr. Marcelo Tavella NavegaProf. Dr. Wilson de Mello JúniorProf. Dr. Maria Denise LopesProf. Dr. Fábio Erminio MingattoProf. Dr. José Alexandre de Jesus PerinottoProf. Dr. Antonio Sérgio FerraudoDaniel Wayne Louro

Colaboradores

Liene Cristina Vieira dos ReisMaira Mayumi KamikabeyaMárcia Regina Guerreiro

E96 A Extensão universitária na Unesp / Mariângela Spotti Lopes Fujita, Maria Rita

Marques de Oliveira, Antonio Cezar Leal (organizadores) ; Antonio Cezar

Leal ... [et al.] (autores). – São Paulo : Cultura Acadêmica, 2016.

88 p.

Incluibibliograia.ISBN 978-85-7983-803-3

1. Extensão universitária - Brasil. 2. Universidade Estadual Paulista “Júlio

de Mesquita Filho” Pró-Reitoria de Extensão Universitária. 3. Comunidade e

universidade. I. Fujita, Mariângela Spotti Lopes. II. Oliveira, Maria Rita Marques

de. III. Leal, Antonio Cezar.

CDD 378.1750981

SUMÁRIO

Apresentação ................................................................................................... 9

PARTE I EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: CONCEITUAÇÃO, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

1 Política Nacional de Extensão Universitária .......................................... 13

2 Diretrizes e Princípios no Âmbito das Ações da Extensão Universitária na Unesp ......................................................................... 16

3 Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp: a Dimensão Extensão .............................................................................. 193.1 Objetivos do PDI – Unesp para a Extensão Universitária ..................... 203.2 Ações da Extensão Universitária Apoiadas no PDI – Unesp .................. 203.2.1 Programa Unesp de Cooperação Científica e Tecnológica ..................... : 203.2.2 Programa Unesp de Extensão e Desenvolvimento Social ...................... 213.2.3 Programa Unesp de Cursinhos, Divulgação, Orientação e Informação Profissional .................................................................... 213.2.4 Programa Unesp de Atividades Artísticas e Culturais ............................ 21

4 O Desenvolvimento da Extensão Universitária e sua Evolução Histórica na Unesp ............................................................................................. 22

PARTE IIAÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

5 Programas de Extensão Universitária .................................................... 295.1 Programa de Renovação Institucional ................................................... 305.1.1 Subprograma de Creditação da Extensão Universitária nos Cursos da Unesp .................................................................................. 305.1.2 Subprograma de Articulação e Cooperação Institucional ...................... 315.2 Programa de Cooperação Científica e Tecnológica ................................ 325.2.1 Subprograma de Nacionalização e Internacionalização da Extensão Universitária da Unesp..................................................... 325.2.2 Subprograma de Empresas Juniores ...................................................... 325.2.3 Subprograma de Extensão Tecnológica ................................................. 33

5.2.4 Subprograma de Tecnologias para a Inclusão Social .............................. 345.2.5 Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação Continuada .................................................... 355.3 Programa de Atividades Artísticas e Culturais ....................................... 355.3.1 Subprograma de Orquestra Acadêmica e de Coral da Unesp .................................................................................... 365.3.2 Subprograma de Museus e Centros de Ciência ..................................... 365.3.3 Subprograma Integração sociocultural .................................................. 375.3.4 Subprograma de Integração dos Centros de Línguas da Unesp ................................................................................. 385.3.5 Subprograma de Ações Artísticas .......................................................... 385.4 Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional ........... 395.4.1 Subprograma de Cursinhos Pré-universitários ...................................... 395.4.2 Subprograma de Informação e Divulgação do Conhecimento .............. 405.4.3 Subprograma de Divulgação do Vestibular Unesp e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na Universidade ...................... 415.5 Programa de Integração Social e Comunitária ...................................... 425.5.1 Subprograma de Atuação da Unesp nos Municípios Sedes de suas Unidades Universitárias .................................................. 425.5.2 Subprograma de Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária .......................................................................... 435.5.3 Subprograma de Educação de Jovens, Adultos e da Terceira Idade ...................................................................................... 445.5.4 Subprograma de Integração Universidade e Comunidade no Enfrentamento de Emergências em Saúde Pública ......................... 45

6 Projetos de Extensão Universitária ........................................................ 466.1 Conceituação, Contextualização e Caracterização ................................. 466.2 Processo de Avaliação ........................................................................... 486.2.1 Questionário de Enquadramento do Projeto de Extensão Universitária ..................................................................... 486.2.2 Critérios para Pontuação Específica dos Projetos de Extensão Universitária .......................................................................... 486.2.3 Critérios de Avaliação – Parte 1 – Enquadramento do projeto como extensão universitária..................................................... 496.2.4 Critérios de Avaliação – Parte 2 – Avaliação dos critérios específicos ............................................................................................ 516.2.4.1 Participantes do Projeto ....................................................................... 516.2.4.2 Nível de exequibilidade ....................................................................... 526.2.4.3 Visibilidade para a Universidade ......................................................... 536.2.4.4 Indicadores de Impacto ....................................................................... 536.2.4.4.1 Impacto Interno – No Âmbito da Universidade ............................... 546.2.4.4.2 Impacto Externo – Fora do Âmbito da Universidade ........................ 546.2.4.5 Importância na Formação do Aluno .................................................... 556.2.4.6 Geração de Produtos e Processos ......................................................... 56

6.2.4.7 Coerência entre os Objetivos e a Fundamentação Teórica / Metodológica ........................................................................ 576.3 Acesso às informações sobre os Projetos de Extensão Universitária Desenvolvidos na Unesp: SISPROEX .............................. 58

7 Atividades de Extensão Universitária ................................................... 587.1 Cursos de Extensão Universitária ........................................................ 607.2 Eventos Técnico-Científicos e Artístico-Culturais ................................ 617.3 Serviços da Extensão Universitária........................................................ 627.4 Publicações e Produtos Acadêmicos de Extensão Universitária ............. 64

8 SISPROEX – Sistema de Informação da Extensão Universitária da Unesp 64

PARTE IIIDESAFIOS E AÇÕES FUTURAS

9 Creditação Curricular .......................................................................... 67

10 Extensão Universitária, Ciência, Tecnologia e Inovação ....................... 68

11 Integração Regional das Políticas Públicas na Extensão Universitária ... 73

12 Valorização Acadêmica da Extensão Universitária ................................. 78

13 Avaliação da Extensão Universitária: Indicadores da Unesp ................. 81

Referências ..................................................................................................... 82

Anexo ALegislação da Extensão Universitária no Brasil ................................................. 85

Anexo BLegislação da Extensão Universitária na Unesp ................................................ 87

Anexo C “Ações de Extensão Universitária: Programas, Projetos e Atividades” ............... 93

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APRESENTAÇÃO

A extensão universitária caracteriza-se como área acadêmi-ca, traduzindo-se em trabalho coletivo que busca a emancipação do ci-dadão. As universidades que adotam iniciativas de extensão devem inte-ragir com todos os agrupamentos sociais de forma a contribuir com seu desenvolvimento.

Conforme citado no Plano Nacional de Extensão Universitária, a extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico, que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e sociedade. A Extensão é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que en-contrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um co-nhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes siste-matizados, acadêmico e popular, terá como consequência: a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regio-nal; a democratização do conhecimento acadêmico; e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora desse processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho inter-disciplinar que favorece a visão integrada do social.

A estruturação da extensão universitária na Unesp iniciou-se em 2000, com a elaboração da Resolução Unesp nº 102/2000, que estabele-ceu seu conceito em conformidade ao definido pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão. Naquela oportunidade, documentos foram sis-tematizados, com o objetivo de orientar a formulação, operacionalização e acompanhamento das iniciativas de Extensão.

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A partir desse marco, inúmeros projetos foram iniciados por do-centes, e a Universidade, dentro de suas possibilidades, estabeleceu uma política de apoio financeiro à execução dessas ações. Em 2003, o Governo Federal, entendendo a importância dessa atividade, criou um Programa de Apoio à Extensão Universitária (PROEXT), voltado às políticas públicas, para contemplar todas as Universidades Públicas do País, o que, natural-mente, exige um montante de recursos muito alto e indisponível, mas, sem dúvida, um início de reconhecimento por essa área acadêmica.

Desde 2005, a Unesp mantém uma política de Extensão Universitária de apoio aos projetos e aos alunos de graduação. Bolsas são liberadas para que alunos desenvolvam projetos com a supervisão dos do-centes, fazendo com que a Unesp tenha, na atualidade, um marcante tra-balho extensionista, distribuído por todo o Estado de São Paulo.

A partir de 2010, com a implantação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), a extensão universitária passou a contar com recursos garantidos para os programas e projetos. Esse avanço da Universidade está em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Extensão Universitária (2011-2020), sendo neste sentido pioneira entre as Universidades Brasileiras. Também a inclusão das atividades de extensão universitária para a progressão na carreira docente contribuiu para a valori-zação desta dimensão acadêmica pela Unesp, incentivando os docentes na execução dessas ações.

Conforme a Portaria Proex nº 01, de 11 de fevereiro de 2016, que dispõe sobre a constituição da comissão para estudo e atualização do Guia de Extensão Universitária da Proex, foram designados nomes para a composição de uma comissão vinculada à Pró-Reitoria de Extensão Universitária, com os objetivos de: conceituar a extensão universitária con-forme política nacional de extensão universitária; discutir as diretrizes da política nacional de extensão universitária no âmbito das ações de extensão universitária da Unesp; registrar o desenvolvimento da extensão univer-sitária e sua evolução histórica na Unesp; identificar e caracterizar insti-tucionalmente as ações de extensão universitária da Unesp; apresentar a construção dos indicadores de avaliação da extensão universitária da Unesp para o ensino de graduação e de pós-graduação e pesquisa; disponibilizar as informações sobre extensão universitária para toda a comunidade interna

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e externa à Unesp; e criar e manter um canal de comunicação para atuali-zação contínua das informações sobre a extensão universitária na Unesp.

O resultado desses esforços compreende o documento denomi-nado “A Extensão Universitária na Unesp”.

Mariângela Spotti Lopes FujitaPró-Reitora de Extensão Universitária da Unesp

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PARTE I EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: CONCEITUAÇÃO,

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

A extensão universitária no Brasil é fundamentada na Política Nacional de Extensão Universitária, idealizada e publicada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão (FORPROEX). A Unesp orienta-se pela política nacional em suas diretrizes e demonstra por sua trajetória que a institu-cionalização das ações de extensão valoriza a carreira docente e impacta a formação do estudante.

1 POLÍTICA NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

A extensão universitária, após debate amplo e aberto, teve seu conceito expresso na Política Nacional de Extensão Universitária1 (FORPROEX, 2012), construída nos encontros do Fórum de Pró-Reitores de Extensão Universitária das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras – FORPROEX, nos quais a Unesp foi participativa e signatária. O conceito apresentado reflete a evolução do entendimento sobre extensão universitária e do crescimento de seus princípios, objetivos e métodos. Sem a visão ampla desse contexto não há como acompanhar as mudanças de significados e ações que ocorreram no campo da extensão universitária, no Brasil e, em especial, na Unesp, nos últimos anos.

Com a ressignificação do conceito e da prática da extensão uni-versitária, houve, consequentemente, a necessidade de adequar as práticas, a legislação da Unesp e os procedimentos administrativos para acolher uma

1 Acesso ao texto completo no Anexo A.

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extensão universitária com identidade clara e forte, essencial à valorização de todas as ações extensionistas.

No entanto, neste contexto, qual o conceito de extensão universi-tária? De acordo com o FORPROEX, “A extensão universitária, sob o prin-cípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão universitária, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade.” (FORPROEX, 2012). Esse conceito contém em si as diretrizes básicas da extensão universitária e já vem sendo incorpo-rado à legislação Unesp desde o estabelecimento do Regimento Geral da Extensão Universitária da Unesp (Resolução Unesp nº 11/2012).

As diretrizes da extensão universitária, implícitas em seu concei-to, são: Interação Dialógica; Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade, Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão Universitária, Impacto na Formação do Estudante e Impacto e Transformação Sociais.

A Interação Dialógica traz a ênfase no diálogo, na troca e na par-ticipação ativa e efetiva de todos os envolvidos, a Universidade e o setor da sociedade que está em interação. Nesse princípio está implícita a ideia de uma Extensão com a sociedade, na construção conjunta de conhecimen-tos, suprimindo a ideia de transferência de saberes, enquanto estabelece uma via de mão dupla.

A Interdisciplinaridade e a Interprofissionalidade são diretrizes que permitem às ações extensionistas atingir as questões mais complexas da sociedade, somando contribuições de diferentes áreas e profissionais para atender às demandas de setores e grupos sociais.

A Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão Universitária é a diretriz maior, que define a Universidade brasileira e está estabelecida como princípio constitucional. Não há sentido em uma ação extensio-nista universitária sem o caráter de formação e que não resulte em novos conhecimentos ou em novos questionamentos a serem investigados. Tem sido comum a relação parcial e dual da extensão universitária, articulada ou com o Ensino ou com a Pesquisa, mas temos como desafio a indissocia-bilidade entre os três fazeres acadêmicos, que pode ser atingida quando as outras diretrizes forem alcançadas conjuntamente.

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O Impacto na Formação do Estudante possibilita a formação ci-dadã do profissional consciente da realidade da sociedade local na qual atuará. Relacionar o aluno com a sociedade que o mantém faz parte da função básica da Universidade e o aluno deve ser formado por meio de ações presentes, na vivência prática na sociedade na qual, no futuro, atuará como profissional.

Não haveria sentindo em realizarmos ações extensionistas sem ter como diretrizes o Impacto e a Transformação Sociais. A Universidade também contribui com a sociedade em transformação ao formar profissio-nais capacitados e produzir conhecimentos novos por meio de pesquisas de qualidade, mas é mediante a extensão universitária que ela realiza o estudo e a busca de solução para problemas locais, regionais, nacionais e globais e atende aos interesses e necessidades da população. A Universidade é capaz de contribuir para a discussão e a solução das questões mais emer-gentes da sociedade local e para o estabelecimento de políticas públicas em diversos setores. Ao causar impacto e transformação da realidade social, a Universidade não será inatingível, mas também sofrerá o impacto das interações estabelecidas, que produzirá transformação mútua.

A extensão universitária constitui a função básica da Universidade brasileira, que possibilita o cumprimento de sua função social de forma mais rápida e com interação mais profícua com a sociedade.

Além das diretrizes, a Política Nacional de Extensão Universitária apresenta princípios básicos que também foram amplamente discutidos e que deverão ser, cada vez mais, incorporados nas práticas extensionistas. Dentre os principais princípios, temos: a prioridade nas questões locais, regionais e nacionais; o atendimento à demanda social por meio da cons-trução conjunta de saberes e soluções; a superação da desigualdade e da exclusão social; a difusão e democratização do conhecimento produzido; a prestação de serviços como trabalho social; e a atuação junto ao sistema de ensino básico público.

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2 DIRETRIZES E PRINCÍPIOS NO ÂMBITO DAS AÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

A Unesp, ao orientar-se pela Política Nacional de Extensão Universitária (FORPROEX, 2012), passou a ter suas ações de extensão universitária regidas pelos princípios e diretrizes dessa Política, cujo teor foi sumarizado no item precedente a este. Assim sendo, a Resolução Unesp nº 11/2012 considera que a extensão universitária:

I representa um trabalho onde a relação escola-professor-aluno-socie-dade passa a ser de intercâmbio, de interação, de influência e de mo-dificação mútua, de desafios e complementariedade;

II constitui um veículo de comunicação permanente com os outros seto-res da sociedade e sua problemática, numa perspectiva contextualizada;

III é um meio de formar profissionais-cidadãos capacitados e responder, antecipar e criar respostas às questões da sociedade;

IV é uma produção de conhecimento, de aprendizado mútuo e de reali-zação de ações simultaneamente transformadoras entre universidade e sociedade;

V favorece a remoção e ampliação do conceito de “sala de aula”, que dei-xa de ser o lugar privilegiado para o ato de aprender, adquirindo uma estrutura ágil e dinâmica, caracterizada por uma efetiva aprendizagem recíproca de alunos, professores e sociedade, ocorrendo em qualquer espaço e momento, dentro e fora da Universidade.

São objetivos da extensão universitária na Unesp, conforme o Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp (PDI – Unesp):

• Sedimentar a excelência da extensão universitária como processo edu-cativo, cultural e científico articulador do ensino e da pesquisa;

• Promover a democratização da cultura científica, artística e humanís-tica para viabilizar uma relação transformadora entre a Universidade e a sociedade;

• Contribuir para a permanência e o fortalecimento da memória social por meio da preservação, criação e divulgação de acervos de valor his-tórico e cultural;

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• Implementar as ações de extensão universitária que contemplem as grandes questões político-sociais, tais como: meio ambiente, violência, direitos humanos e cultura material e imaterial (popular e erudita).

ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS PARA DESENVOLVIMENTO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

Tendo como referências os objetivos e diretrizes anterior-mente apresentados, bem como os desafios e objetivos definidos para a Unesp e para a extensão universitária no Programa de Desenvolvimento Institucional da Unesp (PDI – Unesp), é fundamental dar continuidade ao desenvolvimento de estratégias prioritárias de atuação interna, voltadas à gestão e institucionalização, e de atuação externa, voltadas à plena execu-ção da política extensionista e consecução dos objetivos.

A– ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS PARA ATUAÇÃO INTERNA

I Implementação de Programas, Subprogramas e projetos de extensão uni-versitária, operacionalizados através de editais e de ações específicas, tais como: projetos, cursos, eventos, etc., com objetivos e metas, critérios de avaliação e indicadores de resultados, e articulados com o PDI – Unesp.

II Ampliação e aperfeiçoamento do Sistema da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (SISPROEX) para cadastro, avaliação e registro de proje-tos, cursos, eventos, prestação de serviços e outras atividades de exten-são universitária, bem como sua integração com outros sistemas insti-tucionais da Unesp, com a Central de Cursos de Inovação e Extensão Universitária e com os meios de comunicação institucional.

III Aprimoramento da avaliação participativa e colegiada das propostas de extensão universitária, empoderando a comunidade interna quanto à política de extensão universitária na Unesp, seus princípios, diretrizes e formas de implementação, e envolvendo-a na superação dos desafios da aplicação da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão universitária.

IV Fortalecimento da extensão universitária nos cursos de graduação e valorização de seu papel para a formação crítica e cidadã dos alunos,

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identificando, valorizando e multiplicando as experiências bem-suce-didas que contribuam para superar as dificuldades e viabilizar a pro-gressiva implantação da creditação curricular da extensão universitária na graduação, prevista no Plano Nacional de Educação.

V Valorização da extensão universitária nos processos internos de con-tratação e avaliação docente, na progressão na carreira, na definição de prioridades de atuação nas estruturas universitárias e como impor-tante elo para a integração das dimensões da universidade voltadas à graduação, pós-graduação, pesquisa e gestão e também para a atuação conjunta nas/das unidades universitárias.

B– ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS PARA ATUAÇÃO EXTERNA

I Ampliar a cooperação com outras instituições municipais, regionais, nacionais e internacionais, agilizando processos de gestão acadêmica e administrativa que proporcionem a participação de professores, alunos e servidores técnico-administrativos da Unesp em ações extensionistas, notadamente em redes colaborativas no país e no exterior, em temas prioritários para a sociedade.

II Definir, em conjunto com parceiros externos, formas de atuação que possibilitem desenvolver programas e projetos sociais de inovação, de empreendedorismo, de incubadoras, de parques tecnológicos, de tec-nologias sociais, etc.; e ampliar a prestação de serviços à comunidade, à captação de recursos, à melhoria de infraestrutura e à geração de benefícios sociais, culturais, econômicos e ambientais.

III Fomentar atividades artísticas, culturais, esportivas e científico-tecno-lógicas, promovendo a integração entre as Unidades Universitárias e a comunidade.

IV Integrar, no país e no exterior, organismos estratégicos para a definição das políticas e prioridades da extensão universitária, de mecanismos de avaliação e monitoramento de seus resultados, a partir de indicadores criteriosamente definidos.

V Desenvolver ampla comunicação das ações extensionistas e seus resul-tados para maior visibilidade da Unesp junto à sociedade, incluindo a

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criação, geração e veiculação de programas educativos, atividades con-juntas de sociabilidade e convivência universitária, uso de tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de interação entre a universidade e a comunidade.Esse conjunto de estratégias, ressalta-se, tem o propósito de contribuir para o debate e aprimoramento da ex-tensão universitária na Unesp, na perspectiva de dar continuidade a um processo em andamento de ressignificação da extensão universitá-ria e sua internalização na Unesp, fortemente apoiado em processos de decisões colegiadas e participativas para institucionalização, avaliação, creditação e valorização da extensão universitária e seus agentes.

3 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA UNESP: A DIMENSÃO EXTENSÃO

No Plano de Desenvolvimento Institucional, a Unesp assume como missão: exercer sua função social por meio do ensino, da pesquisa e da extensão universitária, com o espírito crítico e livre, orientados por princípios éticos e humanísticos; promover a formação profissional com-promissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a sociedade sustentável, a equidade social, os direitos humanos e a participação demo-crática; gerar, difundir e fomentar o conhecimento, contribuindo para a superação de desigualdades e para o exercício pleno da cidadania.

Neste documento, a Unesp mostra seu compromisso com a ex-tensão universitária ao afirmar que ela promove a formação profissional compromissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a socie-dade sustentável, a equidade social, os direitos humanos e a participação democrática.

Os programas e ações da Dimensão Extensão Universitária no PDI – Unesp, definidos para o período de 2013 a 2016, guardam seme-lhança, mas não correspondem exatamente aos programas definidos na Resolução Unesp nº 11/2012, que trata do Regimento Geral da Extensão Universitária. Isso se deve ao fato que no PDI o propósito foi de sistema-tizar a distribuição dos recursos da Proex em programas. Já a Proex, na sua estruturação, assume o programa como uma das ações de extensão universitária.

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3.1 OBJETIVOS DO PDI – UNESP PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

I Consolidar as ações da extensão universitária como processo articula-dor do ensino e da pesquisa;

II Consolidar a democratização da cultura científica, artística e humanís-tica como propagadora da Ciência e Tecnologia para viabilizar uma relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade na perspec-tiva da construção ativa, crítica e social transformadora;

III Implementar política de arte e cultura na Universidade para promover a integração latino-americana;

IV Implementar as ações de extensão universitária que contemplem as grandes questões político-sociais nos temas propostos pela Política Nacional de Extensão Universitária;

V Promover a integração com a Comunidade por meio de práticas es-portivas e movimento para a saúde, que apoiem a criação de Centro de Educação para a Saúde, Esporte e Lazer;

VI Implementar política de empreendedorismo com as incubadoras, coo-perativas e empresas juniores.

3.2 AÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA APOIADAS NO PDI – UNESP

Para atender ao compromisso com a extensão universitária, como uma das três dimensões de sua missão, a Unesp contempla em seu Plano de Desenvolvimento Institucional 4 Programas e 12 ações (PDI – Unesp, 2016).

3.2.1 PROGRAMA UNESP DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA:

a. Articular projetos, cursos, eventos e atividades de extensão universitá-ria com a estrutura curricular para atingir a creditação;

b. Aperfeiçoar o sistema de avaliação dos projetos, cursos, eventos e ativi-dades de extensão universitária;

A Extensão Universitária na Unesp

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c. Ampliar a cooperação por meio de parcerias com outras instituições nacionais e internacionais;

d. Incentivar o empreendedorismo e a inovação na extensão universitária.

3.2.2 PROGRAMA UNESP DE EXTENSÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

a. Apoiar o desenvolvimento de programas e projetos sociais;

b. Ampliar parcerias institucionais para desenvolvimento da extensão universitária;

c. Apoiar ações extensionistas que ampliem a presença da Unesp nos mu-nicípios sedes de unidades universitárias.

3.2.3 PROGRAMA UNESP DE CURSINHOS, DIVULGAÇÃO, ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO PROFISSIONAL

a. Ampliar a prestação de serviços à comunidade;

b. Apoiar os meios de divulgação dos programas, dos projetos, cursos, eventos e atividades de extensão universitária, integrando com a políti-ca de comunicação institucional.

3.2.4 PROGRAMA UNESP DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS

a. Promover ações itinerantes entre os campus para a divulgação da produção científica, artística e cultural (orquestras, grupos musicais, grupos de teatro, corais, mostras científicas, exposições, centros de ciências e documentação e outros);

b. Apoiar centros e museus de ciências, de arte e de cultura;

c. Apoiar projetos de arte e cultura, que promovam a integração multi-cultural para a internacionalização da extensão universitária.

4 O DESENVOLVIMENTO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA NA UNESP

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A Unesp é uma universidade muito jovem, nasceu em 1976, inse-rindo-se ao processo de construção da extensão universitária no Brasil. As primeiras universidades brasileiras surgiram no final da primeira e começo da segunda década do século passado. Uma época em que a extensão uni-versitária, por influência americana e inglesa, representava oferta de cursos e prestação de serviços. Mais tarde, na década de 1930, a extensão univer-sitária assume papel social, mas ainda impregnado de assistencialismo. É na década de 1950 que na América Latina, sob influência do materialis-mo histórico, a extensão universitária é tomada como processo de cons-trução social e seus atuais princípios têm seus primeiros sedimentos. No Brasil, como em outros países da América Latina, o curso desse processo foi interrompido pelo período de ditadura, para renascer com a abertura política e se firmar na Constituição Brasileira e legislações pertinentes. O FORPROEX, em 1987, lançou as bases da extensão universitária como se concebe hoje, quando se busca estreita parceria da universidade com a so-ciedade e o poder público na solução de questões locais, regionais e globais.

Na sua trajetória, a primeira ação de institucionalizar a extensão universitária na Unesp se deu com a Resolução Unesp nº 102/2000, quan-do se estabelece o primeiro Regimento Geral da Extensão Universitária e se assume o conceito de extensão universitária proposto pelo FORPROEX, ainda vigente. A Câmara Central de Extensão Universitária tem suas ati-vidades regulamentadas pelo Regimento que está institucionalizado pela Resolução Unesp nº 02/2000. Em 2005, a Unesp adota Política de apoio financeiro a projetos de extensão universitária e a alunos de graduação para essas atividades. Em 2010, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) é implantado e nele garantem-se recursos para os programas e proje-tos de extensão universitária. Nessa mesma época, as atividades de extensão universitária passam a ser computadas para a progressão da carreira docen-te. Em 2004, a Resolução Unesp nº 53/2004 define as atividades de exten-são universitária, que foram atualizadas, em 2011, pela Resolução Unesp nº 33/2011. Em 2012, a Resolução Unesp nº 11/2012 entra em vigor, atualizando o Regimento Geral da Extensão Universitária na Unesp, con-forme diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária do mesmo ano, e, em decorrência, a Pró-Reitoria de Extensão Universitária passa a atuar conforme diretrizes estabelecidas em Resolução Unesp nº 126/2012.

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Nos últimos quatro anos (2013 a 2016), o processo de institucio-nalização da extensão universitária na Unesp voltou-se para o processo de gestão das ações da extensão universitária, visto que o arcabouço epistemo-lógico já havia sido aprovado, ou seja, em 2012, ao aprovar o Regimento Geral da Extensão Universitária, a Unesp posiciona-se favoravelmente aos princípios e diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária.

As ações da extensão universitária são desenvolvidas a partir de programas, projetos e atividades e pressupõem ativa participação da so-ciedade em processos de mútuo aprendizado. Nesse sentido, para concre-tizar esse pressuposto, foi necessário um esforço conjunto da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex), da Câmara Central de Extensão Universitária (CCEU) e das comissões por ela designadas, na direção de revisar e validar o trabalho executado na Unesp. A principal questão em pauta referiu-se às ações voltadas exclusivamente para a comunidade in-terna, muitas das quais com grande potencial para o envolvimento da co-munidade externa, em especial do entorno de cada campus universitário. Outra questão de grande relevância foi fortalecer as ações de extensão uni-versitária no âmbito das políticas públicas e, para isso, uma estratégia foi a integração de ações de docentes de diferentes unidades em Programas, Subprogramas e projetos estruturantes voltados a grandes temas, como água, meio ambiente e segurança alimentar e nutricional.

O trabalho de estruturação das ações da extensão universitária exigiu a construção ou apropriação pela comunidade acadêmica do concei-to das ações da extensão universitária classificadas conforme a sua comple-xidade, em programas, subprogramas, projetos e atividades. No contexto dessas ações, foram definidas as estratégias de apoio, gestão dos recursos, critérios de avaliação e sistema de registro.

No que diz respeito aos programas definidos no Regimento Geral da Extensão Universitária, em 2012, a operacionalização desses programas foi organizada a partir de 19 subprogramas. Isso envolveu a comunidade acadêmica organizada em comissões para definir o escopo e diretrizes dos subprogramas, planos de trabalho e elaboração de editais.

A criação dos subprogramas, a partir dos programas aprovados na Resolução Unesp nº 11/2012, buscou reconhecer e dar visibilidade às

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ações de caráter programático já executadas na Unesp e, ao mesmo tempo, operacionalizá-las de forma integrada no âmbito institucional.

Para a gestão das ações de extensão universitária, foi criado o Sis-tema da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (SISPROEX). Em 2016, projetos, cursos, eventos e serviços de extensão universitária vêm progressi-vamente sendo cadastrados e avaliados a partir do SISPROEX, permitindo agilidade na gestão das ações da extensão universitária. A criação dos mó-dulos do SISPROEX foi muito além da informatização da gestão das ações de extensão universitária, possibilitando, conjuntamente, a revisão de con-ceitos, formas de apoio e critérios de avaliação. Algumas ações e atividades geraram longos processos de discussão, como foi o caso dos projetos de extensão universitária e da prestação de serviços.

Acompanhando as discussões ocorridas no âmbito do FORPROEX, uma comissão da Proex vem trabalhando num sistema de indicadores da extensão universitária para avaliação das ações executadas pela Unesp, para que estejam em consonância com os propósitos institucionais e nacionais.

A creditação da extensão universitária no currículo da graduação encontra-se nas diretrizes das políticas nacionais e vem sendo discutida e implementada nas escolas públicas brasileiras, tema este que necessita de amplo debate para que se consigam apreender as especificidades de cada curso de graduação e, ao mesmo tempo, não se percam as oportunidades de fortalecer e reconhecer a dimensão da extensão universitária nos currí-culos de graduação. Essa discussão vem sendo fomentada na Unesp, desde 2015, por meio da produção de documentos, visitas, seminários e oficinas, em um processo amplamente participativo.

Para executar suas ações, a Proex buscou apoiar a realização de con-vênios com o poder público municipal, estadual e federal e com a iniciativa privada. Como exemplos desses convênios, podem ser citados o convênio com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, envolvendo docentes da Unesp na execução do plano estadual de resíduos sólido; os projetos de res-tauração ecológica, com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, envolvendo ações de internacionalização; a criação de um Centro de Ci-ência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, em Botucatu; e um Centro Vocacional Tecnológico do Bambu, em Itapeva, além de outros, dentre os quais há vários com o Ministério da Educação. Esses convênios são executados por uma Unidade Universitária com apoio da Proex e APLO, mas, via de regra, envolvem docentes de várias unidades

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universitárias.A internacionalização também foi alvo de ação da extensão uni-

versitária na Unesp. A Proex esteve presente em fóruns internacionais de discussão da extensão universitária, em Cuba, Espanha, Chile, Canadá e Argentina, e desenvolveu atividades de cooperação com a AUGM e outras universidades da América Latina e África. Buscando maior inserção nos processos de internacionalização da Unesp, criou o subprograma Centro Integrador dos Centros de Línguas da Unesp. Os Centros de Línguas nas-ceram com a função de divulgar a cultura dos povos e promover a sociali-zação de estrangeiros e brasileiros.

As unidades auxiliares da Unesp são estruturas vinculadas às uni-dades universitárias com o objetivo de apoiar as atividades de ensino, pes-quisa e extensão universitária. Há dois anos, a Proex vem gerenciando os recursos do PDI para as unidades auxiliares. Isso tem proporcionado maior aproximação dessas unidades com a extensão universitária e ampliado o escopo de ação dessas unidades na área da extensão universitária.

Os centros de apoio à extensão universitária são estruturas es-pecíficas de apoio local à gestão da extensão universitária e fomento de parcerias. Essa é uma iniciativa ainda incipiente na Unesp, mas que vem mostrando bons resultados.

O apoio ao Núcleo Negro da Unesp (NUPE) e o fomento à cria-ção da Rede Pró-indígena mostram que a Proex foi sensível às questões postas na atualidade quando se trata de garantir direitos e, mais do que isso, reconhecer e valorizar a cultura dos nossos ancestrais.

Um tema de certa forma polêmico, mas que com a evolução das discussões parece estar equacionado, é a gestão pela Proex de ações volta-das à comunidade acadêmica ou que não resultem em efetivas trocas de saberes da academia na sociedade, como é o caso de ações culturais, ações de comunicação, de promoção de bem-estar e sustentabilidade ambiental. A equação foi simples: se a Universidade é um bem público não pode fe-char-se em si, faz parte da sociedade, essas ações devem ser extensivas às comunidades do seu entorno.

A Rede Viva Melhor é uma ação inserida no subprograma de integração sociocultural, que, aos poucos, foi integrando todas as unidades

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da Unesp e as ações voltadas ao bem-estar da comunidade e vem atuando em estreita parceria com as ações de arte e cultura.

Alguns temas envolveram a criação de Políticas, como foi o caso da Política de Artes e Cultura e a da Política de Idiomas, temas que in-dicavam a necessidade de uma postura mais ostensiva da Unesp. Outros temas demandaram a participação ou o protagonismo da Proex diante da necessidade de intervenção para a garantia do direito ou proteção ao dano, como foi o caso do movimento contra a violência, de prevenção ao abuso de álcool e outras drogas e de defesa dos direitos humanos.

Outro processo que envolveu a comunidade acadêmica em dis-cussões polêmicas foi a regulamentação das empresas juniores na Unesp. São empresas e, como tal, têm plena autonomia. No entanto, a Proex as-sumiu o compromisso de apoiar essas iniciativas no que diz respeito a sua organização, formação e funcionamento perante a Unesp.

Os cursinhos pré-universitários da Unesp constituem uma das principais ações junto aos seus municípios-sede. A estruturação dessas ações demandou importante atuação da Proex, fomentando a criação de Regulamento e Projeto Político Pedagógico e o desenvolvimento de mate-rial próprio dos cursinhos da Unesp. Isso deu identidade para os Cursinhos e promoveu grande economia de recursos financeiros. Além dos cursinhos pré-vestibulares, a Proex tem apoiado as feiras de profissões e o programa de divulgação do vestibular da Unesp.

A Revista de Extensão vem sendo editada pela Unesp desde 2004, e, em 2016, a Revista Ethnos passou a receber apoio. Por meio do selo Cultura Acadêmica e com importante participação das Comissões Locais de Extensão Universitária e da Câmara Central de Extensão Universitária, a Proex tem lançado séries bianuais de livros digitais que têm se prestado ao importante papel de registrar as ações de extensão universitária e refletir sobre elas. Também tem sido bianual a publicação em livro digital dos re-sultados de trabalhos apresentados em congressos de extensão universitária da Unesp.

Os museus e centros de ciências são importantes espaços de ex-tensão universitária e, por essa característica, encontram-se vinculados à Proex. A partir do PDI, os museus e centros de ciências vêm recebendo

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apoio da Proex. Ao mesmo tempo, tem-se empreendido esforço no sentido de criar um catálogo dessas ações na Unesp, tornando-as cada vez mais visíveis para a Unesp e para a comunidade.

A delimitação do campo da extensão universitária não se esgotou ainda, mas os esforços empreendidos nos últimos quatro anos valeram para construir as bases do arcabouço conceitual da extensão universitária na Unesp. Por outro lado, a estruturação do processo de gestão das ações de extensão universitária, seja por meio de instrumentos legais, seja a partir do SISPROEX, facilitará a materialização desses conceitos e a produção de ganhos significativos para a valorização da extensão universitária na Universidade.

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PARTE IIAÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

As ações de extensão universitária, conforme a sua complexida-de e temporalidade, dividem-se em: Programas, Projetos e Atividades de Extensão Universitária, que constituem a estrutura básica e fundamental de qualquer ação de extensão universitária, devidamente credenciados e comprovados por um sistema de informação da extensão universitária, o SISPROEX.

5 PROGRAMAS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Os programas e seus subprogramas são as ações mais complexas da extensão universitária, seguidos dos projetos e atividades quanto ao grau de complexidade. Segundo a Resolução Unesp nº 11/2012, “Considera-se Programa de Extensão Universitária o conjunto de trabalhos e atividades que articulam ensino, pesquisa e extensão universitária de caráter orgâ-nico institucional, integrados a programas institucionais direcionados às questões relevantes da sociedade.” (UNESP, 2012). Esse conceito deixa claro o caráter institucional dos Programas de extensão universitária, exi-gindo ato legal de criação no contexto do Regimento Geral da Extensão Universitária.

O conjunto de Programas Institucionais criados a partir da Resolução Unesp nº 11/2012 é bastante abrangente e permite abarcar todos as áreas e temas da extensão universitária. E por ser tão abrangente, foram criados os subprogramas dentro dos Programas de extensão universitária.

Os subprogramas têm caráter programático e sua criação ocorre no âmbito da Câmara Central de Extensão Universitária (CCEU) institu-cionalizada pela Portaria Unesp nº 404/2016. Os subprogramas, criados em 2016, visam incorporar as ações já desenvolvidas pela Proex e as novas demandas. A gestão dos subprogramas pela Proex pode ter caráter ape-

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nas normativo e de apoio, com concessão de recursos do PDI – Unesp. Cada subprograma foi estruturado e deve atuar conforme suas diretrizes de funcionamento, plano anual de trabalho, precedido de relatório conforme metas e indicadores estabelecidos no plano anterior. Para uma parte dos subprogramas incluem-se editais anuais.

Os recursos do PDI – Unesp para os subprogramas devem ser uti-lizados em bolsas de extensão para alunos de graduação e outras despesas financiáveis, conforme plano de trabalho ou edital. As bolsas para aluno de graduação, vinculadas aos programas de extensão universitária, são regula-mentadas pela Resolução Unesp nº 08/2016.

5.1 PROGRAMA DE RENOVAÇÃO INSTITUCIONAL

Conjuga os esforços dirigidos à regulamentação da cooperação Unesp com organismos extra-universitários e à retroalimentação dos fun-damentos, das estratégias, dos próprios projetos e atividades de extensão universitária da Unesp, abrangendo os seguintes Subprogramas:

5.1.1 SUBPROGRAMA DE CREDITAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NOS CURSOS DA UNESP

O Subprograma de Creditação da Extensão Universitária nos Cursos da Unesp, vinculado ao Programa de Renovação Institucional, ca-racteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente junto aos colegiados dos cursos de graduação da Unesp, em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), com vistas à inserção dos princípios da extensão universitária nas práticas curriculares e o reconhecimento ins-titucionalizado dessas ações como créditos curriculares de extensão uni-versitária, em cumprimento à Meta 12.7 do Plano Nacional de Educação.

O Subprograma se destina aos colegiados dos cursos de graduação e docentes e, de forma indireta, aos parceiros das ações de extensão universi-tária desenvolvidas no âmbito e integradas dos/aos currículos de graduação.

A Creditação da extensão universitária vem se mostrando na Unesp como forma de reconhecer o trabalho desenvolvido pelos cursos da

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Unesp em todos os seus municípios-sede e também como forma de socia-lizar e qualificar essas experiências, em um processo de ressignificação da extensão universitária.

Essa ressignificação não poderá se dar apenas no âmbito inter-no, será preciso fortalecer as políticas públicas estaduais e nacionais para a extensão universitária. Pelo papel que ocupa no sistema de educação do Brasil e até de fora dele e pela sua característica multicampus, a Unesp tem o potencial e a responsabilidade social de inserção positiva nesse processo.

5.1.2 SUBPROGRAMA DE ARTICULAÇÃO E COOPERAÇÃO INSTITUCIONAL

O Subprograma de Articulação e Cooperação Institucional, vin-culado ao Programa de Renovação Institucional, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente voltadas à institucionaliza-ção da extensão universitária nos processos acadêmicos, articulando-a com o Ensino e com a Pesquisa; busca garantir e ampliar o escopo de ação da extensão universitária na Unesp, como Instituição que se preocupa e age na busca de soluções para os problemas do seu tempo, sem perder de vista o futuro, articulando-se com outras instituições.

O público-alvo do Subprograma são as Instituições Públicas ou Privadas e a comunidade acadêmica da Unesp, sejam as Pró-Reitorias ou os Colegiados de Gestão e Planejamento, para o desenvolvimento da extensão universitária.

Esse é um Subprograma que tem como principal propósito am-pliar as ações de cooperação e proporcionar fundamentação e projeção às ações da Proex, a partir da interação com as demais instâncias da Unesp e com instituições e organizações externas. Todas essas ações convergem para o fortalecimento da extensão universitária, articulada com o Ensino e a Pesquisa, como uma das dimensões da ação universitária e como espaço próprio de interação com a sociedade.

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5.2 PROGRAMA DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Destina-se à criação de condições objetivas para a aplicação de conhecimentos gerados na Universidade na resolução de problemas públi-cos e privados, em articulação com organismos governamentais, empresa-riais e do terceiro setor, abrangendo os seguintes Subprogramas:

5.2.1 SUBPROGRAMA DE NACIONALIZAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UNESP

O Subprograma de Nacionalização e Internacionalização da Extensão Universitária da Unesp, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, que visa ao fortalecimento das ações de cooperação da Unesp na área da extensão universitária, com foco na socialização do conhecimento gerado na universidade e em centros de Pesquisa.

O Subprograma beneficiará docentes, discentes e Pesquisadores da Unesp e de parceiros, tais como Instituições de Ensino Superior, Centros de Pesquisa, Movimentos Sociais, Governos, Igrejas, ONG’s, Empresas, Sindicatos, Grupos Sociais não organizados, etc., do Brasil, especialmen-te das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e de países da América Latina, Caribe e África, prioritariamente.

As ações de cooperação acadêmica, científica e tecnológica per-mitem a construção dos saberes. Desta forma, os processos de mobilidade docente, discente e de Pesquisadores na extensão universitária nacional e internacional deverão privilegiar vivências em outras instituições.

Por fim, a cooperação no âmbito da extensão universitária deverá preservar o seu caráter equitativo, na busca da integração entre Unesp e, prioritariamente, das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e os países da América Latina, Caribe e África.

5.2.2 SUBPROGRAMA DE EMPRESAS JUNIORES

O Subprograma de Empresas Juniores, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de

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atividades de caráter permanente, regulamentadas e supervisionadas pela Proex, com o intuito de contribuir com a formação discente no âmbito da gestão de empresas.

Empresas Juniores com funcionamentos perante a Unesp devem ser organizadas nos termos da Lei Federal nº 13.267/2016 e da Portaria Unesp nº 264/2016, constituídas única e exclusivamente por estudan-tes matriculados em cursos de graduação da Unesp, sendo caracterizadas como associação civil com fins educacionais e não lucrativos, de direito privado, com registro próprio no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, com o propósito de realizar pro-jetos e serviços que contribuam especificamente para o desenvolvimento acadêmico, intelectual e profissional dos associados, capacitando-os para o mercado de trabalho.

O Subprograma é destinado às Empresas Juniores na Unesp, para pleno desenvolvimento de suas atividades junto aos setores produtivos e de serviços, prioritariamente às instituições públicas, aos alunos de graduação e à população em geral, conforme suas especificidades.

As características deste Subprograma, envolvendo a autonomia do estudante, a relação responsável com o mercado e o empreendedoris-mo, fazem-se estratégicas para a Proex, contribuindo para que se cumpram os princípios da extensão universitária, em especial a transformação social e o impacto na vida do estudante.

5.2.3 SUBPROGRAMA DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA

O Subprograma de Extensão Tecnológica, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjun-to de atividades de caráter permanente, articuladas e acompanhadas pela Proex, com vistas ao desenvolvimento local, regional e nacional a partir da cooperação tecnológica.

O Subprograma é destinado às Empresas, instituições e empre-endedores dos diversos setores da economia interessados em transferência e inovação tecnológica.

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A integração universidade-sociedade é a forma de se promover o Ensino contextualizado e, ao mesmo tempo, contribuir com o desenvol-vimento social a partir do desenvolvimento e democratização do acesso às tecnologias. No Brasil, as relações entre os setores demandantes de tecnolo-gias e a academia não têm uma base sólida e, por vezes, nem transparente. Essa pode ser uma relação muito salutar com ganhos expressivos para a formação do aluno, como é feito em muitas partes do mundo, e para o desenvolvimento econômico e social, local, regional e nacional, se a ino-vação e a transferência de tecnologias no âmbito da Universidade forem pautadas a partir da sua função social e daquilo que se espera da extensão universitária. Para tanto, há que se manter as ações dentro das diretrizes estabelecidas, adotando valores e princípios que sejam constantemente re-vistos e repactuados.

5.2.4 SUBPROGRAMA DE TECNOLOGIAS PARA A INCLUSÃO SOCIAL

O Subprograma de Tecnologias para a Inclusão Social, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmente con-templadas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos.

Destina-se aos movimentos sociais, povos e comunidades tradi-cionais e aos sujeitos de empreendimentos econômicos solidários, de ma-neira geral.

A integração universidade-comunidade é a forma genuína de se promover o ensino contextualizado e, ao mesmo tempo, promover o de-senvolvimento social sustentável. No Brasil das últimas décadas, as polí-ticas sociais vêm ganhando força nas agendas dos governos, sendo que a ciência, a tecnologia e a inovação, ao gerar tecnologias sociais, permitem a ampliação e a manutenção dessas conquistas. Essa pode ser uma relação muito salutar com ganhos expressivos para a formação do aluno e para o desenvolvimento local sustentável. Participa deste Subprograma o Grupo Integrador do Ensino, Pesquisa e Extensão em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Unesp (GISSAN-Unesp), institucionalizado pela Portaria Unesp nº 109/2016.

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5.2.5 SUBPROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, EDUCAÇÃO PERMANENTE E FORMAÇÃO CONTINUADA

O Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação Continuada, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de atividades contempladas em projetos regidos por Editais da Proex ou re-cursos externos. Visam apoiar processos de qualificação profissional, edu-cação permanente e formação continuada em todos os setores.

O Subprograma é destinado a jovens, adultos e idosos em busca de qualificação e/ou aperfeiçoamento profissional, visando à inserção e/ou permanência no mundo do trabalho e, ainda, à formação continuada de trabalhadores em todos os setores.

As formações iniciais e continuadas, bem como a qualificação do processo de trabalho, aparecem como temas estratégicos sempre que o de-senvolvimento social e econômico é colocado em pauta. O Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação Continuada assume elevada relevância ao aglutinar e potencializar as iniciativas da Unesp, nesta área. Ao mesmo tempo em que institucionaliza as ações que já vêm sendo executadas nas Unidades Universitárias, em caráter siste-mático, garante a continuidade das ações, agora em Rede, fortalecendo a atuação da Unesp no âmbito da extensão universitária. Participa deste Subprograma o Projeto CECEMCA, regulamentado pela Portaria Unesp nº 400/2016.

5.3 PROGRAMA DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS

Tem por objetivo a execução da Política de Artes Cultura da Unesp2, pelo Comitê de Artes e Cultura, de caráter sistemático, contínuo e relevante, tanto da perspectiva da formação do profissional da área como do universo cultural dos alunos dos diferentes cursos e da comunidade externa, abrangendo os seguintes Subprogramas:

2 Disponível em: <http://www.unesp.br/portal#!/proex/artes-e-cultura/politica-e-diretrizes/>. Acesso em: 31 out. 2016.

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5.3.1 SUBPROGRAMA DE ORQUESTRA ACADÊMICA E DE CORAL DA UNESP

O Subprograma de Orquestra Acadêmica e Coral da Unesp, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmen-te contempladas em projetos regulares regidos por Editais da Proex ou com captação de recursos externos, que visa o acesso à produção e à formação musical, bem como à divulgação e à valorização da Música como expressão artística e patrimônio cultural. A Orquestra Acadêmica tem sua institucio-nalização na Resolução Unesp nº 61/2007 e Portaria Unesp nº 530/2008, e o Coral da Unesp, na Portaria Unesp nº 21/1998.

O Subprograma envolve as comunidades interna e externa da Unesp, interessadas na música como exercício dos sentidos ou de habilid ade musical.

A democratização do acesso à Cultura é um importante pres-suposto para a extensão universitária, especialmente em um contexto participativo.

5.3.2 SUBPROGRAMA DE MUSEUS E CENTROS DE CIÊNCIA

O Subprograma de Museus e Centros de Ciências, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmente contem-pladas em projetos regulares regidos por Editais da Proex ou mantidos por recursos externos. Visam conservar, investigar, comunicar, interpretar e expor, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contempla-ção e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural. Essas atividades são abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, enfatizando a preservação da memória regional no Estado de São Paulo e a oferta de am-bientes demonstrativos e interativos para a promoção e popularização de Ciência, Tecnologia, Cultura e Artes. Os museus, de modo específico, pos-suem Política de Museus da Unesp3 e Comitê de Atividades Museológicas.

3 Disponível em: <http://www.unesp.br/portal#!/proex/cam/eventos/>. Acesso em: 31 out. 2016.

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O Subprograma atende ao público, com ênfase na educação de crianças, adolescentes e da comunidade em geral.

As ações deste Subprograma viabilizam a presença da comunida-de nos ambientes da universidade e criam meios de popularização da arte, da ciência e da cultura. Ao mesmo tempo, a manutenção desses espaços auxilia no resgate e preservação da memória local ou regional.

Essas atividades têm grande impacto na vida do estudante da Unesp, dos professores e estudantes do Ensino público, seja pela possibili-dade de aprendizado significativo a partir de vivências práticas, seja porque esses ambientes contribuem com o resgate da história e fortalecimento da identidade coletiva.

5.3.3 SUBPROGRAMA INTEGRAÇÃO SOCIOCULTURAL

O Subprograma de Integração Sociocultural, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um con-junto de atividades de caráter sistemático e permanente, preferencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex, ou com recursos externos advindos de convênios e auxílios, com vistas à criação e manutenção de ambiente favorável para a interação sociocultural da comu-nidade da Unesp em diferentes contextos. Envolve comunidades internas e externas, aprendendo e ensinando a conviver e viver sempre melhor, a comunidade da Unesp, no seu cotidiano, em interação com a diversidade da população brasileira, bem como com pessoas de outras nacionalidades.

Esse Subprograma representa uma ação estratégica para sua ino-vação e autoformação, ao buscar um enfoque sistêmico de suas ações, inte-grar alunos, docentes e demais servidores com as comunidades de diferen-tes cenários, na perspectiva do diálogo de saberes e valorização das relações humanas, transcendendo o enfoque utilitarista.

Fazem parte deste Subprograma o Núcleo Negro da Unesp para pesquisa e extensão (NUPE) (Resolução Unesp nº 43/2012), a Rede Pró-Indígena, o Projeto Rondon (Resolução Unesp nº 23/2006) e a Rede Viva Melhor.

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5.3.4 SUBPROGRAMA DE INTEGRAÇÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS DA UNESP

O Subprograma de Integração dos Centros de Línguas da Unesp, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, é caracteriza-do, conforme Resolução Unesp nº 82/2016, como um conjunto de ações que visa atender à demanda pelo conhecimento de línguas estrangeiras no mundo atual e promover a integração cultural por meio do acesso à comunicação.

O Subprograma é destinado às comunidades dos municípios se-des da Unesp, comunidade internacional e comunidade acadêmica interes-sadas no Ensino de línguas.

Os Centros de Línguas da Unesp representam um espaço pri-vilegiado para diversas ações extensionistas da universidade. Envolvem Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, alunos de Graduação e Pós-Graduação, intercâmbio com estrangeiros, professores, Pesquisadores, pes-soal técnico-administrativo, além do público externo, que inclui alunos do Ensino Público. A dinâmica que se estabelece nesse espaço aproxima o co-nhecimento produzido na universidade das realidades educacionais em di-ferentes contextos (Escolas Públicas, Universidades e Centros de Pesquisa) e atividades, seja na sala de aula, na convivência cotidiana e em eventos acadêmicos com a participação da equipe de alunos bolsistas e professores orientadores e em diferentes mídias. Os Centros de Línguas têm papel fundamental na “Política de Idiomas da Unesp” instituída pela Resolução Unesp nº 83/2016, que será executada pelo Comitê Central de Idiomas da Unesp pela Portaria Unesp nº 443/2016.

5.3.5 SUBPROGRAMA DE AÇÕES ARTÍSTICAS

O Subprograma de Ações Artísticas, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um conjunto de ati-vidades de caráter permanente, preferencialmente contempladas em pro-jetos regulares regidos por Editais da Proex ou com recursos captados ex-ternamente.

As atividades visam conservar, investigar, comunicar, interpretar e expor, com o objetivo de preservar conjuntos, coleções e ações de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cul-

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tural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. Buscam enfatizar a preservação da memória regional no Estado de São Paulo e a oferta de ambientes para a promoção e popularização de Ciência, Tecnologia, Cultura e Artes.

O Subprograma tem como público-alvo a comunidade de todas as unidades da Unesp e a população em geral dos municípios nos quais a Universidade está inserida.

Esse Subprograma busca fomentar a cultura em todas as suas di-mensões a partir da produção e popularização da arte. Tem entre seus pres-supostos a ação dialógica para o desenvolvimento local, proporcionando maior inserção regional e nacional da Unesp.

5.4 PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO, ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO PROFISSIONAL

Destina-se à orientação e à informação profissional de alunos da 1º série do Ensino Médio, potenciais candidatos aos cursos de graduação ofertados pela Unesp, graduandos concluintes e graduados desta, abran-gendo os seguintes Subprogramas:

5.4.1 SUBPROGRAMA DE CURSINHOS PRÉ-UNIVERSITÁRIOS

O Subprograma de Cursinhos Pré-Universitários, vinculado ao Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional, se carac-teriza como um conjunto de atividades de caráter permanente voltadas à formação do estudante do ensino médio de escolas públicas (ou bolsistas de escolas privadas), preferencialmente contempladas em projetos perió-dicos regidos por Editais da Proex ou por meio de recursos externos. Os cursinhos Pré-Universitários da Unesp são oferecidos gratuitamente e vi-sam ao preparo dos educandos para o ingresso no Ensino superior, público ou privado, e também para concursos públicos. Constituem-se, ainda, em espaço educativo e acadêmico de formação integral e humanizada, articu-lados ao Ensino e à Pesquisa.

O Subprograma de Cursinhos Pré-Universitários, conforme Resolução Unesp nº 14/2016, é destinado prioritariamente aos estudan-

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tes que cursam ou que concluíram o Ensino Médio público e/ou privado com bolsa e que desejam se preparar para processos seletivos para o ensino superior em Instituições Públicas ou Privadas, assim como para concursos públicos em diferentes setores.

Os Cursinhos Pré-Universitários da Unesp representam um dos principais Subprogramas da Proex, haja vista sua estreita relação com a mis-são da Universidade Pública ao cumprir, na extensão universitária, a sua fun-ção social. Ao mesmo tempo, é um espaço ímpar para as práticas pedagógicas e sociais, proporcionando à Unesp grande oportunidade de inserção local.

5.4.2 SUBPROGRAMA DE INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO

O Subprograma de Informação e Divulgação do Conhecimento, vinculado ao Programa de Divulgação, Informação e Orientação Profissional, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter per-manente, preferencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos, visando ao registro e à divulga-ção de informação e conhecimento, com ênfase nas ações da extensão uni-versitária e na popularização da produção acadêmica, incluindo diferentes produtos de comunicações científicas, tecnológicas, artística e cultural, em especial os periódicos Ciência em Extensão e Ethnos Brasil, apoiados pela Pró-Reitoria de Extensão da Unesp.

O Subprograma visa ao atendimento de grupos da população com pouco ou nenhum acesso aos resultados da produção acadêmica e da comunidade acadêmica, dentro e fora da Unesp.

A proposição deste Subprograma vem ao encontro de ampliar a divulgação das atividades de extensão universitária no Brasil, garantindo o cumprimento da periodicidade das publicações e a qualificação progressiva dessas mesmas, bem como buscando processos mais democráticos de dis-tribuição dos recursos e socialização do conhecimento.

A regularidade de investimentos neste Subprograma promoverá a extensão universitária e a Unesp como uma Instituição comprometida com ela. De um lado, estará a comunidade acadêmica, que precisa cada vez mais se apropriar da temática e ser valorizada nas ações que executa;

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e de outro, a parcela da população excluída do conhecimento científico, tecnológico artístico e cultural.

5.4.3 SUBPROGRAMA DE DIVULGAÇÃO DO VESTIBULAR UNESP E INCLUSÃO DOS MELHORES ALUNOS DA ESCOLA PÚBLICA NA UNIVERSIDADE

O Subprograma de Divulgação do Vestibular Unesp e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na Universidade, vinculado ao Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional, caracte-riza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, articula-das e acompanhadas pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária – Proex, em parceria com a Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Fundação Vunesp), com vistas a divulgar a Unesp e seu vestibular e implementar uma ação afirmativa de inclusão dos melhores alunos das escolas públicas nos cursos de graduação da Unesp.

O Subprograma é destinado aos Alunos da Rede Pública de Ensino Médio do Estado de São Paulo.

O Subprograma atende ao que especifica a Resolução Unesp nº 11/2012, em seu capítulo VIII, artigo 41, § 5º: “O Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional destina-se à orientação e à informação profissional de alunos da 1ª série do ensino médio, poten-ciais candidatos aos cursos de graduação ofertados pela Unesp, graduandos concluintes e graduados desta.” (UNESP, 2012).

Envolvem docentes e alunos da Unesp em número considerável, atende a demandas específicas da sociedade, cumpre papel social e gera dados de interesse para pesquisa.

Vai ao encontro das ações afirmativas, visando à inclusão dos alu-nos da escola pública na universidade. Muitos alunos agora unespianos só o são em razão de terem sido despertados para a possibilidade de virem a cursar a Unesp.

Promove a inclusão também em razão da concessão de subsídio na taxa de inscrição para o vestibular e na concessão de bolsas de estudos pela Fundação Vunesp.

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Interfere na unidade acadêmica, uma vez que agrega professores e alunos unespianos que, juntos, retornam às escolas públicas de Ensino Médio. A possibilidade de contato com outra realidade escolar e os víncu-los que se estabelecem entre as escolas e a Unesp possibilitam o desenvolvi-mento de outras ações que não as diretamente ligadas ao objetivo principal do Subprograma.

Promove o aprimoramento da formação discente e a articulação Ensino/Pesquisa/Extensão Universitária, quer através da participação de discentes nas atividades fins do Subprograma, quer através da concessão de bolsas de estudo condicionadas à execução de Plano de Atividades (ativi-dades de iniciação científica, técnicas, de extensão universitária, aprimora-mento de estudos), sob orientação docente.

O Subprograma tem impacto externo, uma vez que atende às demandas específicas da comunidade: demanda por informações acerca da continuidade de estudos; informações acerca da universidade; infor-mações acerca dos programas de apoio aos alunos carentes ingressantes na universidade.

5.5 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA

Reúne um conjunto de projetos institucionais de extensão uni-versitária, formulados ou executados pelas Unidades Universitárias ou pela Proex, voltados para o apoio das ou coparticipação nas atividades e inicia-tivas relevantes e facilitadoras da interação entre a Unesp e a comunidade, abrangendo os seguintes Subprogramas:

5.5.1 SUBPROGRAMA DE ATUAÇÃO DA UNESP NOS MUNICÍPIOS SEDES DE SUAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS

O Subprograma de Atuação da Unesp nos Municípios Sedes de suas Unidades Universitárias, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, caracteriza-se como um conjunto de atividades de cará-ter permanente, que podem ser contempladas em projetos regidos por Editais da Proex ou com recursos externos, que visam contribuir com o Desenvolvimento Local, Regional e Estadual, por meio do apoio aos pro-

A Extensão Universitária na Unesp

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cessos de gestão das políticas públicas, em constante interação com o poder público e as organizações sociais atuantes nesses territórios, podendo con-tar com a parceria da iniciativa privada.

O Subprograma atuará junto aos gestores públicos dos municípios onde há presença da Unesp, no âmbito local e regional, com as organizações sociais e junto à população beneficiária das políticas públicas, com destaque para as políticas de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda, Cultura, Meio Ambiente, Cidadania, Agricultura, entre outras.

Esse é um Subprograma estruturante, que visa fortalecer e dar visibilidade às ações da Unesp nos municípios sedes e suas unidades uni-versitárias; busca a interlocução com o poder público e a sociedade; busca a organicidade das ações; busca reconhecer, valorizar, respeitar e confe-rir identidade e autonomia às ações regionais desenvolvidas nas diferentes Unidades da Unesp.

5.5.2 SUBPROGRAMA DE CENTROS LOCAIS DE APOIO À EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

O Subprograma de Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, caracteriza-se como uma estratégia de institucionalização para a gestão dos processos locais de extensão universitária nas unidades da Unesp, propor-cionando apoio às ações de extensão universitária e fomentando novas ações, bem como a integração Universidade, Comunidade e outros parcei-ros Públicos e Privados.

Os Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária represen-tam o espaço de encontro entre a Unidade Universitária e os parceiros das ações de extensão universitária. Desta forma, o seu público-alvo é repre-sentado por todos envolvidos com a e na extensão universitária na Unesp.

Os Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária da Unesp representam um importante passo rumo à ampla institucionalização da extensão universitária na Unesp.

Ao agregarem as ações de extensão universitária em um mesmo espaço, os centros facilitam a integração com a unidade acadêmica e a atu-

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ação interdisciplinar; promovem maior visibilidade para a extensão univer-sitária; potencializam o uso de recursos; e podem atrair mais oportunidades para o financiamento da extensão universitária na Unidade Universitária.

5.5.3 SUBPROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E DA TERCEIRA IDADE

O Subprograma de Educação de Jovens, Adultos e da Terceira Idade, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, carac-teriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, prefe-rencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos. Visa à formação integral e vivências sociais dirigidas a educandos jovens e adultos, que não tiveram oportunidade anterior, ou àqueles com mais idade, que queiram retomar experiências passadas de ensino e aprendizagem como forma de exercício da cidadania.

O Subprograma é destinado a Jovens e Adultos em processos de escolarização tardia e saberes constituídos e Idosos em atividades de Ensino e socialização de bens culturais ao longo da vida.

As ações deste Subprograma se configuram como das mais im-portantes ações de interação social e comunitária da Unesp no contexto de suas unidades. Além disso, contribuem com duas grandes questões para o desenvolvimento brasileiro e garantia da qualidade de vida da população: a necessidade de ampliar a discussão acerca da escolarização tardia e sabe-res constituídos, entre jovens e adultos; e o envelhecimento digno e com qualidade. Ao mesmo tempo, constituem-se em espaço privilegiado para as ações integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, com im-pacto de grande relevância na formação do estudante.

Fazem parte deste Subprograma a Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), regulamentada pela Portaria Unesp nº 148/2006, e o Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA), regulamentado pela Portaria Unesp nº 580/2000.

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5.5.4 SUBPROGRAMA DE INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE E COMUNIDADE NO ENFRENTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA

O Subprograma de Integração Universidade e Comunidade no Enfrentamento de Emergências em Saúde Pública, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos.

O público-alvo são as comunidades adstritas nos Municípios Sede da Unesp, bem como trabalhadores da saúde envolvidos em ações de transformação da realidade e promoção da autonomia para o enfrentamen-to de emergência em Saúde Pública.

O Subprograma aqui apresentado se insere nas metas do PDI – Unesp, permitindo apoio ao desenvolvimento de programas e projetos sociais, ampliando a presença da Unesp nos Municípios Sede e a parceria com setores do Poder Público e da Sociedade Civil, envolvendo Docentes e Alunos da Unesp, em grande número. Atenderá a demandas específicas da sociedade, sendo particularmente oportuno diante das recorrentes epide-mias dos últimos tempos. O projeto prevê ações contra novas emergências epidemiológicas, um risco permanente que decorre da extrema adaptabili-dade dos microrganismos e das mudanças na interação entre o ser humano e o ambiente que o cerca.

Propõem-se ações de promoção da saúde e prevenção e controle de doenças infecciosas, realizadas em consonância com atividades de divul-gação científica responsável, que permitirá à população uma maior com-preensão da magnitude dos agravos e de seu papel no combate às emergên-cias em saúde pública. Espera-se o empoderamento de comunidades que busquem soluções criativas para situações epidemiológicas de risco.

Ressalte-se o caráter agregador do Subprograma e a sua impor-tância na inserção do corpo discente na realidade social, quer através de participações de discentes nas atividades fins do Subprograma, quer atra-vés da concessão de bolsas de estudo condicionadas à execução de Plano de Atividades, sob orientação docente. Deverá, portanto, ser estimulada a articulação Ensino/Pesquisa/Extensão Universitária, além de ser ampliada

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a participação da Unesp junto à comunidade e aos órgãos públicos, com importante e oportuno impacto sobre a saúde da população.

6 PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

6.1 CONCEITUAÇÃO, CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO

Os projetos de extensão universitária são ações contínuas e siste-matizadas de caráter educativo, cultural, ambiental, artístico, científico ou tecnológico, desenvolvidas junto a outros setores da sociedade, com dura-ção de um ano, podendo ter continuidade mediante justificativa circuns-tanciada. Envolvem docentes ou pesquisadores, graduandos (bolsistas ou voluntários) e, eventualmente, servidores técnico-administrativos ou par-ceiros externos à universidade. Os projetos de extensão estão caracterizados em regulamentação própria publicada pela Portaria Unesp nº 461/2016.

Os projetos de extensão universitária:

• São ações contínuas e sistematizadas, pois diferem das ações episódicas (cursos, eventos, prestação de serviços, publicações) que podem ser in-corporadas aos projetos; no entanto, no projeto de extensão universitá-ria, as ações estão reunidas em um tema central e apresentam objetivos comuns e mensuráveis.

• São de caráter educativo, cultural, ambiental, artístico, científico ou tecnológico, pois estão articulados ao ensino e à pesquisa de forma indissociável. São a extensão do fazer acadêmico dos proponentes, con-forme sua área de atuação na universidade. O caráter educativo é indis-pensável para definir qualquer atividade como extensão universitária.

• São desenvolvidos junto a outros setores da sociedade, pois reflete a in-teração entre a comunidade universitária e outros grupos da sociedade, partindo da demanda da sociedade, do entorno, do estado e do país, e com ela buscando soluções para seus principais problemas. A parti-cipação da população externa deve ser efetiva, atuando como sujeitos ativos, atendendo ao princípio extensionista da interação dialógica.

• Possuem duração de um ano e devem, por meio de metodologia ade-quada, atingir seus objetivos e mensurar os resultados, possibilitando

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sua avaliação anual, podendo ter continuidade mediante justificativa aceitável (conforme Anexo II do Edital 2016/2017), dado que um pro-jeto em continuidade não deve ser entendido como uma repetição das ações do ano anterior e nem mesmo deve ser uma simples cópia do texto utilizado em outras edições.

• Envolvem docentes ou pesquisadores e graduandos (bolsistas ou vo-luntários), pois a indissociabilidade da extensão universitária com o ensino e a pesquisa é alcançada mediante a extensão do fazer acadêmi-co do docente e do pesquisador; para atingir o objetivo educacional e formativo do cidadão, é obrigatória a participação do aluno de gradu-ação. O projeto de extensão universitária é um meio de formar profis-sionais-cidadãos capacitados a responder, antecipar e criar respostas às questões da sociedade. Os servidores técnico-administrativos ou par-ceiros externos à universidade poderão contribuir para a qualificação da equipe e abrangência das ações.

Os projetos de extensão universitária são propostos, avalia-dos e regulamentados por meio de editais da Pró-Reitoria de Extensão Universitária, os quais contêm as demais instruções para apresentação, ava-liação e concorrência por recursos e bolsas para alunos de graduação. As bolsas para aluno de graduação, vinculadas aos projetos de extensão uni-versitária, são regulamentadas pela Resolução Unesp nº 21/2014 (alterada pela Resolução Unesp n° 08/2016).

Após aprovação, o projeto de extensão universitária inicia seu desenvolvimento com o preenchimento e assinatura, pelo Coordenador e Vice-Diretor, do “Compromisso de Cessão de Direitos de Propriedade Intelectual” e, ao final, com obtenção de resultados, preenche e assina o “Instrumento de Cessão de Direitos de Propriedade Intelectual” (Portaria Unesp nº 224/2016).

Os projetos de extensão universitária deverão estar inseridos em uma das 11 áreas temáticas da extensão universitária da Unesp, confor-me segue: Comunicação; Cultura; Direitos Humanos; Educação; Meio Ambiente; Saúde; Tecnologia; Trabalho; Ciências Agrárias e Veterinárias; Espaços Construídos; Política e Economia.

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6.2 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação dos projetos de extensão universitária da Unesp está baseado em critérios norteadores e condicionantes para a aprovação das propostas. Os critérios explicitados a seguir deverão ser ob-servados na elaboração das propostas, pois serão aplicados nas diferentes etapas do complexo processo de avaliação. Os critérios de avaliação estão organizados em duas partes:

6.2.1 QUESTIONÁRIO DE ENQUADRAMENTO DO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

O questionário será respondido pelo relator, embasando as de-cisões dos colegiados. A proposta será avaliada para o seu enquadramen-to ou não na modalidade “Projeto de Extensão”, conforme respostas ao questionário.

Caso a proposta não seja enquadrada como projeto de extensão universitária, com justificativas detalhadas e circunstanciadas, a proposta não deverá ser aprovada, sendo desclassificada como projeto de extensão universitária.

6.2.2 CRITÉRIOS PARA PONTUAÇÃO ESPECÍFICA DOS PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Caso a proposta seja enquadrada como projeto de extensão uni-versitária, ela será avaliada com notas 3, 5, 7 ou 10, conforme critérios específicos em:

• Participantes do Projeto

• Nível de Exequibilidade

• Visibilidade para a Universidade

• Indicadores de Impacto

• Impacto Interno

• Impacto Externo

A Extensão Universitária na Unesp

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• Importância na Formação do Aluno

• Geração de Produtos e Processos

• Coerência entre os Objetivos e a Fundamentação Teórica/Metodológica.

Após a avaliação particular nas diferentes instâncias do processo de avaliação, os projetos serão avaliados comparativamente em grupos de projetos crescentes, até a elaboração da lista final de projetos de extensão universitária, classificados e não classificados.

6.2.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – PARTE 1 – ENQUADRAMENTO DO PROJETO COMO EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Consideramos que um projeto de extensão universitária deve:

1. Ser um conjunto de ações processuais contínuas, de caráter educativo, cultural, ambiental, político, artístico, científico ou tecnológico.

2. Envolver docentes ou pesquisadores, discentes (bolsistas ou voluntá-rios) e, eventualmente, servidores técnico-administrativos, e ser desen-volvido junto a outros setores da sociedade.

3. Envolver o aluno de graduação, fazendo com que a extensão universi-tária contribua para a sua formação profissional no que diz respeito à melhoria das condições de vida da população beneficiária.

4. Integrar o ensino e a pesquisa com as demandas da sociedade, buscan-do o comprometimento da comunidade universitária com interesses e necessidades da sociedade brasileira, estabelecendo mecanismos que relacionem o saber acadêmico ao saber popular; proporcionando con-dições para a participação efetiva da sociedade na vida da universidade.

5. Contribuir para reformulações de concepções e práticas curriculares da universidade, bem como para a sistematização do conhecimento produzido.

6. Ser destinado à população externa sem excluir a participação da co-munidade interna, visando às questões prioritárias da sociedade para o desenvolvimento da cidadania plena.

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7. Propiciar a participação da comunidade universitária, por meio de ações integradas com organizações públicas e privadas.

8. Ser coordenado por um docente ou pesquisador da área de conhe-cimento do projeto ou que demonstre inserção na área adquirida ao longo do tempo.

9. Ter prazo de duração de um ano, mediante ações sistematizadas.

O Projeto submetido ao Processo de Avaliação deverá ser aceito conforme as respostas referentes aos seguintes questionamentos:

1. O projeto apresenta um conjunto de ações processuais contínuas de caráter educativo, cultural, político, artístico, científico ou tecnológi-co, com a participação de docentes ou pesquisadores, discentes (bolsis-tas ou voluntários), contando, eventualmente, servidores técnico-ad-ministrativos pertencentes à comunidade universitária?

2. O projeto integra o ensino e a pesquisa com as demandas (sociais, am-bientais e culturais) da sociedade?

3. O projeto envolve a participação efetiva da população externa como sujeitos ativos no processo (sem excluir a participação da comunidade interna)?

4. O projeto contempla a participação de alunos da graduação?

5. O projeto situa-se na área de conhecimento dos proponentes e/ou em outras áreas de conhecimento adquiridas ao longo do tempo?

6. O projeto articula mais de uma dimensão: ensino, pesquisa e extensão universitária?

7. O projeto diferencia-se das outras ações extensionistas, como cursos, eventos ou prestação de serviço?

8. O projeto possui coerência entre a fundamentação teórica, os objetivos e a metodologia e referências?

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Caso seja respondido “não” em qualquer uma das oito perguntas anteriores, o relator deverá desclassificar o projeto e emitir parecer conclu-sivo, justificando sua análise.

Caso o relator tenha respondido SIM a todas as perguntas ante-riores, a Proex/CAPE entenderá que a proposta pode ser considerada como projeto de extensão universitária, e será avaliada na segunda etapa.

Em caso de projetos “Em Continuidade”, o relator deve respon-der à questão seguinte e justificar sua opção:

I A Justificativa circunstanciada da Continuidade do Projeto é aceitável?

II Argumentação do Parecerista.

6.2.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – PARTE 2 – AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS ESPECÍFICOS

6.2.4.1 PARTICIPANTES DO PROJETO

É desejável que as equipes tenham formação multidisciplinar, en-volvendo docentes, alunos de graduação e pós-graduação e outros partici-pantes, levando em consideração as características do projeto e da Unidade/Campus. É na extensão universitária que os universitários das mais varia-das áreas vão ampliar o entendimento e fundamentar os conceitos e teorias aprendidos nas atividades de ensino, consolidando e complementando o aprendizado com a aplicação prática. Daí um dos grandes méritos da ex-tensão universitária: permitir a efetivação do aprendizado pela aplicação, consolidando a relação teoria-prática, além de proporcionar a oportunida-de de interação com profissionais e/ou estudantes de outras áreas do co-nhecimento, estimulando a prática do diálogo interdisciplinar e multidis-ciplinar. Essa aplicação, evidentemente, deve ser planejada e acompanhada por professores e profissionais das respectivas áreas do conhecimento, da própria universidade e/ou de fora dela. A experiência tem demonstrado que o verdadeiro aprendizado acontece de fato com o relacionamento da teoria com a prática, ou seja, além de estudar, ver e fazer.

Nesse item, devem ser avaliados os participantes do projeto, nas seguintes categorias:

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a) Alunos de dois ou mais cursos de graduação da Unesp;

b) Alunos de pós-graduação;

c) Docentes de outras disciplinas;

d) Docentes de diferentes cursos ou pesquisadores que não o coordenador do projeto;

e) Servidores Técnicos;

f ) Outros participantes (incluem alunos e professores de outras institui-ções de ensino superior, comunidade em geral, parceiros institucionais ou não, entre outros).

Atribuir nota de acordo com os seguintes critérios:

Quando há três ou mais categorias adicionais Nota 10

Quando há duas categorias adicionais Nota 7

Quando há uma categoria adicional Nota 5

Quando há apenas a participação do coordenador e de um aluno de graduação. Nota 3

6.2.4.2 NÍVEL DE EXEQUIBILIDADE

A exequibilidade deve ser medida pela capacidade de desenvolvi-mento do projeto, considerando o tempo e/ou adequação do cronograma, os recursos humanos, materiais e financeiros necessários para as ações pro-postas e a disponibilidade dos participantes.

O projeto contempla os seguintes requisitos:

a) viabilidade das ações conforme coerência e articulação entre os objeti-vos propostos;

b) infraestrutura: materiais e equipamentos;

c) recursos humanos adequados para as ações propostas;

d) facilidade para a sua execução, considerando a proximidade do local;

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e) instituição(ções) parceira(s) para auxiliar a sua execução;

f ) tempo adequado para o cumprimento das ações propostas;

g) no caso do projeto em continuidade, a avaliação do relatório deverá ser satisfatória.

Atribuir uma nota conforme os seguintes critérios:

Quando o projeto contempla cinco ou mais requisitos Nota 10

Quando o projeto contempla três ou quatro requisitos Nota 7

Quando o projeto contempla um ou dois requisitos Nota 3

6.2.4.3 VISIBILIDADE PARA A UNIVERSIDADE

Para a avaliação do nível de visibilidade da universidade, deve ser feito o seguinte questionamento: Quais as possibilidades e intensidade da divulgação da Unesp nas diferentes mídias?

As gradações destas previsões (para projeto novo) ou do que foi efetivamente realizado no ano anterior (para projetos em continuidade) devem ser pontuadas de acordo com os critérios a seguir:

Divulgação por meio de TV, rádio, jornais e revistas. Nota 5

Divulgação por meio de eventos, cartazes, cartilhas, faixas, placas, vídeos, redes sociais e website. Nota 3

Divulgação por outros meios somente na unidade. Nota 1

6.2.4.4 INDICADORES DE IMPACTO

A universidade produz conhecimento e o transmite, por meio do ensino, aos educandos. Por meio da pesquisa, aprimora o conhecimento acumulado e produz novos conhecimentos. Por meio da extensão univer-sitária, pode proceder a difusão, socialização e democratização do conheci-

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mento e das novas descobertas à comunidade, além de aprender com ela. A extensão universitária também propicia a complementação na formação dos discentes, por meio de aplicação prática. Assim, forma-se um ciclo, no qual a pesquisa aprimora e produz novos conhecimentos, os quais são di-fundidos pelo ensino e pela extensão, de maneira que as três atividades tor-nam-se complementares e interdependentes, atuando de forma sistêmica.

6.2.4.4.1 IMPACTO INTERNO – NO ÂMBITO DA UNIVERSIDADE

Ao comunicar-se com a realidade local, regional ou nacional, a universidade tem a possibilidade de renovar constantemente sua própria estrutura, seus conteúdos curriculares e suas ações, de modo criativo, con-duzindo-os para o atendimento da verdadeira realidade do país.

Nesse item, deve ser avaliado o potencial de impacto do projeto de extensão universitária nas atividades de ensino e formação.

Quando o projeto tem potencial para:

• contribuir para reformulações de concepções e práticas curriculares da universidade, na graduação e/ou pós-graduação, inclusive com ofere-cimento de disciplinas, bem como para a sistematização do conheci-mento produzido.

Avaliar o potencial para contribuição:

Alto potencial de impacto interno Nota 10

Médio potencial de impacto interno Nota 7

Baixo potencial de impacto interno Nota 3

6.2.4.4.2 IMPACTO EXTERNO – FORA DO ÂMBITO DA UNIVERSIDADE

Um diagnóstico adequado das demandas da comunidade permite que a universidade seja bem recebida, criando possibilidades de desenvol-vimento de atividades para além das propostas pela própria universidade.

A Extensão Universitária na Unesp

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Os impactos teriam os seguintes indicadores:

1 relevância em um dos aspectos: social, cultural, ambiental, educacio-nal, econômica ou política dos problemas abordados na comunidade;

2 segmentos sociais envolvidos;

3 interação com órgãos da sociedade;

4 objetivos e resultados alcançados;

5 apropriação, utilização e reprodução do conhecimento envolvido na atividade de extensão universitária pelos parceiros;

6 efeito na interação resultante da ação da extensão universitária nas ati-vidades acadêmicas.

Considerando-se o exposto, deve ser avaliado o potencial de im-pacto do projeto na realidade da comunidade externa envolvida, de acordo com os seguintes critérios:

Contempla cinco ou seis indicadores Nota 10

Contempla três a quatro indicadores Nota 7

Contempla um a dois indicadores Nota 3

6.2.4.5 IMPORTÂNCIA NA FORMAÇÃO DO ALUNO

A formação integral do aluno é imprescindível para a sua efetiva interação com a sociedade, seja para se situar historicamente, para se iden-tificar culturalmente ou para referenciar sua formação técnica com os pro-blemas que um dia terá que enfrentar. A extensão universitária, entendida como prática acadêmica que interliga a universidade nas suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas sociais, possibilita a formação integral do profissional, e não apenas acadêmica.

Considerando-se o exposto, deve ser avaliado o potencial de im-pacto do projeto na formação complementar do (s) aluno (s) envolvido(s) diretamente, de acordo com os seguintes critérios:

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Quando a realização do projeto contribui com a formação integral, e não apenas acadêmica, do discente; ou seja, possibilita sua efetiva interação com a comunidade, vivenciando aspectos sociais, econômicos e humanísticos.

Nota 10

Quando a realização do projeto contribui apenas com a formação acadêmica do discente. Nota 7

Quando a proposta apresenta apenas uma contribuição complementar com a formação do discente. Nota 3

6.2.4.6 GERAÇÃO DE PRODUTOS E PROCESSOS

Pontuar quanto à capacidade de geração do maior número pos-sível de produtos e processos típicos da vida acadêmica, que garantam a articulação entre ensino, pesquisa e extensão universitária.

São consideradas como atividades de extensão universitária, con-forme o artigo 3º da Resolução Unesp nº 33, de 24/08/2011:

I Educação continuada (realizada de forma presencial, semipresencial ou à distância): cursos de extensão universitária (Temático; Difusão de Conhecimento e Aperfeiçoamento).

II Eventos técnico-científicos: organização de congressos, colóquios, en-contros, seminários, ciclos de debates, simpósios, mesas redondas, con-ferências e similares, dia de Campus, oficinas e workshops.

III Eventos artístico-culturais: concertos, oficinas, exposições, mostras, sa-lões, espetáculos, festivais, recitais, shows e similares.

IV Atividades articuladas com ensino, pesquisa e extensão universitária: assistência e/ou atendimento médico, odontológico, psicológico, fi-sioterapêutico ou de terapia ocupacional, fonoaudiológico, assistência Social, enfermagem, nutrição; atendimento veterinário ambulatorial, clínico ou cirúrgico; orientação ou encaminhamento de questões ju-rídicas ou judiciais; atendimento às questões agrárias; restauração de bens de acervos; atendimento orientado a visitantes em museus, cen-tros e espaços de ciência e tecnologia; e campanhas.

V Publicações e produtos acadêmicos de extensão universitária: produ-ção de publicações e de produtos acadêmicos advindos de atividades

A Extensão Universitária na Unesp

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de extensão (difusão, divulgação social, cultural artística, científica ou tecnológica).

VI Prestação de serviços: assessoria; curadoria; exames e laudos laborato-riais na área de saúde; emissão de laudo pericial; exames e laudos rea-lizados por laboratórios que oferecem serviço permanente: análise de solos, exames agronômicos e botânicos, análise farmacológica, qualida-de de produtos, etc.

Incluem-se, ainda, Ensaios (Apresentações; Exposições; Interações de cunho artístico / educativo / ambiental / turístico com a comunidade interna e externa).

Avaliar o potencial de geração (ou o efetivamente gerado no pe-ríodo anterior) de produtos e processos, considerando-se a diversidade de produtos e não a quantidade de um único tipo de produto. Para a avalia-ção, são considerados os seguintes critérios:

Alto potencial para geração de produtos Nota 10

Médio potencial para geração de produtos Nota 7

Baixo potencial para geração de produtos Nota 3

6.2.4.7 COERÊNCIA ENTRE OS OBJETIVOS E A FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA / METODOLÓGICA

Avaliar o nível de coerência e de explicação teórica / metodológica:

Alto nível de coerência e de explicação Nota 10

Médio nível de coerência e de explicação Nota 7

Baixo nível de coerência e de explicação Nota 3

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6.3 ACESSO ÀS INFORMAÇÕES SOBRE OS PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DESENVOLVIDOS NA UNESP: SISPROEX

Os dados dos projetos de extensão universitária da Unesp (a par-tir de 2004) podem ser acessados de diversas formas:

Projetos de Extensão Universitária de 2004 a 2012

• Acesso Público: Portal da Unesp (www.unesp.br) → Extensão → Banco de Dados → Consultar. É possível consultar os dados utilizan-do diversos filtros.

• Acesso Institucional: Portal da Unesp (www.unesp.br) → Extensão → Banco de Dados. Não está mais sendo utilizado para Projetos de Extensão. Caso necessário, o acesso é atribuído pela Proex.

Projetos de Extensão Universitária a partir de 2013

• Acesso Público: Portal da Unesp (www.unesp.br) → Extensão → Projetos de Extensão → Consulta a Projetos. É possível consultar os dados utilizando diversos filtros.

• Acesso Institucional: Portal de Sistemas Institucionais – Módulos do SISPROEX. O acesso é atribuído pelo Gerente de Sistemas da Unidade (docentes e servidores administrativos locais) ou pelo Gerente do Sistema da Proex.

7 ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

As ações de extensão universitária são executadas a partir de di-ferentes atividades, as quais podem ou não estar contidas em programas e projetos. As atividades de extensão universitária regulamentadas pela Unesp, a partir da Resolução Unesp nº 33/2011, são:

I Educação continuada (realizada na forma presencial, semipresencial ou à distância): cursos de extensão universitária.

II Eventos técnico-científicos: organização de congressos, colóquios, en-contros, seminários, ciclos de debates, simpósios, mesas redondas, con-ferências e similares, dia de Campus, oficinas e workshops.

A Extensão Universitária na Unesp

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III Eventos artístico-culturais: concertos, oficinas, exposições, mostras, sa-lões, espetáculos, festivais, recitais, shows e similares.

IV Atividades articuladas com ensino, pesquisa e extensão universitária: assistência e ou atendimento médico, odontológico, psicológico, fisio-terápico ou de terapia ocupacional, fonoaudiológico, assistência social, enfermagem, nutrição; atendimento veterinário ambulatorial, clíni-co ou cirúrgico; orientação e encaminhamento de questões jurídicas; atendimento às questões agrárias, restauração de bens e acervos; aten-dimento orientado a visitantes em museus, centros de ciência e espaços de ciência e tecnologia; e campanhas.

V Publicações e produtos acadêmicos de extensão universitária: produ-ção de publicações e produtos acadêmicos advindos de atividades de extensão universitária (difusão, divulgação social, cultural, artística, científica ou tecnológica).

VI Prestação de serviços: assessoria; curadoria, exames e laudos labora-toriais na área da saúde; emissão de laudo pericial; exames e laudos realizados por laboratórios que oferecem serviço permanente: análise de solos, exames agronômicos e botânicos, análise farmacológica, qua-lidade de produtos, etc.

A Resolução Unesp nº 33/2011 também estabelece que nas ati-vidades de extensão universitária os docentes poderão exercer as funções de examinador, executor ou membro de equipe de execução, supervisor, coordenador, assessor, consultor, perito, especialista ou orientador.

Na ocorrência de oferta remunerada de atividades de extensão universitária, estão previstos custos e recolhimento conforme legislação pertinente (Resolução Unesp nº 58/2000, Portaria Unesp nº 109/2007, Resolução Unesp nº 21/2009, Portaria Unesp nº 292/2016).

O gerenciamento das atividades de extensão universitária, a partir de registro, aprovação, concessão de recursos, avaliação e certificação, é feito por meio do SISPROEX, nos módulos: central de cursos de inovação e extensão, serviços de extensão e eventos. O gerenciamento da produção em publicações e produtos acadêmicos deverá ainda ser alvo de desen-

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volvimento no SISPROEX. As atividades vinculadas ao ensino, pesquisa e extensão universitária, no SISPROEX, são contempladas nos módulos cursos, eventos ou serviços, conforme suas características.

7.1 CURSOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

De acordo com o Regimento Geral da Extensão Universitária da Unesp, são considerados cursos de extensão universitária aqueles que, ofer-tados à comunidade, objetivem a socialização do conhecimento acadêmi-co, potencializando o processo de interação Universidade-Sociedade, atra-vés da execução de calendário próprio e conteúdo programático (Artigo 27). De acordo com o item IV do artigo 44 da LDB, o curso de extensão é mencionado como ensino superior “[...] de extensão abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.” (BRASIL, 1996).

Os cursos de extensão universitária devem articular a comunida-de acadêmica com as necessidades concretas da sociedade, num confronto permanente entre a teoria e a prática, como pré-requisito e consequência dos diversos programas de extensão universitária (Artigo 28).

Regulamentados pelas Resoluções Unesp nº 59/2014 e nº 61/2015, os cursos de extensão universitária são executados sob a for-ma de Cursos Temáticos de Curta Duração, de Cursos de Difusão do Conhecimento e de Cursos de Aperfeiçoamento, sem contudo se qualifica-rem como de graduação ou de pós-graduação, e estão abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos para cada caso.

A Proex criou a Central de Cursos de Inovação e Extensão Universitária da Unesp (Resolução Unesp nº 27/2014) e seu regimento para funcionamento (Resolução Unesp nº 13/2015), com o objetivo de es-timular o oferecimento e a divulgação de cursos de extensão universitária, previamente aprovados conforme legislação que regulamenta os cursos de extensão universitária na Unesp, integrando ensino, pesquisa e extensão. Para tanto, a Pró-reitoria de Extensão Universitária elaborou e disponi-bilizou em seu site informações sobre as modalidades e tipos de cursos, procedimentos para cadastro e trâmite de cursos e relatórios, critérios de avaliação e pontuação, bem como um fluxograma detalhado, com orien-

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tações sobre todas as etapas, desde o cadastro no SISPROEX/Módulos Cursos de Extensão, até a emissão de certificados. A divulgação pública dos cursos abertos também é realizada no site da Proex/Central de Cursos. Conforme Despacho nº 037/2014 – CCEU/SG, a Câmara Central de Extensão Universitária, em sessão de 01/10/2014, deliberou, por unani-midade, que, no caso de não haver alunos da Unesp inscritos, o curso poderá ser ministrado com 100% de público externo; e no caso de não ter interessados da comunidade externa à Unesp, o curso deverá ser cancelado.

Os cursos de extensão oferecidos na modalidade à distância ou semipresencial são, também, orientados por regulamentação específica (Resolução Unesp nº 74/2006, Portaria Unesp nº 105/2007, Portaria Unesp nº 530/2008).

7.2 EVENTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS E ARTÍSTICO-CULTURAIS

De acordo com o Regimento Geral da Extensão Universitária na Unesp, são considerados eventos de extensão universitária as atividades realizadas no cumprimento de programas específicos, oferecidos com o propósito de produzir, sistematizar e divulgar conhecimentos, tecnologias e bens culturais, podendo desenvolver-se em nível universitário ou não, de acordo com a finalidade visada e a devida aprovação.

A Portaria Unesp nº 462/2016 estabelece que os Eventos de Extensão Universitária devem atender aos seguintes critérios:

I estar enquadrado nas definições de Extensão Universitária;

II ser organizado primordialmente com foco na comunidade externa, sem excluir a comunidade interna;

III estar pautado nos princípios da Extensão Universitária, possibilitan-do a comunicação entre a universidade e a comunidade e sendo um facilitador na troca de saberes;

IV contemplar a dimensão da vida acadêmica, estando articulado com o ensino e a pesquisa e contemplando a multidisciplinaridade;

V contemplar as participações discentes, contribuindo para o seu apri-moramento profissional e de cidadão;

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VI atender à demanda da comunidade externa;

VII atender aos preceitos da qualidade acadêmica e primar pela relevân-cia social;

VIII ser amplamente divulgado às comunidades externas, utilizando-se dos diversos meios e formas de comunicação.

Anualmente, a Proex tem lançado edital para apoiar a realização de eventos com diferentes temáticas. As propostas de eventos devem ser cadastradas, independentemente do edital, e são avaliadas por Comissão específica, considerando-se critérios específicos para seu enquadramento e avaliação como evento de extensão universitária.

Para cadastro, tramitação e avaliação das propostas e dos rela-tórios dos eventos de extensão universitária, deve ser utilizado o Módulo “Eventos de Extensão” do SISPROEX.

7.3 SERVIÇOS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Na extensão universitária, os serviços podem representar ativida-des vinculadas a ações de extensão ou representar ele próprio uma ação de extensão universitária. No segundo caso, denominamos prestação de servi-ços. No entanto, quando falamos dos serviços gerados em todas as ações de extensão universitária, estamos tratando dos serviços da extensão, os quais devem ser registrados no módulo de gestão dos serviços da extensão do SISPROEX. Isso implica dizer que o registro e a avaliação dos serviços da extensão referem-se às atividades articuladas ao ensino, pesquisa e extensão universitária, que geram serviços, e à prestação de serviço propriamente dita, descritos na Resolução Unesp nº 33/2011.

Segundo o artigo 46 da Resolução Unesp nº 11/2012, que trata do Regimento Geral da Extensão Universitária:

A prestação de serviço deve ser produto de interesse acadêmico, cientí-fico, filosófico, tecnológico e artístico do Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, devendo ser considerado como um trabalho social, ou seja, ação deliberada que se constitui a partir da realidade e sobre essa realidade objetiva, produzindo conhecimentos que visam a transfor-mação social. (UNESP, 2012).

A Extensão Universitária na Unesp

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No fundamento dos serviços da Extensão estão o interesse social difuso e a transformação social. O autofinanciamento da extensão univer-sitária, de que trata o artigo 48 da Resolução Unesp nº 11/2012, remete à busca de autonomia e autossuficiência das ações de extensão universitária e não deve remeter à compreensão de que a prestação de serviço possa ser tomada como meio de subsídio e geração de recursos para a instituição e muito menos para atender a interesses particulares.

No módulo de serviços do SISPROEX podem ser consultadas in-formações detalhadas sobre a caracterização e procedimentos relativos aos serviços de extensão universitária, no entanto as orientações gerais podem ser assim sumarizadas:

I Os serviços da extensão universitária devem atender obrigatoriamen-te ao menos a um dos seus princípios e não podem ferir nenhum dos mesmos.

II A principal instância de avaliação e monitoramento dos serviços da extensão universitária é a Comissão Permanente de Extensão Universitária.

III A tramitação dos serviços eventuais se resolve no âmbito do departamento.

IV Os serviços por tempo determinado e de rotina devem tramitar até o nível da congregação, com envolvimento da CPA quando tratar de serviço por tempo determinado com remuneração ao docente.

V A remuneração de serviço ao docente, por fonte externa, sempre deve ser entendida como uma recompensa a um serviço prestado à sociedade, que tenha demandado carga suplementar de trabalho.

VI A taxa de contribuição ao desenvolvimento da Unesp (TCDU) de ao menos 5% do valor do serviço se aplica a toda atividade conco-mitante remunerada ao docente e aos serviços mediados por inter-veniente, salvo algumas exceções. A TCDU é usada exclusivamente pela Proex para inclusão social de alunos de graduação (Resolução Unesp nº 58/2000, Portaria Unesp nº 109/2007, Resolução Unesp nº 21/2009, Portaria Unesp nº 292/2016).

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VII Os serviços podem ser destinados a pessoas físicas ou jurídicas, pú-blicas ou privadas e sempre pressupõem instrumento legal (convê-nio, contrato) para a prestação de serviços.

VIII Os serviços de rotina pressupõem um rol de atividades proposto pelo departamento ou unidade auxiliar anualmente atualizado e aprovado pela congregação, podendo este funcionar como instrumento legal.

7.4 PUBLICAÇÕES E PRODUTOS ACADÊMICOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

As publicações e produtos acadêmicos devem ser entendidos como bem resultante das atividades de ensino, pesquisa e extensão uni-versitária. A Proex vem discutindo junto ao repositório da Unesp a forma mais ágil e funcional para catalogação da produção vinculada à extensão universitária. Uma parte dessa produção vem sendo notificada no módulo de projetos, onde se pretende inserir metadados para registro adequado dessa produção.

8 SISPROEX – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UNESP

O Comitê Superior de Tecnologia da Informação (CSTI) da Unesp, através do Núcleo de Desenvolvimento de Sistemas Institucionais (NDSI), atua no desenvolvimento de Sistemas Institucionais necessários para atender, de forma integrada, à gestão da Universidade.

A Pró-Reitoria de Extensão Universitária – Proex − conta com o Sistema de Extensão Universitária – SISPROEX.

O referido Sistema pode ser acessado por alunos, docentes e fun-cionários após a liberação do Módulo, feita pelo Gerente de Sistemas da Unidade Universitária, através do link https://sistemas.unesp.br/sentine-la ou via Portal de Acesso aos Sistemas Institucionais da Unesp – Portal Sentinela.

O SISPROEX foi implementado em 2012, com o Módulo “Projetos de Extensão Universitária” (Ano Base 2013), e, quando necessá-

A Extensão Universitária na Unesp

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rio, são realizadas melhorias e novas implementações, em atendimento às necessidades técnicas e demandas da comunidade da Unesp.

Em 2016, foram implementados os Módulos de Cursos, Eventos e Prestação de Serviços de Extensão Universitária, permitindo agilidade na gestão das ações da extensão. A criação dos Módulos foi muito além da informatização da gestão das ações de extensão, possibilitando, conjunta-mente, a revisão de conceitos, formas de apoio e critérios de avaliação.

SISTEMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – SISPROEXhttps://sistemas.unesp.br/sentinela/login.open.action/

MÓDULOS

Projetos de Extensão Universitária

Cursos de Extensão Universitária

Eventos de Extensão Universitária

Serviços de Extensão Universitária

Programas de Extensão Universitária

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PARTE IIIDESAFIOS E AÇÕES FUTURAS

A extensão universitária na Unesp tem desenvolvimento progres-sivo assegurado pela atuação de docentes e estudantes no desenvolvimento de projetos, programas e atividades apoiados por ações institucionalizadas que garantem credenciamento e valorização. Tais ações são elaboradas e discutidas coletivamente e muito avanço foi obtido, no entanto, muitas outras ações devem ainda ser discutidas e avaliadas com vistas à sua imple-mentação de forma a propiciar outras vantagens para o estudante e para o docente, tais como a creditação curricular, implantação de índices de avaliação, extensão tecnológica, tecnologias sociais entre outras.

9 CREDITAÇÃO CURRICULAR

A creditação das atividades de extensão universitária nos currícu-los de graduação corresponde à Meta 12.7 do Plano Nacional de Extensão Universitária (Lei Federal nº 13.005/2014), que prevê “Assegurar, no mí-nimo, 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prio-ritariamente, para áreas de grande pertinência social.” (BRASIL, 2014). A creditação da extensão universitária converge diretamente para as diretrizes da extensão universitária, que correspondem ao impacto na vida do estu-dante e na transformação social. Dada a importância desta ação, a Proex criou o subprograma Creditação da Extensão, buscando atuar junto à sala de aula, aos conselhos de curso pró-reitorias e colegiados superiores, no sentido de difundir e facilitar os processos de inserção da extensão univer-sitária nos projetos políticos pedagógicos dos cursos de graduação, e tem pela frente os seguintes desafios:

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I Criar condições para que se amplie o número de docentes que efeti-vamente conhecem e aplicam o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão universitária em sua prática acadêmica;

II Proporcionar oportunidades de integração da sala em diferentes con-textos com efetiva transformação social e impacto na formação do aluno;

III Reduzir as fronteiras entre as áreas de saber, bem como reduzir a hege-monia de atuação de certas áreas, criando condições favoráveis para o trabalho interdisciplinar inclusivo na extensão universitária;

IV Proporcionar suporte logístico para os cursos para a validação e o re-gistro das atividades de extensão universitária nos seus currículos;

V Trabalhar para a valorização da extensão universitária na carreira docente;

VI Desenvolver processos de divulgação e educação para que as ações de extensão universitária se tornem significativas na percepção da comu-nidade acadêmica.

10 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

A ciência pode ser traduzida como a explicação ou resposta para os problemas, enquanto a tecnologia se traduz na solução prática dos mes-mos, sendo a inovação uma solução tecnológica inédita. A transforma-ção social resultante de processos de desenvolvimento social e econômico pressupõe soluções para os problemas da sociedade contemporânea. Nesse sentido, Extensão Universitária, Ciência, Tecnologia e Inovação somente caminham juntas se convergirem em benefício da sociedade, e isso é ver-dadeiramente importante quando tratamos da extensão universitária nas universidades públicas.

No Brasil, a extensão universitária é um dos pilares do ensino superior, junto ao ensino e à pesquisa, conforme dispõe o artigo 207, caput, da Constituição Federal. A extensão universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político, que

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promove a interação transformadora entre universidade e outros setores da sociedade. A extensão universitária é uma forma de interação entre a população e a universidade.

É importante ter clareza de que não é apenas sobre a socieda-de que se almeja produzir impacto e transformação com a extensão uni-versitária. A própria Universidade Pública, enquanto parte da sociedade, também deve sofrer impacto, ser transformada. O alcance desses objeti-vos – impacto e transformação da sociedade e da universidade – de for-ma a se lograr o desenvolvimento nacional no sentido que essa Política propugna, é potencializado nas ações que se orientam pelas diretrizes de Interação Dialógica, Interdisciplinaridade, Interprofissionalidade e, por fim, Indissociabilidade entre Ensino-Pesquisa-Extensão. Com esse escopo, as ações de extensão universitária surgem como instrumentos capazes de contra arrestar as consequências perversas do neoliberalismo, em especial a mercantilização das atividades universitárias, a alienação cultural e todas as mazelas que as acompanham.

A construção do conceito de extensão universitária tem como base persuadir a universidade e a comunidade, proporcionando benefícios e adquirindo conhecimentos para ambas as partes.

Articulada com o ensino e a pesquisa, a extensão universitária se concretiza através de seus programas, projetos e atividades, ao fazer a interface entre a universidade e a sociedade, estabelecendo diálogo perma-nente e articulado, do qual todos se beneficiam. Num âmbito geral, sua finalidade é a promoção e o desenvolvimento do bem-estar físico e social, a promoção e a garantia dos valores democráticos de igualdade de direitos e de participação, o respeito à pessoa e à sustentabilidade das intervenções no ambiente.

As Instituições de Ensino Superior (IES), por meio das Pró-Reitorias de Extensão Universitária, devem atuar na democratização do conhecimento e, ao mesmo tempo, respeitar e utilizar os saberes populares locais na construção de um novo e mais amplo conhecimento, levando-se em conta as especificidades de cada comunidade em que atuam.

As IES, por se constituírem em espaços privilegiados para a pro-dução, a acumulação e a disseminação de conhecimentos e para a formação

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e a capacitação de profissionais cidadãos bem qualificados, possuem um enorme potencial para a elaboração de políticas públicas, que tenham a cidadania e o cidadão como as suas principais referências na solução dos problemas nacionais, principalmente nas áreas da Saúde, da Economia e da Educação.

Como resultado concreto da atuação das universidades, espera-se a valorização das ações de extensão universitária sob a forma de consórcios, redes ou parcerias com secretarias de governos federal, estaduais, muni-cipais ou com Organizações não Governamentais (ONGs). Além da sua importância como geradora de políticas públicas, a extensão universitária deve servir como instrumento de inserção social, aproximando a academia das comunidades adjacentes.

Um dos objetivos da extensão universitária contidos no Plano Nacional de Extensão Universitária é o de possibilitar novos meios e pro-cessos de produção, inovação e transferência de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico e social do país. Nesse ponto, a extensão universitária se articula com a inovação, da qual surgem novos conceitos associados à extensão, dentre os quais os de inovação social, extensão tecnológica, transferência de tecnologia e tecnolo-gia social. Cada qual tem uma origem, críticos e defensores e áreas em que se aplicam com maior ou menor afinidade. Alguns dos termos aqui abordados encontram-se mais alinhados à lógica do mercado e do capital, enquanto outros, a processos coletivos e participativos de produção de tecnologia.

INOVAÇÃO SOCIAL

O conceito de inovação é bastante variado, dependendo prin-cipalmente da sua aplicação. Considera-se que inovação é a exploração de novas ideias. A tecnologia e a inovação integram um ecossistema de conhecimento e de empreendedorismo, os quais envolvem a universidade, o poder público, a sociedade e o setor empresarial, na busca de soluções para o desenvolvimento. As transformações ocorridas nas últimas déca-das impõem constantes e cada vez mais complexos desafios às empresas e organizações.

A Extensão Universitária na Unesp

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Há uma permanente busca de novos processos e tecnologias, de novos produtos, de novos mercados e novas formas de negócios. Uma das pontas de lança deste novo cenário é, sem dúvida, a rápida e radical mu-dança do papel das empresas e organizações enquanto organismos inseri-dos e partícipes da comunidade. Hoje, a economia já não obedece apenas a uma dinâmica própria, competitiva e isolada, mas se envolve com os interesses de toda a sociedade, assumindo sua condição de corresponsável pelo maior ou menor grau de sustentabilidade desta mesma sociedade. O relacionamento entre empresas e comunidade se dá por meio de iniciativas sociais, destinadas a melhorar a vida da comunidade e dos cidadãos, dentro e fora do ambiente de trabalho. E essa nova configuração da relação com a sociedade evidencia a premente necessidade de acabar definitivamente com o mito de que na área social não se inova.

Nos tempos atuais, surgem novas reflexões sobre inovações, que não são mais do campo econômico da competição de produtos e de empre-sas, mas do campo das inovações sociais, que discutem alternativas de cres-cimento e desenvolvimento das comunidades e dos indivíduos. Assim, a questão central da discussão não está “no ter mais”, mas sim em “ser mais”, ou seja, está centrada na busca da realização das potencialidades dos indi-víduos, na busca de um melhor nível de qualidade de vida e bem-estar e na busca pela felicidade e realização desses indivíduos como pessoas humanas.

A inovação social pode ser definida como um conjunto de proces-sos, produtos e metodologias, que possibilita a melhoria da qualidade de vida do outro e diminui as desigualdades. Ou seja, é a contribuição para a sustentabilidade da comunidade e do país.

Tratando-se de um conceito relativamente novo, não existe uma definição única para “inovação social”. Uma inovação “social” poderia analogamente ser entendida como a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de “arranjos sociais alternativos” para produzir algo.

Na realização do trabalho prestado aos cidadãos, cuja finalidade é a melhoria na qualidade de vida dos mesmos, “A extensão, enquanto responsabilidade social, faz parte de uma nova cultura, que está provocan-do a maior e mais importante mudança registrada no ambiente acadêmi-

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co e corporativo nos últimos anos.” (CARBONARI; PEREIRA, 2007). Colocar em prática o conceito de extensão universitária para as comuni-dades mostra a importância da questão mudança, tanto para o ambiente acadêmico quanto para o corporativo.

EXTENSÃO TECNOLÓGICA E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

A extensão tecnológica é definida como “[…] atividade que auxi-lia no desenvolvimento, no aperfeiçoamento e na difusão de soluções tec-nológicas e na sua disponibilização à sociedade e ao mercado.” (BRASIL, 2016, art. 2º, inciso XII). O conceito de extensão tecnológica abarca tam-bém o conceito de transferência de tecnologia, que se dá a partir da sociali-zação ou comercialização de uma tecnologia de interesse para a solução de problemas da sociedade ou do mercado.

TECNOLOGIAS SOCIAIS

As tecnologias sociais podem ser descritas como técnicas, procedi-mentos, metodologias e processos; produtos, dispositivos, equipamentos; serviços; inovações sociais organizacionais e de gestão, desenvolvidas e (ou) aplicadas na interação com a população, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida. As tecnologias sociais fundamentam-se em pesquisas, conhecimentos populares ou científicos e tecnológicos e solucionam os mais variados problemas do povo (desde alimentação e saúde, saneamento e habitação, até atividades produtivas, de desenvolvimento e defesa do meio ambiente, passando por áreas como as tecnologias assistivas para a autonomia das pessoas com deficiência, o resgate de tecnologias de conhecimentos de povos indígena no manejo da floresta, entre outros). Considerando as vertentes de ação da extensão na Unesp, mais voltadas para processos participativos envolvendo comunida-des de diferentes territórios ou envolvendo processos que se identificam mais com aqueles de transferência de tecnologia e mais identificados com a economia de mercado, a Proex criou os subprogramas de “Tecnologia para a Inclusão Social” e “Extensão Tecnológica”. Ambos buscam convergência com os princípios da extensão e voltam-se exclusivamente para os interes-ses sociais.

A Extensão Universitária na Unesp

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11 INTEGRAÇÃO REGIONAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

A Unesp, por sua característica multicampus, assume-se como uma universidade comprometida com o desenvolvimento regional susten-tável do Estado de São Paulo. Essa é a característica que a distingue das demais.

A parceria da Unesp com o setor público, com as instâncias de participação social nas políticas públicas (conselhos) e com as organizações sociais, expressão de sua forte atuação na extensão universitária, se traduz como condição privilegiada para o ensino e a pesquisa altamente qualifica-dos e promove o desenvolvimento local em suas várias dimensões: social, econômico, cultural e ambiental.

O princípio fundamental é ter a Universidade no cerne das ques-tões de interesse social, não como mera expectadora, nem tão pouco assu-mindo o papel que é próprio do Estado, mas principalmente fortalecendo a Unesp como instituição social presente e comprometida com as questões relevantes para o território de sua abrangência, conectada com outras regi-ões do país e outros países, com capacidade de ajudar a sociedade a pensar e interpretar o mundo atual, identificando e propondo soluções e inovações para o futuro que se deseja e que se constrói em parceria, unindo esforços de todos os segmentos.

Como um grande desafio a ser continuamente enfrentado, ob-jetiva-se também fortalecer a identidade de cada unidade universitária da Unesp, a partir de sua vocação no contexto dos municípios que as sediam e na região, valorizando sua inserção em múltiplas escalas geográficas, apro-ximando o global do local, de modo a assegurar sustentabilidade para o pleno desenvolvimento de múltiplas ações que garantam o princípio fun-damental da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão universi-tária da Universidade Pública, por meio de: convênios; parcerias público--privadas; engajamento na solução de problemas para enfrentar os novos ambientes assimétricos das sociedades complexas de risco; organização de projetos, cursos e eventos para o desenvolvimento de propostas científicas e tecnológicas que propiciem a evolução social e a sustentabilidade am-biental, dentre outros. Enfim, fortalecer o enraizamento regional da Unesp

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mediante ações estratégicas produzirá o efeito de compatibilidade entre o desenvolvimento acadêmico da universidade e o da região em que está inserida, com amplos benefícios para as comunidades interna e externa.

AÇÕES COM VISTAS À MELHORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Os debates referentes ao currículo escolar, às metodologias e aos mecanismos de avaliação do Ensino Médio ultrapassam os limites do es-paço escolar, dos meios acadêmicos e da agenda governamental, alcançan-do destaque na mídia. Ao divulgar os resultados do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e as listas de aprovação nos vestibulares, a mídia expõe a toda a sociedade o agravamento dos problemas que atingem os ensinos fundamental e médio.

A diversidade das propostas apresentadas pelos especialistas, ges-tores, educadores e estudantes − algumas conflitantes e contestatórias em relação à própria concepção de Ensino Médio e dos princípios que o nor-teiam, às práticas teóricas e metodológicas, à essencialidade e efetivação de políticas públicas – é, no entanto, consensual em relação à necessidade de mudanças no Ensino Médio.

Após anos de debates, lembrando que somente a partir da apro-vação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), o ensino médio passou a ser visto como etapa da educação básica, com diretrizes e finalidades estabelecidas, os proble-mas persistem e se agravam diante das exigências de conhecimentos e de métodos atualizados, para que a escola esteja em condições de enfrentar os diversos desafios educacionais e culturais da sociedade contemporânea.

O Programa intitulado “Ensino Médio Inovador” elaborado pelo MEC considera, ainda, esse nível de ensino como o de

[…] maior complexidade na estruturação de políticas públicas de en-frentamento aos desafios estabelecidos pela sociedade moderna, em de-corrência de sua própria natureza enquanto etapa intermediária entre o Ensino Fundamental e a Educação Superior e a particularidade de atender a adolescentes, jovens e adultos em suas diferentes expectativas frente a escolarização […] (BRASIL, 2009, p. 3).

A Extensão Universitária na Unesp

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Em consonância com as políticas públicas (municipais, estaduais e federais), a Unesp deve continuar a desenvolver ações com vistas à me-lhoria do ensino fundamental e médio, aprimorando-as no que for preciso, em sintonia com as instituições responsáveis pelos Ensinos Fundamental e Médio, destacando-se:

• O fortalecimento do programa de formação de professores, em regime de mútua cooperação entre as esferas de governo e as redes públicas, com oferecimento de um conjunto de cursos (em várias modalidades e com uso de novas tecnologias e informação e comunicação) para a diminuição das lacunas na formação inicial e continuada dos profes-sores em todas as áreas, tendo enfoque especial nas áreas de Exatas e Ciências.

• O desenvolvimento de estudos sobre as deficiências do projeto políti-co-pedagógico, a organização curricular, a insuficiência da infraestru-tura física das escolas – prédios, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, espaços destinados às atividades educativas de cunho artístico-cultural e desportivo – com vistas a elaborar recomendações ao aprimoramento contínuo das escolas.

• O desenvolvimento de estudos sobre a avaliação de ensino-aprendiza-gem de conteúdos com aplicabilidade por professores em sala de aula como estímulo à busca e construção de conhecimento pelos estudan-tes, em um processo de autoaprendizagem fora da sala de aula.

• O desenvolvimento de projetos que visem à construção de ferramen-tas tecnológicas de ensino-aprendizagem para professores e estudantes, ambientes digitais de recursos informacionais de livre acesso e jogos interativos acessíveis por mídias digitais móveis.

• A elaboração conjunta de propostas metodológicas para o desenvolvi-mento pedagógico dos conteúdos curriculares.

• A organização conjunta de fóruns de discussão com professores e estu-dantes sobre temas de interesse à formação da cidadania e de respon-sabilidade social.

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FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

Nesse contexto, a parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo deve ser fortalecida e ampliada, constituindo-se um Comitê de Articulação da Unesp com a SEE para diálogo permanente e construção de propostas de políticas públicas que possam melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio, bem como de propostas de capacitação que propiciem aos professores das escolas oportunidades de aprimoramento nos seus estudos em nível de cursos de aperfeiçoamento, de especialização e de pós-graduação stricto sensu, incluindo mestrado profissional. Para sua viabilidade, necessitam ser articulados apoios e recursos em várias esferas governamentais.

OS CURSINHOS PRÉ-UNIVERSITÁRIOS VOLTADOS AOS SEGMENTOS POPULACIONAIS DE BAIXA RENDA

A Unesp mantém, desde 1987, o Projeto “Cursinhos Pré-Vestibulares”, renomeados para Cursinhos Pré-Universitários, com o ob-jetivo de oferecer essa oportunidade de educação à população de baixa renda e oriundos do ensino público, com residência nas cidades onde se localizam os Campus da Universidade e do seu entorno. A partir de 2006, a Unesp criou um amplo programa de extensão universitária, aglutinando aos cursinhos pré-vestibulares já existentes na instituição os novos projetos organizados nas unidades universitárias distribuídas pelo Estado de São Paulo. Com o Convênio entre a Unesp e o Governo do Estado (Convênio nº 002/2007-SEES), por intermédio da Secretaria de Ensino Superior, houve a ampliação e fortalecimento do Projeto “Curso Pré-Vestibular: Uma Iniciativa Democrática de Alcance Social”, que passou a atender a 3.936 jovens egressos da escola pública, distribuídos em 22 municípios do Estado de São Paulo, em 26 cursinhos da Universidade. Após o encer-ramento do convênio, a Universidade garantiu, através dos recursos pró-prios, a continuidade do Projeto, composto atualmente por 27 cursinhos, distribuídos em 22 municípios.

A Universidade considera as mudanças necessárias ao ensino em todos os níveis, para que possam proporcionar às crianças, jovens e adultos a formação para compreender a realidade social, econômica, política, cul-tural e do mundo do trabalho, para nela inserir-se e atuar de forma ética

A Extensão Universitária na Unesp

77

e competente, técnica e politicamente, visando contribuir para a transfor-mação da sociedade em função dos interesses sociais e coletivos.

Nesse contexto, o atual Subprograma de Extensão Universitária Cursinhos Pré-Universitários, integrado ao Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional, tem a intenção de contribuir com os jovens e adultos no sentido de proporcionar conteúdos e metodologias que lhes permitam não só ter a perspectiva da possibilidade de participação nos vestibulares das universidades públicas e outras, como o acesso a mui-tos dos conhecimentos que possivelmente lhes tenham sido negligenciados ou aligeirados.

Considerando a realidade concreta do Ensino Médio e os desafios que representa aos poderes públicos, a Unesp organiza ações em prol do fortalecimento dos Cursinhos Pré-Universitários com legislação própria, institucionalização do Subprograma de extensão universitária “Cursinhos Pré-Universitários” e material didático próprio, que garantam a sustentabi-lidade dos 30 Cursinhos da Unesp e que devem ser mantidas.

Para tanto, é necessária a continuidade dessa política de extensão universitária, com a ampliação de parcerias estratégicas com prefeituras e órgãos públicos, buscando-se novas fontes de financiamento, que ga-rantam a expansão de vagas para alunos oriundos das escolas públicas e maior inserção de graduandos da Unesp, como monitores, propiciando--lhes oportunidades iguais de aprendizado e de vivência social.

DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS / TECNOLOGIAS SOCIAIS

O desafio posto está em promover o debate sobre a “extensão tecnológica” − termo que nasce no âmbito das políticas governamentais para impulsionar o desenvolvimento tecnológico do país − e o termo “tec-nologia social” − termo que nasce dos movimentos sociais –, considerado como todo produto, método, processo ou técnica criada para solucionar algum tipo de problema social, que atenda aos quesitos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social comprovado, levando em conta o diálogo de saberes.

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FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

Para tanto, deve ser incentivada uma intensa interlocução entre as dimensões da Unesp, notadamente entre Graduação, Pesquisa, Extensão Universitária e Pós-graduação, de modo a (re)construir esses dois conceitos ou dar sentido a eles na Unesp, articulados ao ensino, pesquisa e no con-texto da prestação de serviços, inseridas nas práticas acadêmicas.

Esse debate precisa ser ampliado com as comunidades externas, sejam gestores, movimentos sociais, empresários, técnico, etc., na perspec-tiva de manter um diálogo profícuo para a construção e apropriação dos conhecimentos e sua aplicabilidade atual ou futura na solução de proble-mas e geração de benefícios à sociedade.

DEFESA DA UNIVERSIDADE ANTE A APROPRIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS GERADOS NA PESQUISA COM OBJETIVO DE LUCRO POR EMPRESAS PRIVADAS

O fortalecimento da relação público-privada vem sendo alme-jado, com o propósito de inserir a universidade de forma mais efetiva no processo de desenvolvimento econômico do país. É sob essa base que ele tem sido sustentado pelos seus defensores. A extensão tecnológica aparece como estratégia de formação de quadros e também como possibilidade de inovação, em especial à pequena e média empresa. No entanto, as re-gras dessa relação ainda não estão bem definidas, embora já se tenham leis um pouco mais flexíveis para que isso aconteça de forma mais adequa-da. É nesse ponto que a Universidade pode efetivamente contribuir com o desenvolvimento tecnológico do país e cumprir sua missão social, que transcende o seu caráter educativo, resguardando-se, mediante convênios e contratos claramente definidos e aprovados em colegiados, com apoio da Agência Unesp de Inovação, quanto à proteção da propriedade intelectual e a transferência de tecnologia decorrentes dos resultados das ações realiza-das, seja no ensino, na pesquisa ou na extensão universitária.

12 VALORIZAÇÃO ACADÊMICA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Embora o artigo nº 207 da Constituição Brasileira de 1988 de-termine a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão universitá-ria, observa-se, por um lado, que as duas primeiras constituem atividades

A Extensão Universitária na Unesp

79

já incorporadas ao cotidiano universitário, com identidade e metodologia bem definidas, que favorecem sua avaliação e valoração; por outro lado, a extensão universitária não recebe a mesma ênfase e, pela sua importância, deveria ser muito mais valorizada.

Em documento intitulado Extensão Universitária no Ensino Superior: o diferencial na qualidade acadêmica, apresentado no Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (FORGES), realizado no mesmo ano, Almeida, Araújo e Guerreiro (2012) indicaram algumas questões que a Unesp enfrentava em seu cotidiano e que sintetizavam as preocupações em relação ao uso da extensão universi-tária como elemento de avaliação e valorização do cotidiano universitário, tais como:

1. Necessidade de favorecer a valorização da dimensão extensão universi-tária em relação às outras dimensões.

2. No que se refere às prioridades para a carreira docente, estabelecer que o trabalho com a comunidade, além de ser um compromisso social, permita que a universidade coloque em prática muitas das teorias e procedimentos desenvolvidos por ela própria.

3. O desenvolvimento de uma aprendizagem do fazer extensionista (me-todologia), uma vez que projetos bem definidos e articulados têm mais chances de bom desempenho e, com planejamento, as ações têm mais chance de plena realização, permitindo sua avaliação ao final.

4. Atualização das áreas temáticas, permitindo a aproximação com espe-cialidades ainda não contempladas e o estabelecimento de parâmetros mais elaborados para sua avaliação.

5. Concepção de projetos políticos pedagógicos dos cursos de graduação que reconheçam e contemplem a indissociabilidade ensino – pesquisa – extensão universitária.

6. Revisão das fontes de financiamento, sem os quais a extensão universi-tária se desenvolve na penúria, levando-a ao fracasso e ao desinteresse. A extensão universitária exige financiamento adequado tal qual o en-sino e a pesquisa, para desenvolver-se com qualidade, compromisso e continuidade.

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FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

Por ocasião da discussão do PDI da Unesp, ainda em 2012, o Prof. Mohamed Mostafa Habib, então Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP, assinalou que “é muito fácil reconhecer, valo-rizar e avaliar as atividades de pesquisa e ensino, enquanto que a extensão é sempre colocada em último lugar”. Ele apontou que enquanto as universi-dades federais avançaram muito na compreensão da extensão universitária, a partir da Constituição Federal, as universidades estaduais paulistas ficaram paradas no tempo, não participando das discussões e debates deste tema.

Em estudo realizado na UFTPR, Viviurka e Porto Alegre (2013) avaliaram a extensão universitária sob o ponto de vista do docente e apon-taram que, “embora a extensão não seja considerada uma atividade menor em relação ao ensino e à pesquisa, os docentes não têm clareza a respeito do conceito e das funções da extensão universitária, contribuindo assim para ações inconsistentes e fragmentadas, contrariando o princípio da indisso-ciabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.”

Passados quatro anos da avaliação de 2012, embora a extensão universitária tenha tomado maior corpo, com projetos mais robustos, maior inserção nas políticas sociais e maior organicidade das ações, perce-be-se que o reconhecimento interno se encontra num patamar muito infe-rior ao que se tem obtido externamente, inclusive internacionalmente para a extensão universitária da Unesp. Guardadas as proporções, as premissas da avaliação de 2012 continuam a representar um desafio para a extensão universitária.

Corroborando as dificuldades levantadas já em 2012, ainda po-demos apontar: a falta de reconhecimento das atividades de extensão uni-versitária nas normas e carreiras de técnico-administrativos e docentes; a necessidade de criação de meios próprios para o financiamento permanen-te da extensão universitária, como proposto na ALESP, recentemente, por meio de uma agência com recursos próprios provenientes do ICMS; e, por último, a instituição de uma política de avaliação baseada em indicadores que permitam a consolidação da extensão universitária como parte inte-grante da vida cotidiana da universidade.

A Extensão Universitária na Unesp

81

Sendo assim, torna-se importante o debate sobre a Valorização Acadêmica da Extensão Universitária na Unesp, como forma de fomentar as atividades de extensão universitária e conceder-lhe a centralidade e aten-ção que lhe são devidas.

13 AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INDICADORES DA UNESP

Em 2016, avaliou-se que a aplicação dos indicadores da extensão universitária prestes a serem lançados pelo FORPROEX apontam, sem grandes esforços, para o aprimoramento da produção de dados na Unesp, visto a funcionalidade do SISPROEX para este fim. Ainda em 2016, a CCEU constituiu uma comissão para discutir e propor um sistema de indicadores de avaliação da extensão universitária na Unesp.

Considerando que o sistema de avaliação do FORPROEX tem objetivos bem definidos e universais, ao buscar um conjunto mínimo de indicadores que apresentem viabilidade na produção e que sejam nacio-nalmente comparáveis e reflitam o impacto da extensão universitária, no país, ou a sua efetividade, foram atribuídos os seguintes objetivos para a comissão designada pela CCEU:

I Avaliar, discutir e propor metodologia para a produção dos indica-dores da extensão universitária da Unesp, conforme a matriz do FORPROEX;

II Avaliar a necessidade de complementação da matriz do FORPROEX com indicadores de efetividade que sejam de interesse específico da Unesp;

III Analisar o alcance e a necessidade de revisão dos indicadores de efici-ência, eficácia e efetividade para o PDI;

IV Propor sistema de indicadores de avaliação das ações de extensão uni-versitária com vistas à matriz do FORPROEX e o PDI.

Em 2016, o trabalho da comissão concentrou-se no diagnóstico das necessidades e potencialidades da Unesp para a produção de indicado-res. Tal trabalho, ainda inicial, necessita da continuidade de estudos fun-

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FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

damentados em parâmetros nacionais desenvolvidos pelo FORPROEX, cujos resultados possam ser analisados para futuras projeções da universi-dade e creditação para a carreira docente.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, L. L.; ARAÚJO, M. A. M.; GUERREIRO, M. R. Extensão uni-versitária no ensino superior: o diferencial na qualidade acadêmica. In: FÓRUM DE GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR NOS PAÍSES E REGIÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA (FORGES); CONFERÊNCIA, “POR UM ENSINO SUPERIOR DE QUALIDADE NOS PAÍSES E REGIÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA”, 2., 6-8 nov. 2012, Instituto Politécnico de Macau. Disponível em: <http://http://docplayer.com.br/5393137-Extensao-universitaria-no-ensino--superior-o-diferencial-na-qualidade-academica.html>. Acesso em: 31 out. 2016.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e ba-ses da educação nacional. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em: <https://www.planal-to.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

BRASIL. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Dispõe sobre estímulos ao desen-volvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação e altera a Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980, a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei no 12.462, de 4 de agosto de 2011, a Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, a Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, a Lei no 8.010, de 29 de março de 1990, a Lei no 8.032, de 12 de abril de 1990, e a Lei no 12.772, de 28 de dezembro de 2012, nos termos da Emenda Constitucional no 85, de 26 de fevereiro de 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-vil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino médio inovador. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocu-ments/ensino_medioinovador.pdf>. Acesso em: 31 out. 2016.

CARBONARI, M. E. E.; PEREIRA, A. C. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Revista de Educação, Londrina, v. 7, n. 7, p. 23-28, 2007. Disponível em: <http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/educ/article/view/2133/2030>. Acesso em: 31 out. 2016.

A Extensão Universitária na Unesp

83

FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRAS (FORPROEX). Política Nacional de Extensão Universitária. Porto Alegre: Gráfica da UFRGS, 2012. (Coleção Extensão Universitária, v. 7).

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Reitoria. Resolução Unesp nº 33, de 24 de agosto de 2011. Define as atividades de extensão universitária na Unesp. São Paulo, 2011. Disponível em: <https://sistemas.unesp.br/legislacao-web/>. Acesso em: 31 out. 2016.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Reitoria. Resolução Unesp nº 11, de 2 de fevereiro de 2012. Dispõe sobre o Regimento Geral da Extensão Universitária da Unesp. São Paulo, 2012. Disponível em: <https://sistemas.unesp.br/legislacao--web/>. Acesso em: 31 out. 2016.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Reitoria. Portaria Unesp nº 461, de 23 de novembro de 2016. Dispõe sobre os procedimentos para cadastramento, trâmite de aprovação e critérios de avaliação para Projetos de Extensão Universitária da Unesp. São Paulo, 2016. Disponível em: <https://sistemas.unesp.br/legislacao--web/>. Acesso em: 31 out. 2016.

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Reitoria. Portaria Unesp nº 462, de 23 de novembro de 2016. Dispõe sobre os procedimentos para cadastramento, trâmite de aprovação e critérios de avaliação para Eventos de Extensão Universitária da Unesp. São Paulo, 2016. Disponível em: <https://sistemas.unesp.br/legislacao--web/>. Acesso em: 31 out. 2016.

VIVIURKA, A. B.; PORTO ALEGRE, L. M. A extensão universitária pelo ponto de vista docente. Revista de Educação do Cogeime, São Paulo, v. 22, n. 43, p. 63-74, 2013. Disponível em: <https://www.redemetodista.edu.br/revistas/revistas-cogei-me/index.php/COGEIME/article/view/118/104>. Acesso em: 31 out. 2016.

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FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

85

ANEXO ALEGISLAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO BRASIL

Plano Nacional de Educação – Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014

Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996)

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional

Política Nacional de Extensão Universitária

Política Nacional de Extensão Universitária, versão publicada em julho/2012

Plano Nacional da Extensão UniversitáriaPlano Nacional da Extensão Universitária - Coleção Extensão Universitária (FORPROEX, vol. I)

Avaliação Nacional da ExtensãoAvaliação Nacional da Extensão Universitária - Coleção Extensão Universitária (FORPROEX, vol. 3)

A Indissociabilidade Ensino-Extensão-Pesquisa

Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão e a Flexibilização Curricular: Uma Visão da

Extensão

Institucionalização da Extensão nas Universidades Públicas Brasileiras

Institucionalização da Extensão nas Universidades Públicas Brasileiras: estudo compara-

tivo 1993/2004

Organização e Sistematização

Extensão Universitária: Organização e Sistematização

86

FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

Regimento do FORPROEX

Regimento do FORPROEX, aprovado em 26/11/2010, na UFABC

Cartas – Encontros Nacionais do FORPROEX

• I Encontro Nacional 1987 - Brasília/DF

• II Encontro Nacional 1988 - Belo Horizonte/MG

• III Encontro Nacional 1989 - Belém/PA

• IV Encontro Nacional 1990 - Florianópolis/SC

• V Encontro Nacional 1991 - São Luís/MA

• VI Encontro Nacional 1992 - Santa Maria/RS

• VII Encontro Nacional 1993 - Cuiabá/MT

• VIII Encontro Nacional 1994 - Vitória/ES

• IX Encontro Nacional 1995 - Fortaleza/CE

• XXIX Encontro Nacional 2011 - Maceió/AL

• XXX Encontro Nacional 2011 - Porto Alegre/RS

• XXXI Encontro Nacional 2012 - Manaus/AM

• XXXII Encontro Nacional 2012 - Brasília/DF

• XXXIII Encontro Nacional 2013 - Rio de Janeiro/RJ

• XXXV Encontro Nacional 2014 - Belém/PA

• XXXVI Encontro Nacional 2014 - Goiânia/GO

• XXXVII Encontro Nacional 2015 - Gramado/RS

• XXXVIII Encontro Nacional 2015 - João Pessoa/PB

• XXXIX Encontro Nacional 2016 - São Bernardo do Campo/SP

Internacionalização da Extensão Universitária - Extensão sem fronteiras

Programa de Internacionalização da Extensão Universitária – Extensão sem fronteiras

Lei Federal 13.267, de 06 de abril de 2016

Disciplina a criação e a organização das associações denominadas empresas juniores, com

funcionamento perante instituições de ensino superior.

87

ANEXO BLEGISLAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP

RESOLUÇÕES:

Resolução Unesp 83/2016

Institui a Política de Idiomas da Unesp

Resolução Unesp 82/2016

Dispõe sobre a criação, objetivos e diretrizes de Centros Locais de Línguas no âmbito

do Subprograma de Extensão Universitária Integrador dos Centros de Línguas da Unesp

do Programa de Atividades Artísticas e Culturais vinculado à Pró-Reitoria de Extensão

Universitária da Unesp

Resolução Unesp 14/2016

Dispõe sobre a criação, objetivos e diretrizes do Subprograma “Cursinhos pré-univer-

sitários da Unesp” do Programa de Extensão Universitária “Divulgação, Orientação e

Informação Profissional”

Resolução Unesp 08/2016

Altera a Resolução Unesp 21/2014, que estabelece normas para a concessão de Bolsa

de Extensão Universitária coordenada pela Pró-reitoria de Extensão Universitária –

Proex, destinada a alunos de graduação da Unesp, que atuam em Projetos de Extensão

Universitária da Unesp

Resolução Unesp 61/15

Altera dispositivos da Resolução Unesp nº 59/2014, que dispõe sobre a Regulamentação dos

Cursos de Extensão Universitária ministrados na Unesp

Resolução Unesp 13/15

88

FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

Aprova o Regimento Interno da Central de Cursos de Inovação e Extensão Universitária

da Unesp da Pró-Reitoria de Extensão Universitária

Resolução Unesp 59/14

Regulamenta os Cursos de Extensão Universitária ministrados na Unesp

Resolução Unesp 27/14

Criação da Central de Cursos de Inovação e Extensão Universitária da Unesp

Resolução Unesp 21/14

Estabelece normas para a concessão de Bolsas de Extensão Universitária

Resolução Unesp 126/12

Dispõe sobre as diretrizes da Pró-Reitoria de Extensão

Resolução Unesp 43/12

Regulamento do Projeto “Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão” (NUPE)

Resolução Unesp 11/12

Dispõe sobre o Regimento Geral da Extensão Universitária da Unesp

Resolução Unesp 33/11

Define as atividades de extensão universitária na Unesp

Resolução Unesp 21/09

Aplicação dos Recursos oriundos da cobrança da TCDU – Unesp

Resolução Unesp 37/08

Estabelece normas para a concessão de Bolsas de Apoio Acadêmico e Extensão e Auxílios

coordenados pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária – Proex. Foram extintos as

Bolsas I e II e os Auxílios Estágio, Aluguel e Subsídio Alimentação, a que se refere à

Resolução Unesp nº 37, de 09 de setembro de 2008. Em reunião da CCPe, a realizar-se

em 12/12/2016, será apreciada a minuta de Resolução que “Estabelece normas para a

concessão de Auxílios de Aprimoramento, coordenados pela Pró-Reitoria de Extensão

Universitária (PROEX), em conjunto com a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD)

e Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe).” A nova Portaria que “Define as diretrizes para o

A Extensão Universitária na Unesp

89

desenvolvimento das atividades de monitoria em disciplinas de graduação da Unesp”, tra-

tada no âmbito da PROGRAD, será publicada em breve. A Portaria Unesp nº 647/2007,

que define as diretrizes para o desenvolvimento de atividades na área de informática, pelos

alunos de graduação da Unesp, permanece em vigor. Existe a necessidade de criação de

outra modalidade de bolsa para apoio na área de informática, definindo qual área ficará

responsável pelo assunto, observando-se que as atividades previstas deverão estar sempre

voltadas ao desenvolvimento do aluno.

Resolução Unesp 61/07

Dispõe sobre a criação da Orquestra Acadêmica da Unesp, vinculada à Pró-Reitoria de

Extensão Universitária

Resolução Unesp 74/06

Fixa diretrizes para o oferecimento de cursos, na modalidade à distância

Resolução Unesp 23/06

Normas para a participação de alunos da Unesp no Projeto Rondon

Resolução Unesp 53/04

Atividades de Extensão Universitária – Definições

Resolução Unesp 58/00

Atividades de Extensão Universitária, Custos e Recolhimento

Resolução Unesp nº 102/00

Dispõe sobre o Regimento Geral da Extensão Universitária na Unesp

Resolução Unesp 02/00

Regimento da Câmara Central de Extensão Universitária – CCEU

PORTARIAS:

Portaria Unesp nº 462/16

Dispõe sobre os procedimentos para cadastramento, trâmite de aprovação e critérios de

avaliação para eventos de extensão universitária da Unesp.

90

FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

Portaria Unesp nº 461/16

Dispõe sobre os procedimentos para cadastramento, trâmite de aprovação e critérios de

avaliação para projetos de extensão universitária da Unesp.

Portaria Unesp nº 443/16

Cria o Comitê Central de Idiomas como órgão assessor e consultivo para todas as ações

relacionadas ao ensino e aprendizagem de línguas na Unesp vinculado à Vice-Reitoria.

Portaria Unesp nº 404/16

Dispõe sobre a Criação dos Subprogramas de Extensão Universitária vinculados à Pró-

Reitoria de Extensão Universitária – Proex, e as Diretrizes para seu Funcionamento

Portaria Unesp nº 400/16

Baixa o Regulamento do Projeto CECEMCA, vinculado à Proex

Portaria Unesp nº 292/16

Regulamenta o fluxo, custos e recolhimento de taxas decorrentes de atividades de Extensão

Universitária

Portaria Unesp nº 264/16

Dispõe sobre a regulamentação para a criação, organização e funcionamento de Empresa

Júnior na Unesp

Portaria Unesp nº 224/16

Delega competência de assinar, pela Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita

Filho” – Unesp – Cessionária, o “Compromisso de Cessão de Direitos de Propriedade

Intelectual” e o “Instrumento de Cessão de Direitos de Propriedade Intelectual”

Portaria Unesp nº 109/16

Dispõe sobre a criação do Grupo Integrador do Ensino, Pesquisa e Extensão em Soberania

e Segurança Alimentar e Nutricional da Unesp (GISSAN-Unesp) e suas atribuições

Portaria Unesp nº 530/08

Altera artigo 6º da Portaria Unesp 646/07

Portaria Unesp nº 438/07

A Extensão Universitária na Unesp

91

Dispõe sobre a regulamentação da Resolução Unesp 61/07, que cria a Orquestra

Acadêmica da Unesp

Portaria Unesp nº 109/07

Aplicação dos Recursos oriundos da cobrança da TCDU – Unesp

Portaria Unesp nº 105/07

Orientações para a elaboração de cursos à distância na Unesp

Portaria Unesp nº 148/06

Regimento Núcleo Unesp – UNATI

Portaria Unesp 580/00

Dispõe sobre a criação do Projeto de Educação de Jovens e Adultos

Portaria Unesp 21/98

Coral da Unesp

92

FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

93

ANEXO C “AÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: PROGRAMAS, PROJETOS E ATIVIDADES”

As ações de extensão universitária, conforme a sua complexidade e temporali-

dade, dividem-se em Programas, Projetos e Atividades de Extensão Universitária.

A – PROGRAMAS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Considera-se Programa de Extensão Universitária o conjunto de trabalhos e

atividades que articulam ensino, pesquisa e extensão universitária de caráter orgânico

institucional, integrados a programas institucionais direcionados às questões relevantes da

sociedade (Resolução Unesp n° 11/2012).

PROGRAMA DE RENOVAÇÃO INSTITUCIONAL

Conjuga os esforços dirigidos à regulamentação da cooperação Unesp com or-

ganismos extra-universitários e a retroalimentação dos fundamentos, das estratégias, dos

próprios projetos de extensão e atividades de extensão universitária da Unesp, abrangendo

os seguintes Subprogramas:

I Subprograma de Articulação e Cooperação Institucional;

II Subprograma de Creditação da Extensão Universitária nos Cursos da Unesp.

PROGRAMA DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Destina-se à criação de condições objetivas para a aplicação de conhecimentos

gerados na Universidade na resolução de problemas públicos e privados, em articulação

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FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

com organismos governamentais, empresariais e do terceiro setor, abrangendo os seguin-

tes Subprogramas:

I Subprograma de Nacionalização e Internacionalização da Extensão Universitária da

Unesp;

II Subprograma de Empresas Juniores;

III Subprograma de Extensão Tecnológica;

IV Subprograma de Tecnologias para a Inclusão Social;

V Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação

Continuada.

PROGRAMA DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS

Tem por objetivo a instituição de uma política de caráter sistemático, contínuo

e relevante, tanto da perspectiva da formação do profissional da área quanto do universo

cultural dos alunos dos diferentes cursos e da comunidade externa, abrangendo os seguin-

tes Subprogramas:

I Subprograma de Orquestra Acadêmica e Coral da Unesp;

II Subprograma de Museus e Centros de Ciências;

III Subprograma de Integração Sociocultural;

IV Subprograma de Ações Artísticas;

V Subprograma de Integração dos Centros de Línguas da Unesp.

PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO, ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO PROFISSIONAL

Destina-se à orientação e à informação profissional de alunos da 1º série do

Ensino médio, potenciais candidatos aos cursos de graduação ofertados pela Unesp, gra-

duandos concluintes e graduados desta, abrangendo os seguintes Subprogramas:

I Subprograma de Cursinhos Pré-Universitários;

II Subprograma de Informação e Divulgação do Conhecimento;

III Subprograma de Divulgação do Vestibular Unesp e Inclusão dos Melhores Alunos

da Escola Pública na Universidade.

A Extensão Universitária na Unesp

95

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA

Reúne um conjunto de projetos institucionais de extensão universitária, for-

mulados ou executados pelas Unidades Universitárias ou pela Proex, voltados para o apoio

das, ou coparticipação nas, atividades e iniciativas relevantes e facilitadoras da interação

entre a Unesp e a comunidade, abrangendo os seguintes Subprogramas:

I Subprograma de Atuação da Unesp nos Municípios Sedes de suas Unidades

Universitárias;

II Subprograma de Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária;

III Subprograma de Educação de Jovens, Adultos e da Terceira Idade;

IV Subprograma de Integração Universidade e Comunidade no Enfrentamento de

Emergências em Saúde Pública.

B – PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Um projeto de extensão universitária constitui-se em uma ação claramente

planejada e delimitada por seus objetivos, metas, metodologia, etapas de trabalho, crono-

grama, orçamento e resultados esperados; portanto, com específica abrangência temporal

e financeira, bem como elevado grau de detalhamento do planejamento. É considerado

projeto de extensão universitária o conjunto de atividades de caráter educativo, cultural,

artístico e tecnológico, que envolva docentes, pesquisadores, discentes (bolsistas e vo-

luntários) e servidores técnico-administrativos, desenvolvidas junto à comunidade, com

prazo mínimo de duração de um ano, mediante ações sistematizadas (Resolução Unesp

n° 11/2012).

C – ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

As atividades de extensão universitária são contidas em ações de diferentes

graus de complexidade e devem ser entendidas como ações episódicas, de caráter educa-

tivo, cultural, científico ou tecnológico, a exemplo de cursos, eventos, prestações de ser-

viços, produções e publicações, podendo ser incorporadas aos projetos (Resolução Unesp

n° 11/2012). São elas:

• Educação Continuada – Central de Cursos de Extensão Universitária;

• Eventos Técnico-científicos;

96

FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.;

LEAL, A.C. (Org.)

• Eventos Artístico-culturais;

• Atividades Vinculadas ao Ensino e à Pesquisa;

• Produções e Produtos Acadêmicos da Extensão Universitária;

• Prestação de Serviços.