a demissão do josé sócrates

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Escola E.B. 2,3 Dr. João das Regras Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Rosalina Simão Nunes Trabalho Realizado por: Inês Cordeiro – Nº8 Margarida Pinheiro – Nº10 8º B

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Produto final de trabalho resultante da atividade "As notícias viajam" http://arquivoe-portugues.blogspot.com/2012/01/as-noticias-viajam.html . Autoras: Inês Cordeiro, Margarida Pinheiro (8ºB)

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Page 1: A demissão do josé sócrates

Escola E.B. 2,3 Dr. João das Regras

Disciplina: Língua Portuguesa

Professora: Rosalina Simão Nunes

Trabalho Realizado por:

Inês Cordeiro – Nº8

Margarida Pinheiro – Nº10

8º B

Page 2: A demissão do josé sócrates

Introdução

A nossa professora de Língua Portuguesa propôs-nos realizar um trabalho com o título “As Notícias Viajam”. Este trabalho consiste na apresentação de um exemplo de cada tipo de texto jornalístico sobre um tema à nossa escolha. O tema que escolhemos foi a demissão do José Sócrates do governo porque foi um assunto muito abordado.

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Notícia

por Record

“Confirmou-se o cenário esperado. O primeiro-ministro José Sócrates apresentou esta quarta-feira a demissão do cargo de Chefe de Governo, depois de o PEC 4 ter sido rejeitado pela Assembleia da República.

A decisão de José Sócrates foi comunicada ao presidente Cavaco Silva há momentos, na habitual reunião semanal, e foi divulgada através do site oficial da Presidência.

Na declaração ao país, José Sócrates advertiu que a ajuda externa terá consequências negativas no país e lamentou o facto de ter sido "o único" a apelar ao diálogo.”

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Reportagem

http://videos.sapo.pt/Zu2tW03PLJAhWaQbyAZg

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Entrevista http://www.youtube.com/watch?v=iuCyp7FpnlU

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Texto de Opinião

“ “Hoje os partidos da oposição retiraram todas as condições para o Governo continuar a Governar. Acabei de apresentar a minha demissão ao senhor Presidente da República”. Nesta mesma declaração ao país em que anunciava a sua demissão, José Sócrates prometia não desistir da luta pelo poder. O primeiro-ministro foi peremptório ao afirmar que a crise política provocada pelo chumbo do PEC IV obrigaria à “decisão soberana” dos portugueses através de eleições antecipadas.

Portugal, para piorar a crise económica por que tem vindo a passar, acabou de ganhar uma crise política, crise esta classificada pelo ex-primeiro-ministro como “desnecessária, evitável e inoportuna”, a que atribuiu a culpa aos cinco partidos da oposição que apelidou de “coligação negativa”, pois nenhuma força política esteve disponível para a negociação do PEC, acusando-as de nunca terem querido comprometer-se com a governação.

A estas declarações, a oposição, de imediato respondeu. Segundo Passos Coelho, “Tem de acabar a crispação política, com o dedo em riste, com a vitimização”. Pelo seu lado, o CDS considera José Sócrates como “um primeiro-ministro que não estava a prestar um bom serviço ao país” (Paulo Portas). Na bancada da esquerda, Jerónimo de Sousa diz que ”Não basta mudar de Governo, é preciso mudar de política”. Francisco Louçã disse que “medidas do FMI têm vindo a ser impostas dia após dia” e que o resultado dessas mesmas medidas é uma recessão. “Portugal é um país que se está a empobrecer em cada dia que passa”, sendo que “a rejeição do PEC é o princípio do esforço para puxar a economia”, garante o líder do bloco.

Na nota em que anunciou a demissão de José Sócrates, ainda antes de o primeiro-ministro revelar a sua posição ao país, o Presidente da República revela que ouvirá os partidos com representação parlamentar no dia 25.

Francisco Assis, líder parlamentar do PS, reage à demissão de Sócrates alegando que “O debate parlamentar foi indiciador da falta de alternativas. (…) Partimos de consciência tranquila para um eventual combate eleitoral”.

Não podemos cair em mentiras, a austeridade veio para ficar. Poderá o próximo governo, aquele que garantiu um não ao novo PEC, o aprovar com o mesmo nome?

Ridicularizando a situação, os Homens da Luta, publicam, no seu mural do Facebook: “Camaradas pá… um dia muito, muito triste para a Luta… A Luta está de luto!!!”, numa alusão à morte da luta sem José Sócrates, devido à falta de razões para se criar uma luta. ”

por David Silva , 23 de Março de 2011

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Crónica

“ A Batata, o Coelho e a Lógica

A popularíssima “lógica da batata”, que também se poderia designar de “biológica”, sugeriu-me, paralelisticamente, uma “ operação mental” um pouco mais animista, ou “zoológica” a que daria o nome de “Lógica do Coelho”. Encarna esta última (lógica) uma atitude política exemplar com origens funestas na “Tragédia de Entre-Os-Rios”. Era, por essa altura, Ministro das Obras Públicas o “recém-privatizado” Jorge Coelho que, num assomo de moralidade, pediu a sua demissão, como se tivesse algum “rabo-de-palha” ligado às razões daquela tragédia. A verdade é que J. Coelho nem deu muitas voltas à cabeça para tomar a dita atitude. Uma atitude cuja lógica se poderia enunciar assim: “Se alguém do governo, ou de um órgão publicamente relevante, sente que o seu cargo está sob o escrutínio da opinião pública relativamente a atos, omissões ou suspeições, mesmo infundadas, deve, de imediato, pedir a demissão”. Percebendo isso, e revelando um desapego do poder digno de nota, Jorge Coelho (unanimemente visto como um bom Ministro das Obras Públicas!) achou que havia responsabilidades do Ministério que tutelava em relação ao sucedido e, sem pestanejar, pediu a sua demissão.

Sublinhe-se que, na altura, toda a gente considerou o gesto de Coelho digno dos maiores encómios, e uma atitude moralmente inatacável. Devo dizer que, estando Jorge Coelho, como reconhecidamente estava, a desempenhar o seu cargo de forma tão positiva (destacando-se pelo seu dinamismo e pelo zelo com que acompanhava as obras em curso), estranhei a sua atitude, que me pareceu excessiva e inoportuna, por a julgar negativa nos seus resultados práticos. Felizmente, os efeitos nefastos de tal comportamento foram atenuados devido às excelentes qualidades do seu sucessor no cargo (hoje na prateleira, por razões óbvias) – o Engenheiro João Cravinho. A opinião publicada de então apenas registou para a posteridade a atitude eticamente exemplar de Jorge Coelho. Poucos terão reparado que, com essa atitude, respeitável, mas inoportuna, se acabava de desperdiçar um excelente Ministro das Obras Públicas (basta ver como a Mota Engil o aproveitou, anos depois, para se perceber como a demissão de Jorge Coelho poderá ter sido prejudicial para o governo e, sobretudo, para o país).

Outro exemplo, não menos elucidativo, foi a demissão de António Vitorino, apenas porque literalmente se especulava sobre uma alegada fuga ao fisco na compra de um pequeno terreno no Alentejo. António Vitorino é, reconhecidamente, um político prestigiado no seio do P.S. Em minha opinião foi mais uma demissão sem razões substantivas para ocorrer, e, também ela, inoportuna e prejudicial. Mas agora a pergunta impõe-se: Porque é que José Sócrates, com muito mais razões para se demitir, não tem a mesma atitude que tiveram os seus dois camaradas de partido? Será porque o Princípio “in dubio pro reu” que andam a tentar sedimentar nos ouvidos da opinião pública, se tem de aplicar também na atividade política? Sendo juridicamente incontestável que, até prova em contrário, não se deve condenar ninguém, também o deve ser politicamente? Se, por “feliz” ventura, José Sócrates se demitisse, alguém seria condenado? Com certeza que o próprio não o seria, por

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inexistir qualquer decisão judicial condenatória; quanto aos portugueses ( sobretudo os que não vivem da “gamela” do regime) também o não seriam, porque em vez de se sentirem condenados, sentir-se-iam, isso sim, extraordinariamente aliviados. No caso de Jorge Coelho de que é que se suspeitava? Que lá de cima, S. Pedro lhe delegara os inefáveis poderes de fazer engrossar o rio Douro e, em consequência, fazer cair a ponte? Que seria ele o agente oculto por detrás do aproveitamento das areias que escavaram a fragilidade dos alicerces que a sustentavam? Que podia ser ele o responsável pelo estado decadente da dita?

No que diz respeito a José Sócrates, havia, já lá vão quatro anos, uma investigação que o apontava como suspeito no caso Freeport; essa investigação congelou, sem se saber porquê, no Ministério Público de Alcochete; substituindo-se à incrível inércia dos procuradores, vieram os jornalistas “obrigar” a investigação a retomar os seus longos trâmites processuais; tarde e a más horas, vieram a público novas referências a José Sócrates, seja indiretamente através de familiares, seja diretamente pela polícia inglesa; paira no ar a inacreditável rapidez do licenciamento do Freeport.

Mas será preciso mais? Será que alguém acredita que Sócrates não sabe nada de nada? Nem sequer é chamado para dizer o que possa saber? Não terá o Primeiro Ministro mesmo nada para dizer? Para revelar?

Sócrates, sim, devia pedir a demissão. Não hoje, nem amanhã… mas ontem! E bem podiam fazer o mesmo alguns ministros do seu governo. E já nem vou falar de Vítor Constâncio! Vou apenas invocar, ao de leve, Dias

Loureiro que, por razões de memória ( falta dela, como o próprio fez questão de lembrar), talvez mereça a inefável compreensão do Sr. Presidente da República ( pois o seu admirável “conselheiro” Loureiro é muito capaz de estar a sofrer de Alzheimer). ”

por Cunha Ribeiro

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Editorial Como não encontrámos nenhum editorial sobre o tema que trabalhámos,

colocámos aqui um exemplo de editorial sobre outros temas. Escolhemos este editorial porque foi o primeiro que encontrámos e que

tínhamos a certeza que era o que estávamos à procura.

Page 10: A demissão do josé sócrates

Webgrafia e Bibliografia

Notícia: http://www.record.xl.pt/fora_campo/interior.aspx?content_id=689666

Reportagem: http://videos.sapo.pt/Zu2tW03PLJAhWaQbyAZg

Entrevista: http://www.youtube.com/watch?v=iuCyp7FpnlU

Texto de Opinião: http://www.criticamentefalando.com/2011/03/artigo4092/

Crónica: http://octaviovgoncalves.blogspot.com/2009/02/demissao-de-socrates-seria-um-

alivio.html

Editorial: Jornal “Público”, nº 7902 – 25 de novembro de 2011, página 44

Fotografias: http://pt.electionsmeter.com/polls/jose-socrates

http://esperobemquenao.blogspot.com/2011/05/esta-terca-feira-jose-socrates-no-5.html