a deliberação pública e suas dimensões sociais, políticas e comunicativas

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A DELIBERAÇÃO PÚBLICA e suas dimensões sociais, políticas e comunicativas [textos fundamentais] Ângela Cristina Salgueiro Marques [organização e tradução] James Bohman, Joshua Cohen, Seyla Benhabib, Maeve Cooke, Amy Gutmann, Dennis Thompson, Jane Mansbridge,Simone Chambers Prefácio de Leonardo Avritzer

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Page 1: A deliberação pública e suas dimensões sociais, políticas e comunicativas

A DeliberAção PúblicAe suas dimensões sociais, políticas e comunicativas

[textos fundamentais]

9 788575 264034

ISBN 978-85-7526-403-4

www.autenticaeditora.com.br0800 2831322

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Este livro cumpre o importante papel de apresentar ao leitor brasileiro o tema da deliberação pública. A proposta é se tornar referência para a investigação sobre como a formação de uma esfera pública de discussão ampliada pode contribuir para a construção de um sistema democrático marcado pela aproximação entre instâncias formais do go-verno e espaços informais de discussão entre os cidadãos. Também se pretende o melhor entendimento sobre a abordagem dos confli-tos políticos e sociais travados nas sociedades contemporâneas. Nesse sentido, a iniciativa de Ângela Cristina Salgueiro Marques de or-ganizar e traduzir os textos que compõem este livro surgiu de duas principais constatações: a primeira diz respeito ao aumento dos estu-dos acadêmicos ligados à deliberação pública; a outra se refere ao fato de que grande parte da literatura sobre o assunto não foi traduzida para o português, o que dificulta o acesso às informações sobre o universo aqui explorado.

“Por ‘deliberação’, eu entendo uma troca de argumentos livre de constrangimentos que en-volve o uso prático da razão e sempre leva po-tencialmente à transformação de preferências”.

Maeve Cooke

“O objetivo da deliberação pública é solu-cionar um problema junto com outros que possuem perspectivas e interesses distintos, um processo que precisa começar com uma definição compartilhada do problema.”

James Bohman

“É crucial para o modelo de democracia deliberativa privilegiar tal esfera pública de redes e associações de deliberação, contesta-ção e argumentação que se entrecruzam e se sobrepõem.”

Seyla Benhabib

“As decisões precisam ser tomadas, e regras justas de decisão precisam ser estabelecidas, mas uma abordagem deliberativa centra seu foco em aspectos qualitativos da conversação que precede as decisões, e não em uma regra decisória matemática.”

Simone Chambers

“No centro da institucionalização do procedi-mento deliberativo está a existência de arenas nas quais os cidadãos podem propor questões para a agenda política e participar do debate acerca dessas questões.”

Joshua Cohen

“A democracia deliberativa expressa uma con-cepção dinâmica da justificação política, na qual a provisoriedade – a abertura à mudança através do tempo – é uma característica essen-cial de quaisquer princípios justificáveis.”

Amy Gutmann e Dennis Thompson

“A conversação cotidiana entre os cidadãos sobre problemas que o público deve discutir prepara o caminho para as decisões gover-namentais formais e para decisões coletivas, para além da decisão em si.”

Jane Mansbridge

Foi pensando em disseminar o entendimento sobre a deliberação pú-blica em suas esferas sociais, políticas e comunicativas que a organizadora, e também tradutora, Ângela Cristina Salgueiro Marques reuniu nesta publi-cação especialistas de várias partes do mundo para suscitar reflexões acerca da deliberação na prática, com o es-tudo empírico de embates discursivos nas esferas institucionais e nos espaços informais de conversação cotidiana.

Este livro está dividido em duas partes: a primeira, com textos dos principais teóricos da democracia de-liberativa, entre eles James Bohman, Joshua Cohen, Sheyla Benhabib e Maeve Cooke. A outra, com enfoque em dois momentos do estudo das teo-rias da democracia deliberativa – uma que compreende os anos 1990 e outra que contempla os últimos dez anos, em que o foco dos principais artigos passou a ser sua factibilidade empíri-ca. De acordo com o Leonardo Avrit-zer, que prefacia o livro, “o acesso aos textos principais desta discussão mui-to vai contribuir para uma maior pre-sença dessa temática na academia e na política brasileiras”.

A coletânea termina com um ba-lanço dos avanços da democracia de-liberativa. Escrito por Simone Cham-bers, o texto sugere uma guinada na direção da deliberação e mostra as principais áreas nas quais este mo-vimento se expressa, destacando os campos do direito público e das rela-ções internacionais. Contemporânea, a obra chega para preencher uma la-cuna, já que parte da literatura sobre o assunto ainda não foi traduzida para a língua portuguesa.

Ângela cristina Salgueiro Marques [organização e tradução]

James bohman, Joshua cohen, Seyla benhabib, Maeve cooke, Amy Gutmann, Dennis Thompson, Jane Mansbridge,Simone chambersPrefácio de leonardo Avritzer

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A deliberação pública e suas dimensões sociais, políticas e comunicativas

Textos fundamentais

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Ângela Cristina Salgueiro Marques(Organização e tradução)

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Textos fundamentais

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AutênticA EditorA LtdA.Rua Aimorés, 981, 8º andar. Funcionários30140-071 . Belo Horizonte . MGTel: (55 31) 3222 68 19 Televendas: 0800 283 13 22www.autenticaeditora.com.br

Todos os direitos reservados pela Autêntica Editora. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.

dados internacionais de catalogação na Publicação (ciP) (câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Revisado conforme o Novo Acordo Ortográfico.

Copyright © 2009 Ângela Cristina Salgueiro Marques

TíTlos originais

James Bohman, “What is Public Deliberation: a Dialogical Account”.Simone Chambers, “Deliberative Democratic Theory”.Seyla Benhabib, “Towards a Deliberative Model of Democratic Legitimity”.Joshua Cohen, “Deliberation and Democratic Legitimacy”.Maeve Cooke, “Five Arguments for Deliberative Democracy”.Jane Mansbridge, “Everyday Talk in Deliberative System”.Amy Gutmann e Dennis Thompson, “Deliberative Democracy Beyond Process”.

A deliberação pública e suas dimensões sociais políticas e comunicativas : textos fundamentais / Ângela Cristina Salgueiro Marques (organização e tradução) . – Belo Horizonte : Autêntica Editora , 2009.

Vários autores.Bibliografia.ISBN 978-85-7526-403-4

1. Ciências políticas - Filosofia 2. Democracia 3. Ensaios 4. Filosofia política I. Marques, Ângela Cristina Salgueiro.

09-04465 CDD-321.8

Índices para catálogo sistemático:

1. Democracia deliberativa : Ensaios : Ciências políticas 321.8

Tradução

Ângela Cristina Salgueiro Marques

projeTo gráfico da capa

Christiane Costa

ediToração eleTrônica

Luiz Flávio Pedrosa

revisão

Cecília Martins Ana Carolina Lins Brandão

ediTora responsável

Rejane Dias

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Prefácio Leonardo Avritzer 7

As interseções entre o processo comunicativo e a deliberação pública Ângela Cristina Salgueiro Marques 11

Parte I – A deliberação pública como troca argumentativa: introdução ao conceito 29

O que é a deliberação pública? Uma abordagem dialógicaJames Bohman 31

Deliberação e legitimidade democráticaJoshua Cohen 85

Rumo a um modelo deliberativo de legitimidade democrática Seyla Benhabib 109

Cinco argumentos a favor da democracia deliberativa Maeve Cooke 143

Sumário

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Parte II – O processo deliberativo na prática: o estudo empírico de embates discursivos nas esferas institucionais e nos espaços informais de conversação cotidiana 175

Democracia deliberativa para além do processo Amy Gutmann e Dennis Thompson 177

A conversação cotidiana no sistema deliberativo Jane Mansbridge 207

A teoria democrática deliberativa Simone Chambers 239

Sobre os autores 368

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Prefácio

Leonardo Avritzer*

Existe um certo consenso acerca de uma virada no interior da teoria democrática na direção da democracia deliberativa (Dryzek, 2000). Essa virada teria dois elementos: um teórico e outro prático. A virada teórica se expressaria pela adoção, pelos principais teóricos contemporâneos da democracia, do conceito de “deliberação”. Desde o seu clássico texto “Três Modelos Normativos de Democracia”, Habermas (1996) tem denominado a sua teoria “deliberativa”. Em 1999, John Rawls declarou que uma sociedade constitucional democrática bem ordenada “poderia ser entendida enquanto uma democracia deliberativa”. Estabeleceu-se, assim, um consenso parcial em torno da ideia de democracia deliberativa tal como ela foi desenvolvida por teóricos como James Fishkin, Joshua Cohen e James Bohman. Por sua vez, o elemento prático da guinada deliberativa pode ser entendido como a prática da deliberação em um conjunto bastante diversificado de instituições políticas nas democracias contemporâneas (Avritzer, 2002; Fung; Wright, 2003; Santos, 2002; Fishkin, 1995). Até este momento, o público brasileiro não teve um largo acesso a essa literatura. A coleção de artigos traduzida e organizada por Ângela Marques irá alterar esse panorama.

É possível afirmar que a democracia deliberativa (DD) possui quatro ele-mentos principais: em primeiro lugar, a superação de uma concepção agregativa de democracia centrada no voto (Shumpeter, 1944; Sartori, 1994). A ideia da democracia como agregação supõe que os indivíduos têm preferências dadas e que o problema democrático pode ser reduzido à tarefa de saber quais são essas preferências (Elster, 1998). A DD supera essa visão, ao entender que o processo

* Professor adjunto do departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Publicou, entre outros livros: Participatory Institutions in Democratic Brazil (Johns Hopkins University Press, 2009) e Democracy and the Public Space in Latin America (Princeton University Press, 2002).

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de argumentação e mudança de preferência é um elemento central do processo de tomada de decisão. Em segundo lugar, a DD identifica a racionalidade po-lítica com a ideia de mudança e justificação de preferências. Por muito tempo, a teoria democrática relacionou o conceito de racionalidade com os resultados do processo democrático, transformando-o em uma forma descentralizada de coordenação das preferências políticas (Downs, 1956; Przeworski,1992). A DD transfere o centro do processo democrático para uma dinâmica de justifica-ção de valores, preferências e identidades; é esse processo que será identificado com a racionalidade democrática. Em terceiro lugar, a democracia deliberativa pressupõe um princípio de inclusão. Esse princípio, que pode ser o chamado princípio D habermasiano (Habermas, 1997), pelo menos em algumas das versões da DD, aponta para a ideia de que todos os indivíduos envolvidos em um processo de produção de normas-ações devem poder apresentar as suas razões. Apesar de essa ideia ser genérica e um pouco abstrata, ela aponta para um elemento fundamental da democracia: indivíduos com visões, valores ou interesses distintos são frequentemente excluídos de um processo decisório; porém, todo processo democrático deve potencialmente incluir todos aqueles afetados pelas suas decisões. Em quarto lugar, a democracia deliberativa envolve a ideia de construção institucional com base na suposição de que as preferências dos indivíduos por formas amplas de discussão devem implicar a procura por instituições capazes de efetivar tais preferências (Cohen,1997). Este seria, na minha opinião, o centro do cânone democrático deliberativo.

Este livro, traduzido e organizado por Ângela Marques, cumpre o importante papel de apresentar ao leitor brasileiro os principais autores que levaram ao estabelecimento desse cânone. O livro está dividido em duas partes: a primeira, com os textos dos principais teóricos da democracia deliberati-va – James Bohman, Joshua Cohen, Sheyla Benhabib e Maeve Cooke. Esses textos são importantes por dois motivos principais: em primeiro lugar, eles mostram um processo de construção da teoria por meio de um amplo debate teórico, com base em tradições intelectuais distintas. James Bohman define a democracia deliberativa de forma não procedimental, como um conjunto de acordos cooperativos de natureza eminentemente pragmática. Joshua Cohen (1997, p. 72) caracteriza a democracia deliberativa de modo procedimentalista, mas não habermasiano, como uma associação democrática cujos membros partilham os termos e os objetivos dessa associação constituída de modo plura-lista. Nessas duas versões, que se aproximam bastante da obra de John Rawls, a democracia deliberativa adquire a característica de um debate e de uma forma de cooperação que opera a partir do reconhecimento da condição humana da pluralidade. A DD exerceria o papel de, nessa condição de pluralidade va-lorativa e de interesses, permitir um processo de cooperação que transforme

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Prefácio

a democracia em uma forma ampla de debates de ideias e práticas sociais. Já Seyla Benhabib e Maeve Cooke apresentam ao leitor uma perspectiva mais estritamente habermasiana. Para as autoras, a democracia deliberativa é um princípio geral de argumentação, envolvendo o direito de todos os indivíduos de iniciarem argumentos reflexivos sobre as regras dos procedimentos discursivos (Benhabib,1996). É possível notar a diferença de ênfase entre as concepções de Bohman e Cohen e as de Benhabib e Cooke, que centram a sua concepção de DD na “troca de argumentos livre de constrangimentos que envolvem o uso prático da razão”. No primeiro caso, a DD envolve o reconhecimento do pluralismo e o debate em torno do bem comum. A ideia de um consenso procedimental não é importante, sendo substituída pela cooperação ou pela associação democrática. No segundo caso, a ideia de consenso racional é mais importante, ainda que, como reconhece Maeve Cooke, o debate racional pode não conduzir a tal consenso. Nesse sentido, a seleção de textos feita por Ângela Marques não poderia ser melhor: além de contar com os principais textos da área, ela também expressa a diversidade de abordagens.

As teorias da democracia deliberativa podem ser divididas em duas fases: na primeira, que compreendeu os anos 1990, os principais teóricos discutiram, tal como foi apontado acima, o conceito de “deliberação”. Já nos últimos dez anos, o foco dos principais artigos sobre a DD passou a ser a sua factibilidade empírica. Este constitui o foco da segunda parte do livro ora apresentado ao leitor. Amy Gutmann e Dennis Thompson, Jane Mansbridge e Simone Cham-bers discutem, em seus textos, questões empíricas relacionadas à democracia deliberativa. Gutmann e Thompson, dois importantes membros da comunidade acadêmica e da administração universitária americana, abrem a seção com um importante artigo sobre os elementos não procedimentais ou substantivos da democracia. Os autores propõem introduzir a reciprocidade, entendida como capacidade mútua de acesso a determinados bens públicos, como parte do cânone deliberativo. Gutmann e Thompson aproximam a democracia deli-berativa da democracia real, ao colocarem a questão das oportunidades justas no campo das discussões democráticas e conectá-la com processos legislativos. Jane Mansbridge, outra importante teórica da política nos Estados Unidos e autora de livros clássicos, tais como Além da Democracia Adversarial, avança em uma direção semelhante à de Gutmann e Thompson. Ela propõe introduzir a conversação cotidiana, que produz resultados coletivos por meio de efeitos combinados e interativos de ações de indivíduos relativamente isolados, na arena deliberativa. Temos, assim, na segunda parte do livro organizado por Ângela Marques, um conjunto de textos analíticos e empíricos que ampliam a presença da democracia deliberativa na vida real dos cidadãos e nos problemas que eles enfrentam na política e na vida cotidiana.

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Esta coletânea de ensaios termina com um balanço dos avanços da democracia deliberativa feita por Simone Chambers. A autora, em um artigo bastante influente, fala de uma guinada na direção da deliberação e mostra as principais áreas nas quais essa guinada se expressa, destacando os campos do direito público e das relações internacionais. De fato, tudo parece indicar que vivemos a guinada no interior da teoria democrática na direção da deliberação. O acesso aos textos principais desta discussão muito vai contribuir para a maior presença dessas questões na academia e na política brasileira.

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