a cultura do melão

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    V. 07, N. 07, 2011 Categoria: Artigo Completo

    A CULTURA DO MELO: UMA ABORDAGEM ACERCA DA CADEIA

    PRODUTIVA NO AGROPLO MOSSOR ASS/RN

    Maria da Conceio Freitas Moura1

    Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira2

    Shamyra Gergia de Azevedo e Silva3

    RESUMO: O melo (Cucumis melo L.) uma planta anual, herbcea, diplide, pertencente

    famlia das Cucurbitceas, tem expressiva representatividade na pauta de exportaes de frutos

    brasileiros. Por se adaptar as condies climticas da regio Semi-rida os frutos so cultivados

    em alguns estados do Nordeste, os dois principais agroplos so: o baixo Jaguaribe no Cear e o

    Mossor/Ass no Rio Grande do Norte. A presente pesquisa teve como objetivo mostrar os

    impactos ambientais ocasionados pela atividade produtiva do melo no agroplo Mossor/Ass,

    este localizado na mesorregio Oeste potiguar no Estado do Rio Grande do Norte. Os processos

    metodolgicos da pesquisa basearam-se em visitas e observaes em campo, atrelando as

    formas de manuseio do preparo firmado do solo para a implantao dessa cultura, alm do

    levantamento de dados da literatura. Os resultados mostraram impactos ambientais no cenrio

    dessa atividade, comeando pelo desmatamento, preparo do solo e os tratos culturais, este

    abrangendo em especial, o uso dos agrotxicos, que alm de contaminar o ambiente, podem

    causar srios problemas a sade humana, seja na aplicao desses produtos no campo ou nos

    resduos alimentares. Perante os fatos discutidos a cerca da explorao agrcola no agroplo

    Mossor-Ass, observada uma forma danosa de como trabalhado o ambiente cultivvel,

    mesmo com as vantagens socioeconmica, mas severa a maneira de se manejar o ambiente o

    qual se cultiva o melo, dessa forma, visto algumas alternativas que minimizam essas atividades

    impactantes na cadeia produtiva do melo no agroplo em estudo.

    Palavras-chave: Cucumis melo L, Impactos ambientais, Sustentabilidade.

    1Mestranda em Fitotecnia UFERSA, e-mail: [email protected]

    2Professora do Departamento de Agrotecnologia e Cincias Sociais UFERSA, e-mail:

    [email protected] 3Graduanda em Agronomia UFERSA, e-mail: [email protected]

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    INTRODUO

    O melo (Cucumis melo L.) pertence famlia das Cucurbitceas uma planta

    anual, herbcea, diplide (2n= 2x=24 cromossomos) possuindo um sistema radicular

    superficial e praticamente sem razes adventcias; apresenta baixa capacidade de

    regenerao quando danificado, com caule de crescimento rasteiro ou prostrado, e ns

    com gemas, sendo que dessas gemas desenvolvem-se gavinhas, folhas, novos caules ou

    ramificaes. (FONTES e PUIATTI, 2005).

    Para muitos autores o melo uma planta algama4, pertencente famlia das

    Curcubitceas, porm segundo Mathew et al (1986) h registro que se trata de uma

    planta de reproduo mista. Alguns frutos so oriundos de polinizao cruzada e outros

    da autapolinizao.

    uma espcie exigente em temperaturas que de acordo com Nicolas et al. (1989) as

    mesmas variam de 28 c a 32 c para a germinao das sementes, 20 c a 32 c para a

    florao e 25 c a 30 c para o desenvolvimento vegetativo.

    Essas espcies da famlia das Cucurbitceas so cultivadas em vrias regies do

    mundo, devido a sua fcil adaptao a vrios solos e clima. Alm do mais tem uma

    importncia econmica e social, permitindo a gerao de emprego e renda no Semi-rido

    brasileiro.

    O Nordeste Brasileiro vem se mostrando bastante favorvel ao cultivo dessa

    cultura (Cucumis melo L.), destacando-se com uma produo nacional em torno de

    99,93%, tendo os Estados do Cear e Rio Grande do Norte com uma participao de

    aproximadamente 60,88% e 37,48%, respectivamente. (MDICE, 2011).

    Dessa forma, h uma explorao nas reas de cultivo, para o trabalho nas etapas

    necessrias para firmar a cultura ao solo, gerando assim impactos ao meio, atravs do

    desmatamento, uso intensivo de maquinrios agrcolas, fertilizantes5 e produtos qumicos,

    que afugenta ou at elimina a populao de inimigos naturais, que antes era responsvel

    4 Planta de fecundao cruzada. (FERMENT et al, 2009).

    5 toda substncia mineral ou orgnica, natural ou sinttica, que fornece um ou mais nutrientes a planta.

    (FERTILIZANTES...,2011).

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    pelo equilbrio ecolgico, alm de trabalhar o monocultivo. entendido, pois, um

    desequilbrio resultante da ao do homem sobre o meio ambiente.

    Porm, com as determinaes impostas pela legislao ambiental (lei 6.938/81)

    sobre a preocupao com o meio ambiente, h a necessidade de trabalhar de modo

    produtivo e sustentvel, basta adequar aos modos corretos de produo, sempre com a

    finalidade de produzir em grande escala para a populao e obedecer aos requisitos

    ambientais, pois preciso manejar o meio ambiente de forma segura para que possa

    garantir o alimento e uma vida saudvel e de qualidade para os nossos descendentes.

    A forma da sustentabilidade atrelada ao cultivo do melo, fossa os produtores a

    trabalharem de acordo com a exigncia do mercado externo, adequando os seus cultivos

    de forma que possa ser aceito, para isso busca as exigncia das boas prticas agrcolas

    (BPAs), como o GlobalGrap.

    Alm do mais Nunes et al (2006) faz uma abordagem do agronegcio, estado,

    meio ambiente e economia com a sustentabilidade da atividade meloeira, segundo esses

    autores, a explorao dessa atividade dita como insustentvel, pois o uso expressivo

    dos produtos qumicos e a explorao de poos artesianos profundos vm modificando a

    cada dia o sistema agrcola.

    Partindo das discusses a cerca do cultivo do meloeiro, o presente trabalho teve

    como objetivo mostrar os impactos ambientais ocasionados pela atividade produtiva do

    melo (Cucumis melo L.) no agroplo Mossor/Ass/RN.

    METODOLOGIA

    Para o levantamento das principais questes ambientais relacionada atividade do

    meloeiro, buscou-se averiguar em campo, atravs de visitas e observaes os processos

    produtivos dessa cultura, em fazendas produtoras de melo pertencentes ao agroplo

    Mossor-Ass/RN, o qual se encontra na mesorregio Oeste potiguar no Nordeste

    Brasileiro, tambm enriqueceu essa pesquisa com dados bibliogrficos, mencionando

    informaes sobre os aspectos da cadeia produtiva do melo no referido agroplo.

    ORIGEM DO MELO

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    O melo uma planta polimrfica pertencente famlia das Curcubitceas e ao

    gnero Cucumis. Essa cultura bastante antiga e acredita-se que o centro de origem so

    as regies tropicais e subtropicais da frica, difundindo-se dessa regio para a ndia e

    sia. (SEYMOUR & MCGLASSON, 1993). Informaes estas se assemelham com

    Simmonds (1976), a qual afirma que o melo originado da frica, espalhando-se para a

    ndia e posteriormente para outras regies.

    Atualmente so conhecidas mais de quarenta espcies do gnero Cucumis, todos

    nativos das regies tropicais e subtropicais da frica, e por essas evidncias, pode-se

    considerar que o melo tenha essa mesma origem. (WHITAKER e DAVIS, 1962;

    FERREIRA et al., 1982).

    Conforme Karchi (2000) a introduo dos meles na sia e no Oriente Mdio ocorreu

    por volta de 2000 a 1500 a.C., e sua explorao resultou na formao de vrios centros

    de origem secundrios, como a ndia, Ir, Turquia, China e as repblicas asiticas.

    De acordo com dados da literatura, o melo foi introduzido na sia em poca

    bastante remota. O consumo do melo tornou-se popular a partir do sculo V na

    Espanha, e na Itlia o seu consumo j era bastante conhecido, por volta do terceiro

    sculo, j na Frana a introduo ocorreu por volta do sculo XVI. (PEDROSA, 1997).

    Esta amplitude de cultivo em diversas regies o resultado de uma grande

    variabilidade gentica que tem permitido a adaptao de diferentes tipos de melo em

    diversas condies agronmicas, de tal forma que hoje podemos encontrar em todo o

    mercado mundial, melo com diferentes formatos, cores e aroma. (DEULOFEU, 1997).

    O cultivo comercial do melo no Brasil, de acordo com dados da CEAGESP (2011)

    teve incio na dcada de 60, com a introduo no estado de So Paulo e Rio Grande do

    Sul, mas com produo limitante, devido os fatores climticos oferecidos por essas

    regies. A condio climtica adaptativa para esta cultura iniciou-se nos anos 80, na

    regio nordeste, que hoje domina a produo, tendo os Estados do Cear e Rio Grande

    do Norte como os dois maiores produtores dessa olercola, formando plos de produo,

    como o baixo Jaguaribe e o agroplo Mossor-Ass, respectivamente. Pois, a grande

    vantagem dessa regio no cultivo do meloeiro a pequena ocorrncia de chuvas e a

    melhor qualidade dos frutos.

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    IMPORTNCIA SOCIOECONMICA DO MELO

    Por dispor de altas tecnologias e conhecimentos capazes de dar suporte na

    qualidade e quantidade na produo do meloeiro, o Brasil abastece o mercado interno e

    externo, gerando emprego e renda para a populao do Semi-rido Nordestino, tendo a

    participao dos pequenos, mdios e grandes produtores, na comercializao desta

    cultura.

    Destaca-se o Baixo Jaguaribe no Cear, o agroplo Mossor-Ass no Rio Grande do

    Norte, e a Chapada do Apodi em ambos os Estados, sendo responsveis pela maior

    produo de melo da regio Nordeste. (DIAS et al, 1998).

    De acordo com Nachreiner et al (2002) o diferencial do agroplo Mossor-Ass por

    dispor de condies para poder determinar no mercado o preo, em virtude de apresentar

    empresas de grande porte, produo em larga escala e a alta qualidade dos produtos.

    Esse agroplo localizado na mesorregio Oeste Potiguar no Estado do Rio Grande

    do Norte, abrangendo 8 municpios, dos quais, Barana, Grossos, Mossor, Tibau, Ass,

    Apodi, Gov-Dix-Sept Rosado e Upanema, compondo uma rea total de 8.107 Km2 .

    (IBGE, 2010).

    A regio banhada pelas bacias Piranhas/Ass e Apodi/Mossor, encontrando a

    barragem Armando Ribeiro Gonalves e a barragem de Santa Cruz no Apodi, ambas com

    capacidade para 2,4 bilhes de m3 e 600 milhes de m3 de gua, respectivamente.

    (ARAJO, 2009). Dando dessa forma, capacidade para o desenvolvimento da fruticultura,

    pela facilidade da captao de gua nos respectivos reservatrios.

    O melo a fruta brasileira que tem se destacado nas duas ltimas dcadas com

    relao s exportaes, passando de 50,7 mil toneladas em 1989, para mais de 211,8 mil

    toneladas, em 2008, pois na maioria das safras, cerca de 40% da produo vai para o

    mercado externo, e pouco menos de 5% das outras culturas que se destina a

    exportao. (BRASIL, 2010).

    Conforme Carvalho (1996) a tendncia mundial para o agronegcio da cultura do

    melo de crescimento, pois o acrscimo no consumo dessa fruta se manteve acima de

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    4% nos ltimos anos. Somente na Europa, o consumo cresceu 8,2% ao ano, na dcada

    de 1980, aumentando para 10,7% ao ano na dcada de 1990.

    De acordo com Arago (2011) no cenrio internacional, o melo no ano de 2007,

    teve pouca representabilidade em termos de cultivo e de produo. Pois, segundo dados

    da FAO (2010) o Brasil foi apenas o dcimo segundo em produo e rea plantada e o

    vigsimo terceiro em produtividade, porm destacando-se nas exportaes, assumindo o

    segundo lugar.

    Atualmente segundo dados do Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comercio

    Exterior (2011) a regio nordeste responsvel por 99,93% da produo nacional de

    melo, destacando-se os estados do Cear (60,88%), Rio Grande do Norte (37,48%),

    Bahia (1,33%) e Pernambuco (0,24%), dos quais com exceo a Bahia no ano de 2008,

    foram responsveis por 211.790 toneladas de frutos de melo para a exportao,

    atendendo ao mercado europeu. (IBRAF, 2010).

    Essa cultura de relevante importncia scioeconmica para o Nordeste Brasileiro,

    tendo alto valor comercial tanto no mercado interno, quanto para exportao. Pois de

    acordo com Pereira (2009) a rea de cultivo destinada aos meles nobres representa

    cerca de 40% da rea total cultivada com meles nos estados do Rio Grande do Norte e

    Cear.

    AVALIAO DOS IMPACTOS NA CULTURA DO MELOEIRO

    O conceito de impactos e riscos ambientais surgiu no final da dcada de 60, em

    debates realizado no congresso dos EUA, tendo como causa principal os efeitos dos

    derrames de petrleo e a Guerra do Vietan, e esse debate ambientalista culminou na

    Carta Magna do Movimento Ambientalista que veio a ser o NEPA. (FRANCO, 2001).

    O NEPA, portanto, criou o EIS (Declarao de Impacto Ambiental) que tinha como

    objetivo prevenir impactos ocasionados pelo processo do desenvolvimento. Dessa forma,

    a legislao ambiental americana influenciou medidas de proteo ao meio ambiente, em

    todos os pases, inclusive no Brasil, porm essas medidas aqui no Brasil se concretizaram

    depois da criao da Poltica Nacional do Meio Ambiente (Lei n 6.938/81), que no artigo

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    6, inciso 2, torna parte do SISNAMA, como o seu rgo consultivo e deliberativo, o

    CONAMA.

    A resoluo do CONAMA n 1 de 1986, conceitua impacto como sendo:

    Qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas, que direta ou indiretamente afetam: I a sade, a segurana e o bem esta da populao; II as atividades sociais e econmicas; III a biota; IV as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V a qualidade dos recursos ambientais.

    Assim, no possvel caracterizar um modelo claro e preciso do impacto ambiental,

    pois a magnitude do impacto ressalta a interao entre os parmetros ambientais e dos

    ecossistemas, ou seja, a capacidade que o ambiente tem em persistir na presena da

    influncia a que esta sendo submetido, em termos gerais, deve-se levar em conta como

    esses ecossistemas se recupera e retorna ao seu estado de equilbrio, aps o trmino de

    uma atividade impactante.

    Dessa forma, cabe salientar a importncia de se planejar qualquer atividade que

    venha a executar e alterar o meio ambiente natural, partindo desse ponto, importante

    entender o que vem a ser o planejamento ambiental, pois Franco (2001) menciona que o

    planejamento ambiental todo o esforo da civilizao em torno de conservar e preservar

    os recursos ambientais de um territrio, com vista sua prpria sobrevivncia.

    importante, pois, que no sistema produtivo rural haja uma organizao, em que as

    praticas ecolgicas da regio possam permanecer e dar subsdio para promover o

    desenvolvimento sustentvel.

    Levando em considerao a forma de implantao do meloeiro nas reas de cultivo,

    percebem-se grandes alteraes no ambiente, pois sabemos que quando um ambiente

    natural modificado, ele jamais retorna a sua forma como antes, ou seja, a natural. Desse

    modo, h o desmatamento das reas, o preparo firmado no solo, interferindo na fauna e

    flora microbiana, em geral compactando o solo, e introduo de espcies (pragas) que

    antes tinha como habitat natural a vegetao destruda, instalando se e atacando a

    cultura, e ai vem o uso dos agrotxicos, que poluem mananciais (rios, poos, audes e

    etc), e em muitos casos at o lenol fretico, alm do mais trabalham com o monocultivo.

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    Essa alta destruio ocasionada pelo ser humano visando o econmico, gera

    desigualdade na forma de explorao, pois a maneira severa, e h a necessidade de

    pensar em produzir, mas que reduza as alteraes ocasionadas ao ambiente. Deve-se,

    portanto pensar em sustentabilidade, ou seja, no comportamento prudente aos recursos

    que o ambiente fornece, j percebido a escassez de algumas culturas no mercado, em

    virtude da m explorao das terras agrcolas.

    Essa ideia generalizada enfatiza o Valor Mximo de Produo, da a preocupao

    em trabalhar o desenvolvimento sustentvel, que segundo a Comisso Mundial sobre

    Meio Ambiente (1991), se caracteriza como um processo de mudana, no qual a

    explorao de recursos, o gerenciamento dos investimentos seja compatvel com o futuro,

    bem como com as necessidades do presente.

    MATRIZ DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CADEIA

    PRODUTIVA DO MELO

    Impacto positivo negativo

    Desmatamento 2

    Preparo do solo 2

    Monocultivo 2

    Tratos culturais

    Aplicao dos agrotxicos 2

    Utilizao do mulching 2 1

    Utilizao da gua para irrigao 2 1

    Aplicao dos fertilizantes 2 1

    Fonte: elaborada pela autora; atribuiu-se valores variando de 1 a 3; (1): impacto leve; (2): impacto significativo; (3): impacto forte.

    A seguir sero discutidos os principais impactos mostrados acima 1-Desmatamento das reas

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    comum observar a prtica do monocultivo nas reas que se cultiva o melo, em

    virtude da expanso de novas reas para a implantao dessa Cucurbitcea, essas reas

    que antes era coberta pela vegetao da caatinga, vo sendo desmatadas e incorporadas

    ao sistema produtivo do meloeiro, perdendo assim a biodiversidade. Frente a isso,

    observvel a limpeza do terreno, atravs da mecanizao e em muitos casos queimadas,

    o que geram perdas do teor de matria orgnica e a fertilidade do solo. preocupante,

    pois esse desmatamento pode levar a consequncias mais srias como a desertificao,

    que segundo a ONU seria a degradao da terra nas zonas ridas, semiridas e sub-

    midas, resultante de fatores diversos, tais como as variaes climticas e as atividades

    humanas. (DESERTIFICAO..., 2011).

    Albreville (1949) mostra duas causa principais para a desertificao, segundo ele,

    seria a eroso dos solos em consequncia do desmatamento e o agravamento do dficit

    hdrico dos solos em virtude da exposio alta radiao solar e a atividade dos ventos

    secos.

    2- Preparo do solo para a implantao da cultura

    Feito o desmatamento das novas reas ou o preparo das reas cultivadas

    anteriormente, a camada do solo submetida a diversos trabalhos, como a arao,

    gradagem e quando os solos esto muito compactados realizada a subsolagem, em

    seguida feito o sulcamento para a aplicao dos fertilizantes de fundao.

    No manejo do solo, a maior preocupao esta na mecanizao intensiva, o que pode

    gerar degradao da estrutura, formao de crosta superficial e a eroso do solo, que

    considerado um srio impacto na agricultura, pois a perca dos solos agrcolas muito

    grande ao longo dos anos, e a formao dos novos solos extremamente lenta.

    A eroso dita acelerada quando mais rpida do que os processos de formao

    dos solos, no permitindo que os mesmos venham a se regenerar. (ABDON, 2004).

    Inmeros so os danos ocasionados pela eroso, podemos mencionar a degradao do

    solo, prejudicando assim, a fertilidade, o que vem a interferir nos nutrientes essenciais

    para a planta. Conforme Guerra (1995) existe duas fases a qual ocorre eroso, uma

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    dessas seria a remoo de partculas e a outra o transporte desse material, feito pelos

    agentes erosivos.

    3-Tratos culturais aps a cultura em campo

    De todos os possveis impactos ao longo da cadeia produtiva do melo, a utilizao

    dos agrotxicos tem sido preocupante, pois mesmo com a fiscalizao, ainda percebida

    muita irregularidade na aplicao dos produtos qumicos. Uma vez que, a cultura do

    meloeiro altamente demandante dos defensivos agrcolas. (NEVES, et al. 2002).

    De acordo com Alves Filho (2002) os agrotxicos foram utilizados no Brasil, a partir

    da dcada de 40, inicialmente para o controle de doenas endmicas. Somente na

    dcada de 70, foi iniciada a utilizao e em muitos casos desnecessrios nas plantaes,

    surgindo assim, os primeiros casos de contaminao ambiental e problemas de sade

    ocasionados pelo uso indiscriminado desses produtos. Principalmente como informa Lima

    (2008) intoxicao dos trabalhadores rurais, contaminao dos solos e gua, alm da

    presena de resduos nos alimentos cultivados com esses produtos.

    Segundo Alves Filho (2002) estudos comprovam que o aumento do uso dos

    agrotxicos em determinadas culturas, aumentou consideravelmente o nmero de pragas

    interferentes na produtividade, alm do surgimento de outras espcies igualmente

    danosas s culturas.

    importante ressaltar que a aplicao dos defensivos agrcolas na regio em

    estudo, geralmente de forma preventiva, o que leva ao uso intensivo desses produtos

    ao longo do cultivo, gerando dessa forma resistncia de pragas s substncias qumicas

    existentes nesses produtos. Mas, o interessante, que muitos produtos, embora no

    estejam registrados para a cultura do melo no Brasil, os produtores utilizam em suas

    plantaes, dentre esses produtos, alguns so considerados altamente perigosos para a

    sade humana como tambm para o meio ambiente.

    Merece destaque tambm, o uso do plstico (Mulching) para a cobertura do

    canteiro, pois essa prtica pode trazer interferncias no ambiente, atravs da elevao da

    temperatura do solo e a reduo da oxigenao, podendo assim, contribuir para a perda

    da biodiversidade do solo. (FIGUEIRDO et al, 2003). Alm do mais, esses autores

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    tambm ressalta a contaminao do solo com os restos do plstico que se rompe com os

    tratos culturais e com retirada do mesmo aps o cultivo.

    Outro fator importante para a discusso a questo da irrigao e a fertirrigao6

    dessa cultura na regio em estudo, o mtodo de irrigao utilizado pelos produtores de

    melo dentre os dois maiores agroplos (Mossor Ass /RN e Baixo Jaguaribe/ CE) o

    gotejamento, que tem se mostrado eficiente no aumento da produtividade do melo, e o

    uso da fertirrigao, porm o grande problema, esta na concentrao dos teores de clcio

    e bicarbonato presentes na gua, pois esto acima de 8 e 6 mmolc /L, respectivamente.

    (FIGUEIRDO et al, 2003). Alm do elevado potencial de alcalinizao do solo.

    Ayers e Westcot (1976) informam que a salinidade causa uma reduo na

    permeabilidade do solo, dificultando a infiltrao da gua e a oxigenao do solo. Pois,

    importante averiguar as condies de gua nesse aqfero, sabe-se que o uso irregular

    um problema serio na Bacia Potiguar, visto a diminuio do lenol fretico. Alm do mais,

    muitos produtores utilizam fertilizantes sem a anlise qumica e o conhecimento sobre a

    necessidade que a planta precisa, gerando em muitos casos contaminao do homem

    pelo nitrato e do ambiente com a aplicao de doses inadequadas, causando a

    eutrofizao dos recursos hdricos.

    Conforme Rodrigues (2010) a ocorrncia da salinidade nos solos pode ser atribudo

    a causas naturais ou atividade humana. Ademais Oliveira (1997) destaca informando que

    nas regies ridas e semi-ridas, a baixa precipitao e a elevada taxa de evaporao

    tm dificultado a lixiviao dos sais, acumulando-se em grandes quantidades e tornando

    um problema serio e prejudicial ao crescimento da planta.

    SUSTENTABILIDADE NA CULTURA DO MELO

    O Rio grande do Norte vem passando por contnuas mudanas desde a dcada de

    1980, modificando os setores tradicionais que antes era a chave para a sobrevivncia de

    diversas famlias, surgindo ento em especial fruticultura como uma atividade dinmica

    e de expanso no agronegcio brasileiro. Da esse novo statu de produo e gerao de

    renda, enfoca o trip economia-sociedade-natureza. 6 uma tcnica de adubao em que utiliza a gua da irrigao para levar nutrientes ao solo cultivado.

    (FERTIRRIGAO...,2011).

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    Atualmente a preocupao produzir, mas que essa produo possa atender a

    populao, de acordo com os parmetros que visem minimizar as consequncias

    negativas ocasionadas ao meio e a sociedade, e para isso tem se intensificado pesquisas

    com aprimoramento de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente.

    Realmente, as adversidades ambientais, as mudanas climticas, acentuao da

    desertificao, a extino de espcies de plantas e animais, dentre outros pontos

    referentes agresso a natureza, tem contribudo para que os especialistas e as pessoas

    em geral, busquem administrar de forma mais cuidadosa os recursos disponveis. Para

    isso, Dias (2009) comenta a fundamentao de uma nova filosofia, calada na

    possibilidade de compatibilizar o crescimento econmico com a conservao do meio

    ambiente.

    Dessa forma, o setor do agronegcio do melo visa produo, mas atendendo com

    respeito s formas de produzir, visto que em muitos casos o mercado externo impe

    restries na compra da fruta, exigindo o selo de qualidade, firmando assim uma

    obrigao em produzir para o mercado de acordo com os parmetros impostos pelo

    comprador.

    A adoo desses preceitos fundamenta-se a teoria do Desenvolvimento Sustentvel,

    que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as

    geraes futuras atenderem as suas prprias necessidades. (NOSSO FUTURO COMUM,

    1991, p. 46).

    importante ao longo da discusso acerca da sustentabilidade, frizar pontos

    referentes mo-de-obra empregada neste setor, percebido que o nvel de

    escolaridade baixo, e que os empregados firmam um contato temporrio com a

    empresa, e ai se discutir o aspecto sustentvel e socioeconmico, em termos de

    fortalecimento social dos municpios. Para isso Felipe (2002, p.232) enfocar a atividade

    provisria desses empregados. Para ele:

    A percepo que temos desse processo que a incluso do lugar na economia moderna no significa a incluso de todos os seus habitantes, e que a seleo tambm ocorre em termos de mercado de trabalho. Muitos so excludos, mas mesmo aqueles que so convocados para trabalhar nas fazendas produtoras, ainda encontram outra dificuldade que sazonalidade dessas atividades, obrigando os trabalhadores a buscarem outras complementaridades para a sua sobrevivncia.

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    Da um ponto importante para atrelar a sustentabilidade da produo do melo na

    regio, a qualificao dos trabalhadores, no que se refere ao trabalho no manejo da

    explorao dessa cultura, para isso, necessrio uma cooperao empresa/trabalhador.

    Atualmente, as empresas produtoras de melo por exigncias dos seus

    compradores, tentam minimizar as prticas considerada de alta agressividade ao meio,

    trabalhando com selos de aceitao nos principais mercados compradores da fruta

    (melo), e esses selos garantem as boas prticas agrcolas, como exemplo, o GlobalGrap

    o MIP (Manejo Integrado de Pragas) e o PIM (Produo Integrada do melo).

    CONSIDERAES FINAIS

    Perante os fatos discutidos a cerca da explorao agrcola nos plos de produo do

    melo no Nordeste Brasileiro, em especial no agroplo Mossor-Ass/RN, percebe-se

    uma forma danosa de como trabalha o ambiente cultivvel, mesmo com as vantagens de

    emprego e renda, visto a maneira severa de se manejar o ambiente o qual se cultiva o

    melo, importante frizar que toda atividade impactante, porm h maneiras de

    minimizar esses impactos, algumas fazendas atravs de imposies dos seus

    importadores trabalham com selos, que impem as boas prticas agrcolas.

    Dessa forma, observado alternativas que buscam minimizar a contaminao dos

    recursos ambientais, como tambm a sade do homem, tendo assim, a associao do

    controle biolgico, na cultura do melo, minimizando o uso dos agrotxicos, tambm em

    muitas fazendas visto o que impem o cdigo florestal (4.771/65) uma rea destinada

    reserva legal o que corresponde a 20 % do total da rea da propriedade rural.

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