a construÇÃo do projeto polÍtico pedagÓgico na … · a escola comum na perspectiva da escola...

76
PROF. ARLEI PERIPOLLI Mestre em Educação / UFSM – RS; Coordenador da Educação Inclusiva do Sistema Municipal de Ensino de Santa Maria – RS; E-mail: [email protected] PROF. SILVIO CARLOS DOS SANTOS Doutorando em Educação / UFSM – RS; Prof. do Sistema Municipal de Ensino de Santa Maria – RS; E-mail: [email protected] A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Upload: others

Post on 02-Mar-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PROF. ARLEI PERIPOLLIMestre em Educação / UFSM – RS;

Coordenador da Educação Inclusiva do Sistema Municipal de Ensino de Santa Maria – RS;

E-mail: [email protected]

PROF. SILVIO CARLOS DOS SANTOSDoutorando em Educação / UFSM – RS;

Prof. do Sistema Municipal de Ensino de Santa Maria – RS;E-mail: [email protected]

A CONSTRUÇÃO DO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO NA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

CORAÇÃO DE ESTUDANTE CORAÇÃO DE ESTUDANTE (WAGNER TISO E MILTON N.)(WAGNER TISO E MILTON N.)

QUERO FALAR DE UMA COISAQUERO FALAR DE UMA COISAADIVINHA ONDE ELA ANDA?ADIVINHA ONDE ELA ANDA?

DEVE ESTAR DENTRO DO PEITO,DEVE ESTAR DENTRO DO PEITO,OU CAMINHA PELO AR.OU CAMINHA PELO AR.

PODE ESTAR AQUI DO LADO.PODE ESTAR AQUI DO LADO.BEM MAIS PERTO QUE PENSAMOS.BEM MAIS PERTO QUE PENSAMOS.

A FOLHA DA JUVENTUDEA FOLHA DA JUVENTUDEÉ O NOME CERTO DESSE AMOR.É O NOME CERTO DESSE AMOR.

JÁ PODARAM SEUS MOMENTOSJÁ PODARAM SEUS MOMENTOSDESVIARAM SEU DESTINODESVIARAM SEU DESTINOSEU SORRISO DE MENINOSEU SORRISO DE MENINO

QUANTAS VEZES SE ESCONDEU.QUANTAS VEZES SE ESCONDEU.

MAS RENOVA-SE A ESPERANÇA,MAS RENOVA-SE A ESPERANÇA,NOVA AURORA A CADA DIA.NOVA AURORA A CADA DIA.

E HÁ QUE SE CUIDAR DO BROTO,E HÁ QUE SE CUIDAR DO BROTO,PRA QUE A VIDA NOS DÊ FLOR E FRUTO. (PRA QUE A VIDA NOS DÊ FLOR E FRUTO. (LÁ, LÁ, LÁ, ...)

CORAÇÃO DE ESTUDANTECORAÇÃO DE ESTUDANTE

HÁ QUE SE CUIDAR DA VIDA.HÁ QUE SE CUIDAR DA VIDA.

HÁ QUE SE CUIDARDO MUNDOHÁ QUE SE CUIDARDO MUNDO

TOMAR CONTA DA AMIZADETOMAR CONTA DA AMIZADE

ALEGRIA E MUITO SONHOALEGRIA E MUITO SONHO

ESPALHADOS NO CAMINHOESPALHADOS NO CAMINHO

VERDES: PLANTA E SENTIMENTOVERDES: PLANTA E SENTIMENTO

FOLHAS,FOLHAS,

CORAÇÃO,CORAÇÃO,

JUVENTUDEJUVENTUDE

E FÉ.E FÉ.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DEFICIÊNCIAA vida Primitiva do Homem

Não sobreviviam ao ambiente hostil da Terra, não havia

abrigo sa tisfatório

para dias e noites

de frio intenso e

calor insu portável;

não havia comida

em abun dância,

era preci so ir à

caça para garantir o

alimento diário e, ao mesmo tempo, guardá-lo para o longo

inverno.

Essas pessoas representavam um fardo para o grupo. Só

os mais fortes sobreviviam e era inclusive muito comum

que certas tribos se desfizessem das crianças com

deficiência.

EGITO ANTIGO

No Egito Antigo, há mais de cinco mil anos, a pessoa com

deficiência integrava-se nas diferentes e hierarquizadas

classes soci ais (faraó, no-

bres, altos funcionários,

artesãos, agricultores,

escravos). A arte egípcia,

os afrescos, os papiros, os

túmulos e as múmias estão

repletos des sas revela-

ções. As pessoas com nanismo não tinham qualquer

impedimento físico para as suas ocupações e ofícios,

principalmente de dançarinos e músicos.

NA GRÉCIA ANTIGA

Platão, no livro A República, e Aristóteles, no livro A

Política, trataram

do plane- jamento

das cida- des gregas

indican- do as

pes-

soas nascidas

“disfor- mes”

para

a elimi- nação. A

elimina- ção era

por exposição, ou abandono ou, ainda, atiradas do

aprisco de uma cadeia de montanhas chamada Taygetos.

ESPARTA

Ao nascer, a criança era inspecionada por membros do

governo, que verifi-

cavam seu estado de

saúde. Se fosse

saudável, merecia

os cuidados do Estado.

Se fosse doente

ou apre- sentasse

alguma deficiência

física

ou

mental, podia ser imediatamente morta.

ROMA

As leis romanas não eram favoráveis às pessoas que

nasciam com deficiência. Aos pais era permitido matar as

crianças pela prática do

afogamento. Alguns pais

abandonavam seus filhos em cestos

no Rio Tibre. Os sobreviventes

eram explorados nas cidades por

“esmoladores”, ou passavam a

fazer parte de circos para o

entretenimento

da burguesia.

IDADE MÉDIA

As pessoas acreditavam, por influencia da igreja, que o

nascimento de pessoas com deficiência era castigo divino

ou estavam associados a

poderes especiais de feiticeiros ou

bruxos. Eram consideradas

produto do pecado e do

demônio. As crianças que

sobreviviam eram separadas de

suas famílias e tornavam-se

elementos de diversão e

ridicularização pela

sociedade.

IDADE MODERNA

A Idade Moderna marcou a passagem de um período de

extrema ignorância para o nascer de novas

idéias. Com o chamado Renascimento

das artes, da música e das ciências,

há grandes transformações

marcadas pelo humanismo. Assim,

surgem os primeiros atendimentos as pessoas com surdez

pelo monge

Ponce de Leon,

por meio de

sinais.

Houve grande desenvolvimento no atendimento às

pessoas com deficiência em hospitais. Havia assistência

especializada para os

mutilados das guerras

e para pessoas

cegas e surdas.

As pessoas com

deficiência mental

eram tratadas como

doentes. Pessoas

acorrentadas.

Neste período, há o entendimento de que as pessoas com

deficiências não só precisavam de hospitais e abrigos,

mas, também, de atenção especializada. É nesse período

que se inicia a constituição de organizações para estudar

os problemas de cada deficiência. Difundem-se então os

orfanatos, os asilos e os lares para crianças com

deficiência física. No Brasil, o Imperador Dom Pedro II cria

instituições especializadas como: IBC, INES, PESTALOZZI,

APAE.

LEGISLAÇÃO E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL

. 1961 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

Lei nº. 4.024 - direito à educação, preferencialmente,

dentro do sistema geral de ensino;

. 1971 - Lei nº. 5.692 - define “tratamento especial”: não

promove a organização de um sistema de ensino capaz de

atender as necessidades educacionais especiais e acaba

reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes

e escolas especiais;

. 1988 - Constituição Federal - Elegeu como fundamentos:

a cidadania e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, inc. II

e III);

Objetivo: promover o bem de todos, sem preconceitos de

origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas

de discriminação (art. 3º, inc. IV);

Art. 5º: garante o direito à igualdade;

Art. 205 e seguintes: direito de TODOS à educação;

Art. 206, inc. I: igualdade de condições de acesso e

permanência na escola;

Portanto, essa garante a todos o direito à educação e ao

acesso à escola. Toda escola, assim reconhecida pelos

órgãos oficiais como tal, deve atender aos princípios

constitucionais, não podendo excluir nenhuma pessoa em

razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade, deficiência ou

ausência dela.

. 1990 - O ECA, Lei nº. 8069, reforça os dispositivos legais

ao determinar que: os pais ou responsáveis têm a

obrigação de matricular seus filhos na rede regular de

ensino;

. 1990 e 1994 - documentos internacionais como

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as

Formas de Discriminação contra a Pessoa com Deficiência

e a Declaração de Salamanca determinam a formulação

das políticas públicas de inclusão, disponibilizando

escolas para todos – instituições que incluam todas as

pessoas, aceitam as diferenças, apóiem a aprendizagem e

respondam as necessidades individuais de cada cidadão,

deixando clara a impossibilidade de tratamento desigual

com base na deficiência, definindo a discriminação como

toda diferenciação, exclusão ou restrição (art. 1º, nº 2,

“a”). 

. 1994 - é publicação da Política Nacional de Educação

Especial: visão integracionista - acesso às classes

comuns do ensino regular ; 

– 1996 - LDBEN, nº. 9.394, define no art. 58 e seguintes

que a Educação Especial e o Atendimento Educacional

Especializado como modalidade de educação escolar,

deve ser oferecido preferencialmente na rede regular de

ensino para os educandos com necessidades especiais;

OBS.: O entendimento equivocado desse dispositivo tem

levado à conclusão de que é possível a substituição do

ensino regular pelo especial. A interpretação a ser

adotada deve considerar que esta substituição não pode

ser admitida em qualquer hipótese, independentemente da

idade da pessoa. Isso decorre do fato de que toda a

legislação ordinária tem que estar em conformidade com a

Constituição Federal.

. 2001 - a Resolução CNE nº. 2, determina que os sistemas

de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às

escolas organizar-se para o atendimento aos educandos

com necessidades educacionais especiais, assegurando

as condições necessárias para uma educação de

qualidade para todos;

. 2003 - MEC/SEESP - implantação do Programa Educação

Inclusiva: direito à diversidade, com o objetivo de

transformar os sistemas de ensino em sistemas

educacionais inclusivos;

. 2004 - Decreto nº. 3.956, o Ministério Público Federal

publica o documento O Acesso de Alunos com Deficiência

às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular,

com o objetivo de divulgar os conceitos e diretrizes

mundiais da inclusão;

. 2004 – Decreto nº. 5.296 estabelece condições para a

implementação de uma política nacional de acessibilidade;

. 2007 - Plano de Aceleração do Crescimento – PAC e o

Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE - tendo

como eixos a acessibilidade arquitetônica dos prédios

escolares, a implantação de salas de recursos e a

formação docente para o Atendimento Educacional

Especializado; 

. 2008 - Decreto nº. 6571: institui o Atendimento

Educacional Especializado.

Atendimento Educacional Especializado – AEEModalidade de atendimento que:

. Identifica;

. Elabora;

. Organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que

eliminem as barreiras para a plena participação dos

alunos, considerando as suas necessidades específicas;

. Oferece o que não é próprio dos currículos da base

nacional comum, possuindo outros objetivos, metas e

procedimentos educacionais. E suas ações são definidas

conforme o tipo de deficiência ou condutas típicas que se

propõe a atender, bem como deve contemplar as

necessidades educacionais especiais de cada aluno,

as quais devem estar fundamentadas na avaliação

pedagógica;

. Complementa e/ou suplementa a formação do aluno com

vistas à autonomia e independência na escola e fora dela,

e não deve ser confundido com o reforço escolar nem com

o atendimento clínico, tampouco como substituto dos

serviços educacionais comuns.

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – PERPASSA:

AE

E

EDUCAÇÃO INFANTIL

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

ED. DE JOVENS E ADULTOS

EDUCAÇÃO INDÍGENA

EDUCAÇÃO DO CAMPO

EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

Ao falar destas modalidades reflete-se:

A escola na qual atuo é uma escola dos diferentes ou uma

escola das diferenças?

A ESCOLA COMUM NA PERSPECTIVA DA ESCOLA INCLUSIVA - FALANDO NO PPP

A educação inclusiva concebe a escola como um espaço

de todos, no qual os alunos constroem conhecimentos

segundo suas capacidades, expressam suas idéias

livremente, participam ativamente das ações de ensino e

se desenvolvem como cidadãos, nas suas diferenças. Esta

torna-se inclusiva quando (re)conhece as diferenças dos

alunos diante do processo educativo e busca a

participação e o progresso de todos, adotando novas

práticas pedagógicas.

O Projeto Político Pedagógico é o instrumento por

excelência para melhor desenvolver o plano de trabalho

eleito e definido por um coletivo escolar; ele reflete a

singularidade do grupo que o edificou, suas escolhas e

especificidades.

No sentido etimológico:

PROJETO = vem do latim PROJICERE que significa prever,

projetar o futuro, lançar-se para frente; É um plano,

intento, desígnio. Empreendimento. Plano geral de

edificação.

 

POLÍTICO = Representa a escolha de prioridades de

cidadania em função de demandas sociais e envolve

sucessivas discussões e decisões, pois o exercício de

ações está sempre permeado de relações que envolvem

debates, sugestões, opiniões.

PEDAGÓGICO = por implicar em situações específicas do

campo educacional, por tratar de questões referentes à

prática docente, do ensino/aprendizagem, da atuação e

participação dos pais nesse contexto educativo, enfim, de

todas as ações que expressam o compromisso com a

melhoria da qualidade do ensino.

. A exigência legal do PPP está expressa na LDBEN

9394/96, art. 12 que define entre outras atribuições da

escola, a tarefa de: “[...] elaborar e executar sua proposta

pedagógica”

. A CF, em seu artigo 206, explicita como um principio a

Gestão Democrática o que é confirmado pela LDBEN no

Art. 14 [...] os sistemas de ensino definirão normas da

gestão democrática no ensino publico na educação

básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme

os seguintes princípios: participação dos profissionais da

educação na elaboração do projeto político pedagógico da

escola (...)

. Outra legislação que vem corroborar é o ECA ( Lei

8.069/90), em seu artigo 53, onde [...] é direito dos pais ou

responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem

como participar da definição das propostas educacionais”.

. O Projeto político pedagógico vê a escola como um todo

em sua perspectiva estratégica, não apenas em sua

dimensão pedagógica. É uma ferramenta gerencial que

auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a

converter as prioridades em metas educacionais e outras

concretas, a decidir o que fazer para alcançar as metas de

aprendizagem, a medir se os resultados foram atingidos e

a avaliar o próprio desempenho.

. Planejá-lo (re)quer encontrar no coletivo da escola

respostas as uma serie de questionamentos: Para quê? O

Que? Quando? Como? Com o quê? Por quê? Para quem?

. Alunos com deficiência: aqueles [...] que têm

impedimento de longo prazo de natureza física, mental,

intelectual ou sensorial, os quais em interação com

diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena

e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as

demais pessoas ( ONU, 2006).

. Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento:

aqueles que apresentam alterações qualitativas das

interações sociais recíprocas e na comunicação, um

repertório de interesses e atividades restrito,

esteriotipado e repetitivo. Inclui-se nesse grupo alunos

com Autismo, Psicose Infantil, Síndrome de Rett, Síndrome

de Asperger (MEC/SEESP, 2008).

. Alunos com Altas Habilidades/Superdotação: aqueles que

demonstram potencial elevado em qualquer uma das

seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,

acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de

apresentar grande criatividade, envolvimento na

aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu

interesse. (MEC/SEESP, 2008)

INTERVALO

A ROSA DE HIROXIMA(Vinícius de Moraes)

PENSEM NAS CRIANÇAS

MUDAS TELEPÁTICAS

PENSEM NAS MENINAS

CEGAS INEXATAS

PENSEM NAS

MULHERES

ROTAS ALTERADAS

PENSEM NAS FERIDAS

COMO ROSAS CÁLIDAS

MAS OH NÃO SE ESQUEÇAM

DA ROSA DA ROSA

DA ROSA DE HIROXIMA

A ROSA HEREDITÁRIA

A ROSA RADIOATIVA

ESTÚPIDA E INVÁLIDA

A ROSA COM CIRROSE

A ANTIROSA ATÔMICA

SEM COR SEM PERFUME

SEM ROSA

SEM NADA.

. O AEE é realizado no período inverso ao da classe comum

freqüentada pelo aluno e, preferencialmente, na própria

escola desse aluno;

. Há a possibilidade de o AEE ser realizado em uma outra

escola próxima ou em centros especializados em AEE,

enquanto cada escola não tem o seu próprio serviço de

AEE.

ORGANIZAÇÃO E OFERTA DO AEE

. O encaminhamento de alunos ao AEE compete à equipe

pedagógica da escola onde o aluno está matriculado;

. Destaca-se que o fato do aluno ter uma deficiência não é

condição primordial para que ele seja encaminhado ao

AEE;

. É ainda importante lembrar que o encaminhamento a

esses atendimentos deve contar com a concordância dos

pais ou responsáveis e/ou do próprio aluno, sempre

registrado em ata.

ENCAMINHAMENTO DESTE ALUNO:

. equipamentos e recursos pedagógicos adequados às

necessidades especiais;

. agrupamento dos alunos por necessidades especiais

semelhantes e mesma faixa etária;

. o atendimento pode ser coletivo (até 05 alunos por

grupo), devendo ser individualizado quando o aluno

demandar apoio intenso e diferenciado do grupo;

. atendimento organizado em módulos de 50 minutos até 2

horas/dia, conforme especificado do Plano de AEE;

ESTRUTURA DO AEE

. atendimento de alunos de várias escolas da região;

. apoio ao professor da classe comum do aluno.

A) identificar, elaborar, produzir e organizar serviços

pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando

as necessidades específicas dos alunos;

B) Elaborar e executar plano de atendimento educacional

especializado, avaliando a funcionalidade e a

aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de

acessibilidade;

C) Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos

na sala de recurso multifuncional;

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DO AEE E PROFESSOR DO ENSINO REGULARProfessor do AEE

E) Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na

elaboração de estratégias e na disponibilização de

recursos da acessibilidade;

F) Orientar professores e famílias sobre recursos

pedagógicos e de acessibilidade;

G) Ensinar e usar recursos de Tecnologias Assistivas,

orientação e mobilidade , promover autonomia, atividade e

participação;

H) Estabelecer articulação com os professores da sala de

aula comum, visando a disponibilização dos serviços, dos

recursos pedagógicos que promovem a participação dos

alunos nas atividades escolares.

● Explorar as potencialidades de todos os alunos

envolvidos no processo de inclusão, adotando uma

pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar;

● Propor uma aprendizagem que edifique a construção do

aluno no tocante à solução de problemas e aquisição de

autonomia de pensamento;

● Priorizar o desenvolvimento das estruturas cognitivas,

físicas, psíquicas e sociais de cada aluno, para que este

construa competências indispensáveis ao ser, saber, fazer

e conviver no mundo hodierno;

PROFESSOR DO ENSINO REGULAR:

● Compreender que as aprendizagens são construídas num

processo interativo, envolvendo o conhecimento, a

linguagem e a afetividade, pois cada aluno constitui-se

com distintas identidades e as formam por meio de ações

inter e intra-subjetivas;

● Valorizar os diferentes saberes trazidos pelos alunos,

considerando suas histórias de vida, suas especificidades

e potencialidades;

● Desenvolver ações concretas com base em espaços de

vivências, experiências, saberes e valores, como

verdadeiro centro de organização do processo pedagógico;

● Considerar que a aquisição do conhecimento não é um

ponto de chegada, mas um ponto de partida, onde cada

professor interage com a diversidade de alunos,

estabelecendo uma relação dialógica que, com as

diferentes práticas pedagógicas, vai potencializar o

processo de ensinar e de aprender, de ambos os

envolvidos;

● Conceber que o desenvolvimento humano não se reduz a

fases estanques, pois cada aluno é único, imbuido de

caracteristicas próprias, possuindo um tempo de

maturação singular de pensar, aprender, desenvolver e

constituir-se;

● Ter postura ética de não hierarquizar e valorizar as

deficiências, mas criar caminhos possíveis de ensino,

praticas pedagógicas motivantes e inovadoras a fim de

que as mesmas levem cada aluno a um processo amplo de

(trans)formação humana;

● Utilizar recursos didático-pedagógicos e tecnológicos

variados com o objetivo de envolver o aluno e propor uma

aprendizagem significativa.

√ o educador especial;

√ o professor da classe regular, desde que tenha como

base formação inicial e continuada, conhecimentos gerais

para o exercício da docência e conhecimentos específicos

da área – curso de aperfeiçoamento em AEE.

FORMAÇÃO DO PROFESSOR QUE ATUA NO AEE

A avaliação deverá acompanhar todo o percurso de

escolaridade, focando a evolução das competências,

habilidades e conhecimentos do aluno.  

● A avaliação do aluno tem caráter diagnóstico ao

professor, uma vez que contém possíveis

encaminhamentos relacionados ao processo educativo;  

● A avaliação deverá ser realizada de maneira

compartilhada por todos os profissionais que atenderem o

aluno, inclusive com informações oferecidas pela família;

● Precisa ser dinâmica, contínua, mapeando o processo de

aprendizagem dos alunos em seus avanços, retrocessos,

dificuldades e progressos;

AVALIAÇÃO DO ALUNO

 

● Utilizar instrumentos como: os registros e anotações

diárias do professor, os portfólios e demais arquivos de

atividades dos alunos e os diários de classe, em que vão

sendo colecionadas as impressões sobre o cotidiano do

ensino e da aprendizagem;

● Auto-avaliação.

1 - A DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

● Nome completo da escola;

● Endereço completo;

● Atos legais (decretos de criação, pareceres do conselho

estadual e do conselho municipal – ampliação de

série/anos, mudança denominação do estabelecimento,

outros);

● Níveis e Modalidades de ensino que oferta.

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PPP

 

2 - DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

2.1 - Contexto da escola: ambiente social, cultural e

físico da comunidade em que a escola está

inserida; situação socioeconômica e educacional

da comunidade;

2.2 - Caracterização da escola: histórico da escola;

situação física da escola; acessibilidade; recursos

humanos e materiais; organização da escola e do

ensino; Atendimento Educacional Especializado;

sala de recursos multifuncionais; relações entre a

escola e a comunidade (interna e externa);

principais indicadores da escola (pontos fortes e

fragilidades); programas educacionais

desenvolvidos pela escola, entre outras

informações. 

 

3 - FILOSOFIA DA ESCOLA

Apresentar conceito de educação, papel da

educação, papel da escola pública, visão de futuro e

missão da escola, princípios que norteiam o projeto

político pedagógico da escola, detalhando sua linha

pedagógica e quais teóricos utilizados para embasar sua

prática pedagógica diária.

Com relação ao Atendimento Educacional

Especializado – AEE, indicar os referenciais da educação

especial na perspectiva da educação inclusiva que

fundamentam sua organização e oferta.

 

4 - PRIORIDADES, OBJETIVOS, METAS E PRINCIPAIS

AÇÕES DA ESCOLA

Com base nos tópicos 2 e 3, apresentar as

prioridades gerais da escola, objetivos e respectivas

metas. 

 5 - ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO DA ESCOLA

5.1 - Concepção de gestão escolar: detalhar principais

fundamentos que delineiam o trabalho

administrativo-pedagógico da escola;  

5.2 - Organograma da Escola: apresentar o mapa (em

formato gráfico) dos segmentos da escola, as

atribuições dos mesmos e dos órgãos colegiados;

5.2.1 - Gestores: diretor, vice diretor (geral e de

turno), supervisor e/ou coordenador

pedagógico, orientador educacional,

coordenador da jornada ampliada;

5.2.2 – Professores: (em suas especificidades) e

educadores especiais;

5.2.3 – Funcionários: servidores municipais e

terceirizados);

5.2.4 – Alunos e pais;

5.2.5 – Órgãos colegiados: conselho escolar,

associação de pais e mestres, grêmio

estudantil, conselho de classe, outros.

 6 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

6.1 - Concepção de currículo da escola;  

6.2 – Composição curricular: níveis, etapas,

modalidades de ensino ofertadas pela escola e

organização das mesmas (observar as DCNs e

Diretrizes Curriculares Municipais);

6.2.1 - Matriz curricular da escola (observar as

orientações da mantenedora, as DCNs e

Diretrizes Curriculares Municipais) – a

matriz curricular deverá constar em anexo

ao PPP;

6.2.2 – Definição dos planos de estudos (observar

as DCNs e Diretrizes Curriculares

Municipais) – os planos de estudos da

escola deverão constar em anexo ao PPP;  

6.2.3 – Concepção e organização do planejamento

e da metodologia de ensino a ser adotada;  

6.2.4 – Concepções, critérios e formas de

avaliação da escola.

 7 - FORMAÇÃO CONTINUADA NA ESCOLA

Apresentar a concepção de formação continuada da

escola, seus objetivos, prioridades e metas.

8 – AVALIAÇÃO DO PPP

Explicitar qual a concepção de avaliação

institucional da escola, bem como a sistemática e

periodicidade de avaliação do PPP.

O acesso à educação, em qualquer nível, é um

direito humano inquestionável. Assim, todas as pessoas

com deficiência têm o direito de freqüentar a educação

escolar em qualquer um de seus níveis. Mas é importante

destacar que o Ensino Fundamental é a única etapa

considerada obrigatória pela Constituição Federal e, por

isso, não pode ser jamais substituído.

– As tradicionais rotulações e divisões de alunos em

turmas;

– Homogeneização não é garantia de aprendizado;

– Ilusão de que os alunos apresentam um desempenho

semelhante;

VERDADES E MITOS

– Esquecimento de suas diferenças e especificidades;

– Mudanças das práticas escolares convencionais;

– Mudar a escola é enfrentar uma tarefa que exige trabalho

em muitas frentes;

– Construir o PPP de forma autônoma e participativa a

partir do diagnóstico da demanda;

-O trabalho coletivo e diversificado;

– Substituir o caráter classificatório da avaliação escolar,

através de notas e provas, por um processo que deverá ser

contínuo e qualitativo;

– Mudanças relativas à administração e aos papéis

desempenhados pelos membros da organização escolar.

– Através de uma (re)significação e uma (re)organização

completa dos processos de ensino e de aprendizagem

usuais, pois não se pode encaixar um projeto novo em uma

velha matriz de concepção do ensino escolar;

– Através de práticas não-disciplinares, por meio da

experimentação, da criação, da descoberta, da co-autoria

do conhecimento;

– Por meio das relações afetivas;

– Abordagem por diferentes níveis de compreensão, de

conhecimento e de desempenho dos alunos;

E AGORA! TENHO ALUNOS INCLUÍDOS. COMO ENSINAR A

TURMA TODA?

– Por meio de debates, pesquisas, registros escritos,

falados, observação, vivências;

– Todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito

que lhe são próprios – IDIOSSINCRASIAS;

– As dificuldades, deficiências e limitações precisam ser

reconhecidas, mas não devem conduzir ou restringir o

processo de ensino;

– Passar de um ensino transmissivo para uma pedagogia

ativa, dialógica e interativa, que se contrapõe a toda e

qualquer visão unidirecional, de transferência unitária,

individualizada e hierárquica do saber.

“Incluir significa promover e (re)conhecer o

potencial inerente a todo ser humano em sua

maior expressão: a diferença.”

“Toda e qualquer escola que visa à incluir seus

alunos só terá bons resultados quando a

diferença for aceita como parte integrante e

indissolúvel do ser humano.”

Todo homem é bom.

+

João é homem.

___________________________________________________________________

João é bom.

Todo tempo perdido (vivido) é dedicação (pôr de ti na ação).

+

A relação (real ação) é tempo perdido (vivido).

________________________________________________________________

A relação (real ação) é dedicação (pôr de ti na ação).

O tempo que perdi, vivi, dediquei ou me envolvi

com meu .................... o tornou meu .................. .

METAMORFOSE AMBULANTE(Raul Seixas)

EU PREFIRO SER

ESSA METMORFOSE AMBULANTE

DO QUE TER AQUELA VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO (BIS)

EU QUERO DIZER

AGORA O OPOSTO DO QUE EU DISSE ANTES

EU PREFIRO SER

ESSA METAMORFOSE AMBULANTE

DO QUE TER AQUELA VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO (BIS)

SOBRE O QUE É O AMOR

SOBRE O QUE EU NEM SEI QUEM SOU

SE HOJE EU SOU ESTRELA

AMANHÃ JÁ SE APAGOU

SE HOJE EU TE ODEIO

AMANHÃ LHE TENHO AMOR

LHE TENHO AMOR

LHE TENHO HORROR

LHE TENHO AMOR

EU SOU UM ATOR

É CHATO CHEGAR

A UM OBJETIVO NUM INSTANTE

EU QUERO VIVER

NESSA METAMORFOSE AMBULANTE

DO QUE TER AQUELA VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO (BIS)

SOBRE O QUE É O AMOR

SOBRE O QUE EU NEM SEI QUEM SOU

SE HOJE EU SOU ESTRELA

AMANHÃ JÁ SE APAGOU

SE HOJE EU TE ODEIO

AMANHÃ LHE TENHO AMOR

LHE TENHO AMOR

LHE TENHO HORROR

LHE TENHO AMOR

EU SOU UM ATOR

EU VOU DESDIZER

AQUILO TUDO QUE EU DISSE ANTES

EU QUERO SER

ESSA METAMORFOSE AMBULANTE

DO QUE TER AQUELA VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO (BIS)

OBRIGADO PELA ATENÇÃO ! ! !

PROF. ARLEI PERIPOLLI [email protected]

PROF. SILVIO CARLOS DOS SANTOS

[email protected]