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edição nº 151 || www.hospitalmoinhos.org.br revista do A conquista da Acreditação é o nosso maior selo de qualidade 9912230621/2009-DR/RS AHMV

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edição nº 151 || www.hospitalmoinhos.org.br

revista do

A conquista da Acreditação é o nosso maior selo de qualidade

9912230621/2009-DR/RS

AHMV

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05 || Em Foco

08 || Em pauta

24 || Instituto de Educação e Pesquisa

27 || História

28 || Premiação

30 || Matéria de Capa

37 || Tecnologia

38 || Comunidade

40 || Moinhos Destaca

44 || Humanização

45 || Ciência

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EXPEDIENTE

EDITORIAL EM FOCO

Leitura para todos os gostos e interesses Caros leitores, Estamos lhes oferecendo mais uma edição da Revista do Hospital Moinhos de

Vento, como sempre produzida com o objetivo de trazer assuntos de interesse variado e úteis na área da saúde, ao mesmo tempo em que fazemos a divulgação dos fatos que foram importantes dentro da Instituição, desde notícias sobre eventos sociais ou cientí-ficos, artigos de cunho técnico, inovações ou mesmo aqueles relacionados com a nossa história de 83 anos

As reportagens que compõem nossa revista procuram ir ao encontro dos diversos públicos que se relacionam com a comunidade da Associação Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV). Neste número da revista é disponibilizada a oportunidade de conhecer um pouco do trabalho no nosso Hospital, incluindo-se as novidades em termos de serviços e avanços tecnológicos, relatados pelos nossos especialistas que atuam nas diferentes áreas ênfases da Instituição e que estão voltados a oferecer um atendimento multidisci-plinar e de excelência.

A nossa matéria de capa fala sobre a importância da Acreditação Hospitalar, processo que prioriza as metas de segurança ao paciente. Os programas de Acreditação e de Qualidade assistencial são buscados hoje pelas instituições hospitalares como estratégia para assegurar o exercício das melhores práticas dentro da atividade hospitalar, através da aplicação dos padrões que foram testados e recomendados como eficientes para o benefício dos pacientes. Mesmo sendo uma atividade relativamente recente no Brasil, o Moinhos de Vento foi primeira instituição de saúde do sul do Brasil certificada pela Joint Commission International (JCI) em 2002 - certificação que necessita ser renovada a cada três anos. Em 2008, o Hospital foi acreditado pela terceira vez, reafirmando seu compromisso com a qualidade em todos os seus serviços.

Apresentamos, também, uma entrevista sobre a importância da Gestão de Pessoas, com o Superin-tendente Administrativo da Instituição, Fernando Andreatta Torelly, que discorre sobre os diferenciais humanos que precisam estar presentes na complexa atividade diária de um Hospital, destacando que os fatores críticos de sucesso são diretamente relacionados às ações centradas nas pessoas, na organização dos serviços e nas lideranças.

Reservamos, como de costume, espaços especiais para destacar os principais eventos que aconte-ceram nos últimos meses, onde convivemos e trocamos experiências com especialistas de diversas partes do pais e do mundo que estiveram conosco para falarem sobre assuntos de amplo interesse e importância. Entre eles, destacamos a vinda do professor Venkat Ramaswamy da Michigan Business School, considerado um dos maiores experts internacionais nas metodologias de Co-Criação, que demonstra as vantagens competitivas de uma Instituição que planeja o seu futuro e a inovação em parceria com os clientes. Esta metodologia foi justamente utilizada pela AHMV na construção do seu planejamento estratégico em 2008. A visita do professor Venkat proporcionou momentos agradáveis e muito interessantes ao público presente, que incluiu os principais gestores do nosso Hospital.

Esperamos que vocês apreciem o atual número da Revista do Hospital Moinhos de Vento, que foi feito com o esmero e a preocupação de proporcionar uma leitura agradável e instrutiva. Muitas novidades estão, a partir de agora, ao alcance dos seus olhos. Basta seguir em frente e ter uma excelente leitura!

Dr. Nilton Brandão da Silva

Superintendente Médico

Revista do Hospital Moinhos de VentoHospital Moinhos de Vento: Rua Tiradentes, 333 – 90560-030 | Porto Alegre/RS – Fone: (51) 3314.3434 | www.moinhos.netConselho de Administração: José Adroaldo Oppermann – Presidente do Conselho, Jorge Furhmeister, Jorge Luiz Logemann e Werner Siegmann | Associados: André Meyer da Silva, Arno Ary Schwuchow, Cleber Dario Pinto Kruel, Clovis Roberto M. Francesconi, Fernando A. J. Renner, Frederico Glitz, Ivo Luiz Lampert, Jorge Fuhrmeister, Jorge Gerdau Johannpeter, Jorge Luiz Logemann, José Adroaldo Oppermann, José Augusto Kliemann, Thomas Bier Herrmann, Werner Siegmann e William Ling | Superintendência: Dr. João Polanczyk – Superintendente Executivo / Fernando Andreatta Torelly – Superintendente Administrativo / Dr. Nilton Brandão da Silva – Superintendente Médico / Mohamed Parrini – Superintendente Financeiro | Revista do Hospital Moinhos de Vento – Diretor Executivo: Dr. Luciano Hammes | Coordenação: Shirlei Raquel Manteufel | Apoio de redação: Gabrielle Duarte Moreira | Produção e Execução: Informare Comunicação Empresarial | Direção de arte: Violeta Lima | Jornalista Responsável: Fernanda Doering – MTB 11197 | Fotografias: indicefoto.com | Revisão: Cláudia Regina da Silva

EM FOCO

ONCOLOGIA

UROLOGIA

Dr. José Roberto Rossari, Oncologista Clí-nico do Hospital, esteve presente na 7ª edição do Congresso Europeu de Câncer de Mama, que ocorreu em Barcelona, na Espanha, um evento que acontece a cada dois anos. As principais autori-dades mundiais na área prestigiaram o encontro.

Na oportunidade, o médico apresentou uma meta-análise sobre o uso do bevacizumab, um anticorpo com ação anti-angiogênica no câncer de mama metastático. O estudo comprovou a capaci-dade da droga em reduzir o risco de progressão da doença e a maior chance de resposta clínica, com redução do tamanho tumoral, quando asso-ciada à quimioterapia convencional.

Segundo o Dr. Rossari, que retornou de um fellowship de um ano em pesquisa clínica no Insti-tut Jules Bordet, em Bruxelas, na Bélgica, o evento foi muito importante, pois apresentou novidades em praticamente todas as áreas afins no que se

Dr. Brasil da Silva Neto, médico urologista do Hospital Moinhos de Vento, foi aprovado no concurso para o cargo de Professor Adjunto de Urologia do Departamento de Cirurgia

da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Suas atividades já iniciaram e envolvem tanto o contato com os alunos de graduação, em atividades teóricas e práticas, quanto com os residentes de Urologia e o ensino no centro cirúrgico.

O médico atua ainda como pesquisador, tendo como linha de pesquisa principal o estudo de tumores de próstata e bexiga.

Congresso Europeu aborda alternativas para o tratamento do câncer de mama

Professor da UFRGS

refere ao manejo do câncer de mama: “Mais uma vez, o papel das terapias-alvo foi ressaltado, mos-trando que cada vez mais o entendimento da bio-logia molecular se fará extremamente relevante no tratamento do câncer de mama”.

Dr. José Roberto Rossari, em recente evento realizado na Espanha

Errata: Na edição passada,

na matéria Perfil, do Dr. Carlos Brenner, cabe

retratação de dois equívocos. O médico

formou-se em 1948, na Faculdade

de Medicina de Porto Alegre.

Dr. Carlos Brenner fez concurso para

a Universidade Federal de

Ciências da Saúde de Porto Alegre

cerca de 5 anos depois

do que foi mencionado

no texto.

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EM FOCO

ÁREA ASSISTENCIAL

CONGRESSO

O Hospital Moinhos de Vento, ampliando seu leque de atendimento, criou um novo serviço: o Ambulatório de Enfermagem.

Neste local, serão realizados pequenos procedimentos como avalia-ções, orientações, colocação de sonda, curativo, troca de bolsa e placa de ostomias, dentre outros, com horários agendados previamente.

Com esta iniciativa, o paciente poderá contar com a vantagem de continuar sendo atendido pela casa, com todo o padrão de qualidade que já faz parte da rotina da Instituição. E quem ainda não é cliente pode procurar o Hospital para usufruir destes serviços.

A nova atividade tende a facilitar o acesso aos cuidados mais sim-ples, além de ampliar o atendimento dentro da Instituição, garantindo que o próprio Corpo Clínico possa indicar esse serviço aos seus pacientes.

No dia 19 de junho, o Hospital Moinhos de Vento promoveu uma reunião de apresentação dos highlights dos congressos Americano e Europeu de Urologia.

Coordenado pelos especialistas Dr. Giovani Pioner, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia Seccio-nal RS (SBU-RS), e José Carlos Souto, o encontro foi aberto para médicos urologistas e de especialidades afins.

A ideia principal foi reunir profissionais para falar sobre temas como endourologia, videolaparoscopia, ne-oplasias de bexiga e próstata, tratamento da incontinência urinária, dor testicular crônica, infertilidade masculina, urologia pediátrica e envelhecimento masculino.

Ambulatório de Enfermagem para procedimentos mais simples

Troca de experiências em urologia

AMPLIAÇÃO DE EQUIPE

EVENTO INTERNACIONAL

O Hospital Moinhos de Vento passa a contar a partir de agora com um grupo multidisciplinar voltado à cirurgia bariátrica e metabólica, coordenado pelo cirurgião Artur Seabra com a participação do cirurgião Luiz de Carli. Integram a equipe quatro intensivistas, dois psiquiatras, um psicólogo e um nutricionista.

A Dra. Maira Caleffi, Coordenadora do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento, participou do World Leaders’ Summit, no mês de agosto, em Shenzhen, China. O evento, que reuniu as 130 maiores lideranças do mundo na questão Câncer, foi promovido pela União Inter-nacional de Controle do Câncer (UICC), World Economic Forum, World Health Organization, Li-vestrong e American Cancer Society.

A palestra da Dra. Maira aconteceu no mó-dulo “As melhores práticas mundiais de Controle do Câncer”, integrando a mesa representantes da Jordânia, Estados Unidos e Reino Unido. O destaque da apresentação foram os resultados preliminares do Projeto Coorte Núcleo Mama Porto Alegre.

Foram dois dias de discussões sobre estratégias possíveis para aumentar a atenção e o suporte a iniciativas globais no controle do câncer. Além disso, houve debate sobre como inserir a doença no Millenium Goals (Objetivos do Milênio), sensibilizando os governantes para a relevância das Doenças Não Comunicáveis (NCD).

Cirurgia da obesidade tem grupo multidisciplinar

Lideranças falam sobre o câncer

CORPO CLÍNICO

Desde o final de outubro de 2010, o Dr. Gabriel Blacher Grossman é o novo chefe do Serviço de Medi-cina Nuclear do

Hospital Moinhos de Vento. Depois de muitos anos na coordenação da Medicina Nuclear da Institui-ção, o Dr. Eduardo Brunel Ludwig decidiu se dedicar exclusivamente à atividade assistencial no Serviço, transferindo a gestão da Medicina Nuclear para o Dr. Grossman.

O Dr. Grossman é Doutor em Cardiologia pela UFRGS, foi

Novidades na Medicina Nuclearfellow de Medicina Nuclear/Car-diologia Nuclear na Emory Univer-sity, EUA; é especialista em Car-diologia Nuclear pelo Certification Board of Nuclear Cardiology e é o atual Presidente do Grupo de Cardiologia Nuclear da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Segundo o Dr. Grossman, 2010 foi um ano muito produtivo, principalmente na área de Car-diologia Nuclear, com um número de cintilografias miocárdicas rea-lizadas que superaram a expec-tativa. O aumento na demanda de exames e a necessidade de troca de uma das gama-câmaras do Serviço, que interrompeu o seu

funcionamento, tornou necessária a aquisição de um novo equipa-mento que estará pronto para uti-lização neste ano.

Esta gama-câmara reali-zará exames de Medicina Nuclear geral e de Cardiologia Nuclear, o que permitirá um agendamento de exames cintilográficos mais célere e um incremento na qua-lidade assistencial aos pacientes. Possibilitará também a realização de um maior número de exames de Medicina Nuclear geral e de Cardiologia Nuclear devido à pos-sibilidade de abertura de novos horários de atendimento com a chegada do novo equipamento.

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Foi realizado, em Gramado, o Congresso da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, maior evento sobre este tema no Brasil.

O encontro contou com a participação de empresários, lideranças e de mais de 2000 médicos do trabalho de todo o País, que atuam nas mais variadas áreas de produção e presta-ção de serviços.

Por meio de conferências, mesas-redon-

EM PAUTA

das, palestras e reuniões houve a integração e o intercâmbio de experiências entre profissionais renomados nesta área da saúde, que debateram sobre os temas atuais da especialidade.

A Dra. Lucia Rohde, médica da medicina do trabalho e integrante do Corpo Clínico do Hospital Moinhos de Vento, foi convidada para ser palestrante a um dos grupos de interes-se, que reuniu profissionais de instituições de

saúde, especialmente de hospitais. Os temas abordados envolveram os riscos biológicos, as doenças ósteo-musculares, a depressão e ou-tras doenças mentais, os acidentes de trabalho e a legislação relativa ao trabalho nessa área.

Conforme a Dra. Lucia, o Congresso foi uma excelente oportunidade de aprendizado, troca de informações e novos conhecimentos.

Aposta no segmento corporativoO Hospital Moinhos de Vento participou

ativamente do evento, pois vem trabalhando sis-tematicamente para o desenvolvimento de rela-ções para o segmento corporativo, ou seja, no atendimento direto ao público que integra as grandes organizações, seguindo a premissa de “Cuidar de Vidas, dentro da sua empresa”.

As grandes corporações investem cada vez mais na qualidade de vida de seus funcio-nários, pois estão conscientes de que a longe-vidade, a disposição, a agilidade e o bem-estar

Congresso reúne lideranças de diversos segmentos e profissionais da saúde para debater a medicina do trabalho

CORPORATE

físico e mental são grandes aliados da produti-vidade. Por isso, essa demanda também é fruto das necessidades manifestadas pelos próprios empresários, que participaram ativamente do novo Planejamento Estratégico do Hospital.

Desde o dia primeiro de janeiro de 2010 a parceria entre o Pólo Petroquímico de Triunfo e o Hospital Moinhos de Vento está em vigor. O contrato firmado prevê a prestação de serviços de urgências e emergências dentro da estrutura física do Pólo Petroquímico, em que a Braskem é a maior empresa e é justamente onde está localizado o Posto de Atendimento Médico de Emergências (PAME) do Hospital.

O investimento em uma nova tendência na área da saúde e também em estrutura, em treinamento, em ações de comunicação e de relacionamento são ações responsáveis para que o Hospital Moinhos de Vento garanta uma performance além das expectativas e comemore excelentes resultados nesta parceira.

Profissionais da saúde de todo o País confraternizaram no evento

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EM PAUTA

CARDIOLOGIA

O Serviço de Cardiologia do Hospital esteve presente em três importantes eventos internacionais no mês de maio. Entre os dias 6 e 8, o Dr. Jorge Pinto Ribeiro, chefe do Serviço, foi convidado para ministrar a palestra “Ventilação periódica durante o exercício na insuficiência cardíaca”, no Euro Prevent 2010, em Praga, na República Tcheca, para diversos pesquisadores europeus. A ventilação periódica durante o exercício foi originalmente descrita em 1987, pelo próprio Dr. Jorge e vem ganhando destaque ao longo dos anos, pois os pacientes com esta manifestação têm pior prognóstico. Por isso, estão sendo desen-volvidas novas formas de tratamento específi-co para alterar o curso clínico da insuficiência cardíaca.

O Congresso Centro-Americano e do Caribe de Cardiologia, que aconteceu entre os dias 20 e 22, em Manágua, na Nicarágua, contou ainda com outro representante da Car-diologia do Hospital, o Dr. Ruy Silveira Moraes Filho, que ministrou duas palestras sobre o Sistema Nervoso Autônomo. Na oportunidade, Dr. Jorge também realizou duas explanações, sendo uma delas conferência magna sobre o Tratamento da Insuficiência Cardíaca. Ambos receberam o convite diretamente do presiden-te do congresso, Dr. Guilhermo Orozco, que fez formação acadêmica em Porto Alegre, nos anos 90.

O terceiro evento, o Congresso da So-

O Núcleo de Tratamento de Enfisema do Hospital Moi-nhos de Vento e o Núcleo de Otorrinolaringologia da unidade Iguatemi realizaram o seminá-rio Vias Aéreas Unidas: novas abordagens terapêuticas.

Os médicos Hugo Oli-veira e Elizabeth Araújo foram os coordenadores do encontro e receberam a participação do especialista convidado Muhan-ned Abu-Hijleh, da Brown University – USA.

Antes do evento Muhan-ned visitou as dependências da Instituição para acompanhar al-guns procedimentos com o Dr. Hugo e considerou excelente o cuidado oferecido aos pacientes: “Também achei muito importan-te os níveis de pesquisa que estão sendo realizados, come-çando com a pesquisa básica e a clínica, que envolve pacientes. Meu interesse é na intervenção pulmonar e eu fiquei muito im-pressionado com o tratamento endoscópico com válvulas uni-direcionais para o enfisema pul-monar que é oferecido aqui. O

Médicos do Hospital ministram palestras no exterior

Vias Aéreas Unidas: novas abordagens terapêuticas

PARCERIA

Dr. Hugo Oliveira, Dr. Muhanned Abu-Hijleh e Dra. Elizabeth Araújo

Dr. Guilhermo Orozco, Secretário Geral do Congresso Centro-Americano e do Caribe de Cardiologia, reunido com o Dr. Jorge Pinto Ribeiro (E)

e o Dr. Ruy Silveira Moraes Filho (D), em Manágua, Nicarágua

nível de treinamento que o Nú-cleo de Tratamento do Enfisema oferece aos médicos em seus cursos também é muito alto. Eu

classificaria o Hospital Moinhos de Vento como uma das me-lhores Instituições que eu visitei nos últimos cinco anos”.

ciedade Européia de Insuficiência Cardíaca, acon-teceu em 31 de maio e 2 de junho em Berlim, na Alemanha. Dr. Jorge falou sobre o Treinamento da Musculatura Inspiratória, em sessão conjunta da sociedade e do Grupo de Estudos em Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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EM PAUTA

REESTRUTURAÇÃO

O Serviço de Endoscopia do Hospital Moinhos de Vento oferece procedimentos diag-nósticos e terapêuticos do aparelho digestivo e respiratório. O campo de atuação abrange as especialidades de Endoscopia Digestiva Alta, Colonoscopia, Broncoscopia, Vias Biliopancreáti-cas e Endoscopia Pediátrica.

De 1991 a 2005, o Serviço esteve insta-lado no bloco hospitalar e há quatro anos está sediado no 6º andar do Centro Clínico Tiraden-tes. A expansão da área física e as melhorias nas instalações permitiram incremento significa-tivo para atender a crescente demanda.

Mudanças na área para aprimorar atendimentoCom o objetivo de sistematizar e quali-

ficar o atendimento nesta área, em julho de 2009, foi criada uma comissão de consul-tores formada pela Dra. Karen Mallmann, Dr. Fábio Segal e Dr. Giovani Bemvenuti. A

partir de um diagnóstico do funcionamento do se-tor, foram implementadas melhorias operacionais, definidos protocolos e efetuado um planejamento estratégico específico.

A mudança mais significativa consiste em um projeto de ampliação, o que exigiu a trans-ferência das instalações para um andar inteiro do Centro Clínico Tiradentes. A perspectiva é de que as obras sejam finalizadas até 2012.

Novos equipamentosNo último ano, houve aquisição de equipa-

mentos tornando possível qualificar o processo de diagnóstico através de tecnologia avançada, como a magnificação de imagem e cromoscopia digital para a identificação de lesões milimétricas.

As aquisições abrangeram também lava-doras, que permitiram automatizar o processo de desinfecção dos endoscópios. Houve ainda a substituição do produto químico desinfetante, que oferece maior segurança à saúde ocupa-

cional do colaborador e menor risco ambiental.

Equipe profissional A mudança exigiu a ampliação e o apri-

moramento do quadro profissional. Atuam no Serviço um Corpo Clínico mais identificado com os objetivos de qualidade de atendimento do Hospital Moinhos de Vento e uma equipe as-sistencial composta por quatorze técnicos de enfermagem, uma enfermeira e uma supervisora.

Reconhecendo a importância da integra-ção e da comunicação entre os profissionais do Corpo Clínico, acontecem encontros científicos quinzenais com abordagem de temas ligados à área da endoscopia. Estes eventos oportunizam assim o intercâmbio de informações e a troca de experiências entre profissionais da saúde.

Dr. Giovani Bemvenuti, Dr. Fábio Segal e Dra Karen Mallmann, médicos da Endoscopia

Tecnologia de ponta é diferencial no setor

Diagnósticos mais apurados e maior abrangência de atendimentos na Endoscopia

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EM PAUTA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O Programa Gaúcho da Qualidade e Pro-dutividade (PGQP) promoveu, nos dias 19 a 21 de julho, na Fiergs, em Porto Alegre, a 11ª edição do Congresso Internacional da Gestão e o 15º Prêmio Qualidade RS, reconhecidos, juntos, como o maior evento na área da qualidade em nível mundial, pelo número de pessoas reunidas.

O evento tratou do tema: “Gestão Inova-dora: os Caminhos da Liderança Humana”. Um dos convidados especiais foi o professor indiano e presidente da Venkat Ramaswamy, que apresentou o tema que envolve seu livro “O poder da co-cria-ção”, considerado “um Livro Excelente” pela Revis-ta Americana Fortune e que cita o Hospital Moi-nhos de Vento em um dos seus capítulos. Venkat é coautor com C.K. Prahalad do livro “O Futuro da Competição: Co-Criando Valor Único com os Clien-tes”, aclamado pela Business Week como um dos 10 melhores da área da administração de 2004.

Segundo Ramaswamy, a co-criação baseia--se em quatro ideias principais: a experiência, tan-to da organização quanto dos clientes, a intera-ção entre eles, o engajamento no processo de co-criação e o relacionamento por ele gerado. Esta ferramenta, viabilizada pela disponibilização de plataformas de contato entre a empresa e seus públicos, permite às organizações perceberem com precisão as necessidades dos clientes, conquistan-do sua lealdade. Os consumidores, por sua vez, passam a explorar ao máximo os resultados que buscam daquele produto ou serviço, gerando um processo de fidelização.

“Empresas que querem um futuro sadio precisam estar atentas a todos os seus stakeholders”

Hospital recebe VenkatO Hospital Moinhos de Vento promoveu

um jantar de confraternização que contou com a presença do professor Venkat e de todas as lideranças da Instituição.

Como profundo conhecedor do tema Co-cria-ção, o professor é convidado para realizar palestras

em todo o mundo e, em suas explanações, tem sido efetivo ao citar a Instituição como um dos cases que deram certo no Brasil, com o uso desta metodologia.

O Hospital Moinhos de Vento repensou sua estratégia a partir do ponto de vista do público en-volvido no negócio, como médicos, enfermeiras, pa-cientes, familiares, organizações comerciais e empre-

sas de seguro saúde. “Eis o segredo: descobrir como criar valor para o futuro. E as empresas que querem um futuro sadio precisam estar atentas a todos os seus stakeholders”, afirmou Venkat. Ele ponderou ainda que não basta abrir canais de comunicação com o cliente, é preciso usar a informação para produzir resultados para a empresa: “Co-criação não é uma única interação, é ter uma plataforma na qual as pessoas possam participar”.

Sobre o caso específico do Hospital Moinhos de Vento, Venkat faz questão de ressaltar que é uma experiência de sucesso: “A Instituição é um excelente exemplo de comprometimento de múltiplos setores para gerar novas ideias e iniciativas. O que o Hospital também vai fazer é aplicar a Co-criação em todo o seu processo de operação e execução, melhorando também a qualidade da experiência das primeiras iniciativas”.

Conforme o Dr. Nilton Brandão da Silva, Su-perintendente Médico do Hospital, o encontro com o professor Venkat foi muito importante para a Ins-tituição: “Somos uma das primeiras instituições do País que utilizou a metodologia estudada pelo pro-fessor Venkat na construção do nosso planejamento estratégico. É uma experiência que vem sendo bem sucedida e muito bem vista. A estratégia é moderna e vencedora. Nós construímos nossa estratégia ou-vindo as partes interessadas”.

Para o Dr. João Polanczyk, Superintenden-te Executivo do Hospital, esta forma de planejar é inovadora: “Temos obtido excelentes resultados com este trabalho”.

Hospital Moinhos de Vento ofereceum jantar de confraternizaçãoao professor indiano VenkatRamaswamy, estudioso dametodologia de Co-criação

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EM PAUTA

ONCOLOGIA

Em abril, o Hospital realizou um evento sobre o tema Oncologia Gastrointestinal – Con-trovérsias em Câncer de Reto, no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm.

O encontro, organizado pelos médicos do Hospital Dr. Rui Weschenfelder, Oncologista Clínico, e o Dr. Sérgio Roithmann, Chefe do Cen-tro de Oncologia, trouxe a palestra do Dr. René Gansl, Oncologista Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, que foi prestigiada por Cirurgiões do Aparelho Digestivo, Cirurgiões Oncológicos, Proctologistas, Gastroenterologistas, Endosco-pistas, Oncologistas Clínicos, Radioterapeutas e Radiologistas.

Relevância do temaO câncer de reto (segmento final do

intestino grosso) é um tipo de tumor muito frequente, porém tem obtido índices de cura

Evento discute efetividade e segurança em tratamentos

cada vez mais elevados pela possibilidade de diagnósticos mais precoces e disponibilidade de tratamentos mais efetivos, que incluem cirurgia, radioterapia e novos fármacos.

Apesar de ser o objetivo principal, a cura não é o único desafio relevante para os pacien-tes com câncer de reto. Por particularidades da anatomia, muitas vezes a cirurgia curativa determina remoção do esfíncter anal e neces-sidade de colostomia definitiva (comunicação do intestino com a pele do abdome através de uma bolsa).

Visando associar índices mais altos de cura com a possibilidade de evitar a realização da colostomia, o tratamento combinado de quimioterapia e radiote-rapia realizado antes da cirurgia, atualmente, permite a possibilidade de redução do tamanho do tumor e a realização de cirurgia menos agressiva e com melhores resultados.

Amplamente utilizada na prática diária, essa estratégia de tratamentos combinados está em permanente evolução e muitos desafios pre-cisam ser vencidos.

Em sua palestra, o Dr. René Gansl abor-dou dois destes desafios, que são a existência de disseminação do câncer para o fígado e a possibilidade de desaparecimento completo do câncer antes da realização da cirurgia.

Quando diagnosticado precocemente, os índices de cura do câncer de reto chegam a 90%. O aparecimento de metástases (dissemi-

nação) no fígado reduz estes números, mas não exclui a possibilidade de cura.

Com este cenário desafiador, o Dr. René expôs os novos avanços obtidos, especialmente com o uso de estratégias que combinam novas técnicas cirúrgicas com quimioterápicos de última geração. Hoje em dia, a ressecção completa dos nódulos do fígado, juntamente com o tumor do intestino e a utilização de fármacos modernos, permite que até 50% dos pacientes estejam vivos em cinco anos, enquanto que sem tratamento combinado esta expectativa seria muito baixa.

Outra questão de grande atenção da co-munidade médica é a possibilidade de erradicação do tumor com quimioterapia e radioterapia antes da realização da cirurgia. Enquanto este parece ser um cenário promissor, os resultados obtidos não permitem que a cirurgia seja excluída do trata-mento, mesmo com aparente desaparecimento do tumor após o tratamento combinado.

Devido aos avanços da medicina, muitos tipos de câncer têm obtido índices de cura cada vez mais elevados pela possibilidade de diagnósticos mais precoces e tratamentos mais efetivos

Em sua explanação, Dr. René deixou claro que a não realização de cirurgia após o de-saparecimento do tumor é uma técnica ainda experimental e que necessita de novos estudos científicos para sua comprovação.

Tratamento do HepatocarcinomaO Hospital também promoveu, em julho,

uma palestra dirigida aos médicos sobre os Conceitos Atuais no Tratamento do Hepatocar-cinoma, no anfiteatro Schwester Hilda Sturm.

O evento reuniu também os especialistas Dr. Rui Weschenfelder, Oncologista Clínico do Hospital Moinhos de Vento; Dr. Luiz Arnaldo Szutan, Chefe do Grupo de Fígado e Hiperten-são Portal da Santa Casa de São Paulo; Dr. Jorge Sabbaga, Oncologista Clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz de São Paulo e o Dr. Sér-gio Roithmann, Chefe do Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento.

Dr. René Gansl, Oncologista Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, e Dr. Luiz Arnaldo Szutan, chefe do Grupo de Fígado e Hipertensão Portal da Santa Casa de São Paulo, em palestras no Hospital

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FISIOTERAPIA

Em 2010, o setor de Fisioterapia do Hospital Moinhos de Vento comemorou 10 anos. Ao logo de todo este tempo houve muitos avanços em termos de serviços oferecidos e das tecnologias empreen-didas para a melhora da qualidade de vida dos pa-cientes, atendendo a cada um deles de forma mul-tidisciplinar, ou seja, em todas suas necessidades.

A área atua em três segmentos diferentes na Instituição: a Fisioterapia Ambulatorial, a Fisio-terapia de Internação e o espaço no Hospital Moi-nhos de Vento Iguatemi, contando com profissionais extremamente qualificados, espaços adequados e equipamentos modernos.

Para os atendimentos dos pacientes inter-nados, o Hospital conta com 42 fisioterapeutas e 10 estagiários do último ano. Na Unidade de Re-abilitação, trabalham 18 profissionais. Todos são graduados e especialistas em determinadas áreas, o que transmite, ao paciente e ao seu médico, segu-rança e capacitação para o atendimento.

Conforme Luciana Scarrone, Coordenadora da Unidade de Habilita-ção e Reabilitação, e Luí-sa Novaes, Supervisora da Fisioterapia de Internação, o modelo de assistência fisioterapêutica no Hospi-tal destaca uma equipe que trabalha em especiali-dades, as chamadas áreas ênfase: “Buscamos a práti-ca da Fisioterapia Baseada em Evidências, integrando

Fisioterapia: saúde e bem-estargradativamente a equipe assistencial. Cada profis-sional trata exclusivamente de pacientes específicos da área em que atua”.

Auxílio às diversas áreas da medicinaA fisioterapia é essencial para o sucesso de

vários procedimentos clínicos e cirúrgicos. O servi-ço de Fisioterapia da Instituição desenvolveu pro-tocolos para atendimento dos pacientes durante a internação e, seguindo o tratamento após a alta, na Unidade de Reabilitação, localizada dentro do complexo Hospitalar Moinhos de Vento.

O espaço é totalmente novo contando com muitos recursos tecnológicos, especialistas que atendem o paciente individualmente, com conforto e privacidade (usando salas individuais). Possui, ainda, os mais modernos equipamentos e um rígido controle de higienização e reprocessa-mento de materiais.

Profissionais que atuam na área de

fisioterapia

O Hospital Moinhos de Vento promoveu a II Jornada de Cirurgia Preservadora do Quadril no pri-meiro semestre de 2010.

O encontro aconteceu no anfiteatro Schwester Hilda Sturm, foi aberto para médicos e reuniu espe-

“Nutrição na Criança com Déficit de Crescimento” foi o tema Happy Hour científico organizado pela Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do Hospital Moinhos de Vento, no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm.

O palestrante convidado foi o pediatra Ary Lopes Cardoso que, além de atuar na área da Nutrologia, é professor da Faculdade de Medicina da USP e médico do Instituto da Criança, na Capital paulista.

O Instituto de Educação e Pesquisa e a Unidade de Fisioterapia do Hospital promoveram uma mesa-redonda para debater sobre o tema “O cenário da Fisioterapia Hospitalar no Brasil”.

A Comissão organizadora do evento contou com a presença das fisioterapeutas da Instituição Laura Severo da Cunha e Luisa Novaes, além da educadora física Luciana Scarrone. Para participar do evento foram convidados os fisioterapeutas Antônio Carlos Magalhães Duarte, da Bahia; Dr. Esperidião Elias Aquim, do Paraná e o Dr. Alexandre Doval da Costa, atual presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Rio Grande do Sul.

II Jornada de Cirurgia Preservadora do Quadril

Happy Hour científico sobre nutrição

O cenário da Fisioterapia Hospitalar no Brasil

TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA

NUTRIÇÃO

FISIOTERAPIA

EM PAUTA

cialistas para debater temas como mecanismos da coxartrose de origem mecânica, interpretação de exa-me radiológico, ressonância magnética e tomografia computadorizada do quadril, artoplastia, artoscopia, displasia, dentre outros.

Marcos Teloken, chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia, recebeu especialistas em evento no Hospital

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TECNOLOGIA

Depois de muitos estudos e planeja-mentos, a Instituição realizou, no dia 14 de setembro, o lançamento do Portal Corpo Clínico, um ambiente localizado no próprio site do Hospital Moinhos de Vento, que é restrito aos profissionais médicos e odon-tólogos que atuam na casa. Esta ferramen-ta poderá ser acessada de qualquer lugar, mediante usuário e senha.

O Portal Corpo Clínico contem-plará várias facilidades, algumas inclu-sive já disponíveis em seu lançamen-to, e outras que serão agregadas de forma sistemática.

Conforme o Dr. Luciano Hammes, Gerente do Instituto de Educação e Pes-quisa, as expectativas com relação ao uso deste sistema são as melhores possíveis: “Esperamos que a ferramen-ta conquiste uma grande aceitação, já que está alinhada às facilidades online que um hospital moderno deve dispor aos seus usuários”.

Portal Corpo Clínico: todas as informações importantes em um só lugarO Hospital Moinhos de Vento lançou uma ferramenta que irá agilizar os processos, facilitar o acesso às informações e ampliar a integração entre os médicos e odontólogos que atuam na instituição

EM PAUTA

Facilidades do PortalConfira as principais facilidades que irão compor o ambiente e agilizar processos entre o Corpo Clínico:

• Meu Cadastro – O usuário poderá alterar seus dados de cadastro no Hospital Moinhos de Vento, como sua especialidade, e-mail, endereço do consultório e telefones. Desta maneira, facilitará seu contato com o Hospital, com colegas e com pacientes (pacientes somente poderão visualizar endereço do consultório e telefones comerciais).

• Meu Currículo – O médico poderá importar seu Currícu-lo Lattes ou digitar diretamente no Portal Corpo Clínico. Como cada etapa de formação deve ser comprovada por documento enviado à Superintendência Médica, o site permitirá que o usuário envie este diploma/certifi-cado escaneado, diretamente pelo site.

• Minhas Agendas – Todo o Corpo Clínico poderá visu-alizar cirurgias, exames e consultas de seus pacientes que estejam agendadas pelo sistema MV.

• Consentimentos Informados – Os consentimentos in-formados que atualmente estão na homepage aberta do Hospital, irão migrar para esta área restrita. Desta maneira, todas as facilidades para o Corpo Clínico estarão em um mesmo ambiente.

• Sumário de Avaliação Médica – O usuário pode, por meio do Portal no seu consultório, já deixar

pré-preenchido o sumário de internação do seu paciente. Quando ele internar no Hospital, automa-ticamente o sumário irá migrar para o prontuário, agilizando a sua vinda.

• UpToDate – Os membros do Corpo Clínico poderão acessar de qualquer lugar o UpToDate, uma fonte de informações de medicina baseada em evidências, na qual o usuário pode fazer consultas sobre sinais, sinto-mas, diagnósticos e tratamentos das mais variadas pa-tologias. Atualizada por uma equipe de mais de 4.400 médicos, o UpToDate é uma importante ferramenta para ajudar no melhor tratamento dos pacientes.

• Busca Profissionais do Corpo Clínico – Esta facilidade possibilitará que o usuário procure colegas diretamente pelo site, seja por especialidade ou nome, facilitando o contato.

• Pacotes Institucionais – Neste link, os membros do Cor-po Clínico poderão consultar os valores dos pacotes de serviços particulares oferecidos pelo Hospital.

• Telefones úteis – Esta facilidade possibilitará o aces-so aos principais telefones para contato direto com as Unidades do Hospital, sem necessidade de usar o Call Center.

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EM PAUTA

TECNOLOGIA

Atendimento rápido pode trazer mais qualidade de vida para pacientes acometidos por AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é con-siderado a doença que mais mata no Brasil, supe-rando até mesmo os números de casos de morte por infarto. A cada cinco minutos uma pessoa morre por AVC no País, totalizando mais de cem mil óbitos todo ano. A doença é ainda a principal causa de incapacidade em adultos.

O acidente cerebral é uma emergência neu-rológica que pode afetar uma área específica ou, às vezes, todo o cérebro. Pode ser causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo (acidente vascular hemorrágico) ou pode acontecer quando um vaso estiver obstruído por um coágulo sanguíneo (acidente vascular isquêmico – AVCI). O AVC hemorrágico em geral tem pior evolução, precipitando a morte em até 50% dos casos. Os AVCs isquêmicos são mais comuns e correspondem a cerca de 85% de todos os casos.

A boa notícia é que a doença pode ser evita-da ou ter suas sequelas atenuadas se o paciente for socorrido imediatamente e levado para uma emergên-cia hospitalar adequada.

Palestras sobre o assuntoPara dar ainda mais notoriedade a este as-

sunto, o Centro de AVC do Hospital Moinhos de Vento, sob a coordenação da Dra. Sheila Martins, realizou no dia 23 de agosto o simpósio com o tema “Uma

Visão Contemporânea da Doença Cerebrovascular Aguda”, tendo como convidado especial o presidente da Organização Europeia de AVC e vice-presidente da Federação Mundial de Neurologia, Werner Hacke, pro-fessor da Universidade de Heidelberg, da Alemanha. O especialista abordou o tema “As estratégias para diminuir o impacto do AVC no mundo: A organização do atendimento de emergência”.

Em sua explanação, Dra. Sheila afirmou que o AVC é uma emergência médica e um problema de saúde pública, que precisa ser encarado de forma sé-ria: “A doença é a causa de 40% das aposentadorias precoces no Brasil. Por muitos anos o foco exclusivo foi na prevenção, mas essas ações não foram sufi-cientes. São necessárias iniciativas mais efetivas, como um rápido atendimento, melhor organização dos ser-viços e protocolos adequados. Por isso, em 2008 foi criada a Rede Brasil AVC, com o objetivo de mapear e dar suporte aos hospitais que possuem ou que podem implementar Centros de AVC de qualidade no País”.

Conforme a Dra. Sheila, o Centro de AVC do Hospital Moinhos de Vento foi fundado em 2001 e a ideia da Instituição é unir tecnologia de ponta, a excelência do seu corpo clínico, a credibilidade da Instituição e a tradição do Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital em benefício da ciência e da qualidade de vida dos pacientes: “Temos, inclusive, uma parceria com a Associação Médica Brasileira , no Progra-ma de Educação em AVC, com aulas online, presenciais e multiplicadores”.

Um grande estudo internacional apresentado durante o VI Congresso Mundial de AVC, na Áustria, demonstrou um perfil favorável de eficácia e seguran-ça no tratamento de acidente vascular cerebral isquê-mico com o medicamento alteplase, quando aplicado em um período de até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Anteriormente, o período conside-rado adequado entre os primeiros sintomas e a apli-cação da medicação era de três horas. O aumento no tempo em que o medicamento pode ser aplicado com

resultados favoráveis após o AVC amplia as chances de o paciente sobreviver sem sequelas.

“Esses resultados são importantes para au-mentar o número de pacientes beneficiados com a alteplase, único fibrinolítico recomendado pe-las principais diretrizes nacionais e internacionais, nos casos de AVC isquêmico. O espaço de tempo entre o início dos sintomas e o tratamento é fator determinante para a evolução da doença. As equipes de emergências não podem perder tempo, quanto mais rápido for o atendimento mais chances de reduzir as sequelas dos pacien-tes acometidos por esta grave doença. Por isso é de extrema importância que os pacientes que chegam aos hospitais públicos ou privados e são elegíveis para o uso deste medicamento, sejam tratados”, afirma Dr. Werner Hacke.

Dra. Sheila Martins e Dr. Werner Hacke

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PESQUISA

O valor da Ética em pesquisaNesta entrevista, Dr. Sérgio Amantéa, Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital, esclarece questões sobre a ética propriamente dita e sobre a ética aplicada em pesquisa científica, explicando porque, em sua opinião, a aplicação da ética na pesquisa tornou-se um requisito obrigatório de maneira universal

Qual a importância da ética?Num contexto de sociedade, pressupõe a ca-

pacidade de se estabelecer um juízo adequado, de maneira autônoma e coerente, que tem como princí-pio básico o respeito ao ser humano.

O que significa ética em pesquisa?Não é um conceito tão fácil de ser transposto.

Possui inúmeras interfaces e interpretações, mas agre-ga um atributo de juízo. Necessita o estabelecimento de algumas diferenças com o conceito de moral, em que o juízo é decorrente de usos e costumes consa-grados pela sociedade e num determinado período. Somos influenciados (de fora para dentro), os valores não são por nós ativamente eleitos (são incorpo-rados). Na ética, ao contrário, o valor é gerado de uma revisão crítica, um juízo de valor (de dentro para fora). É um processo mais complexo que envolve ra-zão, sentimentos, emoções, educação, personalidade e também valores morais. No campo da pesquisa em seres humanos, a Bioética incorpora este conceito amplo, que requer estabelecimento de juízo e reflexão, numa visão multi e transdisciplinar.

Quais os principais objetivos da aplicação de conceitos éticos em projetos de pesquisa?É procurar garantir o adequado desenvolvi-

mento da pesquisa em suas várias etapas: planeja-mento, execução, obtenção, avaliação e divulgação dos resultados. Este processo contínuo vem a prote-

ger os interesses de todos envolvidos num cenário de pesquisa. Não só relativos ao sujeito de pesquisa pro-priamente dito (criação de barreiras ao uso inadequa-do da tecnologia), mas também direcionados para o pesquisador e a instituição onde será desenvolvida a pesquisa. É a geração de uma medida de valor, aquilo que será pesquisado.

Existem normas para uma pesquisa ética? Quem avalia?Desde 1996, o Brasil dispõe de uma regula-

mentação específica sobre pesquisa envolvendo seres humanos. É a Resolução nº 196/96 elaborada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). É um documento abrangente, que estabelece reflexões e identifica ques-tões importantes no cenário da Bioética.

Para um melhor entendimento, devemos consi-derar como pesquisa em seres humanos: “aquela que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais”. Além dos princípios básicos da Bioética (não-maleficência, beneficência, autonomia e justiça), a Resolução incorpora aspectos importantes de discus-são: dignidade dos participantes, direito à privacidade, confidencialidade e sigilo, proteção ampla aos partici-pantes e populações vulneráveis, termo de consenti-mento livre e esclarecido, entre outras questões.

O início do processo de avaliação passa pela concepção do projeto, que deve estar alinhado à Resolução nº 196/96. A partir desta etapa, o pesqui-sador deve submeter o projeto, numa etapa prévia a sua execução, a um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Esta estrutura reúne pessoas que tiveram seus nomes submetidos à apreciação e aprovação da Co-missão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). É um Comitê multidisciplinar, deve incluir profissionais de áreas variadas e, no mínimo, um representante da comunidade de usuários.

O Comitê deve se reunir com periodicidade estabelecida, discutir todos os projetos e elaborar pa-recer consubstanciado escrito. Deste parecer seguem as recomendações que devem ser incorporadas ao projeto em avaliação (melhorias ou adequações), a aprovação ou até mesmo a recomendação de não desenvolvimento da pesquisa. Os CEPs constituem uma rede, que fica subordinada à CONEP. Nesta ins-tância superior, são avaliadas as situações de recurso, ou projetos especiais (estudos multicêntricos interna-cionais, pesquisas na área de reprodução e genética, pesquisa em populações indígenas, entre outras).

Outras Diretrizes complementares à Resolução CNS 196/1996 foram elaboradas e têm como obje-tivos atender a demandas decorrentes de particula-ridades que emergiram pelo desenvolvimento científi-co e tecnológico no campo da pesquisa (240/1997, 251/1997, 292/1999, 303/2000, 304/2000, 346/2005, 347/2005, 370/2007).

No que se baseia a avaliação ética de um projeto de pesquisa na área da saúde?É um processo amplo que envolve múltiplos

aspectos. Desde a finalidade e valor da pesquisa, passando por questões de ordem metodológica (ade-quação científica) e culminando com a compreensão e estabelecimento de um termo de consentimento formal para o seu desenvolvimento.

É importante ressaltar que a responsabilidade

do CEP não termina com a aprovação de desenvol-vimento da pesquisa. O CEP traz para si uma co-res-ponsabilidade pelo desenvolvimento da pesquisa, sen-do importante um acompanhamento periódico do seu desenvolvimento e de situações que possam agregar risco aos sujeitos da pesquisa,. De uma maneira su-marizada, podemos enumerar algumas questões que obrigatoriamente devem ser consideradas para avalia-ção de uma pesquisa conduzida em seres humanos.

• Valor: importância social, científica ou clínica da pesquisa.

• Validade científica: estudos inadequados me-todologicamente não são capazes de produzir fatos científicos, pelo contrário, podem gerar conclusões imprecisas e inadequadas.

• Seleção equitativa: requer que o critério de escolha para participação na pesquisa seja direciona-do pela ciência e não por uma condição de vulnera-bilidade das pessoas, que seja oferecida a todos uma oportunidade de participar da pesquisa, e que exista possibilidade de benefício com os resultados obtidos.

• Risco-Benefício: os riscos potenciais devem ser identificados e minimizados, da mesma maneira que os benefícios potenciais devem ser maximizados.

• Avaliação independente: para que questões relacionadas a conflitos de interesses sejam dirimidas e aspectos relativos à coletividade sejam valorizados.

• Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: onde são pactuados os itens principais do projeto.

• Respeito aos sujeitos incluídos na pesquisa.

Quais as consequências de um projeto inadequado? Podem ser desastrosas, tanto em aspectos re-

lacionados a situações de salvaguardar os interesses dos participantes da pesquisa, quanto ao produto final gerado por uma metodologia inadequada (evidências equivocadas). Felizmente, ambas situações têm tido seu impacto danoso minimizado, pela ação dos Comi-tês de Ética ou pela exigência das revistas científicas, mas também pela valorização e disseminação de um conhecimento adequado (evidência científica).

Dr. Sérgio Amantéa

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E PESQUISA

No primeiro semestre de 2010 aconteceu a formatura da primeira turma do MBA Execu-tivo em Gestão Saúde no Rio Grande do Sul, resultado de uma parceria entre o Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento e a Fundação Getúlio Vargas/Decision.

O curso é dirigido a médicos e a todos os profissionais que desejam aprofundar ou ad-quirir conhecimentos de administração e gestão, que atuam ou pretendem atuar em instituições, organizações ou serviços de saúde.

Profissionais qualificadosIniciado em março de 2007, o MBA teve

a duração de dois anos, com aulas periódicas realizadas nas dependências do Hospital Moinhos de Vento, com um total de 432 horas/aula. O curso foi composto por várias disciplinas com foco na ges-tão em saúde e teve a coor-denação dos doutores Tânia Furtado (FGV) e Jefferson Go-mes Fernandes (IEP/HMV).

“Os profis-sionais deste seg-mento necessitam se qualificar, ir além

Primeira turma de gestores em saúde está no mercado

de sua área técnico-científica, em gestão e li-derança, para competir e evoluir neste mercado. Há ainda a necessidade de uma participação cada vez maior destes profissionais nas ques-tões da gestão dos sistemas de medicina su-plementar e público de nosso País.”, ressalta Dr. Jefferson Fernandes.

A primeira turma de gestores em saúde já está participando de forma ativa e qualificada no mercado de trabalho, nas diferentes áreas de medicina, administração hospitalar, informática, comunicação social, odontologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia, assistência social, farmá-cia e bioquímica, de onde são oriundos.

A primeira turma de gestores em saúde já

está formada e atuando no mercado

O Coral Feminino do Hospital Moinhos de Vento leva a música aos pacientes e seus acompa-nhantes. Os ensaios e apresentações ocorrem uma vez por semana, às quintas-feiras e o grupo é forma-do por 26 cantoras, que são voluntárias.

Desde a inauguração da Instituição, em 2 de outubro de 1927, o canto coral, uma das atividades típicas das comunidades alemãs, foi introduzido pelas diaconisas. Segundo a Irmã Ires Spier, as Irmãs tinham a preocupação de criar um ambiente familiar aos pacientes, modificando a ideia de que hospital é si-nônimo de sofrimento. Segundo o relato da diaconisa Gisela: “Acreditávamos na importância da atenção aos aspectos emocionais e à espiritualidade”.

Em 1984, foi criado o Coral Misto dos Funcio-nários do Hospital. Em 1998 o grupo transformou-se em coro feminino e desde 2009, conta também com o trabalho de uma professora de técnica vocal.

O repertório do grupo é formado, em sua maioria, por MPB, músicas sacras e infantis, levando em conta a letra (com mensagens de esperança, de fé, alegria e amor) e a possibilidade de realização a capella, ou seja, sem a utilização de instrumentos musicais de acompanhamento. A mobilidade do grupo imprime também uma dinâmica diferenciada ao traba-lho. Quando parado, o coro é regido pela maestrina, porém na movimentação pelos corredores, as canto-ras exercitam sua atenção ao fazer música ouvindo as demais vozes e ‘harmonizando-se’.

Para as cantoras, a aproximação com o ou-tro é muito benéfica. “Vim em busca de um objetivo maior”, conta Ana Helena Zago, soprano. Segundo Suzana Kanter, integrante do naipe de contraltos: “A diferença de cantar no coro do Moinhos é que o re-sultado é percebido na hora”. Conforme Miriam Matte, mezzo-soprano, a maior emoção acontece quando as portas se abrem à medida que o coral percorre os corredores. Laura Oliveira, mezzo-soprano, também

Um canto de amor à vida

enfatiza a aproximação com o próximo: “Faz a gente se sentir mais gente”, opinião compartilhada por Ana Cristina Haussen, contralto e coordenadora do grupo: “Deixamos a nossa problemática pessoal para encarar a que é do outro”.

As pessoas aprovam o trabalho do coro aplaudindo, sorrindo ou simplesmente se emocionan-do. “Muitas vezes elas até cantarolam as músicas conhecidas”, afirma Maria Luíza Costa, contralto. Para Vera Ferreira, mezzo-soprano, a participação traz mui-ta emoção. Margarita Mouriño, contralto, acredita que o coral possui uma “missão terapêutica”: “Recebe-se tanto ou mais do que se dá”.

As cantoras também apontam o crescimento pessoal em termos de aprendizagens musicais: “Re-presenta um crescimento como pessoa e também um aprendizado de controle da voz, de tom”, comenta Ana Helena Zago. A aprendizagem do controle da respiração é enfatizada também por Marlene Fróes: “Normalmente a gente é muito ansiosa e acaba usan-do o ar sem controle”.

A atividade do coral também envolve o tra-balho com a expressão corporal, o uso da palavra e a desinibição: “Eu era muito tímida e agora, melho-rei”, explica Sônia Ruperti, contralto. Vera Cauduro, mezzo-soprano e professora de música aposentada, comenta: “A gente também começa a se desenvolver criativamente. Em algumas músicas eu comecei a can-tarolar uma voz diferente da melodia.”

HISTÓRIA

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PREMIAÇÃO

Com o case “Educação Corporativa – Captan-do, desenvolvendo e retendo talentos que sustentam e fortalecem os resultados institucionais”, o Hospital Moinhos de Vento conquistou o Top Ser Humano 2010, em sua 18ª edição. Neste ano a Instituição também ganhou o reconhecimento Mérito Top Ser Humano, uma novidade que está em sua primeira edição e que foi entregue para três instituições que se destacam por sua excelência, sendo premiadas cinco vezes nos últimos seis anos, inclusive no ano vigente. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 19 de outubro, na sede Alto Petrópolis do Clube Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, com a presença de empresários e lideranças de todo o Estado.

Estiveram presentes para receber a homena-gem Dr. João Polanczyk, superintendente Executivo; Fernando Torelly, superintendente Administrativo e Mohamed Parrini, superintendente Financeiro; além de gerentes e colaboradores do Hospital.

Criado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em 1993, o Top Ser Humano é um reconhecimento às empresas e profissionais que se destacam por suas melhores práticas na área de gestão de pessoas. Considerado um dos mais cobiçados prêmios do País na área de Recursos Humanos, reconhe-ce empresas, estudantes e jornalistas que valorizam o Ser Humano como diferencial estratégico.

Hospital é Top Ser Humano e Top Mérito Ser Humano

Case da InstituiçãoA Educação Corporativa do Hospital Moinhos

de Vento é fruto de um trabalho em conjunto en-tre o Instituto de Educação e Pesquisa e a área de Desenvolvimento Humano da Instituição. O progra-ma tem como objetivo disponibilizar ferramentas de aprendizagem alinhadas à estratégia organizacional para promover o desenvolvimento da sociedade e também dos seus profissionais e, como consequência, a mudança de cultura da organização.

Este trabalho surgiu a partir da revisão do Planejamento Estratégico, que aconteceu em 2008, e está alinhado à perspectiva de Aprendizado e Cres-cimento definido no Mapa Estratégico da Instituição.

A ideia é garantir um ambiente de trabalho que estimule a inovação e a adoção de melhores práticas, desenvolvendo, capacitando e retendo talen-tos no Hospital. Igualmente importante é o estímulo para o desenvolvimento de tecnologias em saúde, informação e comunicação, como forma de apoio às decisões, bem como a promoção do crescimento de competências e da geração de conhecimento.

Superintendentes, lideranças e colaboradores prestigiaram

o evento de premiação e comemoraram mais

essa importante conquista

A Educação Corporativa do Hospital Moi-nhos de Vento, portanto, é calcada em três pila-res fundamentais: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer e Aprender a Ser e Conviver. Cada um desses pilares propõe um conjunto de ações espe-cíficas de relacionamento com os grupos que com-põem os públicos da Instituição, utilizando uma estrutura completa para treinamento, interação e desenvolvimento dentro da organização.

Os resultados obtidos vêm sendo muito positivos e podem ser observados em diversas frentes. Houve melhoria identificada na Pesquisa

de Clima, especialmente porque os programas já formaram cerca de duas mil pessoas, muitas oriundas de comunidades com as quais o Hos-pital convive.

Por exemplo, cerca de 80% dos Técnicos de Enfermagem formados pela Escola de Educação Profissional, um dos Programas oferecidos pela Educação Corporativa, são absorvidos pela área assistencial. Além disso, a integração do trabalho e da aprendizagem amplia as habilidades e o en-tusiamo dos colaboradores, abrindo oportunidades para novas posições dentro da Instituição.

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MATÉRIA DE CAPA

Acreditação: mais qualidade, segurança e visibilidade para a Instituição

No que consis-te a Acreditação?

Dr. Brandão – O processo de Acreditação dos Hospitais segue me-todologias de avaliação sobre a demonstração de conformidade, ou não, aos padrões inter-nacionais consagrados de qualidade e seguran-ça assistencial. Várias entidades são responsáveis pela avaliação, en-tre elas a mais respeitada e de maior renome internacional: a Joint Commission International (JCI), a qual o nosso hospital candidatou-se para ser avaliado. A JCI estabelece padrões de excelência na atividade hospitalar, que foram aperfeiçoados ao longo do tempo. Começou nos Estados Unidos e na última década estendeu sua atuação a vários outros países. A instituição que obtém o selo de Acreditação demonstra suas adequações aos padrões considerados de excelência na prestação de serviços hospitala-res. Estes padrões consistem em cerca de 1300 elementos de mensuração, que são atualiza-dos anualmente, para acompanhar a evolução e o conhecimento técnico da medicina e da assistência em diversas dimensões, desde os cuidados dispensados direta e rotineiramente aos pacientes, os setores de apoio à atividade assistencial, até os preceitos de governança e segurança das instalações.

Os ciclos de avaliação ocorrem a cada três anos, cujas análises são feitas por avalia-dores internacionais e representantes no Brasil da JCI.

Ao longo dos anos o Hospital Moinhos de Vento realizou todo um processo educacio-

nal para cumprir e adaptar-se às metas e aos padrões exigidos, que envolve a utilização de consultorias periódicas, visto que a cada novo processo de re-acreditação as exigências tor-nam-se progressivamente mais rigorosas, com metas mais desafiadoras.

As instituições de saúde que desejam demonstrar sua excelência assistencial buscam este processo e estabelecem um selo de quali-dade e maior segurança aos usuários.

Por que foi criada?Dr. Brandão – A imensa complexidade dos

cuidados médicos e assistenciais não é isenta de riscos e não existe o risco zero. A aplica-ção e o seguimento de normas e padrões que possuem comprovação de reduzir esses riscos exige uma educação e aperfeiçoamento contínu-os dos processos que envolvem o atendimento ao paciente. Ao trabalhar continuamente pelo correto uso das regras estamos oferecendo maiores garantias de proteção e minimização de riscos, o que necessariamente impacta na melhoria dos desfechos clínicos, mesmo em si-tuações difíceis como seriam aquelas imprevis-tas ou de catástrofes, por exemplo. O que está na base deste conhecimento são as recomen-

Os princípios do Hospital estão calcados na competência, no respeito às pessoas e em valores éticos. Seu comprometimento e transparência

garantiram a construção de uma imagem sólida e fizeram com que a Instituição ocupasse uma posição de vanguarda entre as instituições hospitalares do Brasil pelo alto padrão de qualidade de seus serviços.

O Hospital Moinhos de Vento foi a instituição de saúde pioneira do sul do Brasil certificada pela Joint Commission International (JCI), organismo que já avaliou mais de 20 mil instituições nos Estados Unidos e mais de 200 no mundo. A primeira Acreditação ocorreu em 2002 e, em 2008,

o Hospital foi re-acreditado pela terceira vez, reafirmando seu compromisso com a qualidade em todos os seus serviços.

Nesta entrevista Dr. Nilton Brandão da Silva, Superintendente Médico, Dra. Sandra Seabra, coordenadora médica de Acreditação e a

Enfermeira Isonia Muller, gerente Assistencial, falam sobre a importância deste reconhecimento, o que mudou na Instituição desde a primeira certificação, quais as vantagens para pacientes e destacam, ainda,

as metas de segurança que precisam ser seguidas. Karina Paris, gerente de Gestão e Desenvolvimento, faz o fechamento da reportagem, em um artigo que fala sobre a manutenção das metas e padrões.

Dr. Nilton Brandão Dra. Sandra Seabra Enfermeira Isonia Muller

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MATÉRIA DE CAPA

dações de medidas que demonstraram provas de eficácia e que podem salvar vidas e reduzir o risco da atividade. A segurança do paciente e a redução de risco é um dos temas mais presentes hoje nos congressos médicos nas di-ferentes especialidades e um dos movimentos mundiais da Organização Mundial da Saúde e dos governos. O processo de Acreditação não é só demonstração de qualificação, mas um dos caminhos necessários e mais seguros em dire-ção à excelência da atividade médica hospitalar assistencial. No Brasil este movimento é ain-da relativamente recente, mas progressivamente as instituições e as pessoas estão despertando para a sua importância. Afora os hospitais ame-ricanos e canadenses, o primeiro Hospital acre-ditado internacionalmente pela JCI foi o Albert Einstein, em São Paulo, em 1999. O Moinhos de Vento foi o segundo acreditado no Brasil em 2002, seguido de vários outros. Atualmente,

diversos estão em processo educacional para obter Acreditação.

Como funciona o processo na prática?Dra. Sandra Seabra – Na prática, existe

um manual redigido por experts internacionais de renome (médicos, enfermeiros, administrado-res), que vale para todos os hospitais, respei-tando as diferenças culturais, ainda que o pa-drão de segurança seja o mesmo. Este material contém todos os padrões que as organizações que querem ser acreditadas precisam seguir.

São práticas recomendadas que visam a segurança do paciente, dos funcionários, dos vi-sitantes, segurança ambiental e patrimonial. Por exemplo, a prevenção de incêndios e catástrofes. Esses padrões antevêem uma série de imprevis-tos e também abordam questões de liderança, padrões específicos com relação à avaliação e o cuidado com o paciente, a parte de anestesia

e cirurgia, de educação do paciente e dos seus familiares. Existe uma intenção muito grande de que o paciente participe do seu cuidado e que a família esteja pronta para recebê-lo, assegu-rando a continuidade do cuidado, após a alta do hospital.

Assim, um hospital não representa so-mente o local onde o paciente é internado e atendido, tendo com a alta a finalização des-te atendimento É desejável que o compromisso se estenda mesmo após a alta. Neste sentido, existem padrões com relação à qualificação dos profissionais, especialmente ao corpo médico, de enfermagem e farmacêuticos para poder trabalhar em um hospital acreditado. Existem também padrões sobre os registros, prontuário do paciente, as formas como tratamos toda a informação dentro do Hospital, além da beira do leito, dando sustentação por meio das áreas de apoio com definições seguras para que o processo final aconteça.

A partir desses padrões, o Hospital con-fronta o que está acostumado a fazer com o que é efetivamente solicitado. As pessoas são preparadas, educadas na melhoria dos proces-sos para poderem ser avaliadas. A avaliação é geralmente feita por três avaliadores expe-rientes, sendo um médico, um enfermeiro e um administrador hospitalar, composto (no Brasil) por dois brasileiros e um norte-americano, que – durante cinco dias inteiros – ou noite se for necessário, verificam, in loco, se estamos apli-cando corretamente o que está preconizado nos manuais, a partir de reuniões, de visitas à beira do leito e entrevistas com a equipe. São muito valorizadas a inspeção e a análise cuidadosa dos prontuários de pacientes, e também os re-gistros que demonstram as ações feitas.

Dr. Brandão – A metodologia de avaliação vai até a ponta do processo, que é o cuidado dispensado ao paciente, verificando se o que você afirma é comprovado. Tudo isso serve tam-bém para a própria educação da equipe multi-disciplinar e a impregnação na própria cultura institucional das suas responsabilidades no exer-cício das atividades. Esta metodologia traz inú-meras vantagens para a Instituição, pois é uma forma de disseminar os melhores conhecimentos e as melhores recomendações sistemicamente. Existe um esforço muito grande até para que a Instituição possa se candidatar a essa avaliação e conquistar o reconhecimento. Necessariamente ela possui uma causa maior, pois sendo edu-cacional, possibilita uma mudança na forma de pensar das pessoas, filosófica e culturalmente, impactando na atitude do dia a dia.

Depois da avaliação, como é o feedback recebido pela Instituição?Dra. Sandra Seabra – A partir da avaliação,

nós recebemos um relatório que estabelece a ob-tenção ou não da Acreditação em conformidade aos padrões exigidos, não existindo meio termo. Ou cumprimos os padrões ou não cumprimos.

O relatório pode estabelecer alguns pon-tos de conformidades parciais, que precisam ser melhorados, mas necessariamente temos que atingir o nível estabelecido para a Acredita-ção. Aliás, este nível é muito interessante, pois o Hospital não é apenas comparado com ele mesmo, mas com outros hospitais também. Há uma comparação de notas e não é permitido estar no desvio.

Uma vez obtida a Acreditação, a JCI pode eventualmente realizar até uma visita surpresa, com avaliações imprevistas e inesperadas, para

Segundo os profissionais, a Acreditação é mais do que um selo de qualidade, é uma maneira de disseminar os melhores conhecimentos e as melhores recomendações sistemicamente

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MATÉRIA DE CAPA

assegurar que continuamos trabalhando para o cumprimento e a manutenção dos padrões.

O que mudou desde que o Hospital foi acreditado pela primeira vez?Dra. Sandra Seabra – A Acreditação

mudou o Hospital e temos muitos resultados positivos. Certamente, todos os processos de assistência direta ao paciente são muito mais seguros do que eram antes da mesma. Ape-sar de o Hospital ter historicamente toda uma cultura de qualidade e valores de disciplina, quando a Acreditação está alinhada à cultura hospitalar, as coisas acontecem de forma mais tranquila e natural.

Observam-se melhores resultados através de seus indicadores, que passaram a ser mensu-rados sistematicamente, tanto os que se referem às pessoas quanto aos de processos, o que é bom para o próprio profissional, para a institui-ção e para o paciente.

Em termos de ambiente físico o Hospital também melhorou, pois existe a preocupação da segurança ambiental, como por exemplo, a

obrigação de se ter pessoas que sejam treina-das a cada dois anos para prevenir e atuar em incêndios, assim como as simulações, que acon-tecem duas vezes ao ano, e que nos mostram se estamos preparados para atender a uma catástrofe também na comunidade.

Dr. Brandão – Outra questão que deve ser destacada é que o Hospital que conquista a Acreditação ganha uma visibilidade que expan-de suas fronteiras. Hoje, no mundo, entidades e organizações que buscam parcerias analisam se o Hospital tem um selo de Acreditação in-ternacional. Essa visibilidade cria oportunidades para a Instituição. Recentemente, temos sido procurados por associações estrangeiras inte-ressadas em recomendar hospitais a pacientes doentes em viagem, visto o grande número de pessoas que fazem viagens internacionais e que precisam encontrar segurança nas necessidades com relação a sua saúde. A visibilidade abre portas para todos os tipos de parcerias, mes-mo governamentais, também interessadas em estimular essas viagens, algumas propriamente feitas para tratamentos de saúde. Neste sentido a Acreditação internacional assegura melhores garantias de que os pacientes receberão aqui as mesmas exigências que procuram em seus países de origem. Sem esta visibilidade torna-se mais difícil alavancar projetos internacionais.

Neste contexto, como funciona o Comitê de Gerenciamento de Riscos?Isonia Muller – Este trabalho já vem sen-

do desenvolvido no Hospital desde 1995 e hoje, com a JCI, ele tem um propósito diferente, mais apurado do que foi na origem. Buscamos garan-tir que o paciente e todas as partes interessa-das na Instituição não corram riscos desneces-

sários enquanto estão aqui. Nós mapeamos as possibilidades de risco e criamos protocolos e rotinas para garantir que dentro dos processos que eles se submetem conosco, eles corram o mínimo de risco possível. Essa é a garantia que o Hospital precisa dar a essa comunidade.

Dentro deste processo, temos todas as áreas envolvidas que fazem parte da Instituição com relação à área predial e à área da as-sistencial. Faz-se e planeja-se um alinhamento de todo processo de cuidado, da segurança e medicina do trabalho, da CIPA e os processos de ambiente. Esse é o conceito de buscar se-gurança para todos e não somente para os pa-cientes. Todas as pessoas que de alguma forma circulam dentro da quadra do Hospital estão sob o crivo do nosso cuidado, da nossa busca por garantir segurança para eles.

Dra. Sandra Seabra – Os hospitais, de uma maneira geral, representam o que nós cha-mamos de “Hight Risc Organization” ( HRO). Da mesma forma como as empresas de transporte aéreo, fazemos parte de organizações nas quais erros são muito raros, mas quando acontecem, podem ser muito graves. Neste sentido, o Comi-tê é muito importante, pois tem a responsabili-dade de gerenciar o risco. As pessoas têm que saber que o hospital possuem essa particulari-dade por ser uma estrutura complexa.

O que são as Metas de Segurança do Paciente?Dra. Sandra Seabra – São metas interna-

cionais, da própria Organização Mundial de Saú-de. E a JCI tem o papel de trazer essas metas para o seu manual de padrões. Hoje são seis metas, amanhã podem ser mais. Elas surgiram porque foram avaliados todos os eventos gra-

ves e adversos que aconteceram em hospitais e suas causas. A partir daí ficou estabelecido o deveria ser feito tentar evitar ao máximo que esses riscos acontecessem.

A primeira meta diz respeito aos cuida-dos com a identificação do paciente. Sempre que for feita qualquer intervenção, não basta conhecer o paciente pelo nome. Temos que ter sempre dois identificadores: o nome completo e o número de atendimento devem ser verifi-cados na folha de prescrição e na pulseira do paciente.

A segunda meta fala da comunicação, ou seja, como se trabalha e utiliza as informações sobre o paciente, exigindo que sejam verbaliza-das, para não haver erro.

A terceira meta é a de gerenciamento de medicamentos de alta vigilância, para isso te-mos que garantir que estas medicações não es-tejam disponíveis livres no ambiente de cuidado, exigindo que sejam dispensados somente após a avaliação e checagem da prescrição pelo far-macêutico e no momento da sua administração.

A quarta meta é a da cirurgia segura, mui-to citada, sendo esta uma meta crítica hoje. A sua finalidade é garantir que iremos operar o paciente certo, o órgão certo e o lado certo (quando exis-tir lateralidade). Esta meta propõe que o paciente só entre em cirurgia com a presença dos consen-timentos informados da anestesia e cirurgia, com avaliações médicas e pré-anestésicas prévias, com a marcação do sítio cirúrgico quando órgão par ou estruturas múltiplas. Além disso, na meta se preconiza a última oportunidade de revisão do procedimento a ser realizado o chamado “Time out”, ou seja, uma checagem do que será feito: o paciente certo, com a doença específica e a cirurgia a ser feita no ponto já assinalado; todos os exames necessários, antever a necessidade de

A conquista da Acreditação

traz uma visibilidade que expande as fronteiras

da Instituição

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TECNOLOGIA

Manutenção dos padrões de Acreditação e Metas Internacionais de Segurança

A Farmácia do Hospital Moinhos de Vento, que possui uma movimentação mensal de cerca de 300 mil itens – entre material hospitalar e medicamen-tos, está implantando soluções automatizadas para armazenagem do estoque. Esta iniciativa segue uma tendência mundial de adoção de tecnologias para au-

mentar o nível de eficácia nos processos e a segurança para os pacientes.

Os novos equipamentos são formados por conjuntos de armários rotativos e dispensários com aberturas de gavetas controladas por identificação biométrica – por meio da digital do usuário. A ideia é permitir a automatização da gestão, da distribuição e do controle do que é fornecido pela Farmácia.

O que será feitoNa farmácia central será insta-

lado armário rotativo vertical, chamado Carrossel – composto de bandejas rota-tivas que possibilitam gerenciar pedidos ao estoque, agilizando o processo de separação das prescrições. Para comple-tar a segurança da operação há, ainda, a conferência de dados, como lote e prazo de validade, via código de barras.

Na reportagem principal, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o processo de Acreditação Internacional e Metas Interna-cionais de Segurança, sua história dentro do Hospital e a importância de se trabalhar com estes padrões para a segurança tanto do paciente, quando da Instituição e de cada um de nós. “Mas de que forma mantemos a Instituição trabalhando constantemente nestes padrões?”

No Hospital Moinhos de Vento, os padrões internacionais de qualidade são trabalhados por uma equipe de Lideranças de Capítulos, composta por 29 líderes, que têm a função de engajar todos os profissionais na promoção de melhorias contínuas, conforme preconiza cada capítulo. Esta equipe de líderes é orientada por um Comitê de Acreditação, formado pelo Superinten-dente Médico, pela gerente de Gestão e Desenvolvimento Organizacional, pela Gerente Assistencial, pelo gerente Médico e pela coordenadora de Processos Médicos da Instituição.

Algumas iniciativas são realizadas anualmente para que possamos ter subsídios e possibilitar a melhoria contínua:

– Auditoria interna quadrimestral em todas as unidades da Instituição, o PAMQ (Programa de Auditoria para Melhoria da Qualidade);

– Auditorias de Prontuários fechados mensalmente; – Avaliação bimestral de caráter interno, baseada na metodologia de

avaliação da Acreditação; – Programa de Gerenciamento de Risco institucional; – Capacitações constantes de nosso corpo funcional. Todas estas iniciativas levantam

oportunidades de melhorias em processos, rotinas, protocolos, registros em prontuá-rios e conhecimento, para que, por meio de planos de ação formais, possamos buscar a manutenção da Excelência Assistencial, uma marca do Hospital Moinhos de Vento.

sangue ou não, uso ou não da antibiótico profilaxia, checagem dos aparelhos. O que represen-ta uma checagem do painel de bordo, da mesma forma como acontece com um piloto de aviação antes de decolar.

A quinta meta está rela-cionada à prevenção de infec-ção, que é trabalhada com o protocolo de higienização das mãos em campanhas internas. A sexta e última meta preco-niza evitar risco de lesões por quedas, trabalhada na institui-ção por meio de avaliação e reavaliação de risco na admis-são do paciente e protocolo de prevenção estabelecido.

Dr. Brandão – E vale ressaltar que esse é um dos métodos mais eficientes de pre-venção de complicações. São atividades relativamente simples e de baixo custo, mas de alto impacto. Essa analogia que se faz com a aviação trata justa-mente disso. O transporte aé-reo somente é o mais seguro hoje em dia porque foi rígido ao cumprir suas regras e padrões. Essa experiência foi trazida para a área hospitalar, como um conceito simples, obrigató-rio e eficiente. Por mais óbvio que possa parecer, quanto mais normatizado for o setor, maior é a garantia de segurança e de proteção do paciente.

MATÉRIA DE CAPA

Segurança e agilidade com os sistemas de automação

Segundo Shirley Frosi, supervisora da Far-mácia, este tipo de tecnologia agrega segurança ao plano de cuidado do paciente: “No processo manual uma prescrição leva em média 10 minu-tos para ser separada e conferida. Com a nova tecnologia, o tempo por prescrição poderá ser reduzido para até três minutos”.

Atualmente, já está em funcionamento um dis-pensário eletrônico no Centro Obstétrico e até o final do ano serão colocados outros cinco, distribuídos na CTI Neonatal, CTI pediátrica, Unidade de Internação e na nova maternidade.

Este equipamento possibilita definir os ní-veis de acesso ao estoque e aos medicamen-tos prescritos e validados pelo farmacêutico, garantindo a política de segurança e de aces-so aos medicamentos definida pelo hospital. O monitoramento das movimentações de estoque nos dispensários é feita online pela farmácia.

Os equipamentos foram importados dos Estados Unidos e da Espanha e representam um investimento de cerca de R$ 1,5 milhão. Os novos processos estão de acordo com as exi-gências de Acreditação Internacional.

Karina ParisGerente de Gestão e Desenvolvimento Organizacional

Shirley Frosi

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COMUNIDADE

Unidade Paulo Viaro garante mais saúde e qualidade de vida aos moradores da região e arredoresDando continuidade ao Projeto Social Restinga e Extremo Sul, que irá constituir um sistema distrital de saúde, o Hospital Moinhos de Vento inaugurou a unidade de Saúde da Família Paulo Viaro, garantindo maior acesso à assistência em uma comunidade que apresenta muitas situações de fragilidade social

O Hospital Moinhos de Vento inaugurou, no dia 10 de junho, a Unidade de Saúde da Família Paulo Viaro, primeira estrutura construída após o lançamento do Projeto Social Restinga e Extremo Sul e que dá continuidade ao acordado com o Ministério da Saúde. O evento foi prestigiado por li-deranças do Hospital, autori-dades, profissionais de saúde

e moradores da região e arre-dores. Um dos principais obje-tivos da unidade é a redução da mortalidade, com a realiza-ção adequada de tratamento das enfermidades e a promo-ção da melhoria da qualidade de vida e da saúde de toda a comunidade. Por meio de con-vênio com o gestor municipal do SUS, a instituição irá aten-der integralmente aos morado-res da região, muitos em si-tuação de fragilidade social e de carência de assistência em saúde. Todo o trabalho será desenvolvido de acordo com o princípio de vigilância à saúde, com o acompanhamento das famílias que moram no terri-tório de atuação da Unidade. As ações priorizam a promo-ção, proteção e recuperação da saúde, de forma integral e contínua.

Equipe treinada e qualificada para atender as pessoasA Unidade irá trabalhar

com uma equipe multidiscipli-nar formada por 20 profissio-nais, que se responsabilizam pela população cadastrada, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando existe a necessidade de atenção em outros serviços. São médicos, enfermeiras, técnicas de en-

fermagem, agentes de saúde, auxiliar administrativo, auxiliar de higienização, cirurgião den-tista, auxiliar de saúde bucal e técnico em saúde bucal. Os profissionais contratados par-ticiparam de uma rigorosa se-leção e, após, passaram por um treinamento ministrado no próprio Hospital Moinhos de Vento onde foram tratados as-suntos sobre as principais nor-mas da instituição e as dire-trizes da estratégia saúde da família (ESF). Os agentes de

saúde, também devidamente treinados, são trabalhadores que vivem, estão acostumados e conhecem bem as caracte-rísticas da região, uma vez que a familiaridade com o dia a dia da comunidade torna mais fácil o acesso aos moradores. Serão realizadas consultas in-dividuais, vacinas, procedimen-tos, atendimentos na área de odontologia, visitas domicilia-res e atividades coletivas de mobilização e emancipação na área da saúde.

Colaboradores da Unidade Paulo Viaro recebem treinamento na Instituição

Autoridades inauguram a Unidade Paulo Viaro

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MOINHOS DESTACA

“Queremos formar uma nova geração de profissionais para que possamos sonhar com um Hospital ainda melhor nos próximos 30 ou 40 anos”

Qual a importância da Gestão de Pessoas?Acho que a primeira questão importante

é que em um Hospital, quanto mais se incorpo-ra tecnologia, mais pessoas é preciso contratar. O Hospital talvez seja o único tipo de organi-zação do mundo moderno com uso intensivo de pessoas, não se substitui postos de trabalho por tecnologia e robótica. O Hospital Moinhos de Vento tem mais de dois mil funcionários e

Nesta entrevista, Fernando Andreatta Torelly, superintendente Administrativo do Hospital, fala sobre a Gestão de Pessoas, um conceito amplamente comentado e difundido entre as grandes organizações do País nos dias de hoje. Torelly reconhece a sua importância e comenta suas aplicações dentro da Instituição, afirmando que o diferencial, justamente, deve estar nas pessoas, nos serviços, no atendimento, na emoção que conseguem transpor para os clientes porque estão felizes em suas atividades

recepção, manutenção, alimentação e toda a equipe de apoio estejam alinhados aos objeti-vos estratégicos da Instituição. O bom Hospital é aquele que consegue fazer bem feita a sua rotina, todos os dias.

Quem faz os processos acontecerem dentro da empresa?São as pessoas. A importância das pes-

soas em uma organização hospitalar é funda-mental para que essa empresa continue cres-cendo. É possível ter um bom resultado, mas se os funcionários não estão satisfeitos com o que fazem, em médio prazo, é certo que os proble-mas financeiros começam a surgir. Pessoas in-satisfeitas não desempenham suas funções com motivação, cordialidade e foco no cliente. Ges-tão de Pessoas é uma disciplina fundamental para o sucesso de uma instituição hospitalar.

Qual a filosofia do Hospital em termos de Gestão de Pessoas?Ao longo de sua trajetória e do desen-

volvimento de sua cultura, o Hospital Moinhos de Vento sempre teve a preocupação de olhar para o colaborador de uma forma diferenciada. Temos eventos de reconhecimento e valorização de nossa equipe de colaboradores, como por exemplo o Natal do colaborador, a Páscoa, as Homenagens por tempo de casa e outros. O

por isso a Gestão de Pessoas é fundamental para atingir os resultados que a empresa pla-neja obter.

A experiência de atendimento que o clien-te tem é fundamental para que o Hospital con-quiste uma imagem positiva, avance e consolide a sua marca. Para que isso aconteça, é preciso que todos os processos de trabalho, desde o Call Center, atendimento de enfermeiras, téc-nicos de enfermagem, médicos, higienização,

que estamos fazendo nos últimos anos é traba-lhar para que as pessoas se sintam satisfeitas e orgulhosas de trabalhar no HMV. Criamos di-versas ações a partir das pesquisas de clima organizacional, perguntando para as pessoas o que elas entendem que precisa ser feito nas suas áreas e na Instituição para que possam estar mais satisfeitas em seu trabalho.

Na última Pesquisa de Clima nós indaga-mos aos colaboradores: “O Hospital está melhor ou pior do que no dia que você ingressou no quadro funcional?”. Tivemos 52% do quadro di-zendo que o Hospital está melhor, 31% falou que está igual e apenas 14% afirmou que está pior. Com todo esse trabalho, cresce a satisfa-ção do cliente, crescem os resultados institucio-nais e cresce a satisfação do colaborador. Isso constitui uma espiral positiva, que faz com que uma instituição possa avançar de forma susten-tável, crescer de forma sólida.

Outro ponto importante é a implemen-tação do programa de Gestão de Performance (Competência e Desempenho) em que trabalha-mos a autoavaliação do colaborador, como ele se enxerga dentro da empresa frente às compe-tências institucionais, a avaliação realizada pela respectiva liderança e a avaliação de consenso (líder e colaborador), que também elaboram o Plano de Desenvolvimento Individual para que todos tenham a oportunidade de se qualificar e

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MOINHOS DESTACA

A valorização das pessoas está presente em todos os setores do Hospital,

seja nos atendimentos humanizados, nas capacitações ou em pequenos

gestos do dia a dia

O que mudou na visão de Gestão de Pessoas?Hoje está consagrado na teoria de Ges-

tão de Pessoas que para atingir resultados e as expectativas de uma empresa e de seus clientes, temos que ter pessoas alinhadas aos objetivos da instituição e principalmente satisfei-tas com aquilo que estão fazendo. Em 2009 o HMV redefiniu a sua visão, que antes era “o de ser referência mundial de saúde” para a atual que é: “o Moinhos será um Hospital integrado por uma equipe que trabalha com entusiasmo, cordialidade e atitude proativa, gerando com isso cada vez melhor cuidado ao paciente e o desejado sucesso da organização”.

O Cliente somente terá suas expectativas atendidas se a nossa equipe continuar a se qualificar e a ter muito orgulho em trabalhar no Moinhos. Este é o desafio.

Qual o papel do líder nesta Gestão de Pessoas?Para o colaborador, o líder é a própria

empresa. Ele tem que contribuir para que seus funcionários tenham um feed-back estruturado, tenham um desenvolvimento individual, que sejam bem capacitados, que estejam satisfeitos com o seu trabalho. Um bom líder é aquele que consegue que sua equipe vá além do que ela mesmo imaginava possí-vel. O líder hoje tem que es-tar se desenvolvendo sempre, tem que acompanhar o de-senvolvimento acadêmico de sua área de conhecimento e buscar a sua aplicação em

processos inovadores.Na Pesquisa de Clima realizada no Hos-

pital estamos atingindo bons resultados no item – satisfação dos colaboradores com relação aos seus líderes – esses acima das referências de mercado. Isso é muito bom e é o que tem ala-vancado o crescimento de nossas equipes.

O que se espera do profissional do futuro?Muito se tem discutido em torno deste

tema. O que tenho percebido é que o futuro já chegou. Não adianta ficar pensando no que vai acontecer daqui a dez, quinze anos. Quem não estiver se qualificando, se atualizando, se capacitando e quem não tiver muita vontade de aprender vai tornar obsoleto o seu conhecimen-to e as suas competências. Cada um é respon-sável pelo seu desenvolvimento, cabendo à em-presa oferecer boas condições, apoio, estímulo, meios, mas a responsabilidade no mundo que estamos vivendo é de cada profissional. Temos que formar uma nova geração de profissionais, motivada e focada em seu auto desempenho.

se aperfeiçoar em alinhamento com as competências Institu-cionais. Eu entendo que todo o colaborador tem o direito de receber da sua liderança um feedback sobre o desem-penho de seu trabalho, dando a oportunidade para que as pessoas possam se desenvol-ver com mais foco.

Estamos trabalhando em todos os sentidos com ações de melhorias: modifica-mos nossa área de descan-so e os uniformes, reforma-mos os vestiários, temos um projeto que é a construção de novo refeitório. A maioria dessas iniciativas é fruto da Pesquisa de Clima. Não é a superintendência dizendo o que é necessário fazer, o que é prioritário. As ações aconte-cem como resultado de uma demanda dos próprios cola-boradores.

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HUMANIZAÇÃO

Em 2010 ocorreu o 59º Congresso do Ameri-can College of Cardiology, que reuniu cardiologistas e profissionais da saúde em Atlanta, na Geórgia, Estados Unidos. O evento mostrou uma tendência negativa para a prescrição de mais medicamentos e adoção de estra-tégias mais agressivas em importantes estudos clínicos. A seguir, alguns tópicos relevantes:

Estudo MM-WES: testes genéticos que identifi-cam sensibilidade a warfarina podem reduzir em cerca de 30% as hospitalizações por todas as causas e por sangramentos ou tromboembolismo, quando usados no início do tratamento para o adequado ajuste da dose do anticoagulante. Os autores estimam que o custo deste teste ficará entre 200 e 400 dólares (360 a 720 reais), o que restringe sua aplicação de modo amplo.

Estudo DOSE (Diuretic Optimization Strategies Evaluation in Acute Heart Failure): o conhecido diurético furosemida foi testado em pacientes com Insuficiência Cardíaca Aguda em diferentes opções (baixa e alta in-tensidade, infusão contínua ou infusão intermitente em bolus de 12/12 horas), não tendo encontrado diferenças significativas no alívio global dos sintomas ou alterações da função renal em nenhuma das alternativas. Entretanto, o regime de alta intensidade (2,5 vezes a dose usual de manutenção) foi associado a maior redução do peso, perda de volume, redução de sinais de congestão e da dosagem de BNP.

Estudo ASPIRE (Aliskeren Study in Post MI Patients to Reduce Remodeling): Aliskereno, um inibidor direto da renina, não preveniu remodelamento ventricular es-querdo em pacientes pós Infarto do Miocárdio, quando adicionado ao tratamento padrão. O estudo mostrou que os pacientes em uso de aliskereno desenvolveram mais hiperpotassemia e hipotensão, além de maiores taxas de disfunção renal. Os autores não recomendam a adição desta medicação ao tratamento convencional nestes pa-cientes específicos.

Tópicos que ficaram registrados no ACC 2010

Estudo RACE II: Este estudo comparou duas con-dutas em pacientes com fibrilação atrial: controle rígido da frequência cardíaca (FV < 80 bpm) versus controle “permissivo” (FV < 110 bpm). A frequência cardíaca foi controlada com b-bloqueadores (45%), bloqueadores de canal de Ca não dihidropiridínicos (6%), digoxina (7%), ou uma combinação deles. Sotalol (5%) e amiodarona (1,3%) também foram utilizados. O controle permissivo (FV < 110 bpm) foi mais facilmente atingido do que o rígido (< 80 bpm), A estratégia permissiva foi não inferior para desfechos cardiovasculares e foi associada a uma redução da incidência de AVCs.

Estudo ACCORD Blood Pressure: Avaliou se o controle estrito da pressão arterial em diabéticos tipo II (PAS < 120 mmHg) é capaz de diminuir o número de eventos cardiovasculares, versus o controle padrão (PAS < 140 mmHg). A conclusão foi de que a estratégia de controle intensivo da pressão arterial (PAS < 120 mmHg) não foi superior ao controle padrão (PAS < 140 mm Hg), sem redução de eventos cardiovasculares. Ocorreram mais eventos adversos como hipopotassemia e aumento da creatinina neste grupo.

Estudo ACCORD Lipid: O objetivo deste braço do ACCORD foi testar se a adição de fenofibrato à tera-pia padrão com estatina reduziria o número de eventos cardiovasculares em portadores de diabetes tipo II, em comparação ao uso isolado de sinvastatina. Concluiu-se que a adição do fenofibrato à terapia com estatina não foi superior ao uso isolado de sinvastatina na redução de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos tipo II.

Estudo NAVIGATOR: Em pacientes de alto risco com intolerância à glicose e doença cardiovascular ou fatores de risco para doença cardiovascular, o uso do an-tidiabético nateglinida e/ou do anti-hipertensivo valsartan não reduziu a taxa de eventos cardiovasculares, mas o tratamento com valsartan diminuiu a incidência de dia-betes, enquanto a nateglinida não teve efeito significante.

Por Dr. Enio Leite Casagrande

CIÊNCIA

Uma história de amor, de esperança e de cuidado com a vida

No primeiro semestre de 2010 foi lançado o livro “Leonardo, um grande guerreiro”, na Casa de Cultura Mario Quintana. A obra, escrita com muita propriedade e emoção, conta a história de Zulmi-ra de Abreu Severo e de sua família, que lutou in-cessantemente pela vida do filho Leonardo Severo Frantz, desde que ele chegou a este mundo, um menino que nasceu com hidrocefalia e que hoje, graças aos cuidados e ao amor que recebeu, está muito feliz, no auge de seus 11 anos.

O livro apresenta, além de lições sobre sentimentos verdadeiros e a capacidade de su-peração, um verdadeiro contraponto sobre a saúde no Brasil. Se de um lado existe a falta de respeito com o próximo, o egoísmo, o descaso e a desmotivação, de outro ainda há o alento daqueles profissionais que estão efetivamente comprometidos com a vida e que se preocupam em oferecer e fazer o melhor que podem.

Além de expor as atitudes de uma mãe disposta a tudo para salvar a vida de seu filho, a obra mostra a peregrinação de uma família por hospitais públicos e particulares, na busca por um atendimento digno e humano. Justamente no momento de se usufruir de um direito que é de todo o cidadão, surgem situações de angústia, de desespero e de impotência para essas pessoas.

É muito difícil que o leitor, ao percorrer as páginas desta obra, não se sinta envolvido e parte desta história, que afinal de contas pode-ria ser de qualquer um.

Vida resgatada, qualidade de vida recuperadaDepois de uma trajetória de idas e vin-

das em diversas instituições de saúde e de várias intervenções cirúrgicas, em que os aten-dimentos alternaram presteza, ética, compaixão e desleixo, a narrativa conta que a família aca-bou sendo transferida para o Hospital Moinhos de Vento. E que, sob os cuidados do Dr. Carlos Brusius e de sua equipe, a vida de Leonardo foi resgatada e sua qualidade recuperada.

Conforme Zulmira Severo o principal obje-tivo deste livro é mostrar que sempre há o que se fazer para que um bebê tenha oportunida-des de melhorar sua qualidade de vida, mesmo diante de um prognóstico tão ruim: “Costumo contar que o Leonardo tem duas datas de ani-versário. Uma no dia do seu nascimento e outra no dia em que foi transferido para o Hospital Moinhos de Vento e conhe-ceu o Dr. Carlos Brusius. Sem ele talvez não tivésse-mos uma história de vida para contar. Este médico, em es-pecial, tem um sig-nificado muito gran-de para a gente”.

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ARTIGO

Dr. Osthalio AlcoverDr. Decio Castro, Dr. Arnaldo Linden, Núcleo da Audição do Hospital Moinhos de Vento

A hipoacusia ou deficiência auditiva tem inúmeras causas. Ao exame, ela se divide em dois grandes grupos: a hipoacusia de transmissão e a hipoacusia de percepção ou neurossensorial. No primeiro grupo, há alteração do mecanismo de transmissão do som, constituído pela membrana timpânica e cadeia ossicular do ouvido médio. No segundo grupo, há alteração do nervo audi-tivo ou das células sensoriais do ouvido interno ou de ambas estruturas. Enquanto as hipoacusias de transmissão são em sua maioria corrigidas por meio de tratamentos clínicos ou cirúrgicos, as hipoacusias neurossensoriais não são passí-veis de tratamento eficiente para sua reversão.

Considerando que podem ser identificadas alterações circulatórias, metabólicas, hormonais,

Aparelho Auditivo: indicação e seleção

degenerativas e outras como causas de hipoa-cusias neurossensoriais, a atuação no controle destes fatores poderá deter a progressão da deficiência, porém dificilmente recuperá-la.

Para os casos de deficiência auditiva sem condições de recuperação por tratamento clínico ou cirúrgico há indicação para uso de aparelho auditivo. A indicação para uso de aparelho au-ditivo é baseada no diagnóstico. É, portanto, um ato exclusivamente médico.

Ao contrário de aquisição de óculos, a venda de aparelhos auditivos no Brasil é livre, sem exigência da receita médica. As casas co-merciais denominadas, em sua maioria, Centros Auditivos, fazem anúncios nos vários meios de comunicação e vendem Aparelhos Auditivos dire-tamente ao público. Para orientar na seleção, os Centros Auditivos mantêm funcionárias fonoaudi-ólogas. À fonoaudióloga é permitida a seleção de aparelho auditivo, porém não a Indicação Clí-nica. A avaliação da fonoaudióloga pode dar para o cliente uma sensação de indicação clínica.

Sabemos que, ao lado de muitas causas simples que determinam hipoacusia, há muitas outras causas que não são simples. Sabemos todos que aparelho auditivo não corrige dis-túrbios circulatórios, hormonais, metabólicos e menos ainda doenças degenerativas do sistema nervoso central ou tumores do nervo auditivo. O paciente que compra um aparelho auditivo sem diagnóstico e indicação médica, enquanto vai ouvindo melhor, pode ter sua condição sistêmi-ca piorada até estágio de difícil ou impossível reversão.

Enquanto a indicação para uso de um aparelho auditivo deve ser feita após diagnós-

tico pelo médico, a seleção pode ser feita por fonoaudiólogo. Para separar o interesse técnico-científico do interesse comercial, o processo de seleção deve ser realizado nos serviços médicos e não nas casas comerciais.

A seleção é um processo minucioso e bem elaborado. Deve atender não só a amplifi-cação do som, como principalmente os aspectos da discriminação auditiva. Pessoas portadoras de deficiência auditiva neurossensorial frequen-temente pedem para baixar um volume de som para que possam entender melhor. A melhor se-leção é daquele aparelho que atinge um volume acima dos limiares tonais do paciente, ao mes-mo tempo que permite discriminação satisfatória.

Para atingir tais objetivos, lançamos mão de resultados de exames de Audiometria Tonal Liminar, Limiar de Reconhecimento da Fala, Índi-ce de Reconhecimento da Fala, Limiar de Algia-cusia e Impedanciometria Acústica lançados em um Programa Informatizado que orienta a se-leção. Os aspectos eletro-acústicos analisados pelo Programa, entretanto, não são suficientes para a conclusão da seleção. Esta é finalizada com Audiometria em Campo Livre feita com o Aparelho selecionado para avaliação da respos-

ta audiológica do paciente. Não é raro que a insatisfação do paciente obrigue alterações no Programa, em busca da seleção que seja final-mente aprovada.

É importante lembrar que pessoas adul-tas que apresentam menos de 30% de Discri-minação Vocal não têm indicação para uso de aparelho auditivo. Pessoas com surdez neuros-sensorial profunda bilateral e ausência de bene-fício com aparelho auditivo podem ter indicação para implante coclear se os exames identifica-rem perda auditiva sensorial com conservação do nervo auditivo.

A cirurgia é simples e beneficia particu-larmente o grupo de pacientes que perdeu a audição após a aquisição da palavra (casos de surdez pós-lingual). Os estímulos do Implante são bem percebidos pelo paciente havendo, en-tretanto, variável grau de dificuldade quanto à discriminação da palavra.

A Sociedade Brasileira de Otorrinolaringo-logia tem feito sucessivos apelos ao Ministério da Saúde solicitando regulamentação de vendas de Aparelhos Auditivos somente sob receita mé-dica. Tais medidas, porém, não tiveram sucesso até a presente data. Desde outubro de 2009 está tramitando no Congresso Nacional o projeto que define o Ato Médico. Tal projeto deverá coibir exames, diagnósticos e tratamentos de condições clínicas hoje feitas por pessoas não habilitadas, devendo também alcançar e proibir a venda de Aparelhos Auditivos sem receita médica.

Enquanto não houver regulamentação fe-deral, entretanto, ao paciente com deficiência auditiva recomendamos nunca se dirigir a casas comerciais sem antes consultar seu médico e ter indicação para uso de aparelho auditivo.

Núcleo da Audição do Hospital Moinhos de Vento e Serviço de

Audiometria do Hospital Moinhos de Vento

GRÁFICA: tratar foto (tirar crucifixo)

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CIÊNCIA

Psicóloga Ana Carolina Wolf Baldino Peuker

Doutora em Psicologia (UFRGS). Professora do Curso de

Pós-graduação em Terapia Cognitivo-comportamental do

Instituto de Psicologia (UFRGS). Psicóloga do Ambulatório

de Cessação do Tabagismo do Hospital Moinhos de Vento

– Espaço de Saúde em Bem-estar – Shopping Iguatemi

A dependência de tabaco é uma desor-dem comportamental que se deve à exposição crônica à nicotina, em um contexto individual e social complexo. O comportamento de fumar tabaco provoca uma variedade de efeitos e fe-nômenos que decorrem da interação de fato-res farmacológicos, psicológicos e ambientais. A dependência de tabaco, de forma semelhante à dependência de outras substâncias psicoativas, produz padrões compulsivos e estereotipados de consumo da droga (Chiamulera, 2005).

Inicialmente, o hábito de fumar é man-tido pelo efeito prazeroso que a nicotina pro-duz, que é mediado pela ação da droga na

Aspectos neurobiológicos e comportamentais do tabagismo

via dopaminérgica mesolímbica. Com o tempo, o indivíduo torna-se condicionado a associar os estados corporais produzidos pela droga e os estímulos ambientais que predizem estes efeitos, resultando em uma aprendizagem as-sociativa (Chiamulera, 2005; Field e Cox, 2008; Robinson & Berridge, 1993; 2003). Embora haja um aprendizado das relações entre as drogas e as pistas ambientais associadas a elas, isso por si só não produz o comportamento compulsivo que pode levar à dependência. Tal padrão re-sulta do impacto motivacional que os estímulos relacionados à droga possuem, em virtude da sua capacidade de mobilizar sistemas cerebrais relacionados à recompensa (Robinson & Berrid-ge, 1993).

Devido ao seu alto valor motivacional, tais estímulos atraem a atenção e prejudicam a capacidade do usuário de focalizar seus recur-sos cognitivos em atividades não relacionadas à droga, o que se denomina viés na atenção. Esta atenção seletiva para estímulos relaciona-dos ao cigarro favorece uso repetido que pode levar à dependência ou à recaída quando na abstinência da droga (Field e Cox, 2008). Outros aspectos também podem contribuir para a ma-nutenção do tabagismo, como a automatização de hábitos aprendidos (Tiffany, 1990) e o refor-çamento negativo, caracterizado quando o indi-víduo fuma para evitar as sensações aversivas que a abstinência produz (Baker et al., 2004).

Ao longo da história de consumo, proces-sos cognitivos (esquemas de ação) associados

à droga tornam-se progressivamente automáti-cos e passam a integrar uma rede associativa. Quando o usuário é exposto a estes estímu-los, os esquemas de ação são ativados, de-sencadeando o desejo irresistível de consumir a substância (fissura) e a busca compulsiva da mesma. No caso da dependência de nicotina, o comportamento de fumar pode ser desenca-deado por uma série de gatilhos internos (sin-tomas de abstinência, sentimentos negativos) e externos (odores, lugares) (Field e Cox, 2008; Tiffany, 1990).

A nicotina é uma droga reforçadora que tem ampla ação psicoativa, incluindo efeitos positivos no humor e em funções emocionais, cognitivas e psicomotoras. A diminuição do con-sumo de tabaco diminui o nível plasmático de nicotina e leva a um estado de abstinência caracterizado por um conjunto de efeitos aversi-vos, que engloba prejuízos cognitivos, mudanças afetivas e aumenta a probabilidade de recaída (Chiamulera, 2005).

Quando um fumante para de fumar, a manutenção da abstinência requer a inibição de uma resposta aprendida altamente reforçadora (fumar) que pode ser suprimida caso o indivíduo tenha capacidade cognitiva suficiente e motiva-ção para tal (Wiers & Stacy, 2006). Contudo, observa-se que em tabagistas e usuários de ou-tras substâncias psicoativas há um comprome-timento na inibição e regulação de tendências de ação impulsivas (Goldstein e Volkow, 2002). Além disso, indivíduos impulsivos são mais pro-pensos ao uso de drogas (Bechara et al., 2006). Em conjunto, o prejuízo no controle inibitório e a excessiva saliência motivacional adquirida pelos estímulos ambientais relacionados à dro-ga constituem fatores determinantes da fissura e da manutenção do comportamento de fumar (Field & Cox, 2008; Goldstein e Volkow, 2002;

Wiers et al., 2007; Wiers & Stacy, 2006; Verdejo-García & Bechara, 2009).

A fissura provocada por estímulos ambientais é apontada como a maior causa de preocupação entre pessoas que que-rem parar de fumar e como o sintoma que os fumantes mais desejam aplacar com o tratamento do tabagismo. Sabe-se que inten-sidade dos episódios de fissura nos primeiros dias e semanas de abstinência prediz o sucesso na cessação do tabagismo. Frequentemente, os episódios de fissura intensa associam-se à re-caída imediata. Geralmente, tais episódios são precipitados por estímulos situacionais associa-dos à droga, como por exemplo a exposição a fumantes ou pistas ambientais, uso de álcool ou café e estados emocionais negativos (Ferguson e Shiffman, 2009).

Neste contexto, parar de fumar requer uma mudança substancial no estilo de vida e, para muitos fumantes, esta é uma tarefa ár-dua. A tentativa de se abster exige um esforço contínuo, assim como, a persistência em exe-cutar estratégias auto-regulatórias no sentido de manejar de forma efetiva as situações de alto risco. Não obstante, no início do processo de cessação os fumantes devem enfrentar os sintomas negativos da abstinência, que muitas vezes são acompanhados por picos intensos de fissura que levam ao uso da droga. A falha em enfrentar efetivamente o desejo pelo cigar-ro, as situações de alto risco e os sintomas de abstinência elevam as chances de recaída.

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Por esta razão, a abordagem do tabagista re-quer a integração de aspectos biopsicossociais sem distinção de importância. Isto é, medidas psicossociais podem ser comparadas ao trata-mento farmacológico em termos de relevância e impacto na cessação do tabagismo (Presman, Carneiro e Giglioti, 2005).

A abordagem cognitivo-comportamental integra intervenções cognitivas com treinamento de habilidades comportamentais e é amplamen-te empregada no tratamento do tabagismo. En-tre os componentes principais dessa abordagem estão tanto a detecção de situações de risco de recaída, como o desenvolvimento de estra-tégias de enfrentamento. A auto-regulação, o controle de estímulos, avaliação do papel das crenças e das emoções no hábito de fumar e o emprego de técnicas de relaxamento são exemplos de técnicas utilizadas nesse tipo de abordagem. A ideia central é estimular o indiví-duo ao auto-manejo, para que ele se torne um agente de mudança de seu próprio comporta-mento (O’Connell et al., 2007; Presman, Carneiro e Giglioti, 2005).

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CIÊNCIA

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