a ciência normal e a extraordinária

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FILOSOFIA 11.º ano F ILOSOFIA 11.º ano Luís Rodrigues A ciência normal e a ciência extraordinária

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Page 1: A ciência normal e a extraordinária

FILOSOFIA 11.º ano

FILOSOFIA 11.º anoLuís Rodrigues

A ciência normal e a ciência extraordinária

Page 2: A ciência normal e a extraordinária

A evolução da ciência

Paradigma 1Ciência Normal

CriseVárias anomalias

REVOLUÇÃO

Paradigma 2Ciência Normal

Várias anomalias

Crise

Ciência extraordinária

Ciência extraordinária

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

Page 3: A ciência normal e a extraordinária

FILOSOFIA 11.º ano

Pré-ciência

Ausência de um paradigma ou modo comum de ver e resolver problemas.

Ciência normal

Um paradigma rege e orienta ainvestigação da comunidade científica.

Ciência extraordinaria

Divergência e rivalidade entre paradigmasalternativos.

Revolução científica

(Um novo paradigma substitui o antigo.)

Novo período de ciêncianormal.

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

Page 4: A ciência normal e a extraordinária

A ciência normal

Fase marcada pela adesão generalizada a um paradigma que orienta ainvestigação, sendo desenvolvido e aperfeiçoado por esta.

O paradigma reinante enquanto «mapa» que guia o cientista na«exploração da natureza» facilita a prática científica entendida comosolução de puzzles ou problemas que a natureza coloca.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

Page 5: A ciência normal e a extraordinária

Tarefa do cientista na fase da ciência normal

Solucionar puzzles

Cada problema que a natureza coloca é como a peça de um puzzle cujolugar temos de descobrir.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 6: A ciência normal e a extraordinária

Tarefa do cientista na fase da ciência normal

Solucionar puzzles

A resolução do puzzle já está preestabelecida. Trata-se de encaixar a peça ou as peças no lugar preestabelecido.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 7: A ciência normal e a extraordinária

Tarefa do cientista na fase da ciência normal

Solucionar puzzles

Os problemas que a natureza coloca já têm uma forma predefinida de resolução que é facultada pelo paradigma.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 8: A ciência normal e a extraordinária

Tarefa do cientista na fase da ciência normal

Solucionar puzzles

A atividade do cientista no confronto com os problemas que a natureza coloca é, em geral, rotineira e conservadora. O paradigma

dá formas de resolução dos problemas.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 9: A ciência normal e a extraordinária

Tarefa do cientista na fase da ciência normal

Solucionar puzzles

A atividade do cientista consiste em ajustar a natureza ao esquema explicativo fornecido pelo paradigma.

Há regras para resolver problemas que são tidas como claramentedefinidas, pelo que a atividade do cientista é relativamenterotineira.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 10: A ciência normal e a extraordinária

Mesmo os problemas que resistem a um enquadramento noparadigma não são considerados falsificações ou refutações da teoria.São anomalias, no sentido em que são problemas que não encontramsolução no interior do paradigma vigente.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 11: A ciência normal e a extraordinária

Não são algumas anomalias que vão abalar a confiança noparadigma e o compromisso do investigador com aquele, desde que aaplicação deste na investigação de um conjunto selecionado defenómenos se revele eficaz e produtiva.

É frequente que a comunidade científica associe as anomalias adeficiências humanas e técnicas e não as interprete como defeitos doparadigma existente.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência normal

Page 12: A ciência normal e a extraordinária

A ciência extraordinária

Esta fase da evolução da ciência começa a desenhar-se quando aacumulação de anomalias especialmente difíceis de resolver e queabalam as bases do paradigma pode provocar uma diminuição daconfiança neste.

Esta é a condição necessária para haver crise paradigmática – crise doparadigma vigente.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

Page 13: A ciência normal e a extraordinária

Condição suficiente para haver crise paradigmática.

1. Alguns cientistas levam ao extremo a vontade de conformidade danatureza com o paradigma até então reinante e alteram de formapouco razoável o «mapa» que até então orientava a exploração dosfenómenos naturais.

2. Alguns cientistas sugerem como alternativa um paradigma rival. Semparadigmas rivais não há ciência extraordinária.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência extraordinária

Page 14: A ciência normal e a extraordinária

Fase em que a discórdia e a divergência reinam, mas há um paradigmaque resiste à mudança e que só será substituído se houver boas razõespara o fazer.

O novo paradigma ou modelo explicativo só tem possibilidades de seradotado se conseguir explicar factos que o modelo anterior nãoconseguia explicar.

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência extraordinária

Page 15: A ciência normal e a extraordinária

Período de controvérsia e de divisão entre os cientistas que podeanteceder uma revolução, ou seja, uma mudança de paradigma. A razãode ser desta crise reside em vários fatores conjugados:

1. Aparecem anomalias (fenómenos que não se enquadram nosesquemas explicativos usados) que contrariam o paradigma vigente e aspráticas científicas que lhe estão associadas e que resistem a solução.

2. Aumento persistente das anomalias que minam a confiança noparadigma adotado e podem suscitar novas propostas teóricas eexperimentais (luta entre paradigmas).

FILOSOFIA 11.º ano

Thomas Kuhn e a evolução da ciência

A ciência extraordinária