a caução no registro de imóveis

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A caução no Registro de Imóveis. Trabalho apresentado por Elvino Silva Filho.

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Page 1: A caução no Registro de Imóveis
Page 2: A caução no Registro de Imóveis

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Page 3: A caução no Registro de Imóveis

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~ f~.!:!~~o N O EÉ.Q.!.~IE.Q D E .!.!1.QYÉ..!.~

1.

rantia.

SG!Iüuo:- 1. Significaéb e origem da caurão. 2. A cau:;ão

00 CÓdigo Civil. 3. caurão de direitos- pelilor

de crédito "strlcto sensu" e caurão de t!tu- .

los de crédito. 4. A caurão de crédito hipXe­

cário. 5. A caução de outros direitos reais -

divergência jurisprudencial sd:>:re a sua aànis­

são no Registro de IlrÓveis rrediante avezbação

6. A solurão legislativa dada pelo Item 8 ébn.

II oo· artic;p 167 da Lei ébs Pegistros Pihlloos

(6.015/73) 7. A cessão fiduciária- ooções.B •

A caurão de :iJ!Óvel - Hipoteca. 9. O ato :regis­

tra! da caurão de i.IrÕvel - :registro ou avezba­

ção. 10. A caurão de i.Iróvel nas rredidas caute­

lares à:l eódic;p éb Processo Civil - a hipoteca

judicial. 11. Conclusões.

Em sentido lato, caução quer dizer segurança,g!

Os léxicos assim explicam o significado do voca

bulo:- "Qualquer meio de assegurar o cumprimento de ajuste ou

obrigação; depósito em dinheiro ou títulos para responder pe­

la execução de um contrato ou pelos possíveis desfalques da

parte de fiéis, tesoureiros e outros empregados de confiança :

-cautela, garantia, segurança. (l)

EtimolÓgicamente, o vocábulo é proveniente do

latim, da contração de "cavitio"-"cautio" que significa pres­

tar atenção, vigiar, premunir-se contra.

No direito romano, as "cautiones"tiveram origem

l)-ANTENuR NASCENTES- "Dicionário IZus t rado da Lingua Portuguesa da Acad!_

mia BrasiLeira de Letras"- BZoch Edi tor es S .A. Rio de Janeiro- 19 71 -

vo Z. IIJ.

Page 4: A caução no Registro de Imóveis

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~ '1 o )

~ ~ I ; ~

fls. 2

nas "stipolaciones pretoriae", por força das quais o pretor ou

magistrado impunha às partes interessadas promessas orais

solenes com o fim de conferir tutela jurídica a relações

e

na o

protegidas ou insuficientemente protegidas. Tinha,portanto,fu~

çio de garantia.

2. Com o mesmo sentido de garantia, o vocábulo sub-

siste em nosso direito.

Se manusearmos o nosso CÓdigo Civil, iremos en-

centrar o vocábulo "cauçio" usado em vários artigos, sempre

com o sentido de expressar uma garantia para o cumprimento de

uma obrigação, mas está especificamente regulamentado na SeE

ção VI, do Capítul'o IX,do Título 111 ,do Livro li-artigos 789 a

795, entre os direitos reais de garantia, como uma sub-espécie

/ do penhor e sob a epígrafe "Da cauçio de títulos de crédito".

E, realmente, ·:a cauçio de ti tulos de c ré di to é

penhor, como os outros penhores"( 2). E, sendo penhor,constitui

-se pela tradição efetiva, que , em garantia do débito, ao cre­

dor, ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele,

de um objeto móvel, susceptível de alienação (artigo 768 do CÓ

digo Civil).

A doutrina que informou todo o CÓdigo Civil, no

capítulo relativo ao penhor, exigia, como vimos, para que este

direito real de garantia se constituisse, a "tradiçio efetiva"

de um "objeto móvel" susceptível de alienaçio, das mãos do de­

vedor para a posse do credor, para lastrear o cumprimento de

uma obrigação. Abriu exceçio, apenas, para o penhor agrícola e

em relação à caução dos títulos de crédito, quando se tratasse

2)- PONTES DE MIRANDA - "Tratado de Direito Privado"- Tomo XX- parágrafo -

2. 590-página 468- Editor Borsoi- 2a. edição.

I

r

fls. 3

de títulos nominativos de dívida da Uniio, dos Estados ou dos

MunicÍpios, ~dmitindo a sua constituiçio e validade contra ter

ceiros,quando fosse transcrita no Registro de Títulos e Doeu

mentes , ainda que estes títulos nio fossem entregues ao credor

(a rt. 789 do CÓdigo Civil).

A circunstincia do legislador civil exigir, para

a constituiçio da cauçio, a entrega ou a tradiçio efetiva dos

títulos de crédito, pelo devedor para as mias do credor, limi­

tava, demasiadamente, a aplicaçio do instituto."CJtecUto6, CÜ/lu­

:to6, não :tem po66e, de modo que ;,eM.a ab;,LLJtdo pen<>M-6e em en:tJtega da po;,­

H paJta H comp.te:taJt o 6upoJt:te 6iic.:t.i.co do penhoJt. Sã ben<> coJtpÔJteo6 e· .<.n -

cOJtpÔJteo6, que 6e "co.W.<.ó.<.cam", como o bem .<.n:te.tec:tua.t ou .<.ndu6:tlt.<.a.t, 6 LL6-

ce..úve.t de pMplt.<.edade, podem HJt po66LL.<.do6 (Tomo X, §§ 1068, e 1126) .

i'ião há po66e de CÜAUto6 pU6oa.<A. Ma<>, :tendo o CÕd.<.go C.<.v.<..e., aJt:t. 791, exi:

g.<.do a en:tJtega do Wuto (ou documento) , o penhoJt Jteca.<. no CJtecU..to e no 4 :tu.to (ou doc.wnen:to). A peJt:tenç.a, a1, e 6Mce..úve.t de po6H. (3)

3. O direito, porém, nio é estático, ele é "eterna-

mente variável'', na feliz expressão de RUDOLF VON IHERING( 4)

As necessidades econômicas de dar flexibilidade e mobilidade

aos créditos fizeram com que se cogitasse da possibilidade de

se constituir o penhor sobre bens incorpóreos, daí, então, na~ .

cendo o intuito da cauçio de direitos. "O princípio de que 'há

direitos sobre direitos recebe, na matéria, uma de suas aplic~

ções mais fecundas, pois a extensio do penhor a tais bens

veio emprestar à sua funçio econômica específica uma importâ~

cia notável" ( 5).

3)-PONTES DE MIRANDA- Op . ait . pag. 469.

4)-RUDOLF VON IHERING-"A Evolução do Direito"(Zweck in Recht)-Livraria Pro

gresso Editora, Salvador, Bahia-2a. edição n9 180- pag. 333.

5)-0RLAJIDO GOMES-Direitos Reais-n . 287-pag . 481-la. Edição-Forense-Rio.

Page 5: A caução no Registro de Imóveis

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i ·l J ., ~

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" Não são apenas os direitos de crédito que podem

ser objeto da relação jurÍdica do penhor. Outros,de naturezadi

versa, comportam , do me~mo modo, o gravame. Mas a mo dali da-

de mais importante do penhor de direitos, sob o ponto de vista

prático, é a que tem por objeto os direitos obrigacionais.Con~

tituem elementos valiosos do patrimônio d~ pessoa, suscetíveis

de alienação. Por isso, o credor de uma dÍvida pode oferecer o

seu direito de crédito como garantia real de débito que con-

trair".

"O penhor sobre esse direito pode recair sobre

um crédito ordinário ou sobre um crédito incorporado a um títu

lo. No primeiro caso, tem-se o penhor de crédito "stricto ~­

su";no outro, a caução de títulos de crédito. Embora incidams~

bre direitos creditórios e se subordinem aos mesmos princípios

gerais, não devem ser confundidos sob a denominação genérica

de penhor de créditos, como propugnam alguns escritores, uma

vez que se distinguem tão nitidamente que outros admitem

a caução de títulos de crédito penhor de coisa móvel" .

ser

"Convém, com efeito, designá-los por nomes dife-

rentes, e traçar, em linhas gerais, as diferenças que os sepa-

ram".

"A caução de títulos de crédito tem por objeto

o próprio título que documenta o direito.Entende-se que o di­

reito creditório incorpora-~ ao documento,materializando-se.

Devido a essa ficção, podem ser aplicadas a essa relação pign~

ratícia muitas regras que regem o penhor de bens corpóreos. ~

que esses direitos só se exercem por meio do documento que os

menciona.Contudo, não se converte em penhor de coisa, pois seu

objeto não deixa de ser o direito de crédito corporificado no

título".

"No penhor de crédito "stricto ~"· nao ocor-

re a mesma objetivação. O direito do credor a uma prestação

!

do devedor é submetido à relação pignoratícia por seu valor p~

trimonial. Não há cois~ que o represente. Não obstante, os di

reitos obrigacionais são considerados móveis para os efeitos

legais. Devido a essa equiparação, quando menos,qualquer crédi

to ordinário pode ser objeto de penhor".

"As duas formas distinguem-se,porque no penhor

de créditos comuns a transferência do direito se cumpre, como

na cessão, mediante notificação ao devedor, e,na caução dos tf

tulos de crédito ao portador,se opera a tradição por sua entre

· ga ao credor".

"O CÓdigo Civil não faz menção do penhor de cré­

dito "stricto sensu". Disciplina,circunstanciadamente, no en-

tanto, ~caução de títulos de crédito. A omissão levou alguns

juristas à sustentação da tese de que não admitiu o penhor de

créditos ordinários. Prevaleceu, contudo, a opinião contrária,

fundada no argumento de que foi incluÍdo implicitamente." ( 6)

Esta longa reprodução, pela clareza de sua expo­

sição, do magistério do notável civilista ORLANDO GO~ffiS,se fez

indispensável, sob o aspecto evolutivo, para demonstrar como a

caução de direitos ou o penhor de direitos sofreu . restrições e

contestações.

Claro, porém, deve ficar que a caução de direi­

tos necessita de ser constituída, ~escrito, pois, tratando­

se de bens incorpóreos, inexiste a tradição efetiva, como exi­

gia o Código Civil. "Para se outorgar direito de penhor sobre

créditos e outros direitos, é preciso que haja o "acordo de

constituição"com os requisitos de existência, validade e efic~

cia que se exigem à cessão, à transferência de titularidad~'(?).

Tanto a caução de títulos de crédito como o pe-

6)- ORLANDO GOMES- Op. cit. páginas - 482/483.

7)- PONTES DE MIRANDA- Op. cit. pag. 469/470.

Page 6: A caução no Registro de Imóveis

I

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nhor de crédito "stricto sensu" deve ter a sua publicidade as

segurada pelo registro do instrumento escri·to, no Registro de

Títulos e Documentos (artigo 127 n9s II e III da Lei n9 6.015

de 31 de Dezembro de 1973) .

Esta distinção, entre penhor de crédito"stricto

sensu" e caução de títulos de crédito, ficou perfeitamente fi­

xada no Projeto de lei n9 634,de 1975,relativo à Reforma do CÓ

digo Civil, em tramitação no Congresso Nacional, quando.nos ar

tigos 1.482 a 1.491, sob a epígrafe "Do penhor de direitos

títulos de crédito",regulamenta tanto um, como o outro.

e

Vale a pena transcrever alguns de seus . artigos

para completar esta parte de nossas considerações: -

Awgo 148Z-Podem HJL obje,to de penh oJL eüAú.toó ,óUó<ee­

d.vw de cu6ão, 6obJLe co.i.ócu. mõveló.

AJt.t{.go l483-Conó~~-6e o penhoJL de eüAú.to medianze

.<.nó t:lw.me.U:o púb Li. co ou. palt.t<.c.u.f.aJt, .<.nó CJl.{.-

WU.c.o-zo no Reg.i.6Z1lo de TLt:u.lo-6 e Vocu.me.U:o6 .

O .t.i..-tul.aJt de eüAú.to empenhado devvzó. en­

Z1legaJt ao r:Jr.edOJL p.<.gnOJLad.uo o6 docu.men -

to6 compJLobatÕ)l.{.o6 deóóe eüAú.to, 6 o..tvo 6 e

tiveJL .{,f'!ZeJLeó6e .teg:i...túno em conóeJLvâ-.to6.

Awgo 14 84-0 penhM de r:Jr.ed.<.to não tem e6úâua Hniio

qu.ando noti6.{.cado ao devedM; meu. pM no~

·6.<.cado 6 e tem o devedM que, em .<.nóbw.men­

to pÜbLi.c.o ou. palt.t<.CJ.L.taJt, ./J e dec.l.aJtaJt uen

te da e:úl>tênc..<.a do penhoJL.

AWgo 1489-0 penhoJL, que JLec.a.<. óobJLe d.tu.e.o de c.JLedi­

to, c.onótitu..{.-6e mediartZe .<.nóbw.meJ'lto pú­

b.t.<.c.o ou paJtt.{.c.u..e.aJL, ou. endoó60 p.<.gnoJLad.­

c..<.o' com a Z1ladiçã.o do wu..e.o ao c.JLedOJL' )l~

gendo-õe p~M V.i.ópoó.<.çÕeó GeJLa.<.ó dute T;I

Mo e, no que cou.beJL, pel.o6 Mt<.go6 d a

plleó ei!Ze Seção.

Obices e entraves menores não encontrou, també~

fls . 7

a possibilidade da caução de créditos provenientes de direitos

reais sobre imóveis .

O aperfeiçoamento da caução ou penhor de direi­

tos exigia, para a sua constituição, que o bem dado em garan­

tia fosse classificado entre os bens móveis, e, os direitos

reais sobre imóveis, estão classificados entre os bens imóveis

para os efeitos legais (art. 44 n. I do CÓdigo Civil).

O direito do credor hipotecário - o crédito hip~

tecário garantido pela hipoteca - um dos mais fortes - entre

os direitos reais de garantia, não poderia, evidentemente, fi­

car estático. Inúmeras vezes o credor se sentia na contingência

de ~uerer mobilizá-lo, para garantir operação de crédito de

4ue necessitava, sem, entretanto, querer ceder esse crédito a

um eventual credor.Dentro dos .estreitos limites doutrinários do

CÓdigo Civil estava impedido de caucioná-lo ou de dá-lo em P.!:,

nhor, em virtude do crédito hipotecário ser considerado bem i­

móvel .

Não se fez tardar, porém, a regulamentação legal.

A questão ficou resolvida com o decreto n9 24.778,de 14 de j~

lho de 1934,que assim prescreveu:-

AWgo 711-Podem 6eJL objuo de penhoJL o6 r:Jr.ed.<.to6 gaJtanti-

do6 poll h.<.potec.a ou. penhoJL, o6 qua.<.ó, paAa eó6e

e6ú.to, conó.<.deJLaJt-óe-ã.o co.i.óa mõve.t.

AWgo zq-o c.JLedoJL p.{,gnoJLad.uo podeJLâ .e.evaJt ã p1laça Oó

c.JLed.<.to6 dadoó em gaJt~a, ou exec.u.Zâ-.to6 d.{.)le

tamei!Ze, paJta 6 eu pagamenzo.

A consideração do crédito hipotecário como coisa

móvel referida no artigo 19 deste decreto, levou SERPA LOPES a

fazer esta indagação: - "Em face da supracitada lei, qual a si­

tuação da caução de um crédito hipotecário perante o Registro

Page 7: A caução no Registro de Imóveis

de Imóveis?"

"~Óbvio que se a lei, para efeitos de penhor,

considerou coisa móvel o crédito hipotecário, excluída está a-

quela convenção dos livros do Registro de Imóveis, mesmo que

se trate de uma simples averbação. O registro dessa convenção

pertence, nesse caso,ao Registro de Títulos e Documentos"(S).

Mas, é o próprio SERPA LOPES que não se satisfaz

com a solução dada por ele mesmo e acrescenta:-

"Contudo é inútil desconhecer que esse institu­

to, vivendo à parte, sob o regime de coisas móveis, pode acar­

retar prejuízos e conflitos . A insegurança é patente. Os danos

resultantes, possivelmente, desse bimorfo aspecto,direito real

imobiliário de um lado e de outro direito real mobiliário, r~

dundando na coexistência de duas publicidades, não são meras f~

tasias".

E conclui:

"Se se considera o crédito hipotecário como um

direito real imobiliário, porque motivo não há de se reputar

tal, a caução deste mesmo crédito, e conferir-lhe, lÓgica e n~

cessáriamente, um lugar dentre os atos compreendidos no Regis-

tro de Imóveis?".

''A solução do problema está na adoção do sistema

da legislação belga:- na caução do crédito hipotecário, como

nos casos de subrogação e cessao do referido crédito, a averb~

ção não fica reduzida a uma simples faculdade do interessado,

mas deve ser imposta como condição para o conhecimento daqu~

les atos, em relação a terceiros" (9)

Mister se faz não esquecer que SERPA LOPES escre

8)-SERPA LOPES- Tratado dos Registros PÜbZiaos - voZ. II n. 338- pag. 345-

2a. edição- Editora A Noite - Rio de Janeiro.

9)-SERPA LOPES- Op. ait. pag. 346.

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veu sob a égiJe do anterior regulamento dos Registros PÚblicos

-o Decreto n9 4 . 857, de 9 de novembro de 1939, o qual, no ar­

tigo 178, alínea "c", não relacionava, entre os atos sujeitos

à averbação, a caução do crédito hipotecário.

5 . Outros créditos, além do crédito do credor hi-

potecário, podem existir nos lançamentos efetuados no Registro

Je Imóveis.

Dentre eles, sobreleva pela sua frequência, o

crédito das E!estações do pagamento do~ a que tem direito

o promitente vendedor, em relação à promessa de venda de

bem imóvel, devidamente registrada.

um

E, não só o direito do promitente vendedor,mas,

também, ~próprio direito do promitente comprador de receber a outorga da transmissão definitiva do imóvel, pode constituir­

se em bem incorpóreo, integrante do seu patrimônio, para ser~

ferecido em caução.

Poderia a caução dos direitos do promitente

vendedor ou~ caução dos direitos do compromissário comprador

ser averbada à margem da inscrição da promessa de venda e corrqJra?

A jurisprudência,chamada a decidir sobre a

questão, em face da omissão desta espécie de averbação,no elen

co das averbações enumeradas no direito anterior, nem sempre. .

decidiu de maneira uniforme.

No agravo de petição n 9 139.101, da comarca de

São Paulo, o Egrégio Conselho Superior da Magistratura do Est~

do, assim se pronunciou em acórdão prof~rido em 10 de Dezembro

de 1964 e publicado no Diário da Justiça do Estado em 23 de De

zembro de 1964,pag.l5, quando chamado a decidir sobre dÚvida

suscitada em relação~ caução dos direitos do compromissário

comprador,para garantir um contrato de abertura de crédito:

_ "0 V!t. Ptr.oc.uJtadOIL da 11L6tic;a opútou. pe..f.o p!t.ov.<.men-to do

Page 8: A caução no Registro de Imóveis

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' . l 1

llecUMo, acett.tu.ando qu.e o compJtotn-W~o em qu.u.tão co!!.

.têm a c..tâ.ttt.u.la. de -i.Nr.evogabilidade e -i.Nr.e.tlla.tabilidade

va.tendo como velldade-Ut.o eüJtrU.to llea.t oponlvel a .tell -

ce-Ulo6 , de acolldo com a lu n. 649 de 11 de mMç.o de 79 49.

O llecUMo é pllov~do na con6o~dade do pallecell ~­

.tado , eJJJ 6ace do ~poúuvo da "-e6wda lu 649 de 11

-3-49.

O eüJte~o do comp"--mW6 ~o, no cM o, eq~pallcl- 6 e

a v elldade-Ut.o eüJtrU.to llea.t.

Ac.lluce-6e qu.e, no .tocatt.te ã. avellbaç.ão o~ Mtigo6

285 e 286 do Vec. 48 37 , de 9 de noveJJlb"-0 de 7939, 6ão

~po6~vo6 de Callâ..tell amplo.

E nenhu.m pllejulzo adv~ da plleten~da avellbaç.ão"

(Ane xo n 9 l ! este trabalho).

Alguns -anos após, o mesmo Egrégio Conselho Sup~

rior da Magistratura, decidindo em 14 de agôsto de 19 68 ~ agra­

vo de petição~ 172.043, da comarca de São Paulo, em que se ve~

tilou idêntico problema da caução dos direitos do compromissário

comprador, deu uma guinada em sentido contrário,rechaçando a po~

sibilidade da averbação desta caução, em acórdão publicado no

Uiário da Justiça de 28 de agôsto de 1968,do qual extraímos o se

guinte trecho: -

IV- Na upé~e . a gall~a ou.tollgada pelo compllotn-Wóâ.­

~o compllcldoll a .tellcUilo na qu~dade de devedoll

úu:~ulada "c.auç.ão•; não pM<Ia de ~ç.ão do d:f:. lledo llea.l do pJto~ett.te vendedM, poll .tlladuz.{.)l a

~goll, mod~dade .{.na~<~Zvel de h~po.teca, ~Mti­

.tuZda em .tllcln6aç.ão que não .teve pD"- objeto .{.mÕvel

compJtOmW6 a do .

E nqu.att.to não q~ado o compJtomW60, não .tem o com­

p"--m~<l~o compllcldoll eüJtedo de c.llêdUo qu.e po<1<1a

6 e1l dado em c.au.ç.ão como gall~a de dlv.{.da, <1 enão

em cMâ..tell e v ett.tu.al.

Adema.{.6 , na fúpÕ.tue, a g~a 6ell~a de 0"-dem

llea.t, como a6.V1ma o llecoMen.te ( 6!6. 36) llepllu en -

.tando moda.udade de h~po.teca, e como "6 Õ aqu.ele

qu.e pode ~enall podellâ. h.{.po.tec.all, 'dall em ~c.lle-

/

6e ou empe.nhM" (M.t. 756 do CÕ~go C.{.v~) corri.Lú-H que

a avellbação pJteten~da é .{.nc.abZveL

Nu.~e 6e~do o mag.{.6.téll.{.o de T ~o Fulgên~o com apo.{.o

em Plan.{.ol, ê explle66.{.vo:-

"Ben6 6u.tullo6 não podem 6ell objeto de h.{.po.teca, e .to..{.6

6e ~zem aquelu 6oblle que o coM~u.{.n.te não po66~ a­

.tualmett.te nenhwn ~o, ou 60blle o6 qua.{.6 <~eu eüJte~o

u.tâ. ~nda em u.tado eventual" !V~o Rea.t de H~po.te­

c.a, atualização de Jo6ê de Agu.{.M V.{.M, ed. FolleMe

7960, pag.{.na 135).

V- Nem 6e ~ga que a caução ê de na.tulleza c.lle~~a, na

upê~e !6!6. 35), po.{.6 não 6e cog~a de .tZ.tulo6 (Mti­

go 7 89 e 696 do éõ~go C.{. v.{.!) , e o agllclvan.te não ê c.lle­

doll do compJtom.{..ten.te vendedoll.

AtiÃ.6, a caução de tl.t.u..e.o6 de c.llédUo pU6 oa.t e da dlv:f:.

da pú.b.Uc.a ao poll.tadO"- pode 6 e1l .tllcln6 ~a no Reg.{.6.tllo

de TZ.tulo6 e Voc.u.mel'l-to6 (M.t. 134, .{.nc..{.6o III), po66.{.b:!:_

.u.tando a o.vellbaç.ão pJtev.{.6.t:a no allUgo 138, mM o. ap.U­

c.aç.â.o ana!Õg.{.c.a du.t:e d.{.6po6~vo lega.t em ma.téll.{.a de

Reg.{.6.t:llo de ImÕve.{.6 é .{.nadm-W6Zvel, como ê ev.{.dett.te.

Em con6equênUa, nega-6e p"--v.{.men.t:o ao llec.ull6o"

(Confira-se Anexo ~ l ! este trabalho)

Inegavelmente, não trilhwo E. Conselho o melhor

caminho nem a melhor doutrina, pois o objeto da garantia não ~

ra o imóvel, nem havia se falar em bem futuro.

O objeto da garantia nada mais era do que o di-

reito do compromissário comprador, e o instituto jurÍdico não

era o da hipoteca, mas uma caução de direito ou um penhor de

direito, em nosso entender perfeitamente averbável à margem da

inscrição do compromis·so de compra e venda, apesar da discussão

sempre acesa a respeito do "numerus clausus" dos atos jurídi­

cos que devam ter ingresso no Registro de Imóveis.

Nesse mesmo sentido, retornou o Egrégio Conselho

Superior da Magistratura do Estado de São Paulo, ao decidir em

16 de fevereiro de 1973, ~agravo de petição n 9 215.851, da co

marca de Santo André, cujo acórdão encontra-se publicado no

Page 9: A caução no Registro de Imóveis

Diá ri o da Justiça de 28 de fevereiro de 1973 , do qual destaca

mos o seguinte trecho:-

Ve!UMca-õe doó au.toó que. a agJr.ava.n.te. con6e.õõou-õe.

de.ve.doJr.a de. "l:le.õoUJr.oó Velcu.to<l Ltda" e. pMa gMatt.tia da

d2v.{.da de.u-.ehe. em caução d.{.Jr.úto<l de. que. ê .u.tu.tM pMa

a aq~.{.ção de. d.{.ve.Jr.<~oó .to-tu de. -te.Me.no , me.d.{.ante. e.ó~

-tUJr.a de. compM~óo de. compJr.a e. venda. Em <le.u Jr.e.ewt.~o a

agJr.ava.n.te. e.ó ct.Me.ce. que. <1 e. :tl!.ata de. ".{_J'ló CJr..{.ção da caução

de. d.{.Jr.U-toó de. col'ltJr.a-toó de. compJr.o~ó 0<1 de. .{.mÕ vw" e.

que. a "caução ê .tMçada no Re.g.{.<l-tJr.o de. rmõvw palla 6.{.1'ló

de. pubUudade. ge.Jr.a.t upe.c16.{.ca."

O Jr.e.g.{.õ-tJr.o da u ~ apJr.e.ó e.l'ltada peta agJr.aval'lte.

me.d.{.ante. õua .{.J'ló CJr..{.ção, no Jr.e.g.{.õ-tJr.O de. .{.mÕvw, não pode.

<1 e.Jr. Jr.e.atizado . Oõ ato<~ pJr.a-t.{.cadO<I no Jr.e.g~-tllo de. .{.mÕvw,

me.d.{.aJ'lte. .{_J'ló C!Jr..{.ção, .tlt.tlJ1h C!Jr..{.ção ou ave.ltbação , u -tão e. nu­

me.Jr.adoó no M-t.{.go 178 do de.CJr.e.-to 4857/39, Jr.e..tat.{.vo ã e.~~ cução do<1 <~e.Jr.v.{.ço<~ conce.Me.l'lte.ó aoõ Jr.e.g~-tlloó púbUco<l. E

e.l'l-tJr.e. e.te..~ não <~e. me.núoM a caução de. ~o<l aq~it:f

vo<l e.m gaJr.att.tia do cumpl!..{.me.l'lto da obl!..{.gação co~a.t .

O Jr.e.g~-tllo plle.-te.nd.{.do .~e.)l.{.Q a~.1Zve.t ape.nM no Re.g~­

-tllo de. TZ-tu.toõ e. Vocume.l'lto<l . E uma ve.z que. a pJr.e.-te.nd.{.da

.{.M CJr..{.çã.o da caução no Jr.e.g.{.<l-tJr.O de. .{.mÕve.~ não ê ~<li, ve.t, ouoó a -toJr.l'la-<1 e. a .{.ndagac;ão da ne.cuõ.{.dade., ou não,

da apJr.e.õe.l'ltação do ce.Jr.U6.{.cado de. quaação Jr.e.tat.{.vame.l'lte.

a dêbUo pMa coM.u.t(.L.{.ção de. pJr.e.údênua <I oua.t.

Pe.to<l motivo<~ e.~po<l-toó ê ne.gato pJr.ov.{.me.J'lto ao ag~

vo"

(Anexo n9 l ~ este trabalho)

Entendemos, ainda, que o acórdão não seguiu a me

lhor orientação. A interpretaç ão restrit iva dos atos enumera -

dos pelo legislador para terem acesso ao Registro de Imóve i s

em inúmeras ocasiões cerceia, demasiadamente, o tráfico e a g~

rantia dos negócios jurÍdicos que tenham por objeto

reais sobre imóveis ("jura in !! aliena").

direitos

Acrescente-se a estas considerações, a circunst~

cia de que a publicidade dada pelo Registro de Títulos e Doeu-

mentos é meramente relativa, não devendo o intérprete e o apll

cador da lei se esquecer de que os fatos sociais e econômicos

caminham, inÚmêras vezes, muito à frente do legislador.

São bem sugestivas e aplicam-se perfeitamente a

estes comentários:as palavras de JEAN CRUET : -"Vê-se todos os

dias a sociedade reformar a lei; nuncase viu a lei reformar a

sociedade" ... "A observação imparcial da vida jurÍdica,objetoda

ciência do direito, mostra que existe em toda a sociedade um

coeficiente de ilegalidade, do qual se pode dizer que é inevi­

tável, pois que, se varia segundo o tempo ou o lugar, jamais é

inteiramente nulo; parece que a ilegalidade, numa~ medida,

é um fenômeno normal da v~da do direito, e muitas vezes, com~

feito, já o notamos, o progresso jurídico opera-se pelo confll

to recíproco do legislador , dos juízes e dos costumes"(lO).

6 • A solução legislativa, para esses inúmeros casos

de flexibilidade, maleabilidade e agilização dos direitos

crédito que necessitam ser dados em garantia e necessitam

de

de

uma publicidade eficaz, como a que é dada pelo Registro de Imó

veis, não se fez retardar.

A lei n9 6.015 de 31 de dezembro de 1973, com as

modificações da lei 6.216 de 30 de Junho de 1975- a nova Lei

dos Registros PÚblicos - inseriu, no elenco dos atos jurÍdicos

submetidos à averbação, o Ítem 8 do n9 II do artigo 167, assim

redigido:-

AJrJ;. 167- No Re.g.{.ó-tJr.o de. Imõvw, a.têm da ma-tl!.Zcu.ta <~e.Jr.ão

6út:o<~ : -

II - a ave.ltbaç.ão

10)- A YTDA DO DIREITO E A INUTILIDADE DAS LEIS - pag. 257- Livraria Pro-

gresso Editora - Bahia 1956.

Page 10: A caução no Registro de Imóveis

·I

' 1 .!

8- da. caução e da. ce66 ão 6-i.du.ciãlúo. de CÜ!túto6

~vo6 a .i.mÕve.i.6;

Sob a égide desse dispositivo, o Egrégio Conse­

lho Superior da Magistratura do Estado de São Paulo,mudando a

sua orientação anterior, em decisão proferida em ll de junho

de 1976 na apelação cível n9 251 .7 75 da comarca de São Paulo,

admite a averba~ da caução de direitos em seu sentido amplo,

como penhor de bens incorpóreos, deixando de lhe dar aplicação,

tão só, e restritivamente,à caução do crédito hipotecário.

Vale a pena transcrever o esplêndido trecho

desta decisão:-

" 06 a.pe.e.antu Jr.ecebe~t.am, em ga!Ulntia de CJr.ê.cüto, uma ~

ção de CÜ!túto6 1Le!a.âvo6 a comp1r.om.i.66 o de compiLa e ve!!.

da de .i.mÕve.i.6 .

06 complt.om.i.66o6 de compiLa e venda. de .i.mÕve.i.6 não !E_

teado6 con6eJLem, 6ati6 6Uta6 deteJr.m.i.nada6 eúgência6 l~

ga.i.6, CÜ!túto Jr.ea! ao pMm.i.tente comp~r.adoJr., .i.66 o ê. pac;

6-i.co. Nele, 6tLILgem cJr.êd.i.to6 c.oMe!ato6: o do p!Lom.i.tente

vendedoiL, 6ob1Le o pJr.eço e dema.i.6 oblr..i.gaçõu do compJr.a­

doJr. e o do piLOm.i.tente complt.adoiL, 6 oblt.e a tlt.an6m.i.66 ão dE_

m.i.Ma! e dema.i.6 oblr..i.gaçõu do vendedoiL.

CaucionM o 6 eu cJr.ê.d.i.to , tanto pode um c.omo o ou.tlt.O.

Nada. o .i.mpede. ~ caução i_.!:!!!. CÜ!túto ILea! de ga~t.antia ~

6 eu objeto, !!!!. ~. i_ 2.. CÜ!túto Jr.ea! do piLOmUente ~

plt.adOlt. de .i.mÕveL Como ute CÜ!túto 1r.ea! em co.i.6a a­

.ehúa. ê. Jr.eg.i.6tMvel (CC, alt.t. 856- III) e ta! Jr.eg.i.6tlt.o

6tLILge d.i.6ciplinado no Regu!amento do6 Reg.i.6tlt.o6 Pú.bU­

co6 (Lú 6.015/73-, alt.t. 167, 1,9) ~caução dele i_~

bãvel (Reg. c.i..t. alt.t. 167, II, 8).

Ev.i.dentemente, tlt.ata.-6e de d.i.Jr.úto 6ubo1Leüna.do ã. concüção de pagM o pJr.eço convencionado no complt.om.i.66o

de c.omplr.a e venda.. Bem poiL .i.66o, a caução c.on6elt..i.tt ao6

CAedoJr.e6 o CÜ!túto de 6azeJr.em e66 e pagamento, na. .i.mpon­

tua!.i.da.de d06 devedo1Le6, pa1t.a que o CÜ!túto caucionado

não 6e Jr.Uo!va. O eüJr.úto 6ujúto a c.oncüção 1Le6o!utiva

não ê. 6uttLJr.O, ê. p1Le6ente, atua! e exe~t.c.i..tiivel (CC, ll.lr.td: go 119).

A a.velt.baç.ão de66a c.aução ê. ato não 6Õ !egLtúno, ma6

7 .

necu6â..u:o, pa!Ul pub.Ucida.de, conhec.i.rnento de teJL­

ctU.lw6 e .i.mped.i.mento de eve.n.tu.a.ú. d.i.6 poúçõu 6~

t/r.aX:Õ/Úa.6 da. ga!Ulntia do6 CAedolt.e6 , a66 c.un{.ndo o c~ Jtá.teJr. de 6 o!ene tlt.acüção do tLtu.e.o CJr.ecü.tlcio. O

pacto Jr.ege-6 e pe!a6 nollma6 de V.i.lt.eUo C-i. vil, pelt.­

fuentu ao6 CÜ1t.Uto6 Jr.ea.i.6 de ga!Ulntia. Vale cüzeJL

que 6 oblt.e 06 CÜ!túto6 caucionado6 podellão o6 CJr.edE_

lt.e6 exeJLceJL a UCU66ão CJr.ecü.tlcia, cabendo-.ehu, o~

tlt.o6 6.i.m, ve!alt. paJr.a .i.mped.i.Jr. o peJr.ec.i.rnento de!u

c.eJLto como ê que, cancelado o Jr.eg.i.6tlt.o do compM -

m.i.66o, a caução duapa~t.eceltá, pOlt. 6-i.c.M 6em objeto.

Em 6uma, não hii um motivo Jt.elevante pa!Ul ne­

gM-6e ao apelante a pMteção jWÜcüc.a que pMCLilta

num Õ~r.gão do Se~t.v.i.ço Pú.b.Uc.o. E6te tem de ac.omp~

nhM a tlt.an66ollmação do ~undo, pa!Ul piLe6tM-6e ii ILealização de 6 etL6 piLÕplt..i.o6 6.i.n6, e não agMILM-6 e

a pJr.ec.oncúto6 que o6 novo6 tempo6 jii dumeJLec.eJtam,

tJr.an6 6o1U11Clndo-6e, a66.i.m empeJr.lt.ado e !elt.do, num apa­

lr.ato peJL6útamente .útÚ.tJ.l.. Se o V.i.Jr.úto C.i.vil evo­

!u.i., poiL que ac.oMentM o Reg.i.6tlt.o Pú.b.Uco, que ê uma Clt..i.aç.ão dele mu mo? "

(Apud FRANCISCO DE PAULA SENA REBOUÇAS- R! gistros PÚblicos-Jurisprudência n. S.pag. 14- Editora Revista dos Tribunais-São Pau

lo-1978-Anexo n 9 i_ a este trabalho, publ.!_ cado, também, na "Revista dos Tribunais"­vol.489-pag. 116).

Muito embora o objetivo sej,a tratar, exclusivame!!

te, da caução no Registro de Imóveis, não nos podemos furtar, a

esta altura de nossa exposição, de nos referirmos à cessão fidu

ciária, a que faz referência o preceito da Lei dos Registros Pú

blicos, e que está sendo objeto de nossas considerações.

O legislador, com este preceito, além de espancar

as dúvidas que existiam, e que demonstramos pelas vacilações j~

risprudenciais a respeito da caução de direitos sobre imóveis ,

inovou fazendo menção à cessão fiduciária.

Page 11: A caução no Registro de Imóveis

, I

Em que consiste a cessão fiduciária?

Em rápida síntese,trataremos de dar uma noção do

que seja negócio fiduciário. "O negócio fiduciário, em sua COE,

ceituação moderna, tem sua origem, inquestionávelmente, na fi­

dÚcia ~· se não é aquele mesmo instituto revestido de ro~

pagens novas e adaptado para exercer novas funções e a satisfa

zei novas necessidades da vida moderna". (ll)

"Ora, a fidúcia, fundada sobretudo na lealdade e

na confiança, foi, de início, uma convenção ligada a um ato s~

lene, constituindo uma cláusula secreta, que, por isso mesmo ,

em sua origem, foi desprovida de qualquer sanção legal''(lZ)

"A escassez de esquemas jurídicos,previstos pelo

legislador, é que obriga as partes a recorrer a esse meio indi

reto para obter a solução de certas dificuldades criadas pelas

circunstâncias especiais de seus negócios". "Trata-se, portan­

to, de um negócio sério, em que não há simulação, porque o fi­

duciário ;, para todos os efeitos, ~ legítimo dono provisório

dos~ adquiridos, com a só obrigação pessoal e não real, de

respeitar a fidÚcia ou confiança nele depositada. Se falta ao

compromisso assumido, isto é, como na hipótese, se deixa deres

tituir os bens fiduciáriamente adquiridos, terá que pagar per­

das e danos, que acarretar a falta de cumprimento da obrigação

contraída. Não há falar em simulação, porque a transmissão rea

lizada corresponde, exatamente, à vontade das partes"(l 3).

O Prof. Otto de Souza Lima, após analisar as de­

finições de Regelsberger, de Coviello, de Ludwig Ennecerus, de

Cariota Ferrara, de J.X. Carvalho de Mendonça, de Eduardo Espi

11)-<JTTO DE SOUZA LIMA- "NegÓcio Fiduciário'i-pag.9-Editora Revista doe Tri

bunaie- 1962

12)-Gp. cit. pag. 11

13)-ANTÃO DE MORAES-"ProbLemae e Negócios Ju:tidicos"-Di:reito CiviL- pag.

386- Max Limonad - editor.

l

j I I

nela, de Pontes de Miranda, apresenta a sua própria definição

nestes termos:-

"NegÓcio fiduciário é aquele em que se trans-

mite uma coisa ou direito a outrem,para determinado fim, assu-

mindo o adquirente a obrigação de usar deles segundo aquele

fim e,satisfeito este,de devolvê-los ao transmitente"(l 4).

E acrescenta:-"Desta noção, que poderemos dizer

clássica, resulta que dois são os elementos do negócio fiduci!

rio:-a) a transmissão da propriedade ou do direito; b) a obri­

gação de restituir, assumida pelo fiduciário. O primeiro ele­

mento é de natureza real, porque importa na transmissão do di­

reito ou da propriedade. O segundo é de natureza obrigacional,

porque consiste em uma obrigação de restitui~'(lS).

Transpostas estas noções para a cessão fiduciá­

ria verificamos que ela se assemelha,e em muito, com a caução.

Enquanto nesta não há a efetiva cessão dos direitos relativos

a um imóvel, na cessão fiduciária ela se realiza concretamente,

~mbora sob a obrigação posterior e ~ confiança de ser ela re~

tituída ou retornada ao patrimônio do cedente ou t'iduciante, ~

ma vez atingidos os objetivos pelos quais a cessão foi realiza

da.

A cessão fiduciária, como a caução, deve ser,ta~

bém, objeto de averbação à margem dos registros dos direitos

que tenham sido cedidos.

E, PONTES DE MIRANDA, conclui, com a precisãoque

lhe é peculiar:- "O fim fiducial pode ser o de garantia. Em vez de lançarem mão dos negócios jurídicos típicos de garantia

(hipoteca, anticrese, penhor, caução de títulos, fiança), os

declarantes ou manifestantes do negócio jurídico fiduciário p~

14)- Op. cit. pag. 170.

15)- Op. cit. pag. 184.

Page 12: A caução no Registro de Imóveis

ra garantia utilizam atribuição patrimonial: em lugar de só se

hipotecar, anticretizar, empenhar ou caucionar, o que apenas

criaria direito real de garantia, o fiduciante transfere ao

credor a propriedade, para que, vencido o crédito, sem ser sol

vide, fique com a coisa, ou solvido, a devolva"(l 6).

Se a alienação fiduciária de imóvel não possui,

ainda, em nosso direito, uma regulamentação legal,pois ela exi~

te tão somente para as coisas móveis, talvez em breve, tal r~

gulamentação lhe venha ser estendida, uma vez que, doutrinari~

mente, não há impedimento jurídico para a sua constituição.

A cessão fid~ciária, recebeu pela Nova Lei dos

Registros PÚblicos o beneplácito legal no Ítem 8, n. II do ar-

tigo 167.

8. Temos nos referido, até aqui, ao penhor de direi

tos ou ã caução de direitos relativos~ imóvel, e vimos,então,

que o ato registra! para lhe dar publicidade é a averbação.

E, se se tratar de imóvel- existirá caução de i-

imóvel?

Não há dÚvida que sim.

Entretanto, sendo a caução, de acordo com o con-

ceito que inicialmente fixamos, garantia para o cumprimento

de uma obrigação, o oferecimento de imóvel para efetivar essa

garantia somente pode.rá se realizar através do direito real

de hipoteca.

Atente-se que aqui a caução não tem por objeto

os direitos reais sobre coisa alheia ("jura in re ~"),mas

o próprio imóvel, em sua totalidade, e, em sua plenitude de di

16)- TRATADO DE DIREITO PRIVADO- Toroo III- § 274- n9 5 páginas 125/126- 2a.

edição- Editor Borsoi.

reitos. O direito a ser dado em garantia é o próprio "~

re", o direito de propriedade.

A caução, nada mais sendo do que direito

in

real

de garantia, o imóvel dado em caução fica sujeito, por vínculo

refl, ao cumprimento da obrigação (art. 755 do Código Civil).

Assim, oferecido pelo devedor um imóvel para

ser dado em caução, para garantir~ cumprimento de~ obriga

~. essa garantia somente poderá se constituir, através da

constituição de um direito real de. garantia e que no caso esp!:_

cífico é a hipoteca.

A hipótese mais comum é, sem dúvida alguma, a

caução de imóvel constituÍda pela hipoteca, uma vez que,por es

se direito real de garantia o devedor não fica despojado

posse do imóvel.

da

O Pro f . SILVIO RODRIGUES assim a define : -" A hi

peteca é o direito real recainte sobre um imóvel um navio ou

um avião, que embora não entregues ao credor, o asseguram, pr!:_

ferentemente, do cumprimento da obrigação''(l?).

Convém salientar que a hipoteca é direito real

que se constitui para garantir o cumprimento de ~ obrigaçã~

que não se restringe tão somente ao pagamento de uma dí~ida em

dinheiro.

"LAFAYETTE, com a concisão e elegância que lhe

são peculiares, ensina que~ hipoteca~~ direito real criado

f .. - . d d" . 1"(1 8) para assegurar~ e 1c1enc1a _!:. ~ 1re1to pessoa .

Assim, "comportam garantia hipotecária todas as

obrigações de natureza econômica, sejam de dar, de fazer,~ de

não fazer, presentes~ futuras, atuais~ preexistentes,civis

17)- Direito CiviZ- Direito das Coisas -voZ V- 2a. edição n9 223- pag.

400-Max Limonad - Editor.

18)- Apud J.M.CARVALHO SANTOS-CÓdigo CivU BrasiZeiro Inte"I'pretado-voZ. X

pag.260-comentários ao art.809-4a.edição LivrariaF.reitas Bastos-1951.

Page 13: A caução no Registro de Imóveis

ou comerciais, simples ou condicionais, do próprio outorgante

ou de terceiros" P9 )

"Admite-se, igualmente, que uma hipot.eca possa

garantir ~ obrigação cujo montante seja indeterminado. Entre

t anto, por força do princípio substancial da especialização,

cumpre ser avaliado devidamente o crédito para os devidos efei

tos, sendo definitiva essa avaliação. Qualquer majoração deve-

rã ser considerada como nova hipoteca, susceptível de

- " (20) çao .

inseri

Indagou-se, também, se seria possível a consti

tuição de hipote ca ~ dÍvida futura.

"A doutrina, em sua quase totalidade, manifesta

-se pela afirmativa~que se exige é a especialização da dÍvida

futura, quer quanto ao seu conteúdo, quer quanto ao seu monta~

te, sem o que não s erá possível a inscrição. O Oficial não po­

de recusar inscrever uma semelhante hipoteca, desde a sua con~

tituição. A questão de saber se a dívida nascerá ulteriormente

ou não, e, po r conseguinte, se a hipoteca produzirá ou não os

seus efeitos, constitui matéria de fundo, cuja apreciativa lhe

escapa, pois a hipoteca de uma dívida futura se reduz a

simples reserva de crédito hipotecário, perfeitamente

em si mesmo" (~l)

"O direito expectativa é direito como

qualquer". (22)

uma

válido

outro

Essas considerações aplicam-se adequadamente p~

ra mostrar a imensa variedade de créditos que a ' caução de imó

vel - a hipoteca - poderá garantir, e em especial, à caução de

19-WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO-Curso de Direito Civil-Direito das Coisas

pag. 400 - 18a . edição - Saraiva 19 79

20- SERPA LOPES-Op.Cit. 305-pag. 271

21- SERPA LOPES-Qp.Cit. 305-pag.273.

22-PONTES DE MIRANDA-Tratado de Direito Privado-Tomo V-§ 545-pag.1 74-2a.~

dição-Editor Borsoi- 1955 - Rio de Janeiro.

imóvel constituída pelas tres escrituras pÚblicas que ilustram

este trabalho (Anexos n9s ~.2_ ~ 2) ,_ Por elas, dois sócios de

uma sociedade comercial por quotas de responsabilidade limit~

da deram em caução imóveis de sua propriedade, para garanti -

re~ o pagamento da primeira prestação aos credores,na concord~

ta preventiva que havia sido impetrada perante o M. Juiz de Di reito da comarca de Guaíra pela própria sociedade comercial re

ferida.

O obrigação era futura, mas perfeitamente dete~

minável pelas condições ofertadas na proposta de pagamento da

concordata. E, os credores, se ainda não eram determinados, se

riam determináveis, após a habilitação de seus respectivos cre

ditos na concordata preventiva.

A caução de imóvel oferecida por escritura pú -

blica, era, perfeitamente, uma hipoteca, admissível à inseri-

ção (registro) no Registro de Imóveis.

9. Questão que surge, agora, à nossa consideração,

e a de se saber qual o ato registral, no Registro de Imóveis

que deva ser praticado pelo Oficial do Registro, em relação à

caução de imóvel.

Registro ou averbação ?

O Egrégio Conselho Superior da Magistratura do

Estado de São Paulo, ao enfrentar a questão, decidindo a ~­

lação Cível n 9 282.567 da comarca da Capital, em acórdão publi

cado no Diário da Justiça de 27 de julho de 1979, página 8, e~

tendeu que o ato registral praticável em relação à caução de i móvel é a averbação (Anexo n9 ~~este trabalho).

Para assim decidir, usou os seguintes argumen-

tos:-

a) precedentemente, o próprio Conselho já havia

Page 14: A caução no Registro de Imóveis

•• admitido a averbação de caução de direitos relativos ã premes-

sa registrada de compra e venda (cf. Apelação Cível n9 251.775

-Ntexo n9 i!~ trabalho);

b) se se concedeu a averbação de caução de di­

reitos aquisitivos, é de se conceder,! fortiori, o próprio di

reito de domínio, judicialmente caucionado;

c) aplicável, na espécie, portanto, o disposto

no Ítem 8 n. II do artigo 167 da Lei dos Registros PÚblicos.

Nã~ podemos concordar, com a devida venia,

essa argumentação e com esse modo de decidir, uma vez que

com

o

conceito de registro (inscrição)foi completamente desprezado e

substituído o seu carater constitutivo por um outro ato quenão

tem esse caráter - ! averbação.

~ o que nos propomos a demonstrar.

O CÓdigo do Processo Civil regulou, de maneira

precisa, ~caução, assim dispondo:-

A Jtt . 8 2 6- A ca.uç.ão pode Hlt Jtea.f. ou 6-{.de j Llh<IÔJti.a..

A Jtt . 8 2 7- Quando a. .tu não deteJtm.Úta.Jt a. e.~ pêde de ca.u­ção, e.<~ ta. podeM. Hlt plte.<lta.da. mecü.a.nte. depÕ~:I:_

to em cf..i.nhe..i.M, pa.pw de cJtêcü.to, Wulo~ da.

UrU.ão ou do~ úta.do~, pe~ e meta..U. p~tedo­

~ o~, lúpoteca., pellho!t e 6-{.a.nça..

Altt. 828- A ca.uç.ão pode ~elt p!te.<~ta.da. pelo .<.nte~te.<~~a.do

ou pO!t teJtce..i.M •

Por aí se vê que a caução pode se revestir de

vários aspectos, e, conforme for a roupagem com que se aprese~

te terá um tratamento jurÍdico adequado.

"Caução é termo genérico. Significa, ora, depó­

sito em dinheiro ou valores, que faz uma pessoa para garantir

a boa execução de uma obrigação entre as partes. Ora é exigên­

cia da lei para acautelar a boa execução de deveres profissio­

nais ou reparar consequências de faltas possíveis. Ora, final-

mente pode o Juiz, em certos casos, impor a uma das partes

obrigação de prestar caução".

a

"Daí a divisão em caução convencional ~ ~

~

tual, legal !_ judiciária'.'

"Na ~ significação genérica, abrange

os direitos reais de garantia !. ! fiança"~Z 3 )

O proprietário, que ofereça um imóvel, na

também

sua

tolalidade, na plenitude do seu direi to do "~ in ,!!.",para g!

rantir o cumprimento de uma obrigação, está constituindo, ine­

gavelmente, a favor do credor, ~direito real de garantia so­

bre~~ imóvel. Esse direito real de garantia, outro não e,

especificamente, do que a hipoteca (artigo 8Z7 do Código doPro

cesso Civil).

E a hipoteca, como os outros direitos reais se-

bre a coisa alheia ("jura in _!!. ~"), só se constitui pe­

la inscrição no Registro de Imóveis. Jamais, por averbação.

O CÓdigo Civil, no artigo 676, não permite qual

quer dÚvida a respeito.

"0~ cü.ltedo<~ 1tea..U. ~ob1te .únÕvw coM.tUuldo~ ou ~­

rnU<.do~ polt a.t06 entlte v.<.vo~ ú ~ a.dqu.{.Jtem depo~ da.

~CJÚção ~da. WCJÚção no Jteg~tlto de. .únÕvw,do~

Jte6e.Jti.do~ Wulo~ (a.ILU. 530 n. I e 856), ~a.f.vo o~ c.a.­~o~ explte.6~o~ ne.<~te. CÕcü.go".

"Sem a inscrição, a hipoteca não se torna um di reito real de garantia".

"Pouco importa que se apresente integrada em to­

dos os seus elementos: o crédito, o objeto e o título".

"Não inseri ta, nenhuma eficácia pode .!!..E• quer

em relação às partes, quer muito menos, em face de terceiros".

"O nosso sistema é diferente do grupo filiadoàs

legislações francesa e italiana. Nestas, a inscrição não obstan

te o efeito erga ~· representa tão somente um requisito de

publicidade, pois o direito de hipoteca surge da convenção".

23)- JOSt CÃNDIDO DA COSTA SENA - Repertório EncicLopédico do Direito Bra-

siLeiro- voL 7, pag. 394- veroete "caução".

Page 15: A caução no Registro de Imóveis

"Entre nós, porém, a convenção é pura e simple~

mente um título jurídico, uma causa habilitadora da criação da

hipoteca, cuja existência, entretanto, só ~ inicia ~! ins­

crição, desempenhando, por esse modo, no setor hipotecário, a

mesma função da transcrição na t rans ferênci a do domínio".

"Tl- "d b · d · .- .. ( 24 ) a e o sent1 o su stant1vo a 1nscr1çao.

Não é possível, em face dos preceitos imperati­

vos da lei substantiva e dos seguros princípios firmados pela

doutrina, que o interprete ou o aplicador da lei substitua um

ato registral ! inscrição ( ~ registro ) - por outro - a a-

verbação- o qual, a lei não lhe dá os mesmos efeitos e

tão pouco a mesma eficácia.

nem

JOÃO LUIZ ALVES, com a clareza e o poder de sín

tese de seus comentários, não deixou qualquer margem de dúvida

ao afirmar: -"Salvo tratando-se de servidões legais e de impo~

tos, não conhecemos outros~~~ os direitos reais se

possam adquirir independentemente de registro, quando consti -

tuÍdos ou adquiridos por atos entre vivos. Mas, nem as servi

dões legais,nem os impostos são direitos reais no nosso Códigd'

(art. 674) ( 25 )

A averbação tem função específica no Registro

de Imóveis.

"O significado de averbação, do ponto de vista

geral, é o de um ato acessório, tanto em relação à sua forma,

como ainda no tocante à substância, tendo em vista os efeitos

que produz". "Em relação à substância, esse caráter apresenta­

se nitidamente como um dos pontos diferenciais da transcrição

24- SERPA LOPES- Op. Cit. pag. 308 n. 322

25- JOÃO LUIZ ALVES - "CÓdigo CiviZ Anotado" - 39 voZume - página 162- Co­

mentário ao artigo 676 - 3a. edição - Editor Borsoi - Rio 1958.

~

{

e da inscrição, porque, enquanto estas constituem condição de

eficácia do ato, de modo que a sua omissão prejudica o título

que lhe serve de fundamento, a averbação, se omitida, não ate~

ta contra o ato principal, que subsiste, mas apenas pode para­

liz~r qualquer procedimento no registro, enquanto não for fei­

ta, não importante nulidade a sua omissão, mas apenas uma irre

gularidade embora devendo ser sanada".

"Definiu-a LONGOBARDI, como sendo a menção que

a requerimento da parte e com fundamento em título autênticoou

ordem judicial, o oficial apõe à margem das inscrições ou

transcrições para tornar conhecido dos terceiros que a formal!

dade sofreu uma modificação na sua consistência, como na muda~

ça do credor ou na modificação dos seus direitos, porém sem m~

dar a natureza e a causa do título que serviu de base ao ato

d . - . . - .. ( 26) a transcr1çao ou 1nscr1çao .

A averbação, assim, é~ de carater comple -

~ ao registro, não possuindo, portanto, o carater consti­

tutivo ou substantivo da transcrição ou da inscrição.

Não~ constituem!~ ~ . transmitem direitos

~ ~ averbação, exceção feita, pelo legislador, à promes­

sa de compra e venda de terreno loteado, mediante o pagamento

do preço em prestações (artigo 59 do decreto-lei n9 58 de 10

de dezembro de 1937) e à carta proposta ou ajuste preliminar

para a compra de parte ideal e unidade autônoma de prédios em

condomínio (§ 49 do artigo 35 da lei n9 4.591 de 16 de dez em

bro de 1964) ,e, assim mesmo,tais exceções só vigoravam anterio!

mente à vigência da lei n 9 6.015 de 31 de dezembro de 1973, m~

dificada pela lei n 9 6.216 de 30 de junho de 1973, uma vez que

a partir de 1 9 de janeiro de 1976, tais atos jurídicos são

26- SERPA WPES-Tratado dos Registros PÚbZicos- voZ. IV n. 653 e n. 756 ~

ginas Z89 e 469- 2a. edição- Editora A Noite).

Page 16: A caução no Registro de Imóveis

objeto de registro (art. 167 n. I Ítens 18 e 20).

Não se pode aceitar,assim, validamente, o arg~

mente expresso no v. acórdão, de que "se se concedeu o cabime!!

to de averbação de caução de direitos aquisitivos, é de se CO!!

ceder, a fortiori, aqui, onde o cerne da garantia a provisori!

dade da execução é o próprio direito de domínio, judicialmente

caucionado " (sic). E prossegue:- "A coexistência de outros~

titutos jurÍdicos, que se disporiam ao exercício da mesma fun­

ção assecuratória, não elimina mas revigora a pluralidade das

técnicas legais de tutela do mesmo interesse. "(sic) (Anexo n 9

! ~~trabalho). As .situações delineadas são completamente dife-

rentes e que devem,portanto, receber tratamentos diferentes.Na

primeira, a caução tem por objeto um "jura in .!:.! aliena" já

constituÍdo, e, portanto, objeto de registro. A caução, a ga­

rantia, diz respeito aos direitos do titular. Evidentemente,u-

ma situação transitória, como todo"~ in.!:.! aliena". Trata-

se, no caso, de um penhor de direitos, e como vimos, vacilant!

mente admitido pela jurisprudência, em face da ausência de re­

gulamentação legal, até o advento do ítem 8 do n. li do artigo

167 da Nova Lei dos Registros PÚblicos, e, com sua regulament~

ção prevista no Projeto de Reforma do Código Civil. A averba-

~seria, na hipótese, o Único ato registral possível, para

dar publicidade a esse direito, garantia de bem incorpóreo1

Em relação à caução do imóvel, ou à caução do

direito do proprietário, em sua plenitude ("~ in re"), há,em ""' --

nossa legislação, um instituto adequado para a sua constituiÇD

- ~ hipoteca - e o ato registral que lhe dá eficácia, vida

constituição é a inscrição (registro):

e

Situações, portanto, completamente diferentes.

Não pode ficar ao alvedrio do •plicador da lei,

substituir um ato registral por outro que não foi previsto pe-

t t

f

t

lo legislador para atribuição dos efeitos do primeiro.

Não se reserva ao sujeito "a faculdade de opção"

(sic), conforme menciona o acórdão objeto destas considerações

(~ ~! deste trabalho), "que, in ~· pela sumariedade

do modo de se formalizar, despontava mais conveniente e econô­

mica" (sic).

A inscrição (registro) é ato praticado no Regi~

tro de Imóveis de maneira obrigatória, imposta pelo legislador

de modo imperativo e não optativo. A seguir-se tal linha de r~

ciocínio, dentro em breve, a averbação passará a substituir a

transcrição como modo de transmissão do domínio, principalmen­

te se se levar em consideração que na sistemática registral vl

gente, na matrícula do imóvel, os atos - registro e averbação­

são lançados, sob o aspecto formal, de maneira semelhante.

Por enquanto, legem habemus, e temos que obede-

ce-la.

A caução de imóvel é direito de garantia confe­

rido pelo devedor ao credor para o cumprimento de uma obriga­

ção. Em nossa legislação, o direito de garantia que recai sobre

um imóvel para tal fim, é o direito real de hipoteca. E a hip~

teca somente tem eficácia constitutiva através da inscrição(re

gistro)no Registro de Imóveis, jamais E2! averbação.

10. A caução tem recebido grande aplicação no vi -

gente CÓdigo do Processo Civil, principalmente como providên -

cia preliminar nas medidas cautelares.

Entre as medidas cautelares, largamente impetr~

das , diáriamente, a que mais se destaca, na atualidade, é

sustação do protesto de títulos cambiais.

a

Para a concessão da sustação do protesto prevê

o legislador processual civil, no artigo 804 o seguinte :

Page 17: A caução no Registro de Imóveis

l

fls. 28

"t RlU:to ao juA..z concede.Jt .tún.<.naJUnen.te ou apÔ6 jU6.UM-cE:.

ção pkev~a a me~da caut~, 4em ouv~ o keu,quando ve­

~M.cM que u.:te, 4endo U:tado, podvúi .:tokrtâ-.e.a ~ne6~

caz; cMo em que pode.Jtâ de.:t~nM que o keque.Jten.te ~

.:te caução kea.t ou 6~dejU64o~a de kU4M~ 04 dano6 que

o keque~do poMa v~ a 4o6Ae.Jt."

E entre as espécies de caução real está a hipo

teca (Cf. Artigo 827 do CÓdigo do Processo Civil).

Ora, inúmeras vezes, pela pressa na concessãoll

minar da medida cautelar, inúmeras formalidades,inerentes à hl peteca não tem sido observadas pelos MM. Juizes que deferem a

prestação da ~aução de imóvel.

A falta de observância dessas formalidades es-

senciais, posteriormente, causa inúmeras dificuldades aos Ofl

ciais de Registro de Imóveis para darem acolhimento à eficácia

da caução real prestada, principalmente, quando o imóvel é o

objeto da caução, sendo, então, a inscrição o ato registra! i_!!

dispensável para a sua publicidade,e constituição da hipoteca.

Entre essas formalidades essenciais avultam: a

prova do domínio do devedor caucionante, em relação ao imóvel

oferecido em garantia, e o consentimento da mulher (ou do mari

do), quando for casado (art. 235 n. I e art. 242 n. I do Códi­

go Civil).

Seria exigível a escritura pÚblica?

: fls. 29

tigo 466 do CÓdigo do Processo Civil somente se restringe as

sentenças que condenem o .réu n.o pagamento de uma prestação ,CO,!!

sistente em dinheiro ou coisa. "Os sistemas legislativos, • que

regulam a hipoteca judicial, como categoria especial, de tra

ços definidos, atribuem-lhe, de modo geral, ampla compreensão.

Em regra, considera-se título que autoriza a constituição de

hipoteca judicial, qualquer sentença que condena o pagamento

de determinada quantia ou à reparação de perdas e danos. E ad­

mitida não somente em se tratando de decisões proferidas em

processo contraditório,como no caso de revelia;resultantes : de

sentenças definitivas ou provisórias.Estende-se ainda às sen-

tenças arbitrais e ãs estrangeiras.Em algumas, a hipoteca judl

cial abrange todos os bens do devedor, estendendo-se ainda aos

futuros, prevalecendo, porémoprincípio da especialização pre-

cedendo a inscrição"."A especialização é indispensável para a

inscrição, não havendo em nosso direito hipoteca geral,quer s~

ja a convencional como igualmente~ legal ou judicial. Consi -

dera-se especializada, dependendo apenas de inscrição a hipote

ca judicial, mediante mandado ~ ~ de sentença,quando esta

for lÍquida, quanto aos bens existentes em poder do condena

d .. ( 2 7)

o.

Admissível, portanto, a caução de imóvel media!!

te hipoteca judicial, lavrada por termo nos autos, observados

Quer nos parecer que não. todos os requisitos desse direito real de garantia.

O despacho judicial concessivo da prestação da

caução real de imóvel, seguido do termo, assinado pelo. Juiz ,

proprietário do imóvel e sua mulher, com a descrição perfeita

do imóvel dado em garantia para possibilitar a sua inscrição -

(registro),quer nos parecer seja o instrumento hábil para ter

acesso ao Registro de Imóveis. (Anexo n 9 ~)

Trata-se, no ca,; .. , de hipotc,· :~ judicial.

Nem se argumente que a hipoteca prevista no ar-

l

11. De tudo o que ficou exposto, CONCLUE-SE

a) a caução,em sua acepção genérica,é garantia.

Garantia que se faz, em regra, para o

mento de uma obrigação.

cumpri-

27'- EDUARDO ESP!NOLA -"Direitos Reais Limitados e Direitos Reais de Ga~

tia" n.294 pags. 463 a 466- Editora Conquista- Rio de Janeiro:

Page 18: A caução no Registro de Imóveis

fls. 30

to de uma obrigação.

Tal garantia pode se revestir de diversas moda­

lidades. Pode ser garantia real ou fidejussória (artigo 827 do

CÓdigo do Processo Civil);

b) a caução real poderá ser constituída através

de um direito real de garantia: penhor ou hipoteca;

c) o nosso direito admite ~ penhbr ou! caução

de direitos (bens incorpóreos);

d) ! caução de direitos relativos! imóveis,pr!

vista no Ítem 8, n. II do artigo 167 da Nova Lei dos Registros

PÚblicos, refere-se aos direitos reais limitados e aos dire_!

tos reais de garantia,já constituídos ("jura in.!:! aliena").

O ato registra! para a publicidade dessa caução

é a averbação;

e) ! caução de imóvel, em que o proprietário

dá imóvel de seu domínio para garantir o cumprimento de uma o­

brigação, constitui-se através do direito real de hipoteca.

Para a constituição desse direito real de hipo­

teca deverão ser observados todos os requisitos formais e sub~

tanciais indispensáveis à sua eficácia, sobrelevando-se a E!!-

feita descrição do imóvel para o atendimento do princípio da

especialização, e, posterior inscrição (registro) no Registro

de Imóveis.

f) a caução de imóvel prestada em procedimento

cautelar poderá ser constituída através de hipoteca judicial

observados todos os requisitos indispensáveis à sua inscrição

no Registro de Imóveis,para a sua perfeita eficácia e validade

em relação a terceiros.

19

~

f (

BIBLIOGRAFIA

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ANTE NOR NASCENTES-"Dicionário Ilustrado da LÍngua Portuguesa da

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2a. edição - Tomos XX, III e V. SERPA LOPES, Miguel ~1aria de-"Tratado dos Registros PÚblicos" -

volumes II e IV - 2a. edição - Editora A Noite - Rio de Janeiro.

SILVIO RODRIGUES-"Direito Civil-Direito das Coisas" - vol.V-2a. edição - Max Limonad - editor.

VON IHERI NG, Rudolf-"A Evoluçã.o do Direito" (Zweck in Recht) Livraria Progresso Editora - Salvador, Bahia,-

2a. edição. WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO-"Curso de Direito Civil - Direito

das Coisas" - 18a. edição - Saraiva 1979 .

Page 19: A caução no Registro de Imóveis

. ;

ANEXO 1 ---Processo - 139.101 - São Paulo- Agravo de Petição -Agravante­Banco Leonidas Moreira S/A.

Acórdão

Deram provimento.

Vistos, relatados e discutidos êstes autos de Agravo de Petição n. 139.101, da comarca de São Paulo, em que são, agra­vante, Banco Leonidas Moreira S.A., e, agravado, Oficial do Re­gistro de Imóveis da 4a. Circunscrição da Capital.

Acórdão em sessão do Conselho Superior da Magistratura, por votação unãnime, dar provimento ao recurso a fim de que se proceda à averbação requerida.

O agravante celebrou com Rui Fernando Martins um contr! to de abertura de crédito, para cuja garantia deu em caução, os direitos de compromissário comprador de um imóvel.

ção, digo

Levada a cartório a escritura, para a averbação da ca~

o Oficial suscitou dúvida, porque os arts. 789 - 795,do C.§ Civil só aludem a caução de títulos de crédito embora a

praxe tenha telerado a caução de crédito, quando se trata de g~ rantia real.

O Juiz julgou a dúvida procedente O interessado agravou.

O Dr. Procurador da Justiça opinou pelo provimento do recurso, acentuando que o compromisso em questão contém a cláu­sula de irrevogabilidade e irretratabilidade, valendo como ver­

dadeiro direito real oponível a terceiros, de acõrdo com a lei­n. 64 9 de 11 de março de 1949.

O recurso é provido, na conformidade do parecer citado, em face do dispositivo da referida lei 649 de 11.3.49.

O direito do compromissário, no caso, equipara-se a ver dadeiro direito real.

Acresce que, no tocante à averbação, os arts. 285 e 286 do Dec. 4.837 de 9 de novembro de 1939 são dispositivos de cará ter amplo.

(a a)

E nenhum prejuízo advirá da pretendida averbaÇão. · Custas na for ma da lei.

São Paulo, 10 de dezembro de 1964.

Euclides Custódio da Silveira, Presidente

Raphael de Barros Monteiro, Vice-Presidente

Octávio Guilherme Lacôrte, Corregedor Geral da Justiça­em exercício e relator.

Advogado- Dr. Parabuçu Soares Correia.

ANEXO 2

Agravo de Petição - DJ-172.043-Capital-Agravante : EmÍlio Mordenti - Agravado Oficial do Registro de Imóveis da 2a. Circunscrição Imobiliária.

ACORDAO

Vistos, relatados e discutidos estes autos ao agravo de petição n9 172.043 da comarca da Capital, sendo agravante Emílio ~lordenti e agravado o Oficial do Registro de Imóveis da 2a. Circunscrição Imobiliária.

Acordam, em sessão do Conselho Superior da Magistratura, por unani­midade de votos, negar provimento ao recurso.

I- Cuida-se de dÚvida regularmente processada e julgada procedente h~

vendo interposição de agravo tempestivo, com sustentação da sentença recorrl da e parecer da Procuradoria Geral da Justiça no sentido da confirmação do

julgado. II- Pleiteia o agravante a averbação de escritura pública de confissão­de dívida e caução de direitos decorrentes de compromisso de compra e venda

de imóvel (fls. 4/5 e 18/19) à m~gem da inscrição, número 11.044, com fund~ menta no artigo 286 do Decreto n9 4.857, de 9 de novembro de 1939 e aplica-­ção analÓgica do artigo 138 do mesmo di plana legal, mas o Serventuário se E põe, sob a alegação de que a caução é instituto que diz respeito ao direito­de crédito e o compromissário comprador não é titular desse direito enquanto

não for pago o preço da venda prometida.

Assim, não poderia ser outorgada a garantia questionada, que nao

passaria da modalidade de hipoteca não contemplada em lei, motivo pelo qual a averbação é inadmissível.

Posteriormente, verificando-se omissão na escritura exibida, a dúvl da foi aditada, mas com a juntada de novo traslado, a questão compiementar -restou superada.

III- O recurso não comporta provimento.

A averbação representa medida complementar tendente a tornar o Re­gistro de Imóveis . um índice seguro do estado do imóvel, servindo, "em princ.f

pio, para tornar conhecida uma alteração jurÍdica ou de fato, seja em rela-­

ção à coisa, seja em relação ao titular do direito real"-(Serpa Lopes ,''Trata

do dos Registros PÚblicos"- vol. IV- 4a. ed. pag. 196). No Registro de Imóveis, os casos de averbação estão enumerados nos

artigos - 283 e 296 do Regulamento dos Registros Públicos. Apesar de não ser o elenco referido de natureza restrita (Serpa Lo­

pes,op. cit. pag. 199), cumpre ter presente que as mutações que legitimam as

averbações são atinentes ao imóvel ou à pessoa do titular de direito sobre o

mesmo, cano bem acentuou o Dr. Curador dos Registros Públicos- (fls. 12).

Por outro lado, não há confundir a averbação questionada com a ave!

bação à margem de inscrição de lote~1ento(livro 8), ou can penhora, razão p~

la qual as decisões trazidas à colocação (fls. 29/31) não favorecem a tese

do agravante.

Page 20: A caução no Registro de Imóveis

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espécie, a garantia outorgada pelo compromissário comprador a terceiro na qualidade de devedor, intitulada "caução", não passa de limitação de direito real do promitente vendedor, por traduzir a rigor, modalidade i­na~•issível de hipoteca instituída em transação que não teve por objeto imó -vel compromissado.

Enquanto não quitado o compromisso, não tem o compromissário com­prador direito de crédito que possa ser dado em caução como garantia de dívi da, senão em carater eventual.

Ademais, na hipótese, a garantia seria de ordem real, como afirma o recorrente (fls. 36), representando modalidade de hipoteca, e como "sÓ aqu~ le que pede alienar poderá hipotecar, dar em anticrese ou empenhar", (art. 756 do Cod. Civil), conclui-se que a averbação pretentida é incabível.

Nesse sentido, o magistério de Tito Fulgêncio, com apoio em Pla niol, é expressivo :-

"Bens futuros não podem ser objeto de hipoteca , e tais se dizem~ queles sobre que o constituinte não possui atualmente nenhum direito, ou so­

bre os quais seu direito está air,da em estado eventual" (Direito Real de Hip~

teca, atualização de José de Aguiar Dias, ed. Forense, 1960, página 135). v- Nem se diga que a caução é de natureza creditícia, na espécie(fls 35), pois não se cogita · de títulos (artigo 789 e sgs. do Código Civil), e o­agravante não é credor do compromitente vend~dor.

Aliás, a caução de títulos de crédito pessoal e da dÍvida public~ da ao portador pode ser transcrita no Registro de Títulos e Documentos (art.-134, inciso III), possibilitando a averbação prevista no artigo 138, mas a~

plicação analógica deste dispositivo legal em matéria de Registro de Imóveis­é inadmissível, como é evidente.

Em consequência, nega-se provimento ao recurso. Custas na forma da lei.

São Paulo, 14 de agôsto de 1968.

aa- ~~rcio Martins Ferreira - Presidente- Hidebrando Dantas de

Freitas-Corregedor Geral da Justiça e relator- Cantidiano Ga! cia de Almeida - Vice-Presidente- Advogado- Dr. Jose Roberto­de Oliveira 1>-klta.

ANEXO 3

Agravo de Petição n9 215.851 - Santo André -Agravante:- Santa

Paula Melhoramentos S.A.-Agravado-Oficial do Registro de Imó­

veis.

ACORDM

Vistos, relatados e discutidos estes autos de agravo de peti­ção n. 215.85 .1, da comarca de Santo André, em que é agravante Santa Paula Melhoramentos S.A e agravado o Oficial do Registro de Imóveis da comarca:-Acordam,em sessão do Conselho Superior da Magistratura, por votação unânime, negar provimento ao re­

curso, pagas as custas como de direito. Trata-se de dÚvida suscitada pelo Oficial do Registro

de Imóveis a~ lhe ser apresentada para registro uma escritura de confissão de dívida garantida com caução de diréitos resul­tantes de compromisso para aquisição de lotes de terreno.

A decisão recorrida julgou procedente a dúvida, pela falta de certificado de quitação exigível das empresas vincul~ das à Previdência Social. Recorreu a apresentante do título, tendo o MM. Juiz mantido a sua decisão. A Procuradoria da Jus­

tiça manifestou-se pelo desprovimento do agravo. Verifica-se dos autos que a agravante confessou-se de­

vedora de Besouros Veículos Ltda., e para garantia da dívida

deu-lhe em caução direitos de que é titular, para a aquisição

de diversos lotes de terreno, mediante escritura de compromi~

so de compra e venda. Em seu recurso a agravante esclarece que

se trata de "inscrição da caução de direitos de contrato de compromisso de imóveis" e que a "caução é lançada no Registro­de Imóveis para fins de publicidade geral específica".

O registro da escritura apresentada pela agravante, m~

diante sua inscrição, no registro de imóveis, não pode ser re~

lizado. Os atos praticados no registro de imóveis mediante in~ crição, transcrição ou averbação, estão enumerados no art. 178 do Decreto n9 4857 de 1939, relativo à execução dos serviços concernentes aos registros pÚblicos. E entre eles não se men­

ciona a caução de direitos aquisitivos em garantia do cumpri -mente da obrigação contratual. O régistro pretendido seria ad­

missível apenas no Registro de Títulos e Documentos E uma vez que a pretendida inscrição da caução no registro de imóveisnão

é admissível, ociosa torna-se a indagação da necessidade, ou não, da apresentação do certificado de quitação relativamente

a· débito para constituição da previdência social. Pelos motivos expostos é negado provimento ao agravo.

São Paulo,l6 de fevereiro de 1973-GOES NOBRE, pres. FERREIRA DE OLIVEIRA,corregedor geral e relator- CAR­

DOSO ROLIM, vice- pres. em exercício. (Publicado na Revista dos Tribunais-Vol. 452- página 105).

Page 21: A caução no Registro de Imóveis

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Apelação Cível 251.775- São Paulo- julgada em 11.6.1976-Rela­tor- Acácio Rebouças- votação unânime. ·

Vistos, relatados e discutidos estes autos de apelação cível-251.775 da comarca de S. Paulo, em que é apelante José Garcia

sendo apelado o Oficial do 79 Cartório de Registro de Imóveis da Capital.

Acordam os membros do Conselho Superior da Magistratu­ra, por votação unânime, adotado o relatório de fls., dar pr~ vimento ao recurso.

As lÚcidas razões do apelo, coadjuvadas pela objetivi­dade com que se manifestou o ilustre Curador de Registros, d~

rama colocação precisa do problema jurídico versado, enseja~ do a evidência do desacerto da dúvida, cuja improcedência é manifesta.

Os apelantes receberam, e~ garantia de crédito, uma caução de ·direitos relativos a compromisso de compra e venda de imÔveis.

Os compromissos de compra e venda de imóveis não lote~ dos conferem, satisfeitas determinadas exigências legais, di­reito real ao promitente comprador, isso é pacífico.Nele,sur­gem créditos correlatos: o do promitente vendedor,sobre o pr~ ço e demais obrigações do comprador, e o do promitente compr~ dor, sobre a transmissão dominial e demais obrigações do ven­dedor.

Caucionar o seu crédito, tanto pode um como o outro.N~ da o impede. A caução é um direito real de garantia e seu obj~ to, no caso, é o direito real do promitente comprador de imó­

vel. Como este direito real em coisa alheia é registrável(CC­

art. 856, III) e, tal registro surge disciplinado no Regula­mento dos Registros PÚblicos( Lei 6.015/73, art. 167, I, 9) ,a

caução dele é averbável(REg. cit. art. 167, II, 8). Evidentemente, trata-se de direito subordinado ã cond~

ção de pagar o preço convencionado no compromisso de compra e venda. Bem por isso, a caução conferiu aos credores o direi­

to de fazerem esse pagamento, na impontualidade dos devedores, para que o direito caucionado não se resolva. O direito suje~ to a condição resolutiva não é futuro, é presente, atual e e

xercitável (CC, art. 119). A averbação dessa caução é ato não só legítimo,mas ne­

cessário, para pubilicidade, conhecimento de terceiros e imp~ dimento de eventuais disposições frustratórias da garantiados credores, assumindo o caráter de solene tradição do títulocr~

ditício. O pacto rege-se pelas normas de Direito Civil, pert~ nentes aos direitos reais de garantia. Vale dizer que sobre -

os direitos caucionados poderão os credores exercer a ex~são

creditícia,cabendo-lhes, outrossim, velar para impedir o pereci­mento deles, certo como é que, ·cancelado o registro do compromi~

so, a caução desaparecerá, por ficar sem objeto. Em suma, não há um motivo relevante para negar-se ao ap~

lante a proteção jurídica que pr·ocura num Órgão do Serviço PÚbl~ co. Este ·tem de acompanhar a transformação de mundo, para pres -tar-se ã realização de seus próprios fins, e não agarrar-se a preconceitos que os novos tempos já desmereceram, transformando­se, assim emperrado e lerdo, num aparato perfeitamente inútil.Se

o Direito Civil evolui, porque acorrentar o Registro PÚblico,que

é uma criação dele mesmo? Por essas razões, pelas do ilustre apelante, pelas do

douto curador em exercício no juízo a quo, a apelação.é provida. S.Paulo, 11 de junho de 1976- Gentil do Carmo Pinto,pres.

Acácio Rebouças, corregedor geral e relator- Dimas Rodrigues de­

Almeida- vice pres.

(Publicado na Revista dos Tribunais- vol. 489- pag. 116)

Page 22: A caução no Registro de Imóveis

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ESTDDO DE SAO ~BULO COMARCa DE GUBIRn

to CARIÓRIO DE !lOTAS E OFICIO DE JUSI1~4 IJ3el. d.net. IJ3ilia

ESCRIVÃO

Avenida 11 n. 573 - GUAIRA - Estado de São Paulo

PRIMEIRO TRASLADO LIVRO N.o 83.- FOLHAS 9v9/10.-

ESCRITURA DE CAUÇãO.

Gd768 .00 0,oo .

SAIBAM quantos a presento escritura publica d:J ca~çaG b3o,tante virem, que aos dois (2) dias do mês da Ju l ho, de ano

jo ~a"cimenta de Naaso Senhor Jesus Christo de hum mil,nove~ to : e setenta e neve (19 79 }, nas ta cidade e comarca de Guzira

do Es~ado dG Sio P~ulo, em meu cart~rio e parente mirn,es=riu~c cor~~parecerern.,_ccmv o•.J torgentes .!:!f1l.Q.tl HERBERT 2ll11i• agricultor

e sua e::q::ê:sa do. ~ SIVIERO lli.lli• p:ofassôra, brasil eiro~ ~le po:ts~or da C~d~l~ do Identidade ~G.n.2,716.443, ds SP. E

s:a da C~cu!a de ljen~idade Rç.n,4.549,56S,SP., portadores c~ mun~ de CPF.n.Q43,62C,718-4~, resÍden tes e doQiciliados nest~ cidade; os pr esentes s3o meus conhaci ~cs e reconhecidos pala~ p:c ~rios d~ q~e~ trato a bem ass i m das aludidas testamunhas,ds t~do d~u f~.- E, p e~a~ta tais a rGferidas tastemunhas pal~ s outcrgan~ea Heitor Herb~:t Ste~n s sua mulher me foi dito, f!

la ndc co~E q~al a sua vez que decorrente de escritura dsstas

mas nas No tas , liuro n.77, folhas 153, da 18 da Nove mbr o da mil

n~ve~antos e seten~a a eet9 (1977), dev!daoen~e t~anscrita sot

o n.R-1-1.444, do Regist~o Seral ·n.2, de Cartcrio das Ragist cs

P~~liccs des~a :omarca, de "quarteiric n2 77 ( setenta e sete)

d~ m~pa geral desta cid3de, composto peles lo~ss numeres (h um)

1, dois (2), t r~s (3), quatro (4), ci~co (5), seis (5), se~e (

7) c oito (B), medindo vinto (2o) mEtros da fre~te, igual me tr ~ne~ nos f! J nd~s ocr quarenta (AoJ rr.~tros da frente aos fun MOD, 4

funco~ e ce cada lado, c ~da um dvs lotes citados, tudo so~àn

do 6.400 metro~ quadrados, confrontando com a· futura rua 06 7 zeto seis) e con o Ribsirio de Jardim e com ao projetadas ave

ni~o: 7 e 9, - so~ que!qu6r benfeitoria, judicialmente avali;

do ~o: CrS756.Ó~O,oo (setecentos e sessenta G oito mil cruzei

ro~); q•.t e possuincc eles Olltorgantss Haito:o: Herte:o:t 5tein ;

su~ ~ulhar Eliana Sivie~o Stein, o imova·l descrito, livre da

anue e ce impostos, v~ ~ pa: e~ta e~critura e na ~elhQr r6r~a

de tirci~c, of:reo~-lo em c&uçio 1 para ;a:o:antia do pagament o

da pri~eir3 ~rest a çio e juros dos credores da Mina Marcántil~

Industri~l e Agrico la Ltda., com s~de nesta cidade, cuja coa

cordst a ;Jreventiva, processo n.SS7/77, tafõl seu re;~ular and_s

menta per êsta Juizo e CartÓrio anexo à êsta Ta~elionato, dou

f~.-Depcis da escrita esta, eu escrivio que a escrevi e a 1!

or. voz alta às partes contrat~ntes e tes tem unhas, que a acei­

tara~, o~tor ga~ Q assinar.: com estas que são: Valdemas Apareci

do Scof oni Gon;alves, estudante e Jocelin Rodri~ues Abdala; Q ficial de Justiça, por~edoras, res~ectivamenta das cédulas de

iden:.id~ds R:;. · n.ll.244.83C,SP. â -105.950~, s;:;., e tan:bem e

re:::;Jectiva ,lents do Ci.c. n.OOS.428.238-1C e 019,755,548-92,br~

ailcirc3, solteiros, a~ui residentes, eo ato presentae,de ty

do ~ou f~ .-Guair,,02 da Julho de 1.979.(a.a.) HEITO~ HERB:RT

$'TE!rJ. ELIA:·!f; SIV::E~O STE!N. \IALDn1AR A P .~RECIDD SCOF.ONI GD~~­

ÇAk VES. J2SE LIN RGC~IGUES A8JA LA. (Devi daCõlente selada)~Trasl~ .

da :Ja em sagu ida . IÚlds Cõlaie e dou Fá.-Eu,INER BILIA, escri-vão~

crevi. De tudo dou f~.-~a.a.)- HEITOR HER9ERT 2iEIN . ELIANA­

SIVIZrlD STEHJ. V.O. l.:DE I''ot, R APA~ECID O :OCOFCtH ..B'tfiJlliVES. ' JOCELIN

RODRIGUES .~BD.O.LA. (Devidar.:ante sala

~ada cais e deu f~.Eu,I NER BILIA,

vo,dou fÉ e assino a ~

flll.~,~ - ~l,o?-'m.o . ~ :\/·'' .'') " ~ c'/1\lllo ~;.1: t.:. \:t r ,:..R .,..,.).r"ll.~~ ·-.ta'- ...c

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Page 23: A caução no Registro de Imóveis

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COMDRCQ DE CUlliRll

l.o CARTÓRIO 0[ NOTAS [ OFICIO 0[ JUSTI~A (]Jel. d.ner. (]Ji[ia

ESCIIY.lO

Avenida 11 n. 573 - GUAIRA - Estado de São Paulo

PRIMEIRO TRASLADO LIVRO N.0 84.- FOLHAS lv/2/v~

ESCRITURA DE CAUÇãO

Cr'l616.2SB,oo

SAIBAM quantos a p;:-eaer.t2 escritura put:lica ds caução b~9tart v~~e~, q~e aos dois {2) dias do mis de Julho do ano co N ~ !c ~anta do ~asso Senhor ~esus Chr isto de hum ~i1, nove cento9 1sten~a e neve (1979) 1. nesta cidade e comarca di Guair~, .do Estaco de sio Paulo, em meu ca;torio e p~ra~te mim escriveo 9 as duas testemunhas para este ato exoressamente~n vi~a~as, afir.ol no~aadas ~ assinacas, · comparece~am como auto~ gantG.:: MCz.~,R r .:;;·.:>; CIO DE AZ<:VE.!JO, comer.:iar.ta,. porta:lor da c't dula dc~tide do R~7numerc 3.905.574SP. e.sua as~~se da. JÕ sefa ~lve~ de ~azen ~ e Azevedo, de prendas dcimestica~, port ~ dera da Codule ca Identidade RG.n.5.S53,499 1 SP. e po=tadcrs s comuns de CPF.n.074.974.S60-87, rasidentes e dc~iciliadcs nes ta ciczde, à ru~ e n.S98-A 1 bra~il~iros, nossos conhecidos ã das cc; o ~ tsstemunhas . P3r~ este ato espacialmente convocadas,a final r.om2edas e assinedis; deu E~, perante ~s quai~ pa!o~ o~ ~orçar.tes ~CZ~R IGN~CIO DE AZEVEDO e sua esposa ·da. Josefa AI v2s de ~ez~n~ e Az~vedo ma foi dite, falando cada qual a sua vez que são senhores e legiti~os possuidores, absol~tamGnte ~ livras de onus e imp c~ ~ os, d~s sa;uintas tsns im~vsis,situa~3 ~esta ci dade , "'unicipio e ccffiarca de Guaira, Estado ds s, ?a~ lo: - U;-, terrenc, sita à Avenida, ll (onze) entre es ruaa Sloito e r. eis (6), :or=~spcndcnte a parte dos lotas 3 e 4, da quadra 103, da planta dest:o cidade, ~edindo quatorze (14) met:os - S cinquer.ta (O,SO)conti~atros de frente, igual ~atragem nos fuç~os , ~or vinte o cinto (2S,oo: metros da franta_aos fundos u de c = d~ l~do, cDnt~ndo bonfoitorizs ce um barracao de tij~ los c =~~irtc d~ tclh~o, ccr.front~ndo pela frente com a Rvenl d;; 11, e ;:elos -lados ·e fund;:~s cc ;r, quem de direito, h:~vidos pc~ Fo;ç,; da trz.r.sc-zoição n.t..939, .. fls.l93, do Livro 3-E, Co Cart~ =: a dos a~i~~~~~ PuClicoe desta =~marca, judicialmente av! liaccs, erre1D e =enfei:crias por Cr5616.2SO,co (seiscento s e de ;:c 59 s o::i1 , ::h.;z en t cs e c in quente cru~a ir os); qu~ elas Cij,! tcrg~nte Mczar · rgnac~o de Aiev2do 2 esposa de • . Jos!~a Alves d& Ra : en c Az3vac;:~, vem, ~or es~a ascritu=a de c~uçao e na m~

Moa..

recG= cs bens cescri~os ~a ro go-- c ~=~~ai=c pa;~~ento cu do psgaos~tc da pri~eirop=~s

<I :: '-• .., '-1.,._ • I'· ·"' 1- ~ - n h ... ~ .. .. u.:.ti/•• ·"1 ;,... ,"\ LJ I . ... L. n , 1 A .-t ·çac " ··-c· -·~;·r·" .,,.r-·· ··· rr• T'J Q O:~ T:>T '· L - o-r.~ r c.,L' LTJ -d~VC f~z r z ~ou& credc=es no padido ~e c~ncordata preventiva p:r ~1~ e~ue~ij~ e ~m :~ca~entc pplf E~=a 9 io Juizo co Di ~e i­tc ~J:~3 :c~arc~ e Ce=~c:io Arexo e este tabelionato, grocas­sc :-. • f:S? -77, Cou f~ .. -[ de cerne a3sir:1 o dis~a:-ai:l, da·u fé e me ~c~!r ~ ~ a,eu lt:~s l~vr ei a prc~ente c~critur3, que lida orn -­voz ~:t~ as ~a rtas a testc3.unhns , Eceitara~-~a , outar c ara~-n~

.a p:~i~~n-n~ com estos ~Js s3 o-: Valde~sr ~paroc!do s;cfo~i -Gon;alvaz, ~~.n.ll.26 d.~SC,SP. c CP~.n.005.428.238~10 a J oc€ lin R r. : !r~ ·.J~.:cs ,:;td::.~a , r:r;. n,lc.:<J:.cs r:~?l::: Go CPf>.n.l9,755,:: 54~-92, cstu~gnts c oficial da Justiça, ras~ccti~a~o n t9, bra­siloirc~, ~olteiros, c~~nz~s, a;u1 ras~de~tes e damici;iados, ~o ~to p:e ~en~ ~ s, do tudo deu fe.Eu,I~ER 6I~IA, as· .:. ~c ,e sc: . v !. o :!.:l~ f~.Gu:o~r<1 1 C2 de Julho da 1979.(a ·· ,,·,t'lf;,;·, r;; ;c:lG­DE AZEVEDO. JO:OEF,; o\LVE:; CE. RESENDE A.ZE :. '-' ' .'\ L u·,~ ~~ ·r•.REC! DO SC~FONI GOKÇALU~S. :cCELIN RCD RI:lE AE: l ., (n vi~ · ~ent e ~:~Glada2,Trasl3dada em seç o.. ida.Nada 111 :l. o• f;;; u,T:,ER CILL~ Eecrivac; ~ conferi, subsc:avo ,dcu ~G ~ ~blico e r = zo/.-

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ESTIIDO DE SiiO PIIULO COMIIRCII DE GUlliRfi

l.o CâRWRIO Df NOJAS E OfiCIO DE JUSII~A rJ3el. d.ner. QJilia

ESCRIV.lO

Avénida 11 n. 573 - GUAIRA - Estado da São Paulo

PRIMEIRO TRASLADO LIVRO N.o 83,- FOLHAS

ESCRITURA DE C!\ U Ç ã O

Cr~ .3.054 . 50C co-

13/15.-

SAIBAM qcZ:::tos a ,Jrsscr.te e3c::-! ura pu~l.:.ca de cau r;~c ~ns tn~te vi:e i , ~ u e aos rova {o9) dios ~ rn;s te :ul~c,dc 2 n c do K~ ac~~ e ~ t o cie ~ essa Sa~ho= Je!JS Chr sto de hu~ rnil 9 ~ove =e~~~s e se~en~ 3 e ~cva (1579) , nasta c ~a~e e cooarca ~i Gu;~=Q , ~o E ~ ta~o da s;o ~aul c, e ~ m~u c a : tor!o e parante ~i~ pri~ airo tabeliac, cc ~pare=eu co mo cutcr ga n~a , ~!N~ ~ERC~~T!L ! ~ ·J J :J S T ~tr r1 L ~ .~ : ·'=?ICOL.~ LTD.~ ., soeis da de co~arc!.al estabGlecida ilastz c:.dadê, :1. f1 vc :1iCa ll n. 253, cor.I - CGC.n.t.8.340.3S4/0CC-l - .!.8, CavidéLnanl e , .F~ ; istraqa ,.,~ Junta C9r.:arci.al do Estado de S ~aulc, s9t o ru~erc 9oS.547-77, nes~e ato re~resenta~~ ?Or S9 us ::!ois unicos sccios, MDZAR ·IGNAC ID DE AZEVEDO, portado; ~ã :: Údi.:l a de :-:Ja:-:tidace ~G:ri:T."9B55 74,s P:-e do CPr,n,C74 .• 974.66a - 97 e LUIZ C~~ ~C S ~C~EIR~ , portador da c~dul a da icentidade R G .~ ,t .. 3.1 3.Sll, Si' . e do CPr, '2e nu :r. ero 283.14S.4o5...:15, ambos. ­l~!':! s ilai=os, ::Z7!é!~':l.s, corr·er:i-ar.tes , ra ~ identss e Comiç~liadaS nest 3 cidade, os quais, fala:-:do cada u ~ por sua vez me foi di to que, na qualida de de ~nloo s s6cios co mp onentes da fir ma c~ torgan~e MINA MER CA NTIL I~DU STRI A L E AGRICDLA LTDA., ~-vin~a; ~cr .. cs-:n ~itura 6 n~ rte!hcr f o:-rr.ã de dirai:o,oferecer" c s ber.s ndiz~te dascr:.tos, ds proprioda~e da outor gante , am cau ç~c ;a : a garan~ia do ~ri~eiro pag~ffisntc ou ~aganento da pri me~:a prest a ç~o a ju~cs _.que a outarça~te ~iha Merca~~il Ind~~ tri~l e Ag:icol g Ltda. ·aeve f~zer a seus cre~or2s, no .psdid c ~ e concord<:t;: ;::aventi,Ja ~·ar i:!le req ue rida , e r;; andar.:er.to pelo E~rs ~ ic ~uizo de Qireito de~ta conarca e ~~rt cri c anexo ~ ·Gs t a t ; tclicnato, p:oo csso n.SS? -77, & 3eg 6ir deuida~ente desc~ ter.: 2 c .1= a ct.er.i z 3Cc :: :-"Ut·: fg:::-ona·, sit.uõdc :-le!:ta cidade, nuni ci;:sic e c::;;~z:ca .d<J .:u ?. i : a ~ à Ava;,i d<l 11, esquina da rl.ia 2 T do!sl , Tadin~c tri nta (JtiJ metro s de ~re~te, !~ual o~trag a ~ no: fun j cs, ;:se; {40) metros da frente aos fundes e d~ cada l a de, equ ivalente s a l.20D.co metros quadrados, correspondsnt i a ~a:ta.õ dcs lotes 8 e 7, de qusdra 89, do mapa geraL·· · desti.... cidade, confron tando . pela frente com a rua 2 (dbis), . de um lado com a Ave nida 11 (onze ) , restantes dos lotes 7 e 8 do

MOD. 4

'

do outro lado e nos fundes com Õ lote n2 6, contendo bsnfeitc · r i.:;s de uor, l:<~rracão, cons~rulé~o de ':..ijolo s s coberto co:n te l~as fr ancesas, . todd revestido e pin~aoo, p1sc de tijolos ri ~unt:Jdo~, ·:r.a:lindo _!2,5D x 3C, totaclizando 375,lJC mett'os qo~ ~:odos ~o ccnstruçao, pra~rio PEra arMazen~ ~en to de· care~is,­~. u~c o.::-.. bem estõ!do do ccr.servaçao, avaliados, judicialoente,o ce:rano per Cr!360.GCO,oo (trezentos e . se~santa mil cruzei:os) ~ as bonfei~orias por CrS375.CDO,oo {trezentos e setenta e cin co '"il cruzGiros) ·, s anando as p.àr.oelas su[lras Cr$73S.COO,oo \ a9taoontos e trinto e cinco mil cruzeiros)~ havidos por f~rça da transc:iÇã"o i't!l 1, da nr;;.tricu·la 9o3, do 26.01.1977, do (;ar ~c; i c ocs "le;La·tros Publicps das~a co :r.arca; a aind'l, wm. im'ir ve1, •ituado nesta ~uhici~io ' e ~o~arca de Guaira, contendo i ~ ;ea de 48.4CO~ (quarenta e cito ~il e quatrocentos)metros qua dt3dos, regist~ada · so~ o n~ _. l matricula 1,634, da 2~.03,197! do Cartorio dos Registro~ Pu~l!cos · desta comarca, denominado" SI'iiC ~1INA, no Anél \fiaria rural .. ; desmembrado da fazenda "Pan ~.-;-dentre das seguintes delimita~Ões perimetricas:"COME Çfl 1)3 astõlca zero (O), situada na ccnfroi'ltação com terras dã Jcsa dos 5àntos Vi'ei r à o.u sücessoras e·. Estrada. Municipal d e Guaira à ':içuelopolis, afunlmante. localiu,da no Anel Viaric:-artindo dgst·a ponto, segue c·cirir.r.ontarido ~· ·asquerda ·com teE.

,r3s ce Jose d.oa Sa·.nl:os .Vieira .a .sucess·cra'S'r : se:;)u'S :r.o rumo de-69~5P'N.D. r.a di st anC:iz da ·22Z,30, metra·s até ' .n.o marco 1 ( hurn)> d<u a · di:sita -segue col'l,!" ror.tando a esquerda ·_co·m terr as ,:ja ·Vi t2lin::; ·?erei .=a :Mu za 1·· sSgJe 0.o. r~m o de.,.. ~02~3_~·· r-; .E; n a :di.9lanciã d!! 2LC,BO metro;; ata .no m.:.rco 2; cal a.:'d.1raita · segue no rumo de 5~20 8 '5.::. · ··r.a dintancia de '219;.,30 .~etr6's ;atá no marco 3·; e dõi a d· ir e ~ta segue ccnfronta n_do: a. es~uer.éa · com. a Estra·ca i'lu icipa l• sa ·::~ue no x:UrHJ de 3D230'S , O. 'h~ ' distancia da 200,o ir~

t ras· a te no ~ e rcc ierd (O), que 0 ~érviD ~e , ponto de ~ part i~a,a v'l li il dz di : :~ gleba , · judicia_lme·r; .:ta~; · por 'tr4715.0DO,oo (seteceh= tos a · v .i n ~ e s_ seis mil :cru~e.ir.os) ·; as tie:-~raitorias, no · mssir:o ~:r.ovciil exis':.antes·, qUe assi;n s!f.de~crevam: um ;Jrádio, . 'propi:ici ;Jara industria, ·aemi-aoabado·, · au. em fase -de acahamanta, ··, .·.cans truii:lo por eí:. ti.pas, da seguinfe· · f:Órma: TER~i'\P LA NAG E r~: ·rllive1a-': ente d·e uTa piat a fÓr r.~a; com dimensÕes · de· 125 metros · de fre.!l

ta pa r a o Rnel -Viari o por 130 · ~etros d~ frente acs fundas, em egi~e da co~pan sa çio corte-a terro,perfazendo am volu~e apro­

ximada~ente de 6,0COm3,de ter~as, a CrS20,oo por met~o c~bico, tota1~za~do Cr~l20,CCO~oo; SONDAGEM:- Para o projeto das fun açÕes neces sá ri.;;s às construçoes, forarn executadas s 'onda;~en~

~ue datar ~ !naram perf~l, resistsnoia e ni vel de lençol freat1 :o do .te rreno, cc~st a ntes de seis (6) fu;Es, avaliador e~ Cr S 12D.O CC ,co (vi~te . :r il cruzeiros); c r. ~J S TRUÇ.!2f.§. f..LlL1.2:Fora m ex~

utadas estcc:ls ti po " Str auss ", com O,t;S '!'• da dla:nen~o.e co~ rir.:"nto ce cinco a dez r;;etros de prc.f:.:ndldade nos predlos,b~

585 a r.~o~gas, CritSO.OOO,oo (quatroceotos e oitenta mil cr~ eiras ) ; MOEGAS:- Duas ~o~gas con jugadas a poços para elevadg

~es, dast~ e recapção de cerasis medindo a:r.l::as 12 x 12ms com profun~idade ~e xima de 9 ,40 metros em estrutur a de coa

·reto orrozdc, co r;: · ca~acidada pa ra 150 t-oneladas de ceroais c~ a u:r.d . Scb:e a r.: o6g ~ foi construida uma grelha de trilhos"T"

iS e ferro s- de S/3 com a ·finalidade de permitir o acesse da ~e!culos pa re descer§a e eventual carga, avJliadas judicial-­Eente am Cri&SC.OCO,co (oitocentos~ cincoenta mil cruz~iros ) . ~ OÇCS QE ELEVADORES :- Dois poços para elevadores, sendo_um d~ lesCcrij'u;z.do ~s moégas, rn e d.indo 2,50 x .3,00 ~s. a secçao e

rofundidade de 9,40 met ros ;:s ara colooaça o do elevador E-1 e ut.ro, 3,00 x, 3,0Q metros a secção e p~ofun didade de 4,00 m'~ roc para coloca çiã dos elaved cr~s 5-Z e E-3, a~bos em concre

.o arr.ndo, avalisdo por Cr31SO.OCO,oo (cento e oinqoent a miT ru;:e.:.:-os); llilli Fo;r am oon st rui.das bases ~e concreto ~r r.~a dct

! cbre esta cas "5trauss• , e m :-~um ero ~e sete \7), p3ra a lnsta­laçií.c dos seg w'in tes equipn rr.a ntos: 2 sec-adores, 1 rcrnslha, · 2

Page 25: A caução no Registro de Imóveis

CARTÓRIO DE NOTAS E OFICIO DE JUSTIÇA

-]}~L ~ne.r '2!>iliu ISCIIYAO

G U A I R A • S. P.

2 tanqua~ ~e olnc, uma ~opuina ~e li~paze e uma balança pa[~ vaiculos de carga, ~v 2 li&dss por Cr!SCO.QOO,oo . (quinhsntos mi" -=~~z"::.~cs); lli.Q: I.Jrn -silo se :•i-znte::-ra::!o, f'cr :rHdo J:ir<lrr.ié \.1 n :~ a ~,na e. cu ~::.ca no sau cor~o principal, com piso ée ·ccncrst c ~~rc~~~ Qn e:tru tu~a da ~3~a ir a , cem cspaci~ad~ nomin~l rl l.CGJ to~c ln ~3S, ~astinad~ a ar~~zenagsn e pulmio do Gxpodiç; ~ o cErccis, ev ~ :ia~o per c~nJOC.COO,oo(trezs~tos mil cru~~i=c : :, ~;"ü:::; :- 3 ~ t:- G 5) .JZ l;Joes, canjugado r,, arr. estru-;ura .matalic s ~ c~rn ~!ocbs .o b3!~rar~2s, da GCncreto a:mada, co~ estaq~onrnzn to ''Str= c~~·· , a ~i For~a ~e arco! mat3lico~ e pilares metalicos =~~ ~:t u ra maxi~~ de lC ·~atroi, ssndo que: o maior, medindo 1· ,utro5 x 29 metros p ~ ra a coberturs das moégas e silo, outr :ro:d.i;p:j:J o,So x 12,oo rr etros para a cobertura da limpeza e p.oç dos elevadores E2 e t/3, e quadro geral de comando dos metere elatricos e o terceiro · para a cobertura da fornalha dOS secad res, todos cobertos c~n talha s de aluminio, avaliados em Cri. ?SC.COO,cc (zatecentas e cinccenta mil cruzeiros); !fiSTAL~Ç~E HID'li\ULIC;s E 5 .~~-J ITARIAS: :::xecutadas da .:J:::Ôrdo cem ae necessi d.::c~:: ~ :: on '>t ;;,n ce: .hum (1) poço ée abastec~mento 3a . ag.;a, r ·· vc5tijo_de tiJolo~ e ani!ê de ooncrsto, com a respectiva bomb C.Q .s:Jcç .: .:J c rede C9 rec~l:;ws; h'.Jmõ czixa dagt.Ja alevqda co ;;, C .... pl~l~~~c de l.~CC litro&; hu ma ride d a distribuiçio ée agua; hL~ ~~;c 1bso~va~~e ; hu~a fcssa septi=a; rada gsral de escoa­~ =~to do ag uas p! ~v i a is, ~valiaéa s por Cri~O.OOO,cc (cinquent . m~! c~~zcirc s) ; IN STAL ~;~ES ECtTRIC~S: Cc~s~ituida de u~a rid= da alt ;; t.ari !. ~o, ~~~ - p:. ::: G ;f::!- rede da Cia.Paul:!.s-t n ,Ca farsa !. c:, sitc ~~2 ~c a=~sso ds Ave~ !~a 5 ~9 Guaira, ata esta ç~o b~ i x~~~ r n ,_ com , te r nl i~al da cap2cirl2~e de lSC K. V.A. e ta~e t: ;: ~ xe. :en ~a o_ a arca p·~ r a. i lu;n:.n.ação Co co r. ju:'i to e an ter r a da ;J -ra ~ :~mcn~a;ac dos mato= e~ dos aqui~a ~e~~ c3~ ava!iadas em d zontcs mil ~~uzeiros (Cri2CO.OCG,oo). Um predio de alvenaria, p ~ ra a~rigc co apa•3lho medidor da b~lança e um prédio para a~ ~ cx n ~ifodc, arnbcs prcvisorics, avaliadós por dezenove mil e~· n~entcs cruzeir os (Cr $19.5GO,oo). EQU:?~~EN iDS: Dois seca~ore ~ode:o KU15 acoplados a ~ ma fornalha fuel-oil éupla, com as s 9~!ntas ca: a ct~risticas: dois (2) vent!ladores de qec2gem,aci r.acos po• rQi~ (2) motores ds 20HP.; 2 (deis caracois éa ces­= ~ rça, ac!6nadcs por 2 ~atores da 2HP.; Fornalha p~ra queima ~uel-oi. com uma vsntcinha a cionaéa por hum motor de lCHF; Um bo~~~ cagu ~ com ~ator de 2SP e 2 bomb~s de Óleo com motor d C,75 HP .; 2 ca racÓis transQport digo t:anspo:tacores cem con pri~an:o de 6 ~et:c~ cada e 2 motores eletricos de 3HP;Uma ~~ q~!n: pore l!npe~a de cersais, mc~alo PPLClEG/SP. com produça~ da eo tcnal ada: -hc• a constando de: 1 natcr elat:ico da 7,5 HC c a~airas ~ibratcri a s, cano de saRro, ciclone 2 banco de ens3-~ua e a iGpu=a:~5; 1 ulava~or ~9tSlico Ce caç~~bas (El) CC ffi a il;urz de 2t,20 ~e~ros , prcduçic 6~tcne!aéas-hara B ~ator el! t=i=~ 7,5 ~P .; 1 (~um) elevador matalico de caçanbss {E2)com · a ltur~ ée 29 ,20 n ~ t=os, de prodLçio de 60 to~s!adas/hara e m to= t:l <:':r:.c: a do lC:Jr"· ; 1 (hu!l') :;lcvildor do ca.;:o::1b2 (E3) con r

<.1 l t. u !·;, de 28,2 0 i:J ;:: trn:~ , p:-o::!uç~a do 6~ ton e Lld:1s tJOr !l:lr :.~ ,c :n t.o:- '!lt.3 tri::o de lG ifP. ·; C:'l;-1 ::-Jlizn.ç.Õ r: s, . v a lcull1!:, da:ivnçÕ es o~c =t c c c~or~s div~rsos; 1 t~nq~a Fuel-oi! ce m. ca~a:idade de ~il ~i~rcs; 1 t~ nc ua de olso ~iescl c~ ~ capacija~s para 2.~:0 -li~:os, 2val~ ~cs per CrE2.SOC.QOC 1 co (~eis mil~ces e qui~hen tos ~ il c=uzo :os); Cuns toscas me ~~l!cas "Prc rno;'', com 13 ~~ trJ3 do c~ ~~p r ~G~ ~o, c~p a cid~~e p3re 50 ~onel3das por hora, Cf d~ ~ ~a e 2 ffiO o=~s 2le~r!coa de lC ~~c ., avaliados por C:J •••.. 7C:.O:C,oo (s2 er.;: .; m:.l c_t·w::siroo); y rr.e balznça C\H.'.\(.VO con ca

~2~c ; a r a 70 t~nelad~s e p!a tafcr~a 18 ms.x J,DO 0::1~ Dpa: . r rr ~ 29~.rGO.o6~d~ z~r~~

d~:~;-.to~ a ncvantz a ~Gtc mil cr.u~a ircs ) U:n qu.;.éro de proteç~ e c~~~ n~c p~=a c5 Mo~cras dos ~qu~pe~ent s, contand~ cinco(S ' ~1-.ev :: !l au:.o-::omP,Gr.:Ji.l d ür:J-~ 1 ló ·c :.,a.vss Di3t lic3s di~o .. 16 ch~~as ' m~g~~ticno, re!G-bi-~etali:o, siste~a de blo~ueio ti~o cascata seç;..;r;'.nça diazcd, c;u:;d rc. o; oceio !-2, c:Jnplsto, av;;liaéo por C:: 21J.OOO,cc (duzen~cs e trazs mil cruza'ros); Um (1) transfor:na ~cr clat=ico de l SCKU~ . e ruspcc~iva caixa ms~ido=a, av&l~a~o am :r:?S.~OG,oo (satente a cinco. mil cruzeÍroeJ, somando as~& :::"!las supr.::s o :nontante da Cd8.05S.SOO,oo _(oito milh~as a cin ~uenS i o cinco :nil e quinhsntcs cruzeirss)• que~ o valor di cauç no ofercci~a ~cr asta 9scritura, ~ou fa.-~, de como assi :n o é~s!sra~, dow ~~;me pe di =a~ e eu lhe3 lavrei a prssanta e s cr:.tur 3 , qwc llée e am ~udo ac hada per confor me , a aceitaram i a autor ~ ~~ e ss5!nam co~ as teate~unhzs: Valde ma r Aparecido S cofc.ni ~c~çalvas , estudante, portador da c9dula da identidad e RG.n.ll.244.880 a do Cic. nc•QC5.425.23B-!0 e Jocalin . Rodrig~E Abéale, Oficial de Justiça, portador da Cadula de Identidade R ~.n. · 10.595 .• 054,5~. e do Cic.n.Ol9.755.549-92, ~r aa ileir3s,sol tairos,.~. ;oqui · :asiden':.as,,ao at~ pres~ ~~:=::w,H: E'l·S!L~ :sc~ivila,escravi e do:J fa.-Gua:ra,C~" Jw o"'-.,ls-lÇ79.(a.a.)­MO zr, R I G:·JA C I O :C E f\ z::: '.' E DO. LU !-Z C .~, 1'f.; C 5 \~ORE. RA. I! 'LOEi'1A 'l A P.0. RZ: ;:roc G::'~-: ~A!..\!E:i . SCCrO~;:, éigo se- -,.~.'I d. O.Ç r(/_'J:::c • . JCCELHJ i"lGDRI­GUE!i D~ DCUZ C~, . (C:evi::Lz.rneí,tS se~ac~ \.T. .. 'es"dd~ .. er.1 seguid.a. Na d.:! rr ~.:.s a deu ré.E.u, .H! C:\ G!LI.!\ , e cr'.' •co l : ,feri .,sub ncravc ,dou Fe e ~ssino em p~blicc s ra-:-o ,. .- \ I\..

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Page 26: A caução no Registro de Imóveis

I · I

I

' . ' I

' I

Apelação Cível n9 282.567- Capital - Apte- 19 Curador de Registros PÚblicos da Capital- Apda. Continental S.A de Crédito Imobiliário­Interessada a Sra. Oficial do 109 Cartório de Registro de Imóveis.

A CORDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n9 --

282.567, da comarca de São Paulo em que é apelante o 19 Curador de Registros PÚblicos da Capital, apelada a Continental S.A. de Crédi to Imobiliário e interessada a sra. Oficial do 109 Cartório de Re­

gistro de Imóveis, acordam, por votação unânime, negar provimento­ao recurso, pagas as custas ex. lege.

1. Rebela-se a Curadoria apelante contra a r. sentença que, desacolhendo dúvida inversa, autorizou averbação de caução, judi-­

cialmente prestada, sobre imóvel, fundando-se no estatuído no art.

167, II, 8, da Lei de Registros Públicos, que o permitira. Susten­ta o recurso que a garantia específica, no caso, seria hipoteca

pois não se conceberia caução do imóvel pelo proprietário. 2. Inconvicente o recurso.

Este Conselho, afeiçoando-se às novas necessidades do comércio ju­

rídico e vergando-se às exigências de uma tutela jurídica desemba­raçada, já assentou, estribado nas forças do art. 167, II, 8, da­

vigente Lei de Registros Públicos, a admissibilidade de averbação­de caução de direitos relativos a promessa registrada de compra e

venda de imóveis (cf. Apelação Cível 251. 775). E fê-lo animado de

seguras razões jurídicas, construídas a partir da natureza do di­

reito real dessa garantia, cujo objeto bem pode ser, segundo o au­

toriza, expressis verbis, a disposição legal invocada (art. 167,II

-8) o direito relativo a imóvel correspondente ao direito real do

promitente comprador da coisa. A amplitude dessa regra, preordenada a dotar o serviço pÚblico dos registros imobiliários, de instrume~

to adequado a "acompanhar a transformação do mundo, para presta r -se à realização de seus próprios fins" (Apelação CÍvel cit.), não

exclui que o objeto da caução venha a ser o direito mesmo de pro-­priedade, enquanto vincula a coisa à segurança do cumprimento

dada obrigação. Antes, se se concedeu o cabimento de averbação

de

de caução de direitos aquisitivos, é de se conceder, a fortiori,aqui,

onde o cerne da garantia a provisoriedade da execução é o próprio­

direito de domínio, judicialmente caucionado.

A coexistência de outros institutos jurídicos, que se disporiam ao

exercício da mesma função assecuratória, não elimina mas revigora­

a pluralidade das técnicas legais de tutela do mesmo interesse. Ao sujeito reserva-se-lhe a faculdade de opção, que, in casu,pela su­

mariedade do modo de se formalizar, despontava mais conveniente e

Por fim, induvidosa a necessidade da averbação persegui da, na medida em que servirá a publicidade, ao conhecimento de

terceiros e de impedimento a manobras fraudatórias. Autoriza-se, portanto, a averbação da caução,aceita e

tomada por termo nos autos de processo judicial, nos termos do . art. 588, I e II do CÓdigo de Processo Civil,do direito de pro­priedade imobiliária (art. 167, IJ, 8, da Lei de Registros PÚ-­

blicos). 3. Do exposto, acordam, por votação unânime, negar provime~

to ao recurso. Custas ex lege. São Paulo, 29 de Junho de 19 79.

de (aa) Young da Costa Manso- Presidente do Tribunal Justiça- Humberto de Andrade Junqueira- Corregedor

Geral da Justiça e relator- Adriano Marrey- Vice -

Presidente do Tribunal de Justiça e Revisor

Adv.· M.P. Gon çalves Collettes.

Page 27: A caução no Registro de Imóveis

o o

JUIZO DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CfV'EL DESTA COMARCA DE

CAMPINAS • ESTADO DE SÃO PAULO

SEGUNDO CARTÓRIO DE NOTAS E OFÍCIO DA JUSTIÇA

.Anton.J.o .@utlh~;~rmg d11 tpo.u.la. ,!:GLtll ESCIIVÃO

20 Oflcio de Justiça.

I ~=!=!=~!-~2 I

'«• f" I RG1GÇO' BENITO

CÍVEL DESTA CIDADE E CCM.t.P.CA DE

roR!-!A DA L!:I, .E T c.-

~·!=!=~ ao Senhor Oficial do 10 -­

CartÓrio de Registro de IaÓveia destt cidade eco.area de Caapinaa,

Estado de São Paulo, que à viata do presente, indo dev1daaente ~

sinado, passado pelos autos de Sustação de Protesto no 799179, r~ querida por _WILSON FAClllllELLI contra GIUSEPPE URSO, que ea sal

cucprimento procedà a competente 1nscrição da hipoteca legal, -

tudo de conformidade com os documentos que anexo se~uem, sob for­

ma de xerox, devidamente autenticados e que Cazem parte integran•

te e inseparável da presc~te.- ~=~=~=~=!=! - !=~·- Dado e

nesta cidade e comarca de Campinas, Estado de · são

odeio de Justiça, aoa 18 de setembro de 1.979.-j!~<"'<f'-C.1"/ ( Har1:r Ap. Oliveira ), escrévente autorizada

subscrevi.-

ESCRI1'(1RIO IJE .\IJVOCACIA

da

Miguel Orlancln Vulr."no OAU. :.1 111 Ct't'. tr,t;:,~J~Ifl

l.ulz ·r.cuo CarvalllllCH OAO. CiM'J Ct't', 121116!M-87 t.ul~ l'lacco JúaJor OAII. 1r..- CPJ'. ZIDIM."'•*-'2 Jottó Lt!UC CarvaJhaca

OAIJ. U~ CPI'. OU4~,4'll ~ Antonto Leite Carvalbe.u ., , o' OAD. I.U Crt'. UZJIUJT.II "'' ,_o'

Roberto Ccrquclra O. Uoaa _.. , ~o ,0 ,• · "" "t O OAB. 31:~ CPJ'. W!t311.'\l _...- , ,..-.. t. ",,') Q'i. \I (.l:~ \

\I) ,,.:.,.. ~(',o . () .. · c\~ .tt-" ' · '\'\ _,: \t. l'-~ 1 C. I I' I. ~'?':~\\ . \ mp~na'S. .,~\ . '\:. Vara C!vel

':)\ ~\·'\,

j ~ t~a~ A t~~~ __,.,t~t ~r~ ;A ~~-"~f..__ ,///~,i ~~ j;),_V!·~ .t,._, I ___:_

~:,.-..~11 J.'M ,._ ~u ~bOA .?. ~ tv./U/1 ... k:.-r,l.·,~ ~ ~--.-~ ;~ ft~-t-0/ ~~~ -~/ .#4Vi.:­

'" lt? ~~~--!,...#/ r/ c-.·é--u

Otlc,.

t! ~-~;?~ )

//~~ ~fr,~--

Diz · WILSON FACHINELL_I, brasileizo, I

solteiro, maioz, ccmerciante, portador do CPF.n9 051.853.198-87, /

residente e domiciliado em Valinhos, Sp, na rua 3 n9 330 , Jardim

Morumbi, por seu advogado e bastante procurador infra-assinado ( I

mandato anexo), servir esta para :tespeitosantente e com o devido ~

catamento propor como proposta tem a presente medida cautelar de I

·sustação de protesto contra GIUSEPPE URSO , brasileiro, casado, ~oE

tador do CPF.n9 107.801.658-53, residente e domiciliado na cidade/

de Valinhos, Sp, na rua Largo são Sebas~ião n9 70,pelos motivos de

fato e de direito expostos a seguir

1 - Em data de 04 de janeiro de 1978

) Supte. tomou emprestado.do Supdo. a importância de cr$ 38.000,00

1ue acrescida dos juros exigidos ficou representada pela not~r~­lissõria uo valor de cr$ 55.500,00 c com vencimento para 26 ~c.~~! !O do mesmo ano. / ..

AYKNIIlA SIOIIAI~"' f!I ,U,t'~ . ~"!l O F · t'I)Nia:i OJ.!\'olll • 611\.1110 • O A"' t"l S A H • :4, I',

Page 28: A caução no Registro de Imóveis

ESCIUT(liUO m: ,\llVOC~

Ml~ucl Orlandn Vult!uno Oo\11. 1:1117 l; t•t",ll:,l,'o'rti:l'I ·M

Lul~ Lt~ llo CnrvolllllcH OA.II. t~"UUU Cl'lo'. 12IIII:>IWIÍI-M7

Lul7. l'lncco ,J,inlor OAII. 121011 CPI'. ~ José Leite CarvalllacJ' OAU. 41\11 CPI'. OIU!III~~

Antoulo Leite Carva.lhac. OAO. IU.l CP!'. crmu:ma Roberto Ccrquctra O. Jtoea OAh. 3t:l~ Cl"P. UMitJ.StG:~

}j Saliente-se o fato de que os juros I

:obrados pelo Supdo. quando por ocasião do empréstimo para pouco I

~nos de 90 dias foi de 50% do valor do capital, afrontando tota!­

~nte todos e quaisquer dispositivos legais que regem a matéria e

~e permitem seja cobrado em negócios dessa espécie juros de 6% ao

~o, tolerados quando existe o acordo entre as partes .até 12% a.a.

2 -.Quando venceu o prazo para pag~-

~nto da nota promissória, o Supte. procurou o Supdo. para um aceE

n, visto que não tinha toda a importância necessária para resg~ -

ar o título, ocasião em que, dele foi exigido o pagamento dos j~

os de cr$ 17.500,00 o que prontamente pagou em moeda corrente e I

icou acertado que o vencimento da promissória seria prorrogado p~

a 19 d~ fevereiro de 1979, port~to um ano dé prazo, sendo que I

ensalrnente o Supte. pagaria ao Supdo. a importância de $ S.SCO,OO

título de juros calcul'!.dos a base de 10% sobre o valor da nct<·

romissória e ainda, como garantia do pagamento da promissória bem

orno dos juros mensais exigidos, emitiu o Supte.dois cheques nos

alares de cr$ 50.000,00 e cr$ 66.000,00, um ao portador e o outro

ominal a Giuseppe Urso, sacados contra o Banco do ·comêrcio e In-

ustria de são Paulo S/A, de n9s 664831 e 664830 e datados de 19 I

e fevereiro de 1979.

~al acerto foi rigorosamente cumpr~-

) pelo Supte. que mensalmente pagou.ao Supdo. os juros acertados,

aros esses extorsivos e desumanos, vindo porém, no vencimento I

rorrogado da nota promissória- a .não ter condiçÕes de resgati:··la,/

'que levou o Supdo., agiota contumaz, a apontar para protes~ njo

I a nota promissória em questão como também os dois cheques ~,'lu'' I \

Viam sido emitidos apenas c tiio sómente como garantia do J2ol<p ulc~ .L' .)

AVIt ... IOA MOHAM IAI.KH, JUI/ · I'ON .. H ~I ·Wl • 61 t'Wt • 0 A W ri H A tt · H. r.

ESCIUTt)JUO !li-: ADVOCACIA

MJgucl Orhuulu Vulr.ano OAIJ. ZJ117 c:t'l' . ..::...:,~~~~ Lui<G Leite CarvalhllCH OAII. (~'100 Cl'f', 1211U:.!~

Luiz Placco Jainlor OAIJ. tr.'OQ CPP. ~"'S-A"! Jo-.é Lr.lto CarvoJhu.Cif OAU. 411n CPt-', UU4utl418

Antonio LcUc CarvlllhacH OAIL I..U CPfl. O'..'!Jt6.17'~

Roberto Ccrquclu. O. Ro!Ja OAB. )fr.l&:i C .. P. 2UO:ttll:tl

~ ~ dos juros ilegais e abusivos e que enquadram claramente o Supdo

sa Lei de Usura.

3 - Estando claro e sendo certo que/

, supte. a essa altura sómente deveria pagar a nota promissória de

,r~ 55.500,00 que estava apontada para protesto, pois, tinha c~­

rido com o pagamento mensal dos juros exigidos pelo Supdo. a ba

e de 10% sobre ela, e ainda vale.dizer que tal titulo represent~­

a o valor do empréstimo já acrescido de juros, e que, os cheques/

Bmbêm apontados para protesto não eram exiq!veis pois representa=

am apenas garantia do cumprimento do acordo, procurou novamente o

updo. que, acostumado a esse tipo de negócio e a exigir absurdas/

arantias, bem superiores ao valor real em questão, mais uma vez e

~giu do Supte. uma nota promissó~ia sem data de emissão e venci­

ente, preenchida no valor de cr$ 131.470,00 , que segundo éle re

resentava o valor àa pre~issória anterior acrescida de juros. E-

igiu ainda do Supte. que pagasse, ou melhor, continuasse pagando/

a juros de cr$ s.soo,oo mensais, para que a promissória emitida 1

fósse com o vencimento para mais um ano ou seja para fevereiro I

e 1980.

4 - Como o Supte.não teve condiçÕes/

a pagar os extorsivos juros ao Supdo., refere.nte ao mês de março/

abril,em curso, novamen·te apontou para protesto a nota promiss§.

a, agora no valor de cr$ 131.470,00, valor esse que represe nta/

principal mais juros de 10~ calculados até o rnês de fevereiro de

~80, cpoca

io sobre o

lante, niio

que se daria o seu vencimento, como uma forma de co~ -

Supte. que sendo pessoa idônea, proprietária e c~; -

pode ver l<lnÇóldo seu nome como protestóldo por 21~-Jic

AV~IDA MOKA.O 8Allitt, ~1'1 · PONU ll·WI • II · L,~ • OAWrltU,te •li, P,

Page 29: A caução no Registro de Imóveis

-!

'

.)

I ,,, i

~~:: AllVOCAr.JA

Mt.:ucl Orhuulu Vulcllnu OAII, 1.1117 Cl'f'. JJ:'"K.:.rJ7:18·11

Luiz J:ctto Carvalhac:a OAI1. l'.lll1.t Cl'i'. Ullll!'lf~ Luiz .flGcco Jt~nlor OAII. ll'M OPto". 2XIMI(,~ Jo116· L!"itc CarvalhacA OAU. tltn C.:l't'. OU4tk'U'Dt

Anloolo l.cltc Carvalhactt nAU. 14&3 Ct'Y. 1Tl'Jitt.11atf

Roberto Ccrquclra O. Jlu11 a OAK. X~ tPP. urm11J:18

14gamento de titulo, como se fosse essa medida a prevista em nossa

lei adjetiva para se efetuar cobrança de título. Veja-se que o I

lupdo. - optou pela melhor forma de exigir o pagamento da promiss~­

~ia sem que fosse contra si lançado a pecha de "agiota", tendo em

•ista que o Cartório de Protestos exige o pagamento de títulos em

~!guos prazos s sem acatar qu3isquer alegaçÕes sejam elas quais I

arem, lavrando incontinenti o protesto, caso não seja pago o títu

o.

Assim, recebeu o Supte. intimação do

9 .Tabelionato de Protestos local para pagar a nota promissória do

alor de cr$ 131.470,00 até a data de hoje, motivo pelo qual~

ucr-se a V.Exa. sua imediata sustação, liminarmente, como medida/

rcpara_tória de uma- Ação Ordinária Declaratória e de Anulação que

Supte. ingressará oportunamente quando então se provará a verdad

os fatcs alegados,requerendo ainda, após ~ intimação do Sr.Oficia

o Cartérie =e rrotestos da sustação co pr-otesto em questão, para

que pleitea-se servir a presente de mandado, seja o Supdo. cit~­

o da presente medida, para contestá-la, querendo, no prazo legal/

e cinco dias , medida essa que a finai deverá ser julgada procede~

e com a sustação em definitivo do protes to e a condenação do SuE

o.nas custas e demais cominaçõe s de estilo.

Requer-se por derradeiro seja a pr~­

lnte medida deferida com fundamento no art.B04 do CPC, para o que

Supte. apresenta desde já cauç5o fidejussória representada pela/

~clusa carta de fiança, no sentido de que o Supdo. n5o venha a I

Ir qualquer prejuízo advindo do deferimento da presente. ~-~-

Protestando-se provar o alegadO- POfl :.:::::: _ ___)

AYINIOA. WORAF.S 8ALii~, 2 ~ 17 . PONU 11 ·3.\tt. IU:I\It • O A. W riM A tt • " · P.

E!;CiliT(JilJO m; ADVOCACIA

Ml~ucl Orlando Vuleano OAil. z:lll'l Ct•r.rr .. l.'"~ Luiz l.elto CarvulhiU'!A · OAO. GMt Ol't'. JZI81G'J6A.I7 Lul:r. .. Yioceo Jtinlor OA.II. ll"M CM'. ~

Jot~ó J.cito CarvalhaCII OAII. 41ft CPF. OIU~U

Antonio Leito Corvalhaca OA U. IC CPt'. O :oJto."1731

Roberto Ccrquelra O. RoA& OAK. Sll:i c•r. ZIM:3t!k:l

t;· odos os meios de prova em direito permitidos, especialmente pelo/

epoimento pessoal do Supdo., pena de confesso, inquirição de te~­

emunhas, juntada de novos documentos, pericias, vistorias, etc. 1

i-se à presente para os efeitos fiscais o- valor de cr$ 131.470,00

Nestes termos e, requerendo seja da

) conhecimento ao Digno Representant~ do Ministério PÚblico dos 1

ttos alegados nesta peça vestibular, para que tome as providências

ie julgar cabíveis "in casu",

P.e.deferimento.

Campinas, 30 de abril de 1979.

Roberto I

A\'KNIUA t-lOIIAlt.'t 1Al.hl4, :•tT . fONI!tl ~t · S.\Il • la-t.'tUII • O AU ri" A M • I. P,

Page 30: A caução no Registro de Imóveis

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NÓs,· ATILIO CELLES SOUZA, brasileiro~ prop~etSrio,

e LUZIA PIOVESANE SOUZA, brasileira, do lar, ambos casados, port~-

dores do CPF.052.258.418-81, residentes e domiciliados a Praça

-rã n9 38 em Valinhos, SP, como fiadores, ficamos juntamente com

Pa

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sr. WILSON 'FACHINELLI, brasileiro, solteiro, maior, co~erciante,/

portador do CPF.n9 .051.853.198~87, residente e domiciliado a rua 3

n9 330, Jardim Morumbi em Valinhos, SP, solidari~ente responsáveis

por eventuais prejuízos que possam advir ao sr. GIUSEPPE URSO, d~­

corre·nt·es da medida cautelar de Sustação de Protesto em curso p~ -

rante o JuÍzo de Direito da Comarca de C~~pinas.

Campinas, 30 de abril de 1979.

---.J/~~-~Jd~-Luzia Piovesane Souza

lo REGISTRO CIYit E nHEXGS 1Com. do C.unpinas - SP . dFIII.II;::.r..r~: ... Q. _ __ ç&_l,-: ____ _

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a ... UeA HU!ol•l • IU TH,., .:_', l "- - l Sr.A. &Uf.

tllt•C•MA CAMAII~h.> - l S\. .. . AU I. to c: .. ,.., o• 0"-l"'•'"• n • \.IM•- l3CII . AUf,

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-J ... !% REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1/;./f/ ~(o..._., .t C 11 R T Ô R I O D E JID Til S E O F I C I O D E J U S T 1 ç 11 í{;~ J:· ' . tJormlnl 'P.ampaJlllunt !/)r, '1L'llllam <..c;· ~'an ( ..... ~ .,.:.__ j nctrvAli' OftCIAl M}.~ 'Pn~o:tu,,, '-~

• rALA CIO DA JUSliÇA • • AM:IM 1'fM[0 • TQ.S. " JUJ • Jl-etOI • J.......OO • )\.Z3D T· u " C A o\4 r I N A S - Estado de Sao raula ~::_ }-"q ~ l . -~

fl. 374 ·Primeiro traslado • •' • 1.-f!J:. . ,·.::-') ESCRIHRA DE VENDA E COMPRA-:~~-~-:;-,\~· ~ Cr$160.000,00 ......-(,c'-~"-

S A I B A M,-1ntos esta virem que,_ no ano do nascimento de Nosso· Senhor Jesus Isto d~ mfl novecentos e setenta e oito, aos dez (10) dias do

•s de fevereiro, nesta c i da de de r.ampi n-as, Estado de São Paul 0 , •

19 Cartorio de Notas e Oficio de ' Justiça, perante mim escreven­e o Escrivão que esta subscreve, compareceram partes entre si -

stas e contratadas, a saber:- de um lado, como outorgantes vende re~_L_(l) MARIO Toso·, aposentadÕ e sua inul her da. MARIA CASTELU-­

TOSO, do lar, ·brasileiros,CIC nQ 071.405.848/34 residentes em inhos, ã rua Italia nQ 50 e, 2) .ESPOLIO DE ANTONÍO FACHINELI F.I. , inscrito no CPF sob nQ ·204.412.238/34, representado por sua -entar~ante LUIZA TOSO FAC~INELI, brasileira, viuva, do lar, RG. 26.54ir residente ã av. Independencia nQ 3T4, em Valinhos, aut~ ado p:r fcrça de alvarã expedido em 25-10-1977, aditado em 31--1978, nos autos nQ 2052/77, apensos aos autos de arrolamnta n9-/71 d: Primeiro Oficio de Justiça e la. Vara Cível des~a comar-cujo original fica aqui arquivado sob nQ.Ol2/78 e do mesmo uma­

ia xerogrãfica acompa~ha-ã o primeiro traslado desta escritu i'<· ; ­o int:rveniente, o proprio segu~~o outorgante, ESPOLio DE ANTO­

FACH:NELI FILHa, cuja representação foi mencionada acima e ta~ auto~izado pelo mesmo referido alvarã; como cedente~. ANEZIO­

H[IRO, bancaria, RG 2.530.293 e sua esposa da. SANTINA MOLETTA-HEIRO, do lar, RG 3920153, brasileiros, CIC n9 029.100.808/97,­ident:s em Valinhos, ã rua O. Barreto nQ 115; (2) CONSTANTINO-­VO, dJ comercio, RG 4.289.145 e sua esposa da. DUZOLINA CASACIO VO, dJ lar, RG 4.719.989, brasileiros, CIC nQ 029.104.118/34, -ident~s ã rua Campos Sales nQ 335, em Valinhos; . 3) GERMANO GnA~ I, do comercio, RG 4.209.235 e sua esposa da. ~RLINDA CHIAR! NDIN!, . do lar, RG 7.568.333, brasileiros, CIC 025.622.608/30, -ldent~s em Valinhos e, 4) EVARISTO .CAPELLATO, funcion~rio p~hl! ~unic~pal, RG 2.230.~62 e sua esposa da YOLANDA MOLETTA cnrrL-0, do lar~ RG digo, lar, brasileiros, CIC n9 122.146.~88/68, r~ entes eM Valinhos, ã rua São Paulo nQ 72; e, de outro lado, romo ifqac: compr~dor, WILSON FACHINELLI, brasileiro, sol. teiro;m •110 ~• tQ~er:io, CIC 051.053.190/117, residente c domiciliado ã av. 1 "' 1 ~ dencil n9 314, em Valinhos, nesta com~rca; reconhecidos pelo~ •

~dI •"'" rPrfos entre si, nossos conhecidos c das duas testemunhas'

Page 31: A caução no Registro de Imóveis

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adiant~ nomeadas e assinadas, tambem conhecidas, do que damos fé; em seguida, pelos outorgantes vendedores nos foi dito que por fo! ça das t~anscrições nQs. 14.636, LQ 3K, 13.300, LQ 3 J e 14.029,. LQ 3K, do · 19 'Registro de !moveis desta comarca, a justo ' titulo,. ~io senhores e legitjmos possuidores de um pridio constituído de­

um posto de gasolina, com respectiva oficina, escritorio e demais dependencias, situado em zona urbana da cidade e município de Va·

linhos, nesta comarca, ã rua Treze de Maio nQ 460, esquina da av. . Independencia, medindo o respectivo terreno que tem a area total·

de_2.048,59ms2., inclusive parte edificada, pela frente por 32,30

ms. (trinta e dois mewtros e trinta centímetros) em reta, com a­

rua ireze de f·laio e por 7 ,85rr:_. (sete metros e oitenta e cinco ce~

t~metros) em curva, com raio de 6,00m., com a confluencia da rua­

Treze de Maio e avenida Independencia; ã direita por 41,40m. (qu! renta e hum metros e quarenta centímetros) em reta, com a avenid a

Independencia, no fundo por 44,32m. (quarenta e quatro metros e -trinta e dois centímetros), em reta, com o lote 5 e ã esquerda por 56,30m. (cinquenta e seis metros e trinta centímetros) para -

os lotes 11 e 16; existindo servidio perpetua de viela sanitaria­com a l -argura de 3m. · em toda a .extensão do lado .esquerdo, na dn•·.:.

sa destE imovel com 05 lotes 9, 16 e 1) e rua Treze de Maio, com­

entrada pelo lote 5 e saida pela rua Treze de Maio; que, por es-­

critura de compromisso de venda e compra lavrada em -26 de fevere~

rode 1965 no 2Q Tabelionato local, LQ 36 dfgo, LQ 378 fls.llO, -

valor Cr$lO.OOO,OO,~outor2 antes Nario -Toso e esposa, co mprome_:_

teram-se a vend~~~~~~~~2J_, . correspondente ã metade, no -­imovel acima descrito, ao outro co-proprietario, Antonio Fachine­

li Filho, ainda em vida, ora i~terveniente e tambem outorgante (­

Espolio); posteriormente, por sua vez Antonio Fac~inelli Filho, •

em vida ainda, e sua esposa, por força de escritura de compromis·

so e de ·promessa de cessão lavrada em 26-02-1965 no 2Q Tabcl iona·

to . local , LQ 378 fl. 114, valor Cr$20.000,00, comriromcteram-se ~

vender sua metade idc.11 no imovel acimil_• bem como a ceder seus d~

reitos sobre a out ra metade, decorrentes do compromisso anterior·

mente aludido, firmado com Mario Toso, tudo isto em favor dos ora

cedentes-varões, cstanbdo referidas escriturns devidamente inscrl

tas sob n~s G336 r. 6337, I Q 4 G junto ao Pdmciro Re!Jistro de.. . 1m~

vcis local; que, a presente escritura ~outorgada em cumprimento· final a referido ~ titules c ~avoravcl ao outorg~do comprador por·

i n d I c,, ç .in n r,, f c 1t ~ p P 1 <l s c c d r 11 t c s , o !i' CJII•l i s d I s s C' r .1m , l\11 t ~- as

REPUBLJCA FEDERATIVA DO BRASIL ti&. · ~ Z-to c a R TO R 1 o o E K o Tas E o F I c 10 o E 1 u s 1 1 / (· -~

!/)r. t:Jórmlnr r/Gmpd~uunc .!!). •J(IIIIIom c5 (<? ,'/

lSCtrvA'ó • OfJCIAI. ~},;;.mp,a,:llvt,l A PALACIO DA JUSTIÇA I -..IWI<O-tn$. ...... . .................. >n I l -, ) C A M ~ I N A S - EliGdo d• São ,ovlo . ~

1nte as testemunhas que realmente indicam o outorgado comprador c r.~ste mesmo ato lhe cediam todos os direitos sobre o imovel em ~~stio, mediante o-preço certo e ajustado de Cr$160.000,00 (cen-to e sessenta mil cruzeiros) que .receberam anteriormente, dando-­~itaçio de pagos e satisfeitos, para nada mais · repetir ou recla-tlr do outorg•do; declarando outrossim que ji pagaram o preço de-1ido ao Espolio de Antonio Fachineli Filho pela referida escritu-ra de compromisso e promessa de c~ssio, preÇo esse de Cr$---~---­

~a.OOO,OO (vinte mil cruzeiros) e estio, pelo citado intervenien-!e foi _ di to que realmente recebera.m digo, realeente recebeu esse oreço, dando agora irrevogavel-quitação de pago, efetivava, como­tfetivada a tem,_ a promessa de cessão respectiva e em alusão; pe-los outorgantes vendedores nos foi dito que, possuindo o descrito l~ovel livre e desembaraçado de onus, duvidas, dividas ou encar--;os fiscais, estão justos e combinados para vende-lo, ã vista dos ~cmpromissos citados e indicação dos cedentes, como efetivamente­jendidc tem, ao outorgado co mp rador, pelo preço que eles outor ga~ .~cs recebera m anteriormente, total,de Cr$20.000,00 (vinte mil cr u , -l~iros), oriundo dos compromissos, correspondentes CrSlO .OOO,OO -~ ~ pri meiro casal outorgante e Cr$10 .000 ,00 ao segundo outorg ~nte

·!~ndo quitação cit:sst: p~!!ÇO e de$de jã transmitindo ao -outorgacc -~c~prador ~oda posse, direi to, dominio e aç~es que at~ então cxer

~iam nos tms vendidos, para que deles possa o outorgado co mpr .1dor ~ivremente usar, gosar e dispor, prometendo por si, herdeiros ou­•acçssores, fazer a presente sempre boa, firme e valiosa, re spon· :endo pela evicção legal; pelos outorgantes vendedores, intcrve-­

,'icnte e cedcutes nos foi di to que não são empregadores, autor.o·-~os ou contribu intes do Funrural, não estando assim sujeitos JS • 1 '1gencias do art. 25 dcc.lei 66/66 c art. 160 dcc.73617/74; pelo

/utorgado comorador foi di to. que aceita v a a presente cscri tur .t •·r 1 1 ~ d os os termos. Pelas partes foi dito que, para efeitos do rc<1i~

t r 0 d c s t J , d ·i s p c n s a m a a p r c s c n ta ç :i o d c n c 9 a t i v a s d o i mo v c 1 • c''"''' ·

;;• rmlte o art. 44 dcc.9555 de 4-3-77; foram exibidas trcs 9ui·15 •

; ~·· 5 1aa, dcvi.das neste Jto1

.duas do·s valores de Cr$13.301,04 C·"! ·' r' un~ de CrSG.690,20, JS quJis fica t arquiv.ldJS neste cartorio \1'

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,· ·~. 010, 011 c 612/7!3. E de< como assim disseram, damos fê, 1"'~ -

r ; •Jir~m c cu lhes lavr e i cstJ escritura que, fcitJ lhes li, ~chJ· ,· •~ confo mc , accitar.tm, outoru•li'JIII c ,,ss ln.lnl com as tcstcmullh .t\,· ... 5 ~o:- Ollm., 11.u·i.1 no :;,,, br.,~ilcir,,, solteira, cscriturH"'· ·

Page 32: A caução no Registro de Imóveis

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~scrituraria, com 23 anos de idade, residente nesta cidade, ã rua 41 n9 16, Vila Padre Manoel da Nobrega e Eliane Aparecida Hilario, brasileira, solteira, com 27 anos de idade, escrituraria, residen­te e domãciliada nesta cidade; ã rua Humberto de Campos n9 104.

Eu, Jose Wilson de Souza, escrevente datilografei. Eu, Carmine Campagnone, Escrivão, subscrevi e assino. (a : a.) Mario Toso.- Ma-­ria Casteluber Tos·o - Luiza Toso Fachinelli.- Anezio P_inheiro.­Santi~a Moletta Pinheiro.- Constantino Oliva.- Duzolima Casacio

·Oliva.- Germano Brandini.- Arlinda Chiar1 Brandini.- Evariste Ca-­pellato.- Yolanda Moletta CapeJlato.- Wilson Fachineli.- Dilma Ma-

''' Ro,.,- '"'"' ApH•dd• Hihdo.- ~C•mp•goone-1)l.,ld•--• ..d,?-1 mente selada). Nada mais. Trasladada em i~- Eu,(...-/~

escrevente datilografei e conferi. Eu ..__........~~

Escrivão, subscrevi e assino em publico e· r so.---./-/7

""<-\-. -----

=f:v~

T:':P.MO P€ Cf..UÇO

Aos oG de ~=octo de 1.979, neDtn cidade c co~arcn do c~~pi

aao, Eotndo de São Fnulo, em c~rtÓrio, cocrareceu ~TI.~Gl:: FACRI;0LLI, brnzileiro, solteiro, maior, co~crci~nte, ---­

portador do C7F.. n~ 051.853.198-BO, re~idente o docicilin­

do ec Vnlinho~, Estado de ~ão ?nulo, e po~ ele !ci dito -­

que, de conforcidnde com a petição e des~ncho de tlc. 2/--

6, que de etc fican fazcnd·o parte inteGrante, vinh~ ~r'cti-­

var a cnuçno or:recida, exibindo r.c5te ato ~ petição e --­

xeror. de !ls. 16/19, para carantia das obri~açõea ac~u~i-­

das, ficando oz bens sob a sua cuarda, coc:o deposit6.rio,-­

s~ virtude do q~P.. l~vréi­

o p!"es~n~c devid~::.~ntc --

fJA "; x:-;-c c -- -c .. . -c. ~- ------~ ; , escrevente ---

autorizad

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Page 33: A caução no Registro de Imóveis

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to CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS - PALÁCIO DA JUSTIÇA - S.o ANDAR - FONE, 2-1-4JJ

O BaE:t\at'e$ em O •rolto, EL VJNQ Sll V A fiLHO. Ohc•ftl •lo to c.,.,,.,,,,., ••• ,.•l•"• de lrnCv•" do:s1" r;~orca G• t,.,. •• .,. .. _ • • u;.

rlfiCA E DA n: QUE a v1st~ do(s) documento(s) 1ncluso(s) com su:1s folh 3 n rlnvld> ·

lO autenticadas com carimbo deste cartório, protocolado(s) !1 mlcrof1lltndolnl nob

(s)_28-Jl4 e 28 715- - - - - - - em 12.junho.l978 •• para ou f . llln do

.go 211 da lei n.• 6.015 de 31 de dezeobro de 1973, que foram pr:.t1cados on ""•"In·

atos tendo por objeto o illl6vel situado à avepida Independ~ncia cn'lu1r."_~a

1 13 de 1/aio ,onde ·te~ o no 46Q,em Winhos.MATRICITLA.!)Q__SOB !iOl -1.2,;31

LIVRO 4-G,fls.l43 no 6.336 -cessão a WILSON FÁ.G;··!ll;ELl.I. • •

EMOLW.! ~ !iTtJ!;

• • • • 315, o o_ .efetivação da cessão à vista da escritura •

-cancelamento do COI:Inrocisso ,LIVRO 4-G,fls.l43,n2 6.337

• • • • 30, co

315,oo

cessão a WILSON FACHINELLI •• • • •• 315,oo

·cancelamento do ccmpro~isso • • • • • • • • • • • • • • 315 ·, oo

-av erbações nas trans crições 13.3oo,l4.o29 e 14.636 rel~

tiva~ente a :1)-medidas do todo;2)-servidão de viela sa-

nitária;3)-l~vant~~ento e recuo do

'truçõcs clandestinas; 5 )-área total

·aqui:liç ã n por WTLSPN FACHIN'EI.LI ••

·:n:icrofilmagt:m de 6(seis) documentos

h<__.. .. t.,,,jo (Co.l. ::W.)

~f. (~ ti;) t•fltc)f.!,/d :.a •kU..n.h:;

'( IZ. &."ti.. l.t e :.ca. f.11tul• u "·' f , 811UU .. ~,'~h 111' 1• ... ~ .'.:

'ttriJo ~ vcrd nd c: c: dou f~.

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alinha~ento;4)-ccns--

e 6)deemembraroe~to •• 540,co aoo,oo 12C,co

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SOMA •••••••• • •••

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WEL N• CADASTRO

Prédi~ constituído do um posto de gasolina, com r~pectiva­oficina, escritório e demais dependências, situado em zan~a da­ci dade de Valinhos, comarca de Campinas, à rua 13 de maio 460 esquina­da Av. Independência, construído nos lotes unificados n•s 6,7,8,9 e 10 quadra B, da Vila Olivo, com a 'área total de 2.048,50ms2, e que mede:­pela frente por 32,30ms em reta com a rua 13 de maio e por 7,85ms em­curva, com raio de 6,00ms., com a confluência da rua 13 de maio e ave­nida Independência; à direita por 41,40ms em reta, com a avenida Inde­pendência, no fundo por 44,32ms em reta com o lote 5 e à esquerda por-56,30ms para os lotes 11 e 16, existindo servidão perpétua de viela S! nitâria com a largura de 3ms em toda a extensão do lado esquerdo, na -divisa deste imóvel com os lotes 5,16 e 11 e rua 13 de maio, com entr!

AQUISIÇÕES segue no verso----

PROPRIETÁRIOs- MARIO TOSO, aposentado e sua mulher O. MARIA CASTELUBER-TOSO, do lar, brasileiros, CIC 071.405;848/34, residentes

à rua Italia 50 e ESPOLIO de ANTONIO FACHINELI FILHO, CPF­/34, ~asrlo que foi com Luiza Toso Fachinelli (T.Aq. 3-J--­

es 7,8,9)--3-K-184--14.636(lote 6)e 3-K-22-1~029-(lo-

1 2 JUl-11978 O es~.â~ O Ofi-cial .WJ'\ro• ..co """'-:o R.l/ roprietârios já qualifica~os VENDERAM o imõvel a-

WILS N FACHINELLI, brasileiro, solteiro, maior, do co­mércio, CIC 051.853.198/87, residente e domiciliado à cia 314 em Valinhos, por Cr$160.000,00 conforme escri da em notas do 1' Tabelionato de Campinas, livro 723 '11

2~ 1 2 J UH 1978 O es~-vv""'~-- v:;

ÔNUS R.2/14.243- O proprietário WILSON FACHI NE LLI, qualificado no R.l deu · o

imóvel desta matrícula em .IIIPOTECA JUDICIAL, a GIUSEPPE U~ SO , brasileiro, casado, CPF 107.801.658/53, residente e domiciliado em Valinhos no Largo São Sebastião 70, em caução real na medida cautelar­de sustação de protesto, ·relativa a uma nota promissória do valor de -Cr$131.470,00 se m data de emissão e vencimento, sendo que a hipoteca­foi constituída por termo nos autos lavrado em 06 de agôsto de 1979 e em cumprimento ao mandado subscrito pelo ~!. Juiz de Direito da la. Va­

ra Cível Or. Walter Viei:ra e expedido em 18 de setembro de 1979 pelo E~ crivão do 2' Ofício cível desta comarca (microfilme-43.932) ,em ·cujo car tório so processa a referida medida cautelar sob número 799/79. C~~- -

nas, 20 de setembro de 19 79. O escrevente autorizado~W,ML.lA . .IV' •

(José Francisco Made rnos) ,

Page 34: A caução no Registro de Imóveis

DR. ELVINO SILVA FILHO 1" CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS COMARCA DE CAMPINAS ) OFICIAL · REGISTRO GERAL ESTADO DE SÃO PAULO

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