implantação do registro eletrônico de imóveis
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Apresentação do palestrante Flauzilino Araújo dos Santos, registrador de imóveis em São Paulo/SP, diretor de Tecnologia e Informática do IRIB e presidente da ARISP - Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo. Palestra conferida no XL Encontro dos Oficiais de Registro de Imóveis do BrasilTRANSCRIPT
PRAZO FINAL PARA IMPLANTAÇÃO DO REGISTRO ELETRÔNICO
8.7.2014
Lei nº11.977, de 7.7.2009: Art. 39 Os atos registrais praticados a partir da vigência da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, serão inseridos no sistema de registro eletrônico, no prazo de até 5 (cinco) anos a contar da publicação desta Lei. (Publicada no DOU 8.7.2009)
REGISTRO ELETRÔNICO
Quem deve implantá-‐lo?
Lei nº 11.977, de 7.7.2009: Art. 37: Os serviços de registros públicos de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, observados os prazos e condições previstas em regulamento, instituirão sistema de registro eletrônico. Os próprios Registradores têm o poder/dever de instituir o SREI.
PLANO B?
SISTEMA DE REGISTRO ELETRÔNICO DE IMÓVEIS
SREI
Finalidade do Registro Eletrônico
• U#lização das Tecnologias de Informação e Comunicação para desmaterializar procedimentos registrais do cartório, bem como promover a interação dos Registros de Imóveis com o Poder Judiciário, Administração Pública, empresas e cidadãos na protocolização eletrônica de Etulos e no acesso às cer#dões e informações registrais.
Registro Eletrônico • Cons#tui fator estratégico para o desenvolvimento do
Brasil e a sua compe##vidade no mercado internacional, com reflexos no “Risco Brasil” e no “Custo Brasil”.
• O Brasil ocupa a desconfortável posição de 130º lugar entre 185 economias mundiais com facilidades para fazer negócios (Relatório Doing Business/2013 – Banco Mundial).
• Prestação de informações que somente serão possíveis a par#r de dados estruturados, para fins de controles por órgãos reguladores, estabelecimento de polí#cas públicas e relações de mercado.
Mercado & Registro de Imóveis
• O Mercado Imobiliário é um mercado econômico mas é também um mercado de direitos.
• O Registro de Imóveis não cria o Mercado, porém é uma ferramenta sem a qual este não pode desenvolver-‐se adequadamente.
• O Registro de Imóveis contribui para a expansão do Mercado rela#vamente aos itens que lhe correspondem: segurança jurídica e transparência dos negócios imobiliários.
• A transparência decorrente da publicidade registral faz com que o Mercado seja, como um todo, mais confiável e eficiente.
O REGISRO DE IMÓVEIS É UM PATRIMÔNIO JURÍDICO DO BRASIL
• Conjunto legislativo sólido e escoimado no tempo de imperfeições, ilegalidades e inconstitucionalidades;
• Pacífica jurisprudência e sólida doutrina à respeito dos principais direitos imobiliários registráveis;
• Corpo de profissionais especializados em Direito Imobiliário, selecionados por concurso público;
• Os cartórios constituem a maior rede jurídica de atendimento aos cidadãos e empresas do País.
Reclamações do Mercado Imobiliário: 1. Falta de padronização nos serviços; 2. Exigências descabidas; 3. Demora na prá`ca dos atos registrais; 4. Implementação do Registro Eletrônico (Acesso remoto às informações e remessa eletrônica de etulos).
PADRONIZAÇÃO: 1. Edição de Normas de Serviço pelas Corregedorias da Jus#ça dos Estados, onde se procure evitar assimetrias (estudar as normas já existentes); 2. Desenvolver programas de educação con#nuada para atualização e capacitação de Oficial e seus prepostos. 3. Aproveitamento das tecnologias de comunicação: WebRádio, WebTV, Internet Televison, Redes Sociais etc; 4. Acesso aos informa#vos e publicações ins#tucionais.
EXIGÊNCIAS DESCABIDAS: Oposição pelo Registrador para acesso de Etulos ao fólio real de óbices que não cons#tuem causas de nulidade do negócio jurídico.
A Qualificação Registral é uma tarefa eminentemente profissional desenvolvida no âmbito do poder/dever do Registrador. Por consequência, seu alcance e conteúdo devem ser essencialmente jurídicos. Não há espaço para improvisações, conjecturas e suposições.
O Registrador de Imóveis deve examinar o Etulo que lhe foi apresentado com o máximo de disposição psicológica favorável para que as partes consigam inscrever todos os atos e publicar todos os direitos que quiseram cons#tuir, visando os beneocios e as salvaguardas da publicidade registral.
Dos prazos para qualificação, registro ou devolução do título: 1 – No Decreto 4.857, de 1939. 2 – No Decreto-lei 1.000, de 1969. 3 – A omissão na Lei 6.015, de 1973.
PROPOSTA 1: Retomar os prazos do antigo Regulamento de 1939 (5 dias para qualificação/devolução com exigências e 5 dias para o registro), com a devida modulação e respeitados os prazos excepcionais previstos em lei.
PROPOSTA 2: Fixar o prazo para emissão de certidão de matrícula em 2 horas úteis, suprindo lacuna da Lei de Registros Públicos.
Lei 6.015, de 31.12.1973: Art. 19. A cer`dão será lavrada em inteiro teor, em resumo, ou em relatório, conforme quesitos, e devidamente auten#cada pelo oficial ou seus subs#tutos legais, não podendo ser retardada por mais de 5 (cinco) dias.
5 dias é o máximo de retardamento tolerado na expedição da certidão do registro de Imóveis. Sendo o retardamento superior a 5 dias caberá aplicação de pena disciplinar pelo Juízo competente (Lei 6.015/73, art. 20).
Implementação do Registro Eletrônico
(Acesso remoto às informações e remessa eletrônica de etulos).
A Administração Eletrônica é um direito do consumidor dos serviços públicos, assim como também o direito à informação do conteúdo dos arquivos dos órgãos da administração pública. Os cidadãos estão elevados à condição de consumidores dos serviços públicos, com direito a acesso remoto, segurança e previsibilidade e com isso, diminuindo os riscos inerentes aos intercâmbios pessoais, degradando riscos e custos.
A publicidade registral exige a u#lização de meios instrumentais vocacionados e estruturalmente orientados para proporcionar a comunicação do usuário com o Registro de Imóveis e o conhecimento das situações registrais decorrentes.
Suporte legal
• Lei 11.977, de 7 de julho de 2009; • Provimento da Corregedoria Geral da Jus`ça; • (Em São Paulo a CGJ editou os Provimentos CG 42/2012 e CG
11/2013 disciplinando o funcionamento do Registro Eletrônico de Imóveis em todo o Estado.
• Ato da Corregedoria Nacional de Jus`ça.
Limites do Registro Eletrônico
• Até que avanços tecnológicos sobrevenham, a escrituração APENAS em meio eletrônico, sem impressão em papel, restringe-‐se aos indicadores reais e pessoais, controle de Etulos contraditórios, cer#dões e informações registrais.
• Manutenção dos Livros 2 e 3 no suporte papel.
PLATAFORMA ÚNICA DE FUNCIONAMENTO
• Os serviços devem ser prestados por meio de plataforma única na Internet.
• 1º -‐ O Registro Imóveis brasileiro é uno. O que é fracionada é a sua prestação nas diversas unidades de serviço.
• 2º -‐ O usuário – público ou privado – não pode ser obrigado a ingressar em diferentes ambientes para acessar o mesmo serviço público.
PLATAFORMA DE FUNCIONAMENTO
• O serviço será prestado por meio de plataforma única na Internet que funcionará no Portal da Central de Serviços Eletrônicos Compar`lhados dos Registradores de Imóveis (Central Registradores de Imóveis) desenvolvido, operado e administrado pela ARISP com a cooperação do IRIB.
Suporte Legal
Reflexão:
Computadores e softwares não fazem
funcionar ou fracassar o Registro de
Imóveis. O elemento chave é o
resultado da equação “pessoas +
princípios jurídicos”.
Muito obrigado! Flauzilino Araújo dos Santos [email protected]