a carga burocrática da política brasileira para Água mineral - estudo de.pdf
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A Carga Burocrtica da Poltica Brasileira para gua Mineral - Estudo deCaso: Estado do Rio de Janeiro
Gelogo Dr. Lucio Carramillo Caetano1; Geloga Professora Dra. Sueli Yoshinaga Pereira2
Resumo- A participao da Unio, em diversas etapas do processo burocrtico para a legalizao
da indstria de gua mineral, desencadeia uma srie de pr requisitos entre diplomas da Unio, doEstado e do Municpio que geram a superposio de poderes culminando com entraves na conduo
processual, muitas vezes, dificultando todo um investimento no setor industrial de gua mineral, o
que causa srios prejuzos s empresas.
No estado do Rio de Janeiro, ainda hoje, so constatadas, por esta pesquisa, 20 (vinte) etapas
necessrias para a legalizao de uma indstria de gua mineral, no contexto Federal, Estadual e
Municipal, incapazes, no entanto, de solucionar os conflitos.
Abstract- The participation of the Federal government in several stages of the bureaucratic process
of mineral water industry legalization attracts a series of pre-requirements among the Federal, the
State and the Municipal diplomas generating the overlap of powers, which culminate with
impediments in the procedural conduction. It often hinders an entire investment in the mineral water
industry, causing serious damages to the companies.
In the State of Rio de Janeiro there were evidenced twenty necessary stages among the three
governmental levels for the legalization of an industry of mineral water, yet unable of solving the
conflicts.
Palavras-Chave- guas Minerais - Legislao Mineral - Poltica Mineral
1 INTRODUOCom base na anlise da evoluo da poltica e administrao do setor de guas minerais
brasileiro, partindo-se das alteraes do comportamento da sociedade brasileira refletidas a cada
Constituio, no Cdigo de guas Minerais (1945) e Cdigo de Minerao (1967), pretende-se
oferecer sociedade uma nova proposta de poltica e administrao da gua mineral no Brasil,
especificamente, no estado do Rio de Janeiro, cuja base a redemocratizao do pas, refletida na
Constituio Federal de 1988.
19 Distrito do Departamento Nacional de Produo Mineral - Av. Nilo Peanha, 50/709 - Rio de Janeiro - RJ - (21) 22156376 [email protected];2Instituto de Geocincias da Universidade Estadual de Campinas - Cidade Universitria Zeferino Vaz - Campinas - SP - (19) 37884698 [email protected]
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Assim, neste trabalho sero descritos: o processo burocrtico atual, os conflitos decorrentes deste
processo e a nova proposta de poltica e administrao para a gua mineral, no estado do Rio de
Janeiro.
2 O PROCESSO BUROCRTICO ATUALA seguir sero descritos etapa por etapa, do processo burocrtico atual, para legalizao de
uma indstria de gua mineral no Estado do Rio de Janeiro.
O atual processo burocrtico mistura o velho com o novo.
Considera-se velho toda a base legal, proveniente de perodos autoritrios da poca do primeiro
perodo de Vargas (1930 a 1945) e da ditadura militar (1964 a 1985).
Assim, dentro da categoria velho esto o Cdigo de guas Minerais, elaborado sob a gide da
Constituio Federal de 1937 e o Cdigo de Minerao, elaborado sob a gide da ConstituioFederal de 1967.
Considera-se novo, toda a base legal ps Constituio de 1988, ou seja, a partir do perodo da
redemocratizao do pas, quando foi possvel a descentralizao do poder e a ampliao da
participao social, na tomada de diversas decises.
2.1 Etapa 1: Unio - DNPM - do Pedido de Pesquisa at a Autorizao de Pesquisa3
A partir do Cdigo de Minas de 1940, o critrio para obteno do direito de pesquisa passou aser o ditado pela prioridade protocolar. Significa que, estando correta a documentao exigida pelo
DNPM, o alvar de pesquisa sair para o primeiro que der entrada no protocolo desse rgo.
Os documentos necessrios nessa fase so:
Preenchimento do formulrio de requerimento de pesquisa (via internet);
Planta de Situao com a locao da rea amarrada a ponto inconfundvel do terreno;
Memorial descritivo (via internet);
Carteira de identidade ou Contrato social da empresa; Plano de Pesquisa;
Comprovante de pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) do tcnico
responsvel pelo plano de pesquisa e pela planta de situao e
Comprovante de pagamento dos emolumentos.
Esse conjunto de documentos ser protocolado na sede do Distrito do DNPM de abrangncia da
rea de interesse e receber um carimbo eletrnico que registrar, atravs de uma numerao
3base legal: Cdigo de Minerao de 1967, alterado pela Lei 9.314 de 18111996.
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especfica, o local de entrada, a data e a hora. Esse nmero acompanhar o processo at a sua fase
final.
O conjunto de documentos, que recebe o nome de requerimento de pesquisa, aps ser
devidamente cadastrado pelo protocolo, ser encaminhado ao Controle de reas onde ser
verificada a liberalidade da rea de interesse. Caso a rea no esteja livre, o processo serindeferido. Caso a rea esteja livre, ser feita uma vistoria no local com a finalidade de que seja
examinada, localmente, o grau de risco da rea, em relao a atividades potencialmente
contaminantes4.
Caso a rea esteja livre e o local no seja considerado de elevado risco, o requerimento ser
encaminhado ao setor competente para anlise do plano de pesquisa. Um gelogo ou engenheiro de
minas ser responsvel pela anlise. Nessa fase, o processo poder cair em exigncia, para melhoria
da qualidade dos dados tcnicos apresentados ou mesmo, para garantias de que a legislaominerria ser seguida5, atravs de declaraes de que o interessado est ciente dos compromissos
legais e tcnicos, impostos pela legislao em vigor.
Cumpridas as exigncias, o plano de pesquisa ser considerado satisfatrio o que possibilitar o
deferimento do requerimento de pesquisa.
Dessa forma, o interessado obtm a autorizao de pesquisa atravs de um Alvar que ter a
durao de 2 anos, podendo ser renovado por at mais 2 anos. Esse Alvar receber um nmero e o
prazo de vigncia ser contado a partir da data de sua publicao no Dirio Oficial da Unio.
O prazo mdio de anlise de um requerimento de pesquisa de 1 a 3 meses. Porm qualquer
problema que venha a apresentar o processo durante esse perodo, tais como: interferncia de reas,
localizao considerada de alta vulnerabilidade ou exigncias, poder provocar um atraso que pode
corresponder a uma ampliao no prazo de liberao, de at 8 meses.
2.2 Etapa 2: Estado FEEMA - Licena Prvia (LP)6
Como o aproveitamento da gua mineral uma atividade que interfere no meio ambiente, ointeressado, por fora da legislao ambiental, dever, imediatamente aps a emisso do alvar de
pesquisa, solicitar ao rgo Ambiental estadual a Licena Prvia (LP).
4Essa atitude no contemplada por qualquer artigo da legislao nem por qualquer instruo normativa interna dorgo.5Essa atitude no est contemplada em qualquer artigo da legislao nem por qualquer instruo normativa do rgo6
base legal: Resoluo CONAMA 9 de 06121990, Deliberao CECA 2.728 de 25081992 (IT-1831-R-2) eDeliberao CECA n 3.055 de 14121993 (DZ-1836-R-2).
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A Licena Prvia expedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento com a
finalidade de autorizar a sua localizao, com base nos planos federais, estaduais e municipais de
uso do solo, estabelecendo os requisitos a serem cumpridos nas fases de implantao e operao.
Com essa finalidade, so providenciados os seguintes trabalhos, documentos e informaes:
1) Formulrio de requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;2) Cpia dos documentos de identidade e CPF do representante legal e do responsvel tcnico
habilitado, quando houver;
3) Ata da eleio da ltima diretoria, quando se tratar de Sociedade Annima, ou contrato social
registrado no caso de sociedade por cotas de responsabilidade limitada.;
4) Comprovante de recolhimento do custo da licena requerida;
5) Cpia do assentimento da Prefeitura Municipal, com enquadramento da atividade minerria no
zoneamento municipal
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;6) Cpia do Alvar de Pesquisa emitido pelo DNPM;
7) Formulrio de Cadastro Simplificado preenchido e assinado;
8) Caractersticas gerais, destinao final, escala de produo prevista dos equipamentos a serem
utilizados,
9) Descrio da tecnologia utilizada na extrao bem como os equipamentos previstos;
10) Descrio do local da atividade (topografia, cobertura vegetal, corpos dgua, sistema virio,
Unidades de Conservao da Natureza e demais reas de preservao permanente);
11) Planta da rea em escala de 1:50.000 com as mesmas informaes do item anterior;
12) Planta planialtimtrica, preferivelmente em escala 1:10.000 (quando possvel), contendo os
seguintes elementos, assinalados num raio de 500m em rea urbana e de 1.000m em rea rural:
a) Indicao da direo Norte;
b) Indicao das coordenadas UTM;
c) Localizao do terreno em relao ao seu logradouro, indicando as vias de acesso
principais, todas devidamente denominadas;
d) Indicar a localizao, bem como informar os nomes e usos dos corpos dgua (rios,
lagos, baas, etc.) localizados a jusante e a montante da rea pretendida;
e) Cobertura vegetal;
f) Edificaes e obras de arte existentes;
g) reas de preservao permanente e
h) Usos estabelecidos, pela comunidade, dos recursos naturais e do solo.
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Apesar da legislao mineral descartar a necessidade de autorizao prvia municipal, a legislao ambiental exigepara a liberao de um possvel futuro empreendimento, que o interessado possua a licena da prefeitura municipal.
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Esses documentos so protocolados no rgo Ambiental estadual onde sero datados e numerados.
Aps o cadastramento dos dados, o processo encaminhado ao corpo tcnico, normalmente,
formado por engenheiros qumicos, qumicos, agrnomos, engenheiros florestais, gegrafos,
bilogos e, raramente, gelogos e, mais raramente ainda, engenheiros de minas, que iro proceder
anlise e vistoria da rea.Esse processo pode demorar de meses a alguns anos para o seu deferimento. Em muitos casos, no
estado do Rio de Janeiro, decorrem 3 anos e a Licena Prvia ainda no foi expedida. Por esse
motivo, raramente essa licena solicitada, pois antes mesmo dela ser emitida, o interessado j est
necessitando da Licena de Instalao ou de Operao.
Seu prazo de vigncia no mximo de 5 anos.
2.3 Etapa 3: Unio DNPM - Relatrio Final de Pesquisa e a Classificao da gua8
Aps a publicao do Alvar de Pesquisa, o interessado passa da fase de projetos, para a fase
de execuo. Dessa forma, so feitos diversos levantamentos bibliogrficos e de campo. Entre estes
se destacam: levantamento bibliogrfico da geologia regional e local, levantamento aero-
fotomtrico, levantamento climtico dos ltimos 30 anos, levantamento plani-altimtrico da rea,
levantamento das nascentes, crregos e lagos, levantamento do uso e aproveitamento do solo e
levantamento geolgico. Esses levantamentos so de fundamental importncia para a elaborao do
relatrio final de pesquisa. A definio correta do balano hdrico, da geologia e hidrogeologia, bem
como os trabalhos de medio de vazo e da qualidade da gua, sero definitivos para o melhoraproveitamento da jazida. Ao final de todos os levantamentos, o gelogo ou engenheiro de minas
responsvel pelos trabalhos, ter condies de apresentar um relatrio que contemple:
1) Um balano hdrico demonstrando se h ou no a possibilidade de dficit hdrico na rea ou na
regio;
2) A disponibilidade de gua mineral para o futuro empreendimento;
3) A qualidade dessa gua, j expressando uma possvel idia de sua futura classificao;
4) Um mapa plani-altimtrico;5) Um mapa geolgico;
6) Um mapa hidrogeolgico;
7) Um mapa de vulnerabilidade;
8) Um mapa do fluxo da gua subterrnea;
9) Um mapa da rea de proteo da fonte;
8Base legal: Cdigo de Minerao de 1967, Cdigo de guas Minerais de 1945, Portaria 222 do DNPM de 1997 e
Portaria 231 do DNPM de 1998
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10) O projeto de construo da casa de proteo;
11) Plantas com a casa de proteo da fonte e a cerca de proteo;
12) Planilhas de teste de bombeamento (vazo e recuperao);
13) Grficos interpretativos do teste de bombeamento;
14) Fotos das vrias etapas do trabalho e15) Texto com a descrio da geologia regional, geologia local, aspectos climticos, aspectos
hidrolgicos, aspectos hidrodinmicos, com as respectivas planilhas, aspectos hidroqumicos, com
os respectivos diagramas, vazes e concluses sobre a viabilidade econmica da rea.
Alm desses trabalhos, alguns outros, complementares, podero ser necessrios, tais como:
levantamento geofsico, com a inteno de melhor locar o poo e o projeto construtivo do poo.
A partir da construo do poo ou da surgncia, diversos dados so disponibilizados.
A vazo da surgncia ou poo e a qualidade da gua so definidas a partir de testes de vazo (oubombeamento, quando poo) e de anlises qumicas.
Para melhor garantia dos dados obtidos, recomenda-se, pelo menos, a realizao de duas anlises
qumicas completas, com a finalidade de verificao da manuteno das caractersticas da gua da
fonte ou do poo. Caso sejam realizadas apenas duas anlises, indica-se que uma deva ser realizada
no perodo das chuvas e a outra no perodo da seca. Em se tratando de surgncia, a vazo tambm
deve ser medida pelo menos duas vezes no ano, seguindo o mesmo critrio da anlise qumica
(perodo de chuva e de seca).
nessa fase tambm que deve ser definido o permetro de proteo da fonte. Esse trabalho,
incorporado atravs da Portaria do Diretor Geral do DNPM n 231, de 1998, tem por objetivo
definir trs zonas, so elas: zona de influncia (ZI), zona de contribuio (ZC) e zona de transporte
(ZT).
A zona de influncia (ZI), segundo a Portaria 23198, aquela associada ao cone de depresso
(rebaixamento da superfcie potenciomtrica) de um poo em bombeamento ou de uma fonte ou
nascente natural, considerado aqui como um afloramento da superfcie piezomtrica ou fretica,
equivalente a um dreno.
A zona de contribuio (ZC), a rea de recarga associada ao ponto de captao (fonte ou
poo), delimitada pelas linhas de fluxo que convergem a este ponto.
A zona de transporte (ZT) ou de captura, aquela entre a rea de recarga e o ponto de captao.
Delimitada essas trs zonas, ser entregue ao DNPM um mapa com a delimitao de cada uma,
acompanhado de texto explicativo e um memorial descritivo.
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O relatrio do permetro de proteo da fonte ser analisado e verificado no campo por gelogo ou
engenheiro de minas do DNPM que, se necessrio, far exigncias para a melhor definio das
zonas delimitadas.
Aps a protocolizao do relatrio final de pesquisa, o tempo necessrio para sua anlise, vistoria
in loco, e aprovao pode variar entre 6 meses e 18 meses. Esse tempo estar condicionado a trsfatores: 1) disponibilidade de equipe tcnica especializada do DNPM; 2) qualidade do relatrio de
pesquisa apresentado e 3) tempo do laudo da CPRM para caracterizao da qualidade da gua.
O Distrito Regional do DNPM encaminha o processo sede do DNPM (em Braslia) com a
sugesto de aprovao do relatrio de pesquisa.
O processo, na Sede, ser encaminhado a um tcnico especializado que far a re-anlise do
relatrio.
Inmeros so os casos em que o tcnico verificador da Sede do DNPM no concorda com a anliseelaborada pelo tcnico do Distrito, devolvendo o processo, com uma lista de exigncias que devero
ser encaminhadas ao interessado para cumprimento.
Esse fato impe, sem dvida, um atraso no andamento do processo.
Numa situao como essa, no h como definir um prazo para a aprovao do relatrio de pesquisa.
2.4 - Etapa 4: Unio DNPM - Cesso de DireitosAps a aprovao do Relatrio de Pesquisa, o interessado tem 1 ano para requerer a lavra e,
durante esse perodo, ele dever providenciar a cesso de direitos para uma pessoa jurdica.Como no existe mais a necessidade de criao de uma empresa de minerao para este fim, o
processo de cesso de direitos bastante rpido e simplificado.
Os documentos necessrios so:
1) Contrato Social da Empresa;
2) CNPJ e
3) Contrato de Cesso de Direitos.
A anlise da Cesso de Direitos feita pelo Distrito que encaminha a documentao, apsconferncia, para a Sede do DNPM, em Braslia, que providencia o seu registro e a publicao do
despacho no Dirio Oficial da Unio.
Aps a publicao do despacho, o interessado, agora pessoa jurdica, estar apto a solicitar a Lavra.
O prazo para anlise e despacho , normalmente, de algumas semanas at, no mximo, uns 2 meses.
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2.5 - Etapa 5: Estado Registro no Departamento de Recursos Minerais
Desde 1994, as empresas que exercem a extrao, aproveitamento ou beneficiamento de
recursos minerais no territrio e plataforma continental do Estado do Rio de Janeiro, so obrigadas
a possuir o Certificado de Registro Mineral, junto ao DRM-RJ.
Esse documento pr-requisito para que as empresas obtenham sua inscrio no cadastro de
contribuintes do Estado, junto Secretaria de Estado da Receita, ou solicitem a licena ambiental,
junto Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FEEMA.
Em 1997, a partir de delegao da Comisso Estadual de Controle Ambiental - CECA, o DRM-RJ
passou a exercer a fiscalizao, em nome da CECA, das normas de controle ambiental, referentes
extrao de recursos minerais, atuando em conjunto com os demais rgos tcnicos da rea de meio
ambiente (FEEMA, IEF e SERLA).O pedido de registro deve ser dirigido ao Presidente do DRM-RJ e instrudo, com cpias da
seguinte documentao, em duas vias:
2) Instrumento de constituio da sociedade ou declarao de firma individual, com arquivamento
ou registro na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, JUCERJ;
3) Carto de inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica CNPJ, emitido pela Secretaria da
Receita Federal SRF/MF;
4) Carto de inscrio no Cadastro de Contribuintes do ICMS, emitido pela Secretaria de Estado da
Receita;
5) Prova do exerccio da atividade minerria, emitido pelo Departamento Nacional da Produo
Mineral DNPM/MME, no caso de extrao mineral;
6) Mapa topogrfico mostrando a localizao do empreendimento, preferencialmente sobre base
oficial (IBGE ou DSG), na escala 1: 50.000;
7) Alvar do estabelecimento comercial, emitido pela Prefeitura Municipal;
8) Comprovante do recolhimento da Taxa de Servios Estaduais no Fazendrios.
O Certificado de Registro Mineral que vlido por 12 (doze) meses, a contar da data de sua
assinatura pelo Presidente do DRM-RJ, normalmente fornecido, entre 7 e 15 dias, aps a
protocolizao do pedido.
Sua renovao deve ser solicitada at 60 (sessenta) dias, aps o vencimento.
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2.6 - Etapa 6: Estado FEEMA - Licena de Instalao (LI)A Licena de Instalao autoriza o incio da implantao do empreendimento, de acordo com
as especificaes do projeto de engenharia, cujo grau de detalhamento deve ser o necessrio para
que possa ser julgado, e especifica os requisitos ambientais a serem seguidos nessa fase.
Os documentos necessrios solicitao da LI so:1) Formulrio de requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;
2) Cpia dos documentos de identidade e CPF do representante legal e do responsvel tcnico
habilitado, quando houver;
3) Ata da eleio da ltima diretoria, quando se tratar de Sociedade Annima, ou contrato social
registrado, no caso de sociedade por cotas de responsabilidade limitada.;
4) Comprovante de recolhimento do custo da licena requerida;
5) Cpia do assentimento da Prefeitura Municipal, com enquadramento da atividade minerria no
zoneamento municipal9;
6) Cpia do Alvar de Pesquisa emitido pelo DNPM;
7) Cpia do comprovante de Registro, da empresa no DRM;
8) Formulrio de Cadastro Industrial e seus anexos preenchidos e assinados;
9) Caractersticas gerais, destinao final, escala de produo prevista dos equipamentos a serem
utilizados,
10) Descrio da tecnologia utilizada na extrao, bem como os equipamentos previstos;
11) Descrio do local da atividade (topografia, cobertura vegetal, corpos dgua, sistema virio,
Unidades de Conservao da Natureza e demais reas de preservao permanente);
12) Planta da rea em escala de 1:50.000 com as mesmas informaes do item anterior;
13) Planta planialtimtrica, preferivelmente em escala 1:10.000 (quando possvel), contendo os
seguintes elementos, assinalados num raio de 500m, em rea urbana, e de 1.000m, em rea rural:
a) Indicao da direo Norte;
b) Indicao das coordenadas UTM;
c) Localizao do terreno, em relao ao seu logradouro, indicando as vias de acesso
principais, todas devidamente denominadas;
d) Indicar a localizao, bem como informar os nomes e usos dos corpos dgua (rios,
lagos, baas, etc.) localizados a jusante e a montante da rea pretendida;
e) Cobertura vegetal;
f) Edificaes e obras de arte existentes;
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Apesar da legislao mineral descartar a necessidade de autorizao prvia municipal, a legislao ambiental exigepara a liberao de um possvel futuro empreendimento, que o interessado possua a licena da prefeitura municipal.
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g) reas de preservao permanente e
h) Usos estabelecidos, pela comunidade, dos recursos naturais e do solo.
14) Fluxograma dos processos de extrao e operao indicando os pontos de gerao de resduos
slidos, lquidos e gasosos;
15) Cpia da comunicao do DNPM, julgando satisfatrio o Plano de Aproveitamento Econmico(PAE);
16) Parecer tcnico do IBAMA no caso de remoo de cobertura vegetal;
17) Descrio detalhada da tecnologia de extrao a ser adotada e dos equipamentos a serem
utilizados (marca, tipo, capacidade, acionamento e funo) e
18) Planta da rea de extrao, em escala mnima de 1:10.000, onde devero estar assinalados a rea
do projeto delimitada por poligonal de amarrao com, no mnimo, um de seus vrtices associado a
pontos fixos do terreno.Esses documentos so protocolados no rgo Ambiental estadual onde sero datados e numerados.
Como ocorre com a LP, aps o cadastramento dos dados, o requerimento encaminhado ao corpo
tcnico que ir proceder a anlise.
Da mesma forma que a LP, esse processo pode demorar de meses a anos para o seu deferimento.
Seu prazo de vigncia no mximo de 5 anos.
2.7 Etapa 7: Estado Reunio da CECA - Licena de Instalao (LI)A Comisso Estadual de Controle Ambiental (CECA) um rgo colegiado, diretamente
vinculado ao Secretrio de Estado de Meio Ambiente, a quem compete a coordenao, a superviso
e o controle da utilizao racional do meio ambiente no Estado.
As competncias e atribuies da CECA foram especificadas no Decreto-Lei n 134, de 15 Junho de
1975, que dispe sobre a Preservao e o Controle da Poluio do Meio Ambiente no Estado do Rio
de Janeiro, e d outras providncias.
Devido a sucessivas reestruturaes da administrao estadual, a vinculao da CECA passou da
Secretaria de Estado de Obras e Servios Pblicos, para a Secretaria de Estado de Obras e Meio
Ambiente, em 1983, e para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, em 1987.
A partir de 1995, foram criadas, na CECA, duas Cmaras: a de Normatizao e a de Licenciamento
e Fiscalizao.
Compete Cmara de Normatizao :
o implementar, mediante regulamentao, representada por Deliberaes pblicas no Dirio
Oficial do Estado do Rio de Janeiro, as diretrizes gerais e especficas da Poltica Estadual de
Controle Ambiental;
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o baixar, as instrues, normas, diretrizes e outros atos complementares necessrios ao
perfeito funcionamento do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP;
o deliberar sobre matrias que lhe sejam submetidas por seu Presidente.
Compete a Cmara de Licenciamento e Fiscalizao:
o
determinar a expedio das licenas ambientais, estabelecidas suas condicionantes erestries ou denegar os requerimentos de licena;
o aplicar as penalidades cabveis aos infratores da legislao de controle ambiental, mediante
apreciao dos Autos de Constatao lavradas pelos rgos fiscalizadores;
o dar soluo final aos processos de licenciamento ambiental para os quais tenham sido
convocadas audincias pblicas.
pela Cmara de Licenciamento e Fiscalizao que passa o processo antes da liberao das
licenas ambientais.Normalmente, o tempo necessrio para a liberao de um processo, na CECA, de 15 a 30 dias,
no mais que isso.
Na CECA, o processo ser apreciado rapidamente por uma comisso formada por tcnicos do
DRM, IEF, FEEMA e SERLA.
Se, no entanto, houver questionamento de qualquer um dos representantes que fazem parte da
Comisso, o processo ser encaminhado ao rgo representado pelo questionador, onde ser
analisado e, provavelmente, entrar em exigncia.
Nesse caso, no ser possvel prever o tempo que o processo poder ficar retido no rgo de origem
(FEEMA), pois depender de diversos fatores burocrticos e tcnicos.
De qualquer forma, j houve caso em que a autorizao da licena foi adiada por mais de 1 ano.
De acordo com a legislao, o Presidente da CECA passou a ser o Secretrio de Estado de Meio
Ambiente que, nesta qualidade, preside a Cmara de Normatizao.
J a Cmara de Licenciamento e Fiscalizao presidida pelo Subsecretrio de Meio Ambiente uma
vez que das decises tomadas por essa Cmara, cabe recurso ao Secretrio de Estado de Meio
Ambiente. A parte administrativa da CECA dirigida pelo Secretrio Executivo que, entre suas
atribuies, deve fazer cumprir as determinaes emanadas das decises das Cmaras.
A composio e a organizao da CECA est definida no seu Regimento Interno, aprovado e
baixado pelo Secretrio de Estado de Meio Ambiente.
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2.8 - Etapa 8: Unio - DNPM Pedido de Lavra10Aps a aprovao do Relatrio Final de Pesquisa e da Cesso de Direitos, o interessado, agora
pessoa jurdica, d entrada no protocolo do DNPM com o pedido de lavra.
Os documentos necessrios so:
1) Cpia do Contrato Social;2) Cpia do CNPJ;
3) Atestado de Capacidade Financeira;
4) Plano de Aproveitamento Econmico (PAE), com o respectivo cronograma de instalao,
assinado por um engenheiro de minas;
5) Comprovante do pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica do profissional
responsvel pelo PAE;
6) Planta de situao, em escala adequada, assinada por profissional competente;
7) Planta baixa do Galpo Industrial, com toda a parte hidrulica, eltrica, de higiene, de segurana
no trabalho, assinada por profissionais competentes;
8) Comprovante do pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica dos profissionais
responsveis pela planta baixa do galpo;
9) Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);
10) Plano de Resgate e Salvamento;
11) Plano de Fechamento de Mina (PF);
12) Plano de Controle Ambiental (PCA);
13) Comprovante do pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica dos profissionais
responsveis pelos Programas de Gerenciamento de Riscos, Plano de Resgate e Salvamento, Plano
de Fechamento de Mina e Plano de Controle Ambiental e
14) Licena de Instalao (LI) o DNPM envia ao interessado um ofcio, comunicando que julgou
satisfatrio o Plano de Aproveitamento Econmico que dever ser encaminhado FEEMA pelo
prprio para complementao do processo de emisso da LI.
Apesar da necessidade do envolvimento de diversos profissionais especializados, tais como:
engenheiro de minas, engenheiro civil, engenheiro de segurana, entre outros que so obrigados a
comprovarem atravs do pagamento das respectivas ART, a responsabilidade por cada um dos
trabalhos apresentados, esses projetos sero analisados apenas por um profissional da rea de
engenharia de minas no DNPM.
10Base legal: Cdigo de Minerao de 1967, Cdigo de guas Minerais de 1945, Portaria 222 do DNPM de 1997,
Portaria 231 do DNPM de 1998 e Portaria 237 do DNPM de 2001.
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A especificidade da indstria de gua mineral, como j foi tratada nesse captulo, impe a
participao de profissional especializado na rea de alimentos.
Alguns documentos exigidos nessa fase, pelo DNPM, fogem prpria legislao mineral, tais
como: o Plano de Controle Ambiental. Esse plano especfico para a rea de meio ambiente e foi
apresentado ao rgo competente para sua anlise. Dessa forma, a exigncia de apresentao desseplano, por parte do DNPM, gera um conflito de poderes com o rgo ambiental estadual.
O prprio Plano de Resgate e Salvamento tambm um documento que se torna duplicata. Para
legalizao da indstria junto ao Corpo de Bombeiros, um documento semelhante a esse j foi
apresentado e analisado por uma equipe especializada no assunto.
A necessidade de especialistas multidisciplinares comprova que o engenheiro de minas no o
profissional mais adequado para a implantao da indstria. O prprio DNPM apesar de utilizar
apenas engenheiros de minas nas anlises dos projetos apresentados, exige a assinatura deprofissionais de outras categorias.
interessante que se repense a necessidade do profissional da rea de engenharia de minas para os
projetos de implantao de uma indstria de gua mineral. Uma reunio com o Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia seria necessria para esclarecer os limites de competncias
desses profissionais.
2.9 - Etapa 9: Unio Aprovao do Rtulo11
Aps a publicao da Concesso de Lavra, o interessado encaminha o rtulo ao DNPM paraanlise.
O rtulo tem que ser encaminhado em tamanho natural (definitivo), colorido e com os dizeres
determinados pela Portaria MME 470, de 1999.
Apesar de ser bastante detalhada, essa portaria no inclui as determinaes na legislao constante
do Ministrio da Sade e do INMETRO.
De posse da publicao no DOU da aprovao do rtulo, o interessado, dirige-se ento, para a
Secretaria de Estado de Sade, para providenciar o Registro de sua indstria no Ministrio daSade.
2.10 - Etapa 10: Estado - Alvar do Corpo de Bombeiros12O Decreto 897/76 - Aprova o COSCIP Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, que determina que as edificaes e
11
Base legal: Cdigo de guas Minerais de 1945 e Portaria 470 do MME de 1990.12Base legal Decreto 897 de 1976
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estabelecimentos devero estar aprovados pelo referido rgo, antes da habitao ou da entrada em
funcionamento.
Para se obter o Habite-se e do Alvar de funcionamento, emitido pelo Corpo de Bombeiros, so
necessrios os seguintes trabalhos, documentos e informaes:
1 Elaborao do conjunto completo das plantas de arquitetura, conforme determinao do Corpode Bombeiros;
2 Sobre as plantas de arquitetura, a empresa de projeto credenciada pelo Corpo de Bombeiros,
projetar o sistema preventivo contra incndio e pnico.
3 Preencher formulrio prprio do Corpo de Bombeiros;
4 - Anexar cpia autenticada da escritura ou contrato de locao;
5 - Anexar cpia autenticada da carteira de identidade e CPF do representante da edificao ou da
empresa;6 Anexar cpia autenticada do estatuto ou contrato social da empresa;
7 Anexar cpia da identidade do engenheiro de segurana credenciado pelo Corpo de Bombeiros
e cpia da carteira de credenciamento no Corpo de Bombeiros da empresa contratada;
8 Anexar original da ART, quitada,do tcnico responsvel pelo trabalho;
9 Anexar original da taxa, quitada, ao Corpo de Bombeiros.
Aps da protocolizao desses documentos no Corpo de Bombeiros, aguarda-se uma vistoria de
equipe prpria do Corpo de Bombeiros que inspecionar o local e far exigncias para o
enquadramento da indstria dentro das normas.
Cumpridas as exigncias, solicitada uma nova vistoria, com a finalidade de verificao das obras e
alteraes das instalaes, com a finalidade de que seja emitido o Certificado de Aprovao.
Esses documentos podem ser expedidos num perodo que varia de meses a anos. No h qualquer
imposio da lei em relao ao tempo de estudo e verificao que o Corpo de Bombeiros leva para
o exame do processo.
Um dos grandes problemas, em relao ao trabalho voltado para a autorizao de funcionamento
fornecida pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que tanto a empresa quanto o profissional
que executar a obra e o servio precisam ser credenciados por esta Instituio. Reduz-se, dessa
forma, o nmero de tcnicos e empresas disponveis no mercado.
2.11 - Etapa 11: Municpio Boletim de Ocupao e Funcionamento (BOF)Para a obteno dos: Alvar de Localizao da Prefeitura Municipal e do Registro no
Ministrio da Sade, necessrio que o interessado tenha adquirido o Boletim de Ocupao e
Funcionamento.
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Esse documento refere-se ao laudo de inspeo elaborado por tcnicos da Secretaria Municipal de
Sade.
Para obt-lo, o interessado deve preencher uma guia fornecida pela Sade Municipal, pagar uma
taxa e dar entrada com essa documentao, no SUS.
Feito isso, aguarda a visita dos tcnicos da Sade Municipal para inspeo na indstria. Uma vezconsiderada apta, a indstria receber o BOF e poder, dessa forma, dar continuidade aos processos
na Secretaria de Obras (Alvar de Localizao) e protocolar o pedido de Registro na Secretaria de
Estado de Sade.
Esse documento pode demorar de meses a anos para ser fornecido. A maior dificuldade encontrar
tcnicos aptos a analisar uma indstria de gua mineral. Em diversos casos, o municpio solicita a
colaborao dos tcnicos da Vigilncia Sanitria Estadual para isso. Esses so os casos em que o
processo demora mais a sair.
2.12 - Etapa 12: Municpio Alvar de Localizao
Apesar do Cdigo de Minerao no exigir mais autorizao da prefeitura municipal para a
implantao de uma indstria extrativa mineral, a indstria s poder iniciar seu funcionamento, se
possuir o respectivo Alvar de Localizao da Prefeitura Municipal.
Assim, com base no Cdigo de Minerao, diversos interessados deixam de se preocupar com esse
documento, quando do incio da formulao do processo de legalizao no DNPM.
interessante ressaltar que, cabe Prefeitura Municipal, com base no zoneamento municipal e no
Plano Diretor Municipal, identificar o local permitido para a instalao de uma indstria.
Dessa forma importante que esse documento seja o primeiro a ser conquistado, pois dele
depender, alm da prpria autorizao municipal, a autorizao da Secretaria de Estado de Sade e
da FEEMA.
Para solicit-lo so necessrios os seguintes documentos:
1) Contrato Social da empresa;
2) CNPJ;3) Laudo do Corpo de Bombeiros;
4) Inscrio Estadual;
5) Comprovante de pagamento de taxas;
6) Identidade, CPF e Comprovante de Residncia dos Scios;
7) Comprovante de Propriedade do Solo, ou Contrato de Arrendamento (se no for o
proprietrio);
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8) Cpia do Boletim de Ocupao e Funcionamento (BOF), ou comprovante que a taxa do
BOF foi paga.
O Alvar de Localizao poder sair rapidamente, caso toda a documentao esteja completa. No
entanto, em muitos casos, a falta do Laudo do Corpo de Bombeiros ou de outro documento, poder
gerar grande demora na liberao desse importante documento. difcil prever o tempo de liberao, mas pode variar de algumas semanas at anos.
2.13 - Etapa 13: Estado/Unio Registro no Ministrio da Sade13Aps a obteno da Concesso de Lavra, o interessado na montagem de uma indstria de
gua mineral dirige-se Secretaria de Estado de Sade onde ir protocolar o pedido de Registro de
sua gua (um alimento), no Ministrio da Sade.
Os documentos necessrios so:1) Boletim de Ocupao e Funcionamento (BOF) e o Certificado de Inspeo Sanitria
(CIS) fornecidos pela Secretaria Municipal de Sade;
2) Preenchimento dos Formulrios de Petio 1 (FP1) e dos Formulrios de Petio 2 (FP2),
formulrios anexos s Resolues RDC 6, de 02 de janeiro de 2001 e da 23, de 15 de maro de
2000;
3) Cpia autenticada da publicao no DOU da Portaria de Lavra;
4) Cpia autenticada do laudo da gua, fornecido pelo LAMINCPRM;
5) Cpia autenticada do parecer, emitido pelo DNPM classificando a gua;
6) Cpia autenticada da publicao no DOU da aprovao do Rtulo;
7) Rtulos coloridos, em tamanho natural, com os dizeres de acordo com a Resoluo RDC
259 de 2002;
8) Cpia do Manual de Boas Prticas, elaborado por profissional competente;
9) Ficha de Cadastro da Empresa devidamente preenchida;
10) Comprovante de pagamento da taxa de fiscalizao sanitria ou declarao de isenta
caso a empresa esteja classificada como micro empresa.
Os documentos so, ento, analisados pelo setor de documentao. Considerados corretos, o
processo segue para o setor tcnico da Diviso de Alimentos da Vigilncia Sanitria que de posse
do Manual de Boas Prticas, dirige-se para o local e verifica in loco se a indstria est montada de
acordo com as normas da Sade.
Esse processo, estando bem instrudo pode demorar de 1 a 6 meses para ser liberado.
13Base legal: Decreto-lei 986 de 1969, Portaria 326 do MS de 1997, Resolues RDC 54 de 2000 e 275 de 2002.
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Caso a documentao no esteja completa ou a indstria apresente erros que necessitem de
alteraes que envolvam obras demoradas, o processo ficar retido, at a apresentao da
documentao, ou da realizao das obras.
S aps a documentao correta e as obras realizadas, o processo ser encaminhado para a
ANVISA, com a proposta de deferimento do pedido de Registro da indstria.A ANVISA, aps uma rpida reviso, prepara a documentao para a publicao do Registro no
Dirio Oficial da Unio.
A partir da publicao, a indstria estar apta pelo Ministrio da Sade a iniciar suas atividades.
Normalmente, o prazo desse Registro de 5 anos.
2.14 - Etapa 14: Estado Laudo do Laboratrio da FEEMA
A legislao da Sade, para guas de ingesto, estipula limites mximos para Antimnio,
Cianeto e Mercrio.
O laboratrio oficial do Governo Federal para gua mineral, LAMINCPRM, no entanto, por falta
de equipamentos adequados, no tem condies de elaborar tais anlises.
Dessa forma, o interessado na montagem de uma indstria de gua mineral, encaminha amostras da
gua que deseja envasar ao laboratrio da FEEMA onde, atravs do pagamento de uma taxa, e
preenchimento de uma guia, solicita a anlise dessas trs substncias.
Aps uns 15 (quinze) dias, o resultado est pronto.O interessado junta o resultado das anlises ao processo em estudo, na Secretaria de Estado de
Sade, que dar andamento anlise.
2.15 Etapa 15: Estado SERLA Outorga e CadastroCom a passagem da gesto da gua subterrnea para os Estados e promulgao da Lei 9.433,
de 1997, a utilizao da gua passa por uma nova poltica de controle.
O Estado do Rio de Janeiro, seguindo a orientao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos,
atravs da Lei 3.239 de 02 de agosto de 1999, institui a sua prpria poltica de gerenciamento dos
recursos hdricos.
A partir de 2000, a Fundao Superintendncia Estadual de Rios e Lagoas (SERLA), estabelece os
procedimentos tcnicos e administrativos para emisso de outorga de direito de uso da gua no
Estado.
Em 2003, com a promulgao da Lei Estadual 4.247 de 16 de dezembro, determina a cobrana pela
utilizao dos recursos hdricos no Estado.
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Assim, qualquer usurio de gua no Estado do Rio de Janeiro hoje, seja atravs de captao ou de
lanamento, necessita dispor de outorga, ou, pelo menos, do Cadastro Estadual de Usurio da gua
(CEUA).
Sem o Cadastro ou uma declarao de iseno de outorga, o interessado na montagem de uma
indstria mineral no estado do Rio de Janeiro, no conseguir obter a Licena Ambiental, ficando,dessa forma, inapto para iniciar suas atividades.
A SERLA exige que as indstrias de guas minerais sejam cadastradas, em relao captao da
gua mineral e solicitem outorga para o lanamento de efluentes nos corpos dgua.
Os documentos necessrios so:
1) Outorga para Lanamento:
a) Preenchimento dos formulrios adequados;
b) Comprovao de pagamento dos emolumentos;c) Cpia do Contrato Social e suas alteraes;
d) Cpia do CNPJ;
e) Cpia do Ttulo de propriedade do terreno;
f) Planta, na escala 1:50.000, do IBGE, com localizao geogrfica ou UTM do ponto de
lanamento, objeto do pedido de outorga, incluindo nome dos corpos hdricos e bacia hidrogrfica;
g) Vazo lanada (l/s);
h) Cpia da respectiva licena ambiental ou protocolo de abertura de processo;
i) Dados tcnicos do lanamento e
j) Fotos do local de tomadas de gua e do lanamento.
2) Cadastro da Captao:
a) Preenchimento do formulrio adequado e
b) Comprovao de pagamento dos emolumentos.
Caso a indstria possua outros pontos de captao de gua, que no sejam para industrializao de
gua mineral, dever solicitar outorga.
O cadastramento rpido e no requer, por enquanto, uma anlise dos dados para a sua aceitao.
J a outorga, um processo demorado que depende de um estudo mais profundo do corpo tcnico e
jurdico da SERLA e, por esse motivo, pode demorar de alguns meses a alguns anos para que a
solicitao seja deferida.
Como j foi dito, a FEEMA aguardar um desses documentos, ou uma declarao de iseno para
liberao da licena ambiental.
J a SERLA, caso o interessado ainda no tenha obtido da FEEMA a licena ambiental (LP, LI ou
LO), emitir a outorga de lanamento condicionada.
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2.16 - Etapa 16: Estado FEEMA - Licena de Operao (LO)A LO autoriza a operao ou utilizao do empreendimento, desde que respeitadas as
condies especificadas na licena. Essa etapa segue exatamente a mesma tramitao descrita na
Etapa 6. Tanto a parte burocrtica, como o estudo tcnico far-se-o como na solicitao da Licena
de Instalao, acrescentando a exigncia de apresentao da concesso de lavra, expedida pelo
DNPM.
Assim, apesar de repetitivo, segue abaixo a documentao necessria para a liberao da Licena de
Operao (LO).
1) Formulrio de requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;
2) Cpia dos documentos de identidade e CPF do representante legal e do responsvel tcnico
habilitado, quando houver;
3) Ata da eleio da ltima diretoria, quando se tratar de Sociedade Annima, ou contrato social
registrado no caso de sociedade, por cotas de responsabilidade limitada.;
4) Comprovante de recolhimento do custo da licena requerida;
5) Cpia do assentimento da Prefeitura Municipal, com enquadramento da atividade minerria no
zoneamento municipal14;
6) Cpia do Alvar de Pesquisa emitido pelo DNPM;
7) Cpia do Registro da empresa no DRM;8) Formulrio de Cadastro Industrial e seus anexos preenchidos e assinados;
9) Caractersticas gerais, destinao final, escala de produo prevista dos equipamentos a serem
utilizados,
10) Descrio da tecnologia utilizada na extrao, bem como os equipamentos previstos;
11) Descrio do local da atividade (topografia, cobertura vegetal, corpos dgua, sistema virio ,
Unidades de Conservao da Natureza e demais reas de preservao permanente);
12) Planta da rea, em escala de 1:50.000, com as mesmas informaes do item anterior;13) Planta planialtimtrica, preferivelmente em escala 1:10.000 (quando possvel), contendo os
seguintes elementos, assinalados num raio de 500m, em rea urbana e de 1.000m, em rea rural:
a) Indicao da direo Norte;
b) Indicao das coordenadas UTM;
14 Apesar da legislao mineral no exigir uma autorizao prvia municipal, a legislao ambiental exige para a
liberao de um possvel futuro empreendimento, que o interessado possua tanto a licena da prefeitura municipalquanto a autorizao do proprietrio do solo.
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c) Localizao do terreno, em relao ao seu logradouro, indicando as vias de acesso
principais, todas devidamente denominadas;
d) Indicar a localizao, bem como informar os nomes e usos dos corpos dgua (rios,
lagos, baas, etc.) localizados a jusante e a montante da rea pretendida;
e) Cobertura vegetal;f) Edificaes e obras de arte existentes;
g) reas de preservao permanente e
h) Usos estabelecidos, pela comunidade, dos recursos naturais e do solo.
14) Fluxograma dos processos de extrao e operao, indicando os pontos de gerao de resduos
slidos, lquidos e gasosos;
15) Cpia da Portaria de Lavra do MME ;
16) Parecer tcnico do IBAMA, no caso de remoo de cobertura vegetal;17) Descrio detalhada da tecnologia de extrao a ser adotada e dos equipamentos a serem
utilizados (marca, tipo, capacidade, acionamento e funo);
18) Planta da rea de extrao, em escala mnima de 1:10.000, onde devero estar assinalados a rea
do projeto delimitada por poligonal de amarrao com, no mnimo, um de seus vrtices associado a
pontos fixos do terreno e
19) Outorga da SERLA para a utilizao da gua e para o lanamento de efluentes.
A burocracia segue a mesma ordem dos pedidos de licenas anteriores (LP e LI). Esses
documentos so protocolados no rgo Ambiental estadual onde sero datados e numerados.
Aps o cadastramento dos dados, o processo encaminhado ao corpo tcnico, que ir proceder
anlise e vistoria da rea.
Esse processo pode demorar de meses a anos para o seu deferimento e seu prazo de vigncia no
mximo de 5 anos.
12.1.17 - Etapa 17: Estado Reunio da CECA Licena de Operao (LO)
Essa etapa segue exatamente a mesma situao descrita na Etapa 7.Por esse motivo, deixa-se de descrev-la, apenas lembrando que a liberao da Licena de Operao
depender do resultado da reunio que ocorrer na CECA, com a participao de representantes do
DRM, FEEMA, IEF e SERLA.
12.1.18 - Etapa 18: Unio Registro da Empresa no IBAMACom a promulgao da Lei 10.165 de 2000, que instituiu a Taxa de Controle e Fiscalizao
Ambiental (TCFA), os interessados em implantao de uma atividade considerada poluidora (tanto
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a minerao quanto a indstria de alimentos e bebidas so consideradas poluidoras), so obrigados a
pagar, trimestralmente, essa taxa.
Assim, aps a obteno da Licena de Operao, o Titular necessita fazer seu Cadastro no IBAMA.
Para isso, so necessrios os seguintes documentos:
1) Contrato Social e ltima alterao contratual;2) CNPJ;
3) Inscrio Estadual;
4) Alvar da Prefeitura Municipal;
5) Licena de Operao fornecida pela FEEMA;
6) CPF e documento de identidade dos scios e
7) Comprovante de residncia dos scios.
Como pode ser observado, mesmo j possuindo a Licena de Operao, que se subentende como odocumento que caracteriza a autorizao ambiental para o funcionamento da indstria, h a
necessidade de que o prprio empresrio faa seu Cadastro no IBAMA, apenas com a finalidade de
efetuar o pagamento da Taxa de Controle e Fiscalizao Ambiental, trabalho esse, j executado pela
FEEMA.
Para isso, como foi visto, so apresentados documentos j encaminhados a tantos outros rgos,
inclusive ao rgo Ambiental Estadual (FEEMA) que tem, por fora de legislaes federais e
estaduais, a competncia de analisar o Plano de Controle Ambiental, autorizar, fiscalizar e
acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos executados na indstria.
Assim, aps a realizao do Cadastramento, que feita pela INTERNET, diretamente na pgina do
IBAMA, a empresa imprime o boleto bancrio para pagamento da referida taxa.
A partir desse momento, alm do pagamento da taxa, a empresa se obriga a apresentar, anualmente,
um relatrio das atividades ao IBAMA.
importante esclarecer mais uma vez que o IBAMA no analisa o PCA, nem sequer o exige para o
cadastramento da Empresa. Essa funo fica a cargo do rgo Ambiental Estadual.
No se pode dizer que houve perda de competncia do Estado, pois no houve qualquer alterao na
legislao, retirando competncia de uma esfera para outra. Ocorreu sim, a criao de mais uma
taxa e, conseqentemente, uma nova etapa burocrtica.
12.1.19 Etapa 19: Unio/Estado- Registro da Empresa no CREAAs empresas que exercem a extrao mineral no pas esto sujeitas fiscalizao do Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) de sua regio.
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Uma indstria de gua mineral bem como um balnerio, que so consideradas mineraes, para que
possam exercer suas atividades, deve possuir o registro no CREA, tanto da empresa quanto do
responsvel tcnico, que nesse caso, s poder ser um engenheiro de minas.
Os documentos necessrios para o registro dessa atividade so:
1) Preenchimento, sem rasuras, do Requerimento de Registro Empresa (RRE);2) Preenchimento, sem rasuras, do Termo de Compromisso (TC);
3) Cpia autenticada do Contrato Social da Empresa;
4) Cpia autenticada da ltima alterao contratual da Empresa;
5) Cpia de documento, comprovando a autenticidade da assinatura do representante da empresa no
RRE;
5) 1 (uma) via original do contrato de prestao de servios;
6) Comprovante de pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) do profissionalcontratado (engenheiro de minas) e
7) Procurao da Empresa para a pessoa que ir dar entrada na documentao junto ao CREA.
Para entrada dessa documentao no CREA do Rio de Janeiro, formam-se filas considerveis,
assim, em diversas situaes, a documentao encaminhada ao CREA levada por mensageiros da
Empresa ou do prprio escritrio do Engenheiro de Minas. O CREA do Rio de Janeiro, s aceita
receber esses documentos, se o mensageiro estiver de posse de uma procurao do empresrio
especfica para essa finalidade.
Aps a entrega da documentao, o processo levar alguns meses para anlise.
Legalmente, o funcionamento da indstria de gua mineral ou balnerio s poder ocorrer aps a
aprovao, por parte do CREA, da documentao apresentada.
A partir da, ficam a empresa e o engenheiro de minas obrigados ao pagamento da anuidade do
CREA, bem como sujeitos fiscalizao por esta Instituio.
interessante ressaltar que a necessidade de engenheiro de minas como responsvel pela indstria
mineral, teve seu incio num perodo em que no existia a profisso de gelogo.
Alm disso, tanto o art. 34 do Decreto 23.569 de 11 de dezembro de 1933, quanto o art. 14 da
Resoluo CONFEA n 218 de 29 de junho de 1973, que descriminam as atribuies do engenheiro
de minas, em relao a indstrias, s fazem referncia a indstrias metalrgicas (Decreto de 1933)
ou de beneficiamento de minrios (Resoluo CONFEA). Dessa forma, acredita-se que uma
indstria, cujo projeto bsico est voltado para os aspectos higinicos e de embalagens por volume,
no deveria ser considerada uma indstria mineral.
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H necessidade de se destacar tambm, que os Conselhos Regionais (CREA) no permitem a
responsabilidade tcnica de engenheiros de minas, em indstrias de gua mineral. Os engenheiros
de minas, assim como os gelogos, podem ser responsveis apenas pela captao.
A continuidade da obrigatoriedade de engenheiro de minas como responsvel por uma indstria de
gua mineral, est ligada a poca em que, para lavrar uma jazida qualquer, era necessrio que aempresa fosse uma Empresa de Minerao. Essa condio, com a promulgao da Lei 9.314, de 14
de novembro de 1996, deixou de ser necessria. O pargrafo nico do art. 37, do Cdigo de
Minerao foi alterado e a figura Empresa de Minerao deixou de existir.
Mesmo assim, tanto o DNPM quanto o CREA insistem em exigir um engenheiro de minas como
responsvel por uma indstria de gua mineral.
2.20 - Etapa 20: Unio/Estado Registro da Empresa no CRQ15
Por fora do item 27.42, do artigo 2, da Resoluo Normativa n 51, de 12 de dezembro de
1980, as indstrias responsveis pelo engarrafamento e gaseificao de gua mineral so obrigadas
a se registrarem no Conselho Regional de Qumica (CRQ).
Ao se registrarem, passam a estar regidas pela legislao especfica desse Conselho que, entre
outras coisas, impe, com base na Lei n 2.800, de 18 de junho de 1956, o pagamento da respectiva
anuidade.
Assim, com a vigncia dessa Resoluo Normativa, em 1980, todas as empresas que engarrafam
gua se no possuem o registro no CRQ, podero sofrer as sanes impostas pelo Conselho que vaidesde multa at a interdio da indstria.
Para a legalizao da engarrafadora, que, no presente caso, considerada uma indstria de bebidas,
so necessrios:
1) Preenchimento do Formulrio de Declarao de Atividades do Responsvel Tcnico;
2) Contrato Social;
3) Alvar de Localizao;
4) 4 Vias do Contrato de Prestao de Servios (que poder ser um qumico de nvel mdio ousuperior ou um engenheiro qumico);
5) Comprovante do registro do qumico no CRQ e
6) Comprovao de disponibilidade de horrio para o trabalho.
Essa documentao poder ser encaminhada ao CRQ por qualquer pessoa, no havendo necessidade
de procurao para isso.
15Base legal: Lei 2.800 de 18 de junho de 1956, Lei 6.839 de 30 de outubro de 1980 e Resoluo Normativa 51 de 12
de dezembro de 1980.
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Apresentados esses documentos, a solicitao ser encaminhada a um dos Conselheiros que
analisar o pedido. Seu parecer ser ento, apreciado pela plenria do CRQ que se rene
mensalmente.
Aprovado pelo Plenrio, o interessado receber uma carta, contendo o parecer do CRQ, a guia de
cobrana da anuidade do exerccio, as taxas de registro e a anotao de responsabilidade tcnica.Aps o pagamento dessas taxas, a empresa recebe o Certificado de Registro e da Certido de
Anotao de Responsabilidade Tcnica, ficando, dessa forma, legalizada junto ao CRQ.
O prazo para obteno desse Certificado, normalmente, de 3 a 6 meses.
importante ressaltar que o prprio Ministrio da Sade, atravs das Secretarias de Sade
Estaduais e Municipais, no exige um qumico ou engenheiro qumico para a responsabilidade de
uma indstria de alimentos (gua mineral, no caso). O que a Sade exige um profissional
qualquer, que tenha cursos de especializao, na rea de alimentos.A tabela 1 descreve as etapas para legalizao de uma indstria de gua mineral no estado do Rio de
Janeiro.
A Figura 1 representa, na forma de organograma, o atual modelo burocrtico para legalizao de
uma indstria de gua mineral.
Tabela 1 - Etapas para legalizao de uma indstria de gua mineral(Estudo de Caso: Estado do Rio de Janeiro Dez. 2004)
Seqncia Entidade Descrio do Trabalho Prazo Provvel deAnlise
1 Interessado/Consultor D entrada com o Requerimento do Pedido de Pesquisa no DNPM Alguns minutos2 DNPM Analisa o Pedido de Pesquisa no Controle de reas De 1 a 3 meses3 DNPM Vistoria a rea a ser pesquisada (cobra por isso) 1 dia4 DNPM Libera Alvar de Pesquisa Vlido por 2 anos5 Interessado/Consultor Elabora e encaminha pedido de Licena Prvia (LP) FEEMA 3 dias6 FEEMA Analisa o pedido de LP Alguns meses7 FEEMA Libera LP8 Interessado/Consultor D entrada no DNPM no Relatrio Final de Pesquisa 1 dia
9 DNPMAnalisa o Relatrio Final de Pesquisa que engloba vistoria, anlise
tcnica, estudo in loco e exigncias tcnicas.De 6 a 18 meses
10 Interessado/Consultor Executa os trabalhos tcnicos exigidos pelo DNPM De semana a meses
11DNPM Distrito
Regional
Aps cumprimento de exigncias pelo interessado, o Distrito Regionalencaminha ao DNPM Sede, para classificao da gua e sugerindo
aprovao do Relatrio Final de Pesquisa.
De semana a mesesdependendo da
disponibilidade detcnicos
12 DNPM - SedeAnalisa o Relatrio e caso no haja exigncia aprova o Relatrio Final
de PesquisaAlguns meses
13 Interessado D entrada no DNPM com o pedido de Cesso de Direitos De 1 a 2 meses
14 DNPMAnalisa o pedido de Cesso de Direitos e manda proposta de
aprovao pra Braslia que providencia sua publicaoDentro do prazo
anterior
15 Interessado/ConsultorElabora e protocola o Requerimento para o Cadastro Mineiro para o
DRM7 dias
16 DRM Analisa e Cadastra (Registro da Empresa no DRM) De 7 a 10 dias
17 Interessado/ConsultorProvidencia o Plano de Controle Ambiental e a documentao
necessria para solicitao da Licena de Instalao (LI) e d entradana FEEMA.
6 meses
18 FEEMA Analisa e vistoria o pedido de LI De meses a anos19 Interessado/Consultor D entrada no DNPM com pedido de lavra contendo documentao 6 meses
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Seqncia Entidade Descrio do Trabalho Prazo Provvel deAnlise
exigida e o Plano de Aproveitamento Econmico (PAE), assinado porEngenheiro de Minas
20 DNPMEmite ofcio ao interessado comunicando que julgou satisfatrio o
Plano de Aproveitamento Econmico - PAEDe meses a anos
21 Interessado/ConsultorEncaminha para a FEEMA cpia do comunicado em que o DNPM
julga satisfatrio o PAE, para o processo de solicitao de emisso de
LI.
1 dia
22 CECAO processo de pedido de LI vai a CECA com a finalidade de liberao
ou no do EIA-RIMADe 2 a 4 semanas
23 FEEMA Libera a LI Semanas a meses
24 Interessado/ConsultorProvidencia a publicao da LI num jornal de grande circulao e noDirio Oficial do Estado e d entrada com a cpia da LI no DNPM.
De 5 a 20 dias
25 Interessado/ConsultorComprova a publicao nos jornais atravs de protocolizao dos
respectivos comprovantes na FEEMA1 dia
26 DNPM Libera e manda publicar no DOU a Portaria de LavraDe semanas a
meses
27 Interessado/ConsultorElabora o rtulo com os dizeres exigidos pelo DNPM, Sade e
INMETRO e d entrada no DNPM15 dias
28 DNPM Analisa o rtulo e exige nova anlise microbiolgica completa Meses
29 Interessado/Consultor Prepara documentao para solicitao da liberao da rea pelo Corpode Bombeiros (Secretaria de Defesa Civil)
1 ms
30 Interessado/ConsultorPrepara documentao p/ solicitao do Boletim de Ocupao eFuncionamento e d entrada na Secretaria Municipal de Sade
1 ms
31 Interessado/ConsultorPrepara documentao para solicitao do Alvar de Localizao
Municipal e d entrada na Secretaria Municipal de Obras.1 ms
32 Interessado/ConsultorElabora novo PCA e nova documentao, preenche novos formulrios
para o pedido de LO. D entrada na FEEMA.3 meses
33 Interessado/ConsultorElabora pedido de Registro na Vigilncia Sanitria do Estado (Manualde Boas Prticas, POP, documentao, formulrios, etc) e d entrada
na Secretaria de Estado de Sade2 meses
34 Interessado/ConsultorEncaminha amostra da gua para envase ao laboratrio da FEEMA
para anlise de Antimnio, Cianeto e Mercrio1 dia
35 FEEMA emitido o resultado da anlise qumica 15 dias36 Interessado/Consultor Encaminha resultado da anlise Secretaria de Estado da Sade 1 dia
37Vigilncia Sanitria do
EstadoAnalisa documentao, faz vistoria e encaminha o processo para a
ANVISA/MSDe 3 a 6 meses
38 Interessado/ConsultorProvidencia o Cadastro do poo ou surgncia na SERLA pela
INTERNET1 dia
39 SERLA Emite comprovante Imediato40 FEEMA Analisa o PCA, documentos, faz vistoria e defere pedido de LO De meses a anos
41 CECAO processo de pedido de LO vai a CECA para liberao ou no da
apresentao do EIA-RIMADe 2 a 4 semanas
42 FEEMA Libera a LO De meses a anos
43 Interessado/ConsultorProvidencia a publicao da LO num jornal de grande circulao e no
Dirio Oficial do EstadoDe 5 a 20 dias
44 Interessado/ConsultorComprova a publicao nos jornais atravs de protocolizao dos
respectivos comprovantes na FEEMA 1 dia45 Interessado/Consultor Providencia o Registro da Empresa no IBAMA pela INTERNET 1 dia46 IBAMA Emite o Registro e a guia para pagamento Imediato
47 Interessado/ConsultorProvidencia Registro da Empresa e do Tcnico Responsvel
(engenheiro de minas) no CREA5 dias
48 CREA Analisa e aprova 3 meses49 Interessado/Consultor Providencia Registro da Empresa e de um tcnico de qumica no CRQ 5 dias50 CRQ Analisa e aprova 1 ms
51 Interessado/ConsultorElabora e apresenta aos diversos rgos e Entidades relatrios,semestrais e anuais, bem como solicita renovao peridicas das
diversas licenasPeriodicamente
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Figura 1 Atual Modelo Burocrtico para Legalizao de umaIndstria de gua Mineral no Estado do Rio de Janeiro
RestriesLI
VIGILNCIA
SANITRIA
SECRETARIA
DEOBRAS
ANVISA IBAMADNPM FEEMA
DRM
SERLA IEF CECA CORPO DEBOMBEIROS
Alvarde
Pesquisa
AprovaoRFP
Classificaoda gua
Cesso deDireitos
Concessode Lavra
Aprovaodo Rtulo
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Registrono MS
Registro noIBAMA
LP
LO
Registrono DRM
Cadastro ouOutorga
FaixaMarginal
Restries
LO
Dispensa
EIA-RIMA
DispensaEIA-
RIMA
Aprovaodo Projeto
BOF
Alvarde
Localizao
CREA
CRQ
Registro daEmpresa e doprofissionalresponsvelem cada um
dos Conselhos
VIGI-LN-CIASANI-TRIA
ANLISEPEDIDO
REGISTONO MS
Exigncia Licena Ambiental
CPRM
Estudoin loco Laboratrio
FEEMA
Resultado:Cianeto,
Mercrio eAntimnio
EMPRESA PRONTA PARA ENTRAR EM FUNCIONAMENTO
INMETRO
VOLUME
LI
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3 CONCLUSES
A elevada carga burocrtica para legalizao de uma indstria de gua mineral no estado do
Rio de Janeiro est diretamente ligada a diversas legislaes de mbito federal, estadual e municipal
que visam proteger a qualidade do produto a ser extrado e consumido sem qualquer tratamento.
Porm, o excesso de legislao vem dificultando ao prprio setor pblico desempenhar suas tarefassem que sejam criados conflitos entre os diversos rgos e Entidades responsveis pela legalizao
desse que, alm de um bem mineral, um recurso hdrico, uma bebida, um alimento e um
medicamento.
Assim, acredita-se que a integrao da legislao estabelecida atravs do dilogo entre as diversas
Entidades envolvidas no processo de legalizao possa integrar as legislaes vigentes diminuindo
o processo burocrtico estabelecido atualmente.
4 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
AVULSO 34 Cdigo de Minas, Leis e Regulamentos Subseqentes e Legislao Correlata. Riode Janeiro: Diretoria de Estatstica da Produo do Servio de Fomento da Produo Mineral doDepartamento Nacional da Produo Mineral do Ministrio da Agricultura, 1938.
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BRASIL. Decreto n 23.569, de 11 de dezembro de 1933. Regula o exerccio das profisses deengenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Dirio Oficial [da] Repblica dos Estados Unidos doBrasil, Rio de Janeiro, DF, 15 dez. 1933. Retificado no Dirio Oficial [da] Repblica dos EstadosUnidos do Brasil, Rio de Janeiro, DF, 16 jan. 1934. In: Avulso 34 Cdigo de Minas, Leis eRegulamentos Subseqentes e Legislao Correlata. Rio de Janeiro: Diretoria de Estatstica daProduo do Servio de Fomento da Produo Mineral do Departamento Nacional da ProduoMineral do Ministrio da Agricultura, 1938. p. 90-102.
BRASIL. Decreto n 24.643, de 10 de julho de 1934. Cdigo de guas. Dirio Oficial [da]Repblica dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, DF, 24 jul. 1934. Disponvel em:. Acesso em: 06 dez. 2004.
BRASIL. Decreto n 62.934, de 2 de julho de 1968. Regulamento do Cdigo de Minerao. DirioOficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 5 jul. 1968. In: Cdigo de Minerao eLegislao Correlata. Braslia: Departamento Nacional da Produo Mineral do Ministrio deMinas e Energia, 1984. Ed. Rev., p. 55-104.
BRASIL. Lei n 2.800, de 18 de junho de 1956. Cria os Conselhos Regionais de Qumica, dispesobre a profisso do qumico e d outras providncias. Dirio Oficial [da] Repblica Federativado Brasil, Rio de Janeiro, DF, 25 jun. 1956. Disponvel em:. Acesso em: 23 nov. 2004.
BRASIL. Lei n 10.165, de 27 de dezembro de 2000. Altera a Lei n 6.938, de 31 de agosto de1981, que dispe sobre a Poltica Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos deformulao e aplicao, e d outras providncias. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do
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Brasil, Braslia, DF, 28 dez. 2000. Retificada no Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil,Braslia, DF, 09 Jan. 2001 Disponvel em:. Acesso em: 05 dez. 2004.
BRASIL. Portaria 117, de 17 de julho de 1972 do Diretor Geral do DNPM. Estabelece instruessobre os estudos in loco de fontes de guas minerais ou potveis de mesa como condio
indispensvel aprovao do relatrio final de pesquisa. Dirio Oficial [da] Repblica Federativado Brasil, Braslia, DF, 24 jul. 1972. In: Pinto, U.R. Consolidao da Legislao Mineral eAmbiental. Braslia:, 2004. p. 164-165.
BRASIL. Portaria 222, de 28 de julho de 1997 do Diretor Geral do DNPM. Especificaes Tcnicaspara o Aproveitamento de gua Mineral ou Potvel de Mesa. Dirio Oficial [da] RepblicaFederativa do Brasil, Braslia, DF, 8 ago.1997. In: Pinto, U.R. Consolidao da LegislaoMineral e Ambiental. Braslia:, 2004. p. 171-180.
BRASIL. Portaria 231, de 31 de julho de 1998 do Diretor Geral do DNPM. Estabelece Instruessobre as reas de Proteo de Fontes de guas Minerais. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa
do Brasil, Braslia, DF, 7 ago. 1998. In: Pinto, U.R. Consolidao da Legislao Mineral eAmbiental. Braslia:, 2004. p. 190-194.
BRASIL. Portaria 470, de 24 de novembro de 1999 do Ministro de Estado de Minas e Energia.Estabelece Instrues sobre a aprovao de rtulos de gua Mineral e Potvel de Mesa. DirioOficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 25 nov. 1999. In: Pinto, U.R.Consolidao da Legislao Mineral e Ambiental. Braslia:, 2004. p. 160-162.
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