a carga burocrática da política brasileira para Água mineral - estudo de.pdf

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    A Carga Burocrtica da Poltica Brasileira para gua Mineral - Estudo deCaso: Estado do Rio de Janeiro

    Gelogo Dr. Lucio Carramillo Caetano1; Geloga Professora Dra. Sueli Yoshinaga Pereira2

    Resumo- A participao da Unio, em diversas etapas do processo burocrtico para a legalizao

    da indstria de gua mineral, desencadeia uma srie de pr requisitos entre diplomas da Unio, doEstado e do Municpio que geram a superposio de poderes culminando com entraves na conduo

    processual, muitas vezes, dificultando todo um investimento no setor industrial de gua mineral, o

    que causa srios prejuzos s empresas.

    No estado do Rio de Janeiro, ainda hoje, so constatadas, por esta pesquisa, 20 (vinte) etapas

    necessrias para a legalizao de uma indstria de gua mineral, no contexto Federal, Estadual e

    Municipal, incapazes, no entanto, de solucionar os conflitos.

    Abstract- The participation of the Federal government in several stages of the bureaucratic process

    of mineral water industry legalization attracts a series of pre-requirements among the Federal, the

    State and the Municipal diplomas generating the overlap of powers, which culminate with

    impediments in the procedural conduction. It often hinders an entire investment in the mineral water

    industry, causing serious damages to the companies.

    In the State of Rio de Janeiro there were evidenced twenty necessary stages among the three

    governmental levels for the legalization of an industry of mineral water, yet unable of solving the

    conflicts.

    Palavras-Chave- guas Minerais - Legislao Mineral - Poltica Mineral

    1 INTRODUOCom base na anlise da evoluo da poltica e administrao do setor de guas minerais

    brasileiro, partindo-se das alteraes do comportamento da sociedade brasileira refletidas a cada

    Constituio, no Cdigo de guas Minerais (1945) e Cdigo de Minerao (1967), pretende-se

    oferecer sociedade uma nova proposta de poltica e administrao da gua mineral no Brasil,

    especificamente, no estado do Rio de Janeiro, cuja base a redemocratizao do pas, refletida na

    Constituio Federal de 1988.

    19 Distrito do Departamento Nacional de Produo Mineral - Av. Nilo Peanha, 50/709 - Rio de Janeiro - RJ - (21) 22156376 [email protected];2Instituto de Geocincias da Universidade Estadual de Campinas - Cidade Universitria Zeferino Vaz - Campinas - SP - (19) 37884698 [email protected]

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    Assim, neste trabalho sero descritos: o processo burocrtico atual, os conflitos decorrentes deste

    processo e a nova proposta de poltica e administrao para a gua mineral, no estado do Rio de

    Janeiro.

    2 O PROCESSO BUROCRTICO ATUALA seguir sero descritos etapa por etapa, do processo burocrtico atual, para legalizao de

    uma indstria de gua mineral no Estado do Rio de Janeiro.

    O atual processo burocrtico mistura o velho com o novo.

    Considera-se velho toda a base legal, proveniente de perodos autoritrios da poca do primeiro

    perodo de Vargas (1930 a 1945) e da ditadura militar (1964 a 1985).

    Assim, dentro da categoria velho esto o Cdigo de guas Minerais, elaborado sob a gide da

    Constituio Federal de 1937 e o Cdigo de Minerao, elaborado sob a gide da ConstituioFederal de 1967.

    Considera-se novo, toda a base legal ps Constituio de 1988, ou seja, a partir do perodo da

    redemocratizao do pas, quando foi possvel a descentralizao do poder e a ampliao da

    participao social, na tomada de diversas decises.

    2.1 Etapa 1: Unio - DNPM - do Pedido de Pesquisa at a Autorizao de Pesquisa3

    A partir do Cdigo de Minas de 1940, o critrio para obteno do direito de pesquisa passou aser o ditado pela prioridade protocolar. Significa que, estando correta a documentao exigida pelo

    DNPM, o alvar de pesquisa sair para o primeiro que der entrada no protocolo desse rgo.

    Os documentos necessrios nessa fase so:

    Preenchimento do formulrio de requerimento de pesquisa (via internet);

    Planta de Situao com a locao da rea amarrada a ponto inconfundvel do terreno;

    Memorial descritivo (via internet);

    Carteira de identidade ou Contrato social da empresa; Plano de Pesquisa;

    Comprovante de pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) do tcnico

    responsvel pelo plano de pesquisa e pela planta de situao e

    Comprovante de pagamento dos emolumentos.

    Esse conjunto de documentos ser protocolado na sede do Distrito do DNPM de abrangncia da

    rea de interesse e receber um carimbo eletrnico que registrar, atravs de uma numerao

    3base legal: Cdigo de Minerao de 1967, alterado pela Lei 9.314 de 18111996.

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    especfica, o local de entrada, a data e a hora. Esse nmero acompanhar o processo at a sua fase

    final.

    O conjunto de documentos, que recebe o nome de requerimento de pesquisa, aps ser

    devidamente cadastrado pelo protocolo, ser encaminhado ao Controle de reas onde ser

    verificada a liberalidade da rea de interesse. Caso a rea no esteja livre, o processo serindeferido. Caso a rea esteja livre, ser feita uma vistoria no local com a finalidade de que seja

    examinada, localmente, o grau de risco da rea, em relao a atividades potencialmente

    contaminantes4.

    Caso a rea esteja livre e o local no seja considerado de elevado risco, o requerimento ser

    encaminhado ao setor competente para anlise do plano de pesquisa. Um gelogo ou engenheiro de

    minas ser responsvel pela anlise. Nessa fase, o processo poder cair em exigncia, para melhoria

    da qualidade dos dados tcnicos apresentados ou mesmo, para garantias de que a legislaominerria ser seguida5, atravs de declaraes de que o interessado est ciente dos compromissos

    legais e tcnicos, impostos pela legislao em vigor.

    Cumpridas as exigncias, o plano de pesquisa ser considerado satisfatrio o que possibilitar o

    deferimento do requerimento de pesquisa.

    Dessa forma, o interessado obtm a autorizao de pesquisa atravs de um Alvar que ter a

    durao de 2 anos, podendo ser renovado por at mais 2 anos. Esse Alvar receber um nmero e o

    prazo de vigncia ser contado a partir da data de sua publicao no Dirio Oficial da Unio.

    O prazo mdio de anlise de um requerimento de pesquisa de 1 a 3 meses. Porm qualquer

    problema que venha a apresentar o processo durante esse perodo, tais como: interferncia de reas,

    localizao considerada de alta vulnerabilidade ou exigncias, poder provocar um atraso que pode

    corresponder a uma ampliao no prazo de liberao, de at 8 meses.

    2.2 Etapa 2: Estado FEEMA - Licena Prvia (LP)6

    Como o aproveitamento da gua mineral uma atividade que interfere no meio ambiente, ointeressado, por fora da legislao ambiental, dever, imediatamente aps a emisso do alvar de

    pesquisa, solicitar ao rgo Ambiental estadual a Licena Prvia (LP).

    4Essa atitude no contemplada por qualquer artigo da legislao nem por qualquer instruo normativa interna dorgo.5Essa atitude no est contemplada em qualquer artigo da legislao nem por qualquer instruo normativa do rgo6

    base legal: Resoluo CONAMA 9 de 06121990, Deliberao CECA 2.728 de 25081992 (IT-1831-R-2) eDeliberao CECA n 3.055 de 14121993 (DZ-1836-R-2).

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    A Licena Prvia expedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento com a

    finalidade de autorizar a sua localizao, com base nos planos federais, estaduais e municipais de

    uso do solo, estabelecendo os requisitos a serem cumpridos nas fases de implantao e operao.

    Com essa finalidade, so providenciados os seguintes trabalhos, documentos e informaes:

    1) Formulrio de requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;2) Cpia dos documentos de identidade e CPF do representante legal e do responsvel tcnico

    habilitado, quando houver;

    3) Ata da eleio da ltima diretoria, quando se tratar de Sociedade Annima, ou contrato social

    registrado no caso de sociedade por cotas de responsabilidade limitada.;

    4) Comprovante de recolhimento do custo da licena requerida;

    5) Cpia do assentimento da Prefeitura Municipal, com enquadramento da atividade minerria no

    zoneamento municipal

    7

    ;6) Cpia do Alvar de Pesquisa emitido pelo DNPM;

    7) Formulrio de Cadastro Simplificado preenchido e assinado;

    8) Caractersticas gerais, destinao final, escala de produo prevista dos equipamentos a serem

    utilizados,

    9) Descrio da tecnologia utilizada na extrao bem como os equipamentos previstos;

    10) Descrio do local da atividade (topografia, cobertura vegetal, corpos dgua, sistema virio,

    Unidades de Conservao da Natureza e demais reas de preservao permanente);

    11) Planta da rea em escala de 1:50.000 com as mesmas informaes do item anterior;

    12) Planta planialtimtrica, preferivelmente em escala 1:10.000 (quando possvel), contendo os

    seguintes elementos, assinalados num raio de 500m em rea urbana e de 1.000m em rea rural:

    a) Indicao da direo Norte;

    b) Indicao das coordenadas UTM;

    c) Localizao do terreno em relao ao seu logradouro, indicando as vias de acesso

    principais, todas devidamente denominadas;

    d) Indicar a localizao, bem como informar os nomes e usos dos corpos dgua (rios,

    lagos, baas, etc.) localizados a jusante e a montante da rea pretendida;

    e) Cobertura vegetal;

    f) Edificaes e obras de arte existentes;

    g) reas de preservao permanente e

    h) Usos estabelecidos, pela comunidade, dos recursos naturais e do solo.

    7

    Apesar da legislao mineral descartar a necessidade de autorizao prvia municipal, a legislao ambiental exigepara a liberao de um possvel futuro empreendimento, que o interessado possua a licena da prefeitura municipal.

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    Esses documentos so protocolados no rgo Ambiental estadual onde sero datados e numerados.

    Aps o cadastramento dos dados, o processo encaminhado ao corpo tcnico, normalmente,

    formado por engenheiros qumicos, qumicos, agrnomos, engenheiros florestais, gegrafos,

    bilogos e, raramente, gelogos e, mais raramente ainda, engenheiros de minas, que iro proceder

    anlise e vistoria da rea.Esse processo pode demorar de meses a alguns anos para o seu deferimento. Em muitos casos, no

    estado do Rio de Janeiro, decorrem 3 anos e a Licena Prvia ainda no foi expedida. Por esse

    motivo, raramente essa licena solicitada, pois antes mesmo dela ser emitida, o interessado j est

    necessitando da Licena de Instalao ou de Operao.

    Seu prazo de vigncia no mximo de 5 anos.

    2.3 Etapa 3: Unio DNPM - Relatrio Final de Pesquisa e a Classificao da gua8

    Aps a publicao do Alvar de Pesquisa, o interessado passa da fase de projetos, para a fase

    de execuo. Dessa forma, so feitos diversos levantamentos bibliogrficos e de campo. Entre estes

    se destacam: levantamento bibliogrfico da geologia regional e local, levantamento aero-

    fotomtrico, levantamento climtico dos ltimos 30 anos, levantamento plani-altimtrico da rea,

    levantamento das nascentes, crregos e lagos, levantamento do uso e aproveitamento do solo e

    levantamento geolgico. Esses levantamentos so de fundamental importncia para a elaborao do

    relatrio final de pesquisa. A definio correta do balano hdrico, da geologia e hidrogeologia, bem

    como os trabalhos de medio de vazo e da qualidade da gua, sero definitivos para o melhoraproveitamento da jazida. Ao final de todos os levantamentos, o gelogo ou engenheiro de minas

    responsvel pelos trabalhos, ter condies de apresentar um relatrio que contemple:

    1) Um balano hdrico demonstrando se h ou no a possibilidade de dficit hdrico na rea ou na

    regio;

    2) A disponibilidade de gua mineral para o futuro empreendimento;

    3) A qualidade dessa gua, j expressando uma possvel idia de sua futura classificao;

    4) Um mapa plani-altimtrico;5) Um mapa geolgico;

    6) Um mapa hidrogeolgico;

    7) Um mapa de vulnerabilidade;

    8) Um mapa do fluxo da gua subterrnea;

    9) Um mapa da rea de proteo da fonte;

    8Base legal: Cdigo de Minerao de 1967, Cdigo de guas Minerais de 1945, Portaria 222 do DNPM de 1997 e

    Portaria 231 do DNPM de 1998

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    10) O projeto de construo da casa de proteo;

    11) Plantas com a casa de proteo da fonte e a cerca de proteo;

    12) Planilhas de teste de bombeamento (vazo e recuperao);

    13) Grficos interpretativos do teste de bombeamento;

    14) Fotos das vrias etapas do trabalho e15) Texto com a descrio da geologia regional, geologia local, aspectos climticos, aspectos

    hidrolgicos, aspectos hidrodinmicos, com as respectivas planilhas, aspectos hidroqumicos, com

    os respectivos diagramas, vazes e concluses sobre a viabilidade econmica da rea.

    Alm desses trabalhos, alguns outros, complementares, podero ser necessrios, tais como:

    levantamento geofsico, com a inteno de melhor locar o poo e o projeto construtivo do poo.

    A partir da construo do poo ou da surgncia, diversos dados so disponibilizados.

    A vazo da surgncia ou poo e a qualidade da gua so definidas a partir de testes de vazo (oubombeamento, quando poo) e de anlises qumicas.

    Para melhor garantia dos dados obtidos, recomenda-se, pelo menos, a realizao de duas anlises

    qumicas completas, com a finalidade de verificao da manuteno das caractersticas da gua da

    fonte ou do poo. Caso sejam realizadas apenas duas anlises, indica-se que uma deva ser realizada

    no perodo das chuvas e a outra no perodo da seca. Em se tratando de surgncia, a vazo tambm

    deve ser medida pelo menos duas vezes no ano, seguindo o mesmo critrio da anlise qumica

    (perodo de chuva e de seca).

    nessa fase tambm que deve ser definido o permetro de proteo da fonte. Esse trabalho,

    incorporado atravs da Portaria do Diretor Geral do DNPM n 231, de 1998, tem por objetivo

    definir trs zonas, so elas: zona de influncia (ZI), zona de contribuio (ZC) e zona de transporte

    (ZT).

    A zona de influncia (ZI), segundo a Portaria 23198, aquela associada ao cone de depresso

    (rebaixamento da superfcie potenciomtrica) de um poo em bombeamento ou de uma fonte ou

    nascente natural, considerado aqui como um afloramento da superfcie piezomtrica ou fretica,

    equivalente a um dreno.

    A zona de contribuio (ZC), a rea de recarga associada ao ponto de captao (fonte ou

    poo), delimitada pelas linhas de fluxo que convergem a este ponto.

    A zona de transporte (ZT) ou de captura, aquela entre a rea de recarga e o ponto de captao.

    Delimitada essas trs zonas, ser entregue ao DNPM um mapa com a delimitao de cada uma,

    acompanhado de texto explicativo e um memorial descritivo.

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    O relatrio do permetro de proteo da fonte ser analisado e verificado no campo por gelogo ou

    engenheiro de minas do DNPM que, se necessrio, far exigncias para a melhor definio das

    zonas delimitadas.

    Aps a protocolizao do relatrio final de pesquisa, o tempo necessrio para sua anlise, vistoria

    in loco, e aprovao pode variar entre 6 meses e 18 meses. Esse tempo estar condicionado a trsfatores: 1) disponibilidade de equipe tcnica especializada do DNPM; 2) qualidade do relatrio de

    pesquisa apresentado e 3) tempo do laudo da CPRM para caracterizao da qualidade da gua.

    O Distrito Regional do DNPM encaminha o processo sede do DNPM (em Braslia) com a

    sugesto de aprovao do relatrio de pesquisa.

    O processo, na Sede, ser encaminhado a um tcnico especializado que far a re-anlise do

    relatrio.

    Inmeros so os casos em que o tcnico verificador da Sede do DNPM no concorda com a anliseelaborada pelo tcnico do Distrito, devolvendo o processo, com uma lista de exigncias que devero

    ser encaminhadas ao interessado para cumprimento.

    Esse fato impe, sem dvida, um atraso no andamento do processo.

    Numa situao como essa, no h como definir um prazo para a aprovao do relatrio de pesquisa.

    2.4 - Etapa 4: Unio DNPM - Cesso de DireitosAps a aprovao do Relatrio de Pesquisa, o interessado tem 1 ano para requerer a lavra e,

    durante esse perodo, ele dever providenciar a cesso de direitos para uma pessoa jurdica.Como no existe mais a necessidade de criao de uma empresa de minerao para este fim, o

    processo de cesso de direitos bastante rpido e simplificado.

    Os documentos necessrios so:

    1) Contrato Social da Empresa;

    2) CNPJ e

    3) Contrato de Cesso de Direitos.

    A anlise da Cesso de Direitos feita pelo Distrito que encaminha a documentao, apsconferncia, para a Sede do DNPM, em Braslia, que providencia o seu registro e a publicao do

    despacho no Dirio Oficial da Unio.

    Aps a publicao do despacho, o interessado, agora pessoa jurdica, estar apto a solicitar a Lavra.

    O prazo para anlise e despacho , normalmente, de algumas semanas at, no mximo, uns 2 meses.

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    2.5 - Etapa 5: Estado Registro no Departamento de Recursos Minerais

    Desde 1994, as empresas que exercem a extrao, aproveitamento ou beneficiamento de

    recursos minerais no territrio e plataforma continental do Estado do Rio de Janeiro, so obrigadas

    a possuir o Certificado de Registro Mineral, junto ao DRM-RJ.

    Esse documento pr-requisito para que as empresas obtenham sua inscrio no cadastro de

    contribuintes do Estado, junto Secretaria de Estado da Receita, ou solicitem a licena ambiental,

    junto Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FEEMA.

    Em 1997, a partir de delegao da Comisso Estadual de Controle Ambiental - CECA, o DRM-RJ

    passou a exercer a fiscalizao, em nome da CECA, das normas de controle ambiental, referentes

    extrao de recursos minerais, atuando em conjunto com os demais rgos tcnicos da rea de meio

    ambiente (FEEMA, IEF e SERLA).O pedido de registro deve ser dirigido ao Presidente do DRM-RJ e instrudo, com cpias da

    seguinte documentao, em duas vias:

    2) Instrumento de constituio da sociedade ou declarao de firma individual, com arquivamento

    ou registro na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, JUCERJ;

    3) Carto de inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica CNPJ, emitido pela Secretaria da

    Receita Federal SRF/MF;

    4) Carto de inscrio no Cadastro de Contribuintes do ICMS, emitido pela Secretaria de Estado da

    Receita;

    5) Prova do exerccio da atividade minerria, emitido pelo Departamento Nacional da Produo

    Mineral DNPM/MME, no caso de extrao mineral;

    6) Mapa topogrfico mostrando a localizao do empreendimento, preferencialmente sobre base

    oficial (IBGE ou DSG), na escala 1: 50.000;

    7) Alvar do estabelecimento comercial, emitido pela Prefeitura Municipal;

    8) Comprovante do recolhimento da Taxa de Servios Estaduais no Fazendrios.

    O Certificado de Registro Mineral que vlido por 12 (doze) meses, a contar da data de sua

    assinatura pelo Presidente do DRM-RJ, normalmente fornecido, entre 7 e 15 dias, aps a

    protocolizao do pedido.

    Sua renovao deve ser solicitada at 60 (sessenta) dias, aps o vencimento.

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    2.6 - Etapa 6: Estado FEEMA - Licena de Instalao (LI)A Licena de Instalao autoriza o incio da implantao do empreendimento, de acordo com

    as especificaes do projeto de engenharia, cujo grau de detalhamento deve ser o necessrio para

    que possa ser julgado, e especifica os requisitos ambientais a serem seguidos nessa fase.

    Os documentos necessrios solicitao da LI so:1) Formulrio de requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;

    2) Cpia dos documentos de identidade e CPF do representante legal e do responsvel tcnico

    habilitado, quando houver;

    3) Ata da eleio da ltima diretoria, quando se tratar de Sociedade Annima, ou contrato social

    registrado, no caso de sociedade por cotas de responsabilidade limitada.;

    4) Comprovante de recolhimento do custo da licena requerida;

    5) Cpia do assentimento da Prefeitura Municipal, com enquadramento da atividade minerria no

    zoneamento municipal9;

    6) Cpia do Alvar de Pesquisa emitido pelo DNPM;

    7) Cpia do comprovante de Registro, da empresa no DRM;

    8) Formulrio de Cadastro Industrial e seus anexos preenchidos e assinados;

    9) Caractersticas gerais, destinao final, escala de produo prevista dos equipamentos a serem

    utilizados,

    10) Descrio da tecnologia utilizada na extrao, bem como os equipamentos previstos;

    11) Descrio do local da atividade (topografia, cobertura vegetal, corpos dgua, sistema virio,

    Unidades de Conservao da Natureza e demais reas de preservao permanente);

    12) Planta da rea em escala de 1:50.000 com as mesmas informaes do item anterior;

    13) Planta planialtimtrica, preferivelmente em escala 1:10.000 (quando possvel), contendo os

    seguintes elementos, assinalados num raio de 500m, em rea urbana, e de 1.000m, em rea rural:

    a) Indicao da direo Norte;

    b) Indicao das coordenadas UTM;

    c) Localizao do terreno, em relao ao seu logradouro, indicando as vias de acesso

    principais, todas devidamente denominadas;

    d) Indicar a localizao, bem como informar os nomes e usos dos corpos dgua (rios,

    lagos, baas, etc.) localizados a jusante e a montante da rea pretendida;

    e) Cobertura vegetal;

    f) Edificaes e obras de arte existentes;

    9

    Apesar da legislao mineral descartar a necessidade de autorizao prvia municipal, a legislao ambiental exigepara a liberao de um possvel futuro empreendimento, que o interessado possua a licena da prefeitura municipal.

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    g) reas de preservao permanente e

    h) Usos estabelecidos, pela comunidade, dos recursos naturais e do solo.

    14) Fluxograma dos processos de extrao e operao indicando os pontos de gerao de resduos

    slidos, lquidos e gasosos;

    15) Cpia da comunicao do DNPM, julgando satisfatrio o Plano de Aproveitamento Econmico(PAE);

    16) Parecer tcnico do IBAMA no caso de remoo de cobertura vegetal;

    17) Descrio detalhada da tecnologia de extrao a ser adotada e dos equipamentos a serem

    utilizados (marca, tipo, capacidade, acionamento e funo) e

    18) Planta da rea de extrao, em escala mnima de 1:10.000, onde devero estar assinalados a rea

    do projeto delimitada por poligonal de amarrao com, no mnimo, um de seus vrtices associado a

    pontos fixos do terreno.Esses documentos so protocolados no rgo Ambiental estadual onde sero datados e numerados.

    Como ocorre com a LP, aps o cadastramento dos dados, o requerimento encaminhado ao corpo

    tcnico que ir proceder a anlise.

    Da mesma forma que a LP, esse processo pode demorar de meses a anos para o seu deferimento.

    Seu prazo de vigncia no mximo de 5 anos.

    2.7 Etapa 7: Estado Reunio da CECA - Licena de Instalao (LI)A Comisso Estadual de Controle Ambiental (CECA) um rgo colegiado, diretamente

    vinculado ao Secretrio de Estado de Meio Ambiente, a quem compete a coordenao, a superviso

    e o controle da utilizao racional do meio ambiente no Estado.

    As competncias e atribuies da CECA foram especificadas no Decreto-Lei n 134, de 15 Junho de

    1975, que dispe sobre a Preservao e o Controle da Poluio do Meio Ambiente no Estado do Rio

    de Janeiro, e d outras providncias.

    Devido a sucessivas reestruturaes da administrao estadual, a vinculao da CECA passou da

    Secretaria de Estado de Obras e Servios Pblicos, para a Secretaria de Estado de Obras e Meio

    Ambiente, em 1983, e para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, em 1987.

    A partir de 1995, foram criadas, na CECA, duas Cmaras: a de Normatizao e a de Licenciamento

    e Fiscalizao.

    Compete Cmara de Normatizao :

    o implementar, mediante regulamentao, representada por Deliberaes pblicas no Dirio

    Oficial do Estado do Rio de Janeiro, as diretrizes gerais e especficas da Poltica Estadual de

    Controle Ambiental;

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    o baixar, as instrues, normas, diretrizes e outros atos complementares necessrios ao

    perfeito funcionamento do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP;

    o deliberar sobre matrias que lhe sejam submetidas por seu Presidente.

    Compete a Cmara de Licenciamento e Fiscalizao:

    o

    determinar a expedio das licenas ambientais, estabelecidas suas condicionantes erestries ou denegar os requerimentos de licena;

    o aplicar as penalidades cabveis aos infratores da legislao de controle ambiental, mediante

    apreciao dos Autos de Constatao lavradas pelos rgos fiscalizadores;

    o dar soluo final aos processos de licenciamento ambiental para os quais tenham sido

    convocadas audincias pblicas.

    pela Cmara de Licenciamento e Fiscalizao que passa o processo antes da liberao das

    licenas ambientais.Normalmente, o tempo necessrio para a liberao de um processo, na CECA, de 15 a 30 dias,

    no mais que isso.

    Na CECA, o processo ser apreciado rapidamente por uma comisso formada por tcnicos do

    DRM, IEF, FEEMA e SERLA.

    Se, no entanto, houver questionamento de qualquer um dos representantes que fazem parte da

    Comisso, o processo ser encaminhado ao rgo representado pelo questionador, onde ser

    analisado e, provavelmente, entrar em exigncia.

    Nesse caso, no ser possvel prever o tempo que o processo poder ficar retido no rgo de origem

    (FEEMA), pois depender de diversos fatores burocrticos e tcnicos.

    De qualquer forma, j houve caso em que a autorizao da licena foi adiada por mais de 1 ano.

    De acordo com a legislao, o Presidente da CECA passou a ser o Secretrio de Estado de Meio

    Ambiente que, nesta qualidade, preside a Cmara de Normatizao.

    J a Cmara de Licenciamento e Fiscalizao presidida pelo Subsecretrio de Meio Ambiente uma

    vez que das decises tomadas por essa Cmara, cabe recurso ao Secretrio de Estado de Meio

    Ambiente. A parte administrativa da CECA dirigida pelo Secretrio Executivo que, entre suas

    atribuies, deve fazer cumprir as determinaes emanadas das decises das Cmaras.

    A composio e a organizao da CECA est definida no seu Regimento Interno, aprovado e

    baixado pelo Secretrio de Estado de Meio Ambiente.

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    2.8 - Etapa 8: Unio - DNPM Pedido de Lavra10Aps a aprovao do Relatrio Final de Pesquisa e da Cesso de Direitos, o interessado, agora

    pessoa jurdica, d entrada no protocolo do DNPM com o pedido de lavra.

    Os documentos necessrios so:

    1) Cpia do Contrato Social;2) Cpia do CNPJ;

    3) Atestado de Capacidade Financeira;

    4) Plano de Aproveitamento Econmico (PAE), com o respectivo cronograma de instalao,

    assinado por um engenheiro de minas;

    5) Comprovante do pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica do profissional

    responsvel pelo PAE;

    6) Planta de situao, em escala adequada, assinada por profissional competente;

    7) Planta baixa do Galpo Industrial, com toda a parte hidrulica, eltrica, de higiene, de segurana

    no trabalho, assinada por profissionais competentes;

    8) Comprovante do pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica dos profissionais

    responsveis pela planta baixa do galpo;

    9) Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);

    10) Plano de Resgate e Salvamento;

    11) Plano de Fechamento de Mina (PF);

    12) Plano de Controle Ambiental (PCA);

    13) Comprovante do pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica dos profissionais

    responsveis pelos Programas de Gerenciamento de Riscos, Plano de Resgate e Salvamento, Plano

    de Fechamento de Mina e Plano de Controle Ambiental e

    14) Licena de Instalao (LI) o DNPM envia ao interessado um ofcio, comunicando que julgou

    satisfatrio o Plano de Aproveitamento Econmico que dever ser encaminhado FEEMA pelo

    prprio para complementao do processo de emisso da LI.

    Apesar da necessidade do envolvimento de diversos profissionais especializados, tais como:

    engenheiro de minas, engenheiro civil, engenheiro de segurana, entre outros que so obrigados a

    comprovarem atravs do pagamento das respectivas ART, a responsabilidade por cada um dos

    trabalhos apresentados, esses projetos sero analisados apenas por um profissional da rea de

    engenharia de minas no DNPM.

    10Base legal: Cdigo de Minerao de 1967, Cdigo de guas Minerais de 1945, Portaria 222 do DNPM de 1997,

    Portaria 231 do DNPM de 1998 e Portaria 237 do DNPM de 2001.

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    A especificidade da indstria de gua mineral, como j foi tratada nesse captulo, impe a

    participao de profissional especializado na rea de alimentos.

    Alguns documentos exigidos nessa fase, pelo DNPM, fogem prpria legislao mineral, tais

    como: o Plano de Controle Ambiental. Esse plano especfico para a rea de meio ambiente e foi

    apresentado ao rgo competente para sua anlise. Dessa forma, a exigncia de apresentao desseplano, por parte do DNPM, gera um conflito de poderes com o rgo ambiental estadual.

    O prprio Plano de Resgate e Salvamento tambm um documento que se torna duplicata. Para

    legalizao da indstria junto ao Corpo de Bombeiros, um documento semelhante a esse j foi

    apresentado e analisado por uma equipe especializada no assunto.

    A necessidade de especialistas multidisciplinares comprova que o engenheiro de minas no o

    profissional mais adequado para a implantao da indstria. O prprio DNPM apesar de utilizar

    apenas engenheiros de minas nas anlises dos projetos apresentados, exige a assinatura deprofissionais de outras categorias.

    interessante que se repense a necessidade do profissional da rea de engenharia de minas para os

    projetos de implantao de uma indstria de gua mineral. Uma reunio com o Conselho Federal de

    Engenharia, Arquitetura e Agronomia seria necessria para esclarecer os limites de competncias

    desses profissionais.

    2.9 - Etapa 9: Unio Aprovao do Rtulo11

    Aps a publicao da Concesso de Lavra, o interessado encaminha o rtulo ao DNPM paraanlise.

    O rtulo tem que ser encaminhado em tamanho natural (definitivo), colorido e com os dizeres

    determinados pela Portaria MME 470, de 1999.

    Apesar de ser bastante detalhada, essa portaria no inclui as determinaes na legislao constante

    do Ministrio da Sade e do INMETRO.

    De posse da publicao no DOU da aprovao do rtulo, o interessado, dirige-se ento, para a

    Secretaria de Estado de Sade, para providenciar o Registro de sua indstria no Ministrio daSade.

    2.10 - Etapa 10: Estado - Alvar do Corpo de Bombeiros12O Decreto 897/76 - Aprova o COSCIP Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico do

    Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, que determina que as edificaes e

    11

    Base legal: Cdigo de guas Minerais de 1945 e Portaria 470 do MME de 1990.12Base legal Decreto 897 de 1976

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    estabelecimentos devero estar aprovados pelo referido rgo, antes da habitao ou da entrada em

    funcionamento.

    Para se obter o Habite-se e do Alvar de funcionamento, emitido pelo Corpo de Bombeiros, so

    necessrios os seguintes trabalhos, documentos e informaes:

    1 Elaborao do conjunto completo das plantas de arquitetura, conforme determinao do Corpode Bombeiros;

    2 Sobre as plantas de arquitetura, a empresa de projeto credenciada pelo Corpo de Bombeiros,

    projetar o sistema preventivo contra incndio e pnico.

    3 Preencher formulrio prprio do Corpo de Bombeiros;

    4 - Anexar cpia autenticada da escritura ou contrato de locao;

    5 - Anexar cpia autenticada da carteira de identidade e CPF do representante da edificao ou da

    empresa;6 Anexar cpia autenticada do estatuto ou contrato social da empresa;

    7 Anexar cpia da identidade do engenheiro de segurana credenciado pelo Corpo de Bombeiros

    e cpia da carteira de credenciamento no Corpo de Bombeiros da empresa contratada;

    8 Anexar original da ART, quitada,do tcnico responsvel pelo trabalho;

    9 Anexar original da taxa, quitada, ao Corpo de Bombeiros.

    Aps da protocolizao desses documentos no Corpo de Bombeiros, aguarda-se uma vistoria de

    equipe prpria do Corpo de Bombeiros que inspecionar o local e far exigncias para o

    enquadramento da indstria dentro das normas.

    Cumpridas as exigncias, solicitada uma nova vistoria, com a finalidade de verificao das obras e

    alteraes das instalaes, com a finalidade de que seja emitido o Certificado de Aprovao.

    Esses documentos podem ser expedidos num perodo que varia de meses a anos. No h qualquer

    imposio da lei em relao ao tempo de estudo e verificao que o Corpo de Bombeiros leva para

    o exame do processo.

    Um dos grandes problemas, em relao ao trabalho voltado para a autorizao de funcionamento

    fornecida pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, que tanto a empresa quanto o profissional

    que executar a obra e o servio precisam ser credenciados por esta Instituio. Reduz-se, dessa

    forma, o nmero de tcnicos e empresas disponveis no mercado.

    2.11 - Etapa 11: Municpio Boletim de Ocupao e Funcionamento (BOF)Para a obteno dos: Alvar de Localizao da Prefeitura Municipal e do Registro no

    Ministrio da Sade, necessrio que o interessado tenha adquirido o Boletim de Ocupao e

    Funcionamento.

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    Esse documento refere-se ao laudo de inspeo elaborado por tcnicos da Secretaria Municipal de

    Sade.

    Para obt-lo, o interessado deve preencher uma guia fornecida pela Sade Municipal, pagar uma

    taxa e dar entrada com essa documentao, no SUS.

    Feito isso, aguarda a visita dos tcnicos da Sade Municipal para inspeo na indstria. Uma vezconsiderada apta, a indstria receber o BOF e poder, dessa forma, dar continuidade aos processos

    na Secretaria de Obras (Alvar de Localizao) e protocolar o pedido de Registro na Secretaria de

    Estado de Sade.

    Esse documento pode demorar de meses a anos para ser fornecido. A maior dificuldade encontrar

    tcnicos aptos a analisar uma indstria de gua mineral. Em diversos casos, o municpio solicita a

    colaborao dos tcnicos da Vigilncia Sanitria Estadual para isso. Esses so os casos em que o

    processo demora mais a sair.

    2.12 - Etapa 12: Municpio Alvar de Localizao

    Apesar do Cdigo de Minerao no exigir mais autorizao da prefeitura municipal para a

    implantao de uma indstria extrativa mineral, a indstria s poder iniciar seu funcionamento, se

    possuir o respectivo Alvar de Localizao da Prefeitura Municipal.

    Assim, com base no Cdigo de Minerao, diversos interessados deixam de se preocupar com esse

    documento, quando do incio da formulao do processo de legalizao no DNPM.

    interessante ressaltar que, cabe Prefeitura Municipal, com base no zoneamento municipal e no

    Plano Diretor Municipal, identificar o local permitido para a instalao de uma indstria.

    Dessa forma importante que esse documento seja o primeiro a ser conquistado, pois dele

    depender, alm da prpria autorizao municipal, a autorizao da Secretaria de Estado de Sade e

    da FEEMA.

    Para solicit-lo so necessrios os seguintes documentos:

    1) Contrato Social da empresa;

    2) CNPJ;3) Laudo do Corpo de Bombeiros;

    4) Inscrio Estadual;

    5) Comprovante de pagamento de taxas;

    6) Identidade, CPF e Comprovante de Residncia dos Scios;

    7) Comprovante de Propriedade do Solo, ou Contrato de Arrendamento (se no for o

    proprietrio);

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    8) Cpia do Boletim de Ocupao e Funcionamento (BOF), ou comprovante que a taxa do

    BOF foi paga.

    O Alvar de Localizao poder sair rapidamente, caso toda a documentao esteja completa. No

    entanto, em muitos casos, a falta do Laudo do Corpo de Bombeiros ou de outro documento, poder

    gerar grande demora na liberao desse importante documento. difcil prever o tempo de liberao, mas pode variar de algumas semanas at anos.

    2.13 - Etapa 13: Estado/Unio Registro no Ministrio da Sade13Aps a obteno da Concesso de Lavra, o interessado na montagem de uma indstria de

    gua mineral dirige-se Secretaria de Estado de Sade onde ir protocolar o pedido de Registro de

    sua gua (um alimento), no Ministrio da Sade.

    Os documentos necessrios so:1) Boletim de Ocupao e Funcionamento (BOF) e o Certificado de Inspeo Sanitria

    (CIS) fornecidos pela Secretaria Municipal de Sade;

    2) Preenchimento dos Formulrios de Petio 1 (FP1) e dos Formulrios de Petio 2 (FP2),

    formulrios anexos s Resolues RDC 6, de 02 de janeiro de 2001 e da 23, de 15 de maro de

    2000;

    3) Cpia autenticada da publicao no DOU da Portaria de Lavra;

    4) Cpia autenticada do laudo da gua, fornecido pelo LAMINCPRM;

    5) Cpia autenticada do parecer, emitido pelo DNPM classificando a gua;

    6) Cpia autenticada da publicao no DOU da aprovao do Rtulo;

    7) Rtulos coloridos, em tamanho natural, com os dizeres de acordo com a Resoluo RDC

    259 de 2002;

    8) Cpia do Manual de Boas Prticas, elaborado por profissional competente;

    9) Ficha de Cadastro da Empresa devidamente preenchida;

    10) Comprovante de pagamento da taxa de fiscalizao sanitria ou declarao de isenta

    caso a empresa esteja classificada como micro empresa.

    Os documentos so, ento, analisados pelo setor de documentao. Considerados corretos, o

    processo segue para o setor tcnico da Diviso de Alimentos da Vigilncia Sanitria que de posse

    do Manual de Boas Prticas, dirige-se para o local e verifica in loco se a indstria est montada de

    acordo com as normas da Sade.

    Esse processo, estando bem instrudo pode demorar de 1 a 6 meses para ser liberado.

    13Base legal: Decreto-lei 986 de 1969, Portaria 326 do MS de 1997, Resolues RDC 54 de 2000 e 275 de 2002.

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    Caso a documentao no esteja completa ou a indstria apresente erros que necessitem de

    alteraes que envolvam obras demoradas, o processo ficar retido, at a apresentao da

    documentao, ou da realizao das obras.

    S aps a documentao correta e as obras realizadas, o processo ser encaminhado para a

    ANVISA, com a proposta de deferimento do pedido de Registro da indstria.A ANVISA, aps uma rpida reviso, prepara a documentao para a publicao do Registro no

    Dirio Oficial da Unio.

    A partir da publicao, a indstria estar apta pelo Ministrio da Sade a iniciar suas atividades.

    Normalmente, o prazo desse Registro de 5 anos.

    2.14 - Etapa 14: Estado Laudo do Laboratrio da FEEMA

    A legislao da Sade, para guas de ingesto, estipula limites mximos para Antimnio,

    Cianeto e Mercrio.

    O laboratrio oficial do Governo Federal para gua mineral, LAMINCPRM, no entanto, por falta

    de equipamentos adequados, no tem condies de elaborar tais anlises.

    Dessa forma, o interessado na montagem de uma indstria de gua mineral, encaminha amostras da

    gua que deseja envasar ao laboratrio da FEEMA onde, atravs do pagamento de uma taxa, e

    preenchimento de uma guia, solicita a anlise dessas trs substncias.

    Aps uns 15 (quinze) dias, o resultado est pronto.O interessado junta o resultado das anlises ao processo em estudo, na Secretaria de Estado de

    Sade, que dar andamento anlise.

    2.15 Etapa 15: Estado SERLA Outorga e CadastroCom a passagem da gesto da gua subterrnea para os Estados e promulgao da Lei 9.433,

    de 1997, a utilizao da gua passa por uma nova poltica de controle.

    O Estado do Rio de Janeiro, seguindo a orientao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos,

    atravs da Lei 3.239 de 02 de agosto de 1999, institui a sua prpria poltica de gerenciamento dos

    recursos hdricos.

    A partir de 2000, a Fundao Superintendncia Estadual de Rios e Lagoas (SERLA), estabelece os

    procedimentos tcnicos e administrativos para emisso de outorga de direito de uso da gua no

    Estado.

    Em 2003, com a promulgao da Lei Estadual 4.247 de 16 de dezembro, determina a cobrana pela

    utilizao dos recursos hdricos no Estado.

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    Assim, qualquer usurio de gua no Estado do Rio de Janeiro hoje, seja atravs de captao ou de

    lanamento, necessita dispor de outorga, ou, pelo menos, do Cadastro Estadual de Usurio da gua

    (CEUA).

    Sem o Cadastro ou uma declarao de iseno de outorga, o interessado na montagem de uma

    indstria mineral no estado do Rio de Janeiro, no conseguir obter a Licena Ambiental, ficando,dessa forma, inapto para iniciar suas atividades.

    A SERLA exige que as indstrias de guas minerais sejam cadastradas, em relao captao da

    gua mineral e solicitem outorga para o lanamento de efluentes nos corpos dgua.

    Os documentos necessrios so:

    1) Outorga para Lanamento:

    a) Preenchimento dos formulrios adequados;

    b) Comprovao de pagamento dos emolumentos;c) Cpia do Contrato Social e suas alteraes;

    d) Cpia do CNPJ;

    e) Cpia do Ttulo de propriedade do terreno;

    f) Planta, na escala 1:50.000, do IBGE, com localizao geogrfica ou UTM do ponto de

    lanamento, objeto do pedido de outorga, incluindo nome dos corpos hdricos e bacia hidrogrfica;

    g) Vazo lanada (l/s);

    h) Cpia da respectiva licena ambiental ou protocolo de abertura de processo;

    i) Dados tcnicos do lanamento e

    j) Fotos do local de tomadas de gua e do lanamento.

    2) Cadastro da Captao:

    a) Preenchimento do formulrio adequado e

    b) Comprovao de pagamento dos emolumentos.

    Caso a indstria possua outros pontos de captao de gua, que no sejam para industrializao de

    gua mineral, dever solicitar outorga.

    O cadastramento rpido e no requer, por enquanto, uma anlise dos dados para a sua aceitao.

    J a outorga, um processo demorado que depende de um estudo mais profundo do corpo tcnico e

    jurdico da SERLA e, por esse motivo, pode demorar de alguns meses a alguns anos para que a

    solicitao seja deferida.

    Como j foi dito, a FEEMA aguardar um desses documentos, ou uma declarao de iseno para

    liberao da licena ambiental.

    J a SERLA, caso o interessado ainda no tenha obtido da FEEMA a licena ambiental (LP, LI ou

    LO), emitir a outorga de lanamento condicionada.

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    2.16 - Etapa 16: Estado FEEMA - Licena de Operao (LO)A LO autoriza a operao ou utilizao do empreendimento, desde que respeitadas as

    condies especificadas na licena. Essa etapa segue exatamente a mesma tramitao descrita na

    Etapa 6. Tanto a parte burocrtica, como o estudo tcnico far-se-o como na solicitao da Licena

    de Instalao, acrescentando a exigncia de apresentao da concesso de lavra, expedida pelo

    DNPM.

    Assim, apesar de repetitivo, segue abaixo a documentao necessria para a liberao da Licena de

    Operao (LO).

    1) Formulrio de requerimento preenchido e assinado pelo representante legal;

    2) Cpia dos documentos de identidade e CPF do representante legal e do responsvel tcnico

    habilitado, quando houver;

    3) Ata da eleio da ltima diretoria, quando se tratar de Sociedade Annima, ou contrato social

    registrado no caso de sociedade, por cotas de responsabilidade limitada.;

    4) Comprovante de recolhimento do custo da licena requerida;

    5) Cpia do assentimento da Prefeitura Municipal, com enquadramento da atividade minerria no

    zoneamento municipal14;

    6) Cpia do Alvar de Pesquisa emitido pelo DNPM;

    7) Cpia do Registro da empresa no DRM;8) Formulrio de Cadastro Industrial e seus anexos preenchidos e assinados;

    9) Caractersticas gerais, destinao final, escala de produo prevista dos equipamentos a serem

    utilizados,

    10) Descrio da tecnologia utilizada na extrao, bem como os equipamentos previstos;

    11) Descrio do local da atividade (topografia, cobertura vegetal, corpos dgua, sistema virio ,

    Unidades de Conservao da Natureza e demais reas de preservao permanente);

    12) Planta da rea, em escala de 1:50.000, com as mesmas informaes do item anterior;13) Planta planialtimtrica, preferivelmente em escala 1:10.000 (quando possvel), contendo os

    seguintes elementos, assinalados num raio de 500m, em rea urbana e de 1.000m, em rea rural:

    a) Indicao da direo Norte;

    b) Indicao das coordenadas UTM;

    14 Apesar da legislao mineral no exigir uma autorizao prvia municipal, a legislao ambiental exige para a

    liberao de um possvel futuro empreendimento, que o interessado possua tanto a licena da prefeitura municipalquanto a autorizao do proprietrio do solo.

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    c) Localizao do terreno, em relao ao seu logradouro, indicando as vias de acesso

    principais, todas devidamente denominadas;

    d) Indicar a localizao, bem como informar os nomes e usos dos corpos dgua (rios,

    lagos, baas, etc.) localizados a jusante e a montante da rea pretendida;

    e) Cobertura vegetal;f) Edificaes e obras de arte existentes;

    g) reas de preservao permanente e

    h) Usos estabelecidos, pela comunidade, dos recursos naturais e do solo.

    14) Fluxograma dos processos de extrao e operao, indicando os pontos de gerao de resduos

    slidos, lquidos e gasosos;

    15) Cpia da Portaria de Lavra do MME ;

    16) Parecer tcnico do IBAMA, no caso de remoo de cobertura vegetal;17) Descrio detalhada da tecnologia de extrao a ser adotada e dos equipamentos a serem

    utilizados (marca, tipo, capacidade, acionamento e funo);

    18) Planta da rea de extrao, em escala mnima de 1:10.000, onde devero estar assinalados a rea

    do projeto delimitada por poligonal de amarrao com, no mnimo, um de seus vrtices associado a

    pontos fixos do terreno e

    19) Outorga da SERLA para a utilizao da gua e para o lanamento de efluentes.

    A burocracia segue a mesma ordem dos pedidos de licenas anteriores (LP e LI). Esses

    documentos so protocolados no rgo Ambiental estadual onde sero datados e numerados.

    Aps o cadastramento dos dados, o processo encaminhado ao corpo tcnico, que ir proceder

    anlise e vistoria da rea.

    Esse processo pode demorar de meses a anos para o seu deferimento e seu prazo de vigncia no

    mximo de 5 anos.

    12.1.17 - Etapa 17: Estado Reunio da CECA Licena de Operao (LO)

    Essa etapa segue exatamente a mesma situao descrita na Etapa 7.Por esse motivo, deixa-se de descrev-la, apenas lembrando que a liberao da Licena de Operao

    depender do resultado da reunio que ocorrer na CECA, com a participao de representantes do

    DRM, FEEMA, IEF e SERLA.

    12.1.18 - Etapa 18: Unio Registro da Empresa no IBAMACom a promulgao da Lei 10.165 de 2000, que instituiu a Taxa de Controle e Fiscalizao

    Ambiental (TCFA), os interessados em implantao de uma atividade considerada poluidora (tanto

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    a minerao quanto a indstria de alimentos e bebidas so consideradas poluidoras), so obrigados a

    pagar, trimestralmente, essa taxa.

    Assim, aps a obteno da Licena de Operao, o Titular necessita fazer seu Cadastro no IBAMA.

    Para isso, so necessrios os seguintes documentos:

    1) Contrato Social e ltima alterao contratual;2) CNPJ;

    3) Inscrio Estadual;

    4) Alvar da Prefeitura Municipal;

    5) Licena de Operao fornecida pela FEEMA;

    6) CPF e documento de identidade dos scios e

    7) Comprovante de residncia dos scios.

    Como pode ser observado, mesmo j possuindo a Licena de Operao, que se subentende como odocumento que caracteriza a autorizao ambiental para o funcionamento da indstria, h a

    necessidade de que o prprio empresrio faa seu Cadastro no IBAMA, apenas com a finalidade de

    efetuar o pagamento da Taxa de Controle e Fiscalizao Ambiental, trabalho esse, j executado pela

    FEEMA.

    Para isso, como foi visto, so apresentados documentos j encaminhados a tantos outros rgos,

    inclusive ao rgo Ambiental Estadual (FEEMA) que tem, por fora de legislaes federais e

    estaduais, a competncia de analisar o Plano de Controle Ambiental, autorizar, fiscalizar e

    acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos executados na indstria.

    Assim, aps a realizao do Cadastramento, que feita pela INTERNET, diretamente na pgina do

    IBAMA, a empresa imprime o boleto bancrio para pagamento da referida taxa.

    A partir desse momento, alm do pagamento da taxa, a empresa se obriga a apresentar, anualmente,

    um relatrio das atividades ao IBAMA.

    importante esclarecer mais uma vez que o IBAMA no analisa o PCA, nem sequer o exige para o

    cadastramento da Empresa. Essa funo fica a cargo do rgo Ambiental Estadual.

    No se pode dizer que houve perda de competncia do Estado, pois no houve qualquer alterao na

    legislao, retirando competncia de uma esfera para outra. Ocorreu sim, a criao de mais uma

    taxa e, conseqentemente, uma nova etapa burocrtica.

    12.1.19 Etapa 19: Unio/Estado- Registro da Empresa no CREAAs empresas que exercem a extrao mineral no pas esto sujeitas fiscalizao do Conselho

    Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) de sua regio.

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    Uma indstria de gua mineral bem como um balnerio, que so consideradas mineraes, para que

    possam exercer suas atividades, deve possuir o registro no CREA, tanto da empresa quanto do

    responsvel tcnico, que nesse caso, s poder ser um engenheiro de minas.

    Os documentos necessrios para o registro dessa atividade so:

    1) Preenchimento, sem rasuras, do Requerimento de Registro Empresa (RRE);2) Preenchimento, sem rasuras, do Termo de Compromisso (TC);

    3) Cpia autenticada do Contrato Social da Empresa;

    4) Cpia autenticada da ltima alterao contratual da Empresa;

    5) Cpia de documento, comprovando a autenticidade da assinatura do representante da empresa no

    RRE;

    5) 1 (uma) via original do contrato de prestao de servios;

    6) Comprovante de pagamento da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) do profissionalcontratado (engenheiro de minas) e

    7) Procurao da Empresa para a pessoa que ir dar entrada na documentao junto ao CREA.

    Para entrada dessa documentao no CREA do Rio de Janeiro, formam-se filas considerveis,

    assim, em diversas situaes, a documentao encaminhada ao CREA levada por mensageiros da

    Empresa ou do prprio escritrio do Engenheiro de Minas. O CREA do Rio de Janeiro, s aceita

    receber esses documentos, se o mensageiro estiver de posse de uma procurao do empresrio

    especfica para essa finalidade.

    Aps a entrega da documentao, o processo levar alguns meses para anlise.

    Legalmente, o funcionamento da indstria de gua mineral ou balnerio s poder ocorrer aps a

    aprovao, por parte do CREA, da documentao apresentada.

    A partir da, ficam a empresa e o engenheiro de minas obrigados ao pagamento da anuidade do

    CREA, bem como sujeitos fiscalizao por esta Instituio.

    interessante ressaltar que a necessidade de engenheiro de minas como responsvel pela indstria

    mineral, teve seu incio num perodo em que no existia a profisso de gelogo.

    Alm disso, tanto o art. 34 do Decreto 23.569 de 11 de dezembro de 1933, quanto o art. 14 da

    Resoluo CONFEA n 218 de 29 de junho de 1973, que descriminam as atribuies do engenheiro

    de minas, em relao a indstrias, s fazem referncia a indstrias metalrgicas (Decreto de 1933)

    ou de beneficiamento de minrios (Resoluo CONFEA). Dessa forma, acredita-se que uma

    indstria, cujo projeto bsico est voltado para os aspectos higinicos e de embalagens por volume,

    no deveria ser considerada uma indstria mineral.

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    H necessidade de se destacar tambm, que os Conselhos Regionais (CREA) no permitem a

    responsabilidade tcnica de engenheiros de minas, em indstrias de gua mineral. Os engenheiros

    de minas, assim como os gelogos, podem ser responsveis apenas pela captao.

    A continuidade da obrigatoriedade de engenheiro de minas como responsvel por uma indstria de

    gua mineral, est ligada a poca em que, para lavrar uma jazida qualquer, era necessrio que aempresa fosse uma Empresa de Minerao. Essa condio, com a promulgao da Lei 9.314, de 14

    de novembro de 1996, deixou de ser necessria. O pargrafo nico do art. 37, do Cdigo de

    Minerao foi alterado e a figura Empresa de Minerao deixou de existir.

    Mesmo assim, tanto o DNPM quanto o CREA insistem em exigir um engenheiro de minas como

    responsvel por uma indstria de gua mineral.

    2.20 - Etapa 20: Unio/Estado Registro da Empresa no CRQ15

    Por fora do item 27.42, do artigo 2, da Resoluo Normativa n 51, de 12 de dezembro de

    1980, as indstrias responsveis pelo engarrafamento e gaseificao de gua mineral so obrigadas

    a se registrarem no Conselho Regional de Qumica (CRQ).

    Ao se registrarem, passam a estar regidas pela legislao especfica desse Conselho que, entre

    outras coisas, impe, com base na Lei n 2.800, de 18 de junho de 1956, o pagamento da respectiva

    anuidade.

    Assim, com a vigncia dessa Resoluo Normativa, em 1980, todas as empresas que engarrafam

    gua se no possuem o registro no CRQ, podero sofrer as sanes impostas pelo Conselho que vaidesde multa at a interdio da indstria.

    Para a legalizao da engarrafadora, que, no presente caso, considerada uma indstria de bebidas,

    so necessrios:

    1) Preenchimento do Formulrio de Declarao de Atividades do Responsvel Tcnico;

    2) Contrato Social;

    3) Alvar de Localizao;

    4) 4 Vias do Contrato de Prestao de Servios (que poder ser um qumico de nvel mdio ousuperior ou um engenheiro qumico);

    5) Comprovante do registro do qumico no CRQ e

    6) Comprovao de disponibilidade de horrio para o trabalho.

    Essa documentao poder ser encaminhada ao CRQ por qualquer pessoa, no havendo necessidade

    de procurao para isso.

    15Base legal: Lei 2.800 de 18 de junho de 1956, Lei 6.839 de 30 de outubro de 1980 e Resoluo Normativa 51 de 12

    de dezembro de 1980.

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    Apresentados esses documentos, a solicitao ser encaminhada a um dos Conselheiros que

    analisar o pedido. Seu parecer ser ento, apreciado pela plenria do CRQ que se rene

    mensalmente.

    Aprovado pelo Plenrio, o interessado receber uma carta, contendo o parecer do CRQ, a guia de

    cobrana da anuidade do exerccio, as taxas de registro e a anotao de responsabilidade tcnica.Aps o pagamento dessas taxas, a empresa recebe o Certificado de Registro e da Certido de

    Anotao de Responsabilidade Tcnica, ficando, dessa forma, legalizada junto ao CRQ.

    O prazo para obteno desse Certificado, normalmente, de 3 a 6 meses.

    importante ressaltar que o prprio Ministrio da Sade, atravs das Secretarias de Sade

    Estaduais e Municipais, no exige um qumico ou engenheiro qumico para a responsabilidade de

    uma indstria de alimentos (gua mineral, no caso). O que a Sade exige um profissional

    qualquer, que tenha cursos de especializao, na rea de alimentos.A tabela 1 descreve as etapas para legalizao de uma indstria de gua mineral no estado do Rio de

    Janeiro.

    A Figura 1 representa, na forma de organograma, o atual modelo burocrtico para legalizao de

    uma indstria de gua mineral.

    Tabela 1 - Etapas para legalizao de uma indstria de gua mineral(Estudo de Caso: Estado do Rio de Janeiro Dez. 2004)

    Seqncia Entidade Descrio do Trabalho Prazo Provvel deAnlise

    1 Interessado/Consultor D entrada com o Requerimento do Pedido de Pesquisa no DNPM Alguns minutos2 DNPM Analisa o Pedido de Pesquisa no Controle de reas De 1 a 3 meses3 DNPM Vistoria a rea a ser pesquisada (cobra por isso) 1 dia4 DNPM Libera Alvar de Pesquisa Vlido por 2 anos5 Interessado/Consultor Elabora e encaminha pedido de Licena Prvia (LP) FEEMA 3 dias6 FEEMA Analisa o pedido de LP Alguns meses7 FEEMA Libera LP8 Interessado/Consultor D entrada no DNPM no Relatrio Final de Pesquisa 1 dia

    9 DNPMAnalisa o Relatrio Final de Pesquisa que engloba vistoria, anlise

    tcnica, estudo in loco e exigncias tcnicas.De 6 a 18 meses

    10 Interessado/Consultor Executa os trabalhos tcnicos exigidos pelo DNPM De semana a meses

    11DNPM Distrito

    Regional

    Aps cumprimento de exigncias pelo interessado, o Distrito Regionalencaminha ao DNPM Sede, para classificao da gua e sugerindo

    aprovao do Relatrio Final de Pesquisa.

    De semana a mesesdependendo da

    disponibilidade detcnicos

    12 DNPM - SedeAnalisa o Relatrio e caso no haja exigncia aprova o Relatrio Final

    de PesquisaAlguns meses

    13 Interessado D entrada no DNPM com o pedido de Cesso de Direitos De 1 a 2 meses

    14 DNPMAnalisa o pedido de Cesso de Direitos e manda proposta de

    aprovao pra Braslia que providencia sua publicaoDentro do prazo

    anterior

    15 Interessado/ConsultorElabora e protocola o Requerimento para o Cadastro Mineiro para o

    DRM7 dias

    16 DRM Analisa e Cadastra (Registro da Empresa no DRM) De 7 a 10 dias

    17 Interessado/ConsultorProvidencia o Plano de Controle Ambiental e a documentao

    necessria para solicitao da Licena de Instalao (LI) e d entradana FEEMA.

    6 meses

    18 FEEMA Analisa e vistoria o pedido de LI De meses a anos19 Interessado/Consultor D entrada no DNPM com pedido de lavra contendo documentao 6 meses

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    Seqncia Entidade Descrio do Trabalho Prazo Provvel deAnlise

    exigida e o Plano de Aproveitamento Econmico (PAE), assinado porEngenheiro de Minas

    20 DNPMEmite ofcio ao interessado comunicando que julgou satisfatrio o

    Plano de Aproveitamento Econmico - PAEDe meses a anos

    21 Interessado/ConsultorEncaminha para a FEEMA cpia do comunicado em que o DNPM

    julga satisfatrio o PAE, para o processo de solicitao de emisso de

    LI.

    1 dia

    22 CECAO processo de pedido de LI vai a CECA com a finalidade de liberao

    ou no do EIA-RIMADe 2 a 4 semanas

    23 FEEMA Libera a LI Semanas a meses

    24 Interessado/ConsultorProvidencia a publicao da LI num jornal de grande circulao e noDirio Oficial do Estado e d entrada com a cpia da LI no DNPM.

    De 5 a 20 dias

    25 Interessado/ConsultorComprova a publicao nos jornais atravs de protocolizao dos

    respectivos comprovantes na FEEMA1 dia

    26 DNPM Libera e manda publicar no DOU a Portaria de LavraDe semanas a

    meses

    27 Interessado/ConsultorElabora o rtulo com os dizeres exigidos pelo DNPM, Sade e

    INMETRO e d entrada no DNPM15 dias

    28 DNPM Analisa o rtulo e exige nova anlise microbiolgica completa Meses

    29 Interessado/Consultor Prepara documentao para solicitao da liberao da rea pelo Corpode Bombeiros (Secretaria de Defesa Civil)

    1 ms

    30 Interessado/ConsultorPrepara documentao p/ solicitao do Boletim de Ocupao eFuncionamento e d entrada na Secretaria Municipal de Sade

    1 ms

    31 Interessado/ConsultorPrepara documentao para solicitao do Alvar de Localizao

    Municipal e d entrada na Secretaria Municipal de Obras.1 ms

    32 Interessado/ConsultorElabora novo PCA e nova documentao, preenche novos formulrios

    para o pedido de LO. D entrada na FEEMA.3 meses

    33 Interessado/ConsultorElabora pedido de Registro na Vigilncia Sanitria do Estado (Manualde Boas Prticas, POP, documentao, formulrios, etc) e d entrada

    na Secretaria de Estado de Sade2 meses

    34 Interessado/ConsultorEncaminha amostra da gua para envase ao laboratrio da FEEMA

    para anlise de Antimnio, Cianeto e Mercrio1 dia

    35 FEEMA emitido o resultado da anlise qumica 15 dias36 Interessado/Consultor Encaminha resultado da anlise Secretaria de Estado da Sade 1 dia

    37Vigilncia Sanitria do

    EstadoAnalisa documentao, faz vistoria e encaminha o processo para a

    ANVISA/MSDe 3 a 6 meses

    38 Interessado/ConsultorProvidencia o Cadastro do poo ou surgncia na SERLA pela

    INTERNET1 dia

    39 SERLA Emite comprovante Imediato40 FEEMA Analisa o PCA, documentos, faz vistoria e defere pedido de LO De meses a anos

    41 CECAO processo de pedido de LO vai a CECA para liberao ou no da

    apresentao do EIA-RIMADe 2 a 4 semanas

    42 FEEMA Libera a LO De meses a anos

    43 Interessado/ConsultorProvidencia a publicao da LO num jornal de grande circulao e no

    Dirio Oficial do EstadoDe 5 a 20 dias

    44 Interessado/ConsultorComprova a publicao nos jornais atravs de protocolizao dos

    respectivos comprovantes na FEEMA 1 dia45 Interessado/Consultor Providencia o Registro da Empresa no IBAMA pela INTERNET 1 dia46 IBAMA Emite o Registro e a guia para pagamento Imediato

    47 Interessado/ConsultorProvidencia Registro da Empresa e do Tcnico Responsvel

    (engenheiro de minas) no CREA5 dias

    48 CREA Analisa e aprova 3 meses49 Interessado/Consultor Providencia Registro da Empresa e de um tcnico de qumica no CRQ 5 dias50 CRQ Analisa e aprova 1 ms

    51 Interessado/ConsultorElabora e apresenta aos diversos rgos e Entidades relatrios,semestrais e anuais, bem como solicita renovao peridicas das

    diversas licenasPeriodicamente

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    Figura 1 Atual Modelo Burocrtico para Legalizao de umaIndstria de gua Mineral no Estado do Rio de Janeiro

    RestriesLI

    VIGILNCIA

    SANITRIA

    SECRETARIA

    DEOBRAS

    ANVISA IBAMADNPM FEEMA

    DRM

    SERLA IEF CECA CORPO DEBOMBEIROS

    Alvarde

    Pesquisa

    AprovaoRFP

    Classificaoda gua

    Cesso deDireitos

    Concessode Lavra

    Aprovaodo Rtulo

    FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

    Registrono MS

    Registro noIBAMA

    LP

    LO

    Registrono DRM

    Cadastro ouOutorga

    FaixaMarginal

    Restries

    LO

    Dispensa

    EIA-RIMA

    DispensaEIA-

    RIMA

    Aprovaodo Projeto

    BOF

    Alvarde

    Localizao

    CREA

    CRQ

    Registro daEmpresa e doprofissionalresponsvelem cada um

    dos Conselhos

    VIGI-LN-CIASANI-TRIA

    ANLISEPEDIDO

    REGISTONO MS

    Exigncia Licena Ambiental

    CPRM

    Estudoin loco Laboratrio

    FEEMA

    Resultado:Cianeto,

    Mercrio eAntimnio

    EMPRESA PRONTA PARA ENTRAR EM FUNCIONAMENTO

    INMETRO

    VOLUME

    LI

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    3 CONCLUSES

    A elevada carga burocrtica para legalizao de uma indstria de gua mineral no estado do

    Rio de Janeiro est diretamente ligada a diversas legislaes de mbito federal, estadual e municipal

    que visam proteger a qualidade do produto a ser extrado e consumido sem qualquer tratamento.

    Porm, o excesso de legislao vem dificultando ao prprio setor pblico desempenhar suas tarefassem que sejam criados conflitos entre os diversos rgos e Entidades responsveis pela legalizao

    desse que, alm de um bem mineral, um recurso hdrico, uma bebida, um alimento e um

    medicamento.

    Assim, acredita-se que a integrao da legislao estabelecida atravs do dilogo entre as diversas

    Entidades envolvidas no processo de legalizao possa integrar as legislaes vigentes diminuindo

    o processo burocrtico estabelecido atualmente.

    4 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AVULSO 34 Cdigo de Minas, Leis e Regulamentos Subseqentes e Legislao Correlata. Riode Janeiro: Diretoria de Estatstica da Produo do Servio de Fomento da Produo Mineral doDepartamento Nacional da Produo Mineral do Ministrio da Agricultura, 1938.

    BRASIL. Constituio Poltica do Imprio do Brasil (1824). In: Cunha, A. S. Todas asConstituies Brasileiras. Campinas: Bookseller, 2001.

    BRASIL. Decreto n 23.569, de 11 de dezembro de 1933. Regula o exerccio das profisses deengenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Dirio Oficial [da] Repblica dos Estados Unidos doBrasil, Rio de Janeiro, DF, 15 dez. 1933. Retificado no Dirio Oficial [da] Repblica dos EstadosUnidos do Brasil, Rio de Janeiro, DF, 16 jan. 1934. In: Avulso 34 Cdigo de Minas, Leis eRegulamentos Subseqentes e Legislao Correlata. Rio de Janeiro: Diretoria de Estatstica daProduo do Servio de Fomento da Produo Mineral do Departamento Nacional da ProduoMineral do Ministrio da Agricultura, 1938. p. 90-102.

    BRASIL. Decreto n 24.643, de 10 de julho de 1934. Cdigo de guas. Dirio Oficial [da]Repblica dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, DF, 24 jul. 1934. Disponvel em:. Acesso em: 06 dez. 2004.

    BRASIL. Decreto n 62.934, de 2 de julho de 1968. Regulamento do Cdigo de Minerao. DirioOficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 5 jul. 1968. In: Cdigo de Minerao eLegislao Correlata. Braslia: Departamento Nacional da Produo Mineral do Ministrio deMinas e Energia, 1984. Ed. Rev., p. 55-104.

    BRASIL. Lei n 2.800, de 18 de junho de 1956. Cria os Conselhos Regionais de Qumica, dispesobre a profisso do qumico e d outras providncias. Dirio Oficial [da] Repblica Federativado Brasil, Rio de Janeiro, DF, 25 jun. 1956. Disponvel em:. Acesso em: 23 nov. 2004.

    BRASIL. Lei n 10.165, de 27 de dezembro de 2000. Altera a Lei n 6.938, de 31 de agosto de1981, que dispe sobre a Poltica Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos deformulao e aplicao, e d outras providncias. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do

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    BRASIL. Portaria 117, de 17 de julho de 1972 do Diretor Geral do DNPM. Estabelece instruessobre os estudos in loco de fontes de guas minerais ou potveis de mesa como condio

    indispensvel aprovao do relatrio final de pesquisa. Dirio Oficial [da] Repblica Federativado Brasil, Braslia, DF, 24 jul. 1972. In: Pinto, U.R. Consolidao da Legislao Mineral eAmbiental. Braslia:, 2004. p. 164-165.

    BRASIL. Portaria 222, de 28 de julho de 1997 do Diretor Geral do DNPM. Especificaes Tcnicaspara o Aproveitamento de gua Mineral ou Potvel de Mesa. Dirio Oficial [da] RepblicaFederativa do Brasil, Braslia, DF, 8 ago.1997. In: Pinto, U.R. Consolidao da LegislaoMineral e Ambiental. Braslia:, 2004. p. 171-180.

    BRASIL. Portaria 231, de 31 de julho de 1998 do Diretor Geral do DNPM. Estabelece Instruessobre as reas de Proteo de Fontes de guas Minerais. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa

    do Brasil, Braslia, DF, 7 ago. 1998. In: Pinto, U.R. Consolidao da Legislao Mineral eAmbiental. Braslia:, 2004. p. 190-194.

    BRASIL. Portaria 470, de 24 de novembro de 1999 do Ministro de Estado de Minas e Energia.Estabelece Instrues sobre a aprovao de rtulos de gua Mineral e Potvel de Mesa. DirioOficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 25 nov. 1999. In: Pinto, U.R.Consolidao da Legislao Mineral e Ambiental. Braslia:, 2004. p. 160-162.

    BRASIL. Resoluo CONAMA n 9, de 6 de dezembro de 1990. Estabelece instrues sobre anecessidade de Licena Ambiental para extrao de substncias minerais atravs da Guia deUtilizao. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 28 dez. 1990. In:Pinto, U.R. Consolidao da Legislao Mineral e Ambiental. Braslia:, 2004. p. 562-565.

    BRASIL. Resoluo RDC 6, de 18 de fevereiro de 2000 da Agncia Nacional de VigilnciaSanitria. Dispe sobre a Taxa de Sade Suplementar por registro de produto, registro de operadora,alterao de dados referente ao produto, alterao de dados referentes operadora, pedido dereajuste de contraprestao pecuniria e d outras providncias. Dirio Oficial [da] RepblicaFederativa do Brasil, Braslia, DF, 18 fev. 2000. Disponvel em:. Acesso em: 07 dez. 2004.

    BRASIL. Resoluo RDC 23, de 06 de fevereiro de 2003 da Agncia Nacional de Vigilncia

    Sanitria. Dispe sobre Normas Bsicas de Procedimentos Administrativos voltados para amelhoria do atendimento e da arrecadao no mbito da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria.Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 07 fev. 2003. Disponvel em:.Acesso em: 07 dez. 2004.

    RIO DE JANEIRO (Estado). Decreto n 897, de 21 de setembro de 1976. Regulamenta, Decreto-Lei n 247 de 21 de julho de 1975. Dirio Oficial [do] Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,RJ, 22 set. 1976. Disponvel em: . Acesso em 20 dez. 2004.

    RIO DE JANEIRO (Estado). Decreto-Lei n 134, de 16 de junho de 1975. Dispe sobre a

    preveno e o controle da poluio do meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro e d outrasprovidncias. Dirio Oficial [do] Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 16 jun. 1975.Disponvel em: http://www.lei.adv.br/134-75.htm>. Acesso em 20 dez. 2004.

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    RIO DE JANEIRO (Estado). Deliberao CECA n 3.055, de 14 de dezembro de 1993. Aprova aDiretriz para o Licenciamento de Atividades de Extrao Mineral DZ-1836-R-2. Dirio Oficial[do] Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 29 mar. 1994. Disponvel em:. Acesso em: 23 nov. 2004.

    RIO DE JANERIO (Estado). Deliberao DRM n 0194, de 26 de agosto de 1994. Delibera sobre aclassificao das atividades de explorao e aproveitamento de recursos minerais, para efeito deRegistro de empresas perante o Departamento de Recursos Minerais DRM. Dirio Oficial [do]Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 02 set. 1994. Disponvel em:. Acesso em: 23 nov. 2004.

    RIO DE JANEIRO (Estado). Lei n 3239, de 02 de agosto de 1999. Poltica Estadual de RecursosHdricos. Dirio Oficial [do] Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 04 ago. 1999.Disponvel em: . Acesso em 25 de nov. de 2004.

    RIO DE JANEIRO (Estado). Lei n 4.247, de 16 de dezembro de 2003. Dispe sobre a cobranapela utilizao dos recursos hdricos de domnio do Estado do Rio de Janeiro e d outrasprovidncias.Dirio Oficial [do] Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 17 dez, 2003.Disponvel em: . Acesso em 08 dez. 2004.