a avareza

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SÉRIE DE ESTUDOS BÍBLICOS PECADOS NA BÍBLIA

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Page 1: A avareza

SÉRIE DE ESTUDOS BÍBLICOS – PECADOS NA BÍBLIA

Page 2: A avareza

INTRODUÇÃOHá um ditado português que é verdadeiro: “O

dinheiro é um bom servo, mas um péssimo senhor”.

De quase todos os males que sofremos hoje em nosso mundo, o dinheiro neles está envolvido.

São males e problemas que afetam desde as relações exteriores até às relações familiares.

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Guerras são feitas por causa do dinheiro, casais se separam porque não solucionam seus problemas financeiros, empresas demitem funcionários, sócios se desligam por questões de ordem econômica, homens sérios se deixam levar pela avareza e se esquecem de seu antigo caráter, não tendo pena de maculá-lo em nome da facilidade financeira que se apresenta diante de si em determinada circunstância, como a política e a liderança religiosa, por exemplo, daí a política e a religião serem mal vistas hoje, devido à reinante avareza em seu meio.

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A avareza ou apego ao dinheiro é uma doença que escraviza o homem tanto ao interesse pelo que não possui, como ao medo de perder o que já possui, ainda que seja pouco.

E nesse anseio desenfreado, a pessoa perverte a legítima busca pelo preenchimento das necessidades, transformando-a num frenesi de que tudo pode ser por ela capturado e possuído.

A igreja também não está livre do pecado da avareza, da ganância e da ambição financeira.

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Até pelo contrário, parece que nos últimos anos a igreja se tornou um depósito de pessoas avarentas, brigando pelos mesmos ideais, todos eles carnais, disputados de forma individualista, onde crentes da mesma igreja se tornam rivais, concorrendo a bênção prometida da mesma forma que disputam um produto em promoção no comércio.

Pregadores usam o exemplo de Jacó que lutou com o “anjo” (segundo eles foi um “anjo”) e não o largou até que fosse abençoado, e isso leva pessoas a lutarem contra seus irmãos até atingirem seus mesquinhos objetivos.

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Obviamente, assim como “um abismo chama outro abismo”, assim também muitos crentes dentro das igrejas já não sabem mais se alegrar com os que são abençoados, ao contrário, criticam os que receberam alguma bênção material e, por causa da avareza, enchem-se de inveja, de cobiça e o que seria para render glórias a Deus, acaba se tornando motivo de contenda, inimizade e frustração.

Sem falar no questionamento que se faz a Deus, exigindo explicações do porquê muitos prosperam enquanto ele não.

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Num mundo capitalista como o que vivemos, não parece nada de mais alguém querer ficar rico.

Onde está o verdadeiro problema da busca por riquezas?

É até mesmo louvável quando alguém consegue um degrau a mais em sua vida social, cultural, econômica, profissional, etc., que até são chamadas para testemunhar a bênção que alcançaram de Deus...

Todos se alegram (pelo menos aparentemente), glorificam a Deus, então, qual o problema nisso?

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CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Até que ponto devemos buscar cresci-

mento material, de modo que isso não venha caracterizar pecado?

Como discernir se é para investir ou não?

Diante de tantas pregações sobre bênçãos financeiras, o que podemos aceitar como verdadeiro e o que temos que rejeitar como falso?

Deus quer que sejamos ricos ou pobres?

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Em primeiro lugar não é pecado ser rico, como também não é pecado ser pobre.

A riqueza é um dom de Deus e, mesmo que o homem labute para isso, se ele o alcança, isso nada mais é do que a graça de Deus (Ec 5.19).

Lembrando que essa graça concedida não torna Deus obrigado a nada em relação ao indivíduo que a recebeu: isso nada tem a ver com salvação.

Há pessoas que já nasceram ricas, outras a adquirem com o tempo, trabalho e investimento e outras ainda por jogos de azar.

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Usando para nosso estudo apenas o caso dos que ficam ricos pelo trabalho e empreendedorismo, deixemos de lado os que já nasceram no “berço de ouro” e os que ficaram ricos por jogos de azar.

Uma pessoa jovem, por exemplo, que tenha pensamentos empreendedores, pode alcançar sua riqueza (seja qual for o grau) de forma lícita, quando administra suas economias e depois as investe em um ramo profissional raro e necessário na sua localidade.

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A raridade automaticamente chamará a necessidade, pois se aquele ramo é necessário na cidade e não é encontrado, obviamente será procurado em outra cidade, portanto o empreendedor jovem, observando essa necessidade, investirá neste ramo incomum e, como pioneiro naquele ramo em sua cidade, com certeza ganhará muito dinheiro.

Nada há de pecado nisso. Houve investimento, inteligência e oportunidade.

Supondo que esse jovem seja cristão, seu pastor e sua família devem incentivá-lo.

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A avareza estaria presente caso esse jovem, por exemplo, começasse a se apegar ao seu negócio de tal forma que deixasse os princípios cristãos de lado por causa de suas rendas, ou abandonasse sua fé e compromisso com o reino de Deus em busca de tais empreendimentos.

Claro que existe a maneira correta de se lidar com nossos bens, de sorte que não sejamos encontrados escravos deles.

Por isso é necessário discernir a forma de tratar os bens materiais.

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DEFINIÇÕES A partir de agora faremos algumas definições

do termo, tanto dentro da linguagem bíblica, como do nosso conceito atual.

O dicionário Aurélio define a avareza: “Excessivo e sórdido apego ao dinheiro; falta de generosidade; mesquinhez, usura, ganância”.

A palavra grega pleoneksia significa “ganância, insaciabilidade, avareza, cobiça”.

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Como verbo, pleonekteo significa “tirar vantagem, lograr, defraudar, enganar”.

Como sujeito, pleonektēs significa “alguém que é guloso, pessoa cobiçosa pelo dinheiro, aquisitiva, sôfrega por dinheiro”.

Etimologicamente, as palavras vinculadas com pleoneksia se vinculam com pleon (“mais”) e echo (“ter”).

Os antigos escritores gregos não associavam isso aqui apenas ao desejo por mais possessões materiais.

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Na sua ocorrência mais antiga, pleoneksiasignifica cobiça imortal pelo poder (Heródoto 7, 49).

Tucídides junta essa palavra com philotimia(ambição), a força decisiva na atuação humana e no progresso da história.

Para Platão pleoneksia significa tanto ultrapassar alguém numa ação justa, como também defraudar.

É usado este termo tanto para desejo e cobiça, como também para desejo sexual em Aristóteles – Paulo o usa assim em 1Ts 4.6.

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Não há lugar para a pleoneksia numa sociedade justa.

Os cínicos e estoicos repudiavam todo desejo, pois posses de qualquer tipo significavam apelo àquilo que é vazio.

No grego do AT (LXX), o grupo de palavras ocorre apenas ocasionalmente.

Aparece principalmente nas denúncias e advertências dos profetas com respeito aos ganhos desonestos e o enriquecimento dos poderosos, através da violência (Jr 22.17; Ez 22.27; Hc 2.9).

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Em 2Mb 4.50, pleoneksia refere-se a cobiçar ganhos através do suborno.

A ênfase, portanto, recai sobre a qualidade ímpia e totalmente iníqua da cobiça.

Por essa razão, a pessoa que orava no Sl 119.36 pedia que fosse livre da pleoneksia.

No NT, a maior parte das vezes em que acontece esta palavra é nas cartas paulinas, exceto em Mc 7.22; Lc 12.15; 2Pe 2.3,14.

A ação a que se referem é sempre no modo negativo, significando o que já falamos – veja referências paulinas (2Co 7.2; 12.17,18; 1Ts 4.6).

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Sendo assim, o verbo pleonekteō significa “tirar vantagem de, lesar, defraudar, enganar”.

Paulo coloca pleonaksia em seus catálogos de vícios e seu sentido é a marca de uma vida na qual falta o conhecimento de Deus, fé e obediência (Rm 1.29; 1Co 5.10,11; 6.10,11; Ef 5.3).

Quando se corta o vínculo entre a criatura e o Criador, a sociedade humana cai em desordem.

O homem, que já não tem seu alvo e realização em Deus, procura realizar-se na sua própria pessoa, nos seus bens e na sua ganância.

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Em última análise, faz de si mesmo um ídolo que luta para sujeitar tudo a si mesmo.

É por esta razão que Cl 3.5 identifica a avareza com a idolatria.

Em Mt 6.24 e Lc 16.13, “mamom”, a própria riqueza é um ídolo que domina o homem que a possui.

Paulo diz que não pode haver associação dos cristãos com esse tipo de gente (1Co 5.11).

Tais pessoas excluem-se da igreja e finalmente do Reino de Deus (1Co 6.10; Ef 5.5).

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De acordo com Pedro, os falsos mestres são caracterizados pela sua avareza por ganhos materiais (2Pe 2.3,14).

Os opositores de Paulo eram assim também e mercadejavam a Palavra de Deus (2Co 2.17).

O termo que Paulo usa em 1Tm 6.10 é philargyria, (amor ao dinheiro) e é descrito como sendo “a raiz de todos os males”.

Demócrito e outros descrevem o amor ao dinheiro como a “metrópole” de todo o mal.

A experiência prova que Paulo tem razão ao escrever desta forma.

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Pois o sonho das riquezas e da felicidade material pode tomar posse de um homem ou de uma nação de forma demoníaca.

No contexto bíblico, este provérbio obtém significado através de sua aplicação ao relacionamento entre o homem e Deus.

O amontoar egoísta de posses materiais tem seu protótipo no ato do homem em agarrar o fruto proibido no jardim do Éden.

É uma indicação da ingratidão pela vida da parte do homem, por causa de muitas limitações, circunstâncias e interesses pessoais.

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O amor ao dinheiro levanta um muro entre o homem e Deus e entre o homem e seus vizinhos.

O homem que por ele é dominado, é forçado ao isolamento total.

Sendo assim, o lutar pelas riquezas é o cerne de alienação total de Deus.

Tendo em vista estas considerações e definições a respeito da avareza, que também pode ser vista como ganância, mesquinhez, sovinice e até como cobiça e ambição, passemos agora aos conselhos bíblicos sobre este pecado.

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CONSELHOS BÍBLICOS SOBRE A RELAÇÃO COM O DINHEIRO No AT, um dos livros mais práticos sobre o

ensino acerca da avareza (bem como outros assuntos diários) é o livro de Provérbios e outros da sabedoria hebraica. Vejamos o que ela nos ensina:

Ao contrário do que se pensa, quem enriquece não é o que retém e sim aquele que dá (Pv11.24; 28.27).

É ameaçado aquele que tapa seus ouvidos ao clamor do pobre (Pv 21.13).

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Quem ama o dinheiro não pode se fartar dele (Ec 5.10).

O sentido deste versículo pode ser que o amante das riquezas lutará tanto por elas, mas nunca a alcançará, ou pode ser que para o amante das riquezas nada lhe é bastante de tudo que possui, pois sua ambição sempre lhe faz querer mais.

O profeta Jeremias também reclamou da avareza dos judeus e os comparou com uma perdiz insensata (Jr 6.13; 17.11), bem como os profetas Ezequiel, Miqueias e Habacuque (Ez33.31; Mq 2.2; Hc 2.9).

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O avarento traz perturbação para sua família (Pv 15.27).

Enquanto isso, o generoso é abençoado (Pv 22.9).

Para a sabedoria hebraica, não compensa estimar o rico e oprimir o pobre; ambas as coisas trarão desgraça para quem as pratica (Pv 22.16).

Recomenda-se estar sempre atento e empenhado em seus negócios (Pv 27.23-27).

Por outro lado o não confiar em suas riquezas é sinal de justiça (Pv 11.28).

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A pressa para adquirir riquezas é um engodo e traz resultado contrário ao esperado (Pv 13.11; 23.4,5; 28.20,22).

As riquezas não ajudarão ninguém no dia do Juízo (Pv 11.4; Ez 7.19).

Não é abençoada a herança que se conquista com avareza (Pv 20.21).

O avarento usa da língua enganosa para obter seus lucros, mas isso lhe é cilada mortal (Pv21.6).

Em Pv 14.20 é mostrado o porquê de muitas vezes o rico se gabar de seus lucros.

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Jó podia dizer com segurança que não confiava em suas riquezas (Jó 31.24,25).

Assim também o salmista diz para não colocarmos nosso coração nas riquezas, ainda que elas aumentem (Sl 62.10).

O conselho do NT sobre dinheiro prossegue a mesma ideia do AT.

Jesus disse que não devemos acumular tesouros na terra (Mt 6.19-24).

Seus ensinos eram voltados para uma vida desapegada do amor financeiro (Mt19.21).

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Para Jesus, o uso do dinheiro deve envolver responsabilidade, principalmente para com o reino de Deus (Lc 16.9-12).

Cuidar das necessidades dos pequeninos irmãos de Jesus é uma prioridade para o salvo (Mt 25.37-40).

O modo como lidamos com o dinheiro e nossos bens será o termômetro de como está nosso coração em relação ao tesouro (Mt 6.21).

Em Mt 6.24 Jesus deixa claro que o dinheiro pode ser um concorrente direto de Deus, que disputa o nosso serviço ao seu senhorio.

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Jesus Cristo advertia seriamente sobre o trato para com o dinheiro, mas isso não quer dizer que Jesus não precisasse dele no Seu ministério terreno.

Observe que algumas ricas mulheres ofertavam a Jesus, talvez movidas por um sentimento de gratidão pela libertação, ou por ouvir dEle as palavras do Evangelho (Lc 8.1-3).

É tão nítida a reação de Jesus com o dinheiro, que Seu tesoureiro era Judas e, mesmo que todos soubessem que ele roubava as ofertas de Jesus, o Senhor nunca o demitiu do grupo (Jo12.6)

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Os apóstolos aprenderam o mesmo do Senhor.

Quando o mago Simão “creu e foi batizado” e viu como o Espírito Santo vinha sobre os discípulos de Samaria através da imposição das mãos de Pedro e João, tentou comprar esse dom apostólico, atitude reprovada por Pedro (At 8.18-23).

Não tenha dúvida de que se isso acontecesse hoje, prontamente os líderes chamariam o mago em seu gabinete para acertar o valor deste negócio!

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Paulo, apesar de ordenar a prebenda, não fazia questão de recebê-la (1Co 9.4-15; Gl 6.6; Fp 4.14-19; 1Ts 2.7-9; 5.12,13; 2Ts 3.7-9; 1Tm 5.17,18; 2Tm 2.6).

O autor aos Hebreus constrasta a avareza com o contentamento, ensinando-nos que esta é a melhor forma de vencer este pecado (Hb 13.5).

Tiago era contra a retenção do salário dos trabalhadores (Tg 5.4).

Pedro recomenda aos presbíteros que pastoreiem a igreja de Deus sem ganância financeira (1Pe 5.2).

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Para Pedro, a avareza é uma característica dos falsos mestres e falsos profetas (2Pe 2.1,3).

O apóstolo João não admite que um crente que diz ter o amor de Deus em sua vida vire as costas para seu irmão que está necessitado, o que parece um sinal deste pecado da avareza, já que esse crente possui recursos deste mundo, ou seja, dinheiro (1Jo 3.17).

Judas também mostra a avareza como marca distintiva dos falsos profetas e falsos apóstolos (Jd 11,16).

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APLICAÇÃO Diante de tudo o que estudamos aqui sobre

nossa relação com o dinheiro, devemos destacar que o dinheiro em si é amoral, ou seja, nem mau nem bom.

A reação que temos perante ele é que define se estamos agindo mal ou bem, se estamos pecando ou não.

Na vida prática, o amor ao dinheiro pode se manifestar de formas diversas.

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No lar, por exemplo, podemos incorrer no pecado da avareza, quando nos privamos de abrir mão do nosso ganho para as coisas essenciais da família, jogando essa responsabilidade para outro membro da família, enquanto nossos recursos são gastos de forma individualista, ou até mesmo são poupados de maneira abominável, como ter aquele pavor de usar o dinheiro em algum investimento para dentro de casa, com medo de que o dinheiro se acabe.

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Na igreja também podemos incorrer no erro deste pecado, quando nos negamos a contribuir para a obra de Deus, através dos nossos dízimos e ofertas, bem como também através das contribuições para arrecadação de alimentos para suprir membros carentes da igreja.

Jesus fala sobre quem se nega a usar seu dinheiro no reino de Deus, de forma correta, e o coloca como servo de Mamom (Lc 16.10-15).

Como vimos, estas características são distintivas dos falsos profetas, mas podem estar habitando em nós.

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O nosso apego às posses materiais podem nos levar a justificar o injustificável, a idolatrar o condenável, a substituir a confiança que deve estar no Deus da Providência pelos recursos que nossas mãos alcançaram.

Se somos caracterizados desta forma, devemos nos corrigir a tempo, nos contentando com o que o Senhor nos deus, obviamente, aproveitando também as oportunidades que se abrem diante de nós, todavia, nunca abandonando o reino de Deus em favor do material.

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Nem tampouco devemos desprezar os que necessitam de ajuda, pois nossos recursos aplicados para aqueles que carecem é uma prova de que o amor de Deus está em nosso coração.

Um dos sintomas de que estamos neste pecado, ou pelo menos próximos dele é quando ouvimos falar do assunto e ficamos incomodados.

Devemos ouvir falar desse assunto com tranquilidade no coração, para que sejamos realmente vistos como libertos do dinheiro.

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Que Deus nos guarde deste mal que assola muitas pessoas em nossos dias.

Na igreja, temos sido testemunhas do quanto a avareza ainda toma conta do coração de muitos.

Uma destas provas é a infidelidade nas contribuições para com a igreja onde somos alimentados, desconsiderando a palavra bíblica de que devemos compartilhar nossos bens com aqueles que nos instruem.

Sigamos uma trilha onde o dinheiro seja bênção para nós e não concorrente de Cristo!