a arquitetura moderna explicada Às crianças - observador
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A Arquitetura Moderna Explicada Às Crianças - ObservadorTRANSCRIPT
LITERATURA INFANTIL
A arquitetura moderna explicadaàs crianças6/3/2015, 12:22 3.069 PARTILHAS
Há um livro que promete deixar os miúdos a tratar Frank Lloyd Wright,Siza Vieira e Frank Gehry por tu. Falámos com o autor, Didier Cornille, eno domingo há uma oficina para mini-arquitetos em Lisboa
LIFESTYLE FAMÍLIA
A casa da dupla Charles & Ray Eames, com os seus cadeirõesinconfundíveis, é uma das escolhidas.
© Didier Cornille
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Ana Dias Ferreira Email
ARQUITETURA DIDIER CORNILLE LITERATURA INFANTIL LIVRO INFANTIL ORFEU NEGRO
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Três riscos e um triângulo a fazer de telhado. Falar de casas com criançaspode ser tão simples como um desenho para pendurar na porta dofrigorífico. Mas o que sabem elas sobre o assunto? No que depender deDidier Cornille, a partir de agora muito: com o livro Mãos à Obra: CadaCasa a Seu Dono, os miúdos vão poder dizer quem são Frank LloydWright, Frank Gehry, Le Corbusier e Mies van der Rohe tão depressacomo rabiscam uma árvore e uma janela.
É um guia de arquitetura moderna, mas adaptado aos leitores maispequenos e contado a partir de 11 casas selecionadas um pouco por todo omundo. “Escolhias por serem todas diferentes e terem umapersonalidade original”, conta Didier Cornille ao Observador. Formadoem Design e por trás do departamento de Arquitetura de Interiores daEscola de BelasArtes de Tourcoing, o francês quis provar como aarquitetura é fascinante e nada complicada. Para isso, não foram precisosgrandes planos em 3D ou maquetes em esferovite. Apenas demonstrar,com os exemplos encontrados, que “a arquitectura é uma aventura. Umahistória entre pessoas e entre pessoas e um sítio.”
No livro que acaba de ser lançado pela Orfeu Negro — uma editora quesempre se dedicou às artes plásticas e performativas, e que aquiconseguiu fundir esse interesse com a ótima coleção de livros paracrianças, Orfeu Mini –, vamos de 1924 a 2002, da “casa onde tudo émóvel”, construída por Gerrit Rietvield na Holanda, à casa de palha queSarah Wigglesworth e Jeremy Till fizeram para trabalhar e viver no nortede Londres. “No início, a casa ecológica era para ser na Austrália mastendo em conta o clima australiano, preferi escolher uma casa em
Londres, rodeada por uma paisagem urbana”, diz Cornille.
A capa do livro.
Para a edição portuguesa de Mãos à Obra, que vai ser apresentada estedomingo (8 de março), às 16h00, numa oficina de entrada livre paraminiarquitetos, no espaço Mapa, nas Amoreiras, foi acrescentado umcapítulo dedicado a Siza Vieira. “Tal como Wright nos Estados Unidos,Siza pareceme ser o arquiteto mais completo em Portugal”, diz DidierCornille. Do português, vencedor do Prémio Pritzker em 1992, mostramse vários edifícios, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Portoao Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago de Compostela,passando pelo Pavilhão de Portugal, em Lisboa, ou a Casa Beires, naPóvoa de Varzim, “onde parece que caiu uma bomba”.
Muitos exemplos têm comparações ou pormenores que vão agradar aosmais novos, da casa de Frank Gehry que foi sendo acrescentada à medidaque o arquiteto precisava de mais espaço e até tem cubos que parecem tercaído do céu, à casa projetada por Rem Koolhas em Bordéus, “onde um
elevador é a divisão principal”.
Para além de um retrato ilustrado e de uma pequena biografia sobre cadaarquiteto, todos os capítulos são coloridos com os desenhos do próprioDidier Cornille, ilustrações em miniatura feitas a caneta de feltro quefazem lembrar os esboços dos arquitetos. “As minhas ilustrações sãomuitas vezes minimais porque estou habituado a desenhar de memóriaou muito rapidamente”, diz o autor. “O seu minimalismo obrigame a sermais exacto e, dessa forma, a comunicar melhor cada uma dascaracterísticas das casas.”
Porque há muito mais no universo da arquitetura do que três traços paraas paredes e um triângulo a fazer de telhado.
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