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A ANÁLISE GEOESTATÍSTICA DA CONCENTRAÇÃO DE NITRATOS NAS MASSAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NA CONFEDERAÇÃO HIDROGRÁFICA DO JÚCAR, ESPANHA

1: Mestre em Engenharia e Gestão da Água. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Tel: 913 287 606. Email: [email protected] 2: Centro de Investigação em Ciências e Engenharia Geológica, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Campus de Caparica, 2829-516 Caparica, Portugal 3: Associate Professor. Research Institute of Water and Environmental Engineering (IIAMA), Universitat Politècnica de Valencia, Valencia, Spain.

David J. FERREIRA1, José. A. ALMEIDA2, Manuela SIMÕES2, Miguel A. PÉREZ-MARTÍN3.

Évora, 9 e 10 de Abril de 2015 | Universidade de Évora

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Alicante

Valência

Albacete

Cuenca

Teruel

Castellón

Enquadramento

Po

rtu

ga

l

Oceano Atlântico Mar Mediterrâneo

Área Total: 42.851 km2

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10º Seminário sobre Águas Subterrâneas

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Usos do solo

• A área agrícola representa cerca de 46% da área total da bacia.

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Meseta

Continental

• As zonas planas são ocupadas por explorações agrícolas.

Geomorfologia

• Predominam as rochas carbonatadas, calcarenitos e margas, especialmente nas zonas montanhosas.

• Nalguns sectores podem coexistir outros tipos litológicos, de fácies essencialmente detrítica siliciosa, selenítica e argilosa.

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Hidrogeologia

• Massas de Água Subterrânea; definidas em função dos limites litológicos e das direções do escoamento subterrâneo

• Cerca de 73% do consumo anual de água na região provém dos recursos hídricos subterrâneos (2.268 hm3).

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Dados

Pontos de monitorização disponíveis com dados de nitratos.

Massas de Água Subterrânea impermeáveis excluídas do estudo.

6381 pontos de monitorização 24276 registos de nitratos

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Metodologia

Análise de tendências – Com recurso ao declive e ao R2, determinou-se a tendência de 267 pontos de monitorização;

Declive indica o sentido da tendência; O R2 indica a robustez da variação da tendência.

Definição de cinco classes de tendências:

Subida Acentuada, Subida Suave, Tendência inconclusiva, Descida Suave, Descida Acentuada.

Eliminados os pontos de monitorização com menos de cinco determinações;

Preferência pelos pontos de amostragem que conjugassem o maior número de medições e as mais recentes.

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Análise da concentração de nitratos

• Massas de Água Subterrânea seleccionadas para estudo mais detalhado, através de projecções expeditas da concentração de nitratos.

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Correlação entre as variáveis climáticas e a concentração de nitratos

Para as variações das concentrações de nitrato consideraram-se estacionárias as seguintes variáveis:

• Alterações dos usos do solo, tipo de culturas e tipos de fertilizantes; • Expansão das áreas agrícolas; • Alterações nos consumos de água subterrânea.

1986/87

1987/88

1988/89

1989/90

1986/87

1987/88

1988/89

1989/90

Correlação Simples

Desfasamento de um ano

Desfasamento de dois anos

Concentração de nitratos

Precipitação ocorrida

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A variação na concentração do nitrato supõe-se relacionada com a variabilidade climática e a precipitação.

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• Foram focadas as características litológicas mais distintas;

• Carbonatada Cristalina, Carbonatada Detrítica e Detrítica.

Nas correlações foram utilizados os valores de precipitação e recarga calculados pelo modelo PATRICAL (Pérez-Martín, 2005).

Classificação das Massas de Água Subterrânea segundo a litologia

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Análise Geoestatística

• Cálculo do variograma experimental

• Ajuste da curva teórica ao variograma experimental, para estimação da concentração de nitrato.

Estimação por krigagem

Simulação por Simulação Sequencial Gaussiana

• Contraria o efeito de agrupamento de dados que condiciona a representação gráfica;

• Tem em atenção o efeito de influência da proximidade dos pontos amostrados;

• Foram realizados 350 cenários diferentes sendo que o resultado final é a média

de todos os cenários.

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Análise de tendências

• A distribuição espacial das tendências vai ao encontro da ocupação agrícola na região.

• Nas zonas com uma forte componente agrícola verificam-se as tendências de subida da contaminação por nitratos.

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Correlação com as variáveis climáticas Carbonatada Cristalina

Coeficientes de recarga Coeficientes de precipitação

Simples Desf. 1 ano Desf. 2 anos Simples Desf. 1 ano Desf. 2 anos

1ª Série Nº de MAS com coeficientes positivos 3 n/a n/a 3 3 1

Nº de MAS com coeficientes negativos 4 n/a n/a 4 4 6

2ª Série Nº de MAS com coeficientes positivos 3 n/a n/a 2 n/a n/a

Nº de MAS com coeficientes negativos 4 n/a n/a 5 n/a n/a

Carbonatada Detrítica

Coeficientes de recarga Coeficientes de precipitação

Simples Desf. 1 ano Desf. 2 anos Simples Desf. 1 ano Desf. 2 anos

1ª Série Nº de MAS com coeficientes positivos 2 n/a n/a 1 2 3

Nº de MAS com coeficientes negativos 3 n/a n/a 4 3 2

2ª Série Nº de MAS com coeficientes positivos 2 n/a n/a 2 n/a n/a

Nº de MAS com coeficientes negativos 3 n/a n/a 3 n/a n/a

Detrítica

Coeficientes de recarga Coeficientes de precipitação

Simples Desf. 1 ano Desf. 2 anos Simples Desf. 1 ano Desf. 2 anos

1ª Série Nº de MAS com coeficientes positivos 6 n/a n/a 5 5 7

Nº de MAS com coeficientes negativos 2 n/a n/a 3 3 1

2ª Série Nº de MAS com coeficientes positivos 5 5 5 4 4 6

Nº de MAS com coeficientes negativos 3 3 3 4 4 2

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Mapa da representação dos valores médios anuais estimados da concentração de nitrato, para o ano 1970/71.

• Óptima correlação temporal (as variações da concentração de nitrato não são bruscas);

• Espacialmente, o X e o Y foram usados para a representação no plano e o Z foi utilizado para o tempo;

• Considerou-se para o cálculo uma janela temporal de 3 anos, onde existe o compromisso entre os dados do ano a calcular e a disponibilidade de cálculo;

• Para a estimação, para cada ano a estimar, poderão ser considerados dados até 3 anos, antes e/ou depois do ano estimado.

Resultados

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Mapa da representação da média das 350 simulações efectuadas para o ano 1970/71.

• Foi solucionado o problema dos artefactos;

• Não houve perda da fidelidade da representação espacial.

Resultados

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B A C D E

B A C D E

1974/75 1984/85 1994/95 2004/05 2011/12

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• A contaminação por nitratos das águas subterrâneas nas regiões agrícolas no âmbito da Confederação Hidrográfica do Júcar atinge valores alarmantes e excede o permitido, dependendo disso o cumprimento das metas comunitárias;

• A mobilidade do ião nitrato depende, entre outros, da disponibilidade de água para transporte e das características de percolação da água no meio até à zona saturada;

• Verificou-se através das correlações entre a precipitação e a contaminação de nitrato que nas litologias carbonatadas prevaleciam as correlações inversas, onde eram potenciados os fenómenos de diluição e, no caso das rochas detríticas, prevalecem as correlações positivas, típicas da acção de arraste e lixiviação do ião;

• Os resultados das correlações ficaram aquém do esperado, possivelmente por não terem sido consideradas as profundidades dos pontos de monitorização;

• A abordagem geoestatística veio confirmar a distribuição da contaminação que se tem vindo a observar no terreno, estando de acordo com a distribuição das zonas agrícolas;

• Como a água assume um importante papel na região, é importante este género de estudos para que seja possível o conhecimento aprofundado com vista a uma melhor e mais racional gestão da água para que seja possível atingir o bom estado químico das massas de água subterrânea.

Conclusões

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Muito Obrigado