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Poema: Rotação É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe, Mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti; E se outras voltas me fazem ver nos teus Os meus olhos, não é porque o mundo parou, mas Porque esse breve olhar nos fez imaginar que Só nós é que o fazemos andar. Biografia Nuno Júdice nasceu em Mexilhoeira Grande em 1949. Escritor, poeta e ensaísta português, natural de mexilhoeira Grande, Portimão. Estudou Filologia Românica na Universidade de Lisboa, vindo depois a ser professor do ensino secundário. Actualmente, é professor da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989 com uma tese sobre Literatura Medieval. Colaborou ainda nas publicações O Tempo e o Modo e Jornal de Letras. A partir de 1997, passou a desempenhar, em Paris, os cargos de conselheiro cultural da embaixada portuguesa e delegado do Instituto Camões. Publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do séc. XX em França: Voyage dans un siècle de littérature portugaise (1993) reeditado e revisto na edição portuguesa Viagem por um século de literatura (1997). Foi nomeado Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões, em Paris Tem escrito obras de ficção, como Plâncton (1981), A Manta Religiosa (1982), O Tesouro da Rainha de Sabá (1984), Vésperas de Sombras (1999) e Por Todos os Séculos (1999 Publicou o primeiro livro de poesia em 1972: A Noção do Poema. Seguiram-se Crítica Doméstica dos Paralelipípedos (1973), O Mecanismo Romântico da Fragmentação (1975), O Voo de Igitur Num Copo de Dados (1981), A Partilha dos Mitos (1982), Lira de Líquen (1985, Prémio Pen Club Português), A Condescendência do Ser (1988), Enumeração de Sombras

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Análise do poema Rotação

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Poema:

Rotação

É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe,Mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti;E se outras voltas me fazem ver nos teusOs meus olhos, não é porque o mundo parou, masPorque esse breve olhar nos fez imaginar queSó nós é que o fazemos andar.

Biografia

Nuno Júdice nasceu em Mexilhoeira Grande em 1949. Escritor, poeta e ensaísta português, natural de mexilhoeira Grande, Portimão.Estudou Filologia Românica na Universidade de Lisboa, vindo depois a ser professor do ensino secundário. Actualmente, é professor da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989 com uma tese sobre Literatura Medieval. Colaborou ainda nas publicações O Tempo e o Modo e Jornal de Letras. A partir de 1997, passou a desempenhar, em Paris, os cargos de conselheiro cultural da embaixada portuguesa e delegado do Instituto Camões. Publicou um livro de divulgação da literatura portuguesa do séc. XX em França: Voyage dans un siècle de littérature portugaise (1993) reeditado e revisto na edição portuguesa Viagem por um século de literatura (1997). Foi nomeado Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões, em Paris Tem escrito obras de ficção, como Plâncton (1981), A Manta Religiosa (1982), O Tesouro da Rainha de Sabá (1984), Vésperas de Sombras (1999) e Por Todos os Séculos (1999

Publicou o primeiro livro de poesia em 1972: A Noção do Poema. Seguiram-se Crítica Doméstica dos Paralelipípedos (1973), O Mecanismo Romântico da Fragmentação (1975), O Voo de Igitur Num Copo de Dados (1981), A Partilha dos Mitos (1982), Lira de Líquen (1985, Prémio Pen Club Português), A Condescendência do Ser (1988), Enumeração de Sombras (1989), As Regras da Perspectiva (1990), Um Canto na Espessura do Tempo (1992), Meditação sobre Ruínas (1994, Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, 1995), O Movimento do Mundo (1996), A Fonte da Vida (1997), Raptos/Enlévements/Kidnappings (1998), Teoria Geral do Sentimento (1999), Linhas de Água (2000) e A Árvore dos Milagres (2000). De entre as suas obras de ensaio destacam-se A Era do «Orpheu» (1986), O Espaço do Conto no Texto Medieval (1991), O Processo Poético (1992) e As Máscaras do Poema (1998), sendo esta última obra uma recolha de muitos dos seus textos de ensaio e crítica.

Em 1996, foram lançadas as revistas Tabacarias dirigidas pelo escritor. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: Pen Clube (em 1985), D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1990) e da Associação Portuguesa de Escritores

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(1994), este último com o livro Meditação sobre Ruínas que foi finalista do Prémio Europeu de Literatura, Aristeion. Nuno Júdice recebeu ainda o Prémio de Poesia Pablo Neruda e o Prémio da Fundação da Casa de Mateus. Em 2001, publicou Pedro, Lembrando Inês e Cartografia de Emoções, um livro de poesia. No mesmo ano, Rimas e Contas, integrada na colectânea Poesia Reunida 1976/2000, foi reconhecida com o Prémio Crítica 2000, pelo Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários (AICL)

Análise interior

Após uma análise do poema Rotação, de Nuno Júdice podemos concluir que é um poema constituído por apenas uma estrofe de seis versos, sextilha.

Os primeiros cinco versos têm treze ou mais sílabas sendo assim versos alexandrinos. O ultimo verso tem dez sílabas métricas ou seja é decassilábico.

Este poema não tem ritmo, nem tipo de rima. Tem como campo semântico “olhos” e “olhar”, “teus” e “meus”.Apresenta também rimas soltas, utiliza pontuação, o seu sujeito poético retrata o presente. O seu domínio formal apresenta uma estrofe e seis versos e não apresenta mancha gráfica. O poema apresenta como tema a rotação dos olhos.

Análise exterior

Este poema que Nuno Júdice nos apresenta com o título “Rotação”, a história de D. Pedro e D. Inês de Castro, do amor que eles sentiam um pelo outro.

O poema relaciona as voltas que as vidas deles levaram que fez com que eles se separassem, fossem para longe um do outro, mas que mesmo assim se continuavam a amar.