2237909 analise do poema segue o teu destino de ricardo reis

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Page 1: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis
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Nasceu no dia 19 de Setembro de 1887 (um ano antes de Fernando Pessoa), no Porto;

Era um pouco mais baixo e mais forte que Alberto Caeiro e a sua pele era aproximada de moreno;

Foi educado num colégio de jesuítas;

Era médico;

Em 1919 expatriou-se para o Brasil, por ser monárquico;

Pessoa afirma que Ricardo Reis escrevia melhor que ele próprio.

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Segue o teu destino,Rega as tuas plantas,Ama as tuas rosas.O resto é a sombraDe árvores alheias.

A realidadeSempre é mais ou menosDo que nós queremos.Só nós somos sempreIguais a nós próprios.

Suave é viver só.Grande e nobre é sempreViver simplesmente.Deixa a dor nas arasComo ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.Nunca a interrogues.Ela nada podeDizer-te. A respostaEstá além dos deuses.

Mas serenamenteImita o OlimpoNo teu coração.Os deuses são deusesPorque não se pensam.

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Escrito em 1916 por Ricardo Reis, “Segue o teu

destino” é uma incitação à felicidade da vida e

uma renuncia ao Conhecimento, por não

acreditar na possibilidade de o alcançar;

O poema retrata a situação diária em que o ser

humano se questiona sobre o significado da vida e

do seu dia-a-dia;

É utilizado o didactismo, visto

que no poema parece estar a

ensinar uma lição de vida;

Está presente uma consciência do

sujeito poético em que existe um

destino superior ao Homem, que

faz dele um ser manipulado pelos

Deuses;

Ricardo Reis utiliza, no poema, a condição superior dos

Deuses em relação ao ser humano para explicar o porquê das

suas afirmações dirigidas ao leitor.

Page 5: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis

Poema de 5 estrofes;

Todas as estrofes possuem 5 versos cada uma;

Rima Branca – Inexistência de Rima;

Métrica Irregular

Page 6: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis

Obs: Presença de Alberto Caeiro em “plantas, rosas e árvores”.

Page 7: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis

A realidadeA realidade

Sempre é mais ou menosSempre é mais ou menos

Do que nós queremos.Do que nós queremos.

Só nós somos sempreSó nós somos sempre

Iguais a nós próprios.Iguais a nós próprios.

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Page 9: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode

Dizer-te. A resposta

Está além dos deuses.

Page 10: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis

Mas serenamenteMas serenamente

Imita o OlimpoImita o Olimpo

No teu coração.No teu coração.

Os deuses são deusesOs deuses são deuses

Porque não se pensam.Porque não se pensam.

““Os deuses são deuses/porque não se pensam” é uma expressão que Os deuses são deuses/porque não se pensam” é uma expressão que idealiza e ilustra claramente em como o facto de nós pensarmos no idealiza e ilustra claramente em como o facto de nós pensarmos no porquê de tudo nos leva a atingir uma crescente inquietude e porquê de tudo nos leva a atingir uma crescente inquietude e frustração, visto não existir resposta para tal resposta. Assim, o frustração, visto não existir resposta para tal resposta. Assim, o estatuto de Deuses fora-lhes atribuído naturalmente e não porque estatuto de Deuses fora-lhes atribuído naturalmente e não porque estes se julgaram de tal. É uma metáfora ilusiva ao ser humano e à sua estes se julgaram de tal. É uma metáfora ilusiva ao ser humano e à sua felicidade.felicidade.

Page 11: 2237909 Analise Do Poema Segue o Teu Destino de Ricardo Reis

Figuras de estiloFiguras de estilo

Aliteração

Versos 9 e 10 – Aliteração em S

Verso 24 – Aliteração em S

Metáfora

Versos 24 e 25

Presença de tom coloquial – O poeta dirige-se a um “tu”