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    PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO

    SUBSECRETARIA DE ENSINO

    COORDENADORIA DE EDUCAO

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    PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO

    SUBSECRETARIA DE ENSINO

    COORDENADORIA DE EDUCAO

    COORDENADORIA TCNICA

    GINA PAULA B C MOR COORDENAO

    GINA PAULA BERNARDINO CAPITO MOR

    SARA LUISA OLIVEIRA LOUREIRO ELABORAO

    CARLA DA ROCHA FARIA

    JAIME PACHECO DOS SANTOS LEILA CUNHA DE OLIVEIRA

    SIMONE CARDOZO VITAL DA SILVA REVISO

    LETICIA CARVALHO MONTEIRO

    MARIA PAULA SANTOS DE OLIVEIRA DIAGRAMAO

    BEATRIZ ALVES DOS SANTOS

    MARIA DE FTIMA CUNHA DESIGN GRFICO

    Revista G

    alileu - Edio 219 - Out de 2009

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    O que voc vai ser quando crescer? Todo mundo j escutou essa frase na vida. E agora... voc cresceu! Est chegando ao final do 9. ano!

    Voc, jovem, cada vez mais ser desafiado a fazer escolhas e a viver mudanas. A adolescncia uma fase de decises, dvidas, inquietao...

    Neste caderno, os textos vo ajud-lo a refletir. Voc reparou a imagem ao lado ?

    Aps concluir todo o trabalho deste caderno, volte a observar a imagem, reflita e registre sua reflexo.

    Voc pode fazer isso produzindo um pequeno texto narrado em primeira pessoa. Utilize o espao abaixo e no perca a oportunidade de compartilhar

    seu texto com a turma. Bom trabalho!

    HOMEM ESCULPINDO-SE A SI MESMO, DO ARTISTA URUGUAIO YAND LUZARDO.

    http://www.flickr.com/photos/tula_7755/6029854595/

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    3 Adaptado de IACOCCA, Liliana e Michele. O livro do adolescente: discutindo ideias e atitudes com o jovem de hoje.

    So Paulo: tica,2002.

    1- Como a linguagem no verbal contribui para os sentidos do texto? _________________________________________________________________________________________________________

    Texto 1

    Vamos iniciar lendo textos que permitem refletir sobre o que ser jovem atualmente. Aproveite!

    2- Repare nas trs primeiras falas do texto. Eu j tenho idade para pensar em dirigir. Eu, para pensar em morar sozinha. Eu at para pensar em casar.

    Existe um trecho que se repete nas trs frases, mas s est escrito na primeira, nas outras est subentendido.

    Qual esse trecho? __________________________________

    Voc j estudou vrios mecanismos de articulao dos textos. O que voc acabou de observar mais um deles e se chama ELIPSE. A elipse ajuda a evitar a repetio desnecessria, favorecendo a ligao, a costura das ideias do texto.

    3- Vamos ver agora outro caso de repetio. No trecho Para pensar no que vai pensar quando chegar na nossa idade a repetio desnecessria? Explique. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Texto 2 Gerao Y Eles j foram acusados de tudo: distrados, superficiais e at egostas. Mas

    se preocupam com o ambiente, tm fortes valores morais e esto prontos para mudar o mundo.

    Priscila s faz o que gosta. Francis no consegue passar mais

    de trs meses no mesmo trabalho. E Felipe leva a srio esse papo de cuidar do meio ambiente. Eles so impacientes, preocupados com eles mesmos, interessados em construir um mundo melhor e, em pouco tempo, vo tomar conta do planeta.

    Com 20 e poucos anos, esses jovens so os representantes da chamada Gerao Y, um grupo que est, aos poucos, provocando uma revoluo silenciosa. Sem as bandeiras e o estardalhao das geraes dos anos 60 e 70, mas com a mesma fora poderosa de mudana, eles sabem que as normas do passado no funcionam e as novas esto inventando sozinhos. "Tudo possvel para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna, professor de comportamento humano da Fundao Dom Cabral. "Eles querem dar sentido vida, e rpido, enquanto fazem outras dez coisas ao mesmo tempo.

    Folgados, distrados, superficiais e insubordinados so outros adjetivos menos simpticos para classificar os nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrtica e da ruptura da famlia tradicional, essa garotada est acostumada a pedir e ter o que quer. "Minha prioridade ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para mim", diz a estudante Priscila de Paula, de 23 anos. "Fico muito insatisfeita se vejo que fui parar em um lugar onde fao coisas sem sentido, que no me acrescentam nada."

    Muito se fala sobre o jovem, seus desejos e caractersticas. Essas caractersticas variam de acordo com a poca. Ser que voc um jovem tpico da sua gerao? Leia a reportagem abaixo e aprenda cada vez mais!

    1- Observe que, no primeiro pargrafo, o texto se refere a trs jovens para falar de toda uma gerao. Sublinhe, no segundo pargrafo, a confirmao dessa interpretao.

    ____________________________________________________________________________________

    2- Cite uma semelhana e uma diferena entre os jovens da Gerao Y e os da gerao 60 e 70.

    _________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3- Do trecho "Minha prioridade

    ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para mim, que caractersticas da personalidade de Priscila ficam evidentes ? _____________________________________________________________________________________

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    A novidade que esse "umbiguismo" no , necessariamente, negativo. "Esses jovens esto aptos a desenvolver a autorrealizao, algo que, at hoje, foi apenas um conceito", afirma Anderson Sant'Anna. "Questionando o que a realizao pessoal e profissional e buscando agir de acordo com seus prprios interesses, os jovens esto levando a sociedade a um novo estgio, que ser muito diferente do que conhecemos." Nessa etapa, "busca de significado" a expresso que d sentido s coisas. Uma pesquisa da Fundao Instituto de Administrao (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de So Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 s se mantm envolvidos em atividades de que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho a realizao pessoal. Na questo "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcanou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e d prazer". O estudo, desenvolvido por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato e apresentado em julho, tentou traar um perfil dessa gerao[...]. No trabalho, comum os recm-contratados pularem de um emprego para o outro, tratarem os superiores como colegas de turma ou baterem a porta quando no so reconhecidos. "Descobrimos que eles no so revoltados e tm valores ticos muito fortes, priorizam o aprendizado e as relaes humanas", diz Miriam. "Mas preciso, antes de tudo, aprender a conversar com eles para que essas caractersticas sejam reveladas.

    4- Segundo o texto, o que significa umbiguismo ? ____________________________________________________________________________________________________________ 5- Qual a consequncia de o jovem questionar e buscar agir de acordo com seus prprios interesses? ________________________________________________________________________

    6- Neste pargrafo, observe que a pesquisa funciona como um argumento de autoridade. Que caracterstica dos jovens se sobressai nos dados revelados pela pesquisa? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- Qual a condio para que algumas caractersticas dos jovens recm-contratados sejam reveladas? __________________________________________________________________________ 8- Substitua o termo destacado por outro de significado equivalente: "Mas preciso, antes de tudo, aprender a conversar com eles para que essas caractersticas sejam reveladas. _____________________________________

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    E essa conversa pode ser ao vivo, pelo celular, e-mail, msn, Twitter ou qualquer outra ferramenta de comunicao que venha a surgir no mundo. Essa a primeira gerao que no precisou aprender a dominar as mquinas, mas nasceu com TV, computador e comunicao rpida dentro de casa. Parece um dado sem importncia, mas estudos americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema cognitivo diferente.

    [...] Uma pesquisa do Departamento de Educao dos Estados Unidos revelou que crianas que usam programas online para aprender ficam nove pontos acima da mdia geral e so mais motivadas. " a era dos indivduos multitarefas", afirma Carlos Honorato, professor da FIA. Ao mesmo tempo em que estudam, so capazes de ler notcias na internet, checar a pgina do Facebook, escutar msica e ainda prestar ateno na conversa ao lado. Para eles, a velocidade outra. Os resultados precisam ser mais rpidos, e os desafios, constantes.

    mais ou menos como se os nascidos nas duas ltimas dcadas fossem um celular de ltima gerao. "Eles j vieram equipados com a tecnologia wireless, conceito de mobilidade e capacidade de convergncia", diz a psicloga Tnia Casado, coordenadora do Programa de Orientao de Carreiras (Procar) da Universidade de So Paulo. "Usam uma linguagem veloz, fazem tudo ao mesmo tempo e vivem mudando de lugar." [...]

    [...] Uma oficina sobre carreiras com estudantes da Faculdade

    de Administrao da USP mostrou que a prioridade da maioria deles ter "estilo de vida", ou seja, integrar o emprego s necessidades familiares e pessoais e no o contrrio. "A grande diferena em relao s juventudes de outras dcadas que, hoje, eles no abrem mo das rdeas da prpria vida", diz Tnia Casado. "Eles esto customizando a prpria existncia, impondo seus valores e criando uma sociedade mais voltada para o ser humano, que o que realmente importa no mundo."

    9 Marque, neste pargrafo, um trecho que expresse uma consequncia das novas tecnologias disposio desses jovens. ______________________________________________________________________ 10- Qual o sentido do termo indivduos multitarefas no texto? __________________________________________________________________

    11- A quem se refere o pronome eles no trecho Para eles, a velocidade outra. ? __________________________________________________________________

    12- A que so comparadas as pessoas nascidas nas duas ltimas dcadas? _______________________________

    13- Qual a funo das aspas no sexto pargrafo? __________________________________________________________________

    14 A partir da leitura do texto, o que significa a palavra customizando? __________________________________________________________________

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    Texto 3 "VAMOS MUDAR O MUNDO!" Nos ltimos 60 anos, trs geraes marcaram poca e mudaram os valores e o jeito de a sociedade pensar. Agora a vez da abusada Gerao Y TRADICIONAIS (at 1945) >>> a gerao

    que enfrentou uma grande guerra e passou pela Grande Depresso. Com os pases arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver. So prticos, dedicados, gostam de hierarquias rgidas, ficam bastante tempo na mesma empresa e sacrificam-se para alcanar seus objetivos. BABY-BOOMERS (1946 a 1964) >>> So os filhos do ps-guerra, que romperam padres e lutaram pela paz. J no conheceram o mundo destrudo e, mais otimistas, puderam pensar em valores pessoais e na boa educao dos filhos. Tm relaes de amor e dio com os superiores, so focados e preferem agir em consenso com os outros. GERAO X (1965 a 1977) >>> Nesse perodo, as condies materiais do planeta permitem pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relaes. Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicao j podem tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na dcada de 80, tambm se tornaram cticos e superprotetores

    GERAO Y (a partir de 1978) >>> Com o mundo relativamente estvel, eles cresceram em uma dcada de valorizao intensa da infncia, com internet, computador e educao mais sofisticada que as geraes anteriores. Ganharam autoestima e no se sujeitam a atividades que no fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem um colega de turma. Revista Galileu - Edio 219 - Out de 2009

    O Box ao lado faz parte da reportagem que voc leu. Ele sistematiza informaes sobre as diferentes geraes mencionadas no texto. Seu desafio ampliar essas informaes!

    Rena-se em grupo com seus colegas. Cada grupo ficar responsvel por, guiando-se pelas datas sugeridas, fazer um painel do contexto histrico de cada gerao.

    O painel deve conter informaes sobre os principais acontecimentos histricos que influenciaram cada gerao. O que estava acontecendo no mundo? Quais eram as principais influncias culturais desses jovens?

    Voc pode buscar ajuda com seu Professor de Histria e utilizar o acervo da Sala de Leitura.

    O trabalho deve ser exposto no mural. No se esquea da importncia do ttulo, das imagens e das ilustraes.

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    3- Relacione o texto 2 e o 4 e reflita: que ideia do texto 2 reafirmada no texto 4? ______________________________________________________________________________________________________ 4- Embora os textos 2 e 4 compartilhem essa ideia, eles so bastante diferentes. Aponte diferenas quanto: a) ao uso das linguagens verbal e no

    verbal: ______________________________________________________________________________________________________ b) finalidade: ______________________________________________________________________________________________________

    Texto 4 1- Que efeito tem o recurso da repetio de Eu tambm! no texto? ________________________________________________________________________________________________ 2- No final do texto 4, o indivduo deixa de se achar o centro do universo? Explique. ________________________________________________________________________________________________

    Adaptado de IACOCCA, Liliana e Michele. O livro do adolescente: discutindo ideias e atitudes com o jovem de hoje.

    So Paulo: tica, 2002.

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    Nos jovens, ao longo de diferentes geraes, uma caractersticas que se mantm e a do desejo de mudana. A propaganda usa esse desejo como elemento de apelo.

    1- Qual a finalidade do texto 5? ____________________________________________________________________________________________

    2- A forma do texto escrito faz lembrar um gnero textual que voc j estudou. Qual? Por qu? ____________________________________________________________________________________________

    3- Qual o tema da propaganda? ____________________________________________________________________________________________

    4- Como voc j sabe, h elementos que fazem a articulao das ideias nos textos. Qual a ideia expressa pelo termo destacado em Ou s aparar dois dedinhos? ____________________________________________________________________________________________

    5- No trecho Pelo menos uma a que se refere o termo destacado? ____________________________________________________________________________________________

    6- Como o recurso grfico da imagem (linguagem no verbal ) refora o tema da propaganda? ____________________________________________________________________________________________

    7- O texto tenta convencer o leitor dos benefcios de mudar. Indique o trecho que traz o argumento usado para essa persuaso. ____________________________________________________________________________________________ Jornal O Globo, 29/07/2012.

    Texto 5

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    Texto 6 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiana; todo o Mundo composto de mudana, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperana; do mal ficam as mgoas na lembrana, e do bem (se algum houve), as saudades. O tempo cobre o cho de verde manto, que j coberto foi de neve fria, e, enfim, converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudana faz de mor espanto, que no se muda j como soa.

    200 sonetos. Coleo L&PM Pocket. Porto Alegre, 1998

    E por falar em mudana... Vejamos como o tema tratado pelo grande escritor portugus Lus Vaz de Cames,

    um dos maiores nomes da literatura em lngua portuguesa. Ele viveu entre 1525 e 1580.

    Para saber mais sobre esse autor, acesse o site http://cvc.instituto-camoes.pt/literatura/camoes.htm.

    No ltimo verso aparece uma palavra pouco utilizada em nossa lngua. Veja seu significado. Soa: forma de soer Soer [pouco usado] = ter por costume (Do latim solre, idem)

    http://www.infopedia.pt

    Marque no poema as

    rimas. Perceba as diferentes mudanas apontadas pelo eu potico na primeira estrofe .

    A mudana relacionada no

    texto ao otimismo ou ao

    pessimismo? Explique citando

    um trecho da segunda estrofe.

    __________________________________________________________________________________________________

    Na terceira estrofe, o que significa verde

    manto? ______________________________________________________________________________________________________

    Marque as ideias opostas nessa estrofe. _________________________________________________________________________________________________________

    Considere que mor significa maior e que como soa expressa como se mudava antes ou como era o costume

    mudar. Qual a maior mudana, segundo o texto? ________________________________________________________________________________________________

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    Texto 7 No nascemos prontos! O sempre surpreendente Guimares Rosa dizia: o animal

    satisfeito dorme. Por trs dessa aparente obviedade est um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundncia afetiva e na indigncia intelectual. O que o escritor to bem percebeu que a condio humana perde substncia e energia vital, toda vez que se sente plenamente confortvel com a maneira como as coisas j esto, rendendo-se seduo do repouso e imobilizando-se na acomodao.

    A advertncia preciosa: no esquecer que a satisfao conclui, encerra, termina; a satisfao no deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistncia, para o desdobramento. A satisfao acalma, limita, amortece.

    Por isso, quando algum diz fiquei muito satisfeito com voc ou estou muito satisfeita com teu trabalho, assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais alm se pode esperar? Que est bom como est? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito j basta. Ora, o agradvel quando algum diz: teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou msica etc.) bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.

    Um bom filme no exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que no cesse? Um bom livro no aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que no poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimnia no aquela que queremos que se prolongue?

    A mudana faz parte da vida... A vida se mantm jovem quando se permite mudar, aprender coisas novas... O filsofo Mrio Srgio Cortella tem algo a dizer sobre isso. Leia e aproveite.

    Esse texto defende ideias, argumenta. Vamos primeiro observar

    a funo de cada pargrafo.

    O primeiro pargrafo lana uma ideia que ser defendida. Escreva-a

    com suas prprias palavras. ____________________________________________________________________________________________________________________

    Perceba que a ideia do primeiro

    pargrafo retomada no segundo, sendo mais detalhada.

    Que estratgia usada no quarto pargrafo para explicar melhor essa

    ideia? __________________________________________________________________________________________

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    Com a vida de cada um e de cada uma tambm tem de ser assim; afinal de contas, no nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo considerar-se terminado e constrangido ao possvel da condio do momento.

    Quando crianas (s as crianas?), muitas vezes, diante da tenso provocada por algum desafio que exigia esforo (estudar, treinar, emagrecer etc.), ficvamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente j no nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingnua perspectiva. fundamental no nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo no ter novidades, s reiteraes. Somos seres de insatisfao e precisamos ter nisso alguma dose de ambio; todavia, ambio diferente de ganncia, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer s para si prprio.

    Nascer sabendo uma limitao porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refm do que j se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situaes que, por serem inditas, no saberamos enfrentar. Diante dessa realidade, absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que algum quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando...

    Isso no ocorre com gente, e sim com fogo, sapato, geladeira. Gente no nasce pronta e vai se gastando; gente nasce no pronta, e vai se fazendo. Eu, no que estamos, sou a minha mais nova edio (revista e, s vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se o tempo a medida) est no meu passado e no no presente[...].

    CORTELLA, Mario Sergio. No nascemos prontos! Provocaes filosficas.

    Petrpolis: Vozes, 2012.

    Neste pargrafo, a tese explicitada.

    Agora, vamos aprofundar ainda mais a leitura. As perguntas sero seu guia. 1- A quem se refere a palavra escritor no primeiro pargrafo? ________________________________________________________________________ 2- Como se pode resumir o primeiro pargrafo? ________________________________________________________________________ 3- Como a satisfao vista no segundo pargrafo? ________________________________________________________________________ 4 No trecho [...] bom, fiquei muito insatisfeito (terceiro pargrafo) h uma contradio. Que efeito essa contradio provoca no texto? ________________________________________________________________________ 5- Destaque, no terceiro pargrafo, o elemento que estabelece alternativas. ________________________________________________________________________

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    6- Retire do segundo pargrafo uma frase que ratifique, que confirme as ideias contidas no terceiro pargrafo. __________________________________________________________________________________________ 7 No terceiro pargrafo h uma srie de interrogaes. Qual o efeito disso para o texto? __________________________________________________________________________________________ 8- Que trecho do texto indica que ele dirigido a homens e mulheres? __________________________________________________________________________________________ 9- No incio do sexto pargrafo, uma afirmao interrompida para se expressar uma dvida: (s as crianas?). Que sinais indicam a interrupo e a dvida? __________________________________________________________________________________________ 10- Que desafios esto explcitos no sexto pargrafo? __________________________________________________________________________________________ 11- A que se referem as palavras Bela e ingnua perspectiva(6 pargrafo) ? __________________________________________________________________________________________ 12- Segundo o texto, qual a diferena entre a pessoa gananciosa e a ambiciosa? __________________________________________________________________________________________ 13- No penltimo pargrafo, expressam-se algumas situaes de proporcionalidade. Transcreva os trechos com essas situaes e identifique o termo que nelas indica proporo. __________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ 14 O que significa a expresso mais nova edio no ltimo pargrafo? __________________________________________________________________________________________ 15- Segundo o texto, qual a diferena essencial entre seres humanos e objetos? __________________________________________________________________________________________

    Na vida voc vai ter sempre que fazer escolhas. Cada vez mais voc vai ser convocado a escolher, decidir a prpria vida. Veja o que nos diz sobre isso a grande escritora Ceclia Meireles.

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    Ou isto ou aquilo Ou se tem chuva e no se tem sol ou se tem sol e no se tem chuva! Ou se cala a luva e no se pe o anel, ou se pe o anel e no se cala a luva! Quem sobe nos ares no fica no cho, quem fica no cho no sobe nos ares. uma grande pena que no se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo o dinheiro e no compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! No sei se brinco, no sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas no consegui entender ainda qual melhor: se isto ou aquilo. MEIRELES, Ceclia. Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

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    1- Neste poema em que o ato de escolher est presente, aparece um conectivo que liga palavras, marcando a expresso de uma alternativa. Reescreva um verso em que ele aparece, destacando-o. ________________________________________________________________________________________________ 2- Em que versos est presente o pesar expresso pelo eu potico diante da necessidade que se tem de fazer escolhas? Destaque a expresso que revela essa ideia. ________________________________________________________________________________________________ 3- Reescreva os versos em que aparece uma expresso que indica um perodo de tempo, destacando-a. ________________________________________________________________________________________________ 4- A que concluso chega o eu potico? ____________________________________________________________________________________________________ 5- Como voc estudou no bimestre passado, a musicalidade muito importante nos poemas. Nesse poema, especificamente, a estrutura das estrofes contribui para o ritmo, construdo a partir de repeties e inverses. Observe: Ou se tem chuva e no se tem sol ou se tem sol e no se tem chuva Agora escolha outra estrofe e explicite o mecanismo, como no modelo acima. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Texto 8

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    O prximo texto mostra uma situao real que envolveu uma escolha. Ele nos ajuda a refletir sobre como as escolhas tambm definem as pessoas. Siga refletindo.

    Texto 9 Moradores de rua encontram cerca de R$ 20 mil e entregam PM em SP Um casal de moradores de rua encontrou por volta das 3h30min desta segunda-feira um saco com

    aproximadamente R$ 20 mil em dinheiro, no Tatuap, zona leste de So Paulo, e entregou polcia. [...] O morador de rua Rejaniel de Jesus Silva Santos, 36, que ganha por dia cerca de R$ 15 como catador de

    produtos reciclveis, disse que "a primeira coisa que veio sua cabea quando viu todo aquele dinheiro foi avisar polcia".

    Santos e a mulher abordaram um segurana em uma moto e pediram para ele ligar para o 190. Quando os policiais chegaram ao local, o casal entregou o dinheiro. Segundo Santos, os policiais militares no acreditavam que ele estava devolvendo o dinheiro e deram parabns pela honestidade.

    Santos, que perdeu o contato com a famlia depois que foi morar nas ruas, torce para que a me que vive no Maranho veja alguma das entrevistas que deu nesta madrugada para emissoras de TV.

    "A minha me me ensinou que no devo roubar e se vir algum roubando devo avisar polcia. Se ela me assistir pela TV l no Maranho vai ver que o filho dela ainda uma das pessoas honestas deste mundo", falou Santos.

    Segundo a PM, no saco havia cupons fiscais que identificavam que o dinheiro pertence a um restaurante oriental na rua Coelho Lisboa, que havia sido furtado. [...]

    Santos veio do Maranho h cerca de 16 anos para trabalhar com o irmo na construo civil. Em So Paulo, ele se casou e teve um filho, com quem no tem mais contato. Aps a separao, Santos perdeu o emprego e a casa e foi morar nas ruas. A atual mulher, Sandra Regina Domingues, conheceu nas ruas e mora com ela h cerca de quatro meses, embaixo do viaduto Azevedo.

    Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano

    1- O texto uma notcia de jornal. Em que pargrafo est explicitado o fato narrado? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    2- As palavras ou expresses que indicam tempo so importantes elementos de articulao no texto. Marque alguns desses elementos no terceiro e no ltimo pargrafos. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3- Em dois trechos da notcia, declara-se que forneceu uma informao. Que palavra nesses trechos marca quem forneceu a informao? Que efeito o uso dessa palavra tem em uma notcia de jornal? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Qual a funo das aspas no texto(quinto pargrafo) ? ____________________________________________________________________________________________ 5- Para articular o texto, a referncia feita aos moradores de rua varia. Como substitudo o termo moradores de rua, presente no ttulo, nos trs primeiros pargrafos do texto? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- Converse com seus colegas e com seu Professor sobre a notcia. Aps isso, escreva um pargrafo dissertativo argumentativo se posicionando sobre a atitude do casal de moradores de rua.

    ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Texto 10 Fraseador Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceu de treze. Naquela ocasio escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que eu j decidira o que queria ser no meu futuro. Que eu no queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras. Que eu queria era ser fraseador. Meu pai ficou meio vago depois de ler a carta. Minha me inclinou a cabea. Eu queria ser fraseador e no doutor. Ento, o meu irmo mais velho perguntou: Mas esse tal de fraseador bota mantimento em casa? Eu no queria ser doutor, eu s queria ser fraseador. Meu irmo insistiu: Mas se fraseador no bota mantimento em casa, ns temos que botar uma enxada na mo desse menino pra ele deixar de variar. A me baixou a cabea um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas no botou enxada.

    BARROS, Manoel de. Memrias inventadas: as infncias de Manoel de Barros. So Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.

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    Em outros Cadernos Pedaggicos voc j leu poemas do grande poeta pantaneiro Manoel de Barros. Ele brinca com as palavras, criando novas e inventando significados. Leia, agora, este texto do poeta.

    1- A partir de que idade o eu do texto se sentiu um poeta? ___________________________________________________________________ 2- A que tempo se refere os termos Naquela ocasio? ___________________________________________________________________ 3- O que o eu do texto revelou aos seus pais quando tinha treze anos? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4- Que palavra o eu do texto usa para significar poeta? ___________________________________________________________________

    5- Retire do texto um trecho que contm o porqu de o irmo do fraseador no concordar em ter um irmo poeta. ______________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________

    6- Segundo o texto, pode-se afirmar que o pai no queria um filho poeta? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________

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    Texto 11 Os dois Eu sou dois seres. O primeiro fruto do amor de Joo e Alice. O segundo letral: fruto de uma natureza que pensa por imagens, Como diria Paul Valry. O primeiro est aqui de unha, roupa, chapu e vaidades. O segundo est aqui em letras, slabas, vaidades frases. E aceitamos que voc empregue o seu amor em ns. BARROS, Manuel. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.

    Para saber cada vez mais! O texto que voc acabou de ler literrio, usa recursos expressivos da nossa lngua para produzir significados incomuns...Repare que o texto em prosa, mas com tantos recursos, essa pode ser considerada uma prosa potica.. Leia, a seguir, um outro texto do mesmo autor, agora estruturado em versos e estrofe, ou seja, um poema.

    1- A partir da pista que o texto oferece, quem so Joo e Alice? ______________________________________________________________________________________ 2- Voc reparou na palavra letral? O que ela significa no texto? _________________________________________________________________________________________________________________________________ 3- Observe como a caracterizao dos dois seres feita com uma estrutura paralela : O primeiro est aqui de unha, roupa, chapu e vaidades. O segundo est aqui em letras, slabas, vaidades frases. a) O que comum entre os dois seres? ______________________________________________________________________________________ b) Quem so os dois seres? Tente nomear cada ser com uma s palavra. ______________________________________________________________________________________

    4- No primeiro verso o verbo est na primeira pessoa do singular sou. E no ltimo verso? Que ideia do poema reforada por essa mudana? _____________________________________________________________________________________________________________________

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    Texto 12 A Escolha da Profisso

    O jovem de 17 ou 18 anos, ao decidir qual carreira seguir, est provavelmente tomando a deciso mais difcil de sua vida at esse momento. Atualmente, com o aumento do nmero de cursos oferecidos, a escolha torna-se mais dolorosa ainda, sem contar que a presso familiar pode contribuir ainda mais com a indeciso.

    importante lembrar que o jovem, nesta hora, deve primeiramente ouvir a si mesmo, equalizando sua razo e seus sentimentos.

    Escolher uma profisso simplesmente porque se tem facilidade para algumas matrias no Ensino Mdio pode ser um equvoco. Deve-se pensar que a vida profissional muito diferente da vida de estudante. Fazer sua opo porque determinada carreira est em moda, descartando outras mais tradicionais por consider-las saturadas, tambm pode no ser uma boa ideia, j que o mercado muito dinmico e a realidade, em cinco anos, ser totalmente diferente.

    Para minimizar esses dilemas, sugerimos que o jovem rena o mximo possvel de informaes sobre a carreira que deseja seguir; elas podem ser conseguidas atravs de um processo de orientao vocacional/profissional, que tambm o ajudar a entender quais so suas caractersticas pessoais.

    O jovem deve preparar-se para escolher bem e defender suas escolhas, tanto para si quanto para os outros, estando apto a enfrentar as dificuldades que encontrar. Tambm ajuda pensar que nenhuma escolha definitiva. Alm da possibilidade de mudar, existe a de exercer atividades diferentes depois da graduao.

    Vale ainda lembrar que esta opo to importante deve ser feita livremente das influncias do meio e de acordo com a individualidade de cada um. Quando se est em uma profisso e por ela se sente uma afinidade grande, uma espcie de amor, quando o indivduo se sente satisfeito com o que faz, ele consequentemente estar mais feliz. Mais feliz, satisfeito com sua profisso, buscar se aprimorar dentro dela. Aprimorando-se dentro da sua profisso e exercendo-a com prazer, garantir o seu futuro profissional e, consequentemente, os ganhos pessoais sero maiores.

    Esse o equilbrio que tanto se busca, a partir do trabalho que o homem deixa de ser apenas mais um na sociedade para construir seu espao dentro dela.

    www.universitariovestibulares.com.br/Conteudo.aspx?IDConteuo=25

    Agora voc vai ler um texto mais objetivo sobre essa escolha.

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    1- Segundo o texto, por que, atualmente, torna-se mais difcil e sofrida a escolha da profisso? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- No trecho importante lembrar que o jovem, nesta hora, deve primeiramente ouvir a si mesmo, equalizando sua razo e seus sentimentos., a que se referem as palavras destacadas? ____________________________________________________________________________________________

    3- O primeiro pargrafo fala da dificuldade em se escolher qual carreira seguir e o segundo aponta o que se deve fazer. Qual o conselho dado nesse pargrafo? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4- Que argumentos esto presentes no terceiro pargrafo? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5- Que solues so apresentadas, no quarto pargrafo, para minimizar os problemas na hora de se escolher a profisso? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    6- Segundo o texto, as escolhas profissionais so definitivas? Transcreva um trecho do texto que confirma sua resposta. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- No penltimo pargrafo do texto, qual a relao estabelecida pelo termo destacado em [...] Quando se est em uma profisso e por ela se sente uma afinidade grande, uma espcie de amor; quando o indivduo se sente satisfeito com o que faz, ele consequentemente estar mais feliz. ? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8- Na concluso do texto, de que se trata o equilbrio citado? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Texto 13 Dois cafs e a conta... por Mauro Ventura ...com Salgado Maranho f

    uma trajetria admirvel a que leva o poeta e letrista Salgado Maranho, do povoado de Cana Brava das Moas, no interior do Maranho, onde nasceu h 58 anos, at 50 universidades americanas, como Harvard e Yale, onde vai dar palestras de setembro a dezembro. Analfabeto at os 15 anos, trabalhou na lavoura e hoje tem sua obra estudada nos Estados Unidos, [...] conquistou prmios como o Jabuti e o da Academia Brasileira de Letras.[...]

    REVISTA O GLOBO: Voc no gosta de falar sobre as adversidades por que passou. Por qu? SALGADO MARANHO: No gosto de vender misria para ganhar ateno. No fao papel de vtima. No quero o caminho fcil. No busco plancies, busco ladeiras. Mas verdade que minha vida cheia de relevos. Vim para o Rio com 22 anos. Queria conhecer o meio artstico. Cheguei sem dinheiro, arrumei emprego numa livraria, no depsito de livros. A dona mandou que aos sbados eu lavasse o letreiro. Eu disse: Sou poeta, no vim ao Rio para lavar letreiro. Ela falou: Mas voc muito audacioso. Eu era muito folgado. Demitido, fui trabalhar numa firma de engenharia na construo do metr. At que li um poema num recital da turma da Nuvem Cigana. Jlio Barroso [...] gostou e me chamou para escrever na revista Msica do Planeta Terra.

    Voc era analfabeto at os 15 anos... Sou filho da casa grande e senzala. Minha me era uma camponesa negra, meu pai era o dono da fazenda. [...] Minha primeira influncia foram os repentistas. Aos 15 anos, fui estudar em Teresina. Na casa onde fiquei, havia professores. E descobri a biblioteca pblica. Um dia li Poema em linha reta de lvaro de Campos, heternimo de Fernando Pessoa. Nunca mais fui o mesmo. Lia to devagar, com medo de acabar e no achar outro livro dele, que chegava ao meio e voltava a ler.

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    Para voc, qual a importncia da poesia? As pessoas s pensam nas coisas materiais. Ficamos presos s necessidades urgentes. Mas isso no d conta da nossa humanidade, no nos completa como indivduos e seca a poesia do nosso corao. A poesia nos empurra para uma dimenso alm da sobrevivncia bsica. Qual o espao da poesia hoje? O mundo nunca precisou tanto de poesia como agora. Se tudo o que temos para transformar em dinheiro, ento no somos pessoas, somos um supermercado. Vivemos na sociedade da ordem, do experimente!, do compre j! A publicidade quer parecer, mas a poesia quer apenas ser. O que fascina as pessoas sua gratuidade, sua verdade genuna num mundo quase todo poludo pelo interesse material. A poesia no faz como a literatura de autoajuda, que aponta caminhos. Ela no d receitas, d autonomia. No nos manda imitar o outro, quer que descubramos nosso prprio mapa.

    Revista O Globo. 15 de julho de 2012.

    1- Voc acabou de ler uma entrevista. Quem o entrevistador? E o entrevistado? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- Voc reparou que h um box esquerda da entrevista? L existem informaes sobre o entrevistado. Retire desse box um trecho que contm um fato e um que revela uma opinio. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3- Que caractersticas da personalidade de Salgado Maranho esto presentes no texto 13? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4- Transcreva o trecho em que o entrevistado explica sua declarao Sou filho da casa grande e senzala.? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    5- No trecho Mas isso no d conta da nossa humanidade, no nos completa como indivduos e seca a poesia do nosso corao., a que se refere o termo em destaque? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- Alm de no dar conta de nossa humanidade e no nos completar como indivduos, que outra consequncia o entrevistado aponta para o fato de as pessoas s pensarem nas coisas materiais e ficarem presas s necessidades urgentes? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- Qual o significado, no texto, da expresso seca a poesia do nosso corao? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8- Quem Salgado Maranho compara aos supermercados? Por qu? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 9- A partir da ltima resposta da entrevista, na comparao entre os livros de autoajuda e os textos poticos, o que se pode concluir? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Voc reparou que os textos 2, 10 e 12 falam de uma atitude muito importante a escolha profissional? Logo chegar o momento de voc fazer essa escolha...Ento, prepare-se!

    Retome o que voc aprendeu sobre o gnero entrevista em cadernos anteriores. Selecione um adulto que voc admire e elabore uma entrevista sobre como ele

    viveu esse momento, como se preparou para escolher a profisso. Registre as perguntas e respostas de forma a poder compartilh-las com seus

    colegas no mural da sala.

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    Agora voc convidado a mergulhar no mundo da imaginao. Para gui-lo, seguem dois textos de base narrativa. No primeiro, voc encontrar Alice, uma menina que tambm teve de fazer escolhas.

    Texto 14 Alice no Pas das Maravilhas Captulo I Descendo pela toca do Coelho Alice estava comeando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado de sua irm e no ter nada para

    fazer: uma vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irm lia, mas no havia figuras ou dilogos nele e para que serve um livro, pensou Alice, sem figuras nem dilogos?

    Ento, ela pensava consigo mesma (to bem quanto era possvel naquele dia quente que a deixava sonolenta e estpida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais forte do que o esforo de ter de levantar e colher as margaridas, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela.

    No havia nada de muito especial nisso, tambm. Alice no achou muito fora do normal ouvir o Coelho dizer para si mesmo Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado! (quando ela pensou nisso depois, ocorreu-lhe que deveria ter achado estranho, mas na hora tudo parecia muito natural); mas, quando o Coelho tirou um relgio do bolso do colete, e olhou para ele, apressando-se a seguir, Alice ps-se em p e lhe passou a ideia pela mente como um relmpago, que ela nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos ainda com um relgio para tirar dele. Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrs dele, a tempo de v-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca.

    No mesmo instante, Alice entrou atrs dele, sem pensar como faria para sair dali. A toca do coelho dava diretamente em um tnel, e ento aprofundava-se repentinamente. To

    repentinamente que Alice no teve um momento sequer para pensar antes de j se encontrar caindo no que parecia ser bastante fundo.

    Ou aquilo era muito fundo ou ela caa muito devagar, pois a menina tinha muito tempo para olhar ao seu redor e para desejar saber o que iria acontecer a seguir. Primeiro, ela tentou olhar para baixo e compreender para onde estava indo, mas estava escuro demais para ver alguma coisa; ento, ela olhou para os lados do poo e percebeu que ele era cheio de prateleiras: aqui e ali ela viu mapas e quadros pendurados em cabides. Alice apanhou um pote de uma das prateleiras ao passar: estava etiquetado GELEIA DE LARANJA, mas para seu grande desapontamento estava vazio: ela no jogou o pote fora por medo de machucar algum que estivesse embaixo e por isso precisou fazer algumas manobras para recoloc-lo em uma das prateleiras. Bem, pensou Alice consigo mesma. Depois de uma queda dessas, eu no vou achar nada se rolar pela escada! Em casa eles vo achar que eu sou corajosa! Porque eu no vou falar nada, mesmo que caia de cima da casa! (O que era provavelmente verdade). Para baixo, para baixo, para baixo. Essa queda nunca chegar ao fim?

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    1- Observe com ateno o narrador da histria. De que tipo ele ? Retire do texto trechos que permitam comprovar sua resposta. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 2- Esse trecho do primeiro captulo do romance Alice no Pas das Maravilhas. Como estava se sentindo Alice no incio do texto? __________________________________________________________________ 3- Que fato muda a situao inicial? _________________________________________________________________ 4- Pode-se afirmar que o coelho personificado no texto? Explique. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Observe que a personificao do coelho o primeiro fato que mostra ao leitor que o livro vai ter uma outra

    lgica, valendo-se de absurdos como se fossem normais.

    5- Que sentimento de Alice a faz seguir o coelho, acabando por gerar a histria? ____________________________________________________________________________________________ 6- Qual a funo dos parnteses nesse trecho? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- Qual o efeito da repetio em Para baixo, para baixo, para baixo.? ___________________________________________________________________________________________

    Veja mais um trecho da histria. Alice continua suas aventuras...Fique atento a mais uma personificao,

    agora do gato. Captulo VI Porco e Pimenta [...] Ao ver Alice, o Gato s sorriu. Parecia amigvel, ela pensou; ainda assim tinha garras muito longas e um

    nmero enorme de dentes, de modo que achou que devia trat-lo com respeito. Bichano de Cheshire, comeou, muito tmida, pois no estava nada certa de que esse nome iria agrad-lo;

    mas ele s abriu um pouco mais o sorriso. Bom, at agora ele est satisfeito, pensou e continuou: Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?

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    Depende bastante de para onde quer ir, respondeu o Gato. No me importa muito para onde, disse Alice. Ento no importa que caminho tome, disse o Gato. Contanto que eu chegue a algum lugar, Alice acrescentou guisa de explicao. Oh, isso voc certamente vai conseguir, afirmou o Gato, desde que ande o bastante. Como isso lhe pareceu irrefutvel, Alice tentou uma outra pergunta: Que espcie de gente vive por aqui? Naquela direo, explicou o Gato, acenando com a pata direita, vive um Chapeleiro; e naquela direo,

    acenando com a outra pata, vive uma Lebre de Maro. Visite qual deles quiser: os dois so loucos. Mas no quero me meter com gente louca, Alice observou. Oh! inevitvel, disse o Gato; somos todos loucos aqui. Eu sou louco. Voc louca. Como sabe que sou louca? perguntou Alice. S pode ser, respondeu o Gato, ou no teria vindo parar aqui.[...]

    CARROLL, Lewis, pseud. Alice no Pas das Maravilhas. Porto Alegre: L&PM, 2011.

    8- Por que Alice acha que deve respeitar o gato? __________________________________________________________________________________________ 9- Qual a funo das aspas no trecho? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    10- Observe, nesse trecho do Captulo VI, o dilogo que se estabelece entre Alice e o Gato, quando a menina lhe pergunta sobre o caminho que deveria tomar para ir embora daquele lugar. a) De que depende a orientao do gato? ________________________________________________________ b) Transcreva a fala que contm uma concluso a que o gato chega, destacando a palavra que indica tratar-se de uma concluso. __________________________________________________________________________ c) O Gato afirma que Alice vai conseguir chegar a algum lugar, mas em seguida expressa uma condio para que isso acontea. Que termo dessa fala do gato indica tratar-se de uma condio. ___________________ 11- O que, no trecho final, faz o gato considerar Alice tambm louca? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12- Relacionando o final do dilogo entre Alice e o Gato ao ttulo do romance, Alice no Pais das Maravilhas, a) a que se refere o termo aqui, na fala do Gato? ___________________________________________________ b) Que relao se pode estabelecer entre maravilhas e louco? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    As aventuras de Alice no Pas das Maravilhas, o ttulo com que o clssico infantil de Lewis Carroll ficou conhecido desde sua primeira publicao em portugus, em 1865 (logo em seguida ao lanamento da edio original inglesa), tem algo de enganoso. Uma traduo mais exata embora talvez menos convidativa para Alice in Wonderland seria Alice na Terra dos Assombros. Pois assombros, de fato, s o que a pequena Alice encontra a partir do momento em que cai na toca de um coelho branco (no toa que ele chama a sua ateno; o coelho veste uma casaca) e, no fundo dela, se descobre em um mundo cuja lgica, se que ela existe, em nada se parece com a lgica deste mundo. Como em um delrio de febre, Alice estica ao comer um biscoito, e ento encolhe ao provar uma beberagem. Depara com uma lagarta que fuma um narguil e com um gato cujo sorriso fixo continua pairando no ar mesmo depois que ele se vai. [...]Tudo muito curioso, mas no propriamente maravilhoso: todos esses personagens tentam provocar, hostilizar ou ridicularizar Alice com sucesso. Ou seja, Alice no consegue ficar vontade nem no mundo que tem de habitar, nem no mundo criado por sua imaginao (no desfecho, esclarece-se que tudo no passou de um sonho)

    Revista VEJA - Edio 2161, 21/04/2010

    Para saber mais sobre esse clssico da literatura, acesse a Educopdia! V ao nono ano - Grandes Obras - aula 9.

    Veja aqui algumas informaes sobre Alice no Pas das Maravilhas. Siga aprendendo cada vez mais.

    De cara, um dos maiores prazeres de ter relido Alice no pas das maravilhas foi ter redescoberto o absurdo! Bem menos coerente do que aquela lembrana do desenho da Disney podia sugerir, as peripcias de Alice no tm nada de linear! Situaes e cenrios sucedem-se de maneira to delirante, que penso agora, j adulto esse deve ser um dos segredos principais da obra para exercer seu fascnio de maneira to cativante em todas as crianas. A mgica de Carroll, ao que me parece, consiste justamente em seguir a lgica de um pensamento infantil mas que na mo de um adulto brilhante como ele (j prestou ateno num detalhe de sua biografia que diz que ele era matemtico?) transformou-se num sofisticado jogo de imaginao.

    Zeca Camargo http://g1.globo.com/platb/zecacamargo/2010/04/22/alice-

    o-livro/

    A obra de Lewis Carroll representante da longa tradio britnica da literatura fantstica e satrica. A histria uma das mais lidas, traduzidas, adaptadas, encenadas e filmadas. Voc pode assistir a vrias verses em filmes e desenhos animados. A ltima verso em filme foi dirigida pelo norte-americano Tim Burton. Que tal usar esse filme no CINECLUBE da sua turma?

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    Texto 15 A tristeza do tuiui (Inspirada em O tuiui, lenda coletada por Herbert Baldus em Estrias e lendas dos ndios.)

    Pirauu era um ndio alegre que passava o dia com os garotos da aldeia, brincando e nadando no rio. Passeando pela mata, conheceu Indai, uma garota da aldeia vizinha. Os dois passaram a se encontrar e logo se apaixonaram. O garoto sabia que o pai no concordaria com o namoro. Ele era xam e queria preparar o filho para substitu-lo. Por isso, namoravam em segredo; s se encontravam na floresta, de modo que ningum pudesse v-los. Um dia em que conversavam no seu canto preferido, beira da lagoa, um tuiui pousou perto deles. Pirauu e Indai jogaram migalhas de beiju para ele, e o tuiui gostou tanto que passou a acompanh-los sempre que estavam na mata. Mas eles estavam cansados de namorar escondido, e o rapaz resolveu falar com o pai. Um dia em que estavam s os dois na cabana, ele contou que queria se casar. O pai disse: Voc muito novo, Pirauu. Quando estiver mais adiantado no seu aprendizado, poder se casar. Acontece que j encontrei a mulher da minha vida!, disse o filho. A preparao de um xam algo especial, como voc j percebeu... Mas um processo longo..., insistiu o moo. Haver tempo para tudo, disse o xam. Depois que o aprendizado se completar, voc se casar. O rapaz contou a Indai a conversa que tivera e pediu para ela ter pacincia. Uma tarde em que passeavam na floresta, o cu de repente escureceu, prenunciando tempestade. Eles decidiram voltar para a aldeia. No caminho, passaram pelo lago, onde o tuiui costumava esper-los. Mas ele no estava l. Nosso amigo nos abandonou. um mau sinal, disse Indai. Os animais se recolhem para se proteger dos raios e das trovoadas..., respondeu Pirauu. Nunca se tinha visto um cu to escuro. O cenrio dava medo. Quando os namorados estavam chegando aldeia, perceberam uma grande movimentao. O que houve?, perguntou Pirauu, preocupado. Deve ser alguma coisa muito grave!, disse a moa, bastante assustada.

    O prximo texto trata de uma escolha diferente: sentimental.

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    Os jovens ficaram sabendo o que se passava logo que entraram na aldeia. O pai de Pirauu estava muito mal e queria falar com o filho antes de morrer. O rapaz correu para a cabana, onde encontrou o pai agonizando. Chegou a minha hora, Pirauu. Estou partindo um pouco antes do que esperava. Cabe a voc cuidar da vida espiritual de todos. No se preocupe, a prtica vai lhe dar segurana, disse o xam. Minha principal recomendao que voc reflita antes de agir. O rapaz olhava o pai, assustado. Nem teve tempo de responder, o xam morreu logo em seguida. Depois dos ritos fnebres, os conselheiros da aldeia foram conversar com Pirauu. O rapaz estava em dvida: a responsabilidade o empurrava para o trabalho, mas a vontade o chamava para o amor. Em busca de inspirao, olhou para o horizonte e a viso que teve determinou sua deciso. Nos limites da aldeia, na borda da mata, ele viu a figura de Indai, sua espera. Como xam, teria um longo caminho pela frente, para pr em prtica o que aprendera com o pai no teria o tempo que Indai exigia dele e que ele queria dar a ela. O jovem ouviu apenas o corao e foi ao encontro da namorada. Eles decidiram fugir, e passaram o dia caminhando, em busca de um local para montar uma cabana. Era a estao das chuvas, e o temporal no demorou a cair. Pego de surpresa, o casal corria, buscando uma moita para se abrigar, quando um raio os atingiu. No dia seguinte, quando o sol surgiu de novo, seus corpos foram encontrados. Velando por eles estava o tuiui, mais triste do que nunca. Pirauu e Indai foram enterrados junto lagoa onde gostavam de namorar. Todas as tardes, na mesma hora em que o casal costumava se encontrar, o tuiui voa at a lagoa, pousa na mesma pedra e fica ali, tristonho e de cabea baixa, espera dos amigos que nunca mais ver.

    SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 histrias. So Paulo,

    Companhia das Letrinhas, 2011. Glossrio xam em certas culturas, sacerdote ou feiticeiro. beiju bolo feito com massa de tapioca ou mandioca; tapioca. Dicionrio escolar da lngua portuguesa/ Academia Brasileira de Letras. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

    www.coisasdemt.com.br

    1- Quais so os personagens principais (protagonistas) da histria? ___________________________________________________________________________ 2- Onde a histria se passa? ___________________________________________________________________________ 3- Que fato desencadeou a histria? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    4- Por que o pai de Pirauu no concordava com o namoro de seu filho com a indiazinha Indai? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5- No trecho Por isso, namoravam em segredo; s se encontravam na floresta, de modo que ningum pudesse v-los., substitua os termos destacados por outros sem mudar o sentido do texto. ____________________________________________________________________________________________ 6- Retire do terceiro pargrafo termos que expressam circunstncias de lugar, de tempo e de intensidade. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- Ainda no terceiro pargrafo, que consequncia teve o fato de o tuiui ter gostado tanto da atitude de Pirauu e Indai? ____________________________________________________________________________________________ 8- Por que motivo Pirauu resolveu conversar com o pai sobre o seu namoro com Indai? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 9- Qual a funo das aspas no trecho Voc muito novo, Pirauu. Quando estiver mais adiantado no seu aprendizado, poder se casar. Acontece que j encontrei a mulher da minha vida!, disse o filho. A preparao de um xam algo especial, como voc j percebeu... Mas um processo longo..., insistiu o moo. Haver tempo para tudo, disse o xam. ? ____________________________________________________________________________________________ 10- O trecho Uma tarde em que passeavam na floresta, o cu de repente escureceu, prenunciando tempestade. Eles decidiram voltar para a aldeia. No caminho, passaram pelo lago, onde o tuiui costumava esper-los. Mas ele no estava l., revela que o tuiui no estava no lugar onde os namorados sempre o encontravam. Como cada um entendeu a ausncia do pssaro? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    11- Por que Indai achava que algo muito grave havia acontecido na aldeia? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12- Qual era a causa dessa grande movimentao? ____________________________________________________________________________________________ 13- Reescreva o trecho Os jovens ficaram sabendo o que se passava logo que entraram na aldeia. , substituindo o termo destacado por outro sem alterar o sentido do texto. ____________________________________________________________________________________________ 14- Observe o trecho O rapaz estava em dvida: a responsabilidade o empurrava para o trabalho, mas a vontade o chamava para o amor. Diante da dvida que tinha, que deciso tomou Pirauu? ____________________________________________________________________________________________ 15- Pirauu tomou sua deciso ouvindo apenas o corao. O que significa ouvir apenas o corao? ____________________________________________________________________________________________ 16- Que conselho, dado pelo pai antes de morrer, Pirauu contrariou ao agir dessa forma? ____________________________________________________________________________________________ 17- Identifique, no final da narrativa: Clmax - _____________________________________________________________________________________ Desfecho - ___________________________________________________________________________________ E quando voc se v perdido, sem saber que deciso tomar, que caminho seguir, que escolha fazer? O

    prximo texto, uma crnica da escritora Marta Medeiros, fala sobre isso. Leia.

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    Texto 16 Filosofia de para-choque

    Era um sbado tarde. Eu estava num bairro onde nunca tinha colocado os ps, com um endereo anotado num pedao de papel, dirigindo meu carro e ao mesmo tempo cuidando das placas de sinalizao. Parecia uma barata tonta, no encontrava a rua que queria. Nisso o sinal fechou e eu parei atrs de um caminho, em cujo para-choque estava escrito: No me siga que eu tambm estou perdido.

    Comecei a rir da coincidncia, tive vontade de descer e ir at a boleia abraar meu companheiro de infortnio. Somos dois, meu irmo. Alis, somos mais do que dois. Somos muitos. Somos todos.

    Para que lado eu dobro se quiser sair deste engarrafamento de emoes, se quiser ter um relacionamento nico e estvel, um amor que me resgate dos arranques e das freadas sbitas deste meu corao mal-regulado? s vezes d vontade de encostar o carro e fazer esse tipo de pergunta para o casalzinho apaixonado que est aos beijos na parada de nibus.

    Devo seguir em frente, sempre pelo mesmo caminho? Tenho vontade de entrar numas ruas sem sada, descobrir o que elas escondem, mas e se eu me atrasar, e se eu me perder, e se ningum der pela minha falta?

    Subo a ladeira ou viro esquerda? No topo da ladeira tem uma surpresa, no caminho esquerda tem paixes e tudo o que elas acarretam de bom e de torturante na alma da gente, e aqui onde estou tenho segurana, mas estou estacionado, e estacionado no ando, eu no corro, eu no vivo, o que que eu fao, que direo eu pego?

    Voc a, saindo da padaria, pode me dizer pra que lado fica a juventude eterna? Com licena, o senhor poderia me indicar o caminho mais rpido para a felicidade? Garoto, chega a, voc j ouviu falar em paz de esprito? Eu estou perto ou estou longe? P no acelerador e sorte, carssimos. No sigam ningum, que esto todos procura tambm.

    MEDEIROS, Martha. Coisas da vida: crnicas. Porto Alegre: L&PM,2012.

    revi

    stae

    poca

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    1- Vamos comear pelo ttulo da crnica: a) a que para-choque se refere a cronista? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Por que se diz filosofia de para-choque? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________

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    2- No trecho Era um sbado tarde. Eu estava num bairro onde nunca tinha colocado os ps, com um endereo anotado num pedao de papel [...], a que se refere o termo grifado? _____________________________________________________________________________________________

    3- No primeiro pargrafo, que fato permitiu que a cronista lesse o que estava escrito no para-choque do caminho? _____________________________________________________________________________________________

    4- Que efeito provoca a frase no para-choque do caminho No me siga que eu tambm estou perdido no texto? _____________________________________________________________________________________________

    5- No segundo pargrafo, existe um exemplo de gradao. Transcreva -o. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6- A partir do terceiro pargrafo a que a cronista associa o ato de dirigir um carro ? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    7- Qual a concluso a que a cronista chega no quinto pargrafo? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    8- No final da crnica pode-se perceber alguns desejos da cronista. Que desejos so esses? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________

    ww

    w.s

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    arin

    o.co

    m.b

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    ESPAO PESQUISA As frases de caminho so interessantes criaes da cultura popular e

    revelam, geralmente com muito humor, reflexes sobre a vida. Pesquise frases de caminho e elabore um mural em sua sala de aula.

    blogiveco.com.br

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    Painel: Para saber mais... Em Cadernos de Apoio Pedaggico anteriores voc j leu vrias crnicas e tambm j foi apresentado ao conceito de crnica. Para ampliar seus conhecimentos sobre esse gnero, foram selecionados dois textos. So crnicas que tratam de... crnicas. Aproveite!

    Texto 17 A crnica do vov [...]A crnica brasileira uma rvore frondosa, com galhos para

    todos os lados, um gnero que, pelo estilo malemolente, transformou-se numa espcie de jabuticaba literria, pois coisa que s d aqui.[...]

    Ao contrrio da fico clssica, em que o autor pode empostar as vozes mais disparatadas para narrar as histrias que inventa, a crnica tem uma janela em vaivm sobre o mundo real. O cronista abre a sua para observar o mundo, mas com o movimento permite que lhe vejam a intimidade da sala. uma das graas do gnero, expositivo ao extremo, com o eu verbalizado em todas as suas conjugaes.[...]

    A boa crnica aquela em que o autor mostra desavergonhadamente, mas em palavras mais curtas, o prprio umbigo. O leitor percebe maravilhado estar ali tambm o retrato do seu. Quando se consegue isso, eis uma crnica, eis o milagre de tornar o umbigo universal. Exponha-o, afinal o que voc tem disse uma vez, sempre resmungando, pedindo ao reprter que lhe deixasse na rede observando os sabis, o grande Rubem Braga[...].

    Joaquim Ferreira dos Santos Jornal O globo, 13/08/2012.

    Adaptado

    Segundo o texto, nas crnicas o autor mostra o prprio umbigo e a crnica faria o milagre de tornar o umbigo universal. A que caracterstica das crnicas em geral essa imagem se relaciona? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    Texto 18 [...]Uma leitora se refere aos textos aqui publicados como "reportagens". Um

    leitor os chama de "artigos". Um estudante fala deles como "contos". H os que dizem: "seus comentrios". Outros os chamam de "crticas". Para alguns, "sua coluna". Esto errados? Tecnicamente, sim so crnicas , mas... Fernando Sabino, vacilando diante do campo aberto, escreveu que "crnica tudo que o autor chama de crnica".

    A dificuldade que a crnica no um formato, como o soneto, e muitos duvidam que seja um gnero literrio, como o conto, a poesia lrica ou as meditaes maneira de Pascal. Leitores, indiferentes ao nome da rosa, do crnica prestgio, permanncia e fora. Mas vem c: literatura ou jornalismo? Se o objetivo do autor fazer literatura e ele sabe fazer... H crnicas que so dissertaes, como em Machado de Assis; outras so poemas em prosa, como em Paulo Mendes Campos; outras so pequenos contos, como em Nelson Rodrigues; ou casos, como os de Fernando Sabino; outras so evocaes, como em Drummond e Rubem Braga; ou memrias e reflexes, como em tantos.

    A crnica tem a mobilidade de aparncias e de discursos que a poesia tem e facilidades que a melhor poesia no se permite. Est em toda a imprensa brasileira, de 150 anos para c. O professor Antnio Candido observa: "At se poderia dizer que sob vrios aspectos um gnero brasileiro, pela naturalidade com que se aclimatou aqui e pela originalidade com que aqui se desenvolveu". [...] Como se fosse escrita para um leitor, como se s com ele o narrador pudesse se expor tanto. Conversam sobre o momento, cmplices: ns vimos isto, no leitor?, vivemos isto, no ?, sentimos isto, no ? O narrador da crnica procura sensibilidades irms. Se to antiga e ntima, por que muitos leitores no aprenderam a cham-la pelo nome? que ela tem muitas mscaras. [...]

    Elementos que no funcionam na crnica: grandiloquncia, sectarismo, enrolao, arrogncia, prolixidade. Elementos que funcionam: humor, intimidade, lirismo, surpresa, estilo, elegncia, solidariedade.[...]

    Ivan ngelo, Revista VEJA SP, de 25/04/2007

    A partir do texto, reflita:

    - Ao escrever

    uma crnica importante

    definir como vai ser a relao com o seu

    leitor...

    - H crnicas de base

    dissertativa e de base

    narrativa...

    - H crnicas literrias...

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    Relacione essas informaes sobre o gnero crnica de Marta Medeiros que voc leu. 1- Marta Medeiros parte de uma situao cotidiana, banal, para escrever seu texto? Qual? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- A escritora transforma seu umbigo num umbigo universal? Como? Que trecho do texto deixa clara a universalizao do tema? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 3- Como a crnica se relaciona com o leitor? Demonstre com um trecho. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

    Escolha um assunto e faa aqui

    anotaes sobre ele.

    A quem vai se dirigir sua

    crnica ? Defina seu leitor . __________________________________________________

    ______________________

    Que estrutura ter seu texto? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Agora, seu desafio ser escrever, em seu caderno, uma crnica. Planeje seu texto a partir do roteiro abaixo. Aps a escrita, no se esquea da reviso. Releia o texto prestando bastante ateno aos elementos de

    articulao... Seu texto est coeso? Por fim, confira a ortografia e a concordncia. E no se esquea do ttulo!!!

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    Texto 19 Carta da Terra Estamos diante de um momento crtico na histria da Terra, numa poca em que a humanidade deve

    escolher o seu futuro. medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frgil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnfica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma famlia humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar foras para gerar uma sociedade sustentvel global, baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justia econmica e numa cultura de paz. Para chegar a esse propsito imperativo que ns, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida e com as futuras geraes.

    Carta da Terra, maio de 2000. In: TRIGUEIRO, Andr. Mundo sustentvel. So Paulo: Editora O Globo, 2005. 1- Que marcas textuais indicam que o autor do texto se inclui como responsvel pelo planeta? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    2- Segundo o texto, o que se pode dizer a respeito do momento que vivemos e do futuro? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    3- Transcreva do texto um trecho que contenha uma opinio. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    4- Qual o sentido da palavra destacada no trecho Para chegar a esse propsito imperativo que ns, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida e com as futuras geraes. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    5- Segundo o texto, o que se precisa fazer para se ter uma sociedade sustentvel com uma cultura de paz? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    Voc comeou este Caderno de Apoio refletindo sobre o jovem e sobre as diversas escolhas que ter que fazer ao longo da vida profissionais, ticas, sentimentais. As escolhas definem quem voc e podem definir tambm o futuro da humanidade. A responsabilidade ambiental perpassa os prximos textos.

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    Texto 20 Pr-sal Dizem que otimista o cara que v o copo meio cheio, enquanto pessimista quem o enxerga meio

    vazio. A imagem batida, mas vem a calhar, pois no outro o tema desta crnica seno a gua. Muita gua. Trilhes de litros de H2O, que sero acrescidos aos oceanos nas prximas dcadas, quando as calotas polares derreterem.

    Os pessimistas, claro, s conseguem ver o lado ruim da mudana climtica: a morte de milhes de pinguins, focas, lees marinhos, ursos polares e a extino de algumas espcies desconhecid