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    2014

    DIREITOADMINISTRATIVO1

    TRE-BA/20146 EDIO (PARTE II)

    ampliada, revista e atual izada

    Prof. Alexandre Medeiroswww.facebook.com/professoralexandremedeiros

    www.facebook.com/alexandremedeiros10COM MAISDE 500QUESTES DE CONCURSOS PBLICOS NO MDULO

    ATENO: A presente apostila um roteiro para o acompanhamento das aulas, no esgotando ostemas objeto de anlise, embora sirva como um eficiente resumo para o concurso.

    1 NOTA EDIO ATUAL: A presente edio (PARTE II) foi fechada em MAIO/2014. BONSESTUDOS E BOA SORTE!!!

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    CONHEA AS OBRAS DO PROFESSOR ALEXANDRE MEDEIROS!!!

    Lei 8.666/1993 - Esquematizada, em coautoria com Janaina Carvalho, Ed.Mtodo.

    Lei de Improbidade Admini strativa - Esquematizada, em coautoria com JanainaCarvalho, Editora Mtodo.

    Legislao Apl icada ao MPU- Esquematizada, em coautoria com o Prof. OrmanRibeiro e Janaina Carvalho, Editora Mtodo.

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    SUMRIO

    Sumrio, p. 3

    1. ORGANIZAO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA, p. 4

    1.1ADMINISTRAO DIRETA E INDIRETA.CENTRALIZAO E DESCENTRALIZAO.CONCENTRAOE DESCONCENTRAO, p. 4

    1.2TEORIA DOS RGOS PBLICOS:CONCEITO,TEORIAS E CLASSIFICAO, p. 9

    1.2.1 Conceito, p. 91.2.2 Teorias sobre a relao Estado-rgo-Agente, p. 101.2.3 Classificao dos rgos pblicos, p. 10

    1.3ADMINISTRAO PBLICA INDIRETA.ENTIDADES, p. 11

    1.3.1 Autarquias, p. 11

    1.3.1.1 Agncia Reguladora, p. 13

    1.3.1.2 Associaes pblicas (consrcios pblicos de direito pblico), p. 151.3.1.3 Agncia Executiva, p. 16

    1.3.2 Fundaes pblicas, p. 171.3.3 Empresa Pblica, p. 181.3.4 Sociedade de Economia Mista, p. 21

    1.4JURISPRUDNCIA DO STFSOBRE AS EMPRESAS ESTATAIS, p. 23

    2. COLETNEA DE QUESTESFCC E CESPE, p. 28

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    1. ORGANIZAO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA

    1.1ADMINISTRAO DIRETA E INDIRETA.CENTRALIZAO E DESCENTRALIZAO.CONCENTRAO EDESCONCENTRAO

    A Administrao Pblica brasileira, com base no art. 37, caput e inc. XIX, da CF, e noDec.-Lei 200/65, divide-se em: direta e indireta.

    ADMINISTRAOPBLICABRASILEIRA

    DIRETA/CENTRALIZADA

    Unio, Estados, DF, Municpios eseus rgos

    INDIRETA/

    DESCENTRALIZADA

    Autarquias. Ex.: INSS, BACEN, UFBA

    Fundaes Pblicas. Ex.: FUNAI, FUNASA

    Empresas Pblicas. Ex.: CEF, ECT, SERPRO Sociedades de Economia Mista. Ex.: BB,PETROBRAS

    As entidades polticas (U, E, DF e M) so pessoas jurdicas de direito pblico, assim comoas autarquias. As empresas estatais (EP e SEM) so de direito privado. As fundaes pblicas podemassumir um regime de direito pblico ou privado. Anote-se, ainda, que os consrcios pblicos (CF, art.214, e Lei 11.107/05), sejam eles de direito pblico ou privado, tm sido considerados como entidades daAdministrao Pblica.

    Registre-se, ainda, que as concessionrias e permissionrias de servio pblico, enquantopessoas privadas, no fazem parte da Administrao Pblica.

    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 TRT - 18 Regio (GO) Juiz do Trabalho)2Ao criar uma entidade da Administrao indireta, oente poltico pode optar por constitu-la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que podem serinstitudas sob tal regime, esto

    a) as autarquias, as fundaes e as agncias executivas.

    b) as sociedades de economia mista, os consrcios pblicos e as fundaes.c) as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e as agncias reguladoras.d) as autarquias corporativas, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.e) as agncias reguladoras, as sociedades de economia mista e as fundaes.

    FGV 2014!!!

    (FGV 2014 DPE-RJ Tcnico Superior Especializado - Administrao)3 Tendo em vista as diversascompetncias, responsabilidades e atividades incumbidas ao poder pblico, a Administrao Pblica pode

    2Gabarito: B3Gabarito: E

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    atuar de forma centralizada (quando executa suas tarefas diretamente) ou descentralizada (quando o fazdelegando a terceiros, na forma da lei). Nesse contexto, fazem parte da Administrao Indireta, dentreoutros,

    a) os rgos dos Ministrios (em nvel federal, que do suporte Presidncia da Repblica), das

    Secretarias Estaduais (em mbito estadual, dando apoio ao Governador) e das Secretarias Municipais (naesfera municipal, assessorando os Prefeitos).b) as autarquias pblicas, empresas pblicas e fundaes privadas que prestam servios pblicos.c) as empresas privadas contratadas, aps regular procedimento licitatrio, para prestar servios pblicosessenciais.d) as concessionrias que prestam servios pblicos.e) as fundaes pblicas, sociedades de economia mista e autarquias.

    CESPE 2014!!!

    (CESPE 2014 MDIC Analista Tcnico Administrativo)4

    (___) Embora nos municpios haja apenasadministrao direta, nos estados, em razo da autonomia dada pela Constituio Federal de 1988 (CF),

    pode haver administrao indireta.

    Sobre a criao das entidades da Adm. Pblica indireta, vale conferir os dispositivosconstitucionais abaixo:

    CF, ART. 37, INCS. XIX E XX

    Art. 37 ........................XIX - somente por lei especfica poder ser CRIADA autarquia e autorizada a

    instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo leicomplementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    XX - depende de AUTORIZAO legislativa, em cada caso, a criao de subsidiriasdas entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas emempresa privada;

    Chama-se CENTRALIZADA a atividade exercida diretamente pelos entes estatais, ouseja, pela Administrao Direta, por meio dos seus rgos. DESCENTRALIZADA, por sua vez, aatividade delegada (por contrato ou ato administrativo: concesso, permisso ou autorizao de servio

    pblico) ou outorgada (por lei) para as entidades da Administrao Indireta (autarq., fund. pb., emp.pb. e soc. econ. mista).

    DESCENTRALIZAO a distribuio de competncias de uma para outra pessoa,fsica ou jurdica. A descentralizao supe a existncia de, pelo menos, duas pessoas, entre as quais serepartem as competncias. Quando novas entidades administrativas so criadas ocorre o fenmeno dadescentralizao.

    4Gabarito: E

    http://www.facebook.com/professoralexandremedeiroshttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37xixhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37xixhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37xixhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37xixhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art37xixhttp://www.facebook.com/professoralexandremedeiros
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    A DESCONCENTRAO, por sua vez, caracteriza uma distribuio interna decompetncias, ou seja, uma distribuio de competncias dentro da mesma pessoa jurdica. Adesconcentrao liga-se hierarquia. Quando novos rgos so criados ocorre o fenmeno dadesconcentrao.

    DICA!!!

    DESCONCENTRAO CO C-O CRIAO DE RGOS

    DESCENTRALIZAO CENT C-ENT CRIAO DE ENTIDADES

    CESPE 2014!!!

    (CESPE 2014 MDIC Agente Administrativo)5

    Acerca da organizao administrativa

    (___) Se, em razo do grande nmero de contrataes realizadas pela Unio, for criado um Ministrio deAquisies, ter-se-, nessa situao, exemplo do fenmeno denominado desconcentrao administrativa.

    DESCENTRALIZAO POLTICA X DESCENTRALIZAO ADMINISTRATIVA

    A descentralizao poltica ocorre com a situao dos Estados-membros da federao e, noBrasil, tambm dos Municpios. Cada um desses entes locais detm competncia legislativa prpria queno decorre da Unio nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na prpria ConstituioFederal. Todos os entes criados, em face da descentralizao poltica, possuem capacidade poltica (defazer leis).

    A descentralizao administrativa ocorre com a criao das entidades administrativas daAdm. Pb. indireta (autarquias, fund. pb., empresas pb. e soc. econ. mista).

    Os principais modelos de descentralizao administrativaso:

    1) DESCENTRALIZAO TERRITORIAL OU GEOGRFICA: a que se verificaquando uma entidade local, geograficamente delimitada, dotada de personalidade

    jurdica prpria, de direito pblico, com capacidade administrativa genrica. Ou seja,

    ocorre com a criao de territrios federais (CF, art. 18, 2)2) DESCENTRALIZAO POR OUTORGA, SERVIOS, FUNCIONAL OU

    TCNICA: a que se verifica quando o poder pblico (Unio, Estados ou Municpios)cria uma pessoa jurdica de direito pblico ou privado e a ela atribui a titularidadee aexecuode determinado servio pblico. No Brasil, essa criao somente pode se dar

    por meio de lei e corresponde, basicamente, figura da autarquia, mas abrange tambmfundaes governamentais, sociedades de economia mista e empresas pblicas, queexeram servios pblicos.

    Esse processo de descentralizao (outorga) envolve, portanto:

    5Gabarito: C

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    1. reconhecimento de personalidade jurdica ao ente descentralizado;2. existncia de rgos prprios, com capacidade de autoadministrao exercida comcerta independncia em relao ao poder central;3. patrimnio prprio, necessrio consecuo de seus fins;4. capacidade especfica, ou seja, limitada execuo do servio pblico determinado

    que lhe foi transferido, o que implica sujeio ao princpio da especializao, queimpede o ente descentralizado de desviar-se dos fins que justificaram a sua criao;5. sujeio a controle ou tutela, exercido nos limites da lei, pelo ente instituidor; essecontrole tem que ser limitado pela lei precisamente para assegurar certa margem deindependncia ao ente descentralizado, sem o que no se justificaria a sua instituio.

    3) DESCENTRALIZAO POR COLABORAO OU DELEGAO: a que severifica quando, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, se transfere,unicamente, a execuo de determinado servio pblico a pessoa jurdica de direito

    privado, previamente existente, conservando o poder pblico a titularidade do servio.

    Comparando-se esta modalidade com a anterior (outorga), verifica-se que, naquela, adescentralizao feita por lei, que cria uma pessoa jurdica pblica, qual atribui atitularidade e a execuo do servio, colocando-a sob a tutela do poder pblico(controle nos limites da lei). Vale dizer que o ente que cria a entidade perde adisponibilidade sobre o servio, pois, para retom-lo, depende de lei.

    Vale registrar o teor do art. 175, da CF:

    Art. 175. Incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ou sob regime deconcesso ou permisso, sempre atravs de licitao, a prestao de servios

    pblicos.

    Pargrafo nico. A lei dispor sobre:

    I - o regime das empresas concessionrias e permissionrias de servios pblicos, ocarter especial de seu contrato e de sua prorrogao, bem como as condies decaducidade, fiscalizao e resciso da concesso ou permisso;II - os direitos dos usurios;III - poltica tarifria;IV - a obrigao de manter servio adequado.

    A lei que regula as concesses e permisses de servio pblico a Lei 8.987/95.

    Resumindo:

    DESCENTRALIZAO POR OUTORGA: TITULARIDADE + EXECUO

    DESCENTRALIZAO POR DELEGAO: EXECUO

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    QUESTES CESPE!!! DESCONCENTRAO X DESCENTRALIZAO6

    1 (CESPE-ANALISTA AMBIENTAL-MMA-ABR/2008) Com base no direito administrativo e nalegislao aplicvel, julgue o item seguinte.

    (__) Na desconcentrao, transfere-se a execuo de determinados servios de uma esfera daadministrao para outra, o que pressupe, na relao entre ambas, um poder de controle. J nadescentralizao, distribuem-se as competncias no mbito da mesma pessoa jurdica, mantido o liameunificador da hierarquia.

    2 (CESPE-SECRETARIA DA GESTO ADMINISTRATIVA-ADVOGADO-ACRE-FEV-2008) 62Considere que uma lei estadual do Acre institua, com carter de autarquia, o Instituto Academia de PolciaCivil, com o objetivo de oferecer formao e aperfeioamento aos servidores ligados polcia civil doAcre. Nessa situao, a criao do instituto representaria um processo de descentralizao administrativa,visto que implicaria a criao de uma entidade da administrao estadual indireta.

    FCC 2014!!

    1(FCC 2014 AL-PE Analista Legislativo)7Considerando o processo de descentralizao administrativa,so formas do referido fenmeno:

    a) as concessionrias e permissionrias para as quais so transferidas a execuo e titularidade de serviospblicos, na forma do artigo 175 da CF.b) as autarquias, as fundaes governamentais e os consrcios pblicos, que, no entanto, no detm agesto dos servios, mas apenas esto autorizados a execut-los.c) as autarquias e os consrcios pblicos, institudos para gesto associada de servios pblicos de quetrata o artigo 241 da Constituio Federal, na forma da Lei n 11.107/2005.d) as entidades de direito pblico criadas pelos entes estatais, excluindo-se dessa forma de distribuio decompetncias as entidades com personalidade de direito privado, institudas pelo Poder Pblico, porque aelas no se pode transferir a titularidade e a execuo de servios pblicos.

    e) as sociedades de economia mista e as empresas pblicas criadas por lei com personalidade de direitoprivado.

    2(FCC 2014 TRT - 2 REGIO (SP) Tcnico Judicirio - rea Administrativa)8A Administrao pblicade determinada esfera promoveu planejamento e reestruturao de sua organizao, cujo resultadorecomendou a criao de uma autarquia para desempenho de servio pblico, uma empresa estatal para

    desempenho de atividade econmica e uma fundao para atrelar recursos e patrimnios fundiriosnecessrios para ditar a poltica agrria. O movimento levado a efeito pelo ente federado demonstra que aorganizao administrativa seguiu o modelo de

    a) descentralizao, por meio da qual h distribuio de competncias entre as pessoas jurdicasenvolvidas, que detm capacidade de autoadministrao e no se subordinam por vnculo hierrquico como Chefe do Executivo.

    b) desconcentrao, utilizando pessoas jurdicas distintas para distribuio de competncias.c) descentralizao administrativa vertical, na qual se instaura hierarquia entre os entes das diversas

    pessoas polticas criadas.

    61. E; 2. C7Gabarito: C8Gabarito: A

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    d) descentralizao poltica, na qual se instaura vnculo hierrquico entre os diversos entes e pessoasjurdicas envolvidas, subordinados ao Chefe do Poder Executivo.e) desconcentrao poltica, na qual se instaura vnculo hierrquico entre as diversas pessoas polticas e

    jurdicas envolvidas, no obstante esses entes guardem algum grau de autonomia.

    1.2TEORIA DOS RGOS PBLICOS:CONCEITO,TEORIAS E CLASSIFICAO

    1.2.1 Conceito

    rgos Pblicos so centros (crculos ou esferas) de competncia institudos para odesempenho de funes estatais, atravs de seus agentes, cuja atuao imputada pessoa jurdica a que

    pertencem, seja esta pessoa integrante da Administrao Pblica direta ou indireta. Cada rgo, comocentro de competncia governamental ou administrativa, tem necessariamente funes, cargos e agentes,mas distinto desses elementos, que podem ser modificados, substitudos ou retirados sem supresso da

    unidade orgnica (Hely Lopes).

    A atuao dos rgos imputada pessoa jurdica que eles integram, mas nenhum rgo arepresenta juridicamente; a representao legal da entidade atribuio de determinados agentes, taiscomo Procuradores judiciais e administrativos e, em alguns casos, o prprio Chefe do Executivo (CPC,art, 12, I,II e VI) 9.

    Os rgos pblicos no tm personalidade jurdica, isto , no so pessoas, eles integram aspessoas, esto dentro das pessoas. Sendo despidos de personalidade, no possuem, em regra, capacidadeprocessual (capacidade de ser autor ou ru em um processo judicial).

    Todavia, alguns rgos pblicos, excepcionalmente, podem figurar em juzo ( o que adoutrina chama da capacidade judiciria). Neste caso, tero representao prpria, por seusprocuradores, podendo, inclusive, ingressar em juzo, na defesa de suas prerrogativas, contra outros rgospblicos. Para que possuam tal capacidade (processual ou judiciria) devem preencher dois requisitos:

    1. Devem estar na cpula da hierarquia administrativa (rgos independentes);2. Devem estar na defesa de suas prerrogativas constitucionais/institucionais.

    ATENO!!!

    1. rgos pblicos NO TM PERSONALIDADE JURDICA. So entesDESPERSONALIZADOS. NO SO sujeitos de direitos e obrigaes.

    2. Os rgos pblicos existem tanto na estrutura da administrao pblica direta, como tambm naindireta (art. 1, Lei 9.784/99).

    9Art. 12. Sero representados em juzo, ativa e passivamente:

    I - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores;II - o Municpio, por seu Prefeito ou procurador;(...)VI - as pessoas jurdicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, no os designando, por seus diretores;

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    1.2.2 Teorias sobre a relao Estado-rgo-Agente

    Os agentes pblicos integram os rgos e realizam em ltima instncia a vontade estatal.Em razo disso, sua atuao sempre imputada ao ente estatal. Vrias teorias tentaram explicar a relaoentre o agente pblico e a pessoa jurdica estatal respectiva. A teoria atualmente adotada a teoria dorgo. As principais teorias existentes so:

    Teoria do mandato: o agente pblico funcionaria como o mandatrio da pessoajurdica. Crtica: quem iria outorgar o mandato se o Estado no tem vontade prpria?

    Teoria da representao: o agente pblico seria o representante legal da pessoajurdica estatal. Crtica: a pessoa jurdica estatal no pode ser equiparada a um incapaz(tutelado/curatelado), que precisa de representao legal.

    Teoria do rgo: o rgo parte da pessoa jurdica estatal. Em termos jurdicos, orgo a prpria pessoa jurdica da qual ele faz parte. Esta teoria substitui a idia derepresentao pela de imputao. O rgo faz o elo entre a pessoa jurdica e o agente

    pblico.

    1.2.3 Classificao dos rgos pblicos

    Quanto esfera de ao

    a) centrais: exercem atuao em todo um territrio, seja nacional,estadual ou municipal (exs.: Ministrios e Secretarias estaduais emunicipais)

    b) locais: atuam sobre uma parte do territrio (exs.: DelegaciasRegionais da Receita Federal, Delegacias de Polcia e Postos deSade)

    Quanto sua posio estatalou hierarquia

    a) independentes: so os derivados da Constituio (exs.:Presidncia, Senado Federal, Cmara dos Deputados, MinistrioPblico, rgos do Poder Judicirio, Tribunais de Contas)

    b) autnomos: so rgos com autonomia tcnica e financeira(exs.: Ministrios, Secretarias de Estado, Secretarias doMunicpio, Advocacia Geral da Unio-AGU)

    c) superiores: so os rgos de direo, mas sem autonomiatcnica (exs.: Coordenadorias, Gabinetes, Secretarias-Gerais,Departamentos)

    d)

    subalternos: so rgos de execuo, desenvolvem atividadesmateriais (exs.: portarias, zeladorias, sees de expediente)

    Quanto estrutura

    a) simples (unitrios): so os que no tem outros rgos agregados sua estrutura (exs.: Delegacias e Escolas Pblicas)

    b) compostos: so os que tm outros rgos agregados suaestrutura, para funes complementares ou especializadas (exs.:Ministrios e Secretarias)

    Quanto composio ou

    atuao funcional

    a) singulares (unipessoais): so rgos de um s titular (ex.:Presidncia da Repblica, Governadorias, Prefeituras)

    b) colegiados (pluripessoais ou coletivos): so os compostos por

    dois ou mais titulares (ex.: Conselhos de Contribuintes eTribunais)

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    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 Cmara Municipal de So Paulo SP Procurador Legislativo)10 No que tange aos rgos

    pblicos, correto afirmar:

    a) O Chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a extino de rgos pblicos, quando seuscargos estiverem vagos.

    b) As Cmaras Municipais no so propriamente rgos pblicos, mas entes autrquicos, dado aautonomia que lhes conferida pela Constituio.c) A teoria do mandato a explicao adotada pela doutrina atual para explicar a expresso da vontadeestatal pelos rgos pblicos e pelos agentes administrativos que os compem.d) Somente se pode proceder criao de um rgo pblico mediante lei de iniciativa da Chefia do PoderExecutivo, sob pena de inconstitucionalidade por vcio de iniciativa.e) Como regra, os rgos pblicos so destitudos de capacidade processual; porm, a doutrina e a

    jurisprudncia nacionais vm reconhecendo tal capacidade a rgos de status constitucional, quandonecessria defesa de suas prerrogativas e competncias institucionais.

    1.3ADMINISTRAO PBLICA INDIRETA.ENTIDADES.

    Analisaremos, a seguir, o conceito e as principais caractersticas de cada uma das entidadesintegrantes da Adm. Pb. Indireta.

    1.3.1 Autarquias

    O DL n 200/67, em seu art. 5, I, cuidou de definir autarquia federal como sendo:

    ... o servio autnomo, criado por lei, com personalidade jurdica, patrimnio ereceitas prprios, para executar atividades tpicas da Administrao Pblica, para seumelhor funcionamento, gesto administrativa e financeira descentralizada.

    Veja, a seguir, algumas importantes caractersticasdas autarquias:

    1. criao por lei; organizao por decreto, regulamento ou estatuto;

    CESPE 2014!!!(CESPE 2014 CADE Nvel Superior)11(___) Para a criao de uma autarquia, necessrialei que autorize a sua instituio, seguida do registro do ato constitutivo no rgocompetente.

    (CESPE 2014 PGE-BA Procurador)12(___) Desde que presentes a relevncia e urgncia damatria, a criao da autarquia pode ser autorizada por medida provisria, devendo, nessecaso, ser providenciado o registro do ato constitutivo na junta comercial competente.

    2. personalidade jurdica de direito pblico;

    10Gabarito: E11Gabarito: E12Gabarito: E

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    3. autoadministrao;4. atuao em nome prprio;5. especializao dos fins ou atividades; exercem atividades tpicas de Estado. Vale

    registrar, inclusive, que o STF, na ADIN 1717-6, decidiu que Atividade tpica doEstado s pode ser prestada por Pessoa Jurdica de Direito Pblico.

    6.

    sujeita a controleou tutela ordinria, preventiva ou repressiva, de legalidade ou demrito;

    7. dotadas de patrimnio prprio, inalienvel, impenhorvel e imprescritvel;8. admisso de servidores pblicos por concurso (art. 37, II, CF/88), sob regime

    estatutrio ou da CLT; admisso sem concurso s na hiptese do art. 37, IX, CF/88;

    SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL-STFAtente-se para a deciso da ADI 2.135, em carter liminar, que restaurou, em02/08/2007, o REGIME JURDICO NICO-RJU para as pessoas jurdicas de direitopblico.

    9.

    foro na Justia Federal para as causas em que as autarquias federais foreminteressadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as defalncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia doTrabalho;

    10. reclamaes trabalhistas processadas perante a Justia do Trabalho (art. 114, CF/88)se o vnculo for trabalhista, e perante a Justia Comum, se for estatutrio (art. 109, I,CF/88 e Smula 137/STJ13);

    SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL-STFPlenrio confirma liminar que mantm competncia da Justia Federal para julgar

    estatutrios (ADI 3395).11. impossibilidade, em regra, de seus servidores acumularem cargos pblicos (art.

    37, XVI e XVII, CF/88);12. atos dos dirigentes podem ser questionados por mandado de segurana e ao

    popular;13. imunidade (recproca ou ontolgica) de impostos sobre patrimnio, renda e servios,

    no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidadesessenciais ou s delas decorrentes (art. 150, 2, CF/88);

    14. dbitos pagos mediante precatrio, exceto os definidos em lei como de pequeno valor(art. 100, 1 e 3, CF/88);

    15.

    prazos processuais privilegiados: em dobropara recorrer e em qudruplo paracontestar (art. 188, CPC) e garantia do duplo grau de jurisdio obrigatrio,quando a sentena lhe for desfavorvel (art. 475, II, CPC e Lei n 9.469/97, art. 10).Registre-se que a Smula 620-STF14no tem mais eficcia;

    16. atos gozam de presuno de legalidade;17. crditos cobrados via execuo fiscal (Lei n 6.830/80 e art. 578, CPC);18. responsabilidade objetiva e possibilidade de ao de regresso contra seus servidores

    (art. 37, 6. CF/88);

    13

    Smula 137 do Superior Tribunal de Justia STJ: Compete Justia comum estadual processar e julgar ao de servidorpblico municipal, pleiteando direitos relativos ao vnculo estatutrio.14Sm. 620-STF: A sentena proferida contra autarquias no est sujeita a reexame necessrio, salvo quando sucumbente emexecuo de dvida ativa.

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    19. sujeita s regras licitatrias(Lei n 8.666/93).20. as dvidas passivasda Unio e suas autarquias prescrevemem cinco anos, contados

    a partir da data do ato ou fato do qual se originaram.

    FGV 2014!!!(FGV 2014 DPE-RJ Tcnico Mdio de Defensoria Pblica)15 O Decreto-Lei 200/67 estabelece que aautarquia tem personalidade jurdica, patrimnio e receita prprios, para exercitar atividades tpicas daadministrao pblica que requeiram, para seu melhor funcionamento, a gesto administrativa e financeiradescentralizada. A respeito da autarquia, correto afirmar que

    a) integra a administrao indireta, sendo pessoa jurdica de direito privado.b) seus funcionrios devem observar a vedao constitucional de acumulao de cargos pblicos.c) no exige a realizao de concurso pblico para contratao de pessoal.d) somente por lei especfica poder ser autorizada sua instituio, cabendo lei complementar definir as

    reas de sua atuao.e) no est sujeita lei de licitaes.

    Registre-se que os conselhos de fiscalizao de profisses regulamentadas(ex.: CREA,CREMEB, CREFITO, CRM), com exceo da OAB (STF, ADI 3026), tm natureza jurdica deautarquias profissionais ou corporativas.

    Como exemplos de autarquias federais temos o INSS e diversas universidades, como aUniversidade Federal da Bahia - UFBA. Como autarquias vinculadas ao Ministrio da Fazenda temos:Banco Central do Brasil-BACEN; Comisso de Valores Mobilirios-CVM e a Superintendncia de

    Seguros Privados-SUSEP.

    1.3.1.1 Agncia Reguladora

    Agncia Reguladora: No Brasil, foram todas criadas como autarquias em regimeespecial, com a atribuio de exercer, entre outras, o poder normativo das concesses e permisses deservios pblicos, competncia essa que, originalmente, do Poder Pblico.

    So caractersticas das Agncias Reguladoras, segundo a ESAF16:

    personalidade jurdica de direito pblico, sob a forma de autarquia; autonomia para editar normas administrativas referentes ao objeto de sua regulao,

    observados os limites legais (poder normativo mais ampliado); independncia de seu corpo diretivo, que exerce um mandato fixo; exerccio do poder de polcia respectivo rea de atuao; vinculao a um rgo ministerial supervisor.

    Alguns dispositivos importantes da Lei 9.986/00, que dispe sobre a gesto de recursoshumanos das Agncias Reguladoras:

    15Gabarito: B16Prova de Analista Tcnico/SUSEP/2002

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    Art. 4oAs Agncias sero dirigidas em regime de colegiado, por um Conselho DiretorouDiretoriacomposta por Conselheirosou Diretores, sendo um deles o seu Presidente ou oDiretor-Geralou o Diretor-Presidente.

    Art. 5o O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais

    membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) sero brasileiros, de reputaoilibada, formao universitria e elevado conceito no campo de especialidade doscargos para os quais sero nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente daRepblica e por ele nomeados, aps aprovao pelo Senado Federal, nos termos daalnea f do inciso III do art. 52 da Constituio Federal.

    Pargrafo nico. O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente ser nomeadopelo Presidente da Repblica dentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria,respectivamente, e investido na funo pelo prazo fixado no ato de nomeao.

    Art. 6oO mandato dos Conselheiros e dos Diretores ter o prazo fixado na lei de criao

    de cada Agncia.

    Pargrafo nico. Em caso de vacncia no curso do mandato, este ser completado porsucessor investido na forma prevista no art. 5o.

    Art. 7oA lei de criao de cada Agncia dispor sobre a forma da no-coincidncia demandato.

    Art. 8o O ex-dirigentefica impedidopara o exerccio de atividades ou de prestar qualquerservio no setor regulado pela respectiva agncia, por um perodo de quatro meses,contados da exonerao ou do trmino do seu mandato.

    1oInclui-se no perodo a que se refere o caput eventuais perodos de frias no gozadas.

    2o Durante o impedimento, o ex-dirigente ficar vinculado agncia, fazendo jus aremunerao compensatria equivalente do cargo de direo que exerceu e aosbenefciosa ele inerentes.

    3oAplica-se o disposto neste artigo ao ex-dirigente exonerado a pedido, se este j tivercumprido pelo menos seis mesesdo seu mandato.

    4o

    Incorre na prtica de crime de advocacia administrativa, sujeitando-se s penas dalei, o ex-dirigente que violar o impedimento previsto neste artigo, sem prejuzo das demaissanes cabveis, administrativas e civis.

    5o Na hiptese de o ex-dirigente ser servidor pblico, poder ele optar pela aplicao dodisposto no 2o, ou pelo retorno ao desempenho das funes de seu cargo efetivo ouemprego pblico, desde que no haja conflito de interesse.

    Art. 9oOs Conselheiros e os Diretores somente perdero o mandato em caso de renncia,de condenao judicial transitada em julgado ou de processo administrativodisciplinar.

    Pargrafo nico. A lei de criao da Agncia poder prever outras condiespara a perdado mandato.

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    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 Prefeitura de Recife PE Procurador)17 (___) caracterstica recorrente nas agnciasreguladoras estabelecidas no Brasil a partir da dcada de 90 a definio de mandato aos seus dirigentes,com durao fixada em suas respectivas leis instituidoras.

    Veja abaixo alguns exemplos de Agncias Reguladoras no plano federal:

    ANEELAgncia Nacional de Energia Eltrica ANAAgncia Nacional de guas ANATELAgncia Nacional de Telecomunicaes ANVS(ANVISA)Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANSAgncia Nacional de Sade Suplementar ANPAgncia Nacional do Petrleo

    1.3.1.2 Associaes pblicas (consrcios pblicos de direito pblico)

    O fundamento constitucional dos consrcios pblicos encontra-se no art. 241, daConstituio Federal, com redao dada pela EC 19/98. Veja:

    Art. 241. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios disciplinaro por meiode lei os consrcios pblicos e os convnios de cooperao entre os entes federados,autorizando a gesto associada de servios pblicos, bem como a transferncia total ouparcial de encargos, servios, pessoal e bens essenciais continuidade dos serviostransferidos.

    Sendo assim, os consrcios pblicos foram regulados recentemente pela Lei 11.107, de06/04/05. Dispe a referida Lei que:

    Art. 6oO consrcio pblico adquirir personalidade jurdica:

    Ide direito pblico, no caso de constituir associao pblica, mediante a vigncia dasleis de ratificao do protocolo de intenes;

    IIde direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislao civil.

    1o O consrcio pblico com personalidade jurdica de direito pblico integra aadministrao indireta de todos os entes da Federao consorciados.

    2oNo caso de se revestir de personalidade jurdica de direito privado, o consrcio pblicoobservar as normas de direito pblico no que concerne realizao de licitao,celebrao de contratos, prestao de contas e admisso de pessoal, que ser regido pelaConsolidao das Leis do Trabalho - CLT.

    Vale registrar, inclusive, que o citado Diploma Legal alterou o art. 41 do Cdigo Civil-CC,incluindo as associaes pblicas no rol de pessoas jurdicas de direito pblico, ao lado das autarquias,levando a doutrina especializada a defender a natureza autrquica das associaes pblicas.

    17Gabarito: C

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    16

    Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico interno:I - a Unio;II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios;III - os Municpios;IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; (Redao dada pela Lei n 11.107,

    de 2005)V - as demais entidades de carter pblico criadas por lei.

    Os consrcios pblicos podero atuar em diversas reas relacionadas gesto associada deservios pblicos, como: servio de fornecimento de gua, esgoto, coleta de lixo, construo de hospitaise escolas, a serem usufrudos em comum por todos os entes consorciados.

    A lei foi omissa em relao ao enquadramento do consrcio pblico de direito privado,contudo ele tem sido considerado tambm como integrante da Administrao Pblica, seja como empresa

    pblica, prestadora de servio pblico, ou fundao pblica de direito privado18.

    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 TRT - 18 Regio - GO - Juiz do Trabalho)19Ao criar uma entidade da Administrao indireta,o ente poltico pode optar por constitu-la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que podemser institudas sob tal regime, esto

    a) as autarquias, as fundaes e as agncias executivas.b) as sociedades de economia mista, os consrcios pblicos e as fundaes.c) as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e as agncias reguladoras.d) as autarquias corporativas, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.

    e) as agncias reguladoras, as sociedades de economia mista e as fundaes.

    1.3.1.3 Agncia Executiva

    uma qualidade ou atributo que se confere pessoa jurdica de direito pblico (autarquiaou fundao pblica) que celebra contrato de gesto (art. 37, 8, CF/88 e art. 51, da Lei Federal n9.649/98) para otimizar recursos, reduzir custos, aperfeioar o servio pblico. Tais entidadescontinuam a exercer atividades de competncia exclusiva do Estado, mas com maior autonomiagerencial e financeira.

    Requisitos para qualificao de uma autarquia ou fundao pblica como agncia executiva(art. 51, L. 9.649/98):

    1. Passar por um plano estratgico de reestruturao e desenvolvimento institucional(Dica: PERDI);

    2. celebrar um contrato de gesto com o ministrio supervisor.

    A criao de uma agncia executiva tem como fundamento jurdico o princpioconstitucional da eficincia, previsto expressamente no art. 37, da CF, visando a implementao de ummodelo de administrao gerencial, caracterizado por decises e aes orientadas para resultados.

    18Neste sentido, Rafael Carvalho Rezende Oliveira, Curso de Direito Administrativo, Ed. Mtodo, 2013.19Gabarito: B

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    17

    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 TRT - 18 Regio (GO) Juiz do Trabalho)20O status de agncia executiva constitui uma

    qualificao criada pela chamada reforma gerencial da Administrao pblica federal. NO caracterstica tpica de tal figura jurdica,

    a) a necessidade de elaborao de um plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional, voltado para a melhoria da qualidade da gesto e para a reduo de custos da entidadecandidata qualificao.

    b) a ampliao da autonomia gerencial, oramentria e financeira do rgo ou entidade assim qualificado.c) a outorga de tal qualificao por decreto presidencial.d) a exigncia de prvia celebrao de contrato de gesto com o respectivo Ministrio supervisor, paraobteno da qualificao.e) a previso de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada a sua exonerao ad nutum.

    1.3.2 Fundaes pblicas

    A natureza jurdica das fundaes muito controvertida na doutrina, alguns negando apossibilidade de a mesma ter natureza pblica, outros admitindo tanto a natureza pblica quanto a privada.

    O conceito legal defundao pblica, que merece nos dias atuais alguns reparos, dadopelo Decreto-Lei 200/67: a entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, sem finslucrativos, criada em virtude de autorizao legislativa, para o desenvolvimento de atividades queno exijam execuo por rgos ou entidades de direito pblico, com autonomia administrativa,

    patrimnio prprio gerido pelos respectivos rgos de direo, e funcionamento custeado porrecursos da Unio e de outras fontes.

    Malgrado o conceito legal, h quem sustente que fundao uma espcie do gneroautarquia. At o STF j decidiu dessa forma: ... o entendimento desta Corte o de que a finalidade, aorigem dos recursos e o regime administrativo de tutela absoluta a que, por lei, esto sujeitas, fazemdelas espcie do gnero autarquia (RE 215.741/SE, 30/03/99). Por essa razo, quando a fundao

    pblica assume o regime de direito pblico, tambm chamada de fundao autrquica ou autarquiafundacional e o seu regime de pessoal poder ser estatutrio ou celetista. As fundaes pblicas comregime de direito privado assumem uma posio perante ao Poder Pblico equivalente empresa pblica ea sociedade de economia mista, sendo, pois, o seu regime de pessoal sempre celetista (Zanella).

    Logo, no devemos esquecer que as fundaes pblicas podem assumir um regime dedireito pblico ou de direito privado:

    Fundaes pblicas de direito pblico: so as chamadas fundaes autrquicas ouautarquias fundacionais. So tratadas como autarquias.

    Fundaes pblicas de direito privado: o regime de tratamento se aproxima doconferido s empresas pblicas e sociedades de economia mista.

    Pela definio mais clssica, tem-se que fundao um PATRIMNIO

    PERSONALIZADO (PERSONIFICADO), sem fins lucrativos, destinado a um fim especfico.

    20Gabarito: E

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    18

    Cite-se como exemplos de fundaes pblicas federais a Fundao Nacional do ndio -FUNAI, oConselho Nacional de Engenharia e a Fundao Brasil Central,ambas no mbito federal.Outras importantes fundao pblica so o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, aFundao Oswaldo CruzFIOCRUZ e aFundao Nacional de Sade-FUNASA.

    1.3.3 Empresa Pblica

    Inicialmente vale observar que tanto as empresas pblica como as sociedades de economiamista podem ser prestadoras de servio pblico ou exploradoras de atividade econmica. Neste ltimocaso, esto submetidas ao art. 173 da CF, conforme segue abaixo:

    CONSTITUIO FEDERAL

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividadeeconmicapelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacionalou arelevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

    1 A lei estabelecer o estatuto jurdicoda empresa pblica, da sociedade de economia mista e desuas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de

    prestao de servios, dispondo sobre:

    I - sua funo sociale formas de fiscalizaopelo Estadoe pela sociedade;

    II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos eobrigaes civis, comerciais, trabalhistase tributrios;

    III - licitaoe contrataode obras, servios, compras e alienaes, observados os princpios daadministrao pblica;

    IV - a constituio e o funcionamentodos conselhos de administraoe fiscal, com a participaode acionistas minoritrios;

    V - os mandatos, a avaliaode desempenho e a responsabilidadedos administradores.

    2 - As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar de privilgiosfiscais no extensivos s do setor privado.

    3 - A lei regulamentar as relaes da empresa pblica com o Estado e a sociedade.

    4 - A lei reprimir o abuso do poder econmico que vise dominao dos mercados, eliminaoda concorrncia e ao aumento arbitrrio dos lucros.

    5 - A lei, sem prejuzo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurdica,estabelecer a responsabilidade desta, sujeitando-a s punies compatveis com sua natureza, nos atos

    praticados contra a ordem econmica e financeira e contra a economia popular.

    A definio legal de empresa pblica, que merece atualmente alguns reparos, foi dada peloDecreto-Lei n 200/67, em seu art. 5, II: entidade dotada de personalidade jurdica de direitoprivado, com patrimnio prprio e capital exclusivo da Unio, criado por lei para a explorao de

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    19

    atividade econmica que o Governo seja levado a exercer por fora de contingncia ou deconvenincia administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

    Lembre-se, malgrado o conceito legal, que as empresas pblicas tambm podem serprestadoras de servio pblico.

    Vale atentar, outrossim, para o disposto no art. 5., do Decreto-Lei 900/69:

    Art . 5 Desde que a maioria do capital votante permanea de propriedade da Unio,ser admitida, no capital da Empresa Pblica (artigo 5 inciso II, do Decreto-leinmero 200, de 25 de fevereiro de 1967), a participao de outras pessoas jurdicas dedireito pblico interno bem como de entidades da Administrao Indireta da Unio,dos Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Veja as principais caractersticas das empresas pblicas:

    1. criao autorizada por lei especfica (art. 37, XIX, CF/88); uma vez autorizada, acriao seguir o modelo do direito privado; extino tambm por lei;

    2. pode ser sociedade mercantil, industrial ou de servio; vinculam-seaos fins previstosna lei;

    3. sujeita s regras do direito privado, derrogado (parcialmente revogado) pelo direitopblico (STF j se referiu a esse sistema como um sistema semipblicoMS 21.322-1/DF, 23/04/93);

    CESPE 2014!!!

    (CESPE 2014 Caixa Nvel Superior)21 (___) Sendo o capital social das empresas pblicasintegralmente pblico, a personalidade jurdica dessas empresas de direito pblico.

    4. devem licitar, com regras prprias ou da Lei de Licitaes n 8.666/93;

    5. capital exclusivamente pblico (unipessoal se 100% do capital pertencer a um ente dafederao; pluripessoal se dividido entre dois ou mais entes);

    ATENO!!!

    Admite-se, na esfera federal, uma empresa pblica, sob a forma de sociedadeannima, com um nico scio (PROCURADOR DA FAZENDA

    NACIONAL/2002/ESAF)

    possvel, na esfera federal, uma empresa pblica ser organizada sob a forma desociedade annima, sendo a Unio Federal a sua nica proprietria (PROCURADORDE FORTALEZA/2002/ESAF)

    possvel, na esfera federal, uma empresa pblica ser organizada sob a forma desociedade annima, sendo a Unio Federal a sua nica acionista. (AFRF/2005/ESAF)

    21Gabarito: E

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    20

    possvel a constituio de uma empresa pblica federal, regida pelo direitoprivado, tendo a Unio Federal a totalidade de seu capital social (ANALISTA DEFINANAS E CONTROLE-AFC-STN/2005/ESAF)

    6. sujeitas s mesmas obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrias dasempresas privadas (art. 173, 1., II, CF).;

    7.

    vedados privilgios fiscais no extensivos ao setor privado (art. 173, 2., CF);

    8. podem prestar servio pblico ou explorar atividade econmica em cartersuplementar, se necessria segurana nacional ou relevante interesse coletivo;

    9. a responsabilidade civil objetiva (art. 37, 6, CF/88) somente se aplica quelasprestadoras de servios pblicos, no s exploradoras de atividades econmicas;

    10.admitem qualquer forma societria admitida em direito (sociedade annima, deresponsabilidade limitada, comandita etc);

    11.as empresas pblicas federais so processadas na Justia Federal quando foreminteressadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as causas de

    falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia doTrabalho (art. 109, I, CF). OBS.: As sociedades de economia mista so julgadas naJustia Estadual, sejam federais, estaduais ou municipais;

    12.servidores regidos pela CLT, com acesso mediante concurso pblico (art. 37, II,CF/88), sendo possvel, para alguns, o acesso mediante seleo simplificada no caso deexploradora de atividade econmica;

    13.impossibilidade de acumulao de cargos de seus servidores (art. 37, XVI e XVII,CF/88), que so equiparados a funcionrios pblicos para fins penais (art. 327, CP 22) ede improbidade administrativa (Lei n 8.429/92);

    14.sujeio ao teto de remunerao, se receber recursos pblicos para pagamento dedespesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, 9);

    15.competente a Justia do Trabalho nas causas em que a controvrsia decorrente decontrato de trabalho (STJ, MAS 1.691/PE, 06/09/91);

    16.atos dos dirigentes podem ser questionados por mandado de segurana (se de naturezapblica) e ao popular (se lesivos ao patrimnio pblico).

    CESPE 2014!!!

    (CESPE 2014 PGE-BA Procurador)23 Considerando a necessidade de melhorar aorganizao da administrao pblica estadual, o governador da Bahia resolveu criarautarquia para atuar no servio pblico de educao e empresa pblica para explorar

    atividade econmica.

    Com base nessa situao hipottica, julgue os itens que se seguem.

    (___) Observados os princpios da administrao pblica, a empresa pblica pode terregime especfico de contratos e licitaes, sujeitando-se os atos abusivos praticados nombito de tais procedimentos licitatrios ao controle por meio de mandado de segurana.

    22Art. 327 - Considera-se funcionrio pblico, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remunerao,

    exerce cargo, emprego ou funo pblica. 1 - Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha paraempresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo de atividade tpica da Administrao Pblica.23Gabarito: C

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    21

    17.como ensina MARIA SYLVIA, a prescrio quinquenal das dvidas, direitos e aescontra a Fazenda Pblica, prevista no Decreto n 20.910, de 06/01/32, foiexpressamente estendida s autarquias, ou entidades e rgos paraestatais, criados

    por lei e mantidos por impostos, taxas ou quaisquer contribuies exigidas em virtudede lei federal, estadual ou municipal, bem como a de todo e qualquer direito e ao

    contra os mesmos (art. 2 do Decreto-lei n 4.597, de 19/08/42).18.noesto sujeitas falncia.

    VUNESP 2014!!!

    (VUNESP 2014 EMPLASA Analista Jurdico) A EMPLASA uma empresa da administrao indireta doEstado de So Paulo, logo;

    a) seu patrimnio foi constitudo com recursos pblicos e particulares.b) o regime de pessoal o mesmo previsto para os servidores pblicos

    c) o controle feito exclusivamente pelo Conselho Fiscald) seus bens so impenhorveis.e) a contratao de obras, servios e compras fica sujeita licitao.

    So exemplos de empresas pblicas federais: Infraero, Correios, Banco Nacional deDesenvolvimento Econmico e Cultural - BNDES. Como empresas pblicas vinculadas ao Ministrioda Fazenda temos: a Caixa Econmica Federal, Casa da Moeda, Servio Federal de Processamentode Dados-SERPRO e Empresa Gestora de Ativos.

    1.3.4 Sociedade de Economia Mista

    Da mesma forma que a empresa pblica, a definio legal de sociedade de economia mista,que tambm merece atualmente alguns reparos, foi dada pelo Decreto-Lei n 200/67, em seu art. 5, III, inverbis: a entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, criada por lei para aexplorao de atividade econmica, sob a forma de sociedade annima, cujas aes com direito avoto pertenam em sua maioria Unio ou a entidade da Administrao Indireta.

    Como exemplo de sociedade de economia mista federal temosa Petrobrs. So sociedadesde economia mista vinculadas ao Ministrio da Fazenda o Banco do Brasil S.A., IRB - BrasilResseguros S.A., Banco da Amaznia S.A., Banco do Nordeste do Brasil S.A., Banco do Estado doCear S.A., Banco do Estado do Piau S.A., Banco do Estado de Santa Catarina S.A., BESC S.A.

    Crdito ImobilirioBESCRI.

    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 Prefeitura de RecifePE Procurador)24(___) Nas sociedades de economia mista, desde que sepreservem o capital social exclusivamente pblico e a maioria do capital votante nas mos da Unio, possvel a transferncia das demais aes a outros entes federados.

    24Gabarito: E

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    22

    Assim, basicamente, so trs os principais traos distintivos entre esses dois tipos deempresas estatais (empresas pblicas e sociedades de economia mista):

    a formao ou composio do capital o modelo ou forma de organizao empresarial

    foro para julgamento das empresas estatais federais

    COMPARATIVO

    EMPRESA PBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIAMISTAcritrio distintivo

    1. Formao ou com-posio do capital

    100 % pblico (oriundo de entidadesda Adm. Pblica)

    Pblico (majoritariamente) + privado

    2. Modelo ou forma de

    organizao empresa-rial

    Qualquer forma admitida em direito,inclusive S/A

    Sempre S/A

    3. Foro para julga-mento das empresasestatais federais

    Justia Federal Justia Estadual*

    * OBS.: Conforme a Smula 517-STF, As sociedades de economia mista s tem foro na justia federal, quando aunio intervm como assistente ou opoente. Por sua vez, a deciso acerca do cabimento ou no da presena daUnio no processo compete Justia Federal, conforme a Smula 150-STJ: Compete Justia Federal decidirsobre a existncia de interesse jurdico que justifique a presena, no processo, da Unio, suas autarquias ouempresas pblicas.

    FCC 2014!!!

    1(FCC 2014 TRT - 2 REGIO (SP) Analista Judicirio - rea Judiciria)25A propsito de semelhanasou distines entre as empresas pblicas e as sociedades de economia mista sabe-se que,

    a) as empresas pblicas submetem-se integralmente ao regime jurdico de direito pblico, na medida emque seu capital 100% pblico, enquanto as sociedades de economia mista podem se submeter ao regime

    jurdico de direito privado, caso a participao privada no capital represente maioria com poder de voto.b) as sociedades de economia mista admitem participao privada em seu capital, enquanto as empresaspblicas no; ambas se submetem ao regime jurdico tpico das empresas privadas, embora possam ter quese submeter regra de exigncia de licitao para contratao de bens e serviosc) as duas pessoas jurdicas de direito pblico integram a Administrao indireta e podem ser constitudassob quaisquer das formas disponveis s empresas em geral, distinguindo-se pela composio do capital,100% pblico nas sociedades de economia mista e com participao privada empresas pblicas.d) as duas pessoas jurdicas de direito pblico submetem-se ao regime jurdico de direito privado, comexceo forma de constituio, na medida em que so criadas por lei especfica, enquanto as empresasno estatais so institudas na forma da legislao societria vigente.e) ambas submetem-se ao regime jurdico de direito pblico, no se lhes aplicando, contudo, algumasnormas, a fim de lhes dar celeridade e competitividade na atuao, tal como a lei de licitaes e arealizao de concurso pblico para contratao de seus servidores.

    25Gabarito: B

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    23

    2(FCC 2014 Prefeitura de Cuiab MT Procurador Municipal)26Observe as seguintes caractersticas, notocante a determinadas entidades da Administrao Indireta:

    I. sua criao deve ser autorizada por lei especfica.II. a contratao de seus servidores deve ser feita por concurso pblico, porm, eles no titularizam cargo

    pblico e tampouco fazem jus estabilidade prevista no art. 41 da Constituio Federal de 1988.III. seus servidores esto sujeitos proibio de acumulao de cargos, empregos e funes pblicas, comas excees admitidas pela Constituio; porm, nem sempre aplicvel a essas entidades a regra do tetoremuneratrio.

    Estamos nos referindo s

    a) empresas pblicas e s sociedades de economia mista.b) autarquias e s sociedades de economia mista.c) fundaes governamentais e s empresas pblicas.d) sociedades de economia mista e aos consrcios pblicos.

    e) agncias e s empresas pblicas

    CESPE 2014!!!

    (CESPE 2014 MDIC Agente Administrativo)27 Acerca da organizao administrativa e dos atosadministrativos,

    (___) Adotando-se o critrio de composio do capital, podem-se dividir as entidades que compem aadministrao indireta em dois grupos: um grupo, formado pelas autarquias e fundaes pblicas, cujocapital exclusivamente pblico; e outro grupo, constitudo pelas sociedades de economia mista e

    empresas pblicas, cujo capital formado pela conjugao de capital pblico e privado.

    1.4JURISPRUDNCIA DO STFSOBRE AS EMPRESAS ESTATAIS

    Vale registrar sobre o tema empresas estatais alguns importantes entendimentos doSUPREMO TRIBUNAL FEDERALSTF.

    I

    Entendendo o pleno do STF ser a Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos ECT(Correios)uma empresa pblica prestadora de servio pblico, aplicou a ela a regra tpica da FazendaPblicada impenhorabilidade dos bens:

    EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELGRAFOS.IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS, RENDAS E SERVIOS. RECEPODO ARTIGO 12 DO DECRETO-LEI N 509/69. 1. empresa Brasileira de Correiose Telgrafos, pessoa jurdica equiparada Fazenda Pblica, aplicvel o privilgio daimpenhorabilidade de seus bens, rendas e servios. Recepo do artigo 12 do Decreto-

    26Gabarito: A27Gabarito: E

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    24

    lei n 509/69 e no-incidncia da restrio contida no artigo 173, 1, da ConstituioFederal, que submete a empresa pblica, a sociedade de economia mista e outrasentidades que explorem atividade econmica ao regime prprio das empresasprivadas, inclusive quanto s obrigaes trabalhistas e tributrias. 2. Empresa pblicaque no exerce atividade econmica e presta servio pblico da competncia da Unio

    Federal e por ela mantido. Execuo. Observncia ao regime de precatrio, sob penade vulnerao do disposto no artigo 100 da Constituio Federal.(RE 220906, PlenoSTF, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 14.11.2002)

    II

    O segundo, realizado em 24/03/04, dispensou a autorizao legislativa para a criao deempresas subsidirias das entidades da Administrao Indireta, nos seguintes termos:

    AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 9478/97.AUTORIZAO PETROBRS PARA CONSTITUIR SUBSIDIRIAS. OFENSAAOS ARTIGOS 2 E 37, XIX E XX, DA CONSTITUIO FEDERAL.INEXISTNCIA. ALEGAO IMPROCEDENTE. 1. A Lei 9478/97 no autorizou ainstituio de empresa de economia mista, mas sim a criao de subsidirias distintasda sociedade-matriz, em consonncia com o inciso XX28, e no com o XIX29do artigo37 da Constituio Federal. 2. dispensvel a autorizao legislativa para a criaode empresas subsidirias, desde que haja previso para esse fim na prpria lei queinstituiu a empresa de economia mista matriz, tendo em vista que a lei criadora aprpria medida autorizadora. Ao direta de inconstitucionalidade julgadaimprocedente. (STF, ADI 1649/DF, Pleno, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 28.05.2004)

    (destacamos)

    III

    O terceiro, realizado em 22/06/2004, pelo qual as empresas pblicas prestadoras deservios pblicos de prestao obrigatria e exclusiva do Estado, como os Correios, gozam daimunidade tributria insculpida no art. 150, VI, a, da CF30, conforme ementa do acrdo de julgamento(RE 407.099) a seguir transcrita:

    28Art37.....................................

    XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no incisoanterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada;29Art37.....................................

    XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade deeconomia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;30Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal eaos Municpios:(...)VI - instituir impostos sobre:a) patrimnio, renda ou servios, uns dos outros;(...) 2 - A vedao do inciso VI, "a", extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que serefere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

    3 - As vedaes do inciso VI, "a", e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios, relacionadoscom explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, ou em que hajacontraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagarimposto relativamente ao bem imvel.

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    CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS ETELGRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTRIA RECPROCA: C.F., art. 150, VI, a.EMPRESA PBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONMICA E EMPRESAPBLICA PRESTADORA DE SERVIO PBLICO: DISTINO. I. - As empresas

    pblicas prestadoras de servio pblico distinguem-se das que exercem atividadeeconmica. A Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos prestadora de serviopblico de prestao obrigatria e exclusiva do Estado, motivo por que est abrangidapela imunidade tributria recproca: C.F., art. 150, VI, a (RE 407.099-RS, 2. T STF,Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 06.08.2004, p. 62)

    IV

    Como observa MARCELO ALEXANDRINO, cabe registrar, como reforo ao julgamentosupracitado, que, em julgado posterior (j. 05/10/2006), o SUPREMO TRIBUNAL FEDERALconcedeu tutela

    antecipada, novamente Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT), para suspender aexigibilidade da cobrana de IPVA, pelo Estado do Rio de Janeiro, sobre os veculos da empresa. Aplicoua Corte a imunidade recproca prevista no art. 150, VI, a, da Carta Poltica, sob o fundamento de que a

    ECT empresa pblica federal que executa, ao menos, dois servios de manuteno obrigatria para a

    Unio, nos termos do art. 21, X, da CF, quais sejam, os servios postais e de correio areo nacional.Veja a ementa da deciso:

    CONSTITUCIONAL. TRIBUTRIO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DEVECULOS AUTOMOTORES (IPVA). IMUNIDADE RECPROCA. EMPRESABRASILEIRA DE CORREIOS E TELGRAFOS (ECT). EXAME DA NDOLE DOSSERVIOS PRESTADOS. DIFERENCIAO ENTRE SERVIOS PBLICOS DE

    PRESTAO OBRIGATRIA E SERVIOS DE NDOLE ECONMICA. ART.150, VI, A, E 3 DA CONSTITUIO. Em juzo cautelar, reputa-se plausvel aalegada extenso da imunidade recproca propriedade de veculos automotoresdestinados prestao de servios postais. Precedentes da Segunda Turma doSupremo Tribunal Federal. (ACO-AgR 765 / RJ, Pleno STF, Rel.orig. Min. MarcoAurlio, Rel. p/ o acrdo Min. Joaquim Barbosa, j. 05.10.2006, DJ 15.12.2006 PP-00081)

    V

    Outrossim, importantssimo registrar, ainda com MARCELO ALEXANDRINO, que, no

    julgamento da Ao Cautelar 1550-2, em 06/02/2007, a Segunda Turma do STF, por votao unnime,reconheceu, do mesmo modo, a uma SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTAestadual prestadora deservio pblico (Companhia de guas e Esgotos de Rondnia - CAERD), o direito imunidaderecprocade que tratam a alnea a do inciso VI do art. 150 da Constituio, e o 2 desse artigo. verdade que se trata de juzo cautelar, mas cabe ressaltar que o voto do relator, Min. Gilmar Mendes,

    bastante contundente ao afirmar que o acrdo do TJ de Rondnia, contra o qual foi ajuizada a cautelar emcomento, ao deixar de reconhecer a imunidade CAERD parece claramente af rontar jur isprudnciadesta Corte firmada no ju lgamento do RE n407.099-5/RS, 2Turma, Rel. Min. Car los Vell oso, DJ6.8.2004.

    O voto do relator conclui concedendo a cautelar, porque, segundo ele, no caso apreciado, aCompanhi a de guas e Esgotos do Estado de Rondni a CAERD sociedade de economia mista

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    prestadora do servio pbl ico obr igatr io de saneamento bsico (abastecimento de gua e esgotossani tr ios) e, por tanto, de acordo com a jur isprudncia deste Tr ibunal, est abrangida pela imuni dadetributria prevista no art. 150, inciso VI, a, da Constituio.

    VIPor fim, vale fazer referncia ao julgamento da ADI 1.642/MG, em 03.04.2008, pelo

    Tribunal Pleno do STF, rel. Min. Eros Grau, que, segundo MARCELO ALEXANDRINO, decidiu o tema sobrea no possibilidade de exigncia de aprovao prvia do Poder Legislativo para a nomeao dedirigentes de empresas estatais. Segundo o referido autor:

    No julgado que me traz aqui hoje, a Corte Mxima pacificou cabalmente a questo: INCONSTITUCIONAL a exigncia de aprovao prvia do Poder Legislativo comocondio para a nomeao, pelo Chefe do Poder Executivo, de dirigentes de quaisquerempresas pblicas e sociedades de economia mista, tanto das exploradoras de atividades

    econmicas quanto das prestadoras de servios pblicos. (destacamos)

    Com MARCELO ALEXANDRINO, considero til transcrever o trecho pertinente da notcia dojulgado (ADI 1.642/MG, rel. Min. Eros Grau, 03.04.2008), veiculada no Informativo 500 do SupremoTribunal Federal :

    ADI e Provimento de Diretoria de Empresas Estatais

    O Tribunal julgou parcialmente procedente pedido formulado em ao direta proposta peloGovernador do Estado de Minas Gerais para dar interpretao conforme a Constituio

    Federal alnea d do inciso XXIII do art. 62 da Constituio estadual, com a redao dadapela EC 26/97 (Art. 62 - Compete privativamente Assemblia Legislativa: ... XXIII -aprovar, previamente, por voto secreto, aps argio pblica, a escolha: ... d) dosPresidentes das entidades da administrao pblica indireta, dos Presidentes e Diretores doSistema Financeiro Estadual;), para restringir sua aplicao s autarquias e fundaes

    pblicas, excludas as empresas estatais. Considerou-se que, embora as sociedades deeconomia mista e as empresas pblicas prestadoras de servio pblico no estejamalcanadas pelo disposto no art. 173 e seus pargrafos, da CF, a intromisso do PoderLegislativo no processo de provimento de suas diretorias afronta o princpio da harmonia eindependncia entre os poderes.

    FCC 2014!!!

    (FCC 2014 Prefeitura de Recife PE Procurador)31 (___) Para as empresas pblicas, a ConstituioFederal prev uma espcie de investidura especial aos seus diretores, que depender de prvia aprovaodo poder legislativo respectivo.

    31Gabarito: E

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    27

    VII

    Conforme noticiado por MARCELO ALEXANDRINO, em 17/03/2009, o STF, ao que tudoindica, inclina-se a considerar legtimo esse procedimento licitatrio simplificado, sob o fundamento

    pragmtico de que a atuao da PETROBRAS em atividade econmica estrita, em regime deconcorrncia com empresas privadas, seria incompatvel com a observncia da Lei 8.666/1993 ( STF AC1.193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 09.05.2006 [Informativo 426]; RE 441.280/RS, rel. Min.

    Menezes Direito, 30.09.2008 [Informativo 522]; Decises monocrticas do Min. Gilmar Mendes

    concessivas de liminares favorveis PETROBRAS no MS 25.888 MC/DF, em 22.03.2006, no MS 27.837

    MC/DF, em 21.01.2009, e no MS 27.796, em 28.01.2009).

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    2. COLETNEA DE QUESTES

    QUESTES FCC - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA!!!

    1 (FCC - 2012 - TST - Analista Judicirio - reaJudiciria) Uma pessoa jurdica que se enquadre noconceito de autarquia

    a) essencialmente considerada um servioautnomo.

    b) deve necessariamente possuir um regimejurdico especial.c) ter garantia de estabilidade de seus dirigentes.d) subordina-se hierarquicamente a algum

    Ministrio, ou rgo equivalente no plano dosdemais entes federativos.e) no integra a Administrao Indireta.

    2 (FCC - 2012 - TRT - 20 REGIO (SE) - Juiz doTrabalho) Determinada sociedade de economiamista exploradora de atividade econmica, deixoude efetuar pagamentos devidos a empresa privada

    por ela contratada para a prestao de servios devigilncia e limpeza. Considerando o regime

    jurdico a que se submete, a referida sociedade de

    economia mista

    a) poder ter seus bens e rendas penhorados nocurso de regular processo judicial intentado pelacontratada, eis que se submete ao regime jurdicodas empresas privadas quanto s obrigaes civis.

    b) no poder sofrer qualquer constrio judicialsobre bens e rendas, eis que se submete ao regime

    jurdico de direito pblico, salvo quanto sobrigaes fiscais.c) somente poder ter seus bens e rendas

    penhorados no montante necessrio para asseguraras obrigaes trabalhistas decorrentes do contrato,que configuram exceo prerrogativa deimpenhorabilidade.d) poder ser executada judicialmente em relaos obrigaes civis e trabalhistas, desde queasseguradas as mesmas prerrogativas da FazendaPblica.e) sujeita-se ao regime de execuo ordinrio noque diz respeito s obrigaes civis, e ao regime

    prprio da Fazenda Pblica no que concerne sobrigaes trabalhistas decorrentes do contrato.

    3 (FCC - 2012 - TRT - 20 REGIO (SE) - Juiz doTrabalho) De acordo com a normatizao federalque disciplina a matria, agncia executiva

    a) fundao pblica, constituda por lei sob regimeespecial que lhe confere autonomia administrativa,oramentria e financeira.

    b) entidade criada por lei, com autonomiaadministrativa, oramentria e financeira, paraexercer poder de polcia.

    c) autarquia de regime especial, estabelecido na leiinstituidora, com competncia institucional pararegular atividade econmica ou servio pblico

    prestado sob regime de concesso ou permisso.d) a qualificao conferida, por decretogovernamental, a empresas pblicas ou fundaesgovernamentais, para ampliao da autonomiaadministrativa, oramentria e financeira.e) a qualificao dada autarquia ou fundao quecelebre contrato de gesto com o respectivoMinistrio supervisor e que tenha plano estratgico

    de reestruturao e desenvolvimento institucionalpara melhoria da qualidade de gesto e reduo decustos.

    4 (FCC - 2012 - MPE-AP - Promotor de Justia)Em razo de estar sob um regime jurdicoespecial, tal entidade fica dispensada de realizarconcurso pblico para admisso de pessoal. Aentidade a que se refere a afirmao :

    a) Ordem dos Advogados do Brasil.b) Agncia Executiva.c) Associao Pblica.d) Empresa Pblica.e) Sociedade de Economia Mista.

    5 (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Pblico) Aestrutura administrativa do Estado compreende aadministrao pblica direta e indireta. Sobre otema, examine as afirmaes abaixo.

    I. A administrao direta constituda pela Unio,Estados, Municpios e Distrito Federal, todosdotados de autonomia poltica, administrativa e

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    financeira.II. Estados e Municpios no so dotados desoberania e no tm competncia legislativa parainstituir sua prpria administrao indireta.III. As autarquias e as fundaes de direito pblico

    so pessoas jurdicas de direito pblico quecompem a administrao indireta.IV. As empresas pblicas so pessoas jurdicas dedireito privado, dotadas de patrimnio prprio.V. A criao de sociedade de economia mistadepende de lei especfica autorizadora e o seuquadro social constitudo por pessoas jurdicas dedireito pblico.

    Esto corretas APENAS as afirmaes

    a) I e III.b) II, IV e V.c) I e II.d) I, III e IV.e) III e V.

    6 (FCC - 2012 - TST - Analista Judicirio - reaJudiciria) Uma pessoa jurdica que se enquadre noconceito de autarquia

    a) essencialmente considerada um servioautnomo.b) deve necessariamente possuir um regimejurdico especial.c) ter garantia de estabilidade de seus dirigentes.d) subordina-se hierarquicamente a algumMinistrio, ou rgo equivalente no plano dosdemais entes federativos.e) no integra a Administrao Indireta.

    7 (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Pblico) A

    estrutura administrativa do Estado compreende aadministrao pblica direta e indireta. Sobre otema, examine as afirmaes abaixo.

    I. A administrao direta constituda pela Unio,Estados, Municpios e Distrito Federal, todosdotados de autonomia poltica, administrativa efinanceira.II. Estados e Municpios no so dotados desoberania e no tm competncia legislativa parainstituir sua prpria administrao indireta.

    III. As autarquias e as fundaes de direito pblico

    so pessoas jurdicas de direito pblico quecompem a administrao indireta.IV. As empresas pblicas so pessoas jurdicas dedireito privado, dotadas de patrimnio prprio.V. A criao de sociedade de economia mista

    depende de lei especfica autorizadora e o seuquadro social constitudo por pessoas jurdicas dedireito pblico.

    Esto corretas APENAS as afirmaes

    a) I e III.b) II, IV e V.c) I e II.d) I, III e IV.e) III e V.

    8 (FCC - 2012 - TRT - 4 REGIO (RS) - Juiz doTrabalho) O regime jurdico a que se submete aAdministrao Pblica caracterizado por algumas

    prerrogativas e sujeies, que podem ser assimexemplificadas:

    a) impenhorabilidade dos bens de titularidade daAdministrao direta e das autarquias e fundaes

    pblicas.

    b) submisso a processo especial de execuojudicial e juzo privativo, para as entidadesintegrantes da Administrao direta e indireta.c) obrigatoriedade de concurso pblico paracontratao de pessoal, exceto para as sociedadesde economia mista que atuam em regime decompetio com empresas privadas.d) sujeio ao controle externo pelo Tribunal deContas, exceto em relao s empresas controladas

    pelo Estado que no recebam recursos paradespesas de custeio.

    e) submisso das empresas pblicas a regimejurdico prprio, diverso do aplicvel s empresasprivadas, derrogatrio da legislao trabalhista etributria.

    9 (FCC - 2012 - TCE-AP - Tcnico de ControleExterno) O Estado pretende efetuar reorganizaoadministrativa, desmembrando determinadosrgos da Administrao direta, extinguindo cargosvagos e realocando atribuies, tendo como

    premissa o no incremento de despesa. De acordocom a Constituio Federal, a referidareorganizao dever ser feita por

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    a) lei, obrigatoriamente em face do princpio dalegalidade a que se submete a Administrao

    pblica.b) decreto, eis que a matria de organizao e

    funcionamento da Administrao no se sujeita reserva legal.c) decreto, precedido, necessariamente, de leiautorizativa delegando competncia ao Chefe doExecutivo para dispor sobre a matria.d) contrato de gesto, precedido de decretoestabelecendo os indicadores de qualidade e asmetas de melhoria dos servios.e) contrato de gesto, precedido de lei autorizativa,com eficcia apenas para o prximo exercciooramentrio.

    10 (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judicirio - reaJudiciria) Dentre as caractersticas daAdministrao Pblica, correto afirmar que esta

    a) tem amplo poder de deciso, mesmo fora da reade suas atribuies, e com faculdade de opo

    poltica sobre qualquer matria objeto daapreciao.

    b) no pode ser considerada uma atividade neutra,

    normalmente vinculada lei ou norma tcnica,mas sim atividade poltica e discricionria.c) comanda os administrados com responsabilidadeconstitucional e poltica, mas sem responsabilidade

    profissional pela execuo.d) dotada de conduta independente, motivo peloqual no tem cabimento uma conduta de naturezahierarquizada.e) no pratica atos de governo; mas pratica tosomente atos de execuo, com maior ou menorautonomia funcional, segundo a competncia do

    rgo e de seus agentes.

    11 (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de ControleExterno - Jurdica) O Decreto-Lei 200/67 constituiuum marco na reforma administrativa e estabeleceucomo premissa para o exerccio das atividades daAdministrao Pblica federal a descentralizao,que deveria ser posta em prtica

    a) dentro da Administrao federal, mediante adistino dos nveis de direo dos de execuo; daAdministrao federal para as unidades federadas,

    mediante convnio, e para a rbita privada,mediante contratos ou concesses.

    b) mediante delegao ampla de competncias, naforma prevista em regulamento e desvinculada dasuperviso ministerial.

    c) com a criao de sociedades de economia mista,empresas pblicas, autarquias e fundaes,afastando a anterior descentralizao feita por meiode concesso de servios iniciativa privada.d) mediante, principalmente, a transferncia decompetncias executivas e legislativas aos Estadose Municpios para o exerccio de atividades deinteresse comum e criao de sociedades deeconomia mista para explorao de atividadeeconmica.e) por intermdio, principalmente, da criao deentidades de direito privado para a prestao deservios pblicos e exerccio de atividadeeconmica, ligadas Unio por contrato deconcesso.

    12 (FCC - 2012 - TST - Tcnico Judicirio - reaAdministrativa) Compe a Administrao pblicadireta da Unio

    a) o Departamento de Polcia Federal.

    b) o Banco Central do Brasil.c) a Agncia Nacional de Aviao Civil.d) a Caixa Econmica Federal.e) a Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos.

    13 (FCC - 2012 - Prefeitura de So Paulo - SP -Auditor Fiscal do Municpio - Gesto Tributria) Acriao, pelo Municpio, de uma autarquia paradesempenhar atividade especializada, consistentena gesto do regime previdencirio do servidor

    pblico, constitui exemplo de

    a) descentralizao poltica, caso alcance servidoresde outros poderes alm do Executivo.

    b) desconcentrao, eis que se trata da criao deente autnomo ao qual atribuda a execuo deatividade de titularidade do ente central.c) descentralizao administrativa, tambmdenominada por servios, funcional ou tcnica,sujeitando-se a autarquia tutela do ente instituidornos limites da lei.d) descentralizao por colaborao, eis queenvolve a transferncia da titularidade de servio

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    ou atividade administrativa a outro ente, dotado depersonalidade jurdica prpria.e) desconcentrao, tambm denominadadelegao, correspondendo transferncia daexecuo da atividade ou servio pblico,

    mantendo-se, contudo, a titularidade do enteinstituidor.

    14 (FCC - 2012 - Prefeitura de So Paulo - SP -Auditor Fiscal do Municpio - Gesto Tributria)Determinada sociedade de economia mistamunicipal pretende ampliar sua autonomiagerencial, oramentria e financeira. De acordocom a Constituio Federal, para tal finalidade, osadministradores da entidade podero

    a) firmar contrato de gesto com o poder pblico,tendo por objeto a fixao de metas dedesempenho.

    b) solicitar a qualificao da empresa como agnciaexecutiva, mediante a apresentao de plano demetas e indicadores de desempenho.c) celebrar contrato de gesto com o poder pblico,

    passando a empresa a obter a qualificao deOrganizao Social - OS.d) celebrar contrato de programa com o poder

    pblico, para a execuo de servios pblicos emregime de competio com a iniciativa privada.e) consorciar-se com entidade qualificada comoOrganizao Social - OS, mediante a celebrao decontrato de gesto, com a fixao de metas dedesempenho.

    15 (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de ControleExterno - Auditoria de Obras Pblicas) Asautarquias

    a) so pessoas jurdicas de direito pblico, comcapacidade de auto-administrao, nos limitesestabelecidos pela lei, no dotadas de capacidade

    poltica.b) sujeitam-se ao mesmo regime jurdico daspessoas pblicas polticas (Unio, Estados eMunicpios), com capacidade de auto-administrao e criao do prprio direito.c) so pessoas jurdicas de direito privado, dotadasde autonomia administrativa e oramentria emface do princpio da especialidade.d) sujeitam-se ao regime privado, comespecializao institucional e autonomia

    administrativa, submetidas tutela do enteinstituidor.e) sujeitam-se ao regime pblico, no sesubmetendo ao controle tutelar do ente instituidorem face do princpio da especialidade e da

    autonomia administrativa.

    16 (FCC - 2012 - TST - Analista Judicirio -Contabilidade) Uma empresa que conte comcontrole acionrio privado e participaominoritria de capital estatal

    a) considerada sociedade de economia mista,porm no integrante da Administrao Indireta.b) considerada empresa pblica, integrante da

    Administrao Indireta.c) considerada empresa pblica, porm nointegrante da Administrao Indireta.d) considerada sociedade de economia mista,integrante da Administrao Indireta.e) no considerada nem empresa pblica, nemsociedade de economia mista.

    17 (FCC - 2012 - TRT - 6 Regio (PE) - TcnicoJudicirio) Sobre a descentralizao e adesconcentrao correto afirmar que a

    a) descentralizao compreende a distribuio decompetncias para outra pessoa jurdica, enquantoa desconcentrao constitui distribuio decompetncias dentro da mesma pessoa jurdica.

    b) desconcentrao compreende a distribuio decompetncias para outra pessoa jurdica, desde quede natureza jurdica de direito pblico.c) descentralizao constitui distribuio decompetncias dentro da mesma pessoa jurdica,admitindo, excepcionalmente, a delegao de

    servio pblico a terceiros.d) descentralizao compreende a distribuio decompetncias para outra pessoa jurdica, vedada adelegao de servio pblico pessoa jurdica dedireito privado.e) desconcentrao constitui a delegao de servio

    pblico pessoa jurdica de direito privado pormeio de permisso ou concesso.

    18 (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judicirio - reaJudiciria) Em relao aos rgos e agentes daAdministrao Pblica correto afirmar:

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    a) a atuao dos rgos no imputada pessoajurdica que eles integram, mas tendo a prerrogativade represent-la juridicamente por meio de seusagentes, desde que judiciais.

    b) a atividade dos rgos pblicos no se identifica

    e nem se confunde com a da pessoa jurdica, vistoque h entre a entidade e seus rgos relao derepresentao ou de mandato.c) os rgos pblicos so dotados de personalidade

    jurdica e vontade prpria, que so atributos do

    corpo e no das partes porque esto ao lado daestrutura do Estado.d) como partes das entidades que integram osrgos so meros instrumentos de ao dessas

    pessoas jurdicas, preordenados ao desempenho das

    funes que lhe forem atribudas pelas normas desua constituio e funcionamento.e) ainda que o agente ultrapasse a competncia dorgo no surge a sua responsabilidade pessoal

    perante a entidade, posto no haver considerveldistino entre a atuao funcional e pessoal.

    GABARITO1. A 7. D 13. C2. A 8. A 14. A3. E 9. B 15. A4. A 10. E 16. E5. D 11. A 17. A6. A 12. A 18. D

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    MAIS QUESTES FCC!!! ORGANIZAO ADMINISTRATIVA!!!

    1(FCC - 2011 - TCM-BA PROCURADOR) Asdenominadas entidades do terceiro setor

    caracterizam-se como pessoas jurdicas

    a) privadas, sem fins lucrativos, que desempenhamservio no exclusivo do Estado e que atuam emcolaborao com este, recebendo alguma espciede incentivo do poder pblico.

    b) privadas, que atuam em carter subsidirio oucomplementar atuao estatal, mediante

    permisso ou concesso de servio pblico deinteresse social.c) hbridas, constitudas na forma do direito civil,como associaes ou fundaes, porm com

    personalidade de direito pblico, que desempenhamservio pblico de forma subsidiada pelo Estado.d) de natureza comercial, que atuam mediantedelegao do Estado no desempenho de servio

    pblico essencial.e) pblicas no integrantes da Administraoindireta, que prestam servio pblico mediantevnculo de colaborao, na forma de convnio oucontrato de gesto.

    2(FCC-2011-TCM-BA-PROCURADOR) Apropsito das caractersticas e regime jurdic