81!-- doutrina a carga tributÁria no brasil · l--ta-~ doutrina ~~~~~.. sentir que a carga...

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. ~""'~~ DOUTRINA 81!-- do imposto, dependendo da possibi- lidade de se autonomizarem os fenô- menos de aplicação dos dois elemen- tos lógicosda norma tributária: a pre- visão ou hipótese e a injunção ou estatuição. No nosso sistema tributário não se atribuem efeitos jurídicos unitári- os a atividade da concretização da estatuição. Assim, não atribuindo a lei efeitos que se possam imputar di- reto e exclusivamente a liquidação ou lançamento, não se pode preten- der a sua autonomia jurídica e, sen- do unitária a estrutura da norma tri- butária, como a de qualquer norma jurídica tributária, há de ser também a natureza de seu ato de aplicação, que não permite distinções, de acor- do com o elemento normativo a que vise a concretizar.. Quem lê sua mensagem em todo país Bacharéis, Advogados, Juízes Estaduais, Juízes Federais, Desembargadores, Promotores, Procuradores, Ministros e Homens de Empresa ~ 28 A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL ADÃO DE ASSUNÇÃO DUARTE JUIZ FEDERAL! 8aVARA/BA PROFESSOR UNIVERSITÁRIO , E antiga a preocupação com aquilo que poderíamos cha mar de questão tributária e não é a toa que os Governos dos povos mostram interesse pelo palpitante assunto. Para fazer frente a suas des- pesas, o Estado necessita de re- ceitas e uma de suas fontes, séculos, sempre foi a dos tribu- tos. Se observarmos a história an- tiga e examinarmos, por exem- plo, o Pentatêutico de Moisés, o genial hebreu que deixou deline- ados inúmeros princípios sócio- econômicos, inclusive o do com- bate à usura, verificamos que o tributo "sagrado", corresponde a meio siclo, também chamado o "dinheiro da propiciação" teve sua instituição anotada no livro Êxodo, capítulo XXX, versícu'los 13 a 16: "Isso dará todo aquele que passar ao arrolamento: a metade de um sido do santuário (este siclo é de vinte óbulos); a metade de um siclo é a oferta do Senhor" (versículo 13). "Qualquer que en- trar no arrolamento, de vinte anos acima, dará a oferta ao Se- nhor" (versículo 14). "O rico não aumentará, eo pobre não diminuirá da metade do siclo, quando derem a oferta ao Senhor, para fazer expiação por vossas almas" (versículo 15). Observa-se que somente a partir de vinte anos de idade al- guém iria pagar esse tributo, ou teria a chamada sujeição tribu- tária passiva. Não era como hoje entre nós que pessoas de idade Revista Ajufe, Setembro 1994 , menor que isso podem possuir, e possuem, responsabilidade tribu- tária. Em certa época, o imposto do templo passou a didracma, mas correspondendo ao mesmo meio siclo. Os impostos ditos civis era desconhecidos antes, mas Samuel a!ega que eles foram exigidos sob a Monarquia (I Samue1, 8: 11-7). O Rei Salomão exigia grandes contribuições em gênero, de ma- neira que, de modo geral, a pri- meira colheita era denominada "a do Rei". Vejamos algo a respei- to: "Era, pois, o provimento de Salomão, cada dia, trinta coros da flor de farinha, e sessenta co- ros de farinha. Dez vacas gordas, e vinte vacas de pasto, e cem car- neiros, afora os veados e as ca- bras monteses, e os corços, e aves cevadas" (Livro I de Reis, capítu- lo IV, versículos 22/23). Notamos, assim, que a tribu- tação possuía aspectos e nature- za religiosos (imposto do templo, oferta ao Senhor etc) e com o passar dos tempos ela foi passan- do às áreas civil, administrativa e governamental. A história mostra isso, nas suas diversas etapas. Ainda sob o exame da Bíblia, ob- servando-se o Novo Testamento, vamos verificar que o Mestre dos Mestres, Jesus, não aboliu os tri- butos, mas, quando instado sobre o interessante assunto, confor- mou-se em pagá-los, como se nota pelo exame de um de seus diálogos com SIMÃO PEDRO, no capítulo 17, do Evangelho se-

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Page 1: 81!-- DOUTRINA A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL · l--ta-~ DOUTRINA ~~~~~.. sentir que a carga tributária é in-suportável (seríamos uma ilha cercada de tributos por todos os lados)

. ~""'~~ DOUTRINA 81!--do imposto, dependendo da possibi-lidade de se autonomizarem os fenô-

menos de aplicação dos dois elemen-tos lógicosda norma tributária: a pre-visão ou hipótese e a injunção ouestatuição.

No nosso sistema tributário nãose atribuem efeitos jurídicos unitári-os a atividade da concretização daestatuição. Assim, não atribuindo alei efeitos que se possam imputar di-reto e exclusivamente a liquidaçãoou lançamento, não se pode preten-der a sua autonomia jurídica e, sen-do unitária a estrutura da norma tri-

butária, como a de qualquer normajurídica tributária, há de ser tambéma natureza de seu ato de aplicação,que não permite distinções, de acor-do com o elemento normativo a quevise a concretizar..

Quem lê sua

mensagem em

todo país

Bacharéis,

Advogados,

Juízes Estaduais,

Juízes Federais,

Desembargadores,

Promotores,

Procuradores,

Ministros e

Homens

de Empresa~28

A CARGA TRIBUTÁRIANO BRASIL

ADÃO DE ASSUNÇÃO DUARTEJUIZ FEDERAL! 8aVARA/BAPROFESSOR UNIVERSITÁRIO

,Eantiga a preocupação com

aquilo que poderíamos chamar de questão tributária e

não é a toa que os Governos dospovos mostram interesse pelopalpitante assunto.

Para fazer frente a suas des-

pesas, o Estado necessita de re-ceitas e uma de suas fontes, háséculos, sempre foi a dos tribu-tos. Se observarmos a história an-

tiga e examinarmos, por exem-plo, o Pentatêutico de Moisés, ogenial hebreu que deixou deline-ados inúmeros princípios sócio-econômicos, inclusive o do com-bate à usura, verificamos que otributo "sagrado", corresponde ameio siclo, também chamado o"dinheiro da propiciação" tevesua instituição anotada no livroÊxodo, capítulo XXX, versícu'los13 a 16:

"Isso dará todo aquele quepassar ao arrolamento: a metadede um sido do santuário (estesiclo é de vinte óbulos); a metadede um siclo é a oferta do Senhor"

(versículo 13). "Qualquer que en-trar no arrolamento, de vinteanos acima, dará a oferta ao Se-nhor" (versículo 14).

"O rico não aumentará, e opobre não diminuirá da metadedo siclo, quando derem a ofertaao Senhor, para fazer expiaçãopor vossas almas" (versículo 15).

Observa-se que somente apartir de vinte anos de idade al-guém iria pagar esse tributo, outeria a chamada sujeição tribu-tária passiva. Não era como hojeentre nós que pessoas de idade

Revista Ajufe, Setembro 1994

,menor que isso podem possuir, epossuem, responsabilidade tribu-tária.

Em certa época, o imposto dotemplo passou a didracma, mascorrespondendo ao mesmo meiosiclo. Os impostos ditos civis eradesconhecidos antes, mas Samuel

a!ega que eles foram exigidos soba Monarquia (I Samue1, 8: 11-7).O Rei Salomão exigia grandescontribuições em gênero, de ma-neira que, de modo geral, a pri-meira colheita era denominada "a

do Rei". Vejamos algo a respei-to:

"Era, pois, o provimento deSalomão, cada dia, trinta corosda flor de farinha, e sessenta co-ros de farinha. Dez vacas gordas,e vinte vacas de pasto, e cem car-neiros, afora os veados e as ca-bras monteses, e os corços, e avescevadas" (Livro I de Reis, capítu-lo IV, versículos 22/23).

Notamos, assim, que a tribu-tação possuía aspectos e nature-za religiosos (imposto do templo,oferta ao Senhor etc) e com opassar dos tempos ela foi passan-do às áreas civil, administrativa egovernamental. A história mostraisso, nas suas diversas etapas.Ainda sob o exame da Bíblia, ob-servando-se o Novo Testamento,vamos verificar que o Mestre dosMestres, Jesus, não aboliu os tri-butos, mas, quando instado sobreo interessante assunto, confor-mou-se em pagá-los, como senota pelo exame de um de seusdiálogos com SIMÃO PEDRO,no capítulo 17, do Evangelho se-

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gundo Mateus, versículos 14 a27, quando o Mestre concluí:

"Mas, para que os não es-candalizemos, vai ao mar, lan-ça o anzol, tira o primeiro pei-xe que subir, e, abrindo-lhe aboca, encontrarás um estáter:toma-o, e dá-o por mim e porti" (versículo 27).

Ainda nesse evangelho, capí-tulo 22, versículos 15 a 21, en-frenta Ele a questão tributária,encerrando o assunto com a co-nhecida afirmação:

"Dai a César o que é de Césare a Deus o que é de Deus".

Quanto a outros povos e a ou-tros Países, basta lembrarmos ofamoso Império Romano e seucrescimento através dos tributos

arrecadados inclusive das naçõesvencidas por ele.

De relação a nosso País, seriasuficiente a lembrança das exi-gências fisco-tributárias da mãe-colônia, causando descontenta-mento e lutas fraternas e mortesentre nós. Para fazer frente a suas

despesas, o Brasil também gostoude criar e aumentar impostos, ta-xas, contribuições, empréstimoscompulsórios etc. Uma vontadeinsaciável, uma fúria tributária efiscal foi adiante e o País passoua ter uma extraordinária e pesa-da carga tributária.

Desde os Governos Militares,os oposicionistas, unidos nas trin-cheiras do velho MDB, posterior-mente PMDB, criticavam a ataca-vam a volumosa carga tributária emvoga no País. Todavia, assumindoo poder esse mesmo grupo, com achamada Nova República, parecehaver apreciado a coisa e não maisgritou contra a multiplicidade deimpostos, taxas etc. Até mesmopassou a adotar idêntica posição e,o que é pior, a criar mais tributos,mais contribuições, a aumentar suaalíquotas etc.

O próprio texto da Constitui-

ção Federal promulgada a05.10.88 foi carregado de impos-tos, taxas e contribuições. Verartigos 148, 153, 154, 155, art.195 etc da mesma Carta Magna.Em 1993, sob a alegação de ne-cessitar de receita que ajudasse agaranti r a chamadagovernabilidade, movimentou o...Governo para que se aprovasseEmenda Constitucional n° 3, pos-sibilitando a chegada da LeiComplementar 77/93, instituindoo famoso IPMF, o chamado "Im-posto do Cheque". Como muitasoutras exações, também esse tri-buto foi bastante contestado judi-cialmente. Surgem, às vezes, ver-dadeiras batalhas jurídicas.

Já em 28.08.91, o jornal OEstado de S. Paulo publicavamatéria mostrando que "a cargatributária incidente sobre as em-presas brasileiras de médio egrande porte é de 42,3 % em mé-dia... No Brasil, o peso dos tribu-tos pagos pelas montadoras deveículos(44,2%) pode serdimensionado mediante compa-ração com o de outros países.Nos Estados Unidos, apenas amédia de 7,6% dos preços pagospelos consumidores correspondea impostos".

O jornal Folha de São Paulo,de 2.6.91, através de MARCOSCÉZARI, também chegou a no-ticiar:

"A classe média brasileira

trabalha duas horas e meia pordia -da jornada de oito horas -apenas para o pagamento dosimpostos federais, estaduais emunicipais. Isso equivale a dezdias de trabalho por mês, ou31,89% sobre a renda bruta fa-miliar". E prossegue o mesmo:

"O trabalhador gasta 31,89%de sua renda em impostos, assimdistribuídos: 19,96% com o IR,2,03% com o INiSS, 8,90% comos "indiretos" (IPI, ICMSe ISS)

e um por cento com IPTU. Eletrabalha, precisamente 154 minu-tos diários para pagar os impos-tos. A distribuição é a seguinte:96 com IR, 1° com a contribuiçãoao INSS, 43 com os indiretos e 5minutos com IPTU".

A empresa de consultoriaERNEST & YOUNG divulgouinteressante pesquisa no assunto.Vejamos alguns tópicos úteis,conforme veiculado em A TAR-DE de 04.02.94:

"Os carros produzidos nomercado interno são tributadosem 25% de IPI, 18% de ICMS,2% de COFINS e 0,65% de PIS,atingindo um total assustador de45,65%. Até o chamado carropopular não escapa das pesadasalíquotas, apenas a de IPI é redu-zida para 8%. Enquanto isso, nosEstados Unidos a carga tributáriaque incide sobre os automóveis éuma só e não ultrapassa a 8,25%.No Japão é cobrado um impostoque oscila entre 4,50% e 3% so-bre o valor agregado".

Notamos aí os motivos pelosquais se diz que o Brasil é cam-peão mundial de impostos. O Ins-tituto Liberal de São Paulo, numsubstancioso documento sobre oassunto, escreveu textualmente:

"As dificuldades do TesouroNacional não decorrem essencial-

mente da baixa a arrecadação, masdo exagerado crescimento do Esta-do e, conseqüentemente, dos seuscustos... Sem que se reduzam as di-mensões do Estado e seus custos

não haverá solução estrutural parao Brasil". "A tentativa de resolverestes problemas estruturais como simplismo do aumento de arre-cadação esbarra na resistênciado contribuinte".

A nosso ver, quanto maior acarga tributária; tanto mais possi-bilidade de haver a figura do so-negador. Se o Estado criaimpos-to demais, claro que o povo vai

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Revista Ajufe, Setembro 199429

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sentir que a carga tributária é in-suportável (seríamos uma ilhacercada de tributos por todosos lados). Com a experiência doIPMF, chegamos à conclusão deque ele prestou grande serviço aoBrasil ao mostrar uma cobrançaeficaz, eficiente, sem que se pre-cisasse arregimentar um batalhãode Auditores Fiscais do TesouroNacional, ao mesmo tempo emque se provou que o nosso Paíspossui um dos mais eficientesSistemas Financeiros e Sistemasde Bancos do mundo.

Poderia o Governo partir parauma experiência corajosa e talvezmais eficaz contra a sonegação: di-minuir o número de impostos, taxase contribuições, de forma drásticamesmo e implantar uma cobrançaeficiente como a do IPMF, pois,com certeza, venceria a sonegaçãoou ela seria reduzida a um número

pequeno, controlável,administrável. Que se aproveitas-sem estudos como os do Prof. Mar-cos Cintra, Professor em São Pau-lo, sobre o Imposto Único (IUT).Mesmo que não se chegue a umimposto único, pelo menos fossemeles reduzidos a cinco, posição estadefendida por alguns outrostributaristas em nosso País.

Com mais um Plano de Esta-bilização Econômica, o FHC ouPlano Real, alguma coisa ficoufaltando: .a chamada reforma fis-cal e uma reforma tributária nes-se sentido da redução drástica donúmero de impostos, taxas e con-tribuições, além da redução dealíquotas de alguns tri butos. Ou-tra medida seria a simplifica-ção geral do Sistema TributárioNacional. Seriam passos paraaumentar a arrecadação e di-minuir ou mesmo eliminar asonegação. Pensem nisso nossoslegisladores.

Essa a nossa colaboração aosestudos do assunto..

AS CONTRIBUIÇÕESEM FAVOR DO PIS-PASEP

E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

RONALDO LUlZ PONZI

Juiz Federal do TRF/43 RegiãoPorto Alegre, RS

Questão que se apresenta comsingular interesse, em sede

tributária, é a referente aomodo 10 qual a Carta de 1988recepcionou as Contribuições institu-ídas, respectivamente, pelas LeisComplementares nOs7 e 8, de 1970,em favor do PIS e do PASEP.

O que se quer, aqui e agora, exa-minar, depende, fundamentalmente,de se saber, a final das contas, qual anatureza jurídica de tais contribui-ções, sob a ótica do vigente quadroconstitucional tributário.

Que se trata de tributos, não hádúvida, eis que as aludidas contribui-ções se apresentam com todas as ca-racterísticas exigi das pelo art. 3° doCódigo Tributário Nacional, por seconstituírem em prestaçõespecuniárias compulsórias, estatuí-das em lei e que, sem revestir o ca-ráter de sanção por ato ilícito, são co-bradas mediante atividade adminis-

trativa plenamente vinculada.Caracterizadas, pois, como tribu-

tos, impõe-se aferir a sua naturezatributária específica dentro do quadrode tributos do vigente sistema tribu-tário nacional.

Dentre os tipos tributários cons-tantes do quadro constitucional tribu-tário, a saber, impostos, taxas, contri-buições de melhoria, contribuiçõessociais e empréstimos compulsórios,enquadra-se, induvidosamente, na-quele atinente às contribuições soci-ais ou parafiscais, mercê de seus ele-mentos característicos.

Com efeito, seu perfil se amoldaàs características de tais tributos,dentre as quais avulta a circunstânciade terem referidas exações o produ-

to' de sua arrecadação, previamente,afetado a uma finalidade específica.

Aliás, tal traço de sua natureza ficabem sublinhado pelo modo pelo qualo legislador constituinte editou o art.239 da Carta de 1988,atravésdo qualas contribuições em apreço se viramrecepcionadaspela Lei Fundamental.

Com efeito, assim dispõe o alu-dido dispositivo constitucional,verbis:

((Art. 239. A arrecadação decor-rente das contribuições para o Pro-grama de Integração Social, criadopela Lei Complementar n° 7, de 7 desetembro de 1970, e para o Progra-ma de Formação do Patrimônio doServidor Público, de 3 de dezembro

de 1970, passa, a partir da promul-gação desta Constituição, afinanci-ar, nos termos que a lei dispuser oprograma do seguro-desemprego e oabono de que trata o § 3° deste arti-go".

Do que se contém no referidoregramento, é possível perceber-se,desde logo, a ênfase emprestada aodestino da arrecadação de taisgravames, nota característica dascontribuições dentro da Carta de1988.

A propósito, revela notar que emfunção de tal afetação, é que o art.149, da Constituição vigentenormatizou as contribuições sociaisou parafiscais, a saber:

((Art. 149. Compete exclusiva-mente à União instituir contribui-

ções sociais, de intervenção no do-minio econômico e de interesse das

categorias profissionais ou econômi-cas, como instrumento de sua atua-

ção nas respectivas áreas, observa-

{.

I

t

30Revista Ajufe, Setembro 1994