8 - poder judiciário (2015_01_21 14_59_59 utc).docx

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Página 1 de 23 Poder Judiciário O Judiciário é reconhecido pela Constituição como poder independente. A Carta Maior protege essa independência por cláusula pétrea. A guarda da Carta Maior é atribuída de forma definitiva ao órgão de cúpula do Judiciário: o Supremo Tribunal Federal. Órgãos do Judiciário (a) O Supremo Tribunal Federal; (b) O Conselho Nacional de Justiça; (c) O Superior Tribunal de Justiça; (d) Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; (e) Os Tribunais e Juízes do Trabalho; (f) Os Tribunais e Juízes Eleitorais; (g) Os Tribunais e Juízes Militares; (h) Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios; O STF e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST, e STM) têm jurisdição em todo o território nacional e, assim como o CNJ, têm sede na Capital Federal. O STF é o órgão máximo do Judiciário, ocupando a digna posição de especial guardião da Constituição Federal. Compete à Corte Suprema realizar, originariamente e com exclusividade, o controle abstrato das leis e atos normativos em face da Carta Magna e, também, atuar no controle difuso, em que aprecia, em último grau, as controvérsias concretas suscitadas nos juízos inferiores.

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Poder JudicirioO Judicirio reconhecido pela Constituio como poder independente. A Carta Maior protege essa independncia por clusula ptrea. A guarda da Carta Maior atribuda de forma definitiva ao rgo de cpula do Judicirio: o Supremo Tribunal Federal. rgos do Judicirio(a) O Supremo Tribunal Federal; (b) O Conselho Nacional de Justia; (c) O Superior Tribunal de Justia; (d) Os Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais; (e) Os Tribunais e Juzes do Trabalho;(f) Os Tribunais e Juzes Eleitorais;(g) Os Tribunais e Juzes Militares;(h) Os Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios;

O STF e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST, e STM) tm jurisdio em todo o territrio nacional e, assim como o CNJ, tm sede na Capital Federal. O STF o rgo mximo do Judicirio, ocupando a digna posio de especial guardio da Constituio Federal. Compete Corte Suprema realizar, originariamente e com exclusividade, o controle abstrato das leis e atos normativos em face da Carta Magna e, tambm, atuar no controle difuso, em que aprecia, em ltimo grau, as controvrsias concretas suscitadas nos juzos inferiores.O CNJ rgo de controle da atuao administrativa e financeira do Judicirio e do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes, competindo-lhe desempenhar as atribuies que lhe foram diretamente outorgadas pela Carta da Repblica, alm de outras que venham a ser estabelecidas pelo Estatuto da Magistratura. O STJ tem por funo precpua assegurar a uniformizao da interpretao da legislao federal, apreciando as mais diferentes controvrsias acerca da aplicao do direito federal. Os demais Tribunais Superiores (TST, TST e STM) integram a justia especializada haja vista que s atuam em um dado ramo do direito.O STF e os 4 Tribunais Superiores so denominadas rgos de convergncia, porque as causas processadas nos juzes e tribunais inferiores convergem para esses Tribunais, respeitadas as respectivas competncias. O STF e o STJ so, tambm, denominados rgos de superposio, pois, embora no pertenam a nenhuma Justia, suas decises se sobrepem s decises proferidas pelos rgos inferiores das Justias comum e especializadas.Cabe a todos os juzes e tribunais do Judicirio exercer a jurisdio constitucional, na defesa da supremacia da Constituio Federal. Com efeito, todos eles dispem de competncia para tanto, devendo afastar, nos casos concretos a eles submetidos, a aplicao das lei que consideram inconstitucionais. Dessa forma, embora a guarda da Constituio seja funo primria do STF, ele no a exerce de forma exclusiva.Funes tpicas e atpicasA funo tpica do Judicirio a jurisdicional, pela qual lhe compete, coercitivamente e em carter definitivo, julgar as controvrsias a ele submetidas, dizendo e aplicado o Direito pertinente ao caso. As funes atpicas ou acessrias do Judicirio so a legislativa e administrativa. Quando o Judicirio administra seus bens, pessoal e servios, exerce a funo administrativa. Quando o Judicirio produz normas gerais, como regimentos, exerce a funo legislativa. Garantias do Poder JudicirioA Carta Maior outorgou importantes garantias ao Judicirio como meio de lhe assegurar autonomia e independncia para o imparcial exerccio da jurisdio.Ao Judicirio assegurada autonomia administrativa e financeiraEm relao autonomia financeira, os tribunais elaboraro suas prprias propostas oramentrias, desde que dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes oramentrias. Desse modo, o Judicirio, embora no disponha de oramento prprio, tem assegurado constitucionalmente o direito de elaborar sua proposta oramentria. Determina, ainda, a Carta Maior que o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:(a) No mbito da Unio: aos Presidentes do STF e dos 4 Tribunais Superiores, com a aprovao dos respectivos tribunais. (b) No mbito dos Estados-membros e no Distrito Federal e Territrios: aos Presidentes dos Tribunais de Justia, com a aprovao dos respectivos tribunais. Se os tribunais do Judicirio no encaminharem as respectivas propostas oramentrias dentro do prazo, estabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o Executivo considerar os valores aprovados na lei oramentria vigente. Se as propostas oramentrias dos tribunais do Judicirio forem encaminhadas em desacordo com os limites, estipulados na lei de diretrizes oramentrias, o Executivo proceder aos ajustes necessrios para fins de consolidao da proposta oramentria anual.Durante a execuo oramentria do exerccio, no poder haver a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes que extrapolem os limites, estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias, exceto se previamente autorizadas, mediante abertura de crditos suplementares ou especiais. Os recursos provenientes das custas e emolumentos sero destinados exclusivamente ao custeio dos servios afetos s atividades especficas da Justia.Em relao autonomia administrativa confere aos tribunais do Judicirio a competncia para:a) eleger seus rgos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observncia das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competncia e o funcionamento dos respectivos rgos jurisdicionais e administrativos;b) organizar suas (e dos juzos que lhes forem vinculados) secretarias e servios auxiliares, velando pelo exerccio da atividade correicional respectiva;c) prover, na forma prevista nesta Constituio, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdio;d) propor a criao de novas varas judicirias;e) prover por concurso pblico, obedecido as normas oramentrias, os cargos necessrios administrao da Justia, exceto os de confiana assim definidos em lei;f) conceder licena, frias e outros afastamentos a seus membros e aos juzes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;O STF, os Tribunais Superiores e os Tribunais de Justia podem, ainda, propor ao Legislativo respectivo, desde que observados os limites estabelecidos na lei de responsabilidade fiscal:a) a alterao do nmero de membros dos tribunais inferiores;b) a criao e a extino de cargos e a remunerao dos seus servios auxiliares e dos juzos que lhes forem vinculados, bem como a fixao do subsdio de seus membros e dos juzes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criao e a extino dos tribunais inferiores;d) a alterao da organizao e da diviso judicirias;Organizao da carreiraEstabelece a Carta Maior que lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatuto da Magistratura, devendo ser observados princpios expostos a seguir.O ingresso na carreira da magistratura, cujo cargo inicial ser o de juiz substituto, dar-se- mediante a realizao de concurso pblico, com a participao da OAB em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mnimo, 3 anos de atividade jurdica.A promoo do magistrado na carreira, de entrncia para entrncia, ser feita, alternadamente, por antiguidade e por merecimento, atendidas as seguintes normas:(a) obrigatria a promoo do juiz figure por 3 vezes consecutivas ou 5 vezes alternadas na lista de merecimento.(b) A promoo por merecimento pressupe 2 anos de exerccio pelo juiz na respectiva entrncia e que esse integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade dessa entrncia, salvo se no houver outro juiz com tais requisitos que aceite a vaga. (c) Na aferio do merecimento, analisa-se os seguintes critrios, de forma cumulativa:a. Desempenho;b. Produtividade e presteza no exerccio da jurisdio;c. Frequncia e aproveitamento em cursos, oficiais ou reconhecidos, de aperfeioamento;(d) Na aferio da antiguidade, o tribunal somente poder recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de 2/3 de seus membros, sendo assegurada a ampla defesa.No ser promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder alm do prazo legal, no podendo devolv-los ao cartrio sem o devido despacho ou deciso. O acesso aos tribunais de segundo grau far-se- por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na ltima ou nica entrncia.O Estatuto da Magistratura dever prever cursos oficiais de preparao, aperfeioamento e promoo de magistrados, constituindo etapa obrigatria do processo de vitaliciamento a participao em curso, oficial ou reconhecido. A aposentadoria dos magistrados e penso de seus dependentes observaro as regras do regime especial de previdncia dos servidores pblicos civis. O juiz titular residir na respectiva comarca, salvo autorizao do tribunal. O ato de remoo, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse pblico, fundar-se- em deciso, por voto da maioria absoluta, do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada a ampla defesa.Todos os julgamentos dos rgos do Judicirio sero pblicos e todas as decises tomadas nesses julgamentos devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Em determinados atos, pode a lei limitar a presena s prprias partes e a seus advogados, ou somente aos advogados, em situaes de preservao da intimidade do interessado, desde que isso no prejudique o interesse pblico informao. As decises administrativas dos tribunais sero motivadas e feitas em sesso pblica, sendo que as disciplinares sero tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Nos tribunais com mais de 25 julgadores poder ser constitudo rgo especial, com o mnimo de 11 e mximo de 25 membros, para o exerccio das atribuies administrativas e jurisdicionais delegadas da competncia do tribunal pleno. 50% das vagas sero providas por antiguidade e as outras 50% por eleio pelo tribunal pleno. A atividade jurisdicional ser ininterrupta, sendo vedada frias coletivas nos juzos e tribunais de segundo grau, funcionado, nos dias necessrios, juzes em planto permanente. Observe-se que essa vedao no alcana o STF e os 4 Tribunais Superiores.O nmero de juzes na unidade jurisdicional ser proporcional efetiva demanda judicial e respectiva populao. Os servidores recebero delegao para a prtica de atos de administrao e atos de mero expediente sem carter decisrio. A distribuio de processos ser imediata, em todos os graus de jurisdio. Garantia aos MagistradosA Constituio Federal assegura aos membros do Judicirio as garantias de:(a) Vitaliciedade;(b) Inamovibilidade;(c) Irredutibilidade do subsdio;No primeiro grau, a vitaliciedade s ser adquirida aps o cumprimento do estgio probatrio de 3 anos de exerccio. No perodo do estgio probatrio, a perda do cargo depender de deliberao do tribunal a que o juiz estiver vinculado. Uma vez cumprido o estgio probatrio, o magistrado s perder o seu cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado. Os membros do STF e dos Tribunais Superiores e advogados e membros do MP que ingressam nos tribunais federais ou estaduais pela regra do quinto constitucional adquirem vitaliciedade imediatamente, a partir da posse. A inamovibilidade assegura que os magistrados somente podero ser removidos por iniciativa prpria, salvo por motivo de interesse pblico, mediante deciso adotada pelo maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada a ampla defesa. A inamovibilidade tambm no impede que o magistrado seja removido por determinao do CNJ, a ttulo de sano administrativa, assegurada a ampla defesa.A irredutibilidade do subsdio garante a dignidade e a independncia necessria ao exerccio pleno das funes jurisdicionais. Vedaes vedado aos magistrados:(a) Exercer outro cargo ou funo, ainda que em disponibilidade, salvo uma de magistrio;(b) Receber custas ou participao em processo, a qualquer ttulo ou pretexto;(c) Receber auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, a qualquer ttulo ou pretexto, ressalvadas as excees previstas em lei;(d) Exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao. permitido aos juzes exercer mais de uma atividade de magistrio, desde que compatveis com o exerccio da magistratura. No h tambm vedao a que a atividade de magistrio seja desempenhada no horrio de expediente, podendo o magistrado compensar as suas atividades jurisdicionais de outras maneiras, sem comprometimento quando prestao judicial. Os magistrados no podem, porm, atuar na Justia Desportiva, haja vista que a eles s constitucionalmente permitida a acumulao de atividade judicante com o magistrio. Subsdios dos membros do JudicirioOs membros do Judicirio sero remunerados exclusivamente por subsdio, fixado em parcela nica, sendo vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, verba de representao ou outra espcie remuneratria. Esses subsdios somente podem ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa dos tribunais, sendo assegurada reviso geral anual.Os subsdios, includas as vantagens pessoais ou vantagens de qualquer natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do STF, que fixado por lei de iniciativa do Presidente do STF como teto remuneratrio. O subsdio dos Ministros dos 4 Tribunais Superiores corresponder a 95% do subsdio mensal fixado para os Ministros do STF.O subsdios dos demais magistrados sero fixados em lei e escalonados, em mbito federal e estadual, de acordo com as diferentes categorias da estrutura judiciria nacional, no podendo a diferena entre uma e outra ser superior a 10% ou inferior a 5%, nem exceder os 95% do subsdio mensal dos Ministros dos 4 Tribunais Superiores. Conselho Nacional de JustiaA EC 45/2004 criou o CNJ, rgo integrante da estrutura do Judicirio, com sede na Capital Federal, sendo composto de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida uma nica reconduo, sendo:(a) Presidente do STF;(b) 1 Ministro do STJ, indicado pelo STJ;(c) 1 Ministro do TST, indicado pelo TST;(d) 1 Desembargador de Tribunal de Justia, indicado pelo STF; (e) 1 Juiz Estadual, indicado pelo STF;(f) 1 Juiz de TRF, indicado pelo STJ;(g) 1 Juiz Federal, indicado pelo STJ;(h) 1 Juiz de TRT, indicado pelo TST;(i) 1 Juiz do Trabalho, indicado pelo TST;(j) 1 Membro do MPU, indicado pelo PGR;(k) 1 Membro do MPE, escolhido dentre outros nomes pelo PGR;(l) 2 Advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB;(m) 2 Cidados, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, sendo 1 indicado pela Cmara e 1 indicado pelo Senado.Nos crimes de responsabilidade, os membros do CNJ so processados e julgados pelo Senado Federal. Nos crimes comuns, os membros do CNJ no dispem de foro especial em razo do desempenho de suas funes. Isso significa que, pela prtica de infraes penais comuns, cada membro responde perante o seu foro competente. Exemplo: o Ministro do STJ que cometer infrao comum ser julgado pelo STF; o Desembargador de Tribunal de Justia que cometer infrao comum ser julgado pelo STJ. Por outro lado, as aes contra o CNJ (no contra seus membros) so processadas e julgadas pelo STF. O CNJ ser presidido pelo Presidente do STF e, nas suas ausncias ou impedimentos, pelo Vice-Presidente do STF, dispensada qualquer prvia aprovao pelo Senado. Os demais cargos do CNJ continuam sendo nomeados pelo Presidente da Repblica, sendo necessria prvia aprovao pela maioria absoluta do Senado.O Ministro do STJ exercer a funo de Ministro-Corregedor e ficar excludo da distribuio de processos no Tribunal, competindo-lhe, alm das atribuies conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:(a) Receber as reclamaes e denncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aos servios judicirios;(b) Exercer funes executivas do Conselho de inspeo e de correio geral;(c) Requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuies;(d) Requisitar servidores de juzos ou tribunais, inclusive nos Estados, DF e Territrios;A Carta Magna estabelece que o PGR e o Presidente do Conselho Federal da OAB oficiaro junto ao CNJ. Oficiaro, mas no sero membros como representantes do Ministrio Pblico e da advocacia. 4 Compete ao CNJ o controle da atuao administrativa e financeira do Poder Judicirio e controle do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes, cabendo-lhe, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Numerus Abertus)

I - zelar pela autonomia do Poder Judicirio e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no mbito de sua competncia, ou recomendar providncias;

II - zelar pela observncia do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou rgos do Poder Judicirio, de ofcio ou mediante provocao, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia do Tribunal de Contas da Unio;

III - receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do Poder Judicirio (inclusive contra seus servios auxiliares) serventias e rgos prestadores de servios notariais e de registro que atuem por delegao do poder pblico ou oficializados, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministrio Pblico, no caso de crime contra a administrao pblica ou de abuso de autoridade;

V rever os processos disciplinares de juzes e membros de tribunais julgados h menos de 1 ano, de ofcio ou mediante provocao;

VI - elaborar semestralmente relatrio estatstico sobre processos e sentenas prolatadas, por unidade da Federao, nos diferentes rgos do Poder Judicirio;

VII - elaborar anualmente relatrio, propondo as providncias que julgar necessrias, sobre a situao do Poder Judicirio no Pas e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasio da abertura da sesso legislativa.Percebe-se que o CNJ rgo eminentemente administrativo, no dispondo de funes jurisdicionais, tampouco de competncia para fiscalizar a atividade jurisdicional dos juzes, sendo vedado ao CNJ interferir, fiscalizar, reexaminar ou sustar efeitos de qualquer ato de contedo jurisdicional. Trata-se de um rgo de controle interno do Judicirio, no sendo nem instncia mxima de controle da magistratura nacional, haja vista que suas decises podero sempre ser impugnadas perante o STF. O CNJ exerce o controle administrativo, financeiro e correicional da magistratura, sendo que, no desempenho dessas funes, todas as decises do CNJ sero passveis de controle de constitucionalidade pelo STF, por fora da Carta Maior. importante saber que o CNJ dispe de competncia originria e concorrente com os tribunais de todo o Pas para instaurar processos administrativos-disciplinares contra magistrados, ou seja, a atuao do CNJ independente da atuao das corregedorias dos tribunais, sendo uma atuao originria e no meramente subsidiria, podendo ser concomitante s atuaes da corregedoria. Alm disso, para exercer essa competncia, o CNJ no precisa motivar a instaurao dos processos. Todavia, o CNJ no tem nenhuma competncia sobre o STF e seus ministros. Vale dizer que a competncia do CNJ relativa ao controle da atividade administrativa, financeira e disciplinar dos rgos e juzes situados, hierarquicamente, abaixo do STF.O CNJ dispe de poder normativo primrio, o que lhe assegura competncia para expedir normas primrias visando regulamentao das matrias que lhe so afetas. Por fim, a Carta Maior determina que a Unio criar ouvidorias de justia, inclusive no DF e Territrios, competentes para receber reclamaes e denncias, de qualquer interessado, contra membros ou rgos do Judicirio ou contra seus servios auxiliares, representando diretamente ao CNJ. Supremo Tribunal FederalO STF compem-se de 11 membros, nomeados pelo Presidente da Repblica, com aprovao prvia pela maioria absoluta do Senado, dentre cidados de notvel saber jurdico e reputao ilibada, com mais de 35 anos e menos de 65 anos. Primeiramente, o Presidente escolhe livremente, de acordo com os requisitos constitucionais. Aps isso submete os nomes ao Senado. Por fim, nomeia os aprovados. Com a nomeao, cabe ao Presidente do STF dar posse aos novatos, momento em que ocorre a imediata vitaliciedade. Os requisitos constitucionais so:(a) Idade entre 35 e 65 anos;(b) Ser brasileiro nato;(c) Ser cidado (pleno gozo dos direitos polticos);(d) Possuir notvel saber jurdico e reputao ilibada;Percebe-se que os membros do STF no precisam ser bacharis em Direito, tampouco originrios da magistratura. As competncias do STF so divididas em competncias originrias e recursais.Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe: (Numerus Clausus)I - processar e julgar, originariamente:a) ADI de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ADC de lei ou ato normativo federal;p) o pedido de medida cautelar das ADI;b) nas infraes penais comuns, o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus prprios Ministros e o PGR;c) nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado a competncia do Senado Federal quando se tratarem de crimes conexos, os membros dos Tribunais Superiores, os membros do TCU e os chefes de misso diplomtica de carter permanente; d) ohabeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alneas anteriores; o mandado de segurana e ohabeas datacontra atos do Presidente da Repblica, das Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, do TCU, do PGR e do prprio STF;i) ohabeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionrio cujos atos estejam sujeitos diretamente jurisdio do STF;q) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio do Presidente da Repblica, do Congresso Nacional, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do TCU, de um dos Tribunais Superiores, ou do prprio STF;e) o litgio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a Unio, o Estado, o Distrito Federal ou o Territrio;f) as causas e os conflitos entre a Unio e os Estados, a Unio e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administrao indireta;g) a extradio solicitada por Estado estrangeiro;j) a reviso criminal e a ao rescisria de seus julgados;l) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises;m) a execuo de sentena nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atribuies para a prtica de atos processuais;n) a ao em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;o) os conflitos de competncia entre o STJ e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre Tribunais Superiores e qualquer outro tribunal;r) as aes contra o CNJ e contra o CNMP; II - julgar, em recurso ordinrio:a) ohabeas corpus, o mandado de segurana, ohabeas datae o mandado de injuno decididos em nica instncia pelos Tribunais Superiores, se denegatria a deciso;b) o crime poltico;III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida:a) contrariar dispositivo desta Constituio;b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;c) julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituio.d) julgar vlida lei local contestada em face de lei federal. Nos casos de recursos extraordinrios, vale anotar que o recorrente ainda dever demonstrar a chamada repercusso geral das questes constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o STF examine a admisso do recurso, sendo que o STF poder recus-lo via manifestao de 2/3 de seus membros. Superior Tribunal de JustiaO STJ compem-se de, no mnimo, 33 Ministros, nomeados pelo Presidente da Repblica, dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado sendo:(a) 1/3 de juzes dos TRF;(b) 1/3 de desembargadores dos TJs;(c) 1/6 de advogados;(d) 1/6 de membros do MPU, MPE e MPDFTO Presidente escolher o candidato, integrantes das listas trplices a ele apresentadas, e o nome ser submetido apreciao do Senado. Considerando-se aprovado, a nomeao caber ao Presidente da Repblica. Ao contrrio do que se verifica em relao aos integrantes do STF, a Constituio exige o bacharelado em Direito de todos membros do STJ, porque eles sero, obrigatoriamente, membros da magistratura, do MP ou advogados. A nica diferena dos requisitos para ser um Ministro do STJ que no necessrio ser brasileiro nato, tambm no necessrio estar em pleno gozo dos direitos polticos, bastando to somente a idade, o saber e a reputao, bem ser nato ou naturalizado. As competncias do STJ tambm so divididas em competncias originrias e recursais.I - processar e julgar, originariamente:a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nos crimes comuns e nos de crimes de responsabilidade, os desembargadores dos TJ dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos TCE e do TCDF, os membros dos TRF, dos TRE e dos TRT, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os membros do MPU que oficiem perante tribunais;c) oshabeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alnea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito sua jurisdio, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exrcito ou da Aeronutica, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral; b) os mandados de segurana e oshabeas datacontra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica ou do prprio Tribunal; d) os conflitos de competncia entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juzes a ele no vinculados e entre juzes vinculados a tribunais diversos;102, I, o: os conflitos de competncia entre o STJ e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre Tribunais Superiores e qualquer outro tribunal;e) as revises criminais e as aes rescisrias de seus julgados;f) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises;h) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio de rgo, entidade ou autoridade federal, da administrao direta ou indireta, excetuados os casos de competncia do Supremo Tribunal Federal e dos rgos da Justia Militar, da Justia Eleitoral, da Justia do Trabalho e da Justia Federal;i) a homologao de sentenas estrangeiras e a concesso de exequatur s cartas rogatrias; II - julgar, em recurso ordinrio:a) oshabeas corpusdecididos em nica ou ltima instncia pelos TRF ou pelos TJ dos Estados e do Distrito Federal e Territrios, se denegatria a deciso;b) os mandados de segurana decididos em nica instncia pelos TRF ou pelos TJ dos Estados e do Distrito Federal e Territrios, se denegatria a deciso;c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas;III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em nica ou ltima instncia, pelos TRF ou pelos TJ dos Estados e do Distrito Federal e Territrios, quando a deciso recorrida:a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar a tratado ou lei federal vigncia;b) julgar vlido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretao divergente da que lhe haja atribudo outro tribunal.Por fim, a Carta Maior ainda determina que funcionaro junto ao STJ:(a) A Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento de Magistrados, cabendo-lhe regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoo na carreira;(b) O Conselho da Justia Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a superviso administrativa e oramentria da Justia Federal de 1 e 2 graus, como rgo central do sistema e com poderes correicionais, cujas decises tero carter vinculante;Justia FederalA Justia Federal composta pelos TRF rgos colegiados de 2 grau e pelos juzes federais rgos singulares de 1 grau.Os TRF compem-se de, no mnimo, 7 juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva regio e nomeados pelo Presidente da Repblica dentre brasileiro com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo:(a) 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPU com mais de 10 anos de carreira;(b) 4/5 mediante promoo de juzes federais com mais de 5 anos de exerccio, sendo a promoo feita, alternadamente, por antiguidade e por merecimento;As competncias dos TRF tambm so divididas em competncias originrias e recursais recursos contra causas decididas pelos juzes federais e pelos juzes estaduais no exerccio da competncia federal da rea de sua jurisdio.I - processar e julgar, originariamente:a) os juzes federais da rea de sua jurisdio, includos os da Justia Militar e da Justia do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do MPU, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral;b) as revises criminais e as aes rescisrias de julgados seus ou dos juzes federais da regio;c) os mandados de segurana e oshabeas datacontra ato do prprio Tribunal ou de juiz federal;d) oshabeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competncia entre juzes federais vinculados ao Tribunal;II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juzes federais e pelos juzes estaduais no exerccio da competncia federal da rea de sua jurisdio.Os TRF instalaro a justia itinerante, com a realizao de audincias e demais funes da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdio, servindo-se de equipamentos pblicos e comunitrios. Os TRF podero funcionar descentralizadamente constituindo Cmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso justia em todas as fases do processo.A competncia dos juzes federais est enumerada na Carta Maior:I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem interessadas, na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho;II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Municpio ou pessoa domiciliada ou residente no Pas;III - as causas fundadas em tratado ou contrato da Unio com Estado estrangeiro ou organismo internacional;V - os crimes previstos em tratado ou conveno internacional, quando, iniciada a execuo no Pas, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o 5 deste artigo; 5 Nas hipteses de grave violao de direitos humanos, o Procurador-Geral da Repblica, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigaes decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poder suscitar, perante o Superior Tribunal de Justia, em qualquer fase do inqurito ou processo, incidente de deslocamento de competncia para a Justia Federal.VI - os crimes contra a organizao do trabalho e, nos casos determinados por lei, e os crimes contra o sistema financeiro e a ordem econmico-financeira;VIII - os mandados de segurana e oshabeas datacontra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competncia dos tribunais federais;IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competncia da Justia Militar;XI - a disputa sobre direitos indgenas.Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituir uma seo judiciria que ter por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.Justia do TrabalhoA Justia do Trabalho composta pelo: TST, TRT e juzes do trabalho.O TST compor-se- de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da Repblica aps aprovao pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:(a) 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exerccio, observado o quinto constitucional;(b) 4/5 dentre juzes dos TRT, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo prprio TST. 1 A lei dispor sobre a competncia do Tribunal Superior do TrabalhoFuncionaro junto ao TST:(a) A Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento de Magistrados, cabendo-lhe regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoo na carreira;(b) O Conselho Superior da Justia do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a superviso administrativa, oramentria e patrimonial da Justia do Trabalho de 1 e 2 graus, como rgo central do sistema e com poderes correicionais, cujas decises tero carter vinculante;Os TRT compem-se de, no mnimo, 7 juzes, recrutados, quando possvel, na respectiva regio, e nomeados pelo Presidente da Repblica dentre brasileiros com mais de 30 anos e menos de 65 anos, sendo:(a) 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exerccio, observado o quinto constitucional;(b) 4/5 mediante promoo de juzes do trabalho, sendo feita, alternativamente, por merecimento e por antiguidade.Art. 112. A lei criar varas da Justia do Trabalho, podendo, nas comarcas no abrangidas por sua jurisdio, atribu-la aos juzes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. Art. 113. A lei dispor sobre a constituio, investidura, jurisdio, competncia, garantias e condies de exerccio dos rgos da Justia do Trabalho. 1 Os Tribunais Regionais do Trabalho instalaro a justia itinerante, com a realizao de audincias e demais funes de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdio, servindo-se de equipamentos pblicos e comunitrios. 2 Os Tribunais Regionais do Trabalho podero funcionar descentralizadamente, constituindo Cmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado justia em todas as fases do processo. Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdio ser exercida por um juiz singular.Art. 114. Compete Justia do Trabalho processar e julgar:I - as aes oriundas da relao de trabalho, abrangidos os entes de direito pblico externo e da administrao pblica direta e indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; II - as aes que envolvam exerccio do direito de greve; III - as aes sobre representao sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV - os mandados de segurana,habeas corpusehabeas data, quando o ato questionado envolver matria sujeita sua jurisdio; V - os conflitos de competncia entre rgos com jurisdio trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 102, I, o: os conflitos de competncia entre o STJ e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre Tribunais Superiores e qualquer outro tribunal;VI - as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial decorrentes da relao de trabalho; VII - as aes relativas s penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos rgos de fiscalizao das relaes de trabalho; VIII - a execuo, de ofcio, das contribuies sociais patronais e as pagas pelo trabalhador sobre seu salrio de contribuio e seus acrscimos legais, decorrentes das sentenas que proferir; IX - outras controvrsias decorrentes da relao de trabalho, na forma da lei. O STF fixou entendimento que a Justia do Trabalho no tem competncia para julgar aes quanto a servidores pblicos estatutrios efetivos ou comissionados ou aqueles detentores de funo pblica tipo II necessidade temporria de excepcional interesse pblico.Tambm entende a Suprema Corte que a Justia do Trabalho competente para processar e julgar ao possessria ajuizada em decorrncia do exerccio do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. (Smula Vinculante 23)Segundo a Smula Vinculante 22: A Justia do Trabalho competente para processar e julgar as aes de indenizao por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda no possuam sentena de mrito em 1 grau quando da promulgao da EC 45/2004Ainda, o STF determinou que a Justia do Trabalho no tem competncia para julgar aes penais crimes contra a organizao do trabalho.A Carta Magna reconhece a arbitragem como meio de soluo de conflitos trabalhistas, desde que antes seja intentada a negociao entre as partes, ao dispor que, frustrada a negociao, as partes podero eleger rbitros. Recusando-se qualquer das partes negociao coletiva ou arbitragem, facultado s mesmas, de comum acordo, ajuizar dissdio coletivo de natureza econmica, podendo a Justia do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposies mnimas legais de proteo ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Ainda, em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de leso ao interesse pblico, o Ministrio Pblico do Trabalho poder ajuizar dissdio coletivo, competindo Justia do Trabalho decidir o conflito. Justia EleitoralSo rgos da Justia Eleitoral: o TSE, os TRE, os juzes eleitorais e as Juntas Eleitorais.O TSE compor-se-, no mnimo, 7 membros, escolhidos:1. Mediante eleio, pelo voto secreto:(a) 3 juzes dentre os Ministros do STF;(b) 2 juzes dentre os Ministros do STJ;2. Por nomeao, pelo Presidente da Repblica:(a) 2 juzes dentre 6 advogados de notvel saber jurdico e idoneidade moral, indicados pelo STF.O TSE eleger seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do STF, alm disso eleger o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do STJ.Haver um TRE na capital de cada estado e no DF. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-o:1. Mediante eleio, pelo voto secreto:(a) 2 juzes dentre os desembargadores do TJ;(b) 2 juzes dentre juzes de direito, escolhidos pelo TJ;2. Por nomeao, pelo Presidente da Repblica:(a) 2 juzes dentre 6 advogados de notvel saber jurdico e idoneidade moral, indicados pelo TJ;3. 1 juiz do TRF com sede na Capital do Estado ou no DF.Art. 121. Lei complementar dispor sobre a organizao e competncia dos tribunais, dos juzes de direito e das juntas eleitorais. 1 - Os membros dos tribunais, os juzes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exerccio de suas funes, e no que lhes for aplicvel, gozaro de plenas garantias e sero inamovveis. 2 - Os juzes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, serviro por 2 anos, no mnimo, e nunca por mais de dois binios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasio e pelo mesmo processo, em nmero igual para cada categoria. 3 - So irrecorrveis as decises do TSE, salvo as que contrariarem esta Constituio e as denegatrias dehabeas corpusou mandado de segurana. 4 - Das decises dos TRE somente caber recurso quando:I - forem proferidas contra disposio expressa desta Constituio ou de lei;II - ocorrer divergncia na interpretao de lei entre 2 ou mais tribunais eleitorais;III - versarem sobre inelegibilidade ou expedio de diplomas nas eleies federais ou estaduais;IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;V - denegaremhabeas corpus, mandado de segurana,habeas dataou mandado de injuno.Justia MilitarSo rgos da Justia Militar: o STM, os Tribunais Militares e os juzes militares institudos por lei.O STM compor-se- de 15 Ministros vitalcios, nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a indicao pelo Senado Federal, sendo escolhidos:(a) 3 dentre oficiais-generais da Marinha; (da ativa e do posto mais elevado da carreira)(b) 4 dentre oficiais-generais do Exrcito; (da ativa e do posto mais elevado da carreira)(c) 3 dentre oficiais-generais da Aeronutica; (da ativa e do posto mais elevado da carreira)(d) 5 dentre civis.Os Ministros Civis sero escolhidos pelo Presidente da Repblica dentre brasileiros com mais de 35 anos:(a) 3 dentre advogados de notrio saber jurdico e conduta ilibada com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional;(b) 2, por escolha paritria, dentre juzes auditores e membros do MPM.Art. 124. Justia Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.Pargrafo nico. A lei dispor sobre a organizao, o funcionamento e a competncia da Justia Militar.Justia EstadualArt. 125. Os Estados organizaro sua Justia, observados os princpios estabelecidos nesta Constituio. 1 - A competncia dos tribunais ser definida na Constituio do Estado, sendo a lei de organizao judiciria de iniciativa do Tribunal de Justia. 2 - Cabe aos Estados a instituio de representao de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituio Estadual, vedada a atribuio da legitimao para agir a um nico rgo. 3 A lei estadual poder criar, mediante proposta do Tribunal de Justia, a Justia Militar estadual(...). 6 O Tribunal de Justia poder funcionar descentralizadamente, constituindo Cmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado justia em todas as fases do processo. 7 O Tribunal de Justia instalar a justia itinerante, com a realizao de audincias e demais funes da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdio, servindo-se de equipamentos pblicos e comunitrios.Art. 126. Para dirimir conflitos fundirios, o Tribunal de Justia propor a criao de varas especializadas, com competncia exclusiva para questes agrrias. Pargrafo nico. Sempre que necessrio eficiente prestao jurisdicional, o juiz far-se- presente no local do litgio.

Quinto Constitucional1/5 dos lugares dos TRF, TJ, TST e TRT ser composto de membros do MP que varia de acordo com o rgo com mais de 10 anos de carreira e de advogados de notrio saber jurdico e de reputao ilibada com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional.A indicao ser em lista sxtupla pelos rgos de representao das respectivas classes, que encaminharo as indicaes ao tribunal respetivo, que formar lista trplice, enviando-a ao Chefe do Executivo que, nos 20 dias subsequentes, escolher 1 de seus integrantes para nomeao. Quadro didtico sobre Julgamento das autoridades