79796841 cartilha inss italo romano

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7/13/2019 79796841 Cartilha INSS Italo Romano http://slidepdf.com/reader/full/79796841-cartilha-inss-italo-romano 1/108 C ARTILHA ARTILHA ARTILHA ARTILHA DA P REVIDÊNCIA REVIDÊNCIA REVIDÊNCIA REVIDÊNCIA ( C ONCURSO ONCURSO ONCURSO ONCURSO  INSS INSS INSS INSS ) ANO 2012 ANO 2012 ANO 2012 ANO 2012 JEANE T. A. EDUARDO ITALO ROMANO EDUARDO 1

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  • CCCCARTILHA ARTILHA ARTILHA ARTILHA

    DDDDA A A A

    PPPPREVIDNCIAREVIDNCIAREVIDNCIAREVIDNCIA

    ((((CCCCONCURSOONCURSOONCURSOONCURSO INSSINSSINSSINSS))))ANO 2012ANO 2012ANO 2012ANO 2012

    JEANE T. A. EDUARDO

    ITALO ROMANO EDUARDO

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  • INTRODUOEsta cartilha versa sobre o Regime Geral de Previdncia Social. O RGPS o regime do qual participa qualquer pessoa que exera atividade remunerada. Assim, todo trabalhador da iniciativa privada obrigatoriamente segurado do RGPS e far jus aos seguintes benefcios: aposentadoria por tempo de contribuio, aposentadoria especial, aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, salrio-maternidade, salrio-famlia, auxlio-doena, auxlio-acidente, auxlio-recluso, penso por morte e aos seguintes servios: reabilitao profissional e servio social.

    Alm dos benefcios, abordaremos nesta cartilha, diversos temas estreitamente relacionados aos benefcios previdencirios tais como: prazos de carncia, perda da qualidade de segurado, forma de clculo do salrio-de-benefcio, renda mensal dos benefcios, documentos necessrios ao requerimento de um determinado benefcio, quem so os segurados e os dependentes, entre outros.

    Apresentaremos todo o contedo em forma de perguntas e respostas, pois assim propicia ao leitor responder mentalmente a pergunta antes mesmo de sua leitura e se por acaso responder de forma equivocada tem a chance de aprender e corrigir o erro imediatamente.

    Sem dvida um material para aqueles que querem lograr xito no prximo concurso do INSS.

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  • AUTORES

    talo Romano Eduardo Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, tendo ingressado no cargo em 2001, aps obter o 3 lugar na Bahia no concurso do ano 2000. Exerce, atualmente, suas atribuies na Delegacia da Receita Federal em Salvador/BA. No perodo de 1997 a 2000, ocupou o cargo de Tcnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, realizando auditoria em entidades governamentais. Formado em Engenharia Qumica, pela Universidade Federal da Bahia UFBA, possui ps-graduao na rea de Administrao Pblica. instrutor oficial da Previdncia, da ESAF e professor em vrios cursos preparatrios para concurso. Autor de vrios livros sobre Legislao Previdenciria.

    Jeane Tavares Arago Eduardo foi investida no cargo de Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil, aps obter o 5 lugar na Bahia no concurso efetuado em 2000. Atualmente, desempenha suas atribuies na Delegacia da Receita Federal em Salvador/BA. Em 1996 e 1997, exerceu o cargo de Tcnico de Finanas e Controle do Ministrio da Fazenda. No ano de 1997, foi aprovada em 1 lugar no concurso de Tcnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, onde realizava auditoria em oramentos e contas pblicas. formada em Engenharia Qumica pela Universidade Federal da Bahia UFBA. instrutora oficial da Previdncia, da ESAF. Autora de vrios livros sobre Legislao Previdenciria

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  • SUMRIO

    1. Conhecendo a Previdncia Social2. Beneficirios do RGPS3. Manuteno da Qualidade de Segurado4. Perda da Qualidade de Segurado5. Dependentes6. Inscrio7. Carncia8. Salrio-de-benefcio9. Fator Previdencirio10.Renda Mensal do Benefcio11.Aposentadoria por Invalidez12.Aposentadoria por Idade13.Aposentadoria por Tempo de Contribuio14.Aposentadoria Especial15.Auxlio-doena16.Salrio-famlia17.Salrio-maternidade18.Auxlio-acidente19.Penso por Morte20.Auxlio-recluso21.Habilitao e Reabilitao Profissional e Servio Social22.Justificao Administrativa23.Regras para Controle da Concesso e Pagamento de Benefcios

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  • 1. CONHECENDO A PREVIDNCIA SOCIAL

    1. Quais os regimes de previdncia social no Brasil?

    A previdncia social no Brasil composta dos seguintes regimes: Regime Geral de Previdncia Social RGPS; Regimes prprios de Previdncia Social dos servidores pblicos e

    dos militares; Regimes de Previdncia Complementar (oficial e privado).

    Agora, vamos conhecer em linhas gerais algumas caractersticas de cada um deles:

    Regime Geral de Previdncia Social : administrado pelo INSS, dele so segurados obrigatrios todos os trabalhadores da iniciativa privada, empregados pblicos regidos pela CLT, servidores temporrios, os ocupantes de cargo em comisso e os ocupantes de cargos efetivos no possuidores de regime prprio.

    R egimes prprios de previdncia social: so administrados pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e atendem ao servidor estatutrio, que ocupante de cargo efetivo da esfera federal, estadual, distrital ou municipal.

    R egimes de previdncia complementar oficiais: quando forem implementados sero administrados pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e sero obrigatrios para o servidor ocupante de cargo efetivo que ingressar no servio pblico aps a criao dos mesmos.

    R egimes de previdncia complementar privados: so geridos por instituies privadas e so abertos a qualquer pessoa que queira participar.

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  • Assim, podemos perceber que existem vrios regimes previdencirios: um regime especfico para os trabalhadores, em geral, do setor privado, regimes previdencirios prprios para servidores pblicos ocupantes de cargo efetivo, um regime complementar oficial para os servidores pblicos que ingressarem no servio aps a criao dos mesmos e, por fim, um regime complementar privado voltado para todos aqueles que queiram participar. No esquema a seguir, veremos resumidamente: os regimes, quem administra e seus filiados.

    2. Resumo

    3. Os servidores pblicos possuem seu prprio regime?

    Nem sempre. A Unio, os Estados e o Distrito Federal possuem regime prprio de previdncia, entretanto alguns Municpios no o possuem (na verdade a maioria deles). Assim, os servidores estatutrios ocupantes de cargo efetivo que no esto filiados a um regime prprio de previdncia, os servidores temporrios, os comissionados e os empregados pblicos devem ser obrigatoriamente filiados ao Regime Geral de Previdncia Social. Alm disso, o regime de previdncia

    REGIMESDE

    PREVIDNCIA

    Complementar Oficial

    RegimesPrprios

    RGPS Complementar Privado

    FILIADOS- trabalhadores da iniciativa privada;- servidores comissionados;- servidores temporrios;- empregados pblicos;- servidores ocupantes de cargo efetivo no possuidores de regime prprio.

    FILIADOSServidores ocupantes de cargo efetivo.

    FILIADOSServidores ocupantes de cargo efetivo.

    FILIADOSQualquer pessoa interessada. No h restrio.

    Administrado pelo INSS

    Administrado pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios que possuem.

    Administrado pelos fundos de

    previdncia privada (Banco do Brasil, Unibanco e outros).

    Administrado pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios quando criarem.

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  • complementar a ser criado pela Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio ser facultativo para os servidores ocupantes de cargo efetivo que tiverem ingressado no servio pblico antes da data da publicao do ato de sua instituio e obrigatria para os que ingressarem aps aquela data.** Um regime de previdncia social aquele que garante no mnimo os benefcios aposentadoria e penso por morte.

    4. Quais os atos normativos que regem os benefcios do RGPS?

    Em primeiro lugar, a Constituio Federal de 1988 norteia as demais normas que versam sobre o assunto, estabelecendo as premissas, os objetivos e as diretrizes para a Previdncia Social (Ttulo VIII, Da Ordem Social, artigos 201 e 202).

    A Lei n. 8.213/91 que trata dos benefcios da previdncia social.

    O Decreto no 3.048/99, tambm chamado de Regulamento da Previdncia

    Social, em seus artigos 1o a 193 dispem sobre o Regime Geral de Previdncia Social e seus benefcios, e ser a nossa principal referncia nesta cartilha.

    A Instruo Normativa n. 11/2006, que detalha tudo que contm no Decreto

    no 3.048/99, e estabelece os procedimentos que devem ser adotados pelos funcionrios que trabalham no atendimento aos beneficirios nas agncias da Previdncia Social.

    5. Quais as caractersticas do RGPS?

    O Regime Geral de Previdncia Social RGPS um sistema de carter contributivo e de filiao obrigatria.

    A organizao do RGPS deve observar critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial. A cincia atuarial baseia-se em tcnicas matemticas,

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  • estatsticas e probabilsticas e, no caso de um sistema previdencirio, preocupa-se com o equilbrio de receitas e despesas a longo prazo.

    O Regime Geral de Previdncia Social, segundo a Constituio Federal, garante as seguintes situaes de risco social:

    1. cobertura de eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada;2. proteo maternidade, especialmente gestante;3. salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados de

    baixa renda; 4. penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou

    companheiro e dependentes;5. proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio.

    O seguro-desemprego na prtica, no est relacionado ao RGPS. A fonte de custeio do seguro-desemprego o Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT, administrado pelo Ministrio do Trabalho.

    O sistema contributivo do RGPS de repartio e no de capitalizao.

    6. O seguro-desemprego est relacionado de que forma ao RGPS?

    A proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio est garantida no inciso III do artigo 201 da Constituio Federal pela previdncia social, entretanto, na prtica, este auxlio no coberto pelo Regime Geral de Previdncia Social. O seguro-desemprego financiado por recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) administrado pelo Ministrio do Trabalho. Assim, se voc estiver desempregado, dirija-se a Delegacia Regional do Trabalho mais prxima e informe-se dos seus direitos.

    7. Quais os benefcios e servios oferecidos pelo RGPS?

    Como j vimos anteriormente, a Previdncia Social uma forma de proteo social que visa propiciar meios manuteno do segurado e de sua famlia nas

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  • situaes de maternidade, acidente, doena, incapacidade, invalidez, priso, idade avanada, tempo de contribuio, morte, alm de reabilitao profissional.

    As prestaes do Regime Geral de Previdncia Social esto divididas em benefcios e servios, sendo classificadas relativamente aos seus beneficirios diretos, os segurados e os dependentes, da seguinte forma:

    QUANTO AO SEGURADO

    APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO

    APOSENTADORIA POR IDADE

    APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

    APOSENTADORIA ESPECIAL

    AUXLIO-DOENA

    AUXLIO-ACIDENTE

    SALRIO-MATERNIDADE

    SALRIO-FAMLIA

    i.

    QUANTO AO DEPENDENTE

    AUXLIO-RECLUSO

    PENSO POR MORTE

    QUANTO AO SEGURADO E AO DEPENDENTE

    REABILITAO PROFISSIONAL

    SERVIO SOCIAL

    O RGPS, portanto, abrange um total de dez benefcios previdencirios e dois servios.

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  • 8. O que est garantido na Constituio em relao ao RGPS?

    A Constituio Federal estabelece garantias que visam sade financeira do sistema e salvaguardam os interesses dos segurados. Listaremos, a seguir, as principais garantias constitucionais:1. Proibio de critrios diferenciados para a concesso de benefcios:

    No permitida a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica e quando se tratar de segurados portadores de deficincia, definidos em lei complementar.

    2. Valor mnimo para os benefcios: Nenhum benefcio que substitua o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segurado ter valor mensal inferior ao salrio-mnimo.

    3. Atualizao do valor dos benefcios: Todos os salrios de contribuio considerados para o clculo de benefcio devero ser devidamente atualizados, na forma da lei. Essa atualizao se dar pelo INPC.

    4. Proibio a filiao do participante de regime prprio: proibida a filiao ao Regime Geral de Previdncia Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime prprio de previdncia.

    5. Dcimo-terceiro salrio: A legislao denomina de abono anual o que conhecemos por dcimo-terceiro salrio dos trabalhadores que esto em atividade. O abono anual devido ao segurado que durante o ano recebeu auxlio-doena, auxlio-acidente, aposentadoria e salrio-maternidade, bem como ao dependente que, no mesmo perodo, fez jus penso por morte ou auxlio-recluso. O nico benefcio que no enseja o pagamento de abono anual o salrio-famlia.

    6. Contagem recproca do tempo de contribuio: Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recproca do tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural e urbana, hiptese em

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  • que os diversos regimes de previdncia social se compensaro financeiramente, segundo critrios estabelecidos em lei, para que, por exemplo, uma pessoa que contribuiu 10 anos para o RGPS como engenheiro de uma indstria e, que posteriormente, passou num concurso de Auditor Federal, tendo pedido demisso do primeiro emprego, tenha suas contribuies para o RGPS aproveitadas e contadas como tempo de contribuio pelo regime prprio dos servidores pblicos federais.

    9. Incorporao dos ganhos habituais do empregado: Os ganhos habituais do empregado, sob qualquer denominao, como as gorjetas, por exemplo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente repercusso em benefcios.

    10. Cobertura do risco de acidente do trabalho: A Constituio autoriza a criao de uma lei para disciplinar a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdncia Social e pelo setor privado. Atualmente, o seguro acidente de trabalho garantido exclusivamente pelo RGPS.

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  • 2. BENEFICIRIOS DO RGPS

    9. Q uem so os beneficirios do RGPS?

    Os beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social so divididos em segurados e dependentes. Os segurados so pessoas fsicas com idade mnima de 16 anos, que podem ser obrigatrio ou facultativamente filiados ao RGPS. No primeiro caso, a determinao de ser segurado decorre da lei, no segundo, provm de livre opo do indivduo. J os dependentes so as pessoas listadas pela lei previdenciria.

    BENEFICIRIOS SEGURADOS

    DEPENDENTES

    10.Existe uma idade mnima para ser segurado do regime?

    Sim. Os segurados so pessoas fsicas vinculadas Previdncia Social, sendo imprescindvel terem no mnimo dezesseis anos de idade.

    11.E xiste alguma exceo quanto a idade mnima?

    Sim. O menor aprendiz tem como idade mnima 14 anos e no 16 anos. O menor aprendiz segurado do RGPS na condio de segurado empregado.

    12.Q uem so os segurados obrigatrios?

    Os segurados obrigatrios so as pessoas maiores de dezesseis anos que exercem atividade remunerada, no importando se a atividade de natureza urbana ou rural, exercida de forma contnua ou intermitente, com ou sem vnculo empregatcio.

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  • Os segurados obrigatrios esto divididos nas seguintes categorias: empregado; empregado domstico; contribuinte individual;

    trabalhador avulso; e segurado especial.

    13.Resumo dos beneficirios do RGPS

    Podemos resumir estas informaes atravs do esquema a seguir:

    DEPENDENTES

    OBRIGATRIOS

    EMPREGADO DOMSTICO

    EMPREGADO

    CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

    TRABALHADOR AVULSO

    SEGURADO ESPECIAL

    FACULTATIVOS

    SEGURADOS

    BENEFICIRIOS

    14.Quem so os segurados facultativos?

    Os segurados facultativos so pessoas que se filiam Previdncia Social por livre opo, a fim de garantir, em caso de contingncias futuras (velhice, morte, maternidade, recluso, acidente, doena), os benefcios previdencirios.

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  • Para ser segurado facultativo, a pessoa no pode exercer atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatrio, alm disso, deve contar com a idade mnima de 16 anos e no pode ser participante de regime prprio de previdncia social. A filiao na qualidade de segurado facultativo representa um ato voluntrio gerando efeitos somente a partir da inscrio e do primeiro recolhimento, no podendo retroagir e no sendo permitido o pagamento de contribuies relativas ao perodo anterior data da inscrio.

    proibida a filiao ao Regime Geral de Previdncia Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime prprio de previdncia social, exceto na hiptese de afastamento sem vencimento e desde que no seja permitida, nesta condio, contribuio ao respectivo regime prprio. Dessa forma, um servidor pblico ocupante de cargo efetivo que contribui para um regime prprio de previdncia, no pode contribuir facultativamente para o RGPS.

    Em resumo, o ato de filiar-se facultativamente pressupe trs requisitos: ter idade mnima de dezesseis anos; no exercer atividade que exija filiao obrigatria; no ser participante de regime prprio de previdncia social.

    15.Q uem pode ser segurado facultativo?

    Podem filiar-se facultativamente, entre outros: a) a dona-de-casa;b) o sndico de condomnio, quando no remunerado;c) o estudante; d) o brasileiro que acompanha cnjuge que presta servio no exterior;e) o desempregado;f) o bolsista e estagirio que prestam servios a empresa de acordo com a

    Lei no 6.494, de 1977;

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  • g) o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especializao, ps-graduao, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que no esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social;h) presidirio que no exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdncia social; i) o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdencirio de pas com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; ej) o segurado recolhido priso sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condio, preste servio, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediao da organizao carcerria ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta prpria.

    16.P ode algum ser segurado do RGPS e de outro regime de previdncia social?

    Pode. Lembre-se de que os servidores pblicos com regime prprio de previdncia social no esto abrangidos pelo RGPS, exceto na situao de exerccio de uma atividade paralela no ligada a regime prprio, como, por exemplo, o caso de um Auditor Federal que leciona noite numa faculdade particular. Observe que, com relao a esta ltima atividade, ele vinculado ao RGPS e dever contribuir obrigatoriamente para a Previdncia Social fazendo jus por conseqncia aos benefcios, mesmo j contribuindo para um regime prprio.

    17.P ode um servidor, participante de regime prprio contribuir facultativamente para o RGPS?

    No. O servidor que possui regime prprio s contribuir para o RGPS como segurado obrigatrio no caso de exercer uma atividade paralela, conforme respondemos na questo anterior, entretanto existe apenas uma exceo que o caso deste servidor se afastar do trabalho atravs de licena sem vencimento.

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  • Nessa situao, ele poder contribuir facultativamente para o RGPS, desde que no seja permitida a sua contribuio para o regime prprio ao qual filiado.

    18.Q uem exerce atividades concomitantes sujeitas ao RGPS pode escolher para a qual vai contribuir?

    No. Se a pessoa exerce, por exemplo, a atividade de engenheiro civil em uma construtora e exerce atividade de ensino numa escola particular, vai ter contribuir em relao s duas atividades, sendo que vai ser respeitado o valor do teto mximo do RGPS que atualmente de R$ 3.691,74 (Valor atualizado pela Portaria MPS/MF n. 407/2011). No importa, por exemplo, se o segurado empregado em uma empresa e presta servios em outra na condio de contribuinte individual, vai contribuir com relao a ambas atividades com observncia do limite mximo para contribuio. O exerccio de atividade remunerada torna a filiao ao Regime Geral de Previdncia Social obrigatria, assim, aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdncia Social RGPS obrigatoriamente filiado em relao a cada uma dessas atividades.

    19.O aposentado pelo RGPS que permanece ou retorna atividade deve contribuir?

    Sim. Uma pessoa aposentada pelo Regime Geral de Previdncia Social, se permanecer no trabalho ao voltar a exercer atividade abrangida por este regime, torna-se, novamente, segurado obrigatrio da Previdncia Social.

    20.O aposentado que permanece ou retorna atividade tem direito a todos os benefcios previdencirios?

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  • No. O aposentado que permanece ou retorna atividade somente tem direito ao salrio-famlia, salrio-maternidade e ao servio social e de reabilitao profissional.

    21.Q uem segurado do RGPS na condio de empregado?

    a pessoa fsica que presta servios de natureza urbana ou rural, subordinada s ordens de um empregador e que em contrapartida recebe uma remunerao.

    Pressupostos bsicos:a) Pessoalidade: Trabalho realizado pelo prprio empregado contratado e no

    por outro.b) No-Eventualidade: Prestao de servio de natureza no eventual. c) Subordinao: Prestar servio com obedincia s ordens do empregador.d) Onerosidade: Receber remunerao pelo servio prestado.

    Veremos a seguir alguns casos de pessoas fsicas consideradas empregados pelo Regulamento da Previdncia Social:1. Aquele que presta servio de natureza urbana ou rural a empresa, em carter no eventual, sob sua subordinao e mediante remunerao, inclusive como diretor empregado. O diretor empregado aquele que, participando ou no do risco econmico do empreendimento, contratado ou promovido para cargo de direo das sociedades annimas, mantendo as caractersticas inerentes relao de emprego.Exemplo:

    Servio de natureza urbana: secretria, engenheiro, administrador. Servio de natureza rural: vaqueiro, tratador de leite numa fazenda que

    comercializa leite e derivados.

    2. O trabalhador temporrio, por prazo no superior a trs meses, prorrogvel, que presta servio para atender a necessidade transitria de substituio de pessoal

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  • regular e permanente ou a acrscimo extraordinrio de servio de outras empresas, na forma da legislao prpria.Exemplo:

    Balconistas contratados por lojas no perodo natalino, funcionrios de hotis contratados no perodo de alta temporada.

    3. O bolsista e o estagirio que prestam servios a empresa, em desacordo com a

    Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008.

    Exemplo: Estudante contratado como estagirio por uma empresa sem a

    observncia de convnio com a instituio de ensino.

    4. O servidor da Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio, includas suas autarquias e fundaes, ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao.Exemplo:

    Assessores de deputados e de senadores, ocupantes exclusivamente de cargos comissionados.

    5. O servidor do Estado, Distrito Federal ou Municpio, bem como o das respectivas autarquias e fundaes, ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, no esteja amparado por regime prprio de previdncia social. Exemplo:

    Os servidores de uma prefeitura que no possui regime prprio de previdncia social so filiados obrigatoriamente ao RGPSl.

    6. O servidor contratado pela Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio, bem como pelas respectivas autarquias e fundaes, por tempo determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico.Exemplo:

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  • Pessoas contratadas pela Unio, Estado ou Prefeitura por um dado perodo para fazer recenseamento ou para o controle de epidemias.

    7. O servidor da Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio, includas suas autarquias e fundaes, ocupante de emprego pblico.Exemplo:

    Os servidores das agncias nacionais (petrleo, energia, etc.) contratados sob o regime celetista.

    22.Q uem empregado domstico para a previdncia social?

    aquele que presta servio de natureza contnua, sem finalidade lucrativa pessoa ou famlia no mbito residencial destas. Dessa forma, a cozinheira, o mordomo, o caseiro, o motorista, so considerados pelo RGPS como empregados domsticos. Observe que a legislao no considera empregado domstico a pessoa que executa atividades relacionadas manuteno do prprio lar, tais como cozinhar, para o prprio cnjuge ou companheiro, pais ou filhos, bem como o trabalhador que presta servio pessoa ou famlia, no mbito residencial destas, eventualmente e sem fins lucrativos, em atividades de limpeza e conservao, como diaristas, jardineiros, pintores, eletricistas, bombeiros hidrulicos. Estes so considerados contribuintes individuais, pois nesse caso no h continuidade dos servios prestados, caracterstica essencial caracterizao do empregado domstico.

    23.A diarista considerada empregada domstica?

    No. A diarista presta servio de natureza descontnua enquanto o empregado domstico de natureza contnua. A diarista tambm segurada do RGPS, s que em outra categoria, a de contribuinte individual.

    24.Q uem contribuinte individual para a previdncia social?

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  • a pessoa fsica que recolhe individualmente, por conta prpria, suas contribuies, sendo que se o contribuinte individual prestar servios a empresas em geral, o desconto e recolhimento da sua contribuio caber prpria empresa.

    Veremos a seguir alguns exemplos de pessoas fsicas consideradas contribuintes individuais pelo Regulamento da Previdncia Social:

    a) o titular de firma individual urbana ou rural;b) o diretor no empregado e o membro de conselho de administrao na sociedade annima;c) todos os scios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indstria;d) o scio gerente e o scio cotista que recebam remunerao decorrente de seu trabalho e o administrador no empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural;e) o associado eleito para cargo de direo em cooperativa, associao ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o sndico ou administrador eleito para exercer atividade de direo condominial, desde que recebam remunerao;f) quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego;g) a pessoa fsica que exerce, por conta prpria, atividade econmica de natureza urbana, com fins lucrativos ou no (como, por exemplo, um contador que presta servios a vrias empresas);h) o condutor autnomo de veculo rodovirio, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem vnculo empregatcio, quando proprietrio, co-proprietrio ou promitente comprador de um s veculo ( o caso, por exemplo, do taxista);i) o cooperado de cooperativa de produo que, nesta condio, presta servio sociedade cooperativa mediante remunerao ajustada ao trabalho

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  • executado (tanto o cooperado associado cooperativa de produo ou cooperativa de trabalho, como o dirigente da cooperativa so enquadrados na categoria de contribuintes individuais);j) aquele que, pessoalmente, por conta prpria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pblica ou de porta em porta, como comerciante ambulante;l) aquele que presta servio de natureza no contnua, por conta prpria, a pessoa ou famlia, no mbito residencial desta, sem fins lucrativos. Nesta ltima situao enquadra-se a diarista que presta servios de limpeza, bem como uma pessoa que prepara comida congelada para uma famlia, sem fins lucrativos e de forma no contnua.

    25.Q uem trabalhador avulso para a previdncia social?

    Entende-se por avulso todo trabalhador sem vnculo empregatcio que, sindicalizado ou no, presta servio de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, com a intermediao obrigatria do rgo gestor de mo-de-obra ou do sindicato da categoria.Portanto, so caractersticas do trabalho avulso: a curta durao dos servios prestados ao tomador dos mesmos, remunerao paga atravs de rateio procedido pelo sindicato e a necessidade da participao do sindicato ou do rgo Gestor de Mo-de-Obra OGMO na intermediao da mo-de-obra.

    So considerados trabalhadores avulsos: trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive

    carvo e minrio; trabalhador que exerce atividade porturia de capatazia, estiva, conferncia

    e conserto de carga, vigilncia de embarcao e bloco; trabalhador em alvarenga (embarcao para carga e descarga de navios); amarrador de embarcao; ensacador de caf, cacau, sal e similares; trabalhador na indstria de extrao de sal;

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  • carregador de bagagem em porto; prtico de barra em porto; guindasteiro; classificador, movimentador e empacotador de mercadorias em portos.

    26.Q uem segurado especial para a previdncia social?

    A Previdncia Social considera segurado especial: como segurado especial: a pessoa fsica residente no imvel rural ou em aglomerado urbano ou rural prximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxlio eventual de terceiros, na condio de: a) produtor, seja ele proprietrio, usufruturio, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatrio ou arrendatrio rurais, que explore atividade: 1. agropecuria em rea contnua ou no de at quatro mdulos fiscais; ou 2. de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extrao, de modo sustentvel, de recursos naturais renovveis, e faa dessas atividades o principal meio de vida; b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faa da pesca profisso habitual ou principal meio de vida; e c) cnjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, tenham participao ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

    22

  • 3. MANUTENO DA QUALIDADE DE SEGURADO

    27.S e uma pessoa parar de contribuir, ela automaticamente deixa de ser segurado do RGPS?

    No. Relacionamos a seguir as situaes em que uma pessoa filiada Previdncia Social mantm a sua qualidade de segurado, mesmo no efetuando o recolhimento de contribuies. A depender da situao o segurado preservar seus direitos para com o INSS durante um certo intervalo temporal. Esse perodo de tempo durante o qual a pessoa mantm a qualidade do segurado, mesmo sem estar contribuindo para a Previdncia Social, chamado de perodo de graa.

    1a situao: Gozo de benefcio

    Quando o segurado est em gozo de benefcio, ele mantm a qualidade de segurado sem limite de prazo, enquanto durar o benefcio. Esse o nico caso em que no h prazo definido para a durao do perodo de graa.

    2a situao: Licena sem remunerao ou suspenso do empregado ou cessao de benefcio por incapacidade ou desempregoSe um segurado obrigatrio estiver desempregado, suspenso da empresa onde trabalha, esteja gozando de uma licena sem remunerao ou caso tenha havido cessao do recebimento de benefcio por incapacidade, ele conserva todos os seus direitos perante o INSS, independentemente de contribuir, por at 12 meses aps a cessao das contribuies ou aps a cessao do benefcio por incapacidade. Se tiver, pago mais de 120 contribuies poca, este prazo ser dilatado para 24 meses.Comprovando o segurado estar em situao de desemprego e tendo mais de 120 contribuies o prazo de 24 meses ser aumentado em mais 12 meses, totalizando 36 meses. Entretanto, se tiver menos de 120 contribuies, o prazo inicial de 12 meses ser adicionado em mais 12 meses, totalizando 24 meses. Nessa situao tambm se enquadra um segurado que se desvincular de regime prprio de previdncia social.

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  • 3a situao: Segregao compulsria

    O segurado acometido de doena que necessite de isolamento obrigatrio conserva sua qualidade de segurado por at 12 meses, aps cessar a segregao. Doena de segregao compulsria o tipo de doena epidemiolgica para qual a vigilncia sanitria obriga o isolamento a fim de evitar o contgio. Por exemplo, o portador da gripe aviria.

    4a situao: Deteno

    O segurado detido ou recluso conserva sua qualidade de segurado por at 12 meses, aps o livramento.

    5a situao: Foras Armadas

    O segurado incorporado s Foras Armadas para prestar servio militar conserva sua qualidade de segurado por at 3 meses aps o licenciamento.

    6a situao: Segurado facultativo

    O segurado facultativo conserva sua qualidade de segurado por at 6 meses aps a cessao das contribuies. Uma observao importante que o segurado facultativo, aps a cessao do benefcio por incapacidade, no ter o perodo de graa dilatado para 12 meses.

    A tabela a seguir resume essas situaes:

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  • SITUAO DO SEGURADO MANUTENO DA QUALIDADE DE SEGURADO

    1. Em gozo de benefcio. Sem lim ite de prazo.

    2. O segurado que deixar de exercer atividade rem unerada abrangida pela previdncia social ou estiver suspenso ou licenciado sem rem unerao.

    At doze m eses aps a cessao de benefcio por incapacidade ou aps a cessao das contribuies.

    3. O segurado acom etido de doena de segregao com pulsria.

    At doze m eses aps cessar a segregao.

    4. O segurado detido ou recluso. At doze m eses aps o livram en to.

    5. O segurado incorporado s Foras Arm adas para prestar servio m ilitar.

    At trs m eses aps o licenciam ento.

    6. O segurado facultativo. At seis m eses aps a cessao das con tribuies.

    Nota: A segunda situao contempla a circunstncia de desemprego do segurado, o fluxograma a seguir demonstra esse caso de forma simplificada:

    O segurado na 2 SITUAO

    Prazo de 12 MESES

    Qualidade

    Segurado

    Menos de 120 contribuies Prazo permanece

    12 MESES

    Mais de 120 contribuies Prazo aumenta para

    24 MESES

    Estando DEMPREGADO Prazo aumenta para

    24 MESES

    Estando DEMPREGADO Prazo aumenta para

    36 MESES

    28. O segurado facultativo pode recolher contribuies em atraso?

    No. A filiao na qualidade de segurado facultativo representa um ato voluntrio gerando efeitos somente a partir da inscrio e do primeiro recolhimento, no podendo retroagir e no sendo permitido o pagamento de contribuies relativas a competncias anteriores data da inscrio. Entretanto, aps a inscrio, o segurado facultativo somente poder recolher contribuies em atraso quando no

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  • tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, ou seja, at 6 meses aps a cessao das contribuies.

    29.Durante o perodo de graa pode ser concedido algum benefcio?

    Sim. Durante o perodo de graa, o segurado conserva os seus direitos perante a previdncia social, podendo solicitar benefcios, exceo do salrio-famlia.

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  • 4. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

    30.O que ocorre quando a pessoa perde a qualidade de segurado?

    A perda da qualidade de segurado importa na caducidade dos direitos do mesmo. Ou seja, o segurado deixa de ter direito aos benefcios previdencirios.

    31.E m que data ocorre a perda da qualidade de segurado?

    A perda da qualidade de segurado ocorrer no dia seguinte ao do trmino do prazo fixado para recolhimento da contribuio do contribuinte individual referente ao ms imediatamente posterior ao final do prazo previsto para manuteno da referida qualidade. O prazo para o recolhimento da contribuio do contribuinte individual at o dia 15 do ms posterior ao da prestao de servios, prorrogando-se o vencimento para o primeiro dia til aps essa data quando no houver expediente bancrio no dia quinze. Vamos visualizar isso atravs de um exemplo: se um empregado perdeu a qualidade de segurado, em abril de 2003, a data em que ser computada esta perda ser o dia de vencimento para o recolhimento da competncia imediatamente posterior a abril de 2003, ou seja, 16 de junho de 2003, que o dia seguinte ao vencimento da competncia de maio de 2003. Dessa forma, o segurado perde essa qualidade, na prtica, em aproximadamente um ms e dezesseis dias aps o esgotamento dos prazos previstos no Captulo de Manuteno da Qualidade de Segurado, que elencamos novamente a seguir:

    at 12 meses aps a cessao de benefcios por incapacidade ou estiver suspenso ou licenciado sem remunerao;

    at 12 meses aps a cessao das contribuies, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdncia Social;

    at 12 meses aps cessar a segregao, para o segurado acometido de doena de segregao compulsria;

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  • at 12 meses aps o livramento do segurado detido ou recluso; at 3 meses aps o licenciamento do segurado incorporado s Foras

    Armadas para prestar servio militar; e at 6 meses aps a cessao das contribuies do segurado

    facultativo.

    32.O correndo a perda da qualidade de segurado, a pessoa deixa de ter direito a receber todo e qualquer benefcio?

    No. A perda da qualidade de segurado no prejudica o direito aposentadoria por tempo de contribuio, especial e por idade para a qual o segurado tenha preenchido todos os requisitos para a sua concesso, de acordo com a legislao em vigor poca.

    33.N o caso de morte da pessoa que perdeu a qualidade de segurado como fica a situao dos dependentes quanto penso?

    No ser concedida penso por morte aos dependentes do segurado que falecer aps a perda desta qualidade, salvo se antes do falecimento tiverem sido preenchidos todos os requisitos para obteno de aposentadoria. Em outras palavras, se o falecido j tinha cumprido os requisitos para obteno da aposentadoria e no a solicitou, seus dependentes fazem jus ao benefcio penso por morte.

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  • 5. DEPENDENTES

    34.Q uem so os dependentes dos segurados do RGPS?

    Os dependentes so beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social que dependem economicamente do segurado. Os segurados filiados ao RGPS podem ter como dependentes as seguintes pessoas elencadas na tabela a seguir:

    Classe Dependentes1 o cnjuge, a companheira, o companheiro e o

    filho no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

    2 os pais.

    3 o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido ou que tenha deficincia intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

    35.O dependente tambm pode ser segurado?

    Sim. Os dependentes podem, tambm, ser segurados, que a situao de serem filiados ao RGPS obrigatoriamente em razo do exerccio de atividade remunerada, ou facultativamente. Assim, a viva de um segurado, que aposentada pelo RGPS, recebe tambm a penso deixada pelo marido, na

    29

  • condio de dependente, e o benefcio da aposentadoria, na condio de segurada.

    36.Q uais so as prestaes previdencirias que os dependentes tm direito?

    Os dependentes tm direito, a dois benefcios: penso por morte e auxlio-recluso, bem como a dois servios: reabilitao profissional e servio social.

    37.O benefcio pode ser concedido aos dependentes em mais de uma classe?

    No. A existncia de dependente numa classe exclui do direito s prestaes os das classes seguintes. Isso quer dizer que, tendo sido concedido um benefcio aos dependentes de uma determinada classe os dependentes das classes subsequentes nada recebem.

    38.Os dependentes da primeira classe tm que comprovar dependncia econmica?

    No. Existe uma diferena entre os dependentes da primeira classe, que so tambm denominados de preferenciais, para os das classes subsequentes. A

    dependncia econmica dos dependentes da 1a classe presumida, ou seja, est implcito que eles necessitam da renda do segurado para o seu sustento, enquanto a dependncia das demais classes deve ser comprovada.

    39.Os enteados podem ser dependentes ?

    importante ressaltar que os enteados e o menor sob tutela podem ser equiparados a filhos, desde que sejam cumpridas algumas condies:

    apresentao de uma declarao escrita do segurado; comprovao de dependncia econmica; e

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  • no caso do menor sob tutela, desde que no possua bens aptos a garantir-lhe o sustento e a eduo.

    40.Os dependentes da 2 e da 3 classe devem comprovar dependncia econmica?

    Sim.

    41.C omo se comprova dependncia econmica?

    Para comprovao da dependncia econmica, devem ser apresentados no mnimo trs dos seguintes documentos:

    1) certido de nascimento de filho havido em comum;2) certido de casamento religioso;3) declarao do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;4) disposies testamentrias;5) anotao constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, feita pelo rgo competente;6) declarao especial feita perante tabelio;7) prova de mesmo domiclio;8) prova de encargos domsticos evidentes e existncia de sociedade ou comunho nos atos da vida civil;9) procurao ou fiana reciprocamente outorgada;10) conta bancria conjunta;11) registro em associao de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado;12) anotao constante de ficha ou livro de registro de empregados;13) aplice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiria;

    31

  • 14) ficha de tratamento em instituio de assistncia mdica, da qual conste o segurado como responsvel;15) escritura de compra e venda de imvel pelo segurado em nome de dependente;16) declarao de no emancipao do dependente menor de vinte e um anos; ou

    17) quaisquer outros que possam levar convico do fato a comprovar.

    42.Qu em considerado companheiro(a) para o INSS?

    Companheira ou companheiro considerado a pessoa que mantenha unio estvel com o segurado ou segurada. Por sua vez, unio estvel aquela verificada entre o homem e a mulher.

    43.C omo posso comprovar unio estvel?

    Para comprovao da unio estvel e dependncia econmica devem ser apresentados, no mnimo, trs dos seguintes documentos:

    1) declarao de Imposto de Renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;

    2) disposies testamentrias; 3) declarao especial feita perante tabelio (escritura pblica declaratria

    de dependncia econmica); 4) prova de mesmo domiclio; 5) prova de encargos domsticos evidentes e existncia de sociedade ou

    comunho nos atos da vida civil; 6) procurao ou fiana reciprocamente outorgada; 7) conta bancria conjunta; 8) registro em associao de classe, onde conste o interessado como

    dependente do segurado; 9) anotao constante de ficha ou livro de registro de empregados;

    32

  • 10)aplice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiria;

    11)ficha de tratamento em instituio de assistncia mdica da qual conste o segurado como responsvel;

    12)escritura de compra e venda de imvel pelo segurado em nome do dependente;

    13)quaisquer outros documentos que possam levar convico do fato a comprovar.

    44.O INSS reconhece a unio entre homossexuais?

    Sim, por fora de deciso judicial proferida na Ao Civil Pblica no 2000.71.00.009347-0 fica reconhecido o direito penso por morte e ao auxlio-recluso para o companheiro ou companheira homossexual do segurado. Dessa forma, o companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS passa a integrar o rol dos dependentes e, desde que comprovada a unio estvel, concorrem, para fins de penso por morte e de auxlio-recluso, com os dependentes preferenciais.

    45.O dependente perde esta qualidade em algum momento?

    Sim. Normalmente, a qualidade de dependente perdida nas seguintes situaes em geral:

    alcance da idade mxima de 21 anos, para filho e irmo; cessao da invalidez, para o invlido; levantamento da interdio pelo juiz do dependente com deficincia

    intelectual ou mental, absoluta ou relativamente incapaz; ou falecimento.

    Vale ressaltar que o filho e o irmo invlido perdero a qualidade de dependente ao se emanciparem, exceto se a emancipao provier de colao de grau cientfico em curso de ensino superior.

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  • 46.Em que casos o dependente pode se emancipar?

    O Cdigo Civil Brasileiro estabelece que a menoridade cessa aos dezoito anos completos, ficando a pessoa habilitada prtica de todos os atos da vida civil. O Cdigo tambm prev situaes, as quais listamos abaixo, em que mesmo o menor no tendo completado 18 anos estar habilitado para os atos da vida civil:

    concesso dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pblico, independentemente de homologao judicial, ou por sentena do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

    casamento;

    exerccio de emprego pblico efetivo; pela colao de grau em curso de ensino superior; pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao de

    emprego, desde que, em funo deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia prpria.

    47.C omo o cnjuge perde a qualidade de dependente?

    Pela anulao do casamento, pelo bito ou pelo divrcio, enquanto no lhe for assegurada prestao de alimentos.

    48.C omo o companheiro(a) perde a qualidade de dependente?

    Pelo bito ou pela cessao da unio estvel com o segurado ou segurada, enquanto no lhe for garantida a prestao de alimentos.

    49.O que significa receber prestao de alimentos?

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  • Quer dizer que se um segurado se separa de sua esposa ou de sua companheira e tiver a obrigao de pagar penso alimentcia, ela continua sendo sua dependente de 1 classe, mesmo que ele tenha se casado novamente ou tenha outra companheira. A penso alimentcia evidencia a dependncia econmica de quem a recebe.

    50.C omo o filho e o irmo perdem a qualidade de dependente?

    Ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se invlidos, ou pela emancipao, ainda que invlido, exceto, neste caso, se a emancipao for decorrente de colao de grau cientfico em curso de ensino superior.

    O novo Cdigo Civil Brasileiro, em vigor a partir de janeiro de 2003, estabelece que a menoridade acaba aos 18 anos de idade. Entretanto, a Casa Civil da

    Presidncia da Repblica emitiu nota SAJ no 42/2003 MF dispondo a favor da permanncia do direito penso para os filhos, bem como as pessoas a eles equiparadas ou os irmos que no se emanciparam e que, apesar de j serem maiores, no completaram a idade de vinte e um anos. O novo Cdigo Civil, portanto, nada alterou neste aspecto a legislao previdenciria. Assim, o filho e o irmo com idade entre 18 e 21 anos, j so maiores de idade, mas mantm a qualidade de dependentes do segurado para o RGPS.

    51.U m segurado falece, sendo que era casado e deixou dois filhos um com 23 e o outro com 8 anos de idade. De que forma o valor da penso de R$ 1.000,00 ser distribuda entre os dependentes?

    A penso no valor de R$ 1.000,00 vai ser distribuda entre seus dependentes da seguinte forma:

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  • Dependente Penso

    Comentrio

    Esposa 500,00 Esposa dependente da 1 classe.Filho de 23 anos 0,00 Filho maior de 21 anos perde a

    qualidade de segurado.Filho de 8 anos 500,00 Filho menor de 21 anos

    dependente da 1 classe.

    52.U m segurado falece, sendo que o mesmo era solteiro e sem filhos, entretanto tinha pais vivos e irmo. De que forma o valor da penso de R$ 500,00 ser distribuda entre os dependentes?

    A penso no valor de R$ 500,00 vai ser distribuda entre seus dependentes da seguinte forma:

    Dependente

    Penso Comentrio

    Irmo 0,00 Irmo dependente da 3 classe e s teria direito a penso se no houvesse dependentes das classes anteriores e provasse dependncia econmica.

    Pai 250,00 Os pais do segurado so dependentes da 2 classe. Devem provar a dependncia econmica.

    Me 250,00 Os pais do segurado so dependentes da 2 classe. Devem provar a dependncia econmica.

    53.U m segurado separou-se de sua esposa, com quem tem um filho de 10 anos e passou a viver com outra pessoa mediante unio estvel, pagando penso alimentcia mensalmente por determinao judicial. O segurado faleceu. De que forma o valor da penso de R$ 1.200,00 ser distribuda entre os dependentes?

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  • A penso no valor de R$ 1.200,00 vai ser distribuda entre seus dependentes da seguinte forma:

    Dependente

    Penso Comentrio

    Ex-Esposa

    400,00 Ex-esposa, como recebia penso alimentcia, apesar de separada no perdeu a qualidade de dependente de 1 classe.

    Companheira

    400,00 Companheira dependente de 1 classe, no necessitando provar sua dependncia econmica.

    Filho 400,00 Filho menor de 21 anos dependente de 1 classe.

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  • 6. INSCRIO

    54.C omo feita a inscrio do trabalhador no INSS? No mbito da previdncia social a inscrio de segurado o ato pelo qual ele cadastrado no Regime Geral de Previdncia Social, mediante comprovao dos dados pessoais e de outros elementos necessrios e teis a sua caracterizao. Relativamente ao segurado j cadastrado no PIS/PASEP (Programa de Integrao Social / Programa de Assistncia ao Servidor Pblico), no dever ser feito novo cadastro. Vejamos na tabela abaixo como cada tipo de segurado inscrito no sistema.

    SEGURADO FORMA DE INSCRIO Em pregado preen chim ento dos docum en tos que os habilitem ao

    exerccio da atividade, form alizado pelo contrato de trabalho.

    Avulso cadastram ento e registro no sin dicato ou rgo gestor de m o-de-obra.

    Em pregado dom stico

    apresentao de docum en to que com prove a existncia de contrato de trabalho.

    Con tribuin te In dividual

    apresentao de docum en to que caracterize a sua con dio ou o exerccio de atividade profissional, liberal ou n o.

    Segurado Especial

    apresentao de docum en to que com prove o exerccio de atividade rural.

    Facultativo apresentao de docum ento de identidade e declarao expressa de que no exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatrio.

    55.O INSS pode exigir outros documentos?

    Sim. Alm dos documentos necessrios inscrio, poder ser exigida a comprovao dos dados pessoais e de outros elementos necessrios e teis caracterizao do segurado quando da concesso do benefcio.

    56.P ode ocorrer inscrio aps a morte do segurado?

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  • Por mais estranho que parea, pode. Presentes os pressupostos da filiao, admite-se a inscrio post mortem do segurado especial. o nico caso em que pode ser efetuada a inscrio do segurado aps a sua morte.

    57.C omo feita a inscrio do dependente?

    A inscrio do dependente do segurado ser promovida quando do requerimento do benefcio a que tiver direito, mediante a apresentao dos documentos discriminados na tabela a seguir por tipo de dependente:

    DEPENDENTE DOCUMENTAO Cn juge Certido de casam en to. Filhos Certides de n ascim en to.

    Com p an heiro (a) Docum en to de iden tidade. Certido de casam en to com averbao da separao ju d icial ou divrcio, quan do

    u m dos com pan h eiros ou am bos j tiverem sido casados, ou de bito, se for o caso. Equ ip arado a filho

    Certido ju d icial de tu tela e, em se tratan do de en teado, certido de casam en to do segu rado e de n ascim en to do dep en den te;

    Com provao da depen dn cia econ m ica e de qu e n o possu i ben s su ficien tes para o seu prprio su sten to e educao;

    No caso de falecim en to do segu rado, a in scrio ser feita m edian te a com provao da equiparao por docu m en to escrito do segurado falecido m an ifestan do essa in teno, da depen dncia econ m ica e da declarao de que n o ten ha sido em an cip ado.

    Pais Certido de n ascim en to do segurado.

    Docum en to de iden tidade.

    Irm o Certido de n ascim en to.

    Nota 1: No caso de dependente invlido, para fins de inscrio e concesso de benefcio, a invalidez ser comprovada mediante exame mdico-pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social. Nota 2: No ato de inscrio, o dependente menor de vinte e um anos dever apresentar declarao de no emancipao.Nota 3: Os pais ou irmos devero, para fins de concesso de benefcios, comprovar a inexistncia de dependentes preferenciais, mediante declarao

    39

  • firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social, alm de comprovar a dependncia econmica.

    40

  • 7. CARNCIA

    58.O que carncia?

    Para que o segurado tenha direito a benefcios previdencirios necessrio ter efetuado o pagamento de um determinado nmero de contribuies mensais. Essa quantidade de contribuies imprescindvel obteno de um dado benefcio denomina-se perodo de carncia.

    59.T odos os benefcios tm a mesma carncia?

    No. O perodo de carncia varia a depender do benefcio pleiteado, alm disso, existem casos de benefcios isentos de carncia, os quais podem ser gozados desde a filiao do segurado.

    60.C ada benefcio tem seu perodo de carncia especfico?

    Sim. O perodo de carncia varia a depender do benefcio a ser requerido e, no caso do salrio-maternidade, depende ainda, do tipo de segurado, conforme podemos visualizar na tabela a seguir:

    BENEFCIO CARNCIA Auxlio-doena (com um ) 12 con tribuies Aposen tadoria por invalidez (com um ) 12 con tribuies Aposen tadoria por idade 180 con tribuies

    Aposen tadoria por tem po de con tribu io 180 con tribuies

    Aposen tadoria especial 180 con tribuies

    Salrio-m atern idade para:

    Contribuin te Ind ividual

    Segurada especial

    Facu ltativa

    10 con tribuies

    Em caso de parto antecipado, o perodo de carncia ser reduzido em nm ero de con tribu ies equ ivalen te ao nm ero de m eses em que o parto foi an tecipado.

    i.

    41

  • 61.E xistem benefcios que independem de carncia?

    Sim. Os benefcios a seguir independem de carncia para a sua concesso: Auxlio-acidente Auxlio-recluso Salrio-famlia Penso por morte Salrio-maternidade das seguradas empregada, domstica e

    trabalhadora avulsa Auxlio-doena (acidentrio) Aposentadoria por invalidez (acidentria) Reabilitao Profissional Servio Social

    Independem de carncia o auxlio-doena e a aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como no caso do segurado que, aps filiar-se ao Regime Geral de Previdncia Social, for acometido de alguma das doenas ou afeces especificadas em lista elaborada pelos Ministrios da Sade e da Previdncia a cada trs anos, de acordo com os critrios de estigma, deformao, mutilao, deficincia ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que meream tratamento particularizado.

    62.Quais so as doenas graves?

    Encontramos essa listagem no art. 151 da Lei 8.213/91. Vejamos: tuberculose ativa; hansenase; alienao mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversvel e incapacitante; cardiopatia grave; doena de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avanado da doena de Paget (ostete deformante); sndrome da deficincia imunolgica adquirida-Aids; e contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada.

    42

  • 63.Havendo perda da qualidade de segurado tem alguma forma de aproveitar as contribuies pagas antes deste fato?

    Sim. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuies anteriores a esse fato somente sero computadas depois que o segurado contar a partir da data da nova filiao ao RGPS com, no mnimo, um tero do nmero de contribuies exigidas para o cumprimento da carncia. Assim, se o segurado recolheu dez contribuies mensais, antes de ter perdido a qualidade de segurado, ao filiar-se novamente ao RGPS, caso necessite de um auxlio-doena comum, somente aps o recolhimento de quatro contribuies (um tero de doze), podero ser aproveitadas as dez anteriores, dessa forma, o segurado contar com 14 contribuies para fins de carncia e far jus ao benefcio de auxlio-doena comum que exige apenas 12 contribuies para efeito de carncia.

    43

  • 8. SALRIO-DE-BENEFCIO

    64.Como calculado o valor dos benefcios?

    Antes de calcular o valor dos benefcios deve-se calcular o chamado salrio-de-benefcio que o valor base utilizado para clculo da renda mensal dos benefcios de prestao continuada.

    65.Quer dizer que o salrio-de-benefcio no o valor do benefcio?

    isso mesmo. O salrio-de-benefcio a base para o clculo do valor do benefcio. Veremos adiante, como feito esse clculo, benefcio por benefcio.

    66.Esta base , chamada salrio-de-benefcio, utilizada para calcular a renda mensal de todos os benefcios?

    No. Os benefcios salrio-famlia, penso por morte, auxlio-recluso e salrio-maternidade no utilizam esta base para o clculo do valor de sua renda mensal.

    67.Quais os benefcios que utilizam o salrio-de-benefcio como base para o clculo da renda mensal?

    Ora, se 4 benefcios no o utilizam, ento os outros 6 benefcios utilizam. Vejamos:

    Aposentadoria por idade Aposentadoria por tempo de contribuio Aposentadoria especial Aposentadoria por invalidez Auxlio-doena Auxlio-acidente

    Auxlio-recluso

    44

  • Penso por morte

    68.Como feito o clculo do salrio-de-benefcio?

    A tabela a seguir demonstra de que forma se obtm o valor do salrio-de-benefcio:

    BENEFCIO CLCULOSALRIO-DE-BENEFCIO

    Aposentadoria por idadeAposentadoria por tempo de contribuio

    Mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondentes a oitenta por cento (80%) de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio.Nota: O segurado com direito aposentadoria por idade poder optar ou no pela aplicao do fator previdencirio no clculo de sua aposentadoria.

    Aposentadoria por invalidezAposentadoria especialAuxlio-doenaAuxlio-acidente

    Mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondentes a oitenta por cento (80%) de todo o perodo contributivo.

    69.O salrio-de-benefcio tem algum valor limite?

    O valor do salrio-de-benefcio est sujeito a limites mnimo e mximo, sendo que o limite mnimo o valor do salrio-mnimo e o limite mximo estabelecido mediante Portaria do Ministrio da Previdncia Social. Atualmente o valor do limite mximo de R$ 3.691,74 (Valor atualizado pela Portaria MPS/MF n. 407/2011).

    70.No clculo do salrio-de-benefcio entra o 13 salrio?

    45

  • No. O segurado empregado, o domstico e o trabalhador avulso contribuem sobre a remunerao do dcimo terceiro salrio. Entretanto, essa contribuio no considerada para o clculo do salrio-de-benefcio.

    46

  • 9. FATOR PREVIDENCIRIO

    71.O que fator previdencirio?

    Fator previdencirio uma varivel que leva em conta a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuio do segurado ao se aposentar.

    72.Para que serve o fator previdencirio?

    Explicando de forma simples, o fator previdencirio foi uma forma encontrada para retardar os pedidos de aposentadorias, pois, quanto mais cedo o segurado requerer sua aposentadoria menor ser o seu valor.

    73.O fator previdencirio utilizado para clculo de todos os benefcios ?

    No.

    74.Para quais benefcios o fator previdencirio utilizado?

    O fator previdencirio utilizado para o clculo do salrio-de-benefcio dos seguintes benefcios de prestao continuada:

    Aposentadoria por idade (facultativamente se mais vantajoso ao segurado)

    Aposentadoria por tempo de contribuio (obrigatoriamente)

    75.De que forma efetuado o clculo do fator previdencirio?

    Como mencionamos anteriormente, o fator previdencirio ser calculado mediante a frmula abaixo, considerando-se a idade do segurado, o tempo que ele contribuiu para a Previdncia Social e sua expectativa de sobrevida, que

    47

  • corresponde ao tempo estimado de vida do segurado no momento em que ele se aposenta.

    onde:f = fator previdencirio;Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;Tc = tempo de contribuio at o momento da aposentadoria;Id = idade no momento da aposentadoria; ea = alquota de contribuio correspondente a 0,31.

    76.Onde encontrar o valor da sobrevida do segurado?

    A expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria ser obtida a partir da tbua completa de mortalidade construda pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), para toda a populao brasileira, considerando-se a mdia nacional nica para ambos os sexos. Publicada a tbua de mortalidade, os benefcios previdencirios requeridos a partir dessa data consideraro a nova expectativa de sobrevida.

    77.Existe algum ajuste no fator previdencirio relativamente a algum segurado?

    Sim. Sero adicionados ao tempo de contribuio: 5 anos, quando se tratar de mulher; 5 anos e 10 anos, quando se tratar, respectivamente, de professor e

    professora que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

    48

  • 49

  • 10. RENDA MENSAL DE BENEFCIO

    78.O valor dos benefcios obedece a algum limite?

    Sim. A renda mensal do benefcio de prestao continuada que substituir o salrio-de-contribuio ou o rendimento do trabalho do segurado est sujeita aos seguintes limites:

    RENDA MENSAL DO BENEFCIO

    LIMITE MNIMO

    LIMITE MXIMO

    SALRIO MNIMO

    LIMITE MXIMO DO SALRIO-DE-CONTRIBUIO

    O valor do limite mximo do salrio-de-contribuio ser publicado mediante portaria do MPS/MF, sempre que ocorrer alterao do valor dos benefcios. Atualmente esse valor de R$ 3.691,74 (Valor atualizado pela Portaria MPS/MF n. 407/2011).

    79.H alguma exceo quanto ao limite mximo?

    Sim. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistncia permanente de outra pessoa ser acrescido de vinte e cinco por cento, podendo superar o limite mximo do salrio-de-contribuio. Existe, tambm, uma outra exceo, que o salrio-maternidade, este caso ser explicado na resposta da pergunta a seguir.

    80.E o salrio-maternidade obedece ao limite mximo?

    O valor do salrio-maternidade da segurada empregada e da trabalhadora avulsa no obedece ao limite mximo do salrio-de-contribuio. Entretanto, o artigo 248 da nossa Carta Magna impe que os benefcios pagos, a qualquer ttulo, pelo

    50

  • rgo responsvel pelo Regime Geral de Previdncia Social no ultrapassem o valor do subsdio mensal do Ministro do Supremo Tribunal Federal. O salrio-maternidade das demais seguradas: empregada domstica, contribuinte individual, facultativa e segurada especial, est sujeito ao limite mximo estabelecido como teto previdencirio.

    81.H alguma exceo quanto ao limite mnimo?

    O limite mnimo dos benefcios por determinao constitucional deve ser o valor do salrio-mnimo vigente. Entretanto, aplica-se esta regra para o valor dos benefcios que substituam a remunerao do segurado. No rol dos benefcios previdencirios existem aqueles que no substituem a remunerao dos segurados e que, portanto podem ser menores que o salrio-mnimo. Os benefcios que podem ser menores que o limite mnimo so: o salrio-famlia e o auxlio-acidente. H tambm um caso especfico relativo ao auxlio-doena que poder ser inferior ao limite mnimo, desde que somado com outras remuneraes do segurado resulte num valor igual ou superior ao salrio-mnimo.

    82.Afinal como feito o clculo da renda mensal dos benefcios?

    A renda mensal do benefcio de prestao continuada ser calculada aplicando-se sobre o salrio-de-benefcio os seguintes percentuais:

    51

  • BENEFCIO RENDA MENSAL DO BENEFCIO Auxlio-doena 91% do salrio-de-benefcio

    Aposentadoria Invalidez, Aposentadoria Especial, Aposentadoria por tem po de contribu io (in tegral)

    100% do salrio-de-benefcio

    Aposentadoria por idade 70% SB + 1% por grupo de 12 contribu ies m ensais at o lim ite de 100% SB

    Aposentadoria por tempo de contribuio (proporcional) * vlida som ente para queles inscritos at 16.12.1998

    70% SB + 5% por grupo de 12 contribuies at o lim ite de 100% SB

    Auxlio-acidente 50% do salrio-de-benefcio

    i.

    83.Na tabela acima, no esto includos: o salrio-famlia, a penso por morte e o auxlio-recluso. Esses benefcios tm uma forma diferente de clculo?

    isso mesmo. O valor mensal da penso por morte ser de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento No caso do auxlio-recluso ser o valor da aposentadoria a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu recluso. J o salrio-famlia ser de R$ 29,43 para o segurado que receba remunerao at R$ 573,91 e de R$ 20,74 para os que recebem entre R$ 573,92 e R$ 862,60 por filho ou equiparado.

    84.O valor do benefcio reajustado?

    Sim. assegurado pela Constituio Federal o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real da data de sua concesso. Os valores dos benefcios em manuteno sero reajustados, de acordo com suas respectivas datas de incio, com base na variao integral do ndice definido em lei

    52

  • para essa finalidade, desde a data de concesso do benefcio ou do seu ltimo reajustamento.

    85.O ndice de reajustamento j foi definido?

    J. O ndice utilizado para reajustamento dos benefcios o INPC.

    53

  • 11. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

    86.Em que condies devido o benefcio aposentadoria por invalidez ?

    A aposentadoria por invalidez ser devida ao segurado que, estando ou no em gozo de auxlio-doena, for considerado incapaz para retornar ao trabalho, com chances remotas de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia. A concesso da aposentadoria por invalidez est condicionada ao afastamento de todas as atividades. Esse benefcio ser pago enquanto o segurado permanecer nessa condio.

    87.Quais segurados tm direito a esse benefcio?

    Todos os segurados (CADES F): contribuinte individual;

    trabalhador avulso;

    empregado domstico; empregado; segurado especial; e facultativo.

    88.Qual a carncia exigida ?

    Depende, existem duas situaes: Aposentadoria por invalidez acidentria: no exigida carncia nos casos

    de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como no caso do segurado que, aps filiar-se ao Regime Geral de Previdncia Social, for acometido de alguma das doenas ou afeces especificadas em lista elaborada pelos Ministrios da Sade e da Previdncia Social a cada trs anos, de acordo com os critrios de estigma, deformao, mutilao,

    54

  • deficincia ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que meream tratamento particularizado.

    Aposentadoria por invalidez comum: Doze meses de contribuio quando a inabilitao para o exerccio de atividade no for decorrente de acidente ou das doenas especificadas anteriormente.

    89.Em que momento verificada a incapacidade do segurado ?

    No momento do exame mdico-pericial realizado pela Previdncia Social. O segurado, desde que arque com as despesas, pode ser acompanhado por mdico de sua confiana.

    90.E se o segurado j era portador de uma doena antes de filiar-se ao RGPS?

    A doena ou leso de que o segurado j era portador no lhe conferir direito aposentadoria por invalidez, exceto quando a incapacidade for decorrente de progresso ou agravamento dessa doena ou leso.

    91.Qual a renda mensal do benefcio ?

    O valor da renda mensal do benefcio corresponder a 100% do salrio-de-benefcio.

    92.Como feito o clculo do valor do salrio-de-benefcio ?

    Para os inscritos at 28/11/99: a mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a, no mnimo, 80% de todo o perodo contributivo, a partir do ms 07/94.

    55

  • Para os inscritos a partir de 29/11/99: a mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo.

    Para o segurado especial: desde que no tenha optado por contribuir na condio de contribuinte individual, o valor deste benefcio ser de um salrio mnimo.

    Aposentadoria por invalidez precedida do auxlio-doena: corresponder a 100% do salrio-de-benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal inicial do auxlio-doena. Ou seja, o auxlio-doena transformado em aposentadoria por invalidez.

    Aposentadoria por invalidez precedida do auxlio-acidente: O valor mensal do auxlio-acidente dever ser somado ao salrio-de-contribuio antes da aplicao da correo, no podendo superar o limite mximo do salrio-de-contribuio.

    93.E se o segurado precisar da assistncia permanente de outra pessoa ?

    Nesse caso, a renda mensal ser acrescida de 25%, mesmo que o segurado j receba o valor do benefcio no limite mximo do salrio-de-contribuio e ter corrigido o seu valor sempre que os benefcios forem reajustados. Vale ressaltar que esse acrscimo cessar com a morte do segurado, no sendo incorporado ao valor da penso por morte deixada aos dependentes.

    94.Em quais casos o INSS admite a necessidade de assistncia de outra pessoa ?

    Nas situaes elencadas a seguir que constam no Anexo I do Regulamento da Previdncia Social:

    cegueira total perder nove dedos das mos ou quantidade superior a esta paralisia dos dois membros superiores ou inferiores

    56

  • perda dos membros inferiores, acima dos ps, quando a prtese for impossvel perda de uma das mos e de dois ps, ainda que a prtese seja possvel perda de um membro superior e outro inferior, quando a prtese for impossvel alterao das faculdades mentais com grave perturbao da vida orgnica e social doena que exija permanncia contnua no leito incapacidade permanente para as atividades da vida diria

    95.Quando se inicia o pagamento do benefcio?

    Para o segurado empregado: a partir do 16 dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias. Durante os primeiros quinze dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caber empresa pagar ao segurado empregado o salrio.

    Para o segurado empregado domstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, especial ou facultativo: a partir da data do incio da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.

    Para o segurado que se encontrar em gozo de auxlio-doena: a partir do dia imediato ao da cessao do auxlio-doena.

    96.Quais as obrigaes do segurado que recebe o benefcio da aposentadoria por invalidez?

    O segurado aposentado por invalidez est obrigado, a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de suspenso do benefcio, a submeter-se a exame mdico a cargo da previdncia social, processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue, que so facultativos.

    57

  • Alm disso, est obrigado, sob a mesma pena, a submeter-se a exames mdico-periciais, pois a Percia Mdica do INSS dever rever o benefcio de aposentadoria por invalidez, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, a cada dois anos, contados da data de seu incio, para avaliar a persistncia, atenuao ou o agravamento da incapacidade para o trabalho, alegada como causa de sua concesso.

    97.E se houver a recuperao da capacidade para o trabalho ?

    O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar atividade dever solicitar a realizao de nova avaliao mdico-pericial. Se a percia mdica do Instituto Nacional do Seguro Social concluir pela recuperao da capacidade laborativa, a aposentadoria ser cancelada. O efeito desse cancelamento poder ser imediato ou no, dependendo dos seguintes fatores: se a recuperao for total ou parcial, se ocorreu num prazo maior ou menor do que 5 anos ou ainda se o segurado foi declarado apto para exercer atividade diferente da que exercia.

    Quando a recuperao for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do incio da aposentadoria por invalidez ou do auxlio-doena que a antecedeu sem interrupo, o beneficio cessar:

    a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar funo que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislao trabalhista; ou

    b) aps tantos meses quantos forem os anos de durao do auxlio-doena e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados.

    Quando a recuperao for parcial ou ocorrer aps o perodo de 5 anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exerccio de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria ser mantida, sem prejuzo da volta atividade:

    58

  • a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperao da capacidade;

    b) com reduo de 50%, no perodo seguinte de 6 meses; ec) com reduo de 75%, tambm por igual perodo de 6 meses, ao trmino

    do qual cessar definitivamente.

    RESUMO

    RECUPERAO DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO

    TOTAL, dentro de 5 anos da data do incio da aposentadoria por invalidez ou do auxlio-doena que a antecedeu sem interrupo.

    PARCIAL, ou ocorrer aps o perodo de 5 anos, ou quando o segurado for declarado apto para o exerccio de trabalho diverso.

    Cessa o benefcio Benefcio mantido

    De imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar funo que desem-penhava na empresa.

    Aps tantos meses quantos forem os anos de durao do auxlio-doena e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados.

    100% do benefcio - durante 6 meses da data da recuperao da capacidade

    50% do benefcio no perodo seguinte de 6 meses

    25% do benefcio por mais um perodo de 6 meses.

    98.Se o segurado retornar voluntariamente ao trabalho sem requisitar percia mdica ?

    Ter sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno. Alm disso, os valores recebidos indevidamente pelo segurado aposentado por invalidez que retornar atividade voluntariamente, devero ser devolvidos ao INSS.

    59

  • 12. APOSENTADORIA POR IDADE

    99.Em que condies devido o benefcio aposentadoria por idade?

    A aposentadoria por idade ser devida ao segurado que completar 65 anos de idade, se homem, ou 60, se mulher. A idade fica reduzida em 5 anos para trabalhadores rurais e garimpeiros, ou seja, 60 anos, se homem e 55 anos, se mulher.

    100. Quais segurados tm direito a aposentadoria por idade?

    Todos os segurados (CADES F): contribuinte individual;

    trabalhador avulso;

    empregado domstico; empregado; segurado especial; e facultativo.

    101. Qual a carncia exigida ?

    So exigidos 180 meses de contribuio. Entretanto, importante mencionar que a perda da qualidade de segurado no consistir num impedimento para a concesso da aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mnimo, o nmero de contribuies mensais exigido para efeito de carncia antes de ocorrer a perda da qualidade de segurado.

    102. Quais documentos so necessrios para que o segurado comprove a idade?

    60

  • A comprovao da idade do segurado ser feita por um dos seguintes documentos:

    a) Carteira de Identidade, Ttulo Eleitoral, Certificado de Reservista, ou qualquer outro documento emitido com base no Registro Civil de Nascimento ou Casamento, desde que constem os dados do registro de nascimento ou casamento e no deixe dvida quanto a sua validade para essa prova.b) Ttulo Declaratrio de Nacionalidade Brasileira, se segurado naturalizado, Certificado de Reservista, Ttulo de Eleitor e Carteira ou Cdula de Identidade Policial;

    103. Qual a renda mensal do benefcio?

    O valor da renda mensal do benefcio corresponder a 70% do salrio-de-benefcio, mais 1% deste por grupo de doze contribuies mensais, at o mximo de 100% do salrio-de-benefcio.

    104. obrigatria a utilizao do fator previdencirio quando do clculo da renda mensal do benefcio ?

    No. facultativa a aplicao do fator previdencirio para o clculo da renda mensal da aposentadoria por idade. S ser aplicado o fator se for mais vantajoso para o segurado.

    105. Como feito o clculo do valor do salrio-de-benefcio?

    O valor do salrio-de-benefcio da aposentadoria por idade a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondente a 80% de todo perodo contributivo multiplicado pelo fator previdencirio, facultativamente.

    61

  • Para os filiados at 28/11/1999 no Regime Geral da Previdncia Social, sero considerados 80% dos maiores salrios-de-contribuio a partir de julho/94.

    Aposentadoria por idade precedida do auxlio-acidente: O valor mensal do auxlio-acidente dever ser somado ao salrio-de-contribuio antes da aplicao da correo, no podendo superar o limite mximo do salrio-de-contribuio.

    106. Quando se inicia o pagamento do benefcio?

    Para o segurado empregado, inclusive o domstico:a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at 90 dias depois dela; oub) a partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego ou quando for requerida aps o prazo de 90 dias mencionado anteriormente.

    Para os demais segurados: a partir da data da entrada do requerimento.

    107. Existe aposentadoria obrigatria em funo da idade?

    Sim, para o segurado empregado, quando este completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 anos, se do sexo feminino e desde que o mesmo tenha cumprido a carncia. Observadas essas exigncias, a empresa poder requerer o benefcio do segurado empregado. Ser considerada como data da resciso do contrato de trabalho a imediatamente anterior do incio da aposentadoria cabendo indenizao prevista na legislao trabalhista

    108. A aposentadoria por idade pode ser decorrente da transformao de outro benefcio?

    62

  • No e o tema polmico!!!!. O art. 212 da IN 45 dispe o seguinte: vedada a transformao de aposentadoria por invalidez ou auxlio-doena em aposentadoria por idade para requerimentos efetivados a partir de 31 de dezembro de 2008, data da publicao do Decreto n 6.722, de 2008, haja vista a revogao do art. 55 do RPS. Para concurso o que vale!!! Ateno!!!!

    63

  • 13. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO

    109. Em que condio devido o benefcio aposentadoria por tempo de contribuio?

    o benefcio pago aos segurados, homem e mulher, que completarem 35 e 30 anos de contribuio, respectivamente, para o RGPS, sem limite mnimo de idade.

    110. Quer dizer que no tem limite de idade para este benefcio?

    isso mesmo. Muita gente confunde. Para aposentar-se por tempo de contribuio, no exigido idade mnima, mas para aposentar-se por idade precisa de contribuio mnima.

    111. Quem tem direito a esse benefcio?

    Todos os segurados: empregado; empregado domstico; contribuinte individual; trabalhador avulso;

    facultativo; e

    segurado especial, desde que tenha contribudo como contribuinte individual.

    112. Qual a carncia exigida?

    A carncia exigida de 180 meses de contribuio.

    113. Qual a renda mensal do benefcio?

    64

  • A aposentadoria por tempo de contribuio consiste numa renda mensal correspondente a 100% do salrio-de-benefcio aos 35 anos de contribuio, se homem, e aos 30 anos de contribuio, se mulher.

    114. Como feito o clculo do valor do salrio-de-benefcio?

    O valor do salrio-de-benefcio da aposentadoria por tempo de contribuio ser a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondente a 80% de todo perodo contributivo multiplicado pelo fator previdencirio. Para os inscritos at 28/11/199 o perodo contributivo considerado ser a partir de julho/1994. Observe que a utilizao do fator previdencirio obrigatria para este benefcio.

    Aposentadoria por tempo de contribuio precedida do auxlio-acidente: O valor mensal do auxlio-acidente dever ser somado ao salrio-de-contribuio antes da aplicao da correo, no podendo superar o limite mximo do salrio-de-contribuio.

    115. Quando se inicia o pagamento do benefcio?

    Para o segurado empregado, inclusive o domstico:a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at noventa dias depois dela ; oub) a partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego ou quando for requerida aps o prazo de 90 dias.

    Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento.

    116. Aposentadoria por tempo de servio a mesma coisa que aposentadoria por tempo de contribuio?

    65

  • A aposentadoria por tempo de servio foi extinta aps a Emenda Constitucional no

    20, de 15 de dezembro de 1998, tendo sido substituda pela aposentadoria por tempo de contribuio. Porm, para pessoas j filiadas ao RGPS at esta data, o tempo de servio ser contado como tempo de contribuio. O que acontecia antes era que o segurado comprovava o tempo de servio sem, no entanto, comprovar a correspondente contribuio. Como aps a Emenda Constitucional

    no 20 de 15 de dezembro de 1998 o regime passou obrigatoriamente a ter carter contributivo, no existe mais essa possibilidade para os inscritos aps a publicao da referida emenda.

    117. Ainda existe aposentadoria proporcional?

    No. A Emenda Constitucional no 20/1998, extinguiu a aposentadoria proporcional para os segurados filiados aps 16 de dezembro de 1998.

    118. Para os professores as regras so as mesmas?

    No. O professor que comprove tempo de efetivo exerccio em funo de magistrio na educao infantil, no ensino fundamental ou no ensino mdio poder se aposentar por tempo de contribuio aos 30 anos de contribuio, se homem, ou aos 25 anos de contribuio, se mulher. Atente, que no somente atividades em sala de aula, por exemplo o professor diretor, coordenador tambm ter direito a essa reduo no tempo de contribuio.

    119. Como feita a comprovao de que o segurado professor?

    A comprovao da condio de professor far-se- mediante a apresentao dos seguintes documentos:

    66

  • respectivo diploma registrado nos rgos competentes federais e estaduais, ou de qualquer outro documento que comprove a habilitao para o exerccio do magistrio; e

    registros em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdncia Social complementados, quando for o caso, por declarao do estabelecimento de ensino onde foi exercida a atividade, sempre que necessria essa informao, para efeito de caracterizao do efetivo exerccio da funo de magistrio.

    120. possvel converter tempo de servio de magistrio em tempo de servio de atividade comum?

    No permitido. Isso causa uma certa estranheza!! Explicando melhor, dizer que um professor com 18 anos de atividade de magistrio e resolva abandonar a carreira, esses 18 anos equivalero a exatos 18 anos de tempo de contribuio de atividade comum, sem nenhum acrscimo na converso.

    121. Como fazer prova do tempo de contribuio?

    A prova do tempo de contribuio feita mediante documentos que comprovem o exerccio de atividade nos correspondentes perodos a serem considerados. Esses documentos devem ser contemporneos aos fatos que se pretende comprovar e neles devem constar as datas de incio e trmino da prestao do servio, alm disso, quando se tratar de trabalhador avulso, a durao do trabalho e a condio em que foi prestado. Podem ser utilizados como prova os seguintes documentos:

    contrato individual de trabalho; anotaes na Carteira Profissional e/ou a Carteira de Trabalho e

    Previdncia Social, a carteira sanitria, a caderneta de matrcula e a caderneta de contribuies dos extintos institutos de aposentadoria e penses, a caderneta de inscrio pessoal visada pela Capitania dos

    67

  • Portos, pela Superintendncia do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e declaraes da Receita Federal;

    certido de inscrio em rgo de fiscalizao profissional, acompanhada do documento que prove o exerccio da atividade;

    contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assemblia geral e registro de firma individual;

    contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; certificado de sindicato ou rgo gestor de mo-de-obra que agrupa

    trabalhadores avulsos; comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonizao e Reforma

    Agrria, no caso de produtores em regime de economia familiar; bloco de notas do produtor rural; ou declarao de sindicato de trabalhadores rurais ou colnia de pescadores,

    desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social.

    Na falta de documento contemporneo podem ser aceitos declarao do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado ou certido de entidade oficial, desde que extrados de registros efetivamente existentes e acessveis fiscalizao do Instituto Nacional do Seguro Social.

    122. Qual a importncia da carteira de trabalho?

    Muito grande. A anotao na Carteira Profissional ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social vale para todos os efeitos como prova de filiao Previdncia Social, relao de emprego, tempo de servio ou de contribuio e salrios-de-contribuio e, quando for o caso, relao de emprego, podendo, em caso de dvida, ser exigida pelo Instituto Nacional do Seguro Social a apresentao dos documentos que serviram de base anotao. As anotaes em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdncia Social relativas a frias,

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  • alteraes de salrios e outras que demonstrem a seqncia do exerccio da atividade podem suprir possvel falha de registro de admisso ou dispensa.

    123. permitido somar os tempos de contribuio provenientes de regimes diferentes?

    Sim. Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recproca do tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural e urbana, hiptese em que os diversos regimes de previdncia social se compensaro financeiramente, segundo critrios estabelecidos em lei.

    124. Existe alguma regra a ser observada na contagem do tempo