77-arquivo

2
INFORMAÇÕES TÉCNICAS VEICULARES O encosto de cabeça nos veículos - Apoio fundamental Não é difícil achar nas ruas carros sem nenhum encosto de cabeça atrás Encosto de cabeça pode evitar lesões em caso de acidente. O item, no entanto, não existe na maioria dos veículos mais simples produzidos até 31/12/1998 e no assento central do banco traseiro da maioria produzidos a partir de 01/01/1999. No passado, o encosto de cabeça nos veículos poderia ser considerado um luxo. Somente os automóveis mais caros tinham o equipamento, geralmente acoplado a bancos de couro. Os carros mais simples não traziam encosto no banco da frente e muito menos no de trás. E as pessoas viajam com a cabeça livre, apenas sustentada pelo pescoço. Essa realidade mudou nos últimos anos. O apoio de cabeça virou item de série nos veículos brasileiros. A Resolução/Contran 044/1998 tornou obrigatória a instalação do encosto nos bancos dianteiros perto das portas e nos laterais traseiros, sendo facultativo nos assentos centrais, para os automóveis, nacionais ou importados, produzidos a partir de 01/01/1999. Para os veiculo produzidos anteriormente a 01/01/1999, não é obrigatório. A função do encosto não é simplesmente enfeitar o carro ou torná-lo mais confortável para os ocupantes. É evitar lesões e até salvar vidas em caso de acidentes, de maneira complementar ao cinto de segurança. O encosto previne lesões que o cinto não pode evitar na região da cabeça, como as causadas pelo efeito chicote, comum nas colisões traseiras. Trata-se do movimento brusco da cabeça para frente e para trás, com reflexos no pescoço. Essa movimentação pode resultar em fraturas na coluna cervical ou em lesão medular, caso não haja o apoio. O sistema de proteção suporta as costas e a cabeça se movimenta junto com o tronco. A posição alta do encosto é um dos fatores para a prevenção deste tipo de acidente. Uma pesquisa da marca sueca Volvo demonstrou que o sistema de proteção lançado pela empresa em 1998 reduz pela metade os efeitos das lesões por efeito chicote. De forma geral, nos consultórios também têm diminuído os casos de lesões cranianas depois da adoção do encosto. Reduziu bastante o número de pacientes com pequenas lesões decorrentes de uma batida na traseira. Tudo que é feito para evitar traumatismo é válido. Seria providencial que os proprietários de veículos se conscientizassem em instalar os encostos nos veículos fabricados anteriormente a entrada em vigor da Resolução/Contran 044/1998 e os que não tem o equipamento no banco traseiro do meio(terceiro encosto) Cuidados com o encosto de cabeça Certifique-se, de que o apoio pode ser ajustado e travado de acordo com a altura da cabeça do passageiro. Caso contrário, em um acidente, ele pode se mover e deixar de evitar o efeito chicote. Observe também hábitos de passageiros que, ao sentar-se, apóiam as mãos no encosto, baixando-o.

Upload: lidia-nery

Post on 21-Jan-2016

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 77-arquivo

INFORMAÇÕES TÉCNICAS VEICULARES

O encosto de cabeça nos veículos - Apoio fundamenta l

Não é difícil achar nas ruas carros sem nenhum encosto de cabeça atrás

Encosto de cabeça pode evitar lesões em caso de acidente. O item, no entanto, não existe na maioria dos veículos mais simples produzidos até 31/12/1998 e no assento central do banco traseiro da maioria produzidos a partir de 01/01/1999. No passado, o encosto de cabeça nos veículos poderia ser considerado um luxo. Somente os automóveis mais caros tinham o equipamento, geralmente acoplado a bancos de couro. Os carros mais simples não traziam encosto no banco da frente e muito menos no de trás. E as pessoas viajam com a cabeça livre, apenas sustentada pelo pescoço. Essa realidade mudou nos últimos anos. O apoio de cabeça virou item de série nos veículos brasileiros. A Resolução/Contran 044/1998 tornou obrigatória a instalação do encosto nos bancos dianteiros perto das portas e nos laterais traseiros, sendo facultativo nos assentos centrais, para os automóveis, nacionais ou importados, produzidos a partir de 01/01/1999. Para os veiculo produzidos anteriormente a 01/01/1999, não é obrigatório. A função do encosto não é simplesmente enfeitar o carro ou torná-lo mais confortável para os ocupantes. É evitar lesões e até salvar vidas em caso de acidentes, de maneira complementar ao cinto de segurança. O encosto previne lesões que o cinto não pode evitar na região da cabeça, como as causadas pelo efeito chicote, comum nas colisões traseiras. Trata-se do movimento brusco da cabeça para frente e para trás, com reflexos no pescoço. Essa movimentação pode resultar em fraturas na coluna cervical ou em lesão medular, caso não haja o apoio. O sistema de proteção suporta as costas e a cabeça se movimenta junto com o tronco. A posição alta do encosto é um dos fatores para a prevenção deste tipo de acidente. Uma pesquisa da marca sueca Volvo demonstrou que o sistema de proteção lançado pela empresa em 1998 reduz pela metade os efeitos das lesões por efeito chicote. De forma geral, nos consultórios também têm diminuído os casos de lesões cranianas depois da adoção do encosto. Reduziu bastante o número de pacientes com pequenas lesões decorrentes de uma batida na traseira. Tudo que é feito para evitar traumatismo é válido. Seria providencial que os proprietários de veículos se conscientizassem em instalar os encostos nos veículos fabricados anteriormente a entrada em vigor da Resolução/Contran 044/1998 e os que não tem o equipamento no banco traseiro do meio(terceiro encosto) Cuidados com o encosto de cabeça Certifique-se, de que o apoio pode ser ajustado e travado de acordo com a altura da cabeça do passageiro. Caso contrário, em um acidente, ele pode se mover e deixar de evitar o efeito chicote. Observe também hábitos de passageiros que, ao sentar-se, apóiam as mãos no encosto, baixando-o.

Page 2: 77-arquivo

Euclides José Matte – Diretor Geral Inspecar Santa Rosa - RS [email protected]