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7/23/2019 716 Anexos Aulas 46961 2014-06-23 Juiz Substituto Sp Pcj Direito Penal 062314 Juiz Mag Sp Dir Penal Aula 01
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01. (FCC - Juiz de Direito Substituto -PE/2013) Em relao aos crimes contra avida, correto afirmar que:
A) compatvel o homicdio privilegiado com aqualificadora do motivo ftil.B) cabvel a suspenso condicional doprocesso no homicdio culposo, se o crimeresulta de inobservncia de regra tcnica deprofisso, arte ou ofcio.C) incompatvel o homicdio privilegiado com aqualificadora do emprego de asfixia.D) o homicdio simples, em determinadasituao, pode ser classificado como crimehediondo.
E) a pena pode ser aumentada de um tero nohomicdio culposo, se o crime praticadocontra pessoa menor de quatorze anos oumaior de sessenta anos.
HOMICDIOART. 121 CP
TOPOGRAFIA DO ART. 121 CP:Caput: homicdio doloso simples 1: homicdio doloso privilegiado 2: homicdio doloso qualificado 3: homicdio culposo 4: majorantes de pena 5: perdo judicial 6: majorante do grupo de extermnio oumilcia armada (lei n 12.720/12)
E o homicdio preterdoloso?
OBS.:
Art. 121, 1 CP: HOMICDIO DOLOSO
PRIVILEGIADOCaso de diminuio de penaArt. 121, 1 CP: Se o agente comete o crimeimpelido por motivo de relevante valor social oumoral, ou sob o domnio de violenta emoo,logo em seguida a injusta provocao davtima, ou juiz pode reduzir a pena de um sextoa um tero.
PRIVILGIO causa especial de diminuiode pena.
Presentes os requisitos, reconhecidos pelosjurados, o juiz devereduzir (poder-dever).
1 PRIVILEGIADORA: MOTIVO DERELEVANTE VALOR SOCIALConceito:Ateno:Ex.: matar perigoso bandido que ronda avizinhana.
2 PRIVILEGIADORA: MOTIVO DERELEVANTE VALOR MORALConceito:Ateno:Ex.: Eutansia.
A eutansia pode ser ativa ou passiva.
Ser ativa quando presentes atos positivoscom o fim de matar algum, eliminando oualiviando seu sofrimento.
A passiva se d com a omisso de tratamentoou de qualquer meio capaz de prolongar a vidahumana, irreversivelmente comprometida,acelerando o processo morte.
No se pode confundir eutansia comortotansia e distansia.
A ortotansia tem certa relao com eutansiapassiva, mas apresenta significado distintodesta e oposto da distansia. O termoortotansia indica a morte certa, justa, em seumomento oportuno. Destarte, corresponde supresso de cuidados de reanimao empacientes em estado de coma profundo eirreversvel, em estado terminal ou vegetativo.
De outra parte, a distansia refere-se aoprolongamento do curso natural da morte eno da vida por todos os meios existentes,apesar de aquela ser inevitvel, sem ponderaros benefcios ou prejuzos (sofrimento) quepodem advir ao paciente.
3 PRIVILEGIADORA: HOMICDIOEMOCIONALa) Domnio de violenta emoob) Reao imediata
c) Injusta provocao da vtimaEx.: Pai que mata o estuprador da filha.Ex.: Marido que surpreende a esposa o traindo.
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COMUNICABILIDADE DASPRIVILEGIADORAS
# As circunstncias privilegiadoras secomunicam aos demais concorrentes docrime?
Art. 121, 2 CP: HOMICDIO QUALIFICADO
Homicdio qualificado
Art. 121, 2 CP: Se o homicdio cometido:I - mediante paga ou promessa derecompensa, ou por outro motivo torpe;II - por motivo ftil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,ou de que possa resultar perigo comum;IV - traio, de emboscada, ou mediantedissimulao ou outro recurso que dificulte outorne impossvel a defesa do ofendido;V - para assegurar a execuo, a ocultao, aimpunidade ou vantagem de outro crime:Pena - recluso, de doze a trinta anos.
ATENO: o homicdio qualificado HEDIONDO, no importa a qualificadora.Art. 1- Lei n 8072/90 - So consideradoshediondos os seguintes crimes:I - homicdio (art. 121), quando praticado ematividade tpica de grupo de extermnio, aindaque cometido por um s agente, e homicdioqualificado (art. 121, 2o, I, II, III, IV e V);
I - MEDIANTE PAGA OU PROMESSA DERECOMPENSA, OU POR OUTRO MOTIVOTORPEMotivo torpe: motivo vil, ignbil, repugnante,
abjeto (quase sempre espelhando ganncia).O inciso trabalha com interpretao analgica(exemplos seguidos de encerramentogenrico).Obs:
# Vingana e cime so motivos torpes?
HOMICDIO MERCENRIO
Crime de concurso necessrio ouplurissubjetivo (nmero plural de agentes
obrigatrio).
# A qualificadora da torpeza se aplica aomandante, ao executor ou a ambos?
Qual a natureza da paga ou promessa derecompensa?
II - POR MOTIVO FTILReal desproporo entre o delito e sua causamoral (pequeneza do motivo).Ex.: Briga de trnsito.
# Ausncia de motivos caracteriza aqualificadora?
Cuidado! Motivo ftil motivo injusto
Motivo injusto: elemento integrante de qualquercrime.
# H incompatibilidade entre dolo eventual eo motivo ftil?
III - COM EMPREGO DE VENENO, FOGO,EXPLOSIVO, ASFIXIA, TORTURA OUOUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DEQUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUMTrabalha com interpretao analgica(exemplos seguidos de encerramentogenrico).Emprego de veneno / venefcioVeneno: substncia biolgica ou qumica,animal, mineral ou vegetal capaz de perturbarou destruir as funes vitais do organismo
humano.Ex.: acar para diabtico veneno.ATENO:
IV - TRAIO, DE EMBOSCADA, OUMEDIANTE DISSIMULAO OU OUTRORECURSO QUE DIFICULTE OU TORNEIMPOSSVEL A DEFESA DO OFENDIDOTrabalha com interpretao analgica(exemplos seguidos de encerramentogenrico).
Traio:
Emboscada:
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Dissimulao:
# A premeditao qualifica o homicdio?
# A idade da vtima torna o crimequalificado?
V - PARA ASSEGURAR A EXECUO, AOCULTAO, A IMPUNIDADE OUVANTAGEM DE OUTRO CRIME:1- Conexo teleolgica: o agente mata paraassegurar a execuo de outro crime(futuro).Ex.: A mata segurana para estuprar a artistaB.
OBS.1:
OBS.2:
V - PARA ASSEGURAR A EXECUO, AOCULTAO, A IMPUNIDADE OUVANTAGEM DE OUTRO CRIME:2- Conexo consequencial: o agente matapara assegurar a ocultao, impunidade ouvantagem de outro crime (passado).Ex.: A mata testemunha de crime passado em
que figura como suspeito.OBS.:
ATENO 1: A conexo ocasional noqualifica o homicdio- O homicdio praticado por ocasio de outrocrime, sem vnculo finalstico.Ex.: O agente est estuprando uma pessoa,entra seu desafeto no local e o agente o mata(no h vnculo entre os crimes).
ATENO 2: Matar para assegurar aexecuo, ocultao, impunidade ouvantagem de contraveno penal noqualifica o homicdio pelo inciso V (mas podecaracterizar os demais incisos).
PLURALIDADE DE CIRCUNSTNCIASQUALIFICADORAS
Ex.: Art. 121, 2, II (motivo ftil) e III (meiocruel), CP.
HOMICDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO HEDIONDO?
HOMICDIO DOLOSO MAJORADO
1- Art. 121, 4, 2 parte, CP: se o crime praticado contra vtima menor de 14 oumaior de 60 anos.
2- Art. 121, 6, CP: Homicdio praticado pormilcia privada ou grupo de extermnioCausa de aumento de pena includa pela lei12.720/12.A Lei 12.720/12 tambm tipificou o crime de
formao de milcia ou grupo de extermnio(art. 288-A CP).
Art. 121, 6o CP: A pena aumentada de 1/3(um tero) at a metade se o crime forpraticado por milcia privada, sob o pretexto deprestao de servio de segurana, ou porgrupo de extermnio. (Includo pela Lei n12.720, de 2012)Constituio de milcia privada(Includodada pela Lei n 12.720, de 2012)Art. 288-A CP: Constituir, organizar, integrar,
manter ou custear organizao paramilitar,milcia particular, grupo ou esquadro com afinalidade de praticar qualquer dos crimesprevistos neste Cdigo:(Includo dada pela Lein 12.720, de 2012)Pena - recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito)anos.
CONCEITOS IMPORTANTES
GRUPO DE EXTERMNIO: reunio depessoas, matadores, justiceiros (civis ou no)
que atuam na ausncia ou lenincia do PoderPblico, tendo como finalidade a matana
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generalizada, chacina de pessoassupostamente etiquetadas como marginais ouperigosas.
MILCIA PRIVADA (ARMADA): grupo armadode pessoas (civis ou no) tendo comofinalidade devolver a segurana retirada dascomunidades mais carentes, restaurando apaz. Para tanto, mediante coao, os agentesocupam determinado espao territorial. Aproteo oferecida nesse espao ignora omonoplio estatal de controle social, valendo-se de violncia ou grave ameaa.
Quantas pessoas devem integrar o grupo de
extermnio ou a milcia privada?
# Quando um grupo de extermnio promovea matana, os agentes respondem somentepor homicdio majorado (art. 121, 6, CP)ou em concurso com o delito de formaode grupo de extermnio (arts. 121, 6, CP +art. 288-A CP)?
1C
2C:
HOMICDIO CULPOSO
Homicdio culposo
Art. 121, 3 CP: Se o homicdio culposo:Pena - deteno, de um a trs anos.Ocorre o homicdio culposo quando o agente,com manifesta imprudncia, negligncia ouimpercia, deixa de aplicar a ateno oudiligncia de que era capaz, provocando, comsua conduta, o resultado morte, previsto(culpa consciente) ou previsvel (culpainconsciente), jamais querido ou aceito.
Imprudncia:
Negligncia:
Impercia:
OBS.1:
OBS.2:
HOMICDIO CULPOSO MAJORADO
Aumento de pena
Art. 121, 4oCP: No homicdio culposo, a pena aumentada de 1/3 (um tero), se o crimeresulta de inobservncia de regra tcnica deprofisso, arte ou ofcio, ou se o agente deixade prestar imediato socorro vtima, noprocura diminuir as conseqncias do seu ato,ou foge para evitar priso em flagrante (...).
ART. 121, 4, 1 parte, CP:HOMICDIO CULPOSO MAJORADO
a) Inobservncia de regra tcnica deprofisso, arte ou ofcio (neglignciaprofissional)
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# A negligncia profissional, que tipifica aconduta e majora a pena, caracteriza bis inidem?
1C:
2C:
b) Omisso de socorro
Ateno:
OBS. 1:
OBS. 2:
CUIDADO: Se o autor do crime, apesar dereunir condies de socorrer a vtima, no ofaz, concluindo pela inutilidade da ajuda emface da leso provocada, no escapa doaumento de pena (STF HC 84.380/MG).
c) No procurar diminuir as consequnciasdo comportamento
d) Fuga para evitar priso em flagranteRazes:
PERDO JUDICIAL
Art. 121, 5 CP: Na hiptese de homicdioculposo, o juiz poder deixar de aplicar apena, se as conseqncias da infraoatingirem o prprio agente de forma tograve que a sano penal se tornedesnecessria.
CONCEITO: o instituto pelo qual o juiz, no
obstante a prtica de um fato tpico eantijurdico por um sujeito comprovadamenteculpado, deixa de lhe aplicar, nas hiptesestaxativamente previstas em lei, o preceitosancionador cabvel, levando em consideraodeterminadas circunstncias que concorrempara o evento.
OBS.:
NATUREZA JURDICA DA SENTENACONCESSIVA DO PERDO JUDICIAL
NATUREZA JURDICA DA SENTENACONCESSIVA DO PERDO JUDICIAL
Capez ensina que, adotando-se a segundacorrente (SENTENA DECLARATIAEXTINTIVA DA PUNIBILIDADE), o perdojudicial pode ser concedido na fase de IP.
Obs:
Smula n 18 STJ:A sentena concessiva doperdo judicial declaratria da extino dapunibilidade, no subsistindo qualquer efeitocondenatrio.
Perdo judicialArt. 120 CP - A sentena que conceder perdojudicial no ser considerada para efeitos dereincidncia.
Obs:
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HOMICDIO CULPOSOS NO CP xHOMICDIO CULPOSOS NO CTB
CUIDADO: Homicdio culposo no CTB e aLei 12.971/14
01. (FCC - Juiz de Direito Substituto -PE/2013) Em relao aos crimes contra avida, correto afirmar que:A) compatvel o homicdio privilegiado com aqualificadora do motivo ftil.B) cabvel a suspenso condicional doprocesso no homicdio culposo, se o crimeresulta de inobservncia de regra tcnica deprofisso, arte ou ofcio.C) incompatvel o homicdio privilegiado com aqualificadora do emprego de asfixia.D) o homicdio simples, em determinadasituao, pode ser classificado como crimehediondo.E) a pena pode ser aumentada de um tero nohomicdio culposo, se o crime praticadocontra pessoa menor de quatorze anos oumaior de sessenta anos.
02. (Vunesp - Juiz de Direito Substituto-MG/2012) Maria da Piedade, com 21 (vinte e um)anos, foi estuprada por um desconhecido.Envergonhada com o fato, no tomounenhuma providncia perante a polcia, oMinistrio Pblico ou a justia. Desse fato,resultou gravidez. Maria provocou abortoem si mesma. Em face da legislao querege a matria, assinale a alternativacorreta.
A) Agiu amparada pelo estado de necessidade.
B) Praticou o crime de aborto, descrito noartigo 124 do Cdigo Penal Brasileiro.C) O aborto sentimental pode ser praticado
pela prpria vtima.D) Agiu impelida por relevante valor social.
ABORTO
CONCEITO: Interrupo da gravidez com adestruio do produto da concepo.
ABORTAMENTO x ABORTO
ATENO!
A gravidez interrompida deve ser normal. Seextrauterina ou molar, a sua interrupo nocaracteriza o crime. Na primeira (extrauterina),o embrio no se desenvolve na cavidadeuterina, mas, por exemplo, na trompa (gravidez
tubria), no ovrio (gravidez ovrica) ou notubo que atravessa a parede uterina(intersticial). A evoluo dessa gravidez podegerar a morte da gestante. Na segunda (molar),o produto da concepo apresenta-sedegenerado, incapaz de vida nova.
ABORTO: CLASSIFICAO
1- Aborto natural: interrupo espontnea dagravidez.
2- Aborto acidental:decorrente de acidentesem geral.
3- Aborto criminoso:
4- Aborto legal / permitido:
5- Aborto miservel ou econmico-social:praticado por razes de misria, incapacidadefinanceira para sustentar a vida futura.
6- Aborto eugensico / eugnico: praticadoem face dos comprovados riscos de que o feto
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nasa com graves anomalias psquicas oufsicas.OBS.:
7- Aborto honoris causa: realizado paraocultar gravidez adulterina.
8- Aborto ovular: praticado at a 8 semanade gestao
9- Aborto embrionrio: praticado at a 15semana de gestao
10- Aborto fetal:praticado aps a 15 semanade gestao
ATENO!
# Qual infrao penal pratica quem anunciaprodutos ou mtodos abortivos?
Art. 20 LCP.: Anunciar processo,sub stncia ou ob jeto dest inado a provoc araborto:Pena - mu lta de hum m il cruzeiros a dez milcruzeiros.
ART. 128 CP: Aborto Permitido / Legal
Art. 128 CP - No se pune o abortopraticado por mdico: (Vide ADPF 54)Aborto necessrioI - se no h outro meio de salvar a vida dagestante;Aborto no caso de gravidez resultante deestuproII - se a gravidez resulta de estupro e o
aborto precedido de consentimento dagestante ou, quando incapaz, de seurepresentante legal.
NATUREZA JURDICA DO ART. 128 CP:
ART. 128, I CP: Aborto necessrio /teraputico
Art. 128 CP - No se pune o aborto praticadopor mdico:
Aborto necessrioI - se no h outro meio de salvar a vida dagestante;
REQUISITOS:1- Praticado por mdico2- Riscopara a vidada gestante.3-Impossibilidadede uso de outro meioparasalv-la
CONSENTIMENTO DA GESTANTE?
AUTORIZAO JUDICIAL?
# Se o aborto necessrio for praticado por
outra pessoa que no o mdico?
ART. 128, II CP: Aborto sentimental /humanitrio / ticoArt. 128 CP - No se pune o aborto praticadopor mdico:
Aborto no caso de gravidez resultante deestuproII - se a gravidez resulta de estupro e o aborto precedido de consentimento da gestante ou,quando incapaz, de seu representante legal.
REQUISITOS:
1- Praticado por mdico
2- Gravidez resultante de estupro.
OBS.1:
OBS.2:
3- Consentimento da gestante ou do seurepresentante legal.
AUTORIZAO JUDICIAL?
Pergunta: Se praticado por outra pessoaque no seja mdico?
Pergunta: Se a prpria gestante interrompea gravidez resultante de estupro?
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&s1=54&processo=54http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&s1=54&processo=54http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&s1=54&processo=54http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&s1=54&processo=54http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&s1=54&processo=54 -
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ABORTO DE FETO ANENCEFLICO
FETO ANENCEFLICO: embrio, feto ou
recm-nascido que, por malformaocongnita, no possui uma parte do sistemanervoso central, faltando-lhe os hemisfrioscerebrais, possuindo uma parcela do troncoenceflico (Maria Helena Diniz).
CDIGO PENAL:Nopermiteessa espcie de aborto.- O projeto do CP admite.
DOUTRINA:Trabalhava a hiptese como mais um caso de
inexigibilidade de conduta diversa (paraevitar a punio da gestante).
JURISPRUDNCIA: Autorizava essa espciede abortamento, desde que:1- Presente anomalia inviabilizando vidaextrauterina.2- Anomalia atestada por percia mdica.3- Prova do dano psicolgico da gestante.
STF: Na A.D.P.F. 54 (ajuizada pelaConfederao Nacional dos trabalhadores dasade), admitiu essa espcie de aborto.Argumentos:1- Diante de uma deformao irreversvel dofeto. H de se lanar mo dos avanosmdicos postos disposio da humanidade,evitando sentimentos mrbidos.2- Argumentou a permisso com base nosprincpios da dignidade da pessoa humana,legalidade, liberdade e autonomia davontade.3- Implicitamente reconheceu a atipicidadeda
conduta, por ausncia de viabilidade da vidaextrauterina.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA:regulamentou o procedimento.-Prev exames de ultrassonografia a partir da12 semana de gestao (perodo com maiscerteza do diagnstico).-O laudo deve ser assinado por 2 mdicos.-Consentimento da gestante.-Deve ser realizado em hospital pblico,privado ou em clnicas particulares com
estrutura adequada.
-Garante assistncia mdica constante duranteesse perodo.
03. (Vunesp - Juiz de Direito Substituto-MG/2012) Maria da Piedade, com 21 (vinte e um)anos, foi estuprada por um desconhecido.Envergonhada com o fato, no tomounenhuma providncia perante a polcia, oMinistrio Pblico ou a justia. Desse fato,resultou gravidez. Maria provocou abortoem si mesma. Em face da legislao querege a matria, assinale a alternativacorreta.
A) Agiu amparada pelo estado de necessidade.B) Praticou o crime de aborto, descrito noartigo 124 do Cdigo Penal Brasileiro.C) O aborto sentimental pode ser praticadopela prpria vtima.D) Agiu impelida por relevante valor social.
04. (FCC Juiz Substituto PE/ 2011) Nocrime de leso corporal praticado nocontexto de violncia domstica (art. 129, 9, do Cdigo Penal),
(A) o sujeito passivo sempre a mulher.(B) necessrio que a vtima conviva com oagente.(C) no incide a agravante de o crime sercometido contra cnjuge, se a ofendida casada com o autor.(D) a pena aumentada de 1/6 (um sexto) se ocrime for cometido contra pessoa portadora dedeficincia.(E) no basta que se prevalea o agente de
relao de hospitalidade.
ART. 129 CPLESES CORPORAIS
BEM JURDICO TUTELADO: incolumidadepessoal do indivduo, protegendo:1- Sade fsica2- Sade fisiolgica3- Sade mental
TOPOGRAFIA DA LESO CORPORAL:129, caputCP: leso dolosa leve129, 1 CP: leso dolosa grave
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129, 2 CP: leso dolosa gravssima129, 3 CP: leso corporal seguida de morte129, 4 e 5 CP: privilgio
129, 6 CP: leso corporal culposa129, 7 CP: majorante129, 8 CP: perdo judicial129, 9, 10 e 11 CP: violncia domstica efamiliar
Violncia Domstica
Art. 129, 9oCP - Se a leso for praticadacontra ascendente, descendente, irmo,cnjuge ou companheiro, ou com quemconviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relaesdomsticas, de coabitao ou dehospitalidade:Pena - deteno, de 3 (trs) meses a 3 (trs)anos.Art. 129, 10 CP - Nos casos previstos nos 1oa 3o deste artigo, se as circunstncias soas indicadas no 9odeste artigo, aumenta-se apena em 1/3 (um tero).Art. 129, 11 CP - Na hiptese do 9odesteartigo, a pena ser aumentada de um tero seo crime for cometido contra pessoa portadorade deficincia.
O CRIME DEVE SER PRATICADO:
a) Contra ascendente, descendente ouirmoATENO:
b) Contra cnjuge ou companheiroATENO:
c) Contra pessoa com quem conviva outenha convividoEx:
OBS.:De acordo com Nucci, a expresso comquem conviva ou tenha convivido o agentedeve ser analisada em conjunto com assituaes anteriores, exigindo que agente evtima convivam ou tenham convivido.
d) Prevalecendo-se o agente das relaesdomsticas, de coabitao ou dehospitalidade
OBSERVAES:
Obs.1:Para caracterizar as qualificadoras dos 9, 10 e 11, a vtima no precisa sernecessariamente mulher.
Obs.2: Se a vtima for mulher, alm do CP,ter na sua proteo a Lei n 11.340/06.
Obs.3: Mesmo quando homem, se a vtima forvulnervel, possvel aplicar as medidasprotetivas da Lei Maria da Penha.
05. (FCC Juiz Substituto PE/ 2011) Nocrime de leso corporal praticado nocontexto de violncia domstica (art. 129, 9, do Cdigo Penal),
(A) o sujeito passivo sempre a mulher.(B) necessrio que a vtima conviva com oagente.(C) no incide a agravante de o crime ser
cometido contra cnjuge, se a ofendida casada com o autor.(D) a pena aumentada de 1/6 (um sexto) se ocrime for cometido contra pessoa portadora dedeficincia.(E) no basta que se prevalea o agente derelao de hospitalidade.
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7/23/2019 716 Anexos Aulas 46961 2014-06-23 Juiz Substituto Sp Pcj Direito Penal 062314 Juiz Mag Sp Dir Penal Aula 01
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JUZ SUBSTITUTOMAGISTRATURA DE SO PAULODireito Penal
Rogrio Sanches
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FORA GALERA!!!
Quem quer vencer um obstculo deve armar-se da fora do leo e da prudncia daserpente. (Pndaro)