direito processual penal militar -...

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14/05/2013 vlsr 1 15/05/2013 MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 7º CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE ANALISTA E DE TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO EDITAL MPU Nº 1, DE 20 DE MARÇO DE 2013 DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Prof. Vladimir Luís Silva da Rosa 1 vlsr

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14/05/2013 vlsr 1 15/05/2013

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO

7º CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE ANALISTA E DE TÉCNICO DO MINISTÉRIO

PÚBLICO DA UNIÃO

EDITAL MPU Nº 1, DE 20 DE MARÇO DE 2013

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

Prof. Vladimir Luís Silva da Rosa

1 vlsr

Professor Vladimir Luís Silva da Rosa. Doutorando em

Direito Penal/UBA-Arg. Mestre em Direito

Ambiental/UCS. Especialista em Gestão do Meio

Ambiente/UCS. Especialista em Metodologia da

Pesquisa,MJ. Oficial da Brigada Militar/RS.

Como citar. ROSA, Vladimir Luís Silva da. Introdução

ao Direito Penal Militar. Material da 1ª aula de Direito

Penal Militar, ministrada no Curso de Especialização

Televirtual em Direito Militar – Verbo Jurídico, 2012.

14/05/2013 2 vlsr

14/05/2013 vlsr 3

1. Processo Penal Militar e sua aplicação.

2. Polícia judiciária militar.

3. Inquérito policial militar.

4. Ação penal militar e seu exercício.

5. Processo.

6. Juiz, auxiliares e partes do processo.

7. Denúncia.

8. Competência da Justiça Militar da União.

vlsr 4

Art. 121 e 122 CPM

Art. 29 CPPM

14/05/2013

vlsr 5

AÇÃO PENAL NOS CRIMES MILITARES

- Art. 121, CPM:

regra: pública incondicionada

- Art. 122, CPM: pública condicionada para os crimes dos art. 136 a 141 do CPM

- Art. 90-A da Lei nº 9.099/1995 (JECrim): não aplicação das previsões da citada lei no âmbito da Justiça Militar.

14/05/2013

vlsr 6

Artigos 121 e 122.

14/05/2013

Conceito de ação penal: o monopólio de distribuição

de justiça e o direito de punir pertencem,

exclusivamente, ao Estado, sendo vedada, via de

regra, a autodefesa autorizada pelo Estado, que não

pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo,

bem como a transação, prevista na Lei 9.099/95,

forma de auto composição nas infrações de menor

potencial ofensivo.

14/05/2013 vlsr 7

Surgiram outras concepções:

a) teoria concreta da ação (Wach), estabelecendo

que a ação somente compete a quem tem

razão;

b) teoria do direito potestativo (Chiovenda),

dizendo que ação é o poder jurídico de

realizar as condições para atuação da lei;

c) teoria abstrata da ação (Degenkolb e Plóz),

majoritária atualmente, ensinando ser um

poder jurídico, independente de quem tem

razão.

14/05/2013 vlsr 8

Modernamente a ação penal pode ser

conceituada como o direito de agir exercido

perante juízes e tribunais, invocando a

prestação jurisdicional, que, na esfera

criminal, é a existência da pretensão punitiva

do Estado.

14/05/2013 vlsr 9

vlsr 10

“Ação é o direito subjetivo de se invocar do Estado-Juiz a aplicação do direito objetivo a um caso concreto.” (TOURINHO FILHO)

“Ação penal é o direito subjetivo público de exigir do Estado a prestação jurisdicional sobre uma determinada relação de direito penal.” (JORGE ALBERTO ROMEIRO)

14/05/2013

vlsr 11

Conceito. “[...] uma ação correspondente ao

exercício do direito à jurisdição criminal”, para

reconhecimento ou satisfação, da prevalência,

enfim, do jus puniendi estatal ou do ius

libertatis do ser humano envolvido numa

persecutio criminis (Rogério Lauria Tucci.

Teoria do Direito Processual Penal: jurisdição,

ação e processo penal. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 2002. p. 82).

14/05/2013

vlsr 12

É a manifestação expressa do Estado, através

do Ministério Público ou do ofendido, com o

objetivo de trazer à esfera judicial o

cometimento, em tese, de uma infração penal

e indícios de sua autoria, após o quê será

instaurado um processo que, em sendo aceito,

culmina com a aplicação de uma sanção penal,

absolvição do acusado ou extinção de sua

punibilidade, com base no contraditório e

devido processo legal.

14/05/2013

vlsr 14

Elementos: subjetivos e objetivos.

◦ Subjetivos: Partes. Ministério Público, querelante e

acusado ou querelado. (Sujeito ativo e passivo)

◦ Objetivos: Pedido e causa de pedir. É a utilidade

almejada com o seu exercício. No processo penal, há o

pedido de condenação somente caso haja a presença

dos requisitos a serem analisados no decorrer do feito.

Pede-se, em verdade, o exercício da jurisdição penal.

14/05/2013

vlsr 15

ART.121 - A ação penal somente

pode ser promovida por denúncia

do Ministério Público da Justiça

Militar.

14/05/2013

vlsr 16

A ação penal militar é o direito de pedir ao Estado-Juiz

a aplicação do Direito Penal Militar objetivo; é o direito

de invocar-se o Poder Judiciário para aplicar o direito

penal objetivo.

A ação penal militar é sempre pública (CPPM, art. 29).

Somente pode ser intentada pelo Ministério Público

Militar (CF, art. 129, inc. I), ressalvada a hipótese da

ação privada subsidiária da pública, nos termos do art.

5º, inc. LIX, da Carta Magna, em uma aplicação

analógica do art. 28 do Código de Processo Penal

comum, permitido pelo art. 3º, letra "e", do Código

Processual castrense.

14/05/2013

vlsr 17

Ementa: Ação penal subsidiária. Não cabe a

ação penal privada, prevista no art. 29 da

Código de Processo Penal e no art. 102 §3º

do Código Penal, quando o Ministério

Público, não tendo ficado inerte, haja

requerido, no prazo legal (Código de

Processo Penal, art. 46), o arquivamento do

inquérito. (STF - Inquérito 172, 1984 - ReI.

Min. Octavio Gallotti, in: RTJ v. 112-02, p.

473 e DJU 19.12.1984, p. 11.913)

14/05/2013

vlsr 18

18

“Crimes militares: possibilidade, em tese, quanto a eles, de ajuizamento de queixa subsidiária. Ausência, no caso, dos pressupostos autorizadores da utilização da ação penal privada subsidiária. (...) Ausência, no caso, de legitimação ativa ad causam da associação civil de direito privado que ajuizou a queixa subsidiária. Entidade civil que não se qualifica, no contexto em exame, como sujeito passivo das condutas delituosas que imputou aos querelados, achando-se excluída, por isso mesmo, do rol (que é taxativo) daqueles ativamente legitimados ao exercício da queixa subsidiária (CPP, art. 29, c/c os arts. 30 e 31, c/c o art. 3º, a, do CPPM).

14/05/2013

vlsr 19

19

“[...] A questão do sujeito passivo nos crimes militares e

o tema dos delitos castrenses de dupla subjetividade

passiva. Inaplicabilidade, à espécie, de regras inscritas na

lei da ação civil pública e no Código de Defesa do

Consumidor, para efeito de reconhecer-se, quanto à

Febracta, a sua qualidade para agir em sede de queixa

subsidiária. Inexistência, no ordenamento positivo

brasileiro, da ação penal popular subsidiária.” (Pet 4.281,

Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática,

julgamento em 10-8-2009, DJE de 17-8-2009.)

14/05/2013

vlsr 20

Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136

a 141, a ação penal, quando o agente for

militar ou assemelhado, depende da

requisição do Ministério Militar a que aquele

estiver subordinado; no caso do art. 141,

quando o agente for civil e não houver co-

autor militar, a requisição será do Ministério

da Justiça.

14/05/2013

vlsr 21

21

Primafacie, diga-se que não existe mais a

figura do assemelhado.

Sendo sempre pública a ação penal militar, em

regra incondicionada, em alguns casos ela

depende (está condicionada) da requisição da

autoridade competente.

Se o réu for civil, e no único caso do art. 141

(entendimento para gerar conflito ou

divergência com o Brasil), a requisição é do

Ministro da Justiça.

14/05/2013

vlsr 22

Se o réu for militar, nos casos dos arts. 136 a 141

(hostilidade contra país estrangeiro; provocação a

país estrangeiro; ato de jurisdição indevida; violação

de território estrangeiro; entendimento para

empenhar o Brasil a neutralidade ou a guerra, e

entendimento para gerar conflito ou divergência com

o Brasil), a requisição será do Ministro da Defesa,

independente da Força a que dito réu pertencer.

14/05/2013

vlsr 23

Anote-se, entretanto, que a palavra "requisição"

está empregada com o sentido de

representação, caberá ao Ministério Publico

Militar, dominus litis, decidir sobre o

oferecimento ou não da denúncia.

14/05/2013

vlsr 24 14/05/2013

vlsr 25

Os arts. 129, I, da CF/88 e 29 do CPPM dando

atribuição privativa para ação penal pública

ao Ministério Público Militar pode promover a

ação penal militar, salvo privada subsidiária

da Pública.

14/05/2013

vlsr 26

I - promover, privativamente, a ação penal

pública, na forma da lei;

“Crime militar. Demanda. A titularidade é do Ministério Público, a teor do disposto no art. 129 da CF. Precedente: HC 67.931-5-RS, Tribunal Pleno, decisão unânime, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 31-8-1990.” (RHC 68.178, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 2-10-1990, Segunda Turma, DJ de 19-10-1990.)

14/05/2013

vlsr 27

"A CF deferiu ao Ministério Público o monopólio da ação penal pública (art. 129, I). O exercício do jus actionis, em sede processual penal, constitui inderrogável função institucional do Ministério Público, a quem compete promover, com absoluta exclusividade, a ação penal pública.

A cláusula de reserva, pertinente a titularidade da ação penal pública, sofre apenas uma exceção, constitucionalmente autorizada (art. 5º, LIX), na hipótese singular de inércia do Parquet.

14/05/2013

vlsr 28

Não mais subsistem, em consequência, em

face da irresistível supremacia jurídica de que

se reveste a norma constitucional, as leis

editadas sob regimes constitucionais

anteriores, que deferiam a titularidade do

poder de agir, mediante ação penal pública, a

magistrados, a autoridades policiais ou a

outros agentes administrativos.

14/05/2013

vlsr 29

É inválida a sentença penal condenatória, nas

infrações persequíveis mediante ação penal

pública, que tenha sido proferida em

procedimento persecutório instaurado, a partir

da Constituição de 1988, por iniciativa de

autoridade judiciária, policial ou militar,

ressalvada ao Ministério Público, desde que

inocorrente a prescrição penal, a possibilidade

de oferecer denúncia." (RHC 68.314, Rel.

Min. Celso de Mello, julgamento em 20-9-

1990, Plenário, DJ de 15-3-1991.)

14/05/2013

vlsr 30

Art. 29. A ação penal é pública e

somente pode ser promovida por

denúncia do Ministério Público Militar.

(CPPM).

14/05/2013

vlsr 31

Art. 30. A denúncia deve ser apresentada sempre que houver:

a) prova de fato que, em tese, constitua crime;

b) indícios de autoria.

14/05/2013

vlsr 32

Havendo crime em tese, aferindo apenas a

tipicidade, prova da materialidade e indícios

de autoria, o Ministério Público Militar está

obrigado a ofertar a denúncia.

Para o oferecimento da denúncia deve-se

utilizar o indubio pro societatis, sendo o

fato típico, o Ministério Público Militar

deverá oferecer a denúncia.

14/05/2013

vlsr 33

Proibição de existência da denúncia

Art. 32. Apresentada a denúncia, o

Ministério Público não poderá desistir da

ação penal.

14/05/2013

Havendo vários indiciados, o MP deverá

denunciar todos aqueles em relação aos

quais se convenceu da autoria (ASSIS,

2012).

14/05/2013 vlsr 34

A ação penal militar se desenvolve

com base na lei, e independente

da vontade das partes.

14/05/2013 vlsr 35

14/05/2013 vlsr 36

1. Oficialidade

2. Indisponibilidade

3. Indivisibilidade

4. Legalidade

5. Intranscedência

6. Obrigatoriedade

Ação

pen

al

milit

ar

Pública sempre

Incondicionada

Condicionada/

requisição

Agente Civil: Ministro Justiça

art. 141, CPM

Agente Militar: Ministro Defesa

Art. 136 a 141, CPM

Procurador Geral da Justiça Militar

CAPÍTULO ÚNICO DO PROCESSO

14/05/2013 vlsr 37

Art. 34. O direito de ação é exercido pelo

Ministério Público, como representante da lei e

fiscal da sua execução, e o de defesa pelo

acusado, cabendo ao juiz exercer o poder de

jurisdição, em nome do Estado.

14/05/2013 vlsr 38

14/05/2013 vlsr 39

vlsr 40

Condições da Ação Penal

1) Possibilidade jurídica do pedido.

◦ Há discussão acerca de sua natureza. De

início, Liebman a defendeu, como integrando

da tríade, juntamente com interesse e

legitimidade. Porém, reformulou sua teoria

enquadrando-a no conceito de interesse.

14/05/2013

vlsr 41

Condições da Ação Penal

1) Possibilidade jurídica do pedido.

◦ Tem relação direta com o princípio da legalidade penal, pois incumbe ao Ministério Público ao apresentar a denúncia-crime a classificação do crime (art. 41 CPP). Envolve a impossibilidade de agravamento de penal em revisão criminal, condenação formulada em habeas corpus, etc.

14/05/2013

vlsr 42

2) Interesse de agir.

Diz respeito à necessidade de se recorrer ao Poder

Judiciário para a afirmação de um direito alegado.

Envolve o conceito de interesse adequação, pois o

instrumento processual há de ser adequado e idôneo à

pretensão de direito material e interesse necessidade,

que, em sede processual penal, é sempre estatal, ante

a proibição de vingança privada, ressalvados os casos

de excludentes e ilicitude.

14/05/2013

vlsr 43

3) Justa Causa.

Consistente na presença de requisitos

mínimos de autoria e materialidade que

viabilizam a propositura de ação penal. O art.

395, III, CPP diz: “Art. 395. A denúncia ou

queixa será rejeitada quando:(...) III - faltar

justa causa para o exercício da ação penal.”

No julgamento do HC-RO 106.359/MG;

Segunda Turma; Rel. Min. Ayres Britto; Julg.

22/02/2011; DJE 10/06/2011, o Supremo

Tribunal Federal decidiu: 14/05/2013

vlsr 44

“[...] 2. Dois são os parâmetros objetivos do

exame da validade da denúncia: Os arts. 41 e 395

do código de processo penal. O art. 41 indica um

necessário conteúdo positivo para a denúncia. Já

o art. 395, esse impõe à peça de defesa um

conteúdo negativo. Se no primeiro (art. 41) há

uma obrigação de fazer por parte do ministério

público, no segundo (art. 395) há uma obrigação

de não fazer; ou seja, a peça de denúncia não

pode incorrer nas impropriedades de que trata o

art. 395 do diploma penal adjetivo.”

14/05/2013

vlsr 45

4) Legitimidade de agir.

◦ Em casos de delitos de ação penal pública,

seja de natureza incondicionada ou

condicionada, o titular é o Ministério Público,

no segundo caso quando autorizando

legalmente por intermédio de representação.

14/05/2013

vlsr 46

Eugenio Pacelli de Oliveira destaca a presença

de pressupostos de existência do processo e

da relação jurídica processual e requisitos de

validade de seu regular desenvolvimento

(Curso de Processo Penal. 13ª ed., Rio de

Janeiro, Lumen Juris, 2010, p. 135).

O art. 363 CPP diz: “Art. 363. O processo terá

completada a sua formação quando realizada

a citação do acusado.”

14/05/2013

Art. 35. O processo inicia-se com o recebimento

da denúncia pelo juiz, efetiva-se com a citação

do acusado e extingue-se no momento em que a

sentença definitiva se torna irrecorrível, quer

resolva o mérito, quer não.

14/05/2013 vlsr 47

Art. 363. O processo terá completada a sua

formação quando realizada a citação do

acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719,

de 2008).

14/05/2013 vlsr 48

Art. 35. [...]

Casos de suspensão

Parágrafo único. O processo suspende-se ou

extingue-se nos casos previstos neste Código.

14/05/2013 vlsr 49

Suspensão da marcha do processo

Art. 115. Tratando-se de conflito positivo, o

relator do feito poderá ordenar, desde logo,

que se suspenda o andamento do processo,

até a decisão final.

14/05/2013 vlsr 50

Art. 123, a: na alegação séria e fundada, de

questão prejudicial versando sobre estado

civil de pessoa envolvida no processo.

14/05/2013 vlsr 51

Art. 124. O juiz poderá suspender o processo e aguardar a solução, pelo juízo cível, de questão prejudicial que se não relacione com o estado civil das pessoas, desde que:

a) tenha sido proposta ação civil para dirimi-la;

b) seja ela de difícil solução;

c) não envolva direito ou fato cuja prova a lei civil limite.

14/05/2013 vlsr 52

Art. 132. Se reconhecer a suspeição ou

impedimento, o juiz sustará a marcha do

processo, mandará juntar aos autos o

requerimento do recusante com os

documentos que o instruam e, por despacho,

se declarará suspeito, ordenando a remessa

dos autos ao substituto.

14/05/2013 vlsr 53

Prazo para a prova da alegação

Art. 151. Se o argüente não puder apresentar

a prova da alegação, o juiz poderá conceder-

lhe prazo para que o faça, ficando-lhe, nesse

caso, à discrição, suspender ou não o curso

do processo.

14/05/2013 vlsr 54

Internação para a perícia

Art. 157. [...] -

Entrega dos autos a perito

2º Se não houver prejuízo para a marcha do processo,

o juiz poderá autorizar a entrega dos autos aos

peritos, para lhes facilitar a tarefa. A mesma

autorização poderá ser dada pelo encarregado do

inquérito, no curso deste.

14/05/2013 vlsr 55

Art. 158. A determinação da perícia, quer na fase

policial militar quer na fase judicial, não sustará

a prática de diligências que possam ficar

prejudicadas com o adiamento, mas sustará o

processo quanto à produção de prova em que

seja indispensável a presença do acusado

submetido ao exame pericial.

14/05/2013 vlsr 56

Sustação do feito

Art. 168. O juiz poderá sustar o feito até a

apuração da falsidade, se imprescindível para

a condenação ou absolvição do acusado, sem

prejuízo, entretanto, de outras diligências

que não dependam daquela apuração.

14/05/2013 vlsr 57

Pelo reconhecimento de quaisquer das causas de extinção da punibilidade (art. 123 CPM)

14/05/2013 vlsr 58

I - pela morte do agente;

II - pela anistia ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição;

V - pela reabilitação;

VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo - ART.303, § 4).

Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão.

14/05/2013 vlsr 59

Existência de coisa julgada. Arquivamento de

denúncia

Art 153. Se o juiz reconhecer que o feito sob

seu julgamento já foi, quanto ao fato

principal, definitivamente julgado por

sentença irrecorrível, mandará arquivar a

nova denúncia, declarando a razão por que o

faz.

14/05/2013 vlsr 60

Inimputabilidade. Nomeação de curador. Medida

de segurança

Art. 160. Se os peritos concluírem pela

inimputabilidade penal do acusado, nos termos

do art. 48 (preâmbulo) do Código Penal Militar,

o juiz, desde que concorde com a conclusão do

laudo, nomear-lhe-á curador e lhe declarará,

por sentença, a inimputabilidade, com aplicação

da medida de segurança correspondente.

14/05/2013 vlsr 61

14/05/2013 vlsr 62

14/05/2013 vlsr 63

Os órgãos do Poder Judiciário são os

seguintes:

Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais

Tribunais e Juízes do Trabalho

Tribunais e Juízes Eleitorais

Tribunais e Juízes Militares Tribunais e Juízes dos Estados

14/05/2013 vlsr 64

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

SUPERIOR

TRIBUNAL DE

JUSTIÇA

TRIBUNAL

SUPERIOR DO

TRABALHO

TRIBUNAL

SUPERIOR

ELEITORAL

SUPERIOR

TRIBUNAL

MILITAR

TRIBUNAIS

REGIONAIS DO

TRABALHO

TRIBUNAIS

DE

JUSTIÇA

TRIBUNAIS

REGIONAIS

FEDERAIS

TRIBUNAL

DE

JUSTIÇA

MILITAR

TRIBUNAIS

REGIONAIS

ELEITORAL

ÓRGÃO

RECURSAL

PEQUENAS

CAUSAS

VARAS

ESTADUAIS

JUIZ SINGULAR

PEQUENAS

CAUSAS

TRIBUNAIS

DO

JURI

VARAS

FEDERAIS

CONSELHO

DE

JUSTIÇA

AUDITORIAS

MILITARES

FEDERAIS

JUIZES

ELEITORAIS

JUNTAS

ELEITORAIS

JUNTAS DE

CONCILIAÇÃO E

JULGAMENTO

14/05/2013 vlsr 65

a)SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (arts. 101 a 103 da CF)

Compõem-se de onze ministros, competindo-lhe, a guarda da CF.

Segundo o Min. Sydney Sanches, do STF, “a função de guarda da

Constituição confere ao STF posição de enorme responsabilidade e

importância na implantação e preservação da nova ordem

constitucional”.

14/05/2013 vlsr 66

a)SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (arts. 101 a 103 da CF)

Parte da competência que era atribuída ao Supremo pela

Constituição anterior é conferida, agora, ao STJ, uma das inovações

da Carta Magna no tocante à estrutura do Poder Judiciário.

O STF é o órgão de cúpula do Judiciário, último grau de

jurisdição para revisão das decisões proferidas por quaisquer órgãos

que o integram, nos casos permitidos pela própria Carta Magna.

14/05/2013 vlsr 67

b)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (arts. 104 a 105 da CF)

Criação da nova Constituição, o STJ absorveu o

Tribunal Federal de Recursos e parte da extinta

competência do STF, que passou a atuar na guarda da

Carta Magna.

14/05/2013 vlsr 68

c)TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES

FEDERAIS (arts. 106 a 110 da CF)

Tanto os Tribunais Regionais Federais como os

Juízes Federais integram a Justiça Federal Comum,

denominação que se adota para distingui-los dos

órgãos que compõem a Justiça Especial da União

(Trabalho, Eleitoral e Militar).

14/05/2013 vlsr 69

c)TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES

FEDERAIS (arts. 106 a 110 da CF)

Na competência dos TRFs, que também foram criados

pela nova Carta Magna, destaca-se o julgamento, em grau de

recurso, das causas decididas pelos Juízes Federais; aos

Juízes Federais, entre outras causas, compete processar e

julgar aquelas em que a União, entidade autárquica ou

empresa pública federal forem interessadas na condição de

autoras ou rés, exceto as sujeitas à Justiça Eleitoral e à

Justiça do Trabalho.

14/05/2013 vlsr 70

c)TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES

FEDERAIS (arts. 106 a 110 da CF)

A Lei 7.727, publicada no Diário Oficial da União de 10/01/89,

regula a criação dos cinco primeiros TRFs, com as seguintes sedes:

Brasília (1a Região: DF, AC, AP, AM, BA, GO, MA, MG, MT,

PA, PI, RO, RR e TO);

Rio de Janeiro (2a Região: RJ e ES);

São Paulo (3a Região: SP e MS);

Porto Alegre (4a Região: RS, PR e SC);

Recife (5a Região: PE, AL, CE, PB, RN e SE).

14/05/2013 vlsr 71

f)TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES (arts. 122 a 124

da CF)

Trata-se de Justiça Especial da União, de competência

exclusivamente penal, composta pelo Superior Tribunal

Militar e “Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei”(art.

122, II, da CF).

14/05/2013 vlsr 72

g)TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS (arts. 125 a 126

da CF)

Compõe-se a Justiça dos Estados de órgãos de primeiro e

segundo graus, representados estes últimos pelos Tribunais de

Justiça e aqueles pelos juízes de Direito, Tribunais do Júri (apesar

da denominação “Tribunais”, é órgão de primeiro grau) e Juizados

Especiais.

Os Juizados Especiais, são disciplinados pela Lei 9.099/95,

providos por Juízes togados e leigos, têm competência para a

conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor

complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo.

14/05/2013 vlsr 73

Justiça Especializada, criada no Brasil em 01 de abril de 1808, sob a denominação de Conselho Supremo Militar e de Justiça. Pertencia, à época, ao Poder Executivo.

Em 1893 passou a se chamar de Supremo Tribunal Militar.

A CF 1946 consagrou o atual nome: Superior Tribunal Militar.

Introduzido ao Poder Juciário no ano de 1934.

14/05/2013 vlsr 74

Juízes de Direito (Juiz-auditor)

e Conselhos de Justiça

(Auditorias Militares Estados

DF e Territórios).

TJM ou TJ

STJ

Conselhos de Justiça

(Auditorias Militares da União)

STM

STF

14/05/2013 vlsr 75

Prevista nos art. 122 a 124 da CF.

Competência exclusiva penal.

Competência para processar e julgar os crimes

militares definidos em lei.

Julga, além de integrantes das Forças Armadas, em

certos casos, civis.

Órgãos da Justiça Militar: o Superior Tribunal Militar

(STM) e os Tribunais e Juízes Militares instituídos por

lei.

STM

Auditoria de Correição

Conselhos de Justiça

Juízes Auditores

Juízes Auditores-substitutos

14/05/2013 vlsr 76

14/05/2013 vlsr 77

Composição: 15 Ministros vitalícios.

Estrutura da composição – 3 oficiais-generais

da Marinha; 4 do Exército; 3 da Aeronáutica;

e 5 civis – sendo 3 advogados com notório

saber jurídico e conduta ilibada, com mais de

10 anos de atividade, 1 dentre juízes-

auditores e 1 membro do MPM.

14/05/2013 vlsr 78

Forma de nomeação: pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal, por maioria simples.

Requisitos – a CF prevê, tão-só, para os civis. São eles:

a) ser brasileiro nato ou naturalizado;

b) ter mais de 35 anos de idade.

14/05/2013 vlsr 79

Primeiro Grau: sistema de escabinato. É

formado pelos chamados Conselhos de

Justiça (art. 16, Lei n.8.457/92), que são o

Especial e o Permanente. São presididos por

militares (Oficiais) e não pelos juízes-

auditores.Item este que difere da JME, que a

partir da EC 45 passou a ser presidida pelos

juízes de direito.

14/05/2013 vlsr 80

São 12 Circunscrições da Justiça Militar em todo o país. A 3ª Circunscrição tem jurisdição sobre o RS.

A 3ª CJM possui 3 Auditorias (a 1ª com sede em Porto Alegre, a 2ª com sede em Bagé e a 3ª com sede em Santa Maria) cada uma com 1 Juiz-Auditor e um Substituto;

Nas Auditorias reúnem-se os Conselhos de Justiça Militar (permanente e especial) compostos por 1 Juiz-Auditor e 4 Juízes Militares temporários (sorteados entre oficiais das forças armadas para o trimestre).

14/05/2013 vlsr 81

14/05/2013 vlsr 82

Primeiro Grau: sistema de escabinato. É

formado pelos chamados Conselhos de Justiça

(art. 16, Lei n.8.457/92), que são o Especial e o

Permanente. São presididos por militares

(Oficiais) e não pelos juízes-auditores.Item este

que difere da JME, que a partir da EC 45 passou

a ser presidida pelos juízes de direito.

14/05/2013 vlsr 83

Os Conselhos de Justiça constituem os órgãos

de 1º grau da Justiça Militar, tanto da União,

quanto dos Estados e do Distrito Federal.

Tal conselho é um órgão jurisdicional

colegiado sui generis, formado por um juiz

togado (auditor) e quatro juízes militares,

pertencentes à Força a que pertencer o

acusado, tendo fundamento nos arts. 122, II e;

125, § 3º, da Carta Magna.

14/05/2013 vlsr 84

14/05/2013 vlsr 85

Processa e julga crimes militares

cometidos por praças ou civis (este

último, somente na Justiça Militar da

União), tem seus juízes renovados a

cada trimestre, sem vincular os juízes

militares ao processo nos quais

atuarem naquele período.

14/05/2013 vlsr 86

Destinado a processar e julgar oficiais até o posto

de Coronel ou Capitão-de-Mar-e-Guerra.

Tem seus juízes militares escolhidos para cada

processo, aplicando-se, excepcionalmente, e

somente em relação aos juízes militares, o

princípio da identidade física do juiz, ou seja,

aquele Conselho somente se extinguirá com a

decisão final do processo.

14/05/2013 vlsr 87

Em regra, assim como os demais magistrados que atuam no foro penal, o juiz-auditor não fica vinculado a processo algum.

O Conselho de Justiça é ainda diferenciado em relação à forma de investidura e das garantias e prerrogativas de seus membros.

14/05/2013 vlsr 88

O juiz auditor, togado, é civil e ingressa na carreira

através de concurso público de provas e títulos, com a

participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),

em todas as suas fases (CRFB, art. 93, I), gozando das

seguintes garantias: vitaliciedade, inamovibilidade e

irredutibilidade de subsídios (CRFB, art. 95), tendo em

contrapartida as vedações do parágrafo único do

referido artigo.

14/05/2013 vlsr 89

Os juízes militares investem-se na função por

meio de sorteio, realizado sob uma lista de

oficiais apresentados, nos termos dos arts. 19

e 23 da Lei 8.457/92.

São juízes de fato, não gozando das

prerrogativas afetas aos magistrados de

carreira.

14/05/2013 vlsr 90

Os oficiais são juízes somente enquanto

reunido o Conselho, que é efetivamente o

órgão jurisdicional.

Isoladamente, fora das reuniões do Conselho

de Justiça, os oficiais que atuam naquela

Auditoria não serão mais juízes, submetendo-

se aos regulamentos e normas militares que a

vida de caserna lhes impõe.

Função do juiz

Art. 36. O juiz proverá a regularidade do processo e a

execução da lei, e manterá a ordem no curso dos

respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a forca

militar.

1º Sempre que este Código se refere a juiz abrange,

nesta denominação, quaisquer autoridades judiciárias,

singulares ou colegiadas, no exercício das respectivas

competências atributivas ou processuais.

14/05/2013 vlsr 91

Função do juiz

Art. 36.

Independência da função

2º No exercício das suas atribuições, o juiz não

deverá obediência senão, nos termos legais, à

autoridade judiciária que lhe é superior.

14/05/2013 vlsr 92

Impedimento para exercer a jurisdição

Art. 37. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:

a) como advogado ou defensor, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar de justiça ou perito, tiver funcionado seu cônjuge, ou parente consangüíneo ou afim até o terceiro grau inclusive;

b) ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;

c) tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;

d) ele próprio ou seu cônjuge, ou parente consangüíneo ou afim, até o terceiro grau inclusive, for parte ou diretamente interessado.

14/05/2013 vlsr 93

Inexistência de atos

Parágrafo único. Serão considerados

inexistentes os atos praticados por juiz

impedido, nos termos deste artigo.

14/05/2013 vlsr 94

Casos de suspeição do juiz

Art. 38. O juiz dar-se-á por suspeito e, se o não fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

a) se fôr amigo íntimo ou inimigo de qualquer delas;

b) se êle, seu cônjuge, ascendente ou descendente, de um ou de outro, estiver respondendo a processo por fato análogo, sôbre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

c) se êle, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim até o segundo grau inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;

14/05/2013 vlsr 95

Casos de suspeição do juiz

Art. 38. O juiz dar-se-á por suspeito e, se o não fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:

d) se êle, seu cônjuge, ou parente, a que alude a alínea anterior, sustentar demanda contra qualquer das partes ou tiver sido procurador de qualquer delas;

e) se tiver dado parte oficial do crime;

f) se tiver aconselhado qualquer das partes;

g) se êle ou seu cônjuge fôr herdeiro presuntivo, donatário ou usufrutuário de bens ou empregador de qualquer das partes;

h) se fôr presidente, diretor ou administrador de sociedade interessada no processo;

i) se fôr credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes.

14/05/2013 vlsr 96

Suspeição entre adotante e adotado

Art. 39. A suspeição entre adotante e adotado será considerada nos mesmos têrmos da resultante entre ascendente e descendente, mas não se estenderá aos respectivos parentes e cessará no caso de se dissolver o vínculo da adoção.

Suspeição por afinidade

Art. 40. A suspeição ou impedimento decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhe deu causa, salvo sobrevindo descendentes. Mas, ainda que dissolvido o casamento, sem descendentes, não funcionará como juiz o parente afim em primeiro grau na linha ascendente ou descendente ou em segundo grau na linha colateral, de quem fôr parte do processo.

Suspeição provocada

Art. 41. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz, ou de propósito der motivo para criá-la.

14/05/2013 vlsr 97

vlsr 98

Aprovada pela Lei nº 8.457, de 4 de setembro de 1992 e alterada pelas Leis nº 8.719, de 19 de outubro de

1993; 9.283, de 13 de junho de 1996; 10.333, de 19 de dezembro de 2001 e 10.445, de 7 de maio de 2002

PARTE III

CAPÍTULO ÚNICO

DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR EM TEMPO DE GUERRA

14/05/2013

vlsr 99

[...] -

Parágrafo único. O comandante do teatro de

operações responderá a processo perante o

Superior Tribunal Militar, condicionada a

instauração da ação penal à requisição do

Presidente da República.

14/05/2013

vlsr 100

Não se aplica à Justiça Militar a Lei nº

9.099/95, tendo em vista disposição expressa

no art. 90-A e, pelo mesmo motivo, não se

aplica a Lei nº 10.259/2001, que trata dos

Juizados Especiais Cíveis e Criminais no

âmbito da Justiça Federal.

Art. 90-A. As disposições desta Lei não se

aplicam no âmbito da Justiça Militar. 14/05/2013

14/05/2013 vlsr 101

Funcionários e serventuários da Justiça

Art. 42. Os funcionários ou serventuários da justiça Militar são, nos processos em que funcionam, auxiliares do juiz, a cujas determinações devem obedecer.

14/05/2013 vlsr 102

Escrivão

Art. 43. O escrivão providenciará para que estejam em ordem e em dia as peças e termos dos processos.

Lei n. 8.457, 04/09/92 – Funções do antigo escrivão são

executadas:

SEÇÃO III

Dos Técnicos Judiciários

Art. 80. São atribuições do Técnico Judiciário:

I - substituir o Diretor da Secretaria, nas férias, licenças, faltas e impedimentos, por designação do Juiz-Auditor;

II - executar os serviços determinados pelo Juiz-Auditor e Diretor de Secretaria, inclusive os atos previstos nos incisos III, VIII, X e XI do art. 79 desta lei que serão por este último subscritos;

III - lavrar procuração apud acta, quando estiver funcionando em audiência.

14/05/2013 vlsr

103

Oficial de Justiça

Art. 44. O oficial de justiça realizará as diligências que lhe atribuir a lei de organização judiciária militar e as que lhe forem ordenadas por despacho do juiz, certificando o ocorrido, no respectivo instrumento, com designação de lugar, dia e hora.

Diligências

1º As diligências serão feitas durante o dia, em período que medeie entre as seis e as dezoito horas e, sempre que possível, na presença de duas testemunhas.

Mandados

2º Os mandados serão entregues em cartório, logo depois de cumpridos, salvo motivo de forca maior.

14/05/2013 vlsr

104

LOJMU - Art. 81. São atribuições do Oficial de Justiça Avaliador:

LEI 11.416/06, ART. 4º, § 1o

Oficial de Justiça Avaliador FEDERAL

14/05/2013 vlsr 105

Convocação de substituto. Nomeação ad hoc

Art. 45. Nos impedimentos do funcionário ou serventuário de justiça, o juiz convocará o substituto; e, na falta deste, nomeará um ad hoc, que prestará compromisso de bem desempenhar a função, tendo em atenção as ordens do juiz e as determinações de ordem legal.

Suspeição de funcionário ou serventuário

Art. 46. O funcionário ou serventuário de justiça fica sujeito, no que for aplicável, às mesmas normas referentes a impedimento ou suspeição do juiz, inclusive o disposto no art. 41.

14/05/2013 vlsr

106

14/05/2013 vlsr 107

Nomeação de peritos

Art. 47 Os peritos e intérpretes serão de nomeação do juiz, sem intervenção das partes.

Preferência

Art. 48. Os peritos ou intérpretes serão nomeados de preferência dentre oficiais da ativa, atendida a especialidade.

Compromisso legal

Parágrafo único. O perito ou intérprete prestará compromisso de desempenhar a função com obediência à disciplina judiciária e de responder fielmente aos quesitos propostos pelo juiz e pelas partes.

14/05/2013 vlsr

108

Encargo obrigatório

Art. 49. O encargo de perito ou intérprete não pode ser recusado, salvo motivo relevante que o nomeado justificará, para apreciação do juiz.

Penalidade em caso de recusa

Art. 50. No caso de recusa irrelevante, o juiz poderá aplicar multa correspondente até três dias de vencimentos, se o nomeado os tiver fixos por exercício de função; ou, se isto não acontecer, arbitrá-lo em quantia que irá de um décimo à metade do maior salário mínimo do país.

14/05/2013 vlsr 109

Casos extensivos

Parágrafo único. Incorrerá na mesma pena o perito ou o intérprete que, sem justa causa:

a) deixar de acudir ao chamado da autoridade;

b) não comparecer no dia e local designados para o exame;

c) não apresentar o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.

14/05/2013 vlsr 110

Não comparecimento do perito

Art. 51. No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, o juiz poderá determinar sua apresentação, oficiando, para esse fim, à autoridade militar ou civil competente, quando se tratar de oficial ou de funcionário público.

14/05/2013 vlsr 111

Impedimentos dos peritos

Art. 52. Não poderão ser peritos ou intérpretes:

a) os que estiverem sujeitos a interdição que os inabilite para o exercício de função pública;

b) os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;

c) os que não tiverem habilitação ou idoneidade para o seu desempenho;

d) os menores de vinte e um anos.

Suspeição de peritos e intérpretes

Art. 53. É extensivo aos peritos e intérpretes, no que lhes for aplicável, o disposto sobre suspeição de juízes.

14/05/2013 vlsr 112

14/05/2013 vlsr 113

14/05/2013 vlsr 114

O Ministério Público Militar é instituição permanente e

essencial à função jurisdicional do Estado, prevista

constitucionalmente, tendo por principal atribuição

promover, privativamente, a ação penal pública, na

forma da lei (CRFB, 127, caput, e 129, I).

Ao inverso do que denota o termo de identificação

empregado – militar –, o Ministério Público é uma

instituição civil, como também civis são seus

membros, possuindo autonomia e independência

funcional. Representa o Estado (acusação e

persecução) no processo penal.

14/05/2013 vlsr 115

No exercício funcional, cada membro possui

autonomia, estando subordinado apenas às

leis.

Ressalva-se, todavia, a responsabilidade

subjetiva por danos concretamente causados,

pelo uso indevido ou de má-fé, de suas

funções institucionais.

14/05/2013 vlsr 116

O Ministério Público Militar é ramo

especializado do Ministério Público da União,

ao lado de seus congêneres: Ministério Público

Federal, do Ministério Público do Trabalho e do

Ministério Público do Distrito Federal e

Territórios; atuando perante a Justiça Militar

federal, com inúmeras atribuições judiciais e

extrajudiciais.

14/05/2013 vlsr 117

Em 1ª instância, a carreira é composta por

Promotores de Justiça Militar e Procurador de

Justiça Militar – órgãos de execução, os quais

oficiam nas Auditorias Militares – e, em 2ª

instância, por Subprocuradores-Gerais da Justiça

Militar, que têm exercício perante o Superior

Tribunal Militar.

14/05/2013 vlsr 118

São também órgãos do Ministério Público Militar:

o Procurado-Geral, a Corregedoria-Geral, o

Colégio de Procuradores do Ministério Público

Militar, o Conselho Superior e a Câmara de

Coordenação e Revisão.

14/05/2013 vlsr 119

Na esfera dos Estados-Membros e do Distrito

Federal não existe Ministério Público Militar. São

os próprios representantes dos Ministérios

Públicos Estaduais que atuam junto às Auditorias

Militares.

14/05/2013 vlsr 120

De igual modo que os representantes do Parquet, os

advogados que atuam na Justiça Militar Brasileira são

todos civis.

Nos termos da Constituição, o advogado é

indispensável à administração da justiça, estando o

Estado incumbido de prestar assistência jurídica

integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência

de recursos (CF, art. 5º, LXXIV), motivo pelo qual se

tem a figura da Defensoria Pública – instituição

essencial à função jurisdicional do Estado,

incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em

todos os graus, dos necessitados.

14/05/2013 vlsr 121

A Lei 8.906, de 04.07.1994, dispõe sobre o

Estatuto da Advocacia e a Ordem dos

Advogados do Brasil[9] (OAB). De outra banda,

a Lei Complementar nº 80, de 12.01.1994,

organizou a Defensoria Pública da União, do

Distrito Federal e dos Territórios, e prescreve

normas gerais para sua organização nos

Estados.

14/05/2013 vlsr 122

Na Justiça Militar, a constituição de defensor

independerá de mandato se o acusado o

indicar por ocasião do interrogatório, ou em

qualquer outra fase do processo, por termo

nos autos.

Havendo mandato (procuração), entretanto,

este obedecerá aos termos do art. 38 do

Código de Processo Civil.

14/05/2013 vlsr 123

A função de defensor é privativa do Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (art. 1º, I, EAOAB).

Na ausência de defensor constituído, será nomeado um dativo.

A competência para nomeação é do presidente do Conselho de Justiça (art. 29, III, LOJMU). O patrocínio da causa é obrigatório, salvo motivo relevante arguido pelo defensor dativo.

14/05/2013 vlsr 124

Vale lembrar que, na jurisdição federal, os

militares poderão ser representados

judicialmente por membros da Advocacia-

Geral da União, conforme previsto na Lei nº

9.028, de 12 de abril de 1995, e disposto em

regulamento, quando envolvidos em inquéritos

ou processos judiciais.

Intervenção do assistente no processo

Art. 65. Ao assistente será permitido, com aquiescência do juiz e ouvido o Ministério Público:

a) propor meios de prova;

b) requerer perguntas às testemunhas, fazendo-o depois do procurador;

c) apresentar quesitos em perícia determinada pelo juiz ou requerida pelo Ministério Público;

d) juntar documentos;

e) arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público;

f) participar do debate oral.

14/05/2013 vlsr

125

Assistente em processo perante o Superior Tribunal Militar

ART. 65, §3º Caberá ao relator do feito, em despacho irrecorrível,

após audiência do procurador-geral, admitir ou não o assistente,

em processo da competência originária do Superior Tribunal

Militar. Nos julgamentos perante esse Tribunal, se o seu

presidente consentir, o assistente poderá falar após o

procurador-geral, por tempo não superior a dez minutos. Não

poderá opor embargos, mas lhe será consentido impugná-los, se

oferecidos pela defesa, e depois de o ter feito o procurador-

geral.

14/05/2013 vlsr 126

14/05/2013 vlsr 127

Personalidade do acusado

Art. 69. Considera-se acusado aquele a quem é imputada a prática de infração penal em denúncia recebida.

Antes do recebimento da denúncia: indiciado, depois acusado e réu depois de a condenação.

14/05/2013 vlsr 128

Identificação do acusado

Art. 70. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará o processo, quando certa sua identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo ou da execução da sentença, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.

14/05/2013 vlsr 129

Nomeação obrigatória de defensor

Art. 71. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.

Constituição de defensor

1º A constituição de defensor independerá de instrumento de mandado, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório ou em qualquer outra fase do processo por termo nos autos.

14/05/2013 vlsr 130

Nomeação obrigatória de defensor

Art. 71.

Defesa de praças

5º As praças serão defendidas pelo advogado de ofício, cujo patrocínio é obrigatório, devendo preferir a qualquer outro.

14/05/2013 vlsr 131

Nomeação de curador

Art. 72. O juiz dará curador ao acusado incapaz.

Prerrogativa do posto ou graduação

Art. 73. O acusado que for oficial ou graduado não perderá, embora sujeito à disciplina judiciária, as prerrogativas do posto ou graduação. Se preso ou compelido a apresentar-se em juízo, por ordem da autoridade judiciária, será acompanhado por militar de hierarquia superior a sua.

Parágrafo único. Em se tratando de praça que não tiver graduação, será escoltada por graduado ou por praça mais antiga.

14/05/2013 vlsr 132

14/05/2013 vlsr 133

Petição inicial acusatória proposta pelo MPM,

pela qual esse órgão exerce seu direito como

titular da ação penal.

Será oferecida quando houver prova de fato

que em tese constitui crime e indícios de

autoria.

14/05/2013 vlsr 134

a) a designação do juiz a que se dirigir;

b) o nome, idade, profissão e residência do acusado, ou esclarecimentos pelos quais possa ser qualificado;

c) o tempo e o lugar do crime;

d) a qualificação do ofendido e a designação da pessoa jurídica ou instituição prejudicada ou atingida, sempre que possível;

e) a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias;

f) as razões de convicção ou presunção da delinquência;

g) a classificação do crime;

h) o rol das testemunhas, em número não superior a seis, com a indicação da sua profissão e residência; e o das informantes com a mesma indicação.

14/05/2013 vlsr 135

Rejeição de denúncia

Art. 78. A denúncia não será recebida pelo juiz:

a) se não contiver os requisitos expressos no artigo anterior;

b) se o fato narrado não constituir evidentemente crime da competência da Justiça Militar;

c) se já estiver extinta a punibilidade;

d) se for manifesta a incompetência do juiz ou a ilegitimidade do acusador.

Na ausência de requisitos formais. o juiz, por despacho fundamentado, remeterá ao MP para que, em 3 dias, contados da data do recebimento dos autos, sejam preenchidos os requisitos que não o tenham sido.

14/05/2013 vlsr 136

Prazo para oferecimento da denúncia

Art. 79. A denúncia deverá ser oferecida, se o acusado estiver preso, dentro do prazo de cinco dias, contados da data do recebimento dos autos para aquele fim; e, dentro do prazo de quinze dias, se o acusado estiver solto. O auditor deverá manifestar-se sobre a denúncia, dentro do prazo de quinze dias.

14/05/2013 vlsr 137

Prorrogação de prazo

1º O prazo para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do juiz, ser prorrogado ao dobro; ou ao triplo, em caso excepcional e se o acusado não estiver preso.

2º Se o Ministério Público não oferecer a denúncia dentro deste último prazo, ficará sujeito à pena disciplinar que no caso couber, sem prejuízo da responsabilidade penal em que incorrer, competindo ao juiz providenciar no sentido de ser a denúncia oferecida pelo substituto legal, dirigindo-se, para este fim, ao procurador-geral, que, na falta ou impedimento do substituto, designará outro procurador.

14/05/2013 vlsr

138

A definição constitucional não deixa margens a dúvidas: são da competência da jurisdição militar os crimes qualificados como tais na legislação.

É importante analisar as alterações ofertadas pela EC 45 na Justiça

Militar. De qualquer sorte, aos Juízes de Direito da Justiça Militar competirá o julgamento dos crimes militares cometidos contra civil bem como ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça (órgão colegiado) o processo e julgamento dos demais crimes militares.

A Justiça Militar estadual julga, portanto, os militares nos

crimes militares definidos em lei, ressalvada a competência do Tribunal do Júri, quando a vítima for civil (art. 125, § 4°, CF) – Ver Súmula 53, STJ. A Justiça Militar federal, por sua vez, julga tanto civis, quanto militares.

Art. 82. O fôro militar é especial e a êle estão sujeitos, em tempo de paz:

Art. 82. O foro militar é especial, e, exceto nos crimes dolosos contra a vida praticados contra civil, a ele estão sujeitos, em tempo de paz: (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)

Pessoas sujeitas ao fôro militar I - nos crimes definidos em lei contra as instituições militares ou a

segurança nacional: a) os militares em situação de atividade e os assemelhados na

mesma situação; b) os militares da reserva, quando convocados para o serviço

ativo; c) os reservistas, quando convocados e mobilizados, em

manobras, ou no desempenho de funções militares; d) os oficiais e praças das Polícias e Corpos de Bombeiros,

Militares, quando incorporados às Forças Armadas;

II - nos crimes funcionais contra a administração militar ou contra a administração da Justiça Militar, os auditores, os membros do Ministério Público, os advogados de ofício e os funcionários da Justiça Militar.

§ 1° O fôro militar se estenderá aos militares da reserva, aos reformados e aos civis, nos crimes contra a segurança nacional ou contra as instituições militares, como tais definidas em lei. (Renumerado do parágrafo único, pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)

§ 2° Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justiça Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.299, de 7.8.1996)

Fôro militar em tempo de guerra Art. 83. O fôro militar, em tempo de guerra,

poderá, por lei especial, abranger outros casos, além dos previstos no artigo anterior e seu parágrafo.

Assemelhado Art. 84. Considera-se assemelhado o

funcionário efetivo, ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetidos a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento.

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DA COMPETÊNCIA EM GERAL Determinação da competência Art. 85. A competência do fôro militar será

determinada: I - de modo geral: a) pelo lugar da infração: Art. 88 – Lugar da Infração Art. 89 – A bordo de navio Art. 90 – A bordo de aeronave Arts. 91 e 92: fora do território nacional b) pela residência ou domicílio do acusado; c) pela prevenção; II - de modo especial, pela sede do lugar de serviço.

DA COMPETÊNCIA EM GERAL

Determinação da competência

Na Circunscrição Judiciária

Art. 86. Dentro de cada Circunscrição Judiciária Militar,

a competência será determinada:

a) pela especialização das Auditorias;

b) pela distribuição;

c) por disposição especial deste Código.

A definição constitucional não deixa margens a dúvidas: são da

competência da jurisdição militar os crimes qualificados como tais

na legislação.

É importante analisar as alterações ofertadas pela EC 45 na Justiça

Militar. De qualquer sorte, aos Juízes de Direito da Justiça

Militar competirá o julgamento dos crimes militares cometidos

contra civil bem como ações judiciais contra atos disciplinares

militares, cabendo ao Conselho de Justiça (órgão colegiado) o

processo e julgamento dos demais crimes militares.

A Justiça Militar estadual julga, portanto, os militares nos

crimes militares definidos em lei, ressalvada a competência do

Tribunal do Júri, quando a vítima for civil (art. 125, § 4°, CF) –

Ver Súmula 53, STJ. A Justiça Militar federal, por sua vez, julga

tanto civis, quanto militares.

vlsr 150

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REFERÊNCIAS

14/05/2013