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REGISTRO DE ESTABELECIMENTO E DE PRODUTOS NO MAPA COM INSCRIÇÃO ESTADUAL DE PRODUTOR RURAL PRODUÇÃO E VENDA DE VINHOS, SUCO E VINAGRE ELABORADOS POR AGRICULTORES FAMILIARES Elaborado por: Renato Cougo dos Santos [email protected] - Tel: (51) 21254271 Área de Agroindústria / Núcleo de Gestão dos Programas Gerência Técnica / Ascar - Emater/RS

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Page 1: 6ª apresentação 5º horti serra gaúcha 22 5-2013 renato

REGISTRO DE ESTABELECIMENTO E DE PRODUTOS NO

MAPA COM INSCRIÇÃO ESTADUAL DE PRODUTOR

RURAL

PRODUÇÃO E VENDA DE VINHOS, SUCO E VINAGRE

ELABORADOS POR AGRICULTORES FAMILIARES

Elaborado por: Renato Cougo dos Santos

[email protected] - Tel: (51) 21254271

Área de Agroindústria / Núcleo de Gestão dos Programas

Gerência Técnica / Ascar - Emater/RS

Page 2: 6ª apresentação 5º horti serra gaúcha 22 5-2013 renato

Demanda dos Agricultores Familiares:

Fazer o Registro de Estabelecimento e Registro de Produtos da

uva, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, com a

Inscrição Estadual em substituição a Inscrição no Cadastro Nacional de

Pessoa Jurídica - CNPJ.

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Quais os benefícios que o atendimento da demanda

traria aos agricultores familiares:

Permanência do enquadramento fiscal de produtor rural e a

manutenção da classificação na Seção “A” Agricultura, Pecuária, Produção

Florestal, Pesca e Aquicultura da atividade econômica CNAE 2.1.

Manutenção do enquadramento previdenciário como Segurado

Especial da Previdência Social.

Comercialização com a Nota Fiscal de Produtor Rural

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BASE LEGAL

LEGALIZAÇÃO

TRIBUTÁRIA

ENQUADRAMENTO

PREVIDENCIÁRIO

LICENCIAMENTO

SANITÁRIO LICENCIAMENTO

AMBIENTAL

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A Constituição da República Federativa do Brasil - CRFB de 1988, assegura o

direito a propriedade privada e o livre exercício de qualquer atividade econômica

TÍTULO VII

Da Ordem Econômica e Financeira

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Artigo 170 - a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre

iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,

observados os seguintes princípios:

Incisos: II - propriedade privada; e III – função social da propriedade;

Parágrafo único - é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade

econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em

lei.

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Artigo 174 - como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado

exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este

determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

Planejamento

No Parágrafo Único do Artigo 170 da constituição afirma-se que é livre o exercício de

qualquer atividade econômica, assim cabe a pergunta: O que é Atividade Econômica?

Atividade econômica pode ser entendida como sendo aquela que gera riqueza mediante a

extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a

satisfação de necessidades humanas.

As inúmeras possibilidades de interpretações por parte da iniciativa privada para

exploração da atividade econômica com esta definição obrigou o poder público, como agente normativo e

regulador, a organiza-lá e descreve-lá dentro dos princípios da igualdade e da sustentabilidade social,

ambiental e econômica.

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A organização da Atividade Econômica competirá ao Ministério do Planejamento,

conforme determinado pelo poder executivo federal.

Como órgão competente o Ministério do Planejamento em 1994 criou a Comissão

Nacional de Classificação – CONCLA com as funções de monitoramento e definição das normas de

utilização e padronização das classificações estatísticas nacionais.

Algumas das classificações organizadas pela CONCLA são:

Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE

Classificação Nacional de Atividades Econômicas- Fiscal - CNAE-Fiscal

Classificação Nacional de Atividades Econômicas Domiciliar - CNAE-Domiciliar

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Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE está organizada em Seções das

quais serão destacadas as:

seção “A” - Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura, e

seção “C” - Indústrias de Transformação

O destaque dado as seções “A” e “C” da CNAE é justificado a medida que o interesse

desta apresentação é compreender de que forma pode ser realizada a formalização da atividade de

processamento de alimentos quando essa é realizada por agricultores familiares.

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A estrutura organizada da CNAE-subclasses 2.1 pode ser acessada no endereço da

Comissão Nacional de Classificação – CONCLA. http://www.ibge.gov.br/concla/default.php

A seguir é apresentada a estrutura da CNAE-subclasses 2.1 a qual está organizada em

seções e para cada seção é gerada uma nota explicativa que descreve as atividades compreendidas

naquela seção, ou seja, na seção “A” da CNAE são descritas todas as atividades pertencentes a

Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura.

Atenta-se para o fato de que um dos propósitos da estrutura da CNAE é padronizar a

classificação da atividade econômica para que seja adotada pelas administrações públicas federal,

estaduais e municipais.

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A Seção “A” Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura da Classificação Nacional

de Atividades Econômicas contém as seguintes divisões: 01 - Agricultura, Pecuária e Serviços

Relacionados; 02 - Produção Florestal; e 03 - Pesca e Aquicultura.

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Note que a Receita Federal do Brasil adota a CNAE-subclasses 2.1 para padronização das

informações fiscais das administrações públicas federal, estaduais e municipais.

A Nota Explicativa mais importante é a que considera o processamento, na unidade de produção

agrícola, de produtos agrícolas ou pecuários provenientes de produção própria como sendo

atividade pertencente a seção “A” agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura.

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Esta nota explicativa esclarece e orienta para que o processamento de alimentos realizado

pelos agricultores familiares, quando na unidade de produção agrícola e com matéria-prima própria seja

considerado como atividade agropecuária e, por tanto, que os produtos obtidos nestas condições também

sejam considerados produtos agropecuários.

Nestas condições de produção os produtos processados seguem regramento tributário

igual a dos produtos agropecuários primários sendo orientado para que sejam empregados os mesmos

códigos CNAE da atividade de produção.

Assim, o agricultor familiar pessoa física pode explorar a atividade de processamento de

alimentos quando atendidas as condições observadas na nota explicativa.

Para aqueles que não atendam as condições observadas na nota explicativa terão seus

produtos enquadrados na seção “C” indústria de transformação exigindo-se, para esse fim, que

constituam uma empresa e, assim, passarão a ser empresários e não mais agricultores.

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Desta forma, são exemplos de atividades

pertencente a seção “a”- Agricultura, Pecuária, Produção

Florestal, Pesca e Aquicultura:

A exploração ordenada dos

recursos naturais vegetais

A exploração ordenada dos

recursos naturais animais

O processamento de alimentos quando

realizado na unidade de produção e

com matéria-prima própria

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Quando o processamento de alimentos

na seção “c”- INDUSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

for realizado fora da

unidade de produção

(propriedade rural) e/ou

que a matéria-prima for de

terceiros, classifica-se:

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LEGISLAÇÃO

TRIBUTÁRIA

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Legislação Tributária FIXAÇÃO DE

IMPOSTOS

QUEM ?

ONDE ?

Ministério da Fazenda

Receita Federal do Brasil

Pessoa Física

Produtor Rural 1

2 Pessoa jurídica

Empresa e Cooperativa

COMO ?

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Então, quem pode explorar a atividade econômica?

Pessoas físicas ou naturais

Os agricultores familiares inscritos no cadastro geral de contribuintes de

tributos estaduais CGC/TE.

Pessoas jurídicas

Os empresários inscritos no registro público de empresas mercantis e no

cadastro nacional da pessoa jurídica – CNPJ.

As cooperativas registradas nas juntas comerciais e inscritas no

cadastro nacional da pessoa jurídica – CNPJ.

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Pessoas Físicas ou Naturais

Os Agricultores Familiares, conforme o Artigo 3º da Lei 11.326 de 2006

Artigo 3 - para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor

familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos

seguintes requisitos:

I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;

II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades

econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;

III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas

vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;

IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.

Page 22: 6ª apresentação 5º horti serra gaúcha 22 5-2013 renato

Pessoas Jurídicas

O empresário, conforme o Artigo 966 do novo código civil de 2002

Artigo 966 - considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade

econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Artigo 967 - é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de

Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

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Pessoas Jurídicas

As cooperativas, conforme o Artigo 3º da Lei nº 5.764 de 1971

Artigo 3º - celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que

reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade

econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro.

Page 24: 6ª apresentação 5º horti serra gaúcha 22 5-2013 renato

Embasamento legal:

Legislação Previdenciária

Manutenção do enquadramento previdenciário.

Art. 12º, § 9º da Lei nº 8.212 de 1991, acrescentado pela Lei nº 11.718 de 2008

– “não descaracteriza a condição de segurado especial”, Inciso V - “a utilização pelo próprio

grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou

industrialização artesanal, na forma do § 11º do Artigo 25.”

Page 25: 6ª apresentação 5º horti serra gaúcha 22 5-2013 renato

Parágrafo 1º - entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos

membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do

núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de

empregados permanentes.

Parágrafo 9º - não descaracteriza a condição de segurado especial:

V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de

beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho

de 1991; e

Parágrafo 11º - considera-se processo de beneficiamento ou industrialização artesanal aquele

realizado diretamente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que não esteja sujeito à incidência

do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI.” (NR)

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“Artigo 49. ......................................................................

.............................................................................................

Parágrafo 5º - a matrícula atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao produtor

rural pessoa física ou segurado especial é o documento de inscrição do contribuinte, em substituição à

inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, a ser apresentado em suas relações com o

Poder Público, inclusive para licenciamento sanitário de produtos de origem animal ou vegetal

submetidos a processos de beneficiamento ou industrialização artesanal, com as instituições financeiras,

para fins de contratação de operações de crédito, e com os adquirentes de sua produção ou

fornecedores de sementes, insumos, ferramentas e demais implementos agrícolas.

Parágrafo 6º - o disposto no § 5o deste artigo não se aplica ao licenciamento sanitário de

produtos sujeitos à incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados ou ao contribuinte cuja

inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ seja obrigatória.” (NR)