6- módulo recursos humanos, avaliaÇÃo e desempenho.pdf

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    MÓDULO DE:

    RECURSOS HUMANOS, AVALIAÇÃO E DESEMPENHO

    AUTORIA:

    SAMIRA BISSOLI SALEME

    Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil

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    Módulo de: RECURSOS HUMANOS, AVALIAÇÃO E DESEMPENHOAutoria: SAMIRA BISSOLI SALEME

    Primeira edição: 2008

    CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS

    Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste Módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes

    e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando

    tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.

    Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e

    divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilizaçãoe direitos autorais.

    E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas

    de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial.

    Todos os direitos desta edição reservados à

    ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA

    http://www.esab.edu.br

    Av. Santa Leopoldina, nº 840/07

    Bairro Itaparica – Vila Velha, ES

    CEP: 29102-040

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    ApresentaçãoPrezado (a) aluno (a), seja muito bem vindo (a)!

    Este material foi elaborado atendendo a nova metodologia de aprendizado para o Ensino a

    Distância, para o Módulo de Recursos Humanos. .

    Dentro deste conceito o curso abrange, na sua totalidade, toda a estrutura de Administração

    de Recursos Humanos, onde serão abordados: aspectos históricos; cenários evolutivos;

    sistematizações que agregam valores com enfoque particularizado; análise de casos reais

    dirigidos à Administração de Recursos Humanos; diretrizes globalizadas e toda

    complexibilidade pertinente à Administração de Recursos Humanos. Serão focados ainda,os

    processos de recrutamento; seleção; avaliação de desempenho; mapeamento de

    competências e outros, que se aplicam à área.

    Diante desta temática, o curso foi elaborado visando atender às necessidades não somente

    de profissionais que pretendem ingressar na área de Administração de Recursos Humanos,

    mas também àqueles que estejam em busca permanente de especialização num campo de

    interesse a todo trabalhador que exerça seus deveres a fim de exigir o cumprimento de seus

    direitos.

    Sinta-se livre para questionar, debater e se aprofundar por meio das participações on-line.

    Através do fórum, chat ou inserção de dúvidas no ambiente de aula. Bons estudos!

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    ObjetivoFornecer subsídios para a gestão de Recursos Humanos, considerando as recentes

    mudanças organizacionais ocorridas no mundo globalizado. Serão apresentados ao aluno

    os processos de recrutamento, seleção e desenvolvimento de pessoal, além de análise de

    cargos, higiene e segurança do trabalho e relações trabalhistas.

    EmentaMudanças organizacionais no mundo globalizado; O novo papel de recursos humanos no

    contexto atual; Políticas, funções e objetivos de recursos humanos; ambiente geral e

    operacional de recursos humanos: filosofia e missão; O processo de recrutamento; seleção e

    integração de pessoal; descrição e análise de cargos; Classificação Brasileira de Ocupações;

    Avaliação de cargos; Pesquisa e política salarial; Plano de Cargos e Salários; Avaliação de

    desempenho; Mapeamento de competências; Higiene e segurança no trabalho; Sindicalismo

    e negociação; Relações trabalhistas.

    Sobre o AutorEspecialista em Gestão de Recursos Humanos, com Aperfeiçoamento em Saúde Mental

    (Fundação Osvaldo Cruz), com graduação em Psicologia, pela UFES.

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    SUMÁRIOUNIDADE 1 ........................................................................................................ 8 

     

    Apresentação .................................................................................... 8 

    UNIDADE 2 ........................................................................................................ 9 

    Contextualização .............................................................................. 9 

    UNIDADE 3 ...................................................................................................... 13 

    Mudanças Organizacionais no Mundo Globalizado........................ 13 

    UNIDADE 4 ...................................................................................................... 17  

    O Novo Papel de Recursos Humanos no Contexto Atual .............. 17 

    UNIDADE 5 ...................................................................................................... 23 

    Aspectos Evolutivos da Área .......................................................... 23 Atividade Optativa 2 ........................................................................ 25

     

    UNIDADE 6 ...................................................................................................... 26  

    Análise de Ambiente em Recursos Humanos ................................ 26 

    UNIDADE 7 ...................................................................................................... 28  

    Ambiente Geral e Operacional de Recursos Humanos: filosofia emissão ............................................................................................. 28 

    UNIDADE 8 ...................................................................................................... 30  

    O Processo de Recrutamento ......................................................... 30 

    UNIDADE 9 ...................................................................................................... 32  

    Recrutamento Interno e Externo ..................................................... 32 

    UNIDADE 10 .................................................................................................... 35  

    Recrutamento Misto diante das Vantagens e Desvantagens dosTipos de Recrutamento ................................................................... 35 

    UNIDADE 11 .................................................................................................... 39 

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    Etapas do Recrutamento de Pessoal ............................................. 39 

    UNIDADE 12 .................................................................................................... 42  

    Processo de Seleção de Pessoal ................................................... 42 

    UNIDADE 13 .................................................................................................... 45  

    Informações Importantes para Uso em Seleção Profissional ......... 45 

    UNIDADE 14 .................................................................................................... 49 

    Descrição e Análise de Cargos ....................................................... 49 

    UNIDADE 15 .................................................................................................... 53 

    A Classificação Brasileira de Ocupações ....................................... 53 

    UNIDADE 16 .................................................................................................... 59 Avaliação de Cargos ....................................................................... 59 

    UNIDADE 17 .................................................................................................... 62  

    Pesquisa e Política Salarial ............................................................ 62 

    UNIDADE 18 .................................................................................................... 65  

    Conteúdo do Plano de Cargos e Salários....................................... 65 

    UNIDADE 19 .................................................................................................... 67  

    Exemplo de Elaboração de um Plano de Cargos e Salários .......... 67 

    UNIDADE 20 .................................................................................................... 70  

    BENEFÍCIOS: SALÁRIOS INDIRETOS .......................................... 70 

    UNIDADE 21 .................................................................................................... 74 

    Benefícios: a questão do empregado ............................................. 74 

    UNIDADE 22 .................................................................................................... 78  

    Avaliação de Desempenho ............................................................. 78 PONTUAÇÃO .................................................................................................. 80  

    Texto Complementar ...................................................................... 87 

    UNIDADE 23 .................................................................................................... 90  

    Competências Básicas ................................................................... 90 

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    UNIDADE 24 .................................................................................................... 93 

    Mapeamento de Competências. Caso Ilustrativo ........................... 93 

    UNIDADE 25 .................................................................................................... 95  

    Higiene e Segurança no Trabalho .................................................. 95 

    UNIDADE 26 .................................................................................................... 98  

    Acidente de Trabalho ...................................................................... 98 

    UNIDADE 27 .................................................................................................. 103 

    Higiene do Trabalho ...................................................................... 103 

    UNIDADE 28 .................................................................................................. 107  

    Sindicalismo e Negociação ........................................................... 107 UNIDADE 29 .................................................................................................. 113

     

    Relações Trabalhistas .................................................................. 113 

    UNIDADE 30 .................................................................................................. 116  

    Evitando Conflitos Trabalhistas .................................................... 116 

    GLOSSÁRIO .................................................................................................. 119 

    BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 120  

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    UNIDADE 1 Apresentação

    Objetivo: Apresentar o material a ser estudado e o conteúdo a ser desenvolvido ao longo doMódulo.

    Prezado (a) aluno (a), seja muito bem-vindo (a)!

    Este material foi elaborado atendendo a nova metodologia de aprendizado do Ensino a

    Distância, para o Módulo de Recursos Humanos. .

    Dentro deste conceito o curso abrange, na sua totalidade, toda a estrutura de Administração

    de Recursos Humanos, onde serão analisados: os aspectos históricos; cenários evolutivos;

    análise de casos reais dirigidos à Administração de Recursos Humanos; e toda

    complexibilidade pertinente à Administração de Recursos Humanos.

    Serão focados, também, os Planos de Cargos e Salários; a Classificação brasileira de

    ocupações; os benefícios; os salários indiretos; os processos de recrutamento, seleção,

    avaliação de desempenho, mapeamento de competências e tantos outros que se aplicam à

    área.

    Enfim, o curso foi elaborado visando atender às necessidades não somente de profissionais

    que pretendem ingressar na área de Administração de Recursos Humanos, mas, também,

    àqueles que estejam em busca permanente de especialização num campo de interesse a

    todo trabalhador que exerça seus deveres a fim de exigir o cumprimento de seus direitos.

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    UNIDADE 2 Contextualização

    Objetivo: Contextualizar a Administração de Recursos Humanos no mercado atual detrabalho.

    A Administração de Recursos Humanos deve estar voltada ao desenvolvimento da

    organização e o envolvimento das pessoas que nela trabalham, torna-se indispensável a fim

    de que se viabilizem as mudanças necessárias.

    À medida que se entenda que os objetivos humanos e organizacionais são paralelos e não

    antagônicos, a tarefa será facilitada e todos assumirão com maior naturalidade a

    necessidade de modificar-se, para que a organização se modifique como um todo. Tendo em

    vista alcançar as transformações necessárias, não antagônicas.

    A tarefa será facilitada e todos assumirão com maior naturalidade a necessidade de

    modificar-se, para que a organização se modifique como um todo, levando em consideração

    a não adoção de uma simples atitude reativa, mas, sobretudo "proativa", em face dasameaças do ambiente. Prever as dificuldades e antecipar-se a elas, promovendo a tempo as

    mudanças necessárias, dar às organizações a possibilidade de gerenciar as mudanças, em

    lugar de simplesmente serem gerenciadas por elas, como vítimas passivas dos desafios.

    A função do gerente de recursos humanos é de vital importância nesse cenário. À medida

    que ele deixe de se preocupar com as técnicas ou atividades meio e se volte para: o

    diagnóstico, o planejamento, os aspectos evolutivos, as tendências inovadoras e até mesmo

    o impacto da globalização, ele estará, sem duvida, facilitando a saída de um estado atual nãodesejável para outro, mais adequado e eficaz. Trata-se de uma abertura de horizontes, onde

    o pensar o futuro se acha constantemente presente.

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    Dessa forma, o esperado é que haja maiores probabilidades de se atingir um tipo de

    administração eficaz dos insumos humanos organizacionais, em lugar da atuação apenas

    eficiente do seu especialista.

    Mais que uma maior agilidade na tomada de decisões e domínio da tecnologia da

    informação, o profissional deste século deverá ter conhecimento e preparar-se para enfrentar

    os desafios no seu ambiente de negócios, o que significa saber lidar com as alucinantes

    transformações de natureza econômica ou tecnológica.

    Existirá espaço para profissionais com visões generalistas que deverão buscar soluções

    mais criativas, bem como para os especialistas; seja em segmentos de mercado ou área de

    negócio. O ambiente empresarial será ainda mais competitivo e, portanto o reconhecimento

    profissional deverá ser muito bem articulado e com um grande networking pessoal não

    somente local, mas global.

    Na verdade, o profissional já passou por grandes transformações nos últimos anos, mas no

    século XXI, provavelmente, serão ainda mais intensas, exigindo que sua capacidade de

    adaptação acompanhe esse ritmo, não somente para se diferenciar, mas para sobreviver no

    mercado.

    O profissional do próximo milênio terá de ser uma pessoa com grande experiência

    internacional. Quanto maior for seu contato com o ambiente globalizado maior será sua

    facilidade de adaptação e de entendimento dos negócios. Para isso, precisará dispor de

    tempo, que virá a partir do momento em que ocorrer uma reorganização do trabalho.

    Será possível trabalhar em qualquer lugar, devido ao fácil acesso às informações; para tanto

    o profissional deve dominar a tecnologia, principalmente a Internet. Deverá o profissional ser

    polivalente, mais generalista e menos especializado. Alguém que saiba trabalhar em equipe,

    delegar funções e respeitar os companheiros de trabalho

    Os executivos acreditam que as empresas mudarão de forma mais rápida e sobreviverão

    apenas as flexíveis. Preparadas com aos sacolejos da economia e às mudanças de regra

    com a bola rolando, esses fatores desenvolverão a flexibilidade necessária para a época.

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    Os limites das organizações serão ampliados por joint ventures, esquemas de terceirização e

    alianças estratégicas. Administrar o stress causado por essa revolução será a principal tarefa

    dos principais executivos. O problema é que poucos admitem estarem prontos para esse

    desafio.

    Veja os principais pontos sobre a Administração de Recursos Humanos.

    • As habilidades são cruciais no mercado de trabalho atual, e as pessoas que querem

    trabalhar em empresas precisarão usar e afiar esses conhecimentos. Elas tendem a dar,

    consideravelmente, menos importância às prioridades do "emprego tradicional", como

    planos de carreira definidos, benefícios na aposentadoria ou contratos de longa duração.

    • A terceirização é apontada por 52% dos executivos como uma alternativa de modelo

    gerencial. Ela criará um ambiente corporativo mais flexível, no qual os longos planos de

    carreira serão mais duvidosos, mas as oportunidades mais abundantes.

    • O executivo de futuro será mais comunicador do que comandante, gerenciando pessoas

    que trabalham em diferentes companhias, países e culturas, usando de coordenação e

    inspiração, não ditando regras.

    • A mais importante vantagem competitiva das organizações, depois do forterelacionamento com clientes e fornecedores, será sempre as pessoas. Três em quatro

    executivos colocam os recursos humanos à frente de fatores como: produtividade e

    tecnologia.

    De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, as cem maiores empresas

    americanas cortaram cerca de 25% de sua força de trabalho entre 1980 e 1995. De acordo

    com o estudo, 57% dos executivos disseram que suas empresas passaram por grandes

    transformações nos últimos cinco anos.

    No entanto, o que resta analisar, é que a competitividade, tanto empresarial quanto funcional,

    demanda de atualizações para que o contexto permaneça atuante; o que infelizmente ou

    felizmente ocorre é o aprimoramento tecnológico, prevalecendo uma reestruturação da

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    capacidade produtiva funcional, onde há a ociosidade da flexibilidade com o advento

    tecnológico.

    Assista ao trecho do filme “Click”. Michael Newman (Adam Sandler) é um arquiteto

    workaholic que descobre um controle remoto universal. Em vez de controlar objetos

    eletrônicos, o objeto é capaz de controlar as situações em sua vida. Os problemas

    acontecem quando o objeto começa a controlar, também, as escolhas de Michael... Reflita

    sobre como o homem moderno tem intensificado a busca pela realização profissional e

    deixado de lado, muitas vezes, a vida pessoal.

    Analise a frase do filme Click: “esta é sua vida, você tem o controle em suas mãos. Você

    pode escolher adiantar, atrasar ou interromper seus progressos...” Até que ponto o homem

    tem o controle em suas mãos? Estar atualizado, ser um “profissional do milênio” requer

    quais habilidades?

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    UNIDADE 3 Mudanças Organizacionais no Mundo Globalizado

    Objetivo: Conhecer as principais mudanças ocorridas a partir da Globalização e seusimpactos no dia a dia das organizações.

    Torna-se bastante importante compreender como nasceram as atuais orientações adotadas

    no decorrer do tempo, dentro das atividades conhecidas como Desenvolvimento

    Organizacional. Esse conhecimento esclarece e reafirma, uma vez mais, o ponto de vista de

    que a matéria é, antes de tudo, um esforço, principalmente desenvolvido por cientistas do

    comportamento, notadamente por grandes psicólogos. Este fato é significativo, diante do

    enfoque humanístico dado ao presente trabalho.

    O Desenvolvimento Organizacional nasceu como um trabalho realizado junto a grupos de

    pessoas dentro das empresas, com vista a facilitar-lhes o ajustamento às circunstâncias de

    trabalho, quer sejam ambientais, tecnológicas ou humanas. Portanto, pode ser considerado

    como mais uma das áreas de aplicação da Psicologia Organizacional. Foi, portanto, dentro

    dos laboratórios da Psicologia, nos quais se trabalha com pequenos grupos, que nasceram

    as primeiras atividades que mais tarde levariam à denominação de Desenvolvimento

    Organizacional.

    Diante deste enfoque evolutivo, o cenário globalizador diversifica, variando os aspectos

    conforme as tendências.

    Quando o conceito de empregabilidade surgiu, o foco do profissional mudou do emprego

    para a carreira. Ficando determinada a necessidade de reunir competências para ser"desejável" pelas organizações. Mas agora, surge uma nova palavra que traduz essa mesma

    preocupação, só que do outro lado do balcão.

    A Empresabilidade é o termo que explica todos os esforços que uma empresa deve tomar

    para reter e atrair talentos. Em uma pesquisa feita em 1999 pela OI Partners - Outplacement

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    Internacional com 500 corporações norte-americanas, essa inquietação está refletida e, de

    acordo com o levantamento, 88% delas têm como preocupação, para os próximos três anos,

    manter seus melhores profissionais.

    Para isso, estão dispostas a oferecer aconselhamento (80%) e gerenciamento de carreira

    (75%), além de retreiná-los (80%). É interessante notar a diferença entre treinar e retreinar.

    Treinar é dar ao funcionário uma competência que ele ainda não tem. Retreinar é rever

    essas competências e a forma como o profissional exerce uma determinada função.

    Dar ao colaborador condições para que possa avaliar o próprio trabalho e desenvolver uma

    carreira ascendente, com motivação, são sinais de empresabilidade. Tudo o que uma

    empresa pode oferecer para que um profissional sinta-se feliz em trabalhar nela. Sem essas

    condições, é bem provável que o executivo saia à procura do concorrente mais próximo.

    Dessa maneira, empresabilidade e competitividade não são, de forma alguma, as mesmas

    coisas. A competitividade, normalmente analisa a empresa em relação às empresas do seu

    setor, enquanto na empresabilidade, todo o mercado é seu concorrente, onde qualquer outra

    organização que ofereça melhores condições de trabalho para alguém competirá com as

    outras. Ter os melhores profissionais com certeza implica ser mais competitivo.

    Para a organização, ter uma boa imagem é fundamental na disputa por talentos. Quando a

    organização é conhecida por não incentivar a carreira, não permitir crescimento profissional,

    significa não ser o melhor lugar para se trabalhar, consequentemente o profissional vai

    escolher qualquer outra proposta. Muitas empresas então atentas para esse quadro.

    Atualmente, a padronização de recursos de tecnologia está muito forte. Hoje o diferencial do

    profissional está mais focalizado no capital intelectual, sendo que quanto mais deter, maiores

    serão os ganhos. Além disso, reter talentos é uma forma de construção de conhecimento

    organizacional. O entra e sai de diretores impede que se crie uma cultura gerencial, que

    sejam feitas coisas novas, que um plano vá para frente e ainda, esta rotatividade

    desestrutura a empresa.

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    As empresas que mais têm despertado a atenção de profissionais são as empresas

    relacionadas com a nova economia, que apesar dos altos e baixos da Nasdaq (Bolsa de

    Valores do setor tecnológico), as e-companies aparecem como de alta empresabilidade. A

    maioria das e-companies, apresentam o desafio de criar uma cultura empresarial, com novasideias, permitindo maior participação nas decisões estratégicas, onde o contato com a

    tecnologia e a modernidade, também é outro ponto forte, pois mesmo se a empresa não tiver

    sucesso, tiver participado de um projeto de e-company eleva o nível de empregabilidade.

    Outro aspecto que aumenta a empresabilidade dessas empresas é a possibilidade de ficar

    rico do dia para a noite. Geralmente quem vai para a nova economia recebe um pacote de

    ações (stock options). Se a empresa crescer, ele cresce junto, ou seja, é uma compra de

    risco, que sugere a imagem de quem arrisca na bolsa, muito embora sempre vá existir o tipo

    de profissional que vai continuar colocando o dinheiro na poupança. (que deseje trabalhar

    em grandes corporações).

    Atentas às mudanças organizacionais no contexto globalizado, grandes corporações vêm

    tentando mudar para acompanhar a revolução imposta pela Internet; muitas empresas estão

    se transformando em pontocom, o que pode contribuir para segurar o profissional

    interessado nessa tecnologia, possibilitando a identificação do colaborador interno,

    possibilitando a reinvenção do negócio frente a novas tecnologias.

    As empresas com percepção e-company, estarão alinhadas com o futuro, ou que desejarem

    isso, serão aquelas orientadas para esse novo cenário econômico, que permitirem aos

    funcionários o acesso a tecnologia e que incentivarem a criatividade em suas estruturas.

    Enquanto não se tornam pontocom, muitas organizações oferecem carreiras atraentes,

    permitindo ao profissional atuar em mais de uma divisão, ou até em outro país. Benefícios

    flexíveis, também, pode ser uma alternativa, mas é preciso criar um ambiente positivo naempresa, por meio de um conjunto de ações que envolvam o funcionário, consolidando-o

    como se fosse dono do negócio. Para que isso realmente ocorra, é preciso ter uma

    comunicação transparente e praticas gerenciais que respeitem as pessoas.

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    Mas o empenho de cada um na performance da empresa é reconhecido e recompensado por

    intermédio do PAP (Performance and Partner). Trata-se de um programa que atrela o

    desempenho financeiro da organização à performance individual. Por meio dele, é calculado

    um bônus pago a todos os empregados no final do ano.

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    UNIDADE 4 O Novo Papel de Recursos Humanos no Contexto Atual

    Objetivo: Esclarecer acerca do novo papel de RH diante das mudanças citadas na unidadeanterior.

    Aquela antiga unidade de empresa que tomava as decisões de selecionar, admitir, treinar,

    promover, autorizar férias, enfim, monitorar e monopolizar todas as ações e informações de

    recursos humanos na empresa está, aos poucos, chegando ao fim. Chegou, de fato, a Era

    da descentralização das ações da unidade de recursos humanos. Todas essas atividades

    estão sendo delegadas aos seus verdadeiros responsáveis - os líderes das unidades da

    empresa, ou até, em alguns casos, terceirizadas.

    A influência da vida e morte sobre as pessoas, que antes a unidade de administração de

    recursos humanos possuía, abriu seu espaço para a influência nas estratégias da

    organização, com a adoção de programas inteligentes, que agreguem valor para a empresa.

    Na realidade, as pessoas do setor de recursos humanos tornaram-se consultores internos,

    quando se trata de: qualidade, produtividade, competitividade, desenvolvimento e resultados.

    A Empresa Única

    O conceito de Empresa Única pode ser visto como uma mudança de paradigma na relação

    empresa x funcionário. Cada pessoa é uma empresa completa. Uma empresa com

    presidente, diretor, funcionários e com produtos a serem fornecidos. A habilidade para

    administrador da Empresa Única tem que ser muito superior àquela necessária para

    administrar uma empresa normal. O motivo é simples: O administrador da Empresa Única

    administra uma VIDA.

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    O EMPREGO ESTÁ ACABANDO! São manchetes comuns nos dias de hoje. Mas não está

    acabando só no Brasil. O fenômeno é mundial. Tudo indica que, em curto e em médio prazo,

    o emprego, conhecido até hoje; com carteira assinada, legislações trabalhistas e tudo mais,

    irá acabar.

    No entanto, não há motivo para alarme nem desespero. O TRABALHO não acabará nunca.

    O que mudará é a relação entre o trabalhador (Empresa Única) e a empresa. O que passará

    a existir entre a empresa e a Empresa Única será um sistema de parceria, onde os parceiros

     jogarão o jogo do “ganho-ganhas”. Como toda parceria, certamente haverá um contrato entre

    as partes e que poderão ser diferentes a cada caso. Deixarão de existir as figuras do patrão

    carrasco e do trabalhador coitado. Todos serão conscientes de seus direitos e deveres,

    cumprindo o acordo estipulado entre as partes. Não haverá mais a necessidade de uma

     justiça trabalhista, que por muitas vezes é extremamente paternalista. O âmbito jurídico será

    restringido ao contrato entre a empresa e a Empresa Única.

    Qualidade Global

    A Qualidade Global, a exemplo da Qualidade Total, não é mérito de ninguém e ao mesmo

    tempo é mérito de todos. São utilizados conceitos e técnicas tão antigas quanto às de Inácio

    de Loyola, que desenvolveu técnicas para orações espirituais.

    Conceitos já abordados por Stephen Covey, baseados em princípios. Técnicas de meditação

    e relaxamento, já utilizadas há séculos pela medicina chinesa e a medicina védica. Também

    são utilizados recursos mais modernos como os desenvolvidos por Richard Bandler em PNL

    (Programação Neurolinguística) e DHE (Design Human Engineering). Conceitos como os de

    Inteligência Emocional e Lógica, os conceitos e ferramentas da Qualidade Total. Se existe

    algum mérito nesse trabalho, ele fica restrito ao fato da percepção de que técnicas, conceitos

    e ferramentas, que aparentemente não tinham conexão, passam a integrar uma metodologia,

    aberta por excelência, multidimensionada e com um único propósito. Utilizar todas as

    ferramentas possíveis para melhoramento e refinamento do Ser Humano. Não para uma

    Empresa, Município, Estado ou País, mas a caminho de uma melhoria da HUMANIDADE.

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    Os Programas de Gestão de Pessoal.

    Com o passar dos tempos os programas de recursos humanos foram sendo sofisticados e,

    com o seu tecnicismo exagerado, passaram a não mais serem compreendidos pelas

    pessoas. Esses mesmos programas tornaram-se cada vez mais confidenciais, reforçando o

    distanciamento das pessoas.

    Hoje, frente à necessidade de se ter pessoas num processo de parceria dentro das

    organizações, a opção deve ser pela adoção de métodos mais simples, porém eficazes, a fim

    de facilitar o entendimento e a participação dos empregados nesse processo.

    Os programas de gestão de pessoal valorizavam sobremaneira o trabalho individual. Os

    programas de avaliação de desempenho, os de recompensa salarial, os de sugestões, todos

    visavam à contribuição e a valorização individual. Numa era de competitividade, esses

    programas não servem mais. Por outro lado, os programas de gestão de pessoal estavam

    divorciados do planejamento estratégico da empresa. Por exemplo, as pessoas eram

    avaliadas e recompensadas pelo seu desempenho individual.

    Não seriam incomuns avaliações favoráveis de profissionais com as respectivas

    recompensas monetárias, quando, por outro lado, a empresa perdia mercado qualidade e

    produtividade. Esses programas não mais condizem com as necessidades atuais das

    empresas.

    Não é de hoje que se diz que os recursos mais importantes de uma organização são os

    humanos. Portanto, as premissas devem ser a da real valorização das pessoas. Mesmo

    numa era de forte tendência, principalmente nas indústrias, de mecanização. Como é

    possível o alcance de resultados sem a devida contribuição dos profissionais? As exigências

    sobre as pessoas são cada vez maiores; elas trabalham com equipamentos que custam

    alguns milhões de reais e, portanto, os programas devem ser compatíveis com esses novos

    níveis de exigências.

    Se a cada dia novas exigências de conhecimentos são requisitos essenciais para as pessoas

    trabalharem, os programas devem estimular e facilitar a busca de novos conhecimentos.

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    Surgem novas necessidades de estabelecimento de programas de qualificação do

    trabalhador, não de forma paternalista e sim de forma participativa. Surge a necessidade de

    adoção de programas de desafios à busca da qualificação e revisão, por completo, dos

    programas de treinamento pessoal.

    O repensar dos programas de gestão de recursos humanos deve estimular e criar o

    ambiente favorável para a realização do trabalho em equipe. Deve levar as pessoas a

    refletirem e atuarem nas necessidades das empresas.

    Devem estar intimamente ligadas ao planejamento estratégico da empresa, para favorecer a

    busca dos objetivos traçados. Portanto, os programas de avaliação devem avaliar o trabalho

    em equipe.

    Os velhos programas de Administração de Salários devem passar por um reexame em seus

    conteúdos e em suas formas de aplicação para que sejam estabelecidas políticas que

    favoreçam recompensas de remuneração aos profissionais pelos resultados obtidos pela

    empresa e pela equipe de trabalho.

    O programa de Administração de Salários, antes isolado das estratégias empresariais, deve

    estar hoje intimamente relacionado com a competitividade da empresa. Com a participação

    dos empregados nos lucros ou resultados das empresas, a política de aumentos horizontais,

    ou seja, por mérito, pode perfeitamente não mais ser adotada com grandes vantagens pelas

    organizações. Primeiro, porque com salário único para cada cargo, a empresa mais

    facilmente segue a legislação de "igual salário para igual função".

    Segundo, porque o aumento por mérito concedido em determinada época, não garante a

    continuação de desempenho positivo por parte do empregado no futuro, enquanto que,

    através da remuneração variável, se não houver desempenho positivo, não será concedida a

    participação nos lucros ou resultados. Em terceiro lugar, porque o aumento por mérito eleva

    o custo fixo salarial, o que pode levar a empresa a não suportar esse agravo em época de

    crise, enquanto que a participação nos lucros, segundo a legislação vigente, não se

    incorpora ao salário.

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    As empresas precisam admitir e reter os talentos profissionais, mudando a prática de

    adoção de recompensas mérito, pela adoção de normas de participação das pessoas nos

    resultados. Isso provoca o comprometimento das pessoas, a busca por essa conquista.

    Assunto que será explorado, com maior profundidade, mais adiante.

    O velho lema "manda quem pode, obedece quem tem juízo" ou ainda "faça o que eu mando,

    e não faça o que eu faço" devem ser abandonados. Os sistemas arcaicos do poder piramidal,

    cujas decisões são tomadas em seu topo, são incongruentes com processos participativos.

    As organizações necessitam da contribuição de todos os seus integrantes, para a busca e

    manutenção da competitividade. Toda a contribuição é válida e importante nesse processo. A

    árvore é o melhor símbolo para exemplificar a nova estrutura organizacional emergente.

    Numa Era em que se busca a harmonia do trabalho em equipe, a devida valorização de

    todas as pessoas é essencial. Devem ser banido de vez o que ainda resta de segregações

    sociais dentro das empresas, cujo maior símbolo é o restante diferenciado. Expressões como

    "peões", "chão de fábrica", devem igualmente ser retiradas do vocabulário empresarial.

    O que emperra o processo de obtenção de melhores resultados, de uma maneira geral, nas

    empresas, é que mesmo possuindo bons produtos e com equipamento de última geração,

    seus sistemas, estruturas, programas e ações de gestão de pessoal, impedem a obtenção de

    resultados mais significativos. Como existe lucro, programas e estruturas deficientes são

    cultuados e perpetuados. Algumas vezes, não há mais tempo para adoção de novos

    programas, porque a empresa sucumbiu.

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    Atividade Dissertativa 1

    Reflita sobre a sentença abaixo e, a partir dela, elabore uma dissertação acerca da relação

    entre os “recursos humanos” nas organizações.

    "Assim como uma árvore real extrai seu alimento tanto através das raízes como das folhas,

    também a energia numa árvore sistêmica flui em ambas as direções, sem que haja uma

    harmonia, interdependente, para sustentar o funcionamento de todo". A sinergia entre as

    pessoas é necessária para a busca do sucesso empresarial e as estruturas devem ser

    coerentes com esse objetivo.

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    UNIDADE 5 Aspectos Evolutivos da Área

    Objetivo:  Apresentar as características do profissional e da empresa, na área de RH,antigamente e nos dias atuais.

    Com o aparecimento da globalização, surgiu um mundo novo para a área de recursos

    humanos, onde as empresas tiveram que se adaptar a uma nova realidade; nessa nova

    realidade a área de recursos humanos tem papel fundamental. Passar a olhar o funcionário

    como ser humano.

    De certa forma, as empresas não veem o funcionário como parte humana do seu negócio e

    sim, como um ser integrante, mecanizado e doutrinado para desenvolver algo determinado.

    Frente a este enfoque, a área de recursos humanos é considerada um respeitável centro de

    custos, para a maioria das empresas.

    Infelizmente para a maioria das empresas, deixar de investir em máquinas ou em recursos

    para investir em pessoas não é investimento e sim despesas. Esse procedimento tem queser mudado, uma vez que um investimento bem aplicado em pessoas resulta em retorno

    garantido para a empresa.

    A grande rotatividade e flexibilidade nas informações estão sendo vitais precursores, na

    mudança gradativa da área de recursos humanos, que está sendo reestruturada, reduzida e

    enxugada com aplicação permanente de programas de: melhoria, reengenharia e outras

    tendências da administração moderna das empresas, que estão sendo acompanhadas por

    mudanças paralelas e equivalentes na gestão de pessoas. Prevalecendo este enfoque, oprofissional da área de recursos humanos passou a desempenhar um novo paradigma que

    no passado não se atinha, conforme apresentado na tabela 1.1.

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    Por outro lado, é de extrema importância analisar o potencial de mudanças das empresas,

    onde são facilmente identificáveis através de suas características, conforme tabela 1.2

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    A administração de Recursos Humanos está se ligando cada vez mais ao planejamento

    estratégico da empresa e desenvolvendo meios para que as pessoas alcancem seus

    objetivos, considerando que tudo pode ser melhorado e desenvolvido ainda mais; o que

    reflete uma visão voltada para o cliente, comparando suas operações e processos produtivos

    com outras empresas que alcançaram o sucesso.

    Atividade Optativa 2

    Pesquise alguma empresa local, em sua região de trabalho ou estudo. Liste, dentre as

    características citadas no quadro 1, quais as que estão presentes na organização por você

    escolhida. Classifique, desse modo, o modelo de gestão utilizado.

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    UNIDADE 6 Análise de Ambiente em Recursos Humanos

    Objetivo:  Definir o campo de atuação de RH no ciclo de análise de ambiente, a fim deminimizar ameaças e encontrar oportunidades de crescimento organizacional.

    Politicamente falando, todo profissional de administração de recursos humanos, com visão

    empreendedora, tem que ser detentor do mecanicismo do negócio da empresa. Desta forma,

    o profissional, tende a priorizar suas atividades analisando os ambientes: externo ou interno,

    possibilitando adequar: as oportunidades, as ameaças, os pontos fortes e os pontos fracos,

    conforme organograma abaixo.

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    A maioria das organizações empresariais tem como foco principal a necessidade de domínio

    de mercado, através do ramo de atuação, almejando o maior número de produtivo, decorrido

    do marketing utilizado e veiculado.

    Da mesma forma que o marketing estuda a medida ideal para atender às necessidades

    demográficas e geográficas, a administração de recursos humanos desenvolve um

    planejamento estratégico, visando determinar as previsões das necessidades de recursos

    humanos requeridas pelo negócio. Em sua grande maioria as necessidades do negócio

    equalizam conforme segue:

    •  Aumento do "Headcount” (Contagem de Cabeça)

    •  Mudanças organizacionais (Novos perfis gerenciais e outros)

    •  Qualificação de mão de obra para atender a tecnologia.

    •  Capacitação da área de administração de recursos humanos com enfoque

    mercadológico.

    Como em toda organização, o planejamento estratégico sofre desníveis decorrentes de

    ambientes internos e ambientes externos, é de extrema importância o policiamento na

    análise de capacidade instalada versus metas estratégicas; objetivando a análise quantitativa

    atual, perfil profissional atual versus desejado, suprimento interno, níveis de satisfação e

    motivação, custo de pessoal. Tudo isso deve ser visto pelo profissional de RH.

    Verificando a análise do ambiente e do mercado de trabalho, temos que ressaltar a

    conjuntura econômica, a legislação, políticas salariais, mercados de trabalho e quadro

    educacional. As metas estratégicas são decorrentes do confronto entre resultados da análise

    da capacidade instalada e do mercado de trabalho com as necessidades requeridas pelas

    estratégias do negócio

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    UNIDADE 7 Ambiente Geral e Operacional de Recursos Humanos: filosofia e missão

    Objetivo: Apresentar a filosofia e a missão dos Recursos Humanos na empresa, entendidacomo foco da gestão de pessoas.

    A figura abaixo apresenta a gerência de recursos humanos como aspecto principal seguido

    pelos fornecedores de recursos humanos (ambiente interno) e os aspectos determinadores

    (ambiente externo).

    A empresa acredita que a excelência empresarial e sua capacidade de reagir a desafios e

    ameaças externas dependem do dinamismo, entusiasmo e empenho das pessoas que nela

    trabalham.

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    Quando se está envolvido numa mudança no setor de administração, tende-se a fazer a

    estrutura hierárquica mais permeável, intensificando a comunicação e a interação, em todos

    os sentidos. A política de "Portas Abertas" deverá ser estimulada e espera-se, com isso,

    melhorar o grau de entusiasmo e participação de todos.

    Para que isso se concretize, deverão ser preenchidas condições prévias: conhecimento

    profissional aprimorado e atualizados. Identificados com os objetivos da empresa e

    desempenho eficaz no respectivo cargo. Todas as exigências profissionais estarão

    amparadas por uma política de desenvolvimento.

    A empresa sempre dará preferência e oportunidade de progresso profissional, àqueles

    funcionários competentes, em relação: à qualificação profissional, ao entusiasmo, à

    criatividade e engajados com os objetivos da empresa.

    A finalidade principal é desenvolver e aperfeiçoar programas que facilitem as relações entre

    as empresas e seus funcionários e crie um clima propício ao desenvolvimento, à motivação e

    à produtividade.

    A administração dos recursos humanos é de responsabilidade indelegável de toda a chefia.

    O Gerente, como responsável direto pelos recursos, deverá escolher manter, orientar e

    auxiliar no desenvolvimento de sua equipe de trabalho, dentro das políticas da empresa.

    O Gerente é o responsável pela conciliação entre os objetivos pessoais do funcionário e os

    da empresa. Assim, a empresa deposita no "Administrador de Recursos Humanos" a

    responsabilidade de que o ambiente de trabalho seja realizador, produtivo e criativo.

    Cabe, também, ao funcionário, grande parcela de responsabilidade na administração de RH.

    É responsabilidade de cada um, o desenvolvimento da qualificação individual, em função de

    sua vontade de se aprimorar e à organização, cabe proporcionar clima adequado e facilitadordo processo, assim como à chefia, cabe compartilhar e estimular o desenvolvimento.

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    UNIDADE 8 O Processo de Recrutamento

    Objetivo: Definir o processo de recrutamento, no que se refere às fontes e meios utilizados para tal.

    O recrutamento envolve um processo que varia conforme a organização. O órgão de

    recrutamento não tem autoridade de efetuar qualquer atividade de recrutamento sem a

    devida tomada de decisão, por parte do órgão que possui a vaga a ser preenchida. Como o

    recrutamento é uma função de "Staff", suas providências dependem de uma decisão da

    linha, que é oficializada através de uma espécie de ordem de serviço, geralmente

    denominada requisição de empregado ou requisição de pessoal, conforme pode ser

    observado no quadro abaixo.

    Trata-se de um documento que deve ser preenchido e assinado pelo responsável que

    pretende preencher alguma vaga em seu departamento ou seção. Os detalhes envolvidos no

    documento dependem do grau de sofisticação existente na área de Recursos Humanos.

    Fontes e Meios de Recrutamento

    As fontes de recrutamento constituem uma bateria completa de instrumentos ou uma

    variedade de lugares que devem ser familiares ao recrutador. Uma das qualificações do bom

    recrutador consiste na versatilidade com que ele trata as várias fontes. Essa versatilidade, de

    trato com a comunidade, lembra que a função mais próxima ao do recrutador é a de

    Relações Públicas.

    O mercado de recursos humanos apresenta fontes diversificadas que devem ser

    diagnosticadas e localizadas pela Empresa que passa a influenciá-las, através de uma

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    multiplicidade de técnicas de recrutamento, visando atrair candidatos para atender às suas

    necessidades.

    O mercado de recursos humanos é constituído por um conjunto de candidatos, que podem

    estar aplicados empregados (trabalha em alguma empresa) ou disponíveis

    (desempregados). Os candidatos aplicados ou disponíveis podem ser tanto reais (que estão

    procurando emprego ou pretendendo mudar de emprego) como potenciais (que não estão

    interessados em procurar emprego).

    Ocorre que os candidatos aplicados, sejam reais ou potenciais, estão trabalhando em

    alguma empresa. Daí, os dois meio de recrutamento interno e o recrutamento externo.

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    UNIDADE 9 Recrutamento Interno e Externo

    Objetivo: Diferenciar recrutamento interno e externo.

    Recrutamento Interno

    O primeiro passo na procura de pessoal é o recrutamento dentro da Empresa, que não deve

    ser confundido com o recrutamento através dos funcionários. Esta política, se adotada

    efetivamente, oferece diversas vantagens que mais frequentemente superam suas

    limitações.

    É o recurso mais lógico, porque é a fonte de recrutamento mais próxima e com menor custo.

    • Pode-se obter informações mais precisas sobre os candidatos, uma vez que se conhece

    seu desempenho anterior através de uma avaliação sistemática;

    • Estimula-se a preparação para a promoção, promovendo-se medidas especiais de

    treinamento e criando-se um clima sadio de progresso profissional;

    • Melhora-se o moral interno;

    • Melhoram-se as relações públicas.

    Recrutando dentro da empresa, a direção tem maior oportunidade de observar o

    comportamento dos atuais membros da organização, mediante adequação para a promoção.

    É válido somente se a promoção for feita na base da habitualidade e do desempenho.

    Promover funcionários de dentro da empresa é uma política que servirá para atrair o pessoal

    mais competente e capaz, que ainda não faz parte do quadro funcional propiciando uma

    competitividade maior nos ambientes, interno e externo.

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    Apesar das limitações da fonte interna, concorda-se geralmente que a melhor política de

    administração é o olhar primeiro para dentro da organização. Se essa fonte falhar, o

    recrutamento externo estará na ordem do dia.

    Recrutamento Externo

    O recrutamento é externo quando, havendo determinada vaga, a organização procura

    preenchê-la com pessoas estranhas, ou seja, com candidatos externos atraídos pelas

    técnicas de recrutamento. O recrutamento externo incide sobre candidatos reais ou

    potenciais, disponíveis ou aplicados em outras organizações e pode envolver uma, ou mais,

    das seguintes técnicas de recrutamento:

    • Arquivos de candidatos que se apresentaram espontaneamente ou em outros

    recrutamentos;

    • Apresentação de candidatos por parte dos funcionários da empresa;

    • Sites de RH de divulgação Curricular;

    • Contatos com sindicatos e associações de classe;

    • Contatos com universidades, escolas, agremiações estudantis, diretórios acadêmicos,

    centros de integração empresa/escola, etc.;

    • Conferências e palestras em universidades e escolas;

    • Contatos com outras empresas, que atuam no mesmo mercado, permitindo a cooperação

    mútua;

    • Anúncios em jornais, revistas, agência de empregos, etc.;

    • Viagens para recrutamento em outras localidades.

    As técnicas de recrutamento, citadas, são as mais adequadas para a organização abordar e

    divulgar, a existência de uma oportunidade de trabalho, junto às fontes de recursos

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    humanos. São, também, denominadas veículos de recrutamento, pois são,

    fundamentalmente, meios de comunicação.

    Na maior parte, essas técnicas de recrutamento são utilizadas conjuntamente. Os fatores

    custo e tempo são extremamente importantes na escolha da técnica ou do veiculo mais

    indicado para o recrutamento externo.

    De modo geral, quanto maior a limitação de Tempo, ou seja, quanto maior a urgência para se

    recrutar um candidato, tanto maior será o Custo da técnica de recrutamento a ser aplicada.

    Quando o recrutamento externo é desenvolvido de maneira contínua e sistemática, a

    organização pode dispor de candidatos a um custo menor de processamento.

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    UNIDADE 10 Recrutamento Misto diante das Vantagens e Desvantagens dos Tipos de Recrutamento

    Objetivo:  Diferenciar os tipos de recrutamento existentes, em ternos de vantagens edesvantagens..

    Diante das vantagens e desvantagens de ambos os tipos de recrutamento, interno e externo,

    muitas organizações optam por fazer recrutamento misto. A seguir, serão analisados esses

    fatores.

    Vantagens do Recrutamento Interno

    As principais vantagens que o recrutamento interno pode proporcionar são:

    • É a fonte mais próxima;

    • É a mais econômica e a mais rápida para a empresa;

    • Já se conhece o candidato;

    • Apresenta maior índice de validade e de segurança;

    • É uma fonte poderosa de motivação para os empregados;

    • Aumenta a moral interna, melhorando as relações públicas internas;

    • Permite ampliar a competitividade interna, possibilitando uma elevação cultural e

    profissional entre o grupo.

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    Desvantagens do Recrutamento Interno

    Todavia, o recrutamento interno apresenta algumas desvantagens:

    - Exige que os novos empregados tenham condições de potencial de desenvolvimento parapoderem ser promovidos;

    - Pode gerar conflitos de interesses;

    - Quando efetuado continuamente, podem levar os empregados a uma progressiva limitação

    às políticas e diretrizes da organização;

    - Não pode ser feito em termos globais, dentro da empresa;

    - Reduz a inovação de trabalho;

    - Pode provocar o ressentimento dos funcionários, que participaram do processo e não foram

    aprovados;

    - O pessoal interno tem seus defeitos conhecidos.

    Vantagens do Recrutamento Externo

    O recrutamento externo oferece as seguintes vantagens:

    • Permite a diversidade profissional na empresa, ou seja, "sangue novo", permitindo a

    possibilidade de novas experiências para a organização;

    • Renova e enriquece os recursos humanos da organização;

    .Aproveita os investimentos de qualificação profissional do candidato externo, visando

    diminuição no treinamento e ao mesmo tempo absorve processos diferenciados e técnicas

    inovadoras utilizadas pelo ambiente externo.

    No entanto, o recrutamento externo apresenta algumas desvantagens:

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    • Quanto maior o nível de particularização do perfil da vaga, maior será a demora no

    recrutamento.

    • É mais caro e exige invenções e despesas imediatas com anúncios, contatos externos, etc..

    • A segurança na recolocação externa é menor, devido não ocorrer o conhecimento

    generalizado do candidato.

    Recrutamento Misto

    Uma empresa não deve fazer um único recrutamento (interno ou externo), pois um deve

    complementar o outro. Quando se faz um recrutamento interno, em algum ponto daorganização surge sempre uma posição a ser preenchida através do recrutamento externo, a

    menos que seja cancelada. Porém, sempre que se faz recrutamento externo, alguma

    oportunidade, algum horizonte deve ser oferecido ao novo empregado, sob pena de procurar

    desafios e oportunidades em outras organizações, que lhe pareça melhor.

    Em face das vantagens e desvantagens dos recrutamentos interno e externo, uma solução

    eclética tem sido preferida. O recrutamento misto é aquele que aborde tanto fontes internas

    como externas dos recursos humanos.

    O recrutamento misto pode ser abordado em três alternativas de sistemas:

    1. Inicialmente, recrutamento externo, seguido de recrutamento interno, caso àquele não

    apresente resultados desejáveis. A empresa necessita de pessoal já qualificado em

    curto prazo, e precisa importá-lo do ambiente externo. Não encontrando candidatos

    externos à altura, lança mão de seu próprio pessoal, mas considerando, de início, os

    critérios acerca das qualificações necessárias;

    2. Inicialmente é feito o recrutamento interno, seguido de recrutamento externo, caso não

    apresente resultados desejáveis, a empresa dá prioridade a seus empregados à altura

    e, em seguida, parte para o recrutamento externo;

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    3. Recrutamento externo e recrutamento interno, concomitantemente, é o caso em que a

    empresa está mais preocupada com o preenchimento da vaga existente, seja através

    de Input ou através da transformação de recursos humanos. Geralmente uma boa

    política de pessoal dá igualdade de condições entre eles. Com isso, a empresaassegura-se de não estar descapitalizando seus recursos humanos, ao mesmo tempo

    em que provoca condição profissional saudável.

    Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua

    SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES.

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    UNIDADE 11 Etapas do Recrutamento de Pessoal

    Objetivo: Conhecer as etapas de determinação de necessidades de pessoal, preparação darequisição de pessoal, estudo do mercado de trabalho e execução de recrutamento.

    O êxito de uma organização depende, fundamentalmente, de seu acerto em escolher

    pessoas certas. Não seria exagerado afirmar que uma empresa incapaz de selecionar,

    desenvolver e promover seus próprios diretores e funcionários; está condenada ao fracasso.

    O acerto na contratação da pessoa qualificada para o trabalho é fundamental para o êxito de

    qualquer instituição. Os erros são onerosos, seja pela baixa produtividade, pela qualidade

    medíocre ou pela falta de criatividade; isto é, uma empresa cujos sistemas de direção para a

    contratação e desenvolvimento de pessoal forem medíocres, certamente, perderá sua

    capacidade competitiva.

    O preenchimento de vagas deve ser tratado como um assunto estratégico, pois deve existir

    congruência entre a estratégia, a estrutura organizacional e o planejamento das carreirasindividuais.

    Se a sintonia entre esses três pontos não atingir condições ótimas, será difícil a consecução

    tanto dos projetos institucionais quanto dos objetivos de qualidade da vida trabalhista. Não se

    pense que sacrificando esta última seja possível conseguir que a estratégia chegue a bom

    termo, pois somente em circunstâncias favoráveis, e em médio prazo, que os resultados

    poderão se manter aparentemente bons, mas, na maioria dos casos, se mantêm abaixo das

    expectativas.

    O recrutamento é um processo de procurar empregados. Esta procura se faz com base nas

    requisições de pessoal emitidas pelos supervisores, levando em conta os requisitos ou

    critérios de seleção adotados pela empresa, e que constam das políticas de pessoal. Esta

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    procura de gente se faz num mercado de trabalho onde, de um lado competem os

    empregadores e de outro competem os próprios profissionais.

    Os empregadores competem em termos de salário, condições de trabalho e benefícios

    oferecidos. Os candidatos competem em termos de qualificação pessoal, o que inclui

    habilidade, conhecimento, experiência, personalidade.

    Etapas do Recrutamento

    O recrutamento envolve muitas etapas preparatórias, pois se deve procurar olhar o que a

    Companhia e o Mercado têm a oferecer e para os passos que serão dados a fim de

    aproximar o candidato qualificado ao cargo claramente definido.

    1. Determinação de Necessidades de Pessoal

    O primeiro passo do processo de recrutamento é a previsão de necessidades de

    pessoal em curto prazo. A previsão é feita de acordo com os objetivos, os orçamentos

    ou as tendências da empresa; permite tempo para o melhor e o mais qualitativo

    recrutamento. A previsão é encaminhada por todos os supervisores ao recrutador,

    para que o mesmo planeje seu trabalho.

    2. Preparação da Requisição de Pessoal

    Uma boa requisição, minuciosa e especifica, ajuda bastante; não só para determinar

    as qualificações do candidato ideal, como, também, para identificar as fontes de

    recrutamento, indicando onde procurar.

    3. Estudo do Mercado de Trabalho

    Uma vez prevista a vaga, é feita a requisição. O próximo passo consiste em examinar

    as condições do mercado.

    Existe uma interação entre o mercado de trabalho e a estrutura de cargos na

    Empresa. Um pode até, de certa forma, modificar o outro.

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    4. Execução de Recrutamento

    Chegando à etapa final da preparação do recrutamento. Foi decidido que caminho

    tomar, que fonte procurar com que tipo de apelo. Resta agora pôr em execução as

    medidas propostas e depois medir os resultados.

    Em algumas empresas, pode ocorrer que pessoas diferentes façam o planejamento e a

    execução do recrutamento.

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    UNIDADE 12 Processo de Seleção de Pessoal

    Objetivo: Apresentar o processo de seleção e as etapas de seu desenvolvimento..

    Inicialmente é preciso ponderar que a seleção faz parte de um processo que engloba várias

    etapas, sendo que essas etapas estão relacionadas entre si, numa interdependência mútua,

    o que de certa forma caracteriza a própria organização, do ponto de vista da empresa como

    um todo. Núcleo que se une para o desenvolvimento de um objeto.

    Sendo assim, seleção em Recursos Humanos se define pela tentativa da escolha certa, do

    homem certo, para o cargo certo, ou genericamente, na escolha entre os candidatos

    recrutados, aqueles mais adequados para o cargo existente na organização, visando manter

    ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, e, também, a eficácia da organização.

    O processo de seleção passa por algumas etapas que estão baseadas nas informações do

    cargo pretendido que são: análise, descrição, avaliação e classificação, isto no contexto de

    análise do cargo. Em outra dimensão o aspecto salarial, em administração de salários, e o

    conjunto de técnicas e procedimentos, utilizados para atrair o candidato, fazem parte do

    recrutamento.

    Nesse sentido, o selecionador deve buscar a maior gama de informações possíveis para que

    a sua escolha possa realmente ter uma pequena margem de erro; para a função; para o

    requisitante e para o próprio candidato à vaga. Todos esses aspectos devem ser utilizados

    para que o processo de seleção se torne algo positivo para ambas as partes, selecionador e

    selecionado. Esses aspectos, de certa forma, funcionam como um espelho da organização,

    no que se refere aos planejamentos e execuções de suas atividades; para os candidatos que

    estão interessados em ingressar na empresa.

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    Desta forma, a seleção depende de algumas etapas que a antecedem. O recrutamento está

    diretamente ligado a seleção e sua função é, basicamente, criar um sistema de informações,

    através do qual a empresa divulga e oferece ao mercado de RH a oportunidade de emprego

    que pretende oferecer à comunidade; que pode ser interna e externa à empresa.

    A função do recrutamento visa então, suprir a matéria-prima básica para seu funcionamento,

    que é a seleção de pessoal. O recrutamento interno tenta buscar no seu corpo de

    funcionários candidatos, reais ou potenciais, que sirvam à vaga que está disponível; esta

    visão pode proporcionar maior confiabilidade nos empregados da organização, valorizando-

    os e demonstrando o reconhecimento por seu trabalho. Essa possibilidade de recrutamento

    interno, por fim, pode gerar melhor desempenho dos funcionários. Já o recrutamento externo,

    busca suprir o seu quadro de matéria-prima com candidatos disponíveis no mercado e de

    outras empresas, e como conseqüência, a entrada de recursos humanos novos na

    organização.

    É importante pensar que o recrutamento nunca ocorre de uma única forma, ele normalmente

    é misto, ou seja, se o recrutamento for interno, o indivíduo deslocado para a posição vaga

    precisa ser substituído, em sua posição atual, gerando uma vaga que precisa ser preenchida.

    Em seguida ao recrutamento, é preciso ter noção da descrição e análise do cargo pretendido(esses tópicos serão analisados adiante) e essas funções envolvem o posicionamento das

    pessoas nos cargos e a avaliação do seu desempenho para determinada função. O

    selecionador deve ser informado sobre quais os tipos de atribulações o candidato deve ter

    para aquela vaga e quais qualificações serão necessárias para um bom desempenho na

    função oferecida.

    Tendo em vista todas essas etapas podemos colocar com certeza que a seleção bem

    realizada é um processo pelo qual a empresa passa, para a aquisição de pessoasqualificadas para suprir seu quadro de funcionários.

    O processo de seleção deve resguardar a objetividade e a precisão de seu processamento;

    deve ser realista e comparativo entre dias variáveis; o requisito do cargo (requisitos que o

    cargo exige de seu ocupante) e o perfil das características dos candidatos que se

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    apresentam. Uma vez feita essa comparação o que pode acontecer é ter vários candidatos

    em condições aproximadas e equivalentes para serem indicadas as vagas.

    Nesses casos a seleção não pode impor, ao departamento que oferece a vaga, a aceitação

    dos candidatos aprovados no processo de comparação, pode apenas prestar serviços

    especializados, como aplicar técnicas de seleção e recomendar os candidatos que julgar

    mais adequado ao cargo. A decisão final de aceitar ou rejeitar os candidatos é sempre de

    responsabilidade do requisitante do cargo, assim o selecionador serve mais como um staff

    para os departamentos.

    Ao ter as informações do cargo e as características que o ocupante deverá possuir o próximo

    passo do selecionador, é a escolha de técnicas de seleção mais adequada para a situação,

    podendo ser: entrevista de seleção; provas de conhecimento ou capacidade; testes

    psicométricos; testes de personalidade e técnica de simulação.

    Dependendo da complexibilidade e necessidade de exatidão, o processo seletivo poderá ser

    composto por até quatro passos:

    1. Entrevista Preliminar: serão dirigidas (com roteiros) ou não dirigidas (livres).

    2. Técnicas de Conhecimento: Provas de Capacitação (gerais ou específicas) ou testespsicométricos (aptidões gerais ou específicas).

    3. Teste de Personalidade: Personalidade: Expressivos (PMK, Grafologia), Projetivos

    (árvore, TAT Roschart), Inventários (motivação, frustração de interesses); Técnicas de

    Simulação: Psicodrama,

    4. Dramatização e Dinâmica de Grupo.

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    UNIDADE 13 Informações Importantes para Uso em Seleção Profissional

    Objetivo: Mostrar de que modo os recursos da dinâmica de grupo e do marketing pessoal podem ser utilizados, de forma positiva, na seleção profissional.

    Dinâmica de Grupo

    Fazer desenhos, moldar bichos, montar, etc., quem diria que, sair-se bem em brincadeiras

    como essas podem carimbar definitivamente o passaporte de entrada no mercado detrabalho.

    Aparentemente esquisitas essas técnicas são cada vez mais utilizadas nas dinâmicas de

    grupo e chegam a eliminar 70% dos candidatos, porque funcionam como um funil na

    seleção, é a prova de fogo do processo porque precede à entrevista final.

    A dinâmica de grupo geralmente tem três etapas: o aquecimento, a apresentação individual e

    a técnica situacional. Na primeira etapa, são usadas técnicas para integrar o grupo e fazer

    com que os participantes deixem o nervosismo de lado. A apresentação é a chance de expor

    as qualidades do avaliado e analisar-se quão envolvente é o discurso.

    A técnica situacional nada mais é do que o reflexo de um dia no trabalho, onde se verifica

    liderança, espírito de equipe e até a má vontade dos participantes.

    O candidato que for para uma dinâmica com o discurso pronto não terá sucesso, porque não

    adianta querer adivinhar o que o avaliador está buscando, na verdade quem se destaca é o

    candidato que supera seus defeitos para se colocar perante o grupo, "não é competir, massaber se vender".

    Levando-se em conta os diferentes processos de seleção que se instalam hoje nas

    empresas, onde a procura pela melhoria dos testes e técnicas de entrevistas está cada vez

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    mais sofisticada, a pergunta que aparece com frequência é, por que a seleção e o

    recrutamento sempre são alvos de críticas?

    Talvez a resposta não esteja nos instrumentos utilizados, mas sim no enfoque ideológico

    dado pelo sistema de recrutamento e seleção.

    As empresas normalmente têm seu próprio sistema de recrutamento e seleção, que está de

    acordo com um conjunto de estratégias, procedimentos e uso de instrumentos da

    organização, é justamente na estruturação desse sistema que passa pelas experiências

    profissionais e formação teórica das pessoas que atuam na área.

    De forma resumida, aprende-se que o processo de recrutamento e seleção é a qualidade

    que está diretamente relacionada ao planejamento que é feito. Inicialmente é preciso ter

    certeza da necessidade de um novo funcionário, ajudar o requisitante a refletir, fazendo o

    máximo de perguntas possíveis, como por exemplo, se não seria melhor uma reengenharia

    para o preenchimento da vaga? Não se poderia configurar melhor o cargo? E assim por

    diante. É necessário se perguntar, também, qual retorno é esperado desse profissional, se

    ele trará lucro e satisfação para ambas as partes.

    Feitas as investigações convenientes parte-se para o processo de pesquisa de campo. Inicia-

    se pelo arquivo de candidatos e segue-se em busca de fontes de recrutamento não

    onerosos, como: palestras em Universidade, cadastro de empresas de recolocação,

    pesquisas de currículos junto a entidades de RH, Câmara do Comercio, Sindicatos,

    empresas congêneres, associações de classe e afins.

    A indicação dos empregados não deve ser descartada. Frustradas essas possibilidade as

    fontes de recrutamento onerosas serão necessárias. Jornais, publicações específicas ou

    empresas especializadas (headhunting).

    O recrutamento deve se tornar um processo para atrair bons candidatos e a seleção é o

    processo de análise, de comparação e de decisão. Uma vez no processo de seleção, a

    forma de se fazê-lo deve estar preparada de modo especifico. Pode-se eleger, nesta fase,

    apenas entrevistas, acrescentar testes psicológicos, provas práticas, dinâmica de grupo.

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    Cabe ainda lembrar que a organização tem uma cultura própria, assim como subculturas que

    devem ser respeitadas.

    Marketing Pessoal

    Embora seja uma ferramenta comprovadamente eficaz para conquistar novos clientes e

    obter credibilidade no mercado, o marketing pessoal não deve ser usado para criar uma

    imagem fantasiosa; como presenciado atualmente. Ele só atinge seu principal objetivo se for

    um canal de divulgação das competências técnicas de um profissional.

    Não é aconselhável, portanto, utilizar-se dessa estratégia para uma exposição da vida

    pessoal; mas sim para uma projeção social do profissional e do trabalho que oferece. O uso

    inadequado pode acabar vulgarizando a pessoa e comprometendo seu reconhecimento

    profissional.

    Assim, antes de partir para a divulgação de seu trabalho, é importante que alguns pontos

    sejam alcançados:

    • Descobrir em que, realmente, se é competente, para que se possa oferecer ao mercado

    resultados concretos.

    • Estudar muito, em instituições credenciadas e por conta própria, a fim de que possam ser

    acrescentadas ao currículo novas informações técnicas, metodológicas e processos do

    meio de especialização.

    • Compartilhar as próprias competências com colegas de classe, entidades, associações

    ou equipes de trabalho. Dessa forma, além de aprender, o profissional conquista o

    respeito e o reconhecimento dos colegas, no meio em que atua.

    • Identificar clientes que tenham valores pessoais e profissionais semelhantes aos seus.

    Assim o trabalho flui com mais empatia, rapidez e consistência, trazendo ganhos

    imediatos e duradouros para ambos.

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    • Preparado tecnicamente e com os objetivos bem traçados, o profissional pode e deve

    utilizar as técnicas do Marketing Pessoal, as quais ajudarão a se tornar conhecido e,

    sobretudo, reconhecido pelo mercado. Algumas atitudes devem, entretanto, ser evitadas

    ou observadas para ajudar na construção dessa estratégia.

    • A participação em eventos sociais não deve ser explorada para divulgar o profissional.

    Essa estratégia pode acabar provocando o desgaste da imagem diante do mercado.

    Essas exposições só traduzem em resultados positivos quando têm afinidade com a

    atuação profissional da pessoa.

    • A atuação em seminários, congressos e outros eventos devem ser bem reduzidos.

    Algumas pessoas "exageram" na participação, interrompendo sempre os palestrantes

    com perguntas pouco interessantes, apenas para marcar presença. Além de inadequada,

    a postura impede que o profissional adquira mais conhecimentos com o ponto de vista

    dos outros participantes.

    • A publicação de textos técnicos em jornais e revistas deve seguir critérios rígidos de

    redação e de conteúdo. O ideal é contratar uma assessoria de comunicação para orientar

    a melhor forma de apresentação de seus estudos técnicos e como lidar com a imprensa.

    • A apresentação pessoal é fundamental. O vestuário usado deve ser adequado ao meio

    em que trabalha ou ao ambiente social em que está inserido. É muito deselegante

    participar de encontros formais com roupas ousadas, assim como é dispensável

    vestimentas muito sofisticadas em ocasiões despojadas.

    Muitas pessoas desejam resultados muito imediatos com o Marketing Pessoal. Mas o

    profissional deve investir primeiro em casa, para que depois de consolidada, possa então,

    difundir sua imagem no mercado.

    É preciso saber que tudo contribui para formar a imagem do profissional; o que vai desde sua

    postura ética até os valores que defende na sociedade. Não se pode arriscar, quando não há

    conteúdo técnico para oferecer.

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    UNIDADE 14 Descrição e Análise de Cargos

    Objetivo: Conceituar descrição e análise de cargos.

    A análise do trabalho é o conjunto de processo que leva ao conhecimento do cargo nas suas

    partes integrantes. Ela culmina com a descrição do cargo, que lhe é um autêntico retrato

    escrito.

    Conhecido o cargo, isto é, analisado e descrito, pode-se, em sequência avaliar os cargos,

    classificá-los e ministrar uma política salarial; só pela descrição do cargo é possível saber as

    qualidades humanas exigidas para o seu exercício, com vistas ao recrutamento, ao

    treinamento, à avaliação do mérito, etc.

    O cargo é o ponto de toque entre o trabalhador e a empresa, já que sua inter-relação se

    passa através do cargo e em razão do cargo. A pessoa constitui objeto da administração

    porque exerce um cargo na empresa. Em função do cargo, a empresa: remunera; procura

    um trabalhador para o cargo que está vago; treina-o para atender às exigências do cargo;

    avalia o desempenho do trabalhador e assim por diante.

    Com efeito, como estabelecer a remuneração de um trabalho se não se sabe no que

    consiste? Como treinar um trabalhador para um serviço não especificado? De que maneira

    selecionar um candidato sem saber para qual função? O que é e o que compõe o cargo para

    o qual a pessoa está sendo escolhida? Indagações como essas cabem em todas as áreas,

    tornando indispensável à descrição do trabalho em qualquer atividade da administração de

    recursos humanos.

    A análise e a descrição têm a grande importância de conceder o conhecimento ao conteúdo

    do cargo de cada empregado, sem o que, a administração de RH. seria impossível. Não se

    tendo descrito os trabalhos, remuneram-se um cargo sem conhecê-lo, recruta-se uma

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    pessoa para um cargo cujo conteúdo se desconhece; dá-se treinamento sem saber se os

    seus conhecimentos serão úteis; é como caçar no escuro. Apenas alguns poucos caçadores

    acertam o tiro nessas condições.

    E, em verdade, que lealdade se pode esperar de um empregado a que é tratado como se

    estivesse fazendo uma coisa quando, de fato, está prestando um serviço completamente

    diferente; o que se pode esperar de um trabalhador que é remunerado por um serviço

    diferente do que exerce; deixando de considerar uma função e não levando em conta uma

    responsabilidade? A descrição é, assim, uma atitude de honestidade. Tratar cada um por

    aquilo que exatamente ele faz. Assim, a Administração de RH encontra uma base sadia para

    desenvolver-se.

    A análise de descrição do trabalho não constitui uma atividade fim. Descritos todos os

    cargos, não se podem esperar reflexos sensíveis na mão de obra, senão em casos isolados.

    Mas a análise do trabalho é condição para que se possam exercer atividades fim com

    segurança, ou seja, com base na realidade. Sem o conhecimento prévio dos cargos, com

    efeito, a administração de recursos humanos agiria abstratamente.

    Para analisar um trabalho, o analista de remuneração observa três momentos sucessivos:

    Pesquisa; Estudo dos dados recolhidos na pesquisa; Descrição dos dados apurados noestudo.

    A pesquisa, em racionalização, significa "observação informada por um método". Observar é

    uma atitude normal; todos observam todas as coisas, a todo o momento. Mas só se está

    pesquisando, quando a observação obedece a um método. Este método visa indicar "o que"

    e "como" observar.

    No primeiro momento, ele indicará todos os elementos sobre os quais deva recair a

    observação, para que ela seja completa; imediatamente depois dará a dimensão do exato

    significado dos elementos que observamos. Para tanto, duas perguntas se impõem: uma visa

    à finalidade do elemento observado, e outra os meios de que se serve para atingi-la. Esta

    existência se amolda a circunstâncias tais, que lhe permitem atingir esse algo.

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    O trabalho humano compreende dois componentes: atividade e responsabilidade onde, duas

    pessoas podem ter atividades idênticas, mas responsabilidades diferentes. Assim,

    encontram-se numa sala dois digitadores, trabalhando em máquinas da mesma natureza; as

    máquinas são do mesmo tipo e marca, o mobiliário é idêntico; a atividade, pois, érigorosamente igual. Entretanto, um é chefe do outro. Ao que é chefe, a empresa deu a

    responsabilidade pela disciplina do trabalho, pela pontualidade na devolução das matérias

    digitadas; pela limpeza e ordem na sala de digitação. Ao outro digitador, obedecer a um

    deles, o chefe do setor, em atenção à diferença de responsabilidade.

    Tem como atividade o analista de remuneração, a coleta das atividades e responsabilidades

    através de entrevista. Na primeira entrevista limita-se a duas perguntas básicas para a coleta

    de dados.

    • "O que é que você faz?"

    • "O que mais você faz?"

    A primeira pergunta não é necessária quando o analista, ao chegar ao local de trabalho para

    a entrevista, compreende, pela simples visão, o que a pessoa faz; por exemplo, um

    ascensorista - não é preciso indagar o que ele faz, porque está evidente. Mas na segunda

    pergunta justifica, por si só, a entrevista, porque é p