6 analise de estrutura aporticada de aco
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Anlise
de
estrutura
aporticada
de
ao
para
suporte
de
peneira
vibratria
TniaMariaRibeiroCostaAssuno
FernandoAmorim
de
Paula
UniversidadeFederal
de
Minas
Gerais.
Engenharia
de
Estruturas.
Resumo.
Devido
racionalizao
dos
espaos
nos
processos
industriais,
grande
parte
das
peneiras
vibratrias
encontra-se
em
estruturas
aporticadas
de
ao
com
alturas
elevadas.
Apesar
da
excitao
dinmica
induzida
por
esse
equipamento
ser
representada
por
uma
funo
harmnica
conhecida,
algumas
dificuldades
so
encontradas
para
analisar
os
seus
efeitos
nas
estruturas
de
apoio.
Diante
das
dificuldades
so
adotadas
algumas
simplificaes,
dentre
elas
a
que
envolve
a
interao
entre
o
equipamento
e
sua
estrutura
suporte.
Os
efeitos
de
algumas
dessas
simplificaes
so
demonstrados
atravs
de
um
estudo
de
caso
de
uma
estrutura
aporticada
de
ao
que
suporta
uma
peneira
vibratria,
cuja
principal
fonte
de
excitao
um
sistema
rotativo
com
massa
propositalmente
desbalanceada
para
provocar
os
movimentos
caractersticos
do
equipamento.
Em
um
dia
de
funcionamento
da
mina
a
aquisio
real
de
dados
foi
realizada
utilizando
um
acelermetro
uniaxial
para
efetuar
a
medio
da
amplitude
de
acelerao
em
alguns
pontos
da
estrutura.
Foram
elaborados
modelos
computacionais
via
mtodo
dos
elementos
finitos,
sendo
que,
em
um
dos
modelos,
buscou-se
representar
a
estrutura
o
mais
real
possvel
com
a
peneira
vibratria
discretizada,
enquanto
nos
demais
modelos
a
peneira
vibratria
foi
eliminada
e
seus
efeitos
foram
representados
com
algumas
variaes
e
simplificaes.
O
estudo
comparativo
das
aceleraes
obtidas
com
os
modelos
computacionais
e
as
medidas
in
loco,
permitiu
avaliar
a
qualidade
das
simplificaes
adotadas.
Palavras-chave:
Vibrao,
carregamento
dinmico,
estrutura
suporte
de
peneira
vibratria.
CONSTRUMETAL 2010 CONGRESSO LATINO-AMERICANO DA CONSTRUO METLICASo Paulo Brasil 31 de agosto a 2 de setembro 2010
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected] -
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1 INTRODUOCom a evoluo tecnolgica em reas como materiais e equipamentos, aliada a economia e
arrojo dos engenheiros, as estruturas esto cada vez mais esbeltas, leves, flexveis e com
baixo amortecimento, consequentemente mais suscetveis a problemas de natureza
dinmica. Somado a isso, atualmente existe um maior nvel de exigncia quanto ao
conforto das pessoas e preservao do meio ambiente. Todos esses fatores motivam ainda
mais o desenvolvimento de pesquisas na rea de vibraes.
Com a crescente demanda de projetos industriais nos ltimos anos, vrias pesquisas vm
sendo desenvolvidas focalizando o comportamento dinmico de mquinas e de estruturasindustriais. Essas estruturas geralmente esto sujeitas a carregamentos dinmicos intensos
de equipamentos vibratrios, o que as torna mais propensas a problemas como fadiga,
rudos e nveis indesejveis de vibrao. Devido racionalizao dos espaos nos
processos industriais, que exigem edificaes com mltiplas funes operacionais, a
utilizao de estruturas aporticadas de ao muito comum.
Um equipamento muito freqente nessas edificaes so as peneiras vibratrias, que
devem estar a uma altura adequada para receber o material, classific-lo e encaminh-lopara outra etapa do processo, muitas vezes no mesmo prdio. Portanto, em geral esto
alocadas em estruturas aporticadas de alturas elevadas. Apesar da excitao induzida por
esse equipamento ser representada por uma funo harmnica conhecida, algumas
dificuldades so encontradas para analisar os seus efeitos nas estruturas que as suportam.
Diante das dificuldades so adotadas algumas simplificaes, dentre elas a que envolve a
interao entre o equipamento e sua estrutura suporte. Normalmente as pesquisas que
envolvem equipamentos no so estendidas as suas estruturas suportes, como a elaborada
por Iizuka (2006) que, atravs de modelos estruturais de quatro peneiras vibratrias,
comparou as tenses obtidas por simulaes numricas via mtodo dos elementos finitos
com tenses experimentais, realizadas por medio extensomtrica. Nos modelos de
elementos finitos adotados, Iizuka (2006) restringe os seis graus de liberdade na regio das
bases, sem considerar a rigidez da estrutura sob a qual essas bases estariam apoiadas e
tambm sem comentar sobre as reaes que seriam transmitidas estrutura, tendo em vista
que a sua pesquisa visa integridade do equipamento.
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Geralmente, na anlise da estrutura suporte desse tipo de equipamento, ignora-se o seu
sistema de molas de apoio, calculando-se apenas a fora transmitida por ele e aplicando-a
diretamente na estrutura. No caso das mquinas rotativas, essa fora devido ao
desbalanceamento de suas partes mveis. Na literatura clssica, como Richart (1969),
prope-se o clculo da amplitude das foras dinmicas multiplicando-se a massa totaldesbalanceada pelo raio de sua excentricidade e o quadrado da frequncia circular de
operao. AInternational Organization for Standardization (ISO), ISO 1940-1 (1986)
estabelece os graus de qualidade de balanceamento aceitvel para rotores rgidos de acordo
com o tipo de rotor.
Para avaliar algumas simplificaes, no presente estudo foram elaborados modelos
computacionais via mtodo dos elementos finitos (utilizando o software SAP 2000), de
uma estrutura aporticada que suporta uma peneira vibratria, cuja principal fonte deexcitao um sistema rotativo com massa propositalmente desbalanceada para provocar
os movimentos caractersticos do equipamento. Em um dos modelos, buscou-se representar
a estrutura o mais real possvel com a peneira vibratria discretizada. Em outro modelo
eliminou-se a peneira, aplicando-se a fora excitante e a sua massa sobre as molas de
apoio. Os demais modelos foram mais simplificados, retirando-se as molas e representando
a fora transmitida diretamente na estrutura.
Para que se pudesse fazer uma comparao com a situao real da estrutura, fez-se uma
visita tcnica ao local onde a estrutura se encontra para medies dos nveis de acelerao
em alguns pontos da mesma. Os efeitos das simplificaes consideradas nos modelos
foram avaliados comparando-se os valores de acelerao obtidos nas simulaes numricas
com as medidas experimentalmente.
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2 EFEITO DAS VIBRAES2.1 Estruturas industriaisSabe-se que as vibraes nas edificaes industriais podem provocar danos a
equipamentos, s estruturas, ao meio ambiente e s pessoas. Portanto, seus efeitos devem
ser abordados em diferentes aspectos e muitas vezes envolver profissionais com diferentes
interesses. Na maioria dos casos o objetivo manter a integridade fsica dos equipamentos
e das estruturas e a integridade fsica e psicolgica de indivduos, limitando as vibraes e
rudos a nveis aceitveis, baseados em normas.
necessrio que as estruturas suportes de mquinas sejam adequadamente projetadas para
que ocorra o bom desempenho das mquinas e equipamentos ali instalados, bem como oconforto e a segurana dos seus operadores e das pessoas que transitam nos seus arredores.
Os efeitos das vibraes em estruturas so influenciados por diversos fatores, dentre eles as
caractersticas da excitao (o tipo, a durao, a freqncia e a intensidade) e as
caractersticas da estrutura (o amortecimento, as freqncias naturais e as formas modais).
Outro importante fator o isolamento das vibraes, que muito comum nas estruturas
industriais sujeitas a vibrao de equipamentos.
Os valores limites de velocidade de vibrao de partculas para que no ocorram danos
estruturais, em geral so superiores aos nveis de sensibilidade e conforto humano. Na
TAB. 1 so apresentados os valores permissveis de velocidade para vibraes de curta
durao:
TABELA 1 Velocidade permissvel para vibraes transientes em edifcios de acordo
com a DIN 4150. Fonte: GERB (1994).
Nvel mais alto do
edifcio
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Observa-se que para as estruturas industriais, essa norma admite velocidades de at 50
mm/s para freqncias entre 50 Hz e 100 Hz, no nvel da fundao, para que no ocorram
danos estruturais. J para o andar mais alto da edificao, admite-se at 40 mm/s, em
qualquer freqncia, sem riscos de danos.
A norma britnica BS 7385-2 (1993) considera o limite de velocidade de 50 mm/s (medido
na base do edifcio) em qualquer freqncia para que no ocorram danos em estruturas
industriais aporticadas sujeitas a vibraes transientes. No caso de estruturas com
vibraes contnuas, em que se observa amplificao dinmica na resposta, essa norma
sugere que o limite seja reduzido pela metade, baseado na prtica.
2.2 PessoasOs efeitos das vibraes em pessoas tm ganhado cada vez mais importncia no cenrio
mundial. Estudos apontam que os efeitos das vibraes podem ser abordados sob vrios
aspectos, sejam eles patolgicos, fisiolgicos e psicolgicos, de modo que podem causar,
alm de desconforto, srios riscos sade. No Brasil, a Norma Regulamentadora NR 15
(anexo 8) do Ministrio do Trabalho, dispe sobre atividades e operaes insalubres,
caracterizando as vibraes como um risco fsico ocupacional sade dos trabalhadores
com base nas recomendaes definidas pela ISO 2631 e ISO 5349.
O corpo humano um sistema biomecnico extremamente complexo. Assim como
qualquer corpo que possui massa e elasticidade, pode ser representado por um modelo
mecnico, com massas, molas e amortecedores, com cada parte do corpo com sua
respectiva freqncia natural, conforme mostrado na FIG. 1.
Essas partes podem entrar em ressonncia quando submetidas a vibraes externas de
mesma freqncia, com a conseqente amplificao das vibraes.
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FIGURA 1 Modelo mecnico do corpo humano. (Fonte: Br u el & Kjaer
http://www.bkpt.com).
Os limites aceitveis de vibrao para o homem so amplamente discutveis uma vez que
dependem de muitas variveis e a sensibilidade s vibraes um tanto quanto subjetiva,
variando de pessoa para pessoa e com o ambiente onde ocorre a vibrao.
A DIRETIVA EUROPIA (2002), que tem sido adotada por vrios rgos, fornece valores
para nveis de ao e limites de exposio. O primeiro o valor total de exposio diria a
partir do qual o empregador deve tomar medidas preventivas e implementar programas
para reduo dos nveis de vibrao; j o limite de exposio so nveis que no devem ser
excedidos em nenhuma situao. A TAB. 2 apresenta esses valores.
TABELA 2 Limites de exposio e nveis de ao DIRETIVA EUROPIA(2002).
Parmetro Nvel de ao Limite de ExposioVibrao em mos e
braos2,5 m/s
2A(8) 5,0 m/s
2A(8)
Vibrao de corpo
inteiro
0,5 m/s2
A(8) ou 9,1
VDV
1,15 m/s2
A(8) ou 21
VDV
A (8) - acelerao para exposio de oito horas, expressa em r.m.s.VDV - Valor Dose deVibrao
http://www.bkpt.com/ -
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3 FONTE DE EXCITAO INDUZIDA POR PENEIRASVIBRATRIAS
Assuno (2009) classifica as mquinas industriais em quatro grupos: rotativas,
alternativas, vibratrias e de impacto.
As peneiras vibratrias fazem parte de um grupo de mquinas (vibratrias) que devem
produzir movimentos para executar determinadas tarefas na indstria. Os movimentos
desejados geralmente so produzidos por mecanismos vibratrios, os quais constituem
parte essencial desses equipamentos. Esses mecanismos so baseados em sistemas de
massas excntricas que produzem foras dinmicas suficientes para obter amplitudes de
vibraes no equipamento, que normalmente variam de 1,5 mm a 6 mm, com freqncias
de operao da mquina de 700 rpm a 1200 rpm. Os mecanismos em geral podem executarmovimentos circulares, elpticos ou lineares, de acordo com a sua finalidade.
A fora dinmica produzida pelos mecanismos vibratrios, similarmente s mquinas com
partes rotativas, pode simplificadamente ser expressa por:
2F = m r (3.1)
onde: F a fora dinmica, m a massa desbalanceada, r a excentricidade da massa
desbalanceada e corresponde freqncia circular de rotao. A direo da fora
depender do movimento executado pelo acionamento. A FIG 2 apresenta uma peneira
vibratria tipo Banana que executa movimentos provenientes de um mecanismo
vibratrio de movimento linear.
A fora no mecanismo vibratrio pode ser alterada atravs dos contrapesos que so
ajustveis com insertos de ao ou de chumbo. Conforme a FIG. 3, os contrapesos giram emsentidos opostos. Pode ser notado que, com o auto-sincronismo, existem determinadas
posies em que as componentes da fora centrfuga gerada pelo movimento angular se
somam ou se anulam.
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FIGURA 2- Peneira vibratria tipo Banana- METSO (2009)
FIGURA 3 Esquema dos contrapesos.
A fora resultante Fr dada por:
r 1 2F = (F +F )sin(2f t) (3.2)
onde F1 a fora centrfuga gerada pelos contrapesos do eixo A, F2 a fora centrfuga
gerada pelos contrapesos do eixo B e fa freqncia de operao do equipamento.
mecanismo vibratrio
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4 ESTUDO DE CASO4.1 Apresentao da estrutura analisadaTrata-se de um prdio usualmente edificado em reas industriais, principalmente na
minerao, em um dos processos que, nesse caso, o peneiramento. Essa estrutura faz
parte do complexo industrial da Mina de Brucutu, de propriedade da mineradora VALE,
localizado no municpio de So Gonalo, no Estado de Minas Gerais.
A estrutura est sujeita a diversos fatores que podem provocar vibraes. No entanto, nesse
estudo de caso, considerou-se como fonte excitadora apenas a peneira vibratria utilizada
para o processo de separao granulomtrica.
Das principais caractersticas do prdio, destacam-se:
Utilizao de perfis metlicos laminados de abas paralelas em ao estrutural
ASTM-A572 Grau 50;
Perfis do tipo U, soldados e cantoneiras em ao estrutural ASTM-A36;
Piso em chapa xadrez (espessura de 6,3mm);
Ligaes entre as peas principais atravs de parafusos de alta resistncia
(ASTM-A325);
Altura total de aproximadamente 8 metros e trs nveis de plataformas, sendo
uma delas para apoio da peneira;
Estabilidade transversal e longitudinal garantida atravs de prticos com perfis
de abas paralelas.
4.2 Modelagem da EstruturaPara avaliar numericamente o comportamento estrutural dinmico do prdio, foram feitos
trs modelos computacionais, que se diferenciam apenas pelo tipo de representao
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discretizada do equipamento. A estrutura do prdio, que no varia nos trs modelos,
denominada de Estrutura Suporte.
O modelo da Estrutura Suporte constitudo por vigas e colunas, simuladas por elementos
unidimensionais (elemento tipostraight frames
), formando um conjunto tridimensional,
conforme mostrado na FIG. 4.
FIGURA 4 Modelo tridimensional da Estrutura Suporte.
As ligaes entre as barras foram consideradas totalmente rgidas ou rotuladas, com cada
n apresentando seis graus de liberdade: trs translaes e trs rotaes. As bases foram
totalmente engastadas.
A seguir sero descritas as caractersticas e as diferenas de cada modelo.
4.2.1 Modelo 01Nesse modelo a peneira discretizada e includa no modelo da Estrutura Suporte, bem
como as molas sob as quais ela se apia, de forma que se tenha uma situao o mais realpossvel. A FIG. 5 mostra o Modelo 01 gerado para anlise.
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FIGURA 5 Modelo estrutural 01.
A peneira foi modelada com auxlio de elementos bidimensionais de casca (elemento tipo
shell-thin), utilizando-se elementos triangulares e retangulares at a regio das chapas de
apoio, sob as quais esto fixadas as molas. Alguns componentes da peneira, tais como as
cantoneiras de reforo e os tubos de ligao entre as duas laterais, foram modelados atravs
de elementos de barra. A FIG. 6 apresenta o modelo estrutural da peneira.
FIGURA 6 Modelo estrutural da peneira.
No houve a inteno de um refinamento na malha de elementos finitos que fosse
suficiente para uma anlise de tenses e deformaes entre os componentes estruturais da
peneira. Dessa forma, na discretizao buscou-se representar, com nveis de detalhes
molas
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satisfatrios, a distribuio de massas e de rigidezes e os pontos de aplicao das foras
dinmicas, de modo que os seus efeitos na Estrutura Suporte fossem fielmente retratados.
A simulao das molas de apoio (molas helicoidais de ao) se deu atravs de elementos de
barra com caractersticas semelhantes s informadas pelo fabricante do equipamento,conforme mostrado na FIG. 7. A constante elstica lateral foi calculada segundo
recomendaes da GERB (1994) e o valor encontrado foi de 75,62 N/mm.
A (mm) B (mm) C (mm) f fio (mm) n de espiras502 248 178 35 11,2
mola defletida - A = 465 mm
peso = 560 N
constante elstica vertical = 160 N/mm
FIGURA 7 Dados da mola de apoio da peneira.
Para interligao das molas na estrutura suporte, em que trs ou quatro pontos dos
elementos das molas ligam-se em um nico ponto do apoio da estrutura (FIG. 8),
utilizaram-se elementos de ligao (elemento tipo constraint-body), considerando-se
dessa forma que esses pontos se movimentam como um corpo rgido tridimensional.
FIGURA 8 Vista lateral na regio da ligao da mola com a Estrutura Suporte.
A fora dinmica gerada foi calculada a partir de informaes do fabricante do
equipamento, que afirma que nesse projeto o conjunto de excitadores apresenta uma massa
desbalanceada multiplicada pela sua excentricidade de 97,4 kg.m para executar a
amplitude do movimento desejado da peneira. Com base na Eq. (3.1) e considerando a
freqncia de operao igual a 864 rpm (freqncia detectada no experimento), a fora
dinmica (F) foi encontrada atravs da Eq. (3.3).
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2864.2
F = 97,4. = 797340N60
(3.3)
Essa fora foi aplicada aos 72 ns que representam os pontos de fixao dos excitadores,
conforme mostrado na FIG. 9.
FIGURA 9 Fora dinmica na regio dos excitadores.
4.2.2 Modelo 02No Modelo 02, foram considerados a Estrutura Suporte e as molas helicoidais de apoio,
sendo o equipamento simulado por massas concentradas no topo das molas, conforme
mostrado na FIG. 10.
FIGURA 10 Vista tridimensional do Modelo 02.
apoio tipo 1
molas helicoidais
apoio tipo 2
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A distribuio da massa total do equipamento no topo das molas foi definida de acordo
com a distribuio do peso prprio dada pelo desenho do fornecedor do equipamento.
J a fora dinmica foi a mesma encontrada na Eq. (3.3), contudo sua distribuio aos
apoios foi baseada, em termos percentuais, na distribuio da fora dinmica do fabricante(57% para os apoios do tipo 2 e 43% para os apoios do tipo1), com a inclinao de 45 com
a horizontal, conforme o projeto do equipamento.
4.2.3 Modelo 03O Modelo 03 o mais simplificado, j que foram consideradas as foras dinmicas
induzidas pela peneira atuando abaixo do apoio das molas, diretamente na Estrutura
Suporte (FIG. 11), sem acrscimo de qualquer massa do equipamento. Os valores dos
esforos correspondem s mximas foras dinmicas em regime de operao apresentadas
pelo fabricante.
FIGURA 11 Fora dinmica do Modelo 03.
4.2.4 Variaes do Modelo 03O Modelo 03-A uma das variaes do Modelo 03. Nessa simulao, as foras dinmicas
do Modelo 03 foram substitudas por foras calculadas a partir do deslocamento relativo
das molas sobre as quais a peneira est apoiada.
Outras duas hipteses foram avaliadas com o objetivo de analisar o impacto do acrscimo
das massas da peneira no modelo simplificado. A massa da peneira foi acrescentada nos
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seus pontos de apoio do Modelo 03-A, gerando o Modelo 03-B e ao Modelo 03, gerando o
modelo 03-C.
4.3 AnlisesFoi feita a anlise modal, em que se observam os modos de vibrar da estrutura sem
amortecimento, com as suas respectivas freqncias naturais, e a anlise linear no tempo
(do tipo time history) atravs da superposio de 40 modos de vibrao, com uma
excitao peridica, definida a partir de uma funo senoidal com a mesma freqncia de
operao do equipamento.
Com o auxlio de um acelermetro uniaxial (tipo ICP, modelo 353-B34 do fabricante
PCB), um sistema de aquisio de dados (PHOTON II da LDS Dactron/Nicolet, com
quatro canais) e um computador, foi realizada a anlise experimental, que consistiu em
medies dos nveis de acelerao em pontos da estrutura com a peneira vibratria em
funcionamento. Foi definida uma faixa de freqncia at 500 Hz, com uma resoluo de
25.600 linhas. Desse modo, em cada ponto foi realizada a aquisio dos valores de
acelerao por um perodo de 51,2 segundos. A anlise dos sinais foi realizada utilizando o
software RT PRO PHOTON 6.32.
A FIG. 12 apresenta a resposta no domnio da freqncia para o ponto P1.
FFT1(f)
282 3 5 8 10 13 15 18 20 23 25
0.5162
-0.0349
0
0.0400
0.0800
0.1200
0.1600
0.2000
0.2400
0.2800
0.3200
0.3600
0.4000
0.4400
0.4800
Frequency (Hz)
(m/s) pk
1
23
4 5
FFT1(f)X Y
1 14.38 0.4460152 19.98 0.06421783 14.75 0.05694134 1 6. 5 0 .0 10 38 75 18.75 0.00956662
FIGURA 12 Resposta no domnio da freqncia para o ponto P1.
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Como pode ser observado, o ponto com pico mximo de acelerao indica a freqncia de
14,38 Hz. Foi ento utilizado um filtro digital do tipo passa-faixa, com o valor de 12 Hz
para a freqncia de transio inferior e 16 Hz para a freqncia de transio superior, para
a obteno do sinal na faixa de operao do equipamento.
Na FIG. 13 apresentado o sinal filtrado do ponto P1, indicando o pico mximo de
acelerao. O intervalo apresentado o representativo da melhor uniformidade da resposta.
input1(t)
13.68011.379 11.750 12.000 12.250 12.500 12.750 13.000 13.250 13.500
0.8750
-0.8400-0.8000
-0.7000
-0.6000
-0.5000
-0.4000
-0.3000
-0.2000
-0.1000
0
0.1000
0.2000
0.3000
0.4000
0.5000
0.6000
0.7000
0.8000
Time (seconds)
m/s
1
23 45
input1(t)X Y
1 12.46 0.7089772 12.67 0.5942183 11.77 0.5719484 12.96 0.5687555 12.95 0.565918
FIGURA 13 Resposta no domnio do tempo - ponto P1.
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5 COMPARAO DOS RESULTADOS E DISCUSSESPara comparao dos resultados foram utilizadas as respostas da anlise no tempo dos
modelos anteriormente descritos nos mesmos pontos onde foram efetuadas as medies.
Os resultados da anlise foram organizados de acordo com o modelo e as direes de
medio e comparados entre si conforme apresentado na TAB. 2.
TABELA 2 Valores das aceleraes medidas e dos Modelos 01, 02 e 03.
PONTO DIREO
ACELERA O
MEDIDA
(m/s2)
ACELERAO
MODELO 01
(m/s2)
ACELERAO
MODELO 02
(m/s2)
ACELERAO
MODELO 03
(m/s2)
P1 VERTICAL 0,709 1,354 1,312 4,410
P2 VERTICAL 0,374 0,873 0,818 2,801
P3 VERTICAL 0,064 0,029 0,027 0,009
P4 VERTICAL 0,035 0,040 0,034 0,010
P5 VERTICAL 0,640 0,775 0,743 2,416
P6 VERTICAL 0,429 0,766 0,726 2,380
P7 HORIZONTAL - X 0,252 0,398 0,371 1,422
P8 HORIZONTAL - X 0,209 0,385 0,352 1,422
Observa-se pela comparao dos resultados que o Modelo 01, com exceo do ponto P3,
apresenta aceleraes maiores do que as medidas. Um dos motivos da diferena encontrada
pode ter sido conseqncia de algumas simplificaes, como as que envolvem as ligaes,
consideradas nesse estudo como totalmente rgidas ou rotuladas. As rtulas perfeitas, do
modelo numrico, em geral contribuem para a flexibilidade do modelo, o que pode
ocasionar resultados mais conservadores. Quando consideradas como rgidas, obtm-se
valores abaixo dos medidos.
Outro motivo, que pode ter contribudo para a diferena dos valores experimentais com o
numrico, o fato de no ter sido considerado o material que estava sendo processado
sobre a peneira no momento do experimento, por no ser um valor significativo se
comparado com a massa vibrante da peneira.
O ponto P3, que teve um comportamento diferente dos demais, no foi motivo de
preocupao por se tratar de um valor pouco significativo quando comparado com os
valores mximos de acelerao da estrutura.
O Modelo 02 apresenta resultados semelhantes ao do Modelo 01, apesar de apresentar
menor complexidade em sua elaborao, que consiste apenas em acrescentar na Estrutura
Suporte as molas de apoio, a massa vibrante e a fora dinmica do equipamento.
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J o Modelo 03 apresenta valores muito superiores aos valores medidos e aos demais
modelos, com exceo dos pontos P3 e P4 que so valores muito pequenos.
A partir dos deslocamentos relativos na extremidade das molas obtidos com o Modelo 01,
calculou-se a fora dinmica em cada apoio, multiplicando-se a mdia dos deslocamentosrelativos na direo transversal (Ux) e na direo vertical (Uz) por suas correspondentes
constantes elsticas, conforme dado na TAB. 3.
TABELA 3 Fora dinmica a partir do deslocamento relativo.
DireoDeslocamento relativo
(mm)
Constante elstica(N/mm)
Fora por mola(N)
Fora por apoio(N)
Vertical (apoio 1) 3,81 160 610 2438
Horizontal (apoio 1) 3,72 75,62 281 1125
Vertical (apoio 2) 3,48 160 557 1670
Horizontal (apoio 2) 3,62 75,62 274 821
Observa-se que as foras encontradas ficaram bem menores do que as foras dinmicas
mximas em regime de operao do equipamento, conforme dado na TAB. 4.
TABELA 4 Fora dinmica em regime de operao fornecida pelo fabricante.
DireoFora por apoio
(N)
Vertical (apoio 1) 7551
Horizontal (apoio 1) 3923
Vertical (apoio 2) 5688
Horizontal (apoio 2) 2942
Na TAB. 5 a seguir so comparadas as aceleraes medidas com simulaes feitas a partir
das variaes do Modelo 03.
TABELA 5 Valores das aceleraes medidas e dos modelos 03-A, 03-B e 03-C.
PONTO DIREO
ACELERA O
MEDIDA
(m/s2)
ACELERAO
MODELO 03-A
(m/s2)
ACELERAO
MODELO 03-B
(m/s2)
ACELERAO
MODELO 03-C
(m/s2)
P1 VERTICAL 0,709 1,266 0,868 2,995
P2 VERTICAL 0,374 0,809 0,668 2,256
P3 VERTICAL 0,064 0,003 0,012 0,039
P4 VERTICAL 0,035 0,003 0,003 0,013
P5 VERTICAL 0,640 0,699 0,568 1,945
P6 VERTICAL 0,429 0,691 0,562 1,916
P7 HORIZONTAL - X 0,252 0,404 0,153 0,538
P8 HORIZONTAL - X 0,209 0,404 0,118 0,415
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No modelo 03-A, observa-se que as respostas so prximas s do Modelo 01 e 02. Nesse
mesmo modelo com a hiptese de acrescentar massas referentes ao peso prprio da peneira
(Modelo 03-B), os valores diminuem se afastando dos Modelos 01 e 02, embora
coincidentemente se aproximem mais da acelerao medida.
Na simplificao do sistema massa e mola do equipamento, em que a massa do
equipamento incorporada na estrutura, houve diminuio das respostas, conforme pode
ser evidenciado nos Modelos 03-B e 03-C.
Na anlise das amplitudes de velocidade no Modelo 02 verificou-se que a velocidade no
ponto P1 (ponto que apresenta maiores respostas) de 14,5 mm/s. Esse valor inferior ao
valor de referncia preconizado pela norma britnica BS 7385-2 (1993) que, como
anteriormente comentado, sugere um limite de velocidade de 25 mm/s (na base do edifcio)para que no ocorram danos em estruturas industriais aporticadas sujeitas a vibraes
contnuas.
Conforme apresentado na TAB. 2, o valor da acelerao nesse ponto do Modelo 02 de
1,312 m/s2. Isso indica que seria inaceitvel um trabalhador ser exposto por oito horas a
esse nvel de acelerao, pois, pela DIRETIVA EUROPIA (2002), o valor de 1,15 m/s2
para vibraes de corpo inteiro no deve ser excedido em nenhuma situao. Entretanto
nesse caso no h trabalhadores expostos a vibraes continuamente, j que o processo
mineral nesse caso automtico e apenas esporadicamente pessoas passam perto desse
ponto medido. Alm disso, os demais valores de acelerao so bem inferiores aos do
ponto P1.
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6 CONCLUSESDurante as investigaes, observou-se que para os casos de estruturas que suportam
grandes equipamentos e necessitam de altos nveis de isolamento das vibraes, como o
estudo de caso analisado, no recomendvel adotar algumas simplificaes nos modelos
estruturais adotados para anlise dos seus deslocamentos e esforos.
Aps comparaes entre a situao real da estrutura estudada, os modelos simplificados e o
Modelo 01 detectou-se que os esforos dinmicos mximos fornecidos no desenho do
fabricante da peneira so muito maiores do que aqueles realmente apresentados para
movimentao da peneira nesse caso.
Alm disso, com a incluso da massa devido ao peso prprio da peneira, houve umadiminuio das respostas, em alguns pontos do Modelo 3B, apresentando inclusive valores
inferiores aos medidos experimentalmente. Esse aspecto de fundamental importncia, j
que o acrscimo de massa diminui a freqncia natural da estrutura. Para esse caso
especificamente, essa reduo implicou em afastar a freqncia natural da estrutura da
freqncia de excitao, reduzindo consequentemente as respostas.
importante observar, pelas simulaes numricas realizadas, que as informaes devem
ser muito precisas, uma vez que as respostas apresentam grande sensibilidade para
qualquer alterao dos dados de entrada. Dessa forma, qualquer falha nessas informaes
pode mascarar completamente os resultados.
Os resultados obtidos pelo Modelo 02 foram satisfatrios, pois apresentaram valores
semelhantes Modelo 01. Dessa forma o Modelo 02 proposto como o mais adequado para
esse caso, j que evita a simplificao de eliminar os graus de liberdade do sistema de
isolamento e, dessa forma, simula a transmisso exata de esforos e a contribuio da
massa vibrante nas respostas sem, no entanto, modelar o equipamento.
Mesmo com todas as condies adversas do local onde foi realizado o ensaio, que ocorreu
em um dia operacional normal da mina, os valores medidos experimentalmente,
apresentaram valores coerentes com os obtidos com os Modelos 01 e 02 confirmando
assim a eficcia da metodologia empregada, embora os valores obtidos nesses modelos
tenham sido conservadores. Esse fato se justifica principalmente pela simplificao das
ligaes que foram consideradas totalmente rgidas ou rotuladas. Para uma simulao ainda
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mais real, seria indicado o estudo de uma situao intermediria para essas ligaes, j que
a considerao de todas as ligaes como totalmente rgidas leva a valores inferiores aos
medidos.
7 AGRADECIMENTOSOs autores gostariam de agradecer VALE pelo auxlio e apoio nas visitas e medies
experimentais do estudo de caso e FAPEMIG pelo apoio financeiro dado para a pesquisa
e participao nesse evento.
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Nome do arquivo: Artigo-construmetal2010-TANIA RIBEIRO
Pasta: D:\backup Tania\mestrado\CONSTRUMETAL
Modelo: C:\Documents and Settings\Usuario\Dados de
aplicativos\Microsoft\Modelos\Normal.dot
Ttulo: New Method of Detection of HydrogenAssunto:
Autor: TniaPalavras-chave:
Comentrios:Data de criao: 18/4/2010 10:59:00Nmero de alteraes: 13ltima gravao: 21/4/2010 10:30:00Salvo por: Tania
Tempo total de edio: 71 Minutosltima impresso: 10/5/2010 21:41:00Como a ltima impresso
Nmero de pginas: 22Nmero de palavras: 4.658 (aprox.)Nmero de caracteres:25.156 (aprox.)