55 - fisioterapia no tratamento de ombro doloroso em pacientes hemiplygicos

12
1 Fisioterapia no tratamento de ombro doloroso em pacientes hemiplégicos Marcos de Jesus Vilela 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Méjia² Pós-graduação em Fisioterapia NeuroFuncional Faculdade FAIPE Resumo Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) traduz-se por uma alteração na irrigação sanguínea local, acarretando déficits neurológicos, que podem acarretar prejuízos na funcionalidade do individuo, dificultando a recuperação neuromotora gerando incapacidade funcional. Não se sabe o mecanismo exato de dor após o AVE Objetivo: Estudar os benefícios da Fisioterapia no tratamento do ombro doloroso em pacientes hemiplégicos. Metodologia: Caracteriza-se por ser analítico descritivo de revisão bibliográfica, onde se realizou uma busca eletrônica nas seguintes bases de dados: SCIELO e LILACS, publicados de 2000 a 2013. Foram selecionados cerca de 60 artigos para compor o trabalho, sendo que apenas 34 foram incluídos. Resultados e Discussões: A abordagem fisioterapêutica utiliza diversos métodos para o alivio da dor no ombro em pacientes hemiparéticos, dentre eles a FNP, Eletroestimulação Funcional, Cinesioterapia e Kinesio Taping, proporcionando ao paciente, a prevenção e redução da dor, simetria postural, aumento da amplitude de movimento, reduz subluxação, melhora da sensibilidade e ganho do controle motor, contribuindo assim, para a qualidade de vida desse paciente. Conclusão: Os resultados mostraram que a Fisioterapia para o paciente com dor no ombro, é um fator decisivo, pois a funcionalidade dos membros superiores confere ao indivíduo o caráter de independência. Porém, são necessários estudos que determinam a eficácia e a melhor estratégia de Fisioterapia, tanto para a prevenção como para o tratamento de dor no ombro em pacientes hemiplégicos. Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico; Hemiplegia; Dor de Ombro; Fisioterapia. Introdução O Acidente Vascular Encefálico (AVE) traduz-se por uma alteração na irrigação sanguínea encefálica local, acarretando déficits neurológicos, que podem acarretar prejuízos na funcionalidade do indivíduo, interferindo na realização de suas atividades de vida diária. O AVE é a doença que mais incapacita no mundo, podendo ocasionar alterações cognitivas e neuromusculares, que tem como consequências problemas psicoemocionais e socioeconômicos (POLESE, Janaine 2011). Dentre as doenças crônico-degenerativas, as cerebrovasculares constituem a terceira causa de morte no mundo, precedida pelas cardiopatias em geral e o câncer. O AVE isquêmico ou hemorrágico, transitório ou definitivo é a doença cerebrovascular que 1 Pós-graduando em Fisioterapia NeuroFuncional ² Orientadora

Upload: brunoferreiramoreira

Post on 06-Nov-2015

25 views

Category:

Documents


10 download

DESCRIPTION

artigo fisioterapia neurologia

TRANSCRIPT

  • 1

    Fisioterapia no tratamento de ombro doloroso em pacientes

    hemiplgicos

    Marcos de Jesus Vilela1

    [email protected]

    Dayana Priscila Maia Mjia

    Ps-graduao em Fisioterapia NeuroFuncional Faculdade FAIPE

    Resumo

    Introduo: O Acidente Vascular Enceflico (AVE) traduz-se por uma alterao na

    irrigao sangunea local, acarretando dficits neurolgicos, que podem acarretar

    prejuzos na funcionalidade do individuo, dificultando a recuperao neuromotora

    gerando incapacidade funcional. No se sabe o mecanismo exato de dor aps o AVE

    Objetivo: Estudar os benefcios da Fisioterapia no tratamento do ombro doloroso em

    pacientes hemiplgicos. Metodologia: Caracteriza-se por ser analtico descritivo de

    reviso bibliogrfica, onde se realizou uma busca eletrnica nas seguintes bases de

    dados: SCIELO e LILACS, publicados de 2000 a 2013. Foram selecionados cerca de 60

    artigos para compor o trabalho, sendo que apenas 34 foram includos. Resultados e Discusses: A abordagem fisioteraputica utiliza diversos mtodos para o alivio da dor no ombro em pacientes hemiparticos, dentre eles a FNP, Eletroestimulao Funcional,

    Cinesioterapia e Kinesio Taping, proporcionando ao paciente, a preveno e reduo

    da dor, simetria postural, aumento da amplitude de movimento, reduz subluxao,

    melhora da sensibilidade e ganho do controle motor, contribuindo assim, para a

    qualidade de vida desse paciente. Concluso: Os resultados mostraram que a

    Fisioterapia para o paciente com dor no ombro, um fator decisivo, pois a

    funcionalidade dos membros superiores confere ao indivduo o carter de

    independncia. Porm, so necessrios estudos que determinam a eficcia e a melhor

    estratgia de Fisioterapia, tanto para a preveno como para o tratamento de dor no

    ombro em pacientes hemiplgicos.

    Palavras-chave: Acidente Vascular Enceflico; Hemiplegia; Dor de Ombro;

    Fisioterapia.

    Introduo

    O Acidente Vascular Enceflico (AVE) traduz-se por uma alterao na irrigao

    sangunea enceflica local, acarretando dficits neurolgicos, que podem acarretar

    prejuzos na funcionalidade do indivduo, interferindo na realizao de suas atividades

    de vida diria. O AVE a doena que mais incapacita no mundo, podendo ocasionar

    alteraes cognitivas e neuromusculares, que tem como consequncias problemas

    psicoemocionais e socioeconmicos (POLESE, Janaine 2011).

    Dentre as doenas crnico-degenerativas, as cerebrovasculares constituem a terceira

    causa de morte no mundo, precedida pelas cardiopatias em geral e o cncer. O AVE

    isqumico ou hemorrgico, transitrio ou definitivo a doena cerebrovascular que

    1 Ps-graduando em Fisioterapia NeuroFuncional Orientadora

  • 2

    apresenta maior incidncia, tem maior morbidade e resulta em incapacidades (PERLINI

    e FARO, 2005)

    O AVE usado para designar o dficit neurolgico (transitrio ou

    definitivo) em uma rea cerebral secundrio a leso vascular, e

    representa um grupo de doenas com manifestaes clnicas semelhantes, mas que possuem etiologias diversas: AVC hemorrgico

    (AVCh) compreende a hemorragia subaracnide (HSA), em geral

    decorrente da ruptura de aneurismas saculares congnitos localizados

    nas artrias do polgono de Willis e a hemorragia intraparenquimatosa

    (HIP), cujo mecanismo causal bsico a degenerao hialina de

    artrias intraparenquimatosas cerebrais, tendo como principal doena

    associada a hipertenso arterial sistmica (HAS); AVC isqumico

    (AVCi) descreve o dficit neurolgico resultante da insuficincia de

    suprimento sanguneo cerebral, podendo ser temporrio (episdio

    isqumico transitrio, EIT) ou permanente , e tendo como principais

    fatores de risco a HAS, as cardiopatias e o diabetes mellitus (DM). Outras etiologias podem estar associadas ao AVC, tais como

    coagulopatias, tumores, arterites inflamatrias e infecciosas

    (RADANOVIK 2000).

    Os fatores de risco predisponentes para se ter um AVE incluem a hipertenso arterial

    sistmica, diabetes mellitus, cardiopatias (principalmente a fibrilao atrial), obesidade,

    hipercolesterolemia, embolismo, trombos, hemorragia secundria ao aneurisma, histria

    de ataques isqumicos transitrios, estenose carotdea assintomtica, intolerncia

    glicose, dislipidemias, uso de contraceptivos, fumo, consumo abusivo de lcool, dieta

    inadequada, sedentarismo, dependncia qumica, dentre outros (CARDOSO, 2005;

    COSMO, 2006).

    Segundo Rodrigues (2005) apesar das causas, fatores de risco e tratamento serem

    desconhecidos, h consenso quanto importncia e a necessidade de aes profilticas,

    evitando-se assim, os sintomas com o tratamento precoce, e se j instalados podem ser

    amenizados.

    Os dficits motores caracterizam-se por uma paralisia designada Hemiplegia ou uma

    fraqueza denominada Hemiparesia, tipicamente no lado do corpo oposto ao lugar da

    leso cerebral (O SULLIVAN e SCHIMITZ, 2004). O incio da hemiplegia pode comprometer os princpios biomecnicos normais e a

    estabilidade do complexo do ombro, devido a perda do controle motor e do

    desenvolvimento de padres anormais de movimento; secundariamente, ocorrem

    alteraes em tecidos moles e desalinhamento da articulao glenoumeral (KLOTZ et al

    2006).

    A hemiplegia se d de duas maneiras, a forma flcida e a espstica.

    Normalmente inicia-se com a primeira e depois de um determinado tempo evolui pra segunda. Na primeira fase alm da flacidez da

    musculatura, chamada de hipotonia, pode-se encontrar tambm a hipo

    ou arreflexia, que consiste na diminuio ou profunda ausncia de

    sinais de automatismo medular. Na segunda fase, encontra-se a

    hipertonia muscular que consiste na espasticidade, h ainda a presena

    de reflexos profundos vivos ou hiperativos, presena de sinais de

    automatismo medular, como clnus, e exacerbao de reflexos

    discretos, como o cultneo-abdominal e crematrio. Em certos casos

    aparecem ainda contraturas intensas causadas pelas posturas tpicas

    dessa situao que a atitude flexora dos membros superiores e

    extensora dos membros inferiores. Este processo dificulta ainda mais a motilidade do portador de hemiplegia (LIANZA, 2007)

  • 3

    A recuperao de um paciente com hemiplegia constitui-se em um grande desafio, tanto

    pela complexidade das funes perdidas, quanto pela alta incidncia de dor no ombro,

    resultando em impacto negativo no processo reabilitacional (BORGES et al, 2006)

    O mecanismo de produo do ombro doloroso nas hemiplegias pode

    estar relacionado a vrios fatores: subluxao escpulo-umeral,

    capsulite do ombro, sndrome do impacto, sndrome complexa de dor regional, tendinite bicipital, neuropatia por trao do plexo braquial,

    espasticidade, mobilizao do membro superior paralisado em torno

    da amplitude de movimento (ADM), limitao de ADM, leses de

    partes moles, dor central. (BORGES et al, 2006)

    No se sabe o mecanismo exato de dor aps o AVE, entretanto existe predileo quanto

    aos componentes essenciais da teraputica escolhida, sendo utilizada para a reduo da

    inabilidade fsica e a melhoria funcional (MOREIRA et al., 2007).

    A mobilizao do membro superior paralisado em torno da amplitude de movimento

    um fator que se deve tomar cuidado quando for manusear o paciente, promovendo a

    abduo da articulao glenoumeral com adequada rotao externa, pois movimentos

    fora desse padro podero causar dor (SILVA et al., 2000).

    O ombro responsvel pela execuo da maior parte da movimentao e

    posicionamento do membro superior no espao. Ele no se faz de uma articulao

    nica, mas sim de um conjunto funcional que permite unir o membro superior ao trax.

    Este complexo articular trabalha sincronicamente, permitindo aos membros superiores

    grandes amplitudes de movimento (FONTANA, 2005).

    O membro superior de um indivduo que sofreu um AVE, no

    apresenta movimentos ativos e a escpula assume uma posio rodada

    para baixo (o ngulo spero-lateral move-se inferiormente e o ngulo

    inferior torna-se aduzido). Com a rotao para baixo da escpula, a

    cavidade glenide se orienta para baixo, e o mecanismo de trava

    passivo da articulao do ombro perdido. Assim, a deficincia desse

    mecanismo, a deficincia do tono postural, e a deficincia da cpsula

    do ombro resultam em uma subluxao inferior do mero do ombro

    hemiplgico, o tipo mais comum. O mero fica pendente ao lado do

    corpo em rotao interna e o cotovelo fica estendido. A subluxao

    inferior ocorre em pacientes com fraqueza grave e est presente no estgio agudo. Na medida em que a subluxao ocorre, a cpsula do

    ombro fica vulnervel ao alongamento, especialmente quando o mero

    dependente e descansa na parte lateral do corpo (UMPHRED, 2004).

    Segundo Umphred (2004), um segundo padro se desenvolve com o passar do tempo, a

    caixa torcica roda pra baixo, e tornam-se evidentes o aumento da extenso cervical e

    lombar, onde o desvio da caixa torcica se torna mais forte na escapula e no mero.

    Caracterizado por uma coativao anormal dos msculos do membro, um terceiro

    padro de movimento poder ser assumido, dando aparncia ao membro superior

    hemiplgico de flexo em massa. Sendo a cabea do mero mantida intimamente embaixo do acrmio; a escapula fica geralmente elevada e abduzida sobre o trax. No

    ocorre dissociao entre o mero e a escapula, embora o deltoide e o bceps tentem

    iniciar o movimento umeral. Como resultado da posio da escpula e mero, o padro

    do membro superior, ocorre a elevao do ombro com abduo umeral, rotao interna

    e flexo de cotovelo.

    Comumente a sndrome do ombro doloroso tratada de forma conservadora atravs de

    medicamentos e fisioterapia, e quando no tratada leva a longos perodos de dor e

  • 4

    limitaes funcionais. O tratamento conservador geralmente tem seus resultados

    avaliados com base na funo e intensidade da dor referida pelo paciente (GARZEDIN

    et al 2008)

    O quadro caracteriza-se por dor no ombro e perda progressiva da amplitude de

    movimento articular (ADM), possivelmente devido aos mecanismos de desalinhamento

    do ombro, movimentao incorreta, imobilidade, manuseio e posicionamento

    inadequado do brao acometido. Apesar das causas, fatores de risco e tratamento serem

    desconhecidos, h consenso quanto a importncia e a necessidade de profilaxia1

    (HORN et al 2003).

    importante ter uma boa compreenso da fisiopatologia das leses por uso excessivo

    para saber como aconteceu a leso e tentar evitar nova ocorrncia. A preveno da

    recorrncia o aspecto mais importante da administrao de leses por uso excessivo. A

    maior parte das leses por uso excessivo compromete unidades musculotendinosas

    deixando o msculo lesionado contrado e dolorido (GARRICK; WEBB, 2001).

    Estudos epidemiolgicos com vistas a identificar o perodo de instalao da dor no

    ombro verificou que, o ombro doloroso no hemiplgico encontrado em mais de 50%

    deles. Em torno de 20% instalam na primeira e segunda semana, o que prolonga o

    tempo de internao, dificulta a recuperao motora, as mudanas de decbito e as

    transferncias posturais. Condies que justificam a interveno fisioteraputica

    precoce (JNIOR et al 2005).

    Segundo Price (2002), alguns dos fatores mais freqentemente suspeitados que

    contribuem dor do ombro incluem: subluxaes, contraturas, a sndrome regional do

    complexo da dor (SRCD), leses do manguito rotator, e o desequilbrio causado pela

    espasticidade do msculo na juno glenoumeral, a maioria de estudos sobre a etiologia

    da dor do ombro na hemiplegia, no estabeleceu um relacionamento da causa e efeito.

    altamente provvel que a causa seja multifatorial com os fatores diferentes que

    contribuem em estgios diferentes da recuperao (flacidez que contribuem para a

    subluxao e estiramento capsular subseqente, tnus anormal e alteraes nos padres

    do sinergismo que contribuem a leses do manguito rotador ou instabilidade escapular).

    Por causa da dificuldade do tratamento ocasionado pela dor no ombro, o tratamento

    deve ser iniciado o mais breve possvel (PRICE, 2002)

    Diante disto, o objetivo do trabalho, identificar as principais tcnicas da Fisioterapia

    no tratamento de ombro doloroso em pacientes hemiparticos.

    Metodologia

    Para o levantamento da literatura, se realizou uma busca eletrnica nas seguintes bases

    de dados: Scientific Eletronic Library On Line SCIELO, livros, monografias, dentre outras consideradas de carter cientfico. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave:

    Acidente Vascular Enceflico; Hemiplegia; Dor de Ombro; Fisioterapia. O material

    selecionado est redigido no idioma portugus.

    Os fatores de incluso definidos para a seleo dos artigos foram: artigos na ntegra e

    que retratassem a temtica referente ao estudo; artigos publicados de 2000 a 2012. Os

    fatores de excluso foram: no atenderem s variveis estudadas; baixa qualidade

    metodolgica e de evidncias cientficas.

    Foram selecionados cerca de 60 (sessenta) artigos para compor o trabalho, sendo que

    apenas 34 (trinta e quatro) foram includos.

    No que tange ao tempo de pesquisa, a mesma foi realizada desde o ms de fevereiro de

    2013 at agosto de 2014.

  • 5

    Resultados e Discusses

    No incio da hemiplegia h comprometimento do complexo ombro, tanto a biomecnica

    normal quanto estabilidade podem sofrer complicaes, pois o indivduo perde o

    controle motor e desenvolve padres anormais de movimento; secundrio a isso, ocor-

    rem alteraes nos tecidos moles e desalinhamento na articulao glenoumeral

    (SANTOS et al, 2010).

    Os programas de reabilitao para pacientes que sofreram AVE mostram-se capazes de

    melhorar os resultados funcionais. A fisioterapia tem conseguido alcanar objetivos

    com maiores avanos, no desenvolvimento de uma melhoria da qualidade de vida, em

    nveis capazes de inserir novamente o paciente ao seu meio social, ao trabalho e

    conquistar uma independncia de mobilidade. Dentro das limitaes de cada caso,

    busca-se satisfao e confirmam-se os benefcios de uma interveno fisioterpica

    (O'SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).

    Quando o paciente v seu membro plgico se movendo gera imputs visuais de

    movimentao, o imput visual mais rpido que o imput somatossensorial dando a

    impresso ao paciente, que ele est movimentando o membro plgico. Esta entrada

    sensorial ativa os neurnios motores conhecidos como neurnios espelhos, que

    responsvel pela observao e pela imitao do que foi observado, estimulando reas

    pr motoras (FREITAS, 2011).

    O treinamento motor fonte de desenvolvimento cerebral, pois induz a mudanas

    neuroplsticas, a realizao de qualquer atividade motora gera padres de estimulao

    sensorial proprioceptiva e pode ser fonte de modulao neuroplstica em reas motoras

    e somatossensoriais. O treinamento repetido de atividades motoras ajuda a reparar danos

    provocados por leses cerebrais (Diniz e Abranches, 2003).

    O tratamento da dor envolve intervenes biolgicas e psicossociais que visam

    minimizao do desconforto, a melhora da funo e a adaptao do individuo para o

    desempenho das atividades. Isto significa que a melhora da qualidade de vida e no

    apenas o alivio da dor, o objetivo da equipe interdisciplinar que assiste aos pacientes

    com dor; a completa eliminao da sensao dolorosa, possvel na maioria dos casos de

    dor aguda, no a preocupao primordial das intervenes realizadas em dor doente

    com dor crnica (LEME, 2011).

    As seqelas da dor so ainda mais extensas, o paciente no consegue concentrar-se em

    aprender novas habilidades, porque ele constantemente distrado pela dor. Ele tem

    dificuldade para retornar independncia nas atividades de vida diria (AVDs), porque a

    dor ea rigidez interferem no vestir, lavar, virar-se na cama etc (PERES, 2006).

    Os pacientes perdem algumas funes, e as recuperam (em parte ou quase totalmente)

    devido a dois componentes: o intrnseco, por recuperao neurolgica anatmica e

    fisiolgica, pela reduo de edema cerebral, desenvolvimento de novas vias e

    plasticidade neuronal; e o adaptativo, que ocorre atravs do aprendizado de novas

    maneiras para executar as funes. Sendo assim, a fisioterapia torna-se indispensvel

    para a reorganizao cortical e consequentemente o reaprendizado motor. Algumas

    teorias acreditam que o tratamento precoce pode ser benfico; de modo que previne

    alteraes musculo-esquelticas secundrias, como atrofia e dor, alm de evitar o

    aprendizado de estratgias de movimentos anormais ou a inutilizao do membro

    (VALENTE, et al 2006).

    O papel do fisioterapeuta se baseia na restaurao da funo, preveno de

    complicaes secundrias, com encurtamento de tecidos moles e dor no ombro, os

    programas de reabilitao para pacientes com AVE melhoram os resultados funcionais e

    consequentemente permitem que eles reconquistem a independncia (PERES, 2006).

  • 6

    Diante das informaes citadas acima, a fisioterapia utiliza recursos e mtodos

    especficos, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

    Na tabela demonstram-se os resultados sobre a Fisioterapia no tratamento de ombro

    doloroso em pacientes hemiplgicos.

    Fisioterapia no tratamento de ombro doloroso em pacientes hemiplgicos.

    Autor Tcnica Benefcios

    Santos e Soares (2011);

    OLSSON et al., (2008).

    Ultrassom e

    Cinesioterapia

    Diminuio de dor e melhora

    funcional

    Santos et al (2010) Kinesio Taping Simetria Postural

    Moreira et al (2007) Toxina botulnica A

    associada Fisioterapia. Diminuio da dor

    Stapait et al (2013) Fortalecimento dos

    estabilizadores Diminuio da Dor

    Peres (2006); Faraco

    (2006); Silva e Gester

    (2009); Prentice e

    Voight, (2003)

    FNP Aumento da ADM

    Horn et al (2003) Cinesioterapia Prevenir a dor no ombro

    Salles et al (2012) Kinesio Taping e FNP Ganho do Controle Motor

    Corra et al (2009);

    Klotz et al (2006)

    Fisioterapia

    Convencional e

    Eletroestimulo

    Funcional

    Reduzir subluxao

    Valente et al (2006) Fisioterapia Hospitalar Melhora da Sensibilidade

    Cacho, Melo e Oliveira

    (2004)

    Protocolo de

    Desempenho Fsico de

    Fulg-Meyer

    Avalia e mensura o

    comprometimento motor

  • 7

    Santos e Soares (2011), em seu estudo de caso verificou a eficcia de um protocolo de

    tratamento fisioteraputico na recuperao funcional, na algia do ombro doloroso no

    membro partico e sua influncia na qualidade de vida. Foi realizado um estudo de caso

    com uma paciente do gnero feminino, 53 anos de idade, com diagnstico clnico de

    acidente vascular enceflico e queixa principal de dificuldade de movimentar o membro

    superior partico e dor no ombro do lado acometido. Os resultados mostraram que o

    protocolo de tratamento fisioteraputico, com a aplicao de ultrassom teraputico e

    cinesioterapia, para o ombro doloroso pode ser benfico na diminuio da dor e na

    melhora funcional, e tambm pode ter influenciado em uma melhora importante da

    qualidade de vida.

    Dentre os tratamentos no-invasivos, a ultrassonoterapia um dos procedimentos

    fsicos adjuvantes mais utilizados em fisioterapia e medicina regenerativa para o

    tratamento de diversas doenas. Seus efeitos teraputicos tm mostrado benefcios no

    tratamento de diversas condies, como cicatrizao de lceras, estmulo

    neovascularizao em tecidos isqumicos, integrao total de enxertos de pele,

    consolidao de fraturas e tambm na cicatrizao tendinosa. O ultrassom teraputico

    induz mudanas fisiolgicas como ativao de fibroblasto, do colgeno e diminuio da

    inflao por acelerao do metabolismo celular e, quando aplicado de maneira

    adequada, pode reduzir a dor (OLSSON et al., 2008).

    Santos et al. (2010), em seu estudo com trs sujeitos com subluxao inferior de ombro.

    Foram submetidos a uma avaliao inicial atravs da Biofotogrametria para mensurar a

    subluxao, a simetria postural e os movimentos do ombro. Estes sujeitos receberam a

    aplicao da Kinesio Taping no msculo deltide. Aps dois meses de tratamento,

    realizou-se uma nova avaliao. Houve diminuio da subluxao de ombro, com uma

    melhora da simetria postural e diminuindo as compensaes.

    Moreira et al (2007) em seu estudo de caso, de uma paciente, do sexo feminino, 49

    anos, com seqelas de acidente vascular cerebral, cujo tratamento consistiu no emprego

    de toxina botulnica A associada fisioterapia. Aps quatro meses de tratamento, houve

    melhorias significativas quanto dor, espasticidade, amplitude de movimento e

    qualidade de vida, e isso sugere ser essa associao teraputica uma ferramenta eficaz

    contra os efeitos incapacitantes relacionados a esta sndrome.

    Stapait et al (2013) em sua reviso de literatura sobre o efeito do fortalecimento da

    musculatura estabilizadora da cintura escapular na reduo da dor, onde a Escala pedro

    foi utilizada para determinar a qualidade metodolgica dos estudos. Cinco estudos

    analisavam o efeito do fortalecimento da musculatura estabilizadora associado a

    alongamento e outras formas de tratamento. Todos os estudos observaram reduo da

    dor e melhora da funo aps o fortalecimento associado ao alongamento. A ADM e a

    fora parecem melhorar aps o fortalecimento associado ao alongamento.

    Peres (2006) em seu estudo para observar a resposta do quadro lgico em membro

    superior Hemipartico decorrente do AVE, aps a tcnica de Facilitao Neuromuscular

    Proprioceptiva (FNP), alm de observar a Amplitude de movimento (ADM), Fora

    Muscular e AVDs. Fizeram parte do estudo trs pacientes, sendo dois do sexo feminino

    e um do masculino, com idade entre 62 e 69 anos, ao total foram realizadas 25 sesses.

    A reavaliao foi realizada igualmente a avaliao. Na reavaliao houve abrandamento

    do quadro lgico, aumento da ADM, aumento da fora muscular e melhora das AVDs.

    Ainda de acordo com Peres (2006), as tcnicas de facilitao so somente uma parte de

    todo o programa de tratamento que acredita-se incluir a prtica de habilidades

    funcionais. As tcnicas de facilitao devem ser incorporadas dentro de padres

    funcionais e atividades para o paciente, sendo de responsabilidade do terapeuta ser

  • 8

    criativo fundindo tcnicas de facilitao com significncia e proporcionar movimentos

    funcionais para o paciente.

    Faraco (2006) realizou um estudo de caso com o objetivo de avaliar os efeitos do FNP

    em um paciente com diagnstico de sndrome do impacto do ombro. Foram mensurados

    a ADM, o nvel de dor e atividades de vida diria (AVD`s). Os resultados encontrados

    foram: o aumento da amplitude articular de movimento de flexo, extenso, abduo e

    aduo do ombro, a suspenso de medicamentos analgsicos e melhora da qualidade do

    sono.

    Silva e Gester (2009) investigou a eficcia de um protocolo de tratamento

    fisioteraputico com base no conceito de facilitao neuromuscular proprioceptiva, para

    a preveno da dor, da disfuno do ombro e independncia para as atividades de vida

    diria em pacientes hemiplgicos/particos por acidente vascular enceflico na fase

    aguda, o estudo trata-se de uma interveno longitudinal prospectiva, a amostra constou

    de 10 pacientes acometidos por acidente vascular enceflico na fase aguda, de ambos os

    sexos, na faixa etria de 33 a 59 anos. Como instrumentos de avaliao foram utilizados

    a escala visual analgica, o ndice de Barthel e a escala de Fugl-Meyer, em 12 sesses.

    O protocolo de tratamento fisioteraputico parece ser eficaz na populao investigada,

    uma vez que os pacientes evoluram sem dor, com melhora na porcentagem de

    recuperao motora, com nfase na funo do membro superior e melhora na

    independncia para as atividades de vida diria.

    Existem outras formas de gerar um maior recrutamento neural do encfalo, o conceito

    FNP tem como base a teoria que um impulso descendente ou um impulso aferente de

    origem dos receptores perifricos, no msculo provoca uma salva de impulsos que

    resulta na descarga de um nmero limitado de neurnios motores especficos, alm da

    descarga em neurnios motores adjacentes, gerando o efeito facilitador. O efeito

    inibidor se d pela conduo desse impulso para o mais longo da rea motora facilitada,

    ou seja, possvel fazer uso da facilitao para fortalecer os extensores do cotovelo e ao

    mesmo tempo inibir a espasticidade dos flexores (PRENTICE E VOIGHT, 2003).

    Horn et al (2003), estudou 21 pacientes (12 homens, 9 mulheres; idades 26 a 87 anos)

    com hemiplegia/paresia. O tratamento fisioteraputico consistiu de 30 minutos dirios

    de cinesioterapia, desde as 48 horas aps o AVE at a alta hospitalar. Os pacientes

    foram avaliados antes e aps o tratamento em relao presena ou ausncia de dor no

    ombro, fora dos diversos grupos musculares do ombro e quanto aos movimentos

    funcionais de transferncia e manuteno postural bsica. Nenhum paciente apresentava

    dor no ombro na alta. A fora muscular aumentou significativamente em relao

    elevao, protuso, abduo e flexo do ombro. Houve melhora dos movimentos

    funcionais: decbito dorsal para lateral, decbito lateral para sentado e manter-se

    sentado.

    Ainda de acordo com Horn et al (2003), durante o perodo de internao, a

    cinesioterapia contribui para a preveno de dor no ombro hemiplgico e favorece a

    recuperao motora dos pacientes. Com correta manipulao, a manuteno de

    amplitude de movimento nesta articulao essencial para a preveno do mau

    alinhamento do ombro.

    Salles et al (2012), em seu estudo relatou o uso do kinesio tape (KT) e da facilitao

    neuromuscular proprioceptiva (FNP) no ombro hemipartico recente (2 meses). O

    tratamento com KT aconteceu em 5 semanas totalizando 8 sesses. A avaliao

    neurofuncional, utilizando uma escala de medida de independncia funcional e as

    medidas finais de amplitude de movimento aconteceram na 9 sesso antes do

    tratamento. Os resultados demonstraram um aumento no ganho do controle motor e de

  • 9

    mobilidade no uso funcional do membro superior afetado promovendo qualidade no

    movimento e independncia nas atividades de vida diria.

    Corra et al. (2009) realizaram um estudo com 3 pacientes com subluxao no ombro

    aps AVE, em que foram submetidos ao tratamento fisioteraputico convencional e a

    eletroestimulao funcional durante 10 sesses. Nesse estudo o tratamento mostrou-se

    eficaz em reduzir a subluxao, melhora da funo do membro superior e reduo do

    quadro lgico.

    A estimulao eltrica funcional tem importante ao teraputica, por promover um

    melhor alinhamento articular, com menos aduo e rotao interna, prevenindo

    contraturas musculares. Alm disso, a estimulao da contrao muscular, facilitando a

    recuperao motora do membro envolvido, diminuindo a espasticidade (KLOTZ et al,

    2006).

    Valente et al (2006), teve como objetivo em seu estudo, avaliar se a fisioterapia em

    ambiente hospitalar melhora a funo do membro superior acometido em pacientes aps

    acidente vascular enceflico, e os objetivos secundrios foram avaliar a fora muscular

    e a sensibilidade deste membro. Participaram do estudo 8 pacientes com diagnstico de

    AVE isqumico, estes receberam fisioterapia padronizada durante o perodo de

    internao, duas vezes por dia. Todos foram avaliados atravs das escalas de Fugl-

    Meyer modificada e de fora muscular do Medical Research Council em dois

    momentos: antes e aps o tratamento fisioteraputico, a fim de obter dados

    comparativos de forma quantitativa em relao funo motora e sensibilidade, e fora

    muscular do membro superior respectivamente. Seis pacientes apresentaram melhora da

    fora muscular e da funo do MS, e cinco dos sete pacientes que apresentavam

    alterao da sensibilidade, apresentaram melhora aps o tratamento fisioterpico. Cacho, Melo e Oliveira (2004), em seu estudo, teve como objetivo avaliar e estabelecer o

    acompanhamento motor de pacientes hemiplgicos atravs do Protocolo de Desempenho

    Fsico de Fulg-Meyer. A amostra foi constituda de 10 indivduos, com idade entre 40 e 80

    anos, de ambos os sexos. O tratamento durou 6 meses, 3 vezes por semana, passavam por

    uma avaliao inicial que era repetida respectivamente em 30, 60, 105 e 150 dias da

    primeira. Os dados demonstraram limitao de amplitude articular a partir da segunda

    avaliao, sempre em decorrncia da presena de dor. Em 30% o dficit sensitivo da

    primeira avaliao, desapareceu na segunda avaliao. As recuperaes motoras das

    extremidades superior e inferior foram superior a 50% e 70% respectivamente, ao final do

    perodo de acompanhamento. O protocolo demonstrou ser capaz de avaliar e mensurar o

    comprometimento motor de paciente hemiplgico, apresentando-se eficaz na coleta, no

    acompanhamento e na compreenso dos dados da evoluo.

    Concluso

    O estudo busca esclarecer tcnicas para o tratamento de ombro doloroso por ser uma das

    complicaes mais frequentes logo aps o acidente vascular enceflico, buscou-se de

    forma literria os resultados obtidos com diversas tcnicas da Fisioterapia, como FNP,

    Cinesioterapia, Eletroestimulao Funcional, hospitalar, Kinesio Taping.

    As tcnicas fisioteraputicas utilizadas no tratamento do ombro doloroso contribuem na

    preveno e reduo da dor, simetria postural, aumento da amplitude de movimento,

    reduz subluxao, melhora da sensibilidade e ganho do controle motor, contribuindo

    assim, para a qualidade de vida desse paciente.

    Para o paciente com dor no ombro ps AVE, recuperar a integridade do membro

    superior um fator decisivo, pois a funcionalidade dos membros superiores confere ao

    indivduo o carter de independncia.

  • 10

    Alm disso, sugere-se a continuao deste estudo a fim de aumentar o nmero de

    pesquisa cientificas e gerar resultados mais conclusivos.

    Referncias Bibliogrficas

    BORGES et al; Tratamento fisioteraputico do ombro doloroso de pacientes hemiplgicos por acidente

    vascular enceflico - Reviso da Literatura; ACTA FISIATR v. 13, n. 1, p. 12-16, 2006.

    CACHO, Enio W. Azevedo; MELO, Francisco R. L. Vieira; OLIVEIRA, Roberta. Avaliao da

    recuperao motora de pacientes hemiplgicos atravs do Protocolo de Desempenho Fsico Fulg-Meyer.

    Rev. Neuroc. v. 12, n. 2, 2004.

    CARDOSO, Camille. Estudo comparativo entre os efeitos do FNP e do conceito Bobath para ganho

    de ADM na articulao do ombro em pacientes com hemiplegia. Trabalho de Concluso de Curso (

    Graduao em Fisioterapia) Faculdade Assis Gurgacz- FAG, Cascavel, 2005.

    CORRA, Juliana, et. al; Estimulao eltrica funcional na subluxao crnica do ombro aps acidente

    vascular enceflico: relato de casos. Rev. Fisioterapia e Pesquisa, So Paulo, v.16, n.1, p.89-93, jan/mar.

    2009

    COSMO, Michele. Fisioterapia em grupo no AVE: uma proposta para aquisio de habilidades

    funcionais na prtica de AVDs. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Fisioterapia) -

    Faculdade Assis Gurgacz- FAG, Cascavel, 2006.

    DINIZ, L; ABRANCHES, M. H. S. Neuroplasticidade na terapia de restrio e induo do movimento

    em pacientes com acidente vascular enceflico. Rev.Md Reabil, v. 3 n.22, pg 53-55, 2003.

    FARACO, Chahane. Princpios do mtodo Kabat na Sndrome do impacto do ombro (fase II):

    Estudo de caso. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Fisioterapia) - Universidade do Sul de

    Santa Catarina, Tubaro, 2006.

    FONTANA, L. Protocolo de interveno fisioteraputica em ps-operatriomde tendinite do supra

    espinhoso:estudo de caso. Faculdade Assis Gurgacz/Cascvel, 2005.

    FREITAS, Gabriel Duarte. Reabilitao neurofuncional em um paciente com hemiplegia espstica com

    sequelas de AVC. EFDeportes.com. Revista Digital, Buenos Aires, ano. 16, n. 155, abril, 2011.

    GARRICK, J. G.; WEBB, D. R. Leses Esportivas: Diagnstico e Administrao. 2. ed. So Paulo:

    Roca, 2001.

    GAZERDIN, Daniela Dias da Silva et. al.; Intensidade da dor em pacientes com sndrome do ombro

    doloroso, Acta Ortop Bras, v.16, n. 3, p. 165-167, 2008.

    HORN, Agnes Irna, et. al; Cinesioterapia previne ombro doloroso em pacientes hemiplgicos/particos na

    fase subaguda do acidente vascular enceflico; Arq Neuropsiquiatr, v. 61, n. 3-B, p. 768-771, 2003.

    JUNIOR, Nilton W. Marino, et. al. Interveno fisioteraputica na sndrome do ombro doloroso em

    portadores de hemiplegia, Arq Cinc Sade; v. 12, n. 4, p. 220-222, out/dez, 2005.

    KLOTZ, Tatiana, et. al.; Tratamento fisioteraputico do ombro doloroso de pacientes hemiplgicos por

    acidente vascular enceflico- reviso da literatura. Rev. Acta fisiatria, So Paulo, v.13, n.1, p. 12-16,

    mar. 2006.

    LEME, Carmem M. G. Martins. Tratamento de Acupuntura em portadores de hemiplegia com dor

    no ombro. [Monografia]. Universidade Mogi das Cruzes; So Paulo, 2011.

  • 11

    LIANZA, Sergio. Medicina de Reabilitao, 4 ed. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Medicina de

    Reabilitao. Guanabara Koogam, 2007

    MOREIRA, Karen, et al.; Toxina Botulnica A e interveno fisioteraputica no tratamento do ombro

    doloroso ps acidente vascular cerebral: relato de caso. Rev. Semina: Cincias Biolgicas e da Sade,

    Londrina, v.28, n.2, p. 119-126, jul/dez. 2007.

    OLSSON, D. C.; MARTINS, V. M. V.; PIPPI, N. L.; MAZZANTI, A.; TOGNOLI, G. K. Ultra-som

    teraputico na cicatrizao tecidual. Cienc. Rural, v.38, n.4, Santa Maria, Jul. 2008

    O SULLIVAN, S. B; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia - avaliao e tratamento. 3. ed. So Paulo: Manole,

    2004.

    POLESE, Janane; et al. Avaliao da funcionalidade de indivduos acometidos por acidente vascular

    enceflico. Rev. Neurocincias, So Paulo, v. 16, n.3, p. 175-178, 2011.

    PERES, Lvia Willemann; Facilitao neuromuscular proprioceptiva (FNP) na dor em Ombro

    hemipartico aps acidente vascular enceflico (AVE); Trabalho de concluso de curso (Graduao);

    Curso de Fisioterapia; Faculdade Assis Gurgacz-FAG. Cascavel; 2006.

    PERLINI, Nara M. O. Girardon; FARO, Ana C. Mancussi; Cuidar da pessoa incapacitada por acidente

    vascular cerebral no domicilio: o fazer do cuidador familiar; Rev Esc Enferm USP, v. 39, n. 2, p.154-63,

    2005.

    PRICE, C. I. M. Shoulder pain after stroke: a research challenge. Rev. Age and Ageing, vol. 31, n.3, pg.

    3638, 2002.

    PRENTICE, William E; VOIGHT, Michael L. Tcnicas em reabilitao msculo-esqueltico. Porto

    Alegre: Artmed, 2003.

    RODRIGUES, Aline, et. al., O tratamento da subluxao de ombro no paciente hemiplgico: um estudo

    de caso. Rev. Fisioterapia de FURB. Santa Catarina, v.2, n. 1, jul. 2005.

    RADANOVIK, Mrcia, Caractersticas do atendimento de pacientes com Acidente vascular cerebral em

    hospital secundrio, Arq Neuropsiquiatr v. 58, n. 1, p. 99-106, 2000.

    SALLES, Fagner Luiz Pacheco, et al; O uso do kineiso tape associado a facilitao neuromuscular

    proprioceptiva na melhora do controle motor no ombro hemipartico; Revista Brasileira de

    Reabilitao e Atividade Fsica, v. 1, n.1, p. 42-47, 2012.

    SANTOS, Flvia Leticia e SOARES, Ana Tereza Gonales Nicolosi; Tratamento fisioteraputico para

    ombro doloroso em Paciente com acidente vascular enceflico estudo de caso, Revista Hrus, v. 5, n.

    3, Jul/Set, 2011.

    SANTOS, Joice Cristina Custdio, et. al. A influncia da Kinesio Taping no tratamento da subluxao de

    ombro no Acidente Vascular Cerebral; Rev Neurocienc v. 18, n. 3, p. 355-340, 2010.

    SILVA, Kelly Assuno e GESTER, Maiara de Lima; Protocolo de tratamento fisioteraputico

    baseado no conceito de facilitao neuromuscular proprioceptiva (FNP) para a preveno do

    ombro doloroso em pacientes hemiplgicos / particos por acidente vascular enceflico na fase

    aguda; Trabalho de Concluso de Curso (Graduao); Universidade da Amaznia, curso de Fisioterapia,

    Belm, 2009.

    SILVA, Cludia; RIBERTO, Marcelo; BATTISTELLA, Linamara. Avaliao da dor no ombro em

    pacientes com acidente vascular cerebral. Acta Fisitrica, So Paulo, v.7, n.2, p. 78-83, 2000.

  • 12

    STAPAIT, Eduardo Luiz, et. al. Fortalecimento dos estabilizadores da cintura escapular na dor no ombro:

    reviso sistemtica; Fisioter. Mov., Curitiba, v. 26, n. 3, p. 667-675, jul./set. 2013

    UMPHRED, Darcy A. Reabilitao Neurolgica. 4. ed. So Paulo: Manole, 2004.

    VALENTE, Suzana Correa Franca, et. al. Resultados da fisioterapia hospitalar na funo do membro

    superior comprometido aps acidente vascular enceflico; Rev. Neurocincias v. 14 n.3, p. 122-126,

    jul/set, 2006.