53ª edição revista interativa (ago/2010)

Diretor: Marcos Roberto Silvério | Jornalista: Ana Carla Bologna - MTB 47.862/SP | Publicidade/diagramação/web

design/fotografia: Wendel Ribeiro Lucas de Lima | Colaboradores: Pedro Manoel Callado Moraes | Impressão e

acabamento: Gráfica A Moderna | Revisão: Evany Aun

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Dedico o editorial deste mês ao meu queri-do filho Gustavo que acabou de nascer e encher nossos corações de alegria e felicidade. Meus estimados leitores, assinantes e anunciantes, te-nho o prazer de compartilhar com vocês este momento abençoado da minha vida e de toda a minha família...É indescritível como um filho renova a nossa vida e revitaliza as esperanças de lutar cada vez mais por um mundo melhor, mais justo e fraterno para todos.

O Gustavo nasceu dia 15 de julho de 2010, às 18h05 horas, na Santa Casa de Jales, pesou três quilos trezentos e trinta e cinco gramas, fofão! Eu sou suspeito para falar, mas o meni-no é lindão mesmo, e eu fico todo orgulhoso, porque, até agora, todo mundo fala que é a cara do pai e eu concordo plenamente.

Ele é calmo, tranquilo e bem comportado. Só chora para mamar ou trocar de fralda, é um menino de ouro. Os pais, a irmã Isabela, avós, tios, primos, padrinhos e amigos estão baban-do no caçulinha e eu, claro, corujando muito e radiando alegria pros quatro cantos do mun-

do. Deus nos deu duas bênçãos maravilhosas, a Isabela linda e o Gustavo lindão, que são, com certeza, a razão da nossa vida feliz. Obrigado, Deus gracioso, por nos amar tanto e nos aben-çoar tanto assim, cada vez mais te amamos e te agradecemos eternamente.

O GustavO nasceu! Graças a Deus!

Editorial: Marcos Roberto SilvérioDiretor da Revista Interativa

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ima

10 A arte que vem do lixo.................................................

20 Coisas de Criança.................................................

26 Papo-Cabeça.................................................

28 Matéria de Capa.................................................

44 Saúde.................................................

48 Educação.................................................

50 O quente da estação.................................................

52 Dengue.................................................

56 Formatura.................................................

65 Aconteceu.................................................

66 Aniversariantes.................................................

68 Aconteceu.................................................

53INTERATIVA

#COMO COMBATER OS VáRIOS TIPOS DE VIOLêNCIA PRATICADA

CONTRA AS MuLHERES?

Delegado de polícia casos de violência mais comuns pratica-

dos contra as mulheres.

100% PAIconheça a história de um

superpai, que vive para cui-dar de um filho “bebezão”

SuA VIDA GIRA EM TORNO DO SEXO?

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RENASCIDOS DO CRACk

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08 | REVISTA INTERATIVA | AGOSTO 2010

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eles se afundaram nas drogas, mas deram a volta

por cima

De acordo com especialista, este comportamento

tem nome: compulsão sexual

REC

ICLá

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S As garrafas PET são sempre citadas pelos am-bientalistas como um dos vilões da poluição. Sejam depositadas em aterros sanitários ou até mesmo joga-das indiscriminadamente em terrenos baldios e cursos d’água, elas levam nada menos do que 500 anos para se degradar.

Atualmente, no país, são produzidas 400 mil to-neladas de vasilhames pet por ano. Para não descar-tar o produto e prejudicar o meio ambiente, A E.M. “Prof.João Arnaldo Andreu Avelhaneda”, no decorrer deste ano letivo, está desenvolvendo o projeto: “Viven-do, Aprendendo e Atuando para um Mundo Melhor” com o tema: “Educando para a cidadania”, visando à construção da cidadania.

a aa arte que vem DO lixO!quem disse que um monte de lixo não pode virar arte?

Os alunos do Projeto de Complementação Edu-cacional da turma A, período matutino, da professora Priscila da Silva Pena, vêm desenvolvendo atividades interdisciplinares na área de Educação Ambiental. Neste primeiro semestre, os alunos trabalharam com o Tema “Monteiro Lobato” e confeccionaram lindos pufes caracterizando os animais que aparecem no Sítio do Pica Pau Amarelo. Os pufes, foram feitos com su-catas, jornais, garrafas pet e papelão. No acabamento foi feita a pintura com os animais.

Na sala, no quarto e, até no escritório, o pufe serve como objeto decorativo e utilitário. Para quem pensa que o material plástico não é resistente, está enganado. É bastante resistente!

monte um pufe você também! materiais utilizados:

• Setegarrafaspet• Jornalcortadoemtiras• Fitaadesiva• Papelão• Tintaguachedediversascores• Pincelgrossoefino

Primeiro passo: Junte as sete garrafas pet e passe fita adesiva em volta delas até elas ficarem firmes. Segundo passo: Pegue o papelão e faça o molde do assento e cole com fita adesiva no fundo das garrafas. Terceiro passo: Cole as tiras de jornal em volta das garrafas e depois as pinte de tinta guache branca até tampar as letras do jornal. Quarto passo: Passe uma camada de tinta guache colorida da cor do animal e, depois, é só desenhar e pintar a cara do bichinho!

A professora Priscila da Silva Pena, ao centro, com os alunos que produziram os puffs

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TAcomo combater os vários tipos de violência

praticada contra as mulheres?À frente, há dois meses, da Delegacia de Defesa da

Mulher de Jales, Carlos Eduardo Monteleone, delegado de polícia titular do segundo distrito, em entrevista, rela-tou os casos de violência mais comuns praticados contra as mulheres, a quantidade de queixas registradas pelas vítimas nos últimos anos e o número de prisões que fo-ram decretadas em Jales, desde que entrou em vigor a Lei Maria da Penha, sancionada em agosto de 2006, pelo governo Lula. Confira abaixo.

quais os principais motivos que levam os homens a agredirem as mulheres?

Dr. monteleone: Pela minha experiência como delegado, posso dizer que o principal motivo que leva o desentendimento entre homem e mulher é o ciúme. Ele é muito aparente nos boletins de ocorrência. Problemas familiares, questões financeiras, também, acarretam dis-córdia, desentendimento entre o casal, mas o ciúme é um dos problemas maiores.

Há menos de dois meses, em Jales, o marido assassinou a esposa com cinco tiros. Delitos passionais são comuns no

município?Dr. monteleone: No âmbito doméstico, não

há muitos casos de marido tirando a vida da mulher. Não há histórico de muitos casos de homicídio. Jales teve um caso recente por motivo passional. A mulher, talvez, estivesse mantendo um relacionamento fora do

são agredidas?Dr. monteleone: O perfil socioeconômico des-

tas pessoas, em especial das mulheres, é de classe baixa. Muitas vezes, os boletins de ocorrências não prosperam, pois elas acabam voltando atrás. O problema da vio-lência doméstica está em todo lugar, prepondera com relação à classe econômica mais baixa, mas já atendi, também, casos de pessoas de classe econômica superior que tiveram desentendimento e procuraram a delegacia da mulher para elaborar um boletim de ocorrência.

É comum as vítimas denunciarem e depois retirarem a queixa?

Dr. monteleone: Há um grande número de casos de boletim de ocorrência que, no momento ini-cial, as mulheres, por estarem com ânimos exaltados, representam a queixa na própria delegacia, mas a gente percebe, com o passar dos dias, talvez, até em função da volta do relacionamento, da harmonia, acontece mui-to de o companheiro se arrepender, pedir desculpas, e, muitas vezes, para manter a harmonia do relacionamen-to, as vítimas acabam renunciando à representação para não responsabilizar o agressor. Isso pode acontecer tan-

tonafasedadelegaciacomonoFórum,onde é distribuído o feito.

a retirada da queixa é um ponto positivo ou negativo?

Dr. monteleone: É uma situa-ção estranha. Com uma experiência no atendimento destas ocorrências, a gente percebe que o marido volta a cometer agressão, violência, ameaças e ofensas. Muitas das mulheres que procuram a delegacia referem-se a isso nas declara-ções da nova ocorrência. Isto acontece muito.

a violência contra a mulher não se re-sume à agressão física. É também qual-quer tipo de discriminação ou repressão, que cause dano, constrangimento, sofri-mento físico, sexual, moral e psicológico. quais os casos de violência mais comuns contra mulheres atendidos na DDm de Jales?

Dr. monteleone: Normalmente, o caso mais comum não chega nem a ser agressão física. São as agressões verbais, as ameaças. Quando há um desenten-dimento, geralmente o companheiro faz uma ameaça intimidativa para evitar que a companheira busque a

O delegado de Polícia, Carlos Eduardo Monteleone, está à frente da Delegacia de Defesa da Mulher de Jales

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casamento e o marido deve ter ficado sabendo ou ela confessou isso a ele, que tomou uma atitude extrema, totalmente proposital. Existem crimes passionais, mas chegar a este ponto de tirar a vida da pessoa é desproposital.

Qual o perfil das mulheres que 12 | REVISTA INTERATIVA | AGOSTO 2010

MATÉRIAVIOLêNCIA

CONTRA Mu-LHERES

solução policial. Durante o desentendimento, as injúrias e as difamações também são muito comuns.

Existe um caso específico que chamou sua atenção?

Dr. monteleone: O que tem chamado mais a atenção é quando averiguamos casos de estupros envolvendo meno-res e abandono de incapaz. O que choca um pouco nestes casos, a mim, principalmente, é quando filhos agridem pais. Isto chama mais a atenção, porque, geralmente, são pessoas de mais idade e os filhos são envolvidos com drogas e bebidas alcoólicas. No momento de desespero, em que tentam tirar dinheiro do pai ou da mãe, acabam agredindo-os.

Os pais acabam denunciando seus próprios filhos?

Dr. monteleone: Sim, temos casos específicos de mães que procuram a delegacia e estes fatos são levados ao conhecimento do poder judiciário e, há casos e relatos de de-terminações judiciais em que o agressor tem que se submeter a tratamento psiquiátrico e psicológico.

neste primeiro semestre do ano, quan-tas mulheres procuraram a DDm para re-gistrar queixa contra seus companheiros ou ex-companheiros?

Dr. monteleone: Neste primeiro semestre, tivemos registrados 68 boletins de ocorrência envolvendo violência doméstica. Cerca de 60 a 63 inquéritos policiais foram enca-minhados ao poder judiciário.

Fazendo uma análise anual dos delitos, houve um aumento ou uma diminuição de agressões envolvendo mulheres?

Dr. monteleone: Em termos de inquérito policial au-mentaram e oscilaram. Por exemplo, em 2006, quando entrou em vigor a Lei Maria da Penha, fizemos um levantamento e foram instaurados 88 inquéritos policiais. No ano seguin-te, em 2007, segundo ano de vigência da lei, houve um salto excepcional para 173 casos de inquéritos policiais, quase o dobro. A gente percebe que a lei foi vista pelas mulheres como uma forma de coibir a violência doméstica. Em 2008, caíram para 125 casos de inquéritos policiais e, em 2009, os núme-ros subiram novamente para 168 casos. Estamos no primeiro semestre de 2010 e estamos com 68 inquéritos instaurados. Se chegar até o final do ano com o dobro deste número, tam-bém teremos uma redução comparando com o ano passado. A gente encaminha o boletim de ocorrência, os antecedentes do agressor, as medidas protetivas de urgência e há uma res-posta muito rápida do poder judiciário. Em questão de horas, ou um dia, no máximo, o agressor já é notificado para que se abstenha de certas condutas com relação à ofendida.

a modelo eliza samudio chegou a registrar boletim de ocorrência por ameaça e agressão do jogador Bruno, mas, a julgar pelo anda-mento das investigações, é bem provável que

sua busca por justiça tenha sido em vão. quais as medidas protetivas que a lei garante para as denunciantes?

Dr. monteleone: A Lei 11.340, chamada Lei Maria da Penha, é considerada por estudiosos uma das três melhores do mundo no que se refere à repressão e prevenção da violência do-méstica, em função das medidas protetivas que ela oferece às víti-mas. As principais medidas são: elas podem pedir o afastamento da residência do agressor, podem pedir ao juiz a proibição de certas condutas por parte do companheiro, como por exemplo, impedir que ele se aproxime dela, dos filhos, familiares e testemunhas. Neste caso, o juiz delimita uma distância mínima para que o agressor não possa se aproximar da denunciante e das pessoas que ela indicar. Ela também pode pedir que o juiz determine que o companheiro não frequente certos lugares para preservar sua integridade física e psicológica, porque a simples presença do companheiro pode, através de um olhar de ameaça, intimidá-la. Há muitas medidas protetivas, mas as principais são essas.

Depois que entrou em vigor a lei maria da Penha, quantas prisões já foram decretadas em Jales?

Dr. monteleone: Temos registrado o cumprimento de 34 mandados de prisões, que se referem normalmente ao descumpri-mento destas medidas protetivas citadas acima.

A prisão é eficaz nestes casos?Dr. monteleone: Surte muito efeito. A gente percebe que,

depois que são presas e reconduzidas à liberdade, os agressores de-monstram temor em ter que voltar para a prisão.

em Jales, existe um local apropriado e seguro para as mulheres vítimas da violência?

Dr. monteleone: Existe. Quando há uma situação ex-trema em que a mulher não quer retornar ao lar, antes mesmo do companheiro ser notificado, ela pode optar em ficar na Casa Abrigo, mantida pelo poder público municipal, inclusive pode le-var os filhos, mas, normalmente, elas têm optado em ficar na casa de algum familiar até que haja a solução do caso. Na Casa Abrigo, há uma equipe de atendimento multidisciplinar, psicólogos, assis-tentes sociais que auxiliam no atendimento.

De que maneira as mulheres devem combater a violência praticada contra elas?

Dr. monteleone: A principal forma é a denúncia. Há uma legislação muito eficaz com determinações fortes tanto no âmbito policial quanto no âmbito judiciário que produz efeito. A melhor forma é denunciar, não tem outra forma de combater a violência doméstica. A vítima pode procurar a de-legacia ou quem tiver conhecimento de algum caso, de alguém que esteja sofrendo violência, pode fazer a denúncia no Dis-que-denúncia da Polícia Civil, através do número 197, que será repassada para a Delegacia da Mulher. Policiais vão se dirigir até o local e tentar constatar com vizinhos e com a víti-ma se há violência doméstica. Se for comprovada, providências serão tomadas. Será feito um boletim de ocorrência, que, pos-teriormente, será encaminhado para o poder judiciário.


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Localizado na Rua Nova Iorque, ao lado da Estação Rodoviária, o Autoposto Ideal, distribuidor dos com-bustíveis da marca Ipiranga, é sinônimo de tradição e qualidade na cidade de Jales.

Para o proprietário Enio Burgese e o filho Leandro Couto Penedo Burgese, que cuida da parte gerencial, uma das vantagens dos clientes abastecerem os veícu-los no Autoposto Ideal é o bom atendimento oferecido pela equipe de funcionários, as facilidades no pagamen-to e os combustíveis de ponta, que, frequentemente, são fiscalizados pela ANP-Agência Nacional do Petróleo e por profissionais da rede Ipiranga.

Além de contar com o controle de qualidade Ipi-ranga, a Gasolina Original Aditivada usa uma das mais modernas tecnologias de aditivação do mundo. É o combustível ideal para quem ama seu carro e quer apro-veitar o melhor dele.

De acordo com Leandro Couto Penedo Burgese, os combustíveis da marca Ipiranga são testados mais de mil vezes por dia. Pelo Controle de Qualidade Ipiran-

autOPOstO iDealcombustível de ponta e atendimento diferenciado

ga, eles mantêm o sistema de injeção eletrônica sempre limpo, têm menor carbonização e combustão e garan-tem maior limpeza do motor, além de poluir menos o ambiente.

O Autoposto Ideal conta também com o quilôme-tro de vantagens, programa de fidelidade da Rede de Postos Ipiranga. Cada real em compras gera ponto, que será chamado de km e o cliente pode trocar por des-contos especiais em produtos e serviços. Para participar, basta se cadastrar e começar a acumular seus Kms. OutrobenefícioéoprogramaMultiPlusFideli-

dade da TAM, cada real gasto na rede Ipiranga, con-verte-se em um ponto que pode ser transformado em passagens aéreas.

Os clientes do Autoposto Ideal também podem efe-tuar o pagamento através dos cartões Visa e Mastercard além da novidade ticket car, luna card e, em breve, o Good car. Eles podem ainda desfrutar de serviços de lavagem de carro e troca de óleo.

O proprietário Enio Burgese e o filho Leandro Couto Penedo Burgese, diretor-geral do posto

O frentista Anderson e o gerente comercial Milton de Souza Santana comandam o alegre atendimento

A equipe de funcionários doAutoposto Ideal


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Somente um pai especial poderia viver em fun-ção de um filho especial. Desde que se aposentou, na área da educação, há doze anos, Holmes An-toniodeFávaricuidadofilhoSamuelVincenzoAntoniodeFávari,de23anos,quenasceucomlesão cerebral irreversível.

Por conta de problemas na gravidez da mãe, Célia Aparecida de Fávari, Samuel tem idademental de uma criança de três anos, que age por impulso. Seu raciocínio é rápido, por isso que, quando quer fazer alguma coisa, ele vai e faz, não pensa nas consequências. Além disso, fala poucas palavras, tem dificuldades de concentração e pou-ca coordenação motora.

Holmes precisa estar vigiando o filho durante o tempo todo. Ele só descansa quando o filho dorme, mesmo assim, tem medo que ele sofra convulsões na hora do sono.

Para o filho poder se cansar e dormir à noite, e também se distrair, Holmes tem que caminhar com o filho cerca de dez quilômetros por dia, uma média de quatro caminhadas, de manhã, à tarde, à noite e, às vezes, de madrugada, quando o filho acorda. Todo este sacrifício é para que o filho se canse e volte ao sono novamente e, assim, o pai possa descansar também.

100% Pai

Quem se dá bem com as caminhadas é o ca-chorro da família que caminha junto com eles de manhã e à noite. Quando o animal começa a ficar cansado, o pai já sabe que o filho também está exausto e é hora de voltar para casa. Segundo seu Holmes, o trio é conhecido até pelos guardas noturnos da cidade.

Enquanto algumas pessoas, com o caso pare-cido de Samuel, conseguem concluir os estudos sem grandes dificuldades, ele não teve tanto pro-gresso na área intelectual, mesmo frequentando, durante um tempo, a APAE de Jales. Já o de-senvolvimento físico evoluiu consideravelmente. Com ajuda especializada, ele aprendeu a jogar bola, nadar, andar a cavalo e pedalar na bicicleta.

Seu Holmes, até hoje, cuida da higiene pes-soal do filho. Dá banho, escova os dentes, coloca comida no prato e conta histórias para ele dor-mir.

Indagado de onde eles encontram forças para cuidar de Samuel, como se fossem babás, o pai disse que a força vem de Deus e o amor que eles sentem supera todos os problemas. “Tudo que a gente já fez por ele, faria tudo novamente. Ele é o nosso “bebezão”, um presente de Deus”, com-pletou o pai.

conheça a história de um superpai, que vive para cuidar de um filho “bebezão”

O pai, Holmes Antonio de Fávari, é só cuidados com o filho, Samuel Vincenzo Antonio de Fávari

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uNIJ

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SA UNIJALES- Centro Universitário de Jales

completa 40 anos em 2010 e as comemorações já iniciaram! No dia 30 de julho, na quadra poliespor-tiva Cristovan Soler, localizada na unidade central da instituição, foi lançada a campanha do Processo Seletivo Unificado 2011, numa noite marcada por muita emoção, alegria e lembranças! Como novo slogan “Mude sua história. Faça

parte da nossa!”, as assessoras de comunicação, Ana Lucia Caparroz e Maria Zuleica Santana, junta-mentecoma reitoraMariaChristinaFusterSolerBernardo, comandaram o evento que contou com a participação de funcionários, professores, coorde-nadores, colaboradores e parceiros da UNIJALES e da imprensa local.

“muDe sua História. Faça Parte Da nOssa!”uniJales lança campanha para o processo seletivo de 2011

Os alunos da uNIJALES, a partir de agora, serão os modelos da nova campanha publicitária, a partir da esquerda: Patrícia Apa-

recida de Souza, Josefina Ap. Adolfo e Rogério Braz AvéquiA publicitária Maria Zuleica Santana apresentando os

conceitos da campanha

A jornalista Ana Lucia Caparroz foi a cerimonialista do evento

Momento do coquetel

A quadra da uNIJALES foi transformada para a comemoração dos 40 anos

A reitora da uNIJALES, Maria Christina Fuster Bernardo, falou para os mais de 200 presentes

O momento em que a publicitária Maria Zuleica Santana e a jornalista Ana Lúcia Caparroz apresentaram as peças da nova

campanha

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COISAS DE CRIANÇAA bonequinha Giovana Borges Dias, filha de Ro-

sana Aun Borges Dias e Marcel Leandro Dias, embe-leza a página infantil do mês de agosto. A pequena, que tem o sonho de conhecer o jogador Kaká, tem sete aninhos e estuda no 2º ano do colégio Anglo de Jales.

O que mais gosta de comer?Giovana: Churrasco.

que animalzinho você mais gosta?Giovana: Gatinhos.

Quando crescer, você quer ficar pareci-da com quem?

Giovana: Minha mãe, porque ela é bonita.

Do que você tem mais medo?Giovana: De aranha.

qual a sua música preferida?Giovana: As do Guilherme e Santiago. Música

E Daí.

qual é o seu grande sonho?Giovana: Conhecer o jogador Kaká.

O que você mais gosta de fazer nas férias?

Giovana: Desenhar e ler gibi.

O que mais gosta em você? Por quê?Giovana: Meu cabelo, porque ele é bonito.

se você tivesse um montão de dinheiro, o que compraria?

Giovana: Um sorvete de chocolate.

Em que profissão você quer trabalhar quando crescer?Giovana: Quero ser veterinária, para cuidar dos bichinhos.

O que você gosta de fazer para ficar mais bonita?Giovana: Gosto de maquiar e passar bastante brilho nos lábios.

Foto: Marislei Fernanda

Em comemoração as duas décadas de funcio-namento da Pharmadiun, a pioneira da cidade na fabricação de medicamentos manipulados, os farmacêuticos Carlos Augusto Maldonado Mingati e Adriana Ribeiro Mingati estarão oferecendo para os seus clientes e amigos, du-rante o mês de agosto, mês de aniversário da farmácia, 30% de desconto em todas as fórmu-las para pagamento à vista e sorteio de diversos brindes.

O mês de agosto é especial para Carlos Au-gusto e Adriana porque relembra toda a trajetó-ria da empresa, que começou pequena na cidade de Jales, no ano de 1990, após se formarem no curso de Farmácia daUniversidadeMetodistade Piracicaba, em 1988.

Instalada, inicialmente na Rua 08, esquina com a Rua 13, a farmácia, posteriormente, mu-dou-se próxima à Santa Casa de Jales, onde per-maneceu 15 anos. Como os serviços foram au-mentando, surgiu a necessidade de mudar para

um espaço maior que atendesse às novas normas da Vigilância Sanitária, que, até então, não exigia laboratórios separados.

Há três anos, a Pharmadiun encontra-se em amplo prédio, com espaço físico suficien-te para cada procedimento de elaboração dos medicamentos. “Tínhamos que nos adaptar às normas da Vigilância Sanitária e, agora, estamos em um local propício, grande, confortável e com vários laboratórios”, com-pletou o farmacêutico.

A Pharmadiun também con-ta com uma equipe grande de funcionários, de total confian-ça, além de Adriana, que cuida da parte administrativa e Carlos Augusto, que presta assistência farmacêutica explicando os efei-tos, reações, a forma que deve ser ingerido, ou seja, a orienta-

ção necessária para os clientes. O farmacêutico fez um retrospecto dos 20

anos de trabalho: “foram 20 anos de lutas cons-tantes, treinamentos, atualizações, dedicação e muito amor. De coração, agradecemos todos os clientes e profissionais da saúde que confiam em nosso trabalho”.

PHarmaDiun cOmemOra20 anOs De traDiçãO e

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Os proprietários da Pharmadiun Carlos Augusto e Adriana


Benefícios

Entre as várias vantagens que os medicamentos manipu-lados oferecem estão o ajuste de dose para cada paciente. Através da manipulação, a pessoa pode adquirir a quantidade correta do remédio que necessita para o tratamento. Além disso, pode-se colocar vários medicamentos em uma única cápsula.

“O custo benefício dos medicamentos manipulados é grande e bem mais barato, o que não quer dizer que não há qualidade. A matéria-prima que temos na farmácia é a mesma distribuída nas indústrias. O que muda é que é feita

de maneira artesanal nas farmácias de manipulação”, ex-plicou Carlos Augusto.

Além de medicamentos manipulados, a Pharmadiun trabalha com completa linha de cosméticos, para uso externo: protetor solar, loção pós-sol, loção hidratante, xampus, condicionadores, linha de produtos naturais como granola, ração humana, suplementos para muscu-lação, produtos light e diet, adoçante e florais de bach.

No mês de agosto, os proprietários colocaram em funcionamento o cartão fidelidade, próprio da farmácia, para as pessoas obterem descontos em suas compras.

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PAPO-CABEÇAA bela jovem, Ananda Regina Oliveira, em bate-

papo, revelou seu programa favorito, a profissão que admira e o seu grande sonho. Ela tem 17 anos e estuda na terceira série do ensino médio da E.E. Dom Arthur Horsthuis.

O que mais gosta de fazer no frio?ananda: Assistir a um bom filme com as minhas

amigas.

O pior preconceito pra você é ...ananda: O pior e único preconceito é o financei-

ro, pois, se você tem dinheiro, ninguém o discrimina.

Uma profissão que admira:ananda: Admiro a medicina devido aos profis-

sionais lidarem com casos de vida ou morte.

uma atitude ecológica que você pratica:ananda: Hoje não temos como reciclar 100%

do lixo, portanto, o ideal é não produzir lixo. Assim, pro-curo não usar embalagens descartáveis que degradam o meio ambiente como as sacolas plásticas.

seu prato preferido: Ravióli.

um homem bonito: Robert Pattinson.

um sonho que pretende realizar:ananda: Ser uma grande profissional, muito

competente e reconhecida.

um lugar que pretende conhecer:ananda: Um grande desejo seria conhecer a Eu-

ropa.

um programa de índio:ananda: Sem dúvida, ficar em casa nos finais de

semana.

seu esporte predileto:ananda: Uma simples caminhada com as ami-

gas.

um livro que você recomenda: Hora da Estrela – Clarice Lispector.

um cantor(a): Jorge e Mateus.

uma frase: “Ontem éramos crianças / Brincá-vamos na areia / E corríamos atrás das folhas soltas... / Hoje somos jovens, /Brincamos de amar / E corremos atrás da felicidade”.

Foto: Fátima Villar


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PAnOva cúria DiOcesana

O GranDe marcO DOs50 anOs Da DiOcese De Jales

Com belo traçado arquitetônico, ficou pronta a nova Cúria Diocesana. O projeto, de responsabilidade do arquiteto Oswaldo Polízio Jr e do engenheiro Pau-lo Cezar Silva, sob a orientação do bispo diocesano D. Demétrio, é um dos marcos do jubileu da diocese.

A nova construção foi pensada para durar por muito tempo. Segundo o bispo diocesano, Dom De-métrio Valentini, se a primeira cúria serviu por 50 anos, a nova foi pensada para 500!

A cúria é a sede administrativa da diocese. Poderia se chamar “Centro Diocesano de Pastoral e de Admi-nistração”, pois, na verdade, a cúria tem duas grandes secções: a pastoral e a administração.

Como centro da administração diocesana, a cú-ria tem diversos serviços, como o departamento de contabilidade de todas as comunidades da diocese, o departamento jurídico, o departamento de pessoal, a tesouraria, o serviço de documentação e de arquivo.

Como centro diocesano de pastoral, a nova cúria possui diversos ambientes para as atividades pasto-rais, a começar pela sala de reuniões da coordenação

de pastoral, um auditório para reuniões mais amplas, uma sala para a Cáritas, a sala do coordenador de pas-toral, e salas para as diversas pastorais.

A secretaria atende aos dois setores gerais e a co-municação estabelece a relação da diocese com as co-munidades, com as outras dioceses e com a imprensa.

No interior do prédio, bem no meio do seu es-paço, foi feita uma linda capela, como local propício para o ambiente de oração.

Um detalhe importante: o custo total da cúria ficou em torno de R$ 900 mil reais. Destes, pouco mais de R$ 100 mil vieram da Igreja da Alemanha, que já ajudou na construção de muitas igrejas da dio-cese. E os outros recursos vieram da venda do sítio que a diocese tinha em Palmeira d´Oeste. A proprie-dade foi doada para a Diocese pelo Padre João Schul-tenwolter,quetrabalhouemSantaFédoSulhámaisde 50 anos.

De acordo com D. Demétrio, graças a esta doação, foi possível construir a nova cúria sem recorrer a ne-nhuma campanha especial.


Recepção

Departamento Jurídico

Sala do bispo diocesano

Sala de comunicação

Capela Sala de administração

Corredor que leva às salas das pastorais

Equipe de funcionários na entrada da nova cúria

Sala administrativa

Secretaria

Sala da Cáritas Brasileira


a História Da DiOcese De JalesA região que hoje coincide com o território da

Diocese de Jales se situa no extremo noroeste paulis-ta e é facilmente delimitada pelos rios que lhe servem de fronteira: o Rio Grande, ao Norte, servindo de divisa com o Triângulo Mineiro, o Paraná, ao Oeste, estabelecendo o confronto com o Mato Grosso do Sul, e o Tietê, ao Sul, delimitando a fronteira com a diocese de Araçatuba.

Esta região permaneceu por longo tempo em letargia, até meados da década de trinta, no século passado, sendo um dos últimos territórios preserva-dos do Estado de São Paulo, até se iniciar o prolon-gamento da estrada de ferro, a partir de Rio Preto, rumo à fronteira com o Mato Grosso.

À medida que a estrada avançava, iam chegan-do as levas de migrantes, em busca de um pedaço de terra, que precisavam comprar dos que, legal ou ilegalmente, detinham os títulos das glebas que iam sendo picotadas em pequenas propriedades.

A região demonstrava um vigor extraordinário, pois nela iam surgindo vilas e cidades com a espon-taneidade de cogumelos em tempos de chuvaradas. Foientãoque,segundoobispo,começouasim-

biose entre a história da região e a história da diocese de Jales. Sendo nova, a região não contava ainda com uma referência que a unificasse e lhe indicasse uma característica marcante. Podemos dizer que a região ainda não tinha sido batizada.

A criação da diocese seria o fator decisivo para marcar a região e estabelecer uma identidade que vinculasse todas as localidades que compunham o seu território.

a lucidez de D. lafayete libânioO bispo de Rio Preto logo se deu conta do aumento

do seu rebanho, com o rápido povoamento da região, que, antes, era tida como sertão bravio, e não demandava nenhum cuidado pastoral.

O surgimento de tantas localidades levou o bispo a intuir que a melhor solução seria criar uma nova diocese, a ser desmembrada, inteiramente, do seu território.

A lucidez de D. Lafayete foi fator decisivo para o rápido processo de criação da diocese de Jales. Em mar-ço de 1958, já pensando na nova diocese, ele criou, com um mesmo decreto, doze novas paróquias: Meridiano, Macedônia, Brasilândia, Brasitânia, Ouroeste, Indiapo-rã, Populina, Santa Albertina, Urânia, Palmeira d´Oeste, TrêsFronteiraseSantaClara.Emagostodomesmoano,criou a “Comissão Pró Bispado de Jales”, anulando, com rapidez, a dúvida sobre a sede da nova diocese.

Estabelecida Jales como sede da diocese, as providên-cias para garantir as condições exigidas pela Nunciatura foram rápidas. De tal modo que, em dezembro de 1959, já podia ser anunciada a grande notícia: a região passava a constituir uma nova diocese.

Para D. Demétrio, a data da criação da Diocese de Jales não podia ser maissimbólica.Foiescolhidoodia12dedezembrodoanode1959.Eraa festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina, no ano que o Papa João 23 tinha anunciado o Concílio Vaticano Segundo.

As duas referências apontando para uma mesma direção: o compro-misso de renovação eclesial, proposto pelo Concílio Ecumênico e abraçado com entusiasmo pela Igreja da América Latina, sob a inspiração do Papa da bondade, de tal modo que a Diocese, desde o seu início, carrega a vocação de abertura para a renovação eclesial, avalizada pelo acontecimento mais importante da Igreja no século XX, o Concílio Ecumênico.

Em 15 de agosto de 1960, era solenemente implantada a nova diocese, com a presença do Núncio Apostólico, D. Armando Lombardi.

Assim, a cidade, que mal completava 18 anos, a partir de sua fundação em 1941, já era sede de diocese, com uma catedral que pouco ultrapassava as dimensões de uma capela rural de 4x6 metros.

a força dos símbolos

Dom Lafayete Libânio, bispo de Rio Preto, ao lado da família Jalles na primei-ra igreja do município

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Os bispos de JalesD. luiz

Demétrio valentini

A demora em nomear um bispo para a diocese, evi-denciava, de

novo, a dificuldade de encontrar um candidato que aceitasse o desafio e correspondesse às ex-pectativas. Até que saiu a nomeação de D. Demé-trio Valentini, vindo do clero de Erexim, no Rio Grande do Sul. Ele tomou posse em 15 de agosto de 1982, um ano após a transferência do bispo anterior.

nome do Bispo e nome da DioceseDesde o início de seu ministério como bispo

de Jales, D. Demétrio assumiu incumbências su-pradiocesanas. Já no primeiro ano, foi designado, pelos bispos de São Paulo, para coordenar a Pas-toral da Terra no Estado. Não tardou e foi eleito para a Comissão Central da Conferência dos Bis-pos do Brasil, assumindo o desafio das pastorais sociais e, simultaneamente, a presidência da Cári-tas Brasileira, o que o levou também a participar da mesma comissão no CELAM – Conselho Episcopal Latino-americano.

Ao longo da década de 90, D. Demétrio co-ordenou a realização das Semanas Sociais Brasi-leiras, com ampla repercussão em todo o país, de tal modo que, por seu bispo, o nome de Jales foi colocado em destaque em nível nacional e inter-nacional.

eventos importantesAo longo dos últimos anos, D. Demétrio

participou dos eventos eclesiais mais importantes, tendo que, neles, exercer funções decisivas.

Em 1992, esteve na Quarta Conferência Ge-ral do Episcopado Latino-americano, em Santo Domingo. Lá exerceu a função estratégica de fa-zer a mediação entre a conferência e os teólogos progressistas da América Latina, que tinham sido

excluídos de participar como peritos. A partir deste fato, o bispo ficou ligado à associação dos teólogos latino-americanos, que sempre fazem questão de contar com ele em suas assembleias.

Em 1997, D. Demétrio foi designado pela CNBB para participar do Sínodo para a Igreja da América, onde foi relator de uma das comissões, sendo que, no final do Sínodo, foi eleito para a comissão permanente de doze bispos de toda a América, cargo que ele exerce até hoje.

Em 2007, foi escolhido para participar da Conferência Latino-americana de Aparecida, em que foi escolhido como relator da primeira parte do documento.

Entre os diversos cargos na CNBB, destaca-se a presidência da Cáritas Brasileira, na qual ele está agora no quarto mandato, e a presidência do SPM – Serviço Pastoral dos Migrantes.

“adonde es Jales?”As muitas andanças do bispo de Jales levam

o nome da diocese a lugares onde nunca se havia escutado o nome desta cidade. De tanto ouvir a mesma pergunta: “adonde es Jales?”, D. Demé-trio encontrou a maneira melhor de satisfazer a curiosidade, ao menos dos latino-americanos: “es adonde impieza el Rio Paraná!”.

O fato é que o bispo de Jales se identificou com a diocese que ele assumiu sem antes ter, ele próprio, ouvido falar de Jales, e ter feito para si mesmo a pergunta: “adonde es Jales?”

Se a diocese se situa às margens do Paraná, seu nome é levado bem mais longe pela atuação do seu bispo. De tal modo que muitos atalham e afirmam, simplesmente, que Jales é a diocese de D. Demétrio e está tudo explicado!

Criada a nova diocese, a Igreja procurou um bispo para governá-la. A prudência aconselhava escolher um dos padres assuncionistas, a quem já há mais tempo a Diocese de Rio Preto tinha confiado o cuidado pastoral da região.

D. artur HorsthuisO Padre Artur Horsthuis, tinha sido vigário

deFernandópolis,assimsecontornava,decertamaneira,adisputaentreJaleseFernandópolis.Asede da Diocese seria em Jales, mas o bispo viria deFernandópolis.

O Núncio Apostólico, em conversa com o recém-eleito bispo, disse que a Igreja estava con-fiando a nova diocese à congregação dos padres assuncionistas. Perguntado por quanto tempo, o Núncio teria dito: “ao menos por 50 anos”! Mal podia o Núncio imaginar as profundas mudan-ças que estavam se aproximando, não só para a Igreja, mas para o mundo todo, que iriam alterar profundamente o panorama eclesial.

Oito anos depois de assumir a Diocese, D. Artur precisou renunciar, em 1968, por motivos de saúde. A diocese passou então a ser governada provisoriamente pelo bispo auxiliar de Ribeirão Preto, D.Miele, situação que perdurou por um ano e meio.

Na época, havia uma dificuldade em encon-trar um bispo que pudesse assumir a diocese, com os desafios que ela apresentava. Os próprios padres assuncionistas lideraram uma petição para que a Nunciatura nomeasse um padre brasileiro e diocesano, que se identificasse com o povo da região, dentro do novo clima eclesial decorrente da abertura conciliar, que já se fazia sentir.

D. luiz eugênio PerezAté que, em março de 1970, saiu a nomeação

do novo bispo, D. Luiz Eugênio Perez, vigário de Cravinhos (SP), que tomou posse no dia 02 de julho de 1970.

Ele ficou como bispo por onze anos, até agosto de 1981, quando foi transferido para a Diocese de Jaboticabal. Em sua gestão foi cons-truída a catedral de Jales, inaugurada em 15 de agosto de 1975.

as romarias de JalesFicaramfamosasasromariasdeJales, realizadassempre

em agosto, à época do aniversário da diocese. Neste ano, a ro-maria diocesana reencontra sua finalidade original. Ela nasceu no jubileu de prata da diocese, em 1985, e se confirma, agora, com o jubileu de ouro.

Sua origem foi muito interessante. Tudo começou com a

surpresa de D. Demétrio, em 1985, ao encontrar o cruzeiro de fundação da cidade de Jales, retirado do centro, meio abandonado e esquecido.Foientãoquelheveioaidéia:levardevoltaocruzeiro,para

reimplantá-lo no centro da cidade, ao lado da catedral. A ideia teve pronta adesão e entrou logo na programação do jubileu de prata

O Papa João XXIII com o1º Bispo da diocese de Jales

D. Demétrio, com a mãe Teresa, em Erexim, quando foi ordena-

do bispo D. Luiz Eugênio Perez


da diocese. No dia da celebração, o cruzeiro foi levado até as proxi-midadesdaFacip,ondesefariaaconcentração do povo, para daí ser levado em romaria até a catedral.

De acordo com D. Demétrio, foi tanta a vibração do povo, que todos queriam carregar o cruzei-ro. Após a missa campal, foi im-plantado ao lado da catedral, em gesto que impressionou a todos. “Na hora, o bispo perguntou se o povo queria voltar no próximo ano. Todos concordaram pronta-mente. No ano seguinte, o mais difícil foi convencer alguns padres para fazer de novo a romaria. Da-das as resistências, ficou o desafio: se o povo viesse, continuariam as

sintonia com as intenções da Igreja, colocado ao alcance de todos através de subsídios para os grupos de base e celebrado solenemente na missa conclusiva da romaria.

Aos poucos, as celebrações da romaria foram inte-grando outros valores, como as bênçãos e as encenações do evangelho. A sequência dos temas permite recuperar a caminhada da diocese. Em 1986: Chamados a ser povo de Deus. Em 1987: Chamados a ser cristãos. Em 1988: Maria peregrina com seu povo e, assim por diante.

Para o bispo, com toda esta tradição adquirida, fica agora mais fácil promover anualmente a romaria, com a certeza de contar com a adesão do povo. “Sem dúvida nenhuma, as romarias se tornaram marca registrada da diocese de Jales, como afirmação de sua identidade e como instrumento de sua ação pastoral.

1ª Romaria - 1985 - Reimplantação do cruzeiro ao lado da catedral

25ª Romaria - 2009 - Bispo, padres e seminaristas presidindo a celebração na Praça da Catedral

romarias. Qual não foi a surpresa, vendo o povo comparecer em maior número do que no primeiro ano!”.

Daí para frente, a romaria ficou integrada nos planos da diocese, como ótimo instrumento pastoral, de expressão de unidade diocesana, de cultivo da religiosidade popular e da memória histórica, e de oportunidade para, anualmente, aco-lher as grandes intenções da Igreja e integrá-las em nossas celebrações.

Assim, a cada ano, a romaria assume um tema central, em

O Santuário da Trindade, construído pela diocese no recinto da Escola Vocacional para recordar o jubileu do ano 2.000, vem atraindo, cada vez mais, as atenções da

pulos de Emaús na hora do Cristo partir o pão.Já foi executada, também, a pintura da ressurreição

de Cristo, num dos espaços contrapostos ao presbi-tério, sendo que, no outro espaço, está sendo execu-tada a pintura do batismo de Jesus no Jordão. Nas vigas laterais, já foi executada a inscrição em latim das duas principais invocações da fé cristã, a invocação do

cidade e da região.Sua forma arquitetô-

nica é muito expressiva, com sua estrutura arro-jada, encimada pelas três cruzes que simbolizam a Trindade. Seu espaço in-terno é agradável e con-vidativo para a oração e muito propício para a participação nas celebra-ções, dando a impressão de proximidade e de aconchego.

Aos poucos, o Santuário, vem se tornando uma obra de arte, pelas lindas pinturas que vêm sendo executadas pela Irmã Laíde Sonda, assessora da CNBB para a Arte Sacra. Os três painéis centrais formam um conjunto muito bonito, que impressiona, sobretudo pelo simbolismo dos desenhos. Um dos painéis representa a Trindade, com de-talhes criando uma expressão original deste mistério maior da fé cristã. No lado direito, é representada a anunciação do anjo a Maria e, no lado esquerdo, a cena final dos discí-

nome da Trindade e tributação de sua glória, com os seguintesdizeres:“InnominePatrisetFiliietSpiritusSancti”e“GloriaPatrietFilioetSpirituiSancto”.

Desta maneira, o Santuário da Trindade se torna-rá, sem dúvida, um local com alto valor artístico, que se destacará pela qualidade das pinturas executadas pela Irmã Laíde Sonda, cujas obras, aos poucos, vão se tornando conhecidas no Brasil inteiro.

santuário da trindade: arte a serviço da fé

Foto: Edmilson Caetano

Foto: Agnaldo Campos

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Padres para a DioceseUm desafio de toda diocese é ter padres

para o bom atendimento pastoral das co-munidades e a diocese de Jales experimen-tou cedo este desafio. Quando foi criada, só havia por aqui os missionários assuncionis-tas, vindos da Holanda e a criação da nova diocese só foi possível com o compromisso desta Congregação Religiosa de permanecer por aqui.

A nomeação de um padre assuncionista para ser o primeiro bispo de Jales teve a evi-dente intenção de consolidar este compro-misso. Tanto que, no dizer do próprio Nún-cio D. Armando Lombardi, a Igreja estava confiando a nova diocese aos cuidados de uma congregação religiosa.

D. Demétrio explicou que a consolidação da vida ecle-sial de uma diocese requer a constituição de um “presbitério diocesano”, isto é, de um grupo de padres ligados à diocese e nela inseridos para sempre, como determina a lei da Igreja. Segundo ele, não foi fácil para a diocese conseguir esta meta.

O próprio D. Artur só ordenou um padre diocesano, o Pe. Nilson, mas ele não permaneceu na Diocese de Jales.

O primeiro padre que D. Luiz ordenou foi o Pe. Libânio, que também deixou a diocese para fundar uma congregação religiosa. Depois, ordenou outros dois, o Pe. Sardinha e o Pe.

Valentim, que eram os dois únicos padres diocesanos que Dom Demétrio encontrou ao chegar à diocese em 1982. Este era um dos motivos porque diversos bispos não quiseram aceitar a Diocese de Jales.

Com o surgimento de novas vocações, a situação começou a mudar. A partir de 1983, as ordenações de novos padres dioce-sanos foram aumentando. De tal modo que já são mais de trinta padres diocesanos ordenados por D. Demétrio nos últimos anos.

Em seu jubileu de ouro, a diocese pode agora contar com um presbitério diocesano, constituído de padres vinculados à diocese, ordenados em Jales e a serviço do atendimento pastoral das comu-nidades.

ação social da DioceseNão se entenderia a diocese sem sua múltipla

atividade social, que, muitas vezes, não aparece, ou não é levada em conta. Entre as prioridades pasto-rais que vêm guiando a diocese de longa data, está uma que se apresenta como “presença da Igreja na sociedade”

As três primeiras prioridades pastorais foram assumidas ainda na Assembléia Diocesana de 1983, logo após a chegada de D. Demétrio. A primeira delas: a formação de pessoas. A segunda: a forma-ção de comunidades. E a terceira: a valorização dos leigos. Depois, foram acrescentadas outras duas: a abertura missionária e a presença da Igreja na so-ciedade. Ambas indicando com mais clareza que a diocese se abria para fora de si mesma, seja em ter-mos de colaboração missionária, seja em termos de ação na sociedade, onde a diocese se sente chamada a marcar uma presença de serviço.

A diocese realiza atividade social de três manei-ras: através de “pastorais sociais”, através da “Cári-tas” e através de “projetos sociais”. De acordo com o bispo, as três merecem uma palavra de esclareci-mento.

Pastorais sociais As pastorais sociais são atividades de caráter permanente, em

cima de realidades constantes, que apresentam desafios contínuos pelo próprio caráter da realidade específica sobre a qual atuam.

A diocese conta com a pastoral da saúde, a pastoral da crian-ça, a pastoral da sobriedade, a pastoral da pessoa idosa, a pastoral carcerária e a pastoral dos migrantes. Cada uma delas tem as suas atividades, organizadas, constantes, entrosadas com as comunida-des onde atuam.

Para exemplificar, tomemos a pastoral da saúde. Ela tem três dimensões, a dimensão solidária, a comunitária e a institucional. A dimensão solidária procura marcar uma presença samaritana, junto a pessoas doentes ou sofredoras, em qualquer lugar, atendendo-as na sua dimensão física, psicológica, social e espiritual. Pela dimen-são comunitária, a Pastoral da Saúde promove a prevenção e educa-ção para a saúde, valorizando a sabedoria e a religiosidade popular, com ações educativas sobre prevenção, alimentação, saneamento e higiene. Pela dimensão institucional, a Pastoral da Saúde procura agir junto às instâncias públicas da saúde, participando dos Con-selhos de Saúde nos seus diversos níveis e exigindo providências de políticas públicas relativas à saúde.

Assim, cada uma das pastorais sociais tem as suas motivações, suas propostas e suas metas de ação, de acordo com o Plano Dio-cesano de Pastoral.

Os padres da diocese de Jales na capela da nova cúria

Foto: Agnaldo Campos


a cáritas A Cáritas é um organismo da Igreja, criado especialmente

para agir em situações de emergência, para mobilizar com ra-pidez a ação de ajuda humanitária.

mente com as instâncias públicas, em nome das pasto-rais sociais ou de projetos sociais.

Ela aparece, portanto, como um bom organismo de ação social da Igreja, para apoio e incentivo das pastorais sociais específicas e para os diversos projetos sociais que forem sendo organizados e assumidos pelas comunidades.

Projetos sociaisÉ a terceira maneira como a diocese se faz presente

na sociedade. E a mais comprometida e desafiadora.Projetos Sociais são empreendimentos de atuação

numa determinada realidade social, concreta, circuns-tancial, assumidos por alguma entidade, com ações continuadas, que supõem recursos, que precisam ser conseguidos junto às comunidades ou às instâncias públicas.

Para citar um exemplo concreto: uma “casa de re-cuperação de dependentes químicos”, que supõe local para abrigar e sustentar as pessoas, profissionais para acompanhá-las, medidas pedagógicas para orientá-las a superar seus problemas.

Nada melhor do que conferir a lista dos Projetos Sociais existentes na diocese e ligados, de uma maneira ou outra, às comunidades da diocese, para conferir a consistência da ação social da Diocese de Jales.

Por sua experiên-cia e por sua demons-tração de eficiência, a Cáritas adquiriu muita credibilidade no mun-do e, internamente, no Brasil também. Ela existe em 170 dioceses brasileiras.

A Diocese de Jales se sente particular-mente ligada à Cáritas Brasileira, pelo fato de D. Demétrio estar pelo quarto mandato, como seu presidente.

Na diocese, a Cári-tas está se consolidan-

do, sobretudo pela decisão de implantá-la em cada paróquia, em forma de filial da Cáritas Diocesana, para animar e coor-denar as pastorais sociais, cuidando da dimensão caritativa, que toda comunidade deveria ter.

A Cáritas, por sua condição de entidade reconhecida, pode também prestar o serviço de se relacionar institucional-

Projetos Sociais ligados à Diocese de Jales: Projetos com crianças e adolescentes:• Projeto Corpo e Mente em Movimento (Projeto “Sacra”), em Jales• Projeto AACAJ, em Jales• Projeto Raio de Sol, em Cardoso• Projeto Cidadão do Futuro, em Guarani d’Oeste• Casa da Criança, em Jales Projetos com juventude:• Projeto Juventude e Vida, em Fernandópolis• Projeto Casa da Convivência Bem Viver, em Fernandópolis• Projeto Banda Jovem, em Auriflama• Projeto Espaço Amigo, de Fernandópolis• Casa Abrigo, de Fernandópolis• Projeto “Crer Ser” de Ouroeste

Projetos para recuperação de dependentes:• Casa de Recuperação de Estrela d’Oeste• Casa de Recuperação de Pereira Barreto• Casa de Recuperação de Santa Fé do Sul – Feminina• Centro de Recuperação de Santa Fé do Sul – Masculino Trabalhos com lixo reciclável:• Projeto “Luxo do Lixo”, de Santa Fé do Sul• Projeto “Lixo e Cidadania”, em Pereira Barreto• Projeto “Ouro do lixo”, em Ouroeste

Outros Projetos Sociais com destinação diversa• Horta Comunitária, de São Francisco• Grupo de Sopa Solidária, em Jales – S. José Operário• Associação Padre Vitorino, em General Salgado• Lar dos Velhinhos em Jales, Fernandópolis e Pereira Barreto• Projetos com mulheres e jovens nos assentamentos• Associação dos deficientes visuais, em Fernandópolis.

A Diocese de Jales, desde o seu início, investe na comunicação, através de canais de comunicação inter-na e, também, por meio das rádios e, mais recente-mente, da internet.

Para a comunicação interna, com as lideranças das comunidades, temos o Boletim Diocese a Caminho, que é veiculado a cada três meses e já está no seu 28º ano de existência, com uma média de 1700 exemplares a cada edição.

Abrangendo um número maior de destinatários,

temos os subsídios para os grupos de família, com tiragem de, aproximadamente, 15 mil exem-plares nos tempos mais fortes, como a Novena deNatal,CampanhadaFraternidadeeRomariaDiocesana.

E, neste ano, a diocese está começando o projeto de um jornal, que já teve sua primeira edição na Páscoa e a segunda prevista para ser distribuída na Romaria.

a comunicação é uma das prioridades da Diocese de Jales


central de rádio da diocese é o maior grupo de comunicação da região

No ano de seu cinquentenário, comemorado no dia 15 de agosto, a Diocese de Jales tem mais um motivo para comemo-rar. Com a incorporação da Rádio Educadora Santa Rita AM, deFernandópolis,elapassouadeteromaiorgrupodecomu-nicação da região sob sua jurisdição, 46 municípios. Agora, fazem parte da Central de Rádios da Diocese 04 emissoras: a RegionalFM,AssunçãoeCulturaAM,deJales,eaEducadoraSantaRitaAM,deFernandópolis.

Desde que passou a fazer parte do grupo, no final do ano passado, a novata tem recebido uma profunda reformulação artística, empresarial e administrativa que incluiu mudanças na programação, contratação de funcionários e aquisição de novos equipamentos. Até o antigo transmissor foi trocado por um novo, mais potente e mais moderno para atender às neces-sidades da nova audiência.

Entre os projetos da direção das emissoras da diocese está a implementação de programas coordenados, com o objetivo de aproximar os ouvintes das duas cidades, reforçando o conceito regional. “O que é veiculado em rede tem uma abrangência maior e não fica restrito apenas a uma praça, além disso, com os novos veículos de mídias que surgiram no mercado, haverá alterações na programação da Rádio Assunção AM, para con-solidar a emissora como a mais importante emissora de rádio da região”, explica Nilton Navarro, diretor do grupo.

Também está sendo criado um novo portal na internet, com novos conteúdos, que reunirá todas as nossas emissoras de rádio.

site da DioceseA Página Eletrônica da diocese na internet foi criada em

1999, acompanhando as mudanças na comunicação. A prin-cípio, continha apenas informações sobre a diocese, a biografia dos bispos e padres, além dos artigos e editoriais de D. De-métrio.

Dono de estatura baixa, fala mansa e de uma sabedoria singular, o bispo diocesano de Jales, D. Demétrio Valentini, em entrevista, relata um pouco dos seus 28 anos de intenso trabalho em favor da diocese e da comunidade jalesense.

Ele tem 70 anos, nasceu em São Valentim (RS), foi orde-nado padre no ano de 1965 na Igreja Matriz de São Valentim e a ordenação episcopal aconteceu na Catedral de Erexim, no ano de 1982. A posse na Diocese de Jales foi realizada no mesmo ano, em 15 de agosto, quinze dias após ser ordenado bispo em Erexim.

Além de bispo da Diocese de Jales, D. Demétrio Valentini, é membro da Comissão de Pastoral da CNBB, presidente da Cáritas Brasileira, e presidente do Serviço Pastoral dos Mi-grantes.

Por que o senhor sempre permaneceu fiel à diocese de Jales?

D. Demétrio: Permaneci todos estes anos como bispo de Jales, primeiro, porque sempre encontrei motivação para trabalhar na Diocese de Jales. Segundo, porque nunca pedi para sair de Jales, nunca me prestei ao jogo do carreirismo eclesiástico. E, terceiro, porque, desde o primeiro ano de bispo, sempre tive responsabili-dades supradiocesanas, assumindo diversos cargos na CNBB. Por exemplo, já estou no quarto mandato na presidência da Cáritas Brasileira. É mais fácil exercer estas responsabilidades quando se permanece na mesma diocese, possibilitando harmonizar melhor as diversas instâncias.

O que diferencia a diocese de Jales das demais

dioceses?D. Demétrio: Cada diocese tem sua fisionomia própria.

Talvez, o que mais distingue a diocese de Jales é a participação dos leigos na vida das comunidades. Muitas pessoas só se dão conta desta abertura quando mudam de diocese. A Diocese de Jales tem

entrevista cOm O BisPO28 anos de fidelidade à diocese e à comunidade jalesense

No ano de 2005, passou por ampla remodelação, oferecendo acesso para os dados da história e da organização administrativa e pastoral da diocese, com informações atualizadas de sua vida coti-diana, com o objetivo de tornar mais ágil e instantânea a comunica-ção com todas as comunidades.

Como destaque, traz os artigos e editoriais periódicos do Bispo Diocesano, notícias da Igreja no mundo, no Brasil e os aconteci-mentos da diocese, através da Agenda Pastoral e dos comunicados que são inseridos, integrando as comunidades e paróquias.

E, neste ano jubilar, a página está sendo novamente remodelada. Nossa intenção é torná-la cada vez mais atrativa e interativa, com amplo espaço para fotos, vídeos e músicas, contando com a cola-boração dos responsáveis pela comunicação nas comunidades, para fazer acontecer uma comunicação mais abrangente, tornando visível para o mundo a nossa Igreja diocesana, mas também ser um meio de facilitar nossa comunicação interna. No site estão links para di-versos blogs, criados pelas paróquias, comunidades e pastorais.

A previsão é que o novo site entre no ar na semana da Romaria, sendo mais um marco do aniversário de 50 anos da Diocese.

Para conferir, acesse: www.diocesedejales.org.br


uma boa caminhada pastoral, com um processo participativo animado por uma boa coordenação das diversas atividades pastorais, com momentos de formação ao longo de cada ano, sustentados por subsídios elaborados na própria Diocese, tendo na Escola Diocesana de Animadores de Comunidade o seu paradigma de formação dos leigos. A Diocese de Jales foi criada em 1959, ano do anúncio do Concílio. Este fato é valorizado como motivação para a diocese se identificar com a renovação eclesial proposta pelo Concílio.

sabemos que a sua atuação na diocese contribuiu com gran-

des conquistas envolvendo a igreja e a comunidade jalesense. conte-nos um pouco sobre os resultados que o senhor ajudou a

carreira pretendia seguir?D. Demétrio: Olha, sempre gostei da agricultura e, até

hoje, me dá pena ver tanta terra mal trabalhada por aí! seus pais o apoiaram quando decidiu ir

para o seminário?D. Demétrio: Eles sempre respeitaram minha opção,

nunca me pediram para ser padre. Ao mesmo tempo, sempre percebi que eles apoiavam minha vocação.

qual o ensinamento que o senhor tira des-

sa sua trajetória na Diocese de Jales?D. Demétrio: Para consolidar uma caminhada de Igre-

ja é preciso tempo e persistência. Esta é a vantagem de ficar longos anos na mesma diocese. Não é por nada que o Cardeal Gantin, que, por longos anos foi incumbido de coordenar as nomeações de bispos, no final do seu mandato, concluiu que seria melhor para a Igreja se cada bispo permanecesse sempre na mesma diocese. Mas, para isto, seria necessário mudar o processo da própria escolha dos bispos. A troca frequente de bispo nas dioceses proporciona, certamente, muitas festas bo-nitas. Mas possibilita camuflar problemas que exigem tempo para serem enfrentados e que a permanência do mesmo bispo faz emergir com mais clareza e menos ilusões.

com quase trinta anos de bispo em Jales, quais as marcas que já deixou na Diocese?

D. Demétrio: Em primeiro lugar, acredito, o processo pastoral, sustentado por uma boa coordenação de pastoral, animado pelos subsídios diocesanos e expresso todos os anos pelas romarias diocesanas, iniciadas em 1985, e assumido, agora, em forma de Plano Orgânico de Pastoral. Outra marca é certamente o Santuário da Trindade, local de referência para o clima de formação pastoral e de vivência da espiritualida-de, situado no centro diocesano de formação que é a Escola Vocacional, e, agora, a nova Cúria Diocesana, bem pensada e bem executada, bonita e, ao mesmo tempo, funcional, proje-tada para servir por séculos a fora.

se fosse para começar tudo de novo, o se-nhor ingressaria novamente nesta missão e na Diocese de Jales?

D. Demétrio: Não fico imaginando cenários fictícios. A vida me ensinou que ela não tem volta, é uma só, e a sabe-doria consiste em apostar tudo numa única oportunidade.

quais são seus projetos para os próximos

anos?D. Demétrio: Estou ansioso por concluir os encargos

supradiocesanos. No próximo ano, termino minha partici-pação na Comissão de Pastoral Social da CNBB e o quarto mandato da Cáritas e do SPM – Serviço Pastoral dos Mi-grantes. Ainda tenho a reunião anual na comissão do sínodo da América. Depois, quero ver se fico só como bispo de Jales. Para ver se, ao menos, me sobra alguma segunda-feira para curtir o descanso à beira das águas generosas que banham o território da diocese.

proporcionar ao longo desses anos:D. Demétrio: Por diversas vezes, o bispo de

Jales apoiou causas importantes para a comunidade jalesense. Bem no começo, ajudei a sal-var a faculdade, quando o Ministério da Educação já tinha decretado o seu fechamento.FomosaBrasíliaemevalido conhecimento que tinha com dois membrosdoentãoConselhoFederal

da Educação, para reverter a situa-ção.Para trazera JustiçaFederal

para Jales foi decisivo o fato de Jales ser sede de diocese. Igualmente, a

diocese apoiou as reivin-dicações da Santa Casa junto à Secretaria Estadual

da Saúde. E o nome de Jales foi colocado em destaque, no contexto regional e na-cional, pelo fato de ser sede de diocese. Para muitos que

não conhecem Jales, ao menos sabem que é a Diocese de D. Demétrio.

qual a maior emo-ção que o senhor viven-ciou durante os 28 anos em que esteve à frente

da diocese? D. Demétrio: Como bispo de Jales, par-

ticipei intensamente nos momentos mais decisivos da vida da Igreja em nosso continente. Em 1992, participei da Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em São Domingos, onde me deram a incumbência de realizar um trabalho muito importante: fazer a mediação entre a Conferência e os teó-logos que tinham sido deixados de lado do processo, e deu para canalizar suas preciosas contribuições. Em 1997, fui eleito para o Sínodo da América, em que me incumbiram de ser o relator de um dos grupos de trabalho, e, no final do Sínodo, fui eleito para compor a comissão permanente, que dura até hoje. Assim, Jales teve o mérito de figurar entre as sedes episcopais importantes do continente americano. Em 2007, participei da Conferência Geral de Aparecida, onde fui incumbido de relatar a primeira parte do documento. De modo que, como bispo de Jales, pude viver intensamente os momentos importantes da caminhada da Igreja em nosso tempo.

se o senhor não tivesse optado pela vocação religiosa, que

Foto: Laura Lima


- Pedro Manoel Callado Moraes –- Juiz de Direito em Jales -- Professor de Direito Civil

na UNICASTELO - Fernandópolis –

ART

IGO

O curso de Direito no Brasil surgiu logo após a nossa Independência (1822), quando já se realizavam debates na Assembleia Cons-tituinte e, depois, na Assembleia Legislativa, em favor da criação dos cursos jurídicos. Em 11 de agosto de 1827, foram criados os dois primeiros cursos, um em São Paulo e outro em Olinda, no Estado de Pernambuco. Por isso é que, no dia 11 de agosto, comemoramos a ins-talação dos dois primeiros cursos de Direito do Brasil e também o DIA DO ADVOGADO.

A advocacia, ao lado da magistratura e do Ministério Público, é uma instituição indispen-sável à distribuição da Justiça. Trata-se de um tripé que dá susten-tação à Justiça, sem qualquer hierarquia entre elas.

Dedicaremos este precioso espaço da INTERATIVA para

“Sem a advocacia não há cidadania e sem cidadania não

há povo livre”focarmos a atuação do Advogado na distribui-ção da Justiça. Para tanto, não podemos ignorar a natureza dessa insubstituível atividade. É o Advogado, por exemplo, quem zela pelo respei-to aos direitos individuais de cada pessoa. Sem o respeito a esses direitos estaremos sujeitos ao humor dos agentes do Estado. Em resumo: sem o respeito aos direitos individuais não há estado de direito. Assim, não fica difícil veri-ficar que o Advogado é como aquele guerreiro chamado Dom Quixote de La Mancha, o que

de terceiros. Como exemplo dessa luta contra o arbítrio chamamos a atenção para o saudoso Ad-vogado Sobral Pinto, que, apesar de ser anticomu-nista convicto, defendeu, sem cobrar honorários, os comunistas presos na chamada ditadura Vargas, como Luiz Carlos Prestes, simplesmente porque acreditava que precisava combater o arbítrio. So-bral Pinto praticou a máxima cristã: fazer o bem sem ver a quem.

É muito comum acreditarmos que seria cons-trangedor a função de um Advogado que defende, na área penal, um homicida confesso. Mas nada de constrangedor há nessa sagrada função porque, mesmo em se tratando de réu confesso, ele tem

direitos que precisam ser respeitados, como, den-tre outros, a quantidade e a qualidade da pena que deve receber. O Advogado cuidará para que esse réu confesso não receba um dia

a mais da pena que a lei diz que tem de ser. No cumprimento da pena, o Advogado velará pelo exa-to cumprimento dela, nos termos e nos limites da lei. E assim por diante. Não fosse o Advogado, esse réu seria simplesmente jogado numa masmorra e lá esquecido, de maneira que a pena não produziria o seu atual principal efeito, que é o da ressocializa-ção do infrator.

É preciso reconhecer e homenagear o defensor dos direitos individuais, aquele que, ao lado daque-las outras duas instituições, tem a missão de zelar pela ordem jurídica das instituições, pelo aperfei-çoamento da cultura e das instituições jurídicas e pela ampliação dos direitos da sociedade em geral.

Sem a advocacia não há cidadania e sem cidada-nia não há povo livre. Por isso é que rendemos aqui nossas homenagens aos Advogados. Parabéns não só a eles, mas para todos nós que vivemos num país que tem uma advocacia organizada, livre e atuante.

11 De aGOstO,O Dia DO aDvOGaDO

lutava contra os moi-nhos de ventos. Esse é o árduo e incompre-endido trabalho do Advogado: lutar con-tra o moinho de ven-to (arbítrio) em favor


EDuC

AÇ

ÃO A recente divulgação dos resultados do

ENEM-2009 animou a COOPERJALES/OB-JETIVO: primeiro lugar entre as escolas do mu-nicípio de Jales e sétimo da região (de São José doRioPretoaSantaFédoSul).Háaindaalgomais a comemorar: foi bastante alto o número de alunos concluintes do ensino médio naque-la instituição – o que significa que não apenas os melhores prestaram o exame. Dessa forma, a nota reflete fielmente o alto índice de aprendi-zagem.

Entre os ingredientes que explicam esse

cOOPerJales/OBJetivOmais uma vez na Frente

sucesso todo, podem ser facilmente apontados alguns como a qualificação e capacitação do cor-po docente (da educação infantil ao cursinho), a organização da escola (preocupação constante da direção, coordenação e diretoria executiva), o compromisso de todos os funcionários, a con-tribuição de um ótimo material didático e a par-ticipação das famílias-parceiras.

Assim a COOPERJALES entra no se-gundo semestre com muito a comemorar e tam-bém muito trabalho a realizar, pois vêm aí o ENEM-2010 e a temporada de vestibulares.

alunos se destacam no enem

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O sucesso é tão grande que, neste ano, realiza-se a XII edição. O Campeonato da Cooperativa Regional de Ensino de Jales é organizado pelo seu departamento de esportes, comandado pelo gerente administrativo, João Laércio Lazarini. Estão aptos a participar todos os alu-nos do Ensino Médio, cooperados, funcionários, filhos de funcionários e patrocinadores.

O campeonato é realizado durante o período de aula. É o evento esportivo mais longo da escola e conta com a participação de mais de 180 atletas. Divide-se em três etapas – 1ª etapa (12/02 a 12/06); 2ª etapa (14/08 a 06/11) e o tira- teima (13/11 a 11/12). Para o tira-teima se classificarão os 60 atletas melhores pontuados da 1ª e 2ª etapas. O critério de pontuação é individual. São formadas seis equipes que jogarão entre si e os dois melhores classificados vão fazer a final no dia 11/12. Os 60 atletas que participarão do tira-teima vão receber gratuitamente uniforme completo dos patrocinadores.

Os principais objetivos da comissão organizadora são a interação, o cultivo do respeito e da amizade entre os participantes, em especial, entre alunos e pais. Para que tudo isso ocorra com a maior ética, a comissão disci-plinar composta por nove pais é muito rigorosa na hora de julgar os atos disciplinares. Também conta com um quadro de arbitragem muito experiente, que atua desde a primeira edição (prof. Zelo, Prof. Barriga e o mesário Nelson).

Para encerrar o evento com chave de ouro, o departa-mento de esportes da COOPERJALES/OBJETIVO proporcionará a todos os participantes e seus familiares um almoço de confraternização no pátio da escola, onde também será feita a premiação das três etapas aos atletas

cOOPerJales/OBJetivO promove o maior e melhor campeonato de futebol society da região

ESPO

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COOPERJALES/OBJETIVO - ESPORTE É SAÚDE

Quiosque, campo futebol society e ginásio de esportes - interação esportiva e laser entre pais e alunos durante o ano todo

que disputarão as finais.

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TuRA O renomado arquiteto jalesense, Tuniko

Fernandes,desenvolveuemtemporecorde,em menos de um mês, o sofisticado projeto da mais nova sorveteria de Jales, a Gelato Show, o ponto mais gostoso da cidade - inaugurado na noite do dia 05 de agosto.

O arquiteto ficou incumbido de aten-der aos anseios do proprietário Leandro Rocca, que optou por um ambiente clean e moderno, com cara de franquia para que,

em breve, outras pessoas possam adquirir uma filial da sorveteria.O material rústico deu ar de modernidade ao projeto. O am-

biente ganhou características refinadas. Para o arquiteto, as mesas e a parede de madeira causaram contraste com a decoração moderna.

Além de um local agradável, a sorveteria está localizada bem no centro da cidade e dispõe de sorvetes diferenciados, que, certamen-te, vão aguçar o paladar dos apreciadores de sorvetes de qualidade.

responsável pelo projeto da sorveteria Gelato show

O escritório do arquiteto localiza-se em Jales na rua treze, nº 2016

Fone: (17) 9609-966908 | REVISTA INTERATIVA | AGOSTO 2010

um novo conceito em sorvetes

O mestre sorveteiro Wando, e o proprietário Leandro Rocca

Leandro Rocca e a esposa Juliana, em noite de inauguração

O proprietário, Leandro e o arquiteto responsá-vel pela obra, Tuniko Fernandes

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A funcionárias, da esquerda para a direita, Pâmela, Angela, Célia, Mariele, Jamile, e Marilene

A GelatoShow está localizada na rua oito nº 2401, centro de Jales43 | REVISTA INTERATIVA | AGOSTO 2010

SAÚD

EEm nível mundial, o glaucoma é a principal

causa de cegueira irreversível. De fato, estima-se que, anualmente, seis milhões de indivíduos fiquem cegos desta doença. Metade dos indiví-duos com glaucoma, entretanto, não sabem que tem esta enfermidade, porque não causa, inicial-mente, nenhum sintoma. Se não for diagnosti-cada e devidamente tratada, pode levar à perda de visão progressiva e à cegueira. Para falar deste importante assunto, convidamos a médica oftal-mologista Dra. Patrícia Kitayama Pastorelli.

O que é glaucoma? Dra. Patrícia: O conceito de glaucoma

tem mudado ao longo dos anos, sendo definido, atualmente, como Neuropatia Óptica Crônica, caracterizado por perda de campimetria visual e lesão de nervo óptico. Portanto, atualmente, a pressão intraocular já não é mais tida como fator indispensável para a ocorrência da afecção, sendo considerada, hoje, como fator de risco para glaucoma.

quais os tipos mais comuns de glaucoma?

Dra. Patrícia: Existem classificações complexas para esta doença e para simplificar vamos dividi-la em três tipos: glaucoma pedi-átrico (glaucoma congênito), presente no nas-cimento; glaucoma infantil: presente nos três primeiros anos de vida; glaucoma juvenil: varia dos três anos de idade à adolescência e todos os glaucomas secundários que ocorram nesta faixa etária. Glaucoma agudo: quando um olho nor-mal sofre aumento grande e repentino da pressão intraocular, causando dor intensa e que poderá provocar crises de vômitos. Glaucoma crônico: é o mais frequente e preocupante, sendo que, neste caso, a pressão intraocular é progressiva e

o quadro é assintomático.

É raro acontecer o glaucoma infantil?Dra. Patrícia: Sim, a incidência é baixa,

porém, se há suspeita de glaucoma, temos que

GlaucOma inFantil:

- Dra.Patricia Shizue kitayama Pastorelli -- Médica oftalmologista -

- Clínica Cíntila -- (17) 3621-1339 -

a DOença que PODe levar À ceGueira


confirmar com exames complementares.

as crianças que possuem glaucoma apresentam sintomas?

Dra. Patrícia: Este tipo de glaucoma é assin-tomático, ou seja, não tem sintomas.

Os olhos das crianças com glaucoma são maiores do que o das outras crian-ças?

Dra. Patrícia: Paciente com glaucoma congê-nito tem globo ocular aumentado, córneas grandes e opacificadas (azuladas). Os outros tipos de Glauco-ma, geralmente, são de tamanho padrão.

a partir de que idade é mais fácil de-tectar a doença na criança?

Dra. Patrícia: Não tem idade. O que se deve realizar é um exame complexo anual em todos os pa-cientes durante a consulta oftalmológica.

O glaucoma infantil tem cura?Dra. Patrícia: O glaucoma é uma doença que

não tem cura na maioria dos casos. Pode ser contro-lado com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido for diagnosticado, maiores serão as chan-ces de evitar a perda da visão.

quais as consequências do glaucoma não tratado?

Dra. Patrícia: Cegueira de caráter irreversí-vel.

quais as medidas preventivas que de-vem ser tomadas para evitar a ceguei-ra?

Dra. Patrícia: Paciente tem que ser discipli-nado e aderir ao tratamento. A população brasileira, em sua maioria, tem acesso insuficiente a informa-ções adequadas em relação a saúde em geral e às do-enças como glaucoma, de suas condições clínicas, do diagnóstico, do tratamento e monitorização do glau-coma. Supõe–se que este desconhecimento constitui condição necessária e antecede as ações do indivíduo para preservar a visão.

Glaucoma Juvenil crônicoCauane Pinheiro Torres, de 10 anos, filha de Clésio Mar-

ques e Silvana Pinheiro Marques, há um ano vinha sofrendo fortes dores de cabeça. O pai levou a garota três vezes a um of-talmologista que não detectou nenhum problema. Disse apenas que era uma sinusite. A garota continuou reclamando da dor de cabeça, até que ele resolveu procurar outro especialista.

“Minha filha, todos os dias, chegava da escola com a cabeça doendo, daí descobri a Dra. Patrícia. Nos primeiros exames, ela já relatou que minha filha tinha astigmatismo e miopia e, também, estava com suspeita de glaucoma. E, realmente, foi constatado glaucoma juvenil crônico. Há um ano, minha filha está usando um colírio, que tem que ser usado para o resto da vida. A dor de cabeça, graças a Deus, parou e, segundo a médica, se não tivesse detectado o glaucoma, futuramente ela poderia perder as duas vistas”, relatou o pai. Cauane Pinheiro Torres, vítima do Glaucoma Juvenil, e o pai Clésio Marques


O maquiador e cabeleireiro Sergio Aranha, do Stu-dio Marcos Oliveira, assina a produção das belíssimas modelos da nova campanha da loja de bijuterias Toma-ladaka. Ele foi responsável pela maquiagem e o cabelo das garotas que embelezam o novo comercial da loja na mídia regional.Vale lembrar que, entre as modelos, está Francis

Leão, que já percorreu vários países realizando traba-lhos fotográficos.

serGiO aranHa PrODuz mODelOs Paraa nOva camPanHa Da lOJa tOmalaDaka

Sergio Aranha entre as modelos da nova campanha da loja

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EDuC

AÇ

ÃO

A empresa de treinamento e desenvolvimento profissional Proddados Mais, em parceria com as Prefeituras de Jales e 17 municípios da região, rea-lizaram um grande evento com o tema Educação e Modernidade, voltado para educadores, nos dias 29 e 30 de julho, no Centro Cultural Dr. Edílio Ridolfo.

Mais de 600 pessoas, entre secretários mu-nicipais de educação; diretores e vice-diretores de escola municipal, coordenadores pedagógicos; pro-fessores de educação infantil, ensino fundamental, educação especial e educação de jovens e adultos ouviram as palestras de renomados profissionais da educação do Estado de São Paulo.

municipal de Educação de Taboão da Serra, enquanto foi secretário municipal da pasta.

Já a segunda palestrante do dia, Profª. Drª. Branca Jurema Ponce, Professora Titular da PUC - São Paulo, Doutora em Educação - PUC - São Paulo, Vice Reitora da PUC - São Paulo (2000 / 2004), falou sobre ética no currículo e na formação docente. Segundo a pales-trante, a escola tem que moralizar antes de instruir, prin-cipalmente as camadas menos favorecidas.

Na sexta-feira, quem iniciou a primeira palestra foi a Profª. Iara Bernardi, representante do Ministério da Educação - São Paulo (2007 - 2010), deputada fede-ralemSãoPaulo(1999-2006),relatoradoFUNDEBda Câmara dos Deputados (2004), professora da rede pública estadual de São Paulo, que ressaltou a pouca va-lorização dos profissionais da educação. Na ocasião, ela relatou que nada substitui o profissional bem formado, nem mesmo os materiais tecnológicos e que a escola tem que ser espaço de transformação social.

Já o último palestrante Prof. Dr. Gabriel Chalita, doutoremFilosofiadoDireitoeemComunicaçãoeSe-miótica, professor da PUC - São Paulo e da Mackenzie, Membro da Academia Brasileira de Educação e da Aca-demia Paulista de Letras, apresentador dos programas de

Proddados mais em parceria com a secretaria municipal de educação promove evento educacional em Jales

Mais de 600 pessoas prestigiaram o encontro

iv encOntrO reGiOnal De eDucaDOres

O evento foi aberto na quinta-feira, dia 29 de julho, às oito da manhã, com uma cerimônia solene, onde es-tiveram presentes o prefeito Humberto Parini, o presi-dente da Câmara de Jales, Luis Especiato, o diretor da ProddadosMais,ProfessorDoutorDomingosdeFreitasFilho,asecretáriamunicipaldeEducação,ElidaBarisoneo representante da Unijales, Silvio Luis Lofego.

Os palestrantesNo primeiro, dia quem abriu o ciclo de palestras foi

o Professor Cesar Callegari, Mestre em Sociologia na PUC – SP, Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Presidente do Institu-to Brasileiro de Sociologia Aplicada – IBSA, Presidente do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEBnoâmbitodaUnião,SecretárioMunicipaldeEducação de Taboão da Serra (2005 - 2009), Deputado Estadual por dois mandatos (1995 a 2002). Na ocasião, o palestrante elogiou os índices do IDEB de Jales e disse que a cidade é exemplo de modernidade na educação. Se-gundo ele, os professores têm que estar preparados para enfrentar novos desafios e deu exemplo de um programa de interação família e escola que foi implantado na rede

O Professor Cesar Callegari fa-lou sobre a interação família e

escola

O Prof. Dr. Gabriel Chalita deu exemplo de como educar o aluno para a vida

Para a Profª. Iara Bernardi nada substitui o profissional bem-formado

A Profª. Drª. Branca Jurema Ponce falou sobre investimento na forma-

ção do indivíduo

Rádio e TV “Papo Aberto”, ambos pela TV Canção Nova, vereador da cidade de São Paulo, cativou a plateia com a sua in-teligência, suas palavras delicadas e seu jeito humilde. Segundo ele, hoje, a educação no Brasil está muito focada em avaliações, competições e que isto não é bom, pois o mal começa com a competição e a comparação.

O palestrante também falou sobre humildade, do tempo em que era secretário da educação, que visitava as escolas, do amor que as pessoas devem ter pela vida, memso diante das dificuldades e que a escola tem que estar preparada para receber o aluno no primeiro dia de aula e despertar fome de aprendiza-gem no aluno. Ele terminou sua palestra ressaltando que “não dá para ser bom professor se não for bom na vida”.

No período da tarde, nos dois dias do encontro, um total de 16 minicursos foram realizados. Temas como “Educação e Tecnologia”, “Os contos de fadas na era digital”, “A meto-dologiadePauloFreirenasaladeaula”, “Anovaortografiada Língua Portuguesa”, A educação através do movimento”, “Lidando pedagogicamente com a hiperatividade em sala de aula”, “Gestão pedagógica na escola”, a “Elaboração de proje-tos pedagógicos”, entre outros foram discutidos.

BalançoPara a Secretária Municipal da Educação de Jales, a pro-

fessora Elida Barison, “o evento foi extremamente importante, porque reuniu profissionais do magistério, docentes e gestores das redes municipais de ensino da região. É uma oportunidade de refletir, trocar experiências, confrontar visões de mundo e de educação no contato com outros profissionais e com pales-trantes. O encontro proporcionou aos profissionais do magis-tério público municipal oportunidade de formação continua-da, valorizando o professor e visando à melhoria da qualidade de ensino. Esperamos que os conteúdos e debates das palestras e minicursos cheguem às salas de aula e os alunos possam ter

um ensino cada vez melhor”.Já um dos organizadores do evento, o professor Domingos de

FreitasFilho,daProddadosMais,dissequeaparticipaçãoefetivadaempresa no Encontro de Educadores se deu porque ela tem como objetivo participar do conjunto dos esforços que tem sido realizados para promover o desenvolvimento da educação em nosso município e na região. “As políticas públicas voltadas para a educação têm produzido resultados palpáveis. Para isso basta que se observem os dados do IDEB, tanto aqueles específicos de Jales como de toda a nossa região. Os esforços não têm sido em vão”, completou.

A Proddados tem participado desse esforço quando realizou o Plano Decenal da Educação de vinte e quatro municípios, além dos estudos sobre os Planos de Carreira dos profissionais de educação e outros projetos. Os Planos Municipais de Educação, realizados com base no que dispõe a lei 10.172/2001, obriga os governos estaduais e municipais a promoverem a capacitação permanente dos docentes e funcionários da área da educação. Para isso, os municí-piosdispõemderecursosfinanceirosoriundosdoFUNDEB(Fun-do Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica).

A Proddados Mais, em decisão conjunta com as secretarias municipais de educação, tanto de Jales como de outros municípios, decidiram que o momento é oportuno para se discutir a atualidade de algumas questões ligadas à educação. “Pensar a modernidade como forma de se identificar os avanços e os gargalos que pairam na educação é e será sempre um tema permanente. A modernida-de, pensada como oposição ao atraso, nos orientou a pensar tanto aquelas formas arcaicas que ainda permanecem na educação, como os descompassos entre o que se ensina na sala de aula e aquele co-nhecimento difundido nas várias mídias à disposição dos estudan-tes”, disse o professor.

De acordo com o professor Domingos, A Proddados Mais pro-moveu o encontro em Jales não só porque já tem alguma experiência na produção desse tipo de evento, mas porque acredita na educação como a mais importante forma de se produzir o desenvolvimento integral das pessoas, formando cidadãos e preparando os jovens para os desafios que o trabalho exige nos tempos atuais.

Os professores Silvio Lofego e Domingos de Freitas Filho, o palestrante César Callegari e o prefeito Humberto Pa-

rini ouviram atentos as palestras

O Professor César Callegari, ao centro, ao lado do prefeito Parini, recebeu certificado da empresa Pro-

ddados, representada por Robson Bocchi

A Profª. Iara Bernardi recebeu certificado das mãos dos organizadores do encontro

Os profissionais da educação que participaram dos minicursos

Vários minicursos foram realizados durante a tar-de na unijales

O evento contou também com apresentação de musicais e apresentação de danças de alunos de

escolas municipais


Ombros quadrados e bem marcados, babados, volumes lo-calizados, cores vibrantes, meias semitransparentes e os microcom-primentos são o símbolo máximo desta temporada do ano.ParaMicheleFerreiradaSilva,

proprietária da Versátil Boutique, as leggings continuam em alta nes-ta estação e podem ser nos modelos mais tradicionais aos mais sofisti-cados. Assim como saias, vestidos ajustados, com comprimento na altura dos joelhos, e casacos-vesti-dos, são peças fundamentais.

O preto nunca sai de moda e o xadrez é uma forte tendência nesta temporada fria do ano. As listras e os desenhos deixam as produções mais modernas. Já o tricô pode ser do mais pesado ao mais leve, colo-rido ou em tons mais clássicos.

As transparências e rendas vêm com toda força e ajudam a dar charme e feminilidade para as pe-ças.

Os sapatos com plataforma, saltos grossos, ankle boots, da ver-são romântica ao roqueiro e as bo-tas acima dos joelhos também se-rão muito vistos nesta temporada.

O quente da estaçãoFo

to: M

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eira

Michele Ferreira da Silva dá

dicas da moda inverno

Fotos retiradas do site: www.carmim.com.br


DEN

GuE

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de dengue, no Brasil, subiu 120% esteanoemcomparaçãoa2009.Foramregistrados737.756 pacientes com suspeita da doença até o mês de maio. O número é 2,2 vezes a mais do que o contabilizado no mesmo período do ano passado.

Além da explosão do número de registros, a epi-demia mostra força em várias partes do país. São Paulo é o estado que apresenta o maior número de casos de dengue (185.966), seguido por Minas Ge-rais (158.207) e por Goiânia (80.055).

Os números divulgados pelo Ministério da Saú-de mostram também que a maior parte das mortes ocorreu em São Paulo: 99 registros.

Em Jales, até o mês de junho, o município atin-giu o número de 239 positivos autóctones e 60 positivos importados (contraídos em outros muni-

enquantO O númerO De casOs De DenGue cresce nO País, Jales

tem O menOr ínDice Da reGiãO

cípios). Esse resultado, quando comparado com os da região, mostra a eficácia das atividades realizadas: Catanduva - 589 casos, Cosmorama - 281 casos, Fernandópolis-1074casos,Mirassol-595casos,Santa Fé do Sul - 222 casos,Votuporanga - 795casos.

Segundo Vanessa Luzia da Silva, da secretaria municipal de Saúde de Jales, um município é con-siderado epidêmico, quando atinge a incidência de 300 casos autóctones (contraídos no município) para cada 100 mil habitantes. Em Jales, o último ano que foi atingida esta incidência, foi em 2007, com 246 positivos autóctones, em 2008 foram con-firmados 11 autóctones e em 2009 confirmados 23 autóctones.

Desde dezembro, o município intensificou suas atividades de combate à dengue. Desde o primeiro


caso notificado, foi realizada a atividade de bloqueio que visa eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti próximo da área do suspeito ou positivo de dengue e, em todos os casos confirmados, com o apoio da Sucen, foi realizada a nebulização.

Mesmo em período de frio e de poucas chuvas, as medidas de prevenção devem ser adotadas, afinal, há re-cipientes que acumulam água, servem de criadouro para o mosquito transmissor da dengue e não dependem da chuva para existir, são eles: ralos internos e externos, va-sos e pratos de plantas, bebedouros de animais, piscinas e caixas de água. Esses recipientes precisam de cuidados especiais, por isso é importante colocar água sanitária nos ralos, duas vezes por semana, lavar os bebedouros

Os números mostram a eficácia do trabalho realizado em Jales

dos animais três vezes na semana, pôr areia ou furar os pratos de plantas, tampar as caixas de água e tratar as piscinas, pe-riodicamente, com cloro.

novo Projeto

O que sempre preocupa as autoridades da saúde e os mo-radores são as casas sem moradores. Para acabar ou, ao menos minimizar, o problema, o Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue, em parceria com as imobiliárias de Jales, criou um projeto em que casas fechadas serão vistoriadas, eli-minando possíveis criadouros. No local, será colocado um selo de identificação, para que a população saiba que aquele está livre do criadouro.

no decorrer do ano, foi possível diminuir a infestação do mosquito aedes aegypti nos bairros ínDice De BreatOu


FORM

ATu

RAAFaculdadedeTecnologiadeJales,emtradicional

cerimônia no Centro Cultural “Dr. Edilio Ridolfo”, formou a sua primeira turma do Curso Superior de Tec-nologia em Agronegócios, na noite do dia 30 de julho.ParticiparamdoeventoadiretoradaFatecdeJa-

les, Profª Drª Andrea Piranhe da Silva, o presidente da Câmara, Luiz Especiato, o representante do pre-

feito municipal, Rubens Chiaparini, e o prefeito de Ilha Solteira, Edson Gomes, além de toda a equipe acadêmica e familiares dos formandos.

Já o concorrido baile de formatura foi realizado no dia 31 de julho, no Jales Clube ao som da banda Vip, comandada por um dos formandos do curso, Paulinho Viana.

A primeira turma do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócios

Fatec De Jales FOrma a sua Primeira turma

A equipe acadêmica da Fatec de Jales

Os professores do Curso de Agronegócio

Os formandos em momento de descontração


SuPE

RAÇ

ÃO

O casal Willians da Silva Brito, conheci-do como Brenda Gabrielly (24) e Wellington FranciscodeCampos(23),viveudiastenebro-sos por conta do crack e, por iniciativa, própria resolveu internar-se em uma clínica de recupe-ração em São Paulo.

Hoje, recuperados, felizes e com vinte qui-los a mais, eles relatam a difícil vida enquanto eram escravos da droga.

Brenda, cabeleireira e maquiadora, há qua-tro anos é “casada” com o ajudante de pedreiro Wellington. Aos 12 anos, ela virou travesti e, aos 18 anos, quando ficou dependente do cra-ck começou a fazer programas. Depois que eles se conheceram, se afundaram compulsivamente nas drogas. Ela, que trabalhava com produção de fotos, mal saía do trabalho e já ia em busca da droga, a qual ficava usando a noite toda. Ele

renasciDOs DO crackeles se afundaram nas drogas, mas deram a

volta por cima

também perdeu o emprego por conta do crack. Primeiro, eles venderam a moto, depois, come-çaram a trocar os móveis de casa para comprar os entorpecentes.

“Para conseguir dinheiro, me prostituía à noite, ficava embaixo da viaduto da Avenida João Amadeu, e ele fazia outros bicos durante o dia para comprar droga. À tarde, ele arruma-va dinheiro para a gente e, à noite, eu arrumava a grana”, contou Brenda.

Depois que eles haviam vendido tudo que tinham dentro de casa, eles venderam a própria casa. Em dois meses, gastaram R$20 mil reais em drogas e motéis.

“Como eu sempre morei perto do cemité-rio, o Wellington tinha hábito de fumar dentro do cemitério e ele via e ouvia muita coisa, pelo fatodeestarmosnaqueleambiente.Foiquan-


do eu disse para ele que não dava mais para con-tinuar daquele jeito. Ele andava naquele cemitério sozinho, no escuro, conversava com gente. Uma vez ele correu atrás de mim querendo me machucar com uma cruz, aí foi quando resolvemos nos internar”, relatou.

“Eu ouvia vozes, via vultos enquanto estava alucinado. Via gente andando do meu lado conver-

“Sinto mais preconceito pelo fato de ter sido drogada do que pelo

fato de ser homossexual”

sando comigo, pessoas me chamando, mas o vício era maior que o medo”, disse ele.

Brenda também revelou que, na época em que fazia programas, chantageava o cliente para conseguir di-

nheiro, entrava no carro, puxava a chave do contato e pedia dinheiro e, caso a pessoa não desse, falava que ia fazer um escândalo.

“Depois que vendemos a casa e gastamos quase tudo em droga, falei para a minha mãe que queria meinternar.Foidifícilacharclínicaparamimpelofato de ser travesti, mas achamos a clínica Geração Vida em São Paulo e eles vieram buscar a gente. Ficamos em uma chácara, cada um em um lugardiferente. Cheguei na clínica tão fraca que as pes-soas quando chegam lá dormem dois, três dias, e eu dormi cinco dias direto. O primeiro mês foi mui-to difícil, os outros três foram mais fáceis. Hoje, não tenho mais nenhuma vontade de usar droga. Lá aprendi muita coisa nas reuniões”, disse Brenda.

a reviravolta

O casal está sempre em contato com grupos de autoajuda e passando a experiência de vida para ou-tras pessoas e, o mais importante, evitando hábitos, pessoas e lugares. “Quando eu saí da clínica, uma pessoa veio falar que eu estava bonita, que tinha en-gordado, mas pena que isso ia durar pouco tempo. Fazdoismesesquechegueidaclínicaeseismesesque não uso nada. Hoje, o que eu mais tenho von-tade é de vencer na vida”, contou ela.

Para Wellington, as drogas só levam à cadeia, ce-mitério e destruição. “Só não morremos por Deus. Hoje, estamos em outra vida, nem acredito nas coisas que eu fazia antigamente. Toda quarta-feira vamos à igreja, saímos, nos divertimos, temos mais credibilidade. Hoje, estamos felizes graças a Deus,

mas muita gente em Jales precisa de ajuda”, completou ele.

Preconceito

Pela sua opção sexual, Brenda não sente tanto pre-conceito, pois segundo ela, muitas pessoas que sofrem preconceito não sabem se portar direito, dá brecha para

as pessoas falarem. “Sin-to mais preconceito pelo fato de ter sido drogada do que pelo fato de ser homossexual. A menta-lidade das pessoas está mais aberta. Não tenho vontade de mudar de sexo,

me sinto feliz assim. Agora, voltar a ser homem, impos-sível. Hoje tenho mais vontade de me realizar profissio-nalmente do que sexualmente”.

Já em relação ao fato de querer ser mãe um dia, ela foi enfática: “não tenho tanta vontade de ser mãe. Meus sobrinhos me preenchem, tenho cinco sobrinhos e eles ficam a maior parte do tempo comigo, me sinto mãe-zona”, finalizou.


SEXO?Compulsão sexual é a busca ou o envolvi- são pensamentos muito fortes e ela procura por sexo

em todos os lugares. ritualização: ela desenvolve uma rotina que a conduz ao comportamento sexual. Isso significa passar por lugares que ofereçam estí-mulos sexuais, acessar a internet com essa finalidade, tentar seduzir profissionais do sexo. Gratificação sexual: nessa etapa, a pessoa já está muito envolvida com o prazer e, dificilmente, conseguirá parar antes de efetuar o ato. Desespero: após o ato, a pessoa se sente fraca, com remorso, impotente por não ter con-seguido evitar.

causasDo ponto de vista das causas psicológicas, há um

leque de fatores que podem causar ou desencadear a compulsão sexual. Dentro desse leque, é comum en-contrarmos pessoas com a autoestima baixa, timidez, sentimentos de inferioridade, de menos valor perante a sociedade.

Além disso, muitos apresentam dificuldades de se envolverem num relacionamento afetivo. Todos esses fatores, por exemplo, causam mal-estar, sofrimento, angústia e ansiedade.

tratamentoO tratamento pode ser feito em duas linhas de

frente: medicamentoso e psicoterapia.Existem casos de sucesso que foram tratados ape-

nas com a psicoterapia. Outros precisam fazer uso de medicamentos, que, vão ajudar no processo psicote-rapêutico.

De acordo com especialista, este comportamentotem nome: compulsão sexual

mento exagerado por práticas sexuais diversas, que são percebidas como fora do controle e que causam prejuízos

à vida social, familiar, trabalho e saúde.Dentre essas práticas, podemos destacar os seguintes

comportamentos: busca cada vez maior por novas parcerias; masturbação compulsiva; utilização exagerada por filmes ou li-

teraturas eróticas para esse fim e uso compulsivo da internet na busca de materiais para a excitação sexual.

Com o passar do tempo, a pessoa sente a necessidade de aumen-tar a frequência das atividades sexuais, para obter as mesmas sensa-

ções de prazer. Porém, proporcionalmente, há o aumento da angústia. É um mecanismo muito parecido com a dependência química (drogas),

na qual a pessoa precisa cada vez mais para obter o prazer que ele um dia sentiu.

Problemas decorrentes da compulsão sexual:A pessoa com compulsão sexual tem uma relação com o sexo dife-

rente das pessoas que não apresentam esse comportamento. Para quem não tem a compulsão sexual, o sexo, na maioria das vezes, é praticado em

busca do prazer, complemento da relação. Jogos de sedução são partes in-tegrantes no processo de socialização e contribuem para o desenvolvimento sadio da autoestima. Já quem tem esse problema pratica o sexo para aliviar um sofrimento. Sentem prazer, sim, mas é um prazer muito cego, limitado e assustado. Dura muito pouco.

Com o tempo, a pessoa tenderá a buscar cada vez mais recursos para saciar sua necessidade, por isso gasta muito do seu tempo útil na busca de pessoas ou situações para se “satisfazer”.

Por causa do tempo desprendido envolvendo o sexo, a pessoa prejudica seu trabalho, se isola cada vez mais do convívio social, familiar, passa a pra-ticar verdadeiras manobras e rituais para manter a busca pelo sexo. Com isso, é muito comum os argumentos (mentiras), em casa, para justificar o tempo gasto nessas atividades. No trabalho, com o baixo rendimento, é comum a demissão. Assim a pessoa não consegue enxergar que sua vida está girando em torno do sexo.

O início da compulsão sexualDe acordo com a OMS, é mais comum ter seu início no final

da adolescência ou no início da vida adulta. Porém, a procura por ajuda costuma ser tardia, quando as consequências negativas para a saúde, trabalho, família e social tornam-se muito evidentes.

Os episódios de compulsão sexual, nor-malmente, passam por quatro fases:

Fissura: a pessoa fica envolvida com pensamentos sobre sexo,

Fonte: www.claudecy.psc.br

- Dr. Claudecy de Souza -

- Psicólogo -

- Terapeuta sexual -

- Analista do comportamento -


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Eutítulo inédito

Com sete títulos de Campeões nas modalidades de FutsalMasculino21,GinásticaRítmica(foto),Ginás-ticaArtísticaMasculinaeFeminina,AtletismoMascu-lino, Handebol Feminino e Basketebol Masculino, osvice-campeonatos do XadrezMasculino e Feminino eMalha, a delegação de Jales conquistou o primeiro tí-tulo de campeão dos Jogos Regionais. Representaram a cidade de Jales atletas de dezessete modalidades, com vinte e cinco equipes, perfazendo um total de duzentos e cinquenta atletas e comissão técnica. Vale lembrar que, em 2011, Jales sediará o grande evento esportivo.

Fatec de Jales conquista miniusinasA diretora da FATEC-Jales, Andréa Piranhe da Silva,

acompanhada do vereador Rivelino Rodrigues, visitou o gabinete do Prefeito Humberto Parini para informar sobre maisumaimportanteconquistaparaaFATEC-Jales.Trata-seda conquista de três miniusinas, sendo uma para processa-mento de soja, outra para leite e a terceira para frutas. Os investimentos previstos somam um valor de dois milhões de reais por parte do Centro Paula Souza, responsável pela FATEC-Jales.OmunicípiodeJales,comocontrapartidadoprojeto, cederá o terreno para a construção das miniusinas em área anexa à instituição.

72 | REVISTA INTERATIVA | JuLHO 2010

visita missionáriaComo parte das comemorações dos 50 anos da Dio-

cese de Jales, o bispo Dom Demétrio Valentini realizou a Semana Missionária entre os dias 17 e 23 de julho.

Durante a semana foram realizadas visitas a empre-sas, instituições e órgãos públicos da cidade, com a pre-sença do bispo que também participou da celebração na Praça JoãoMariano de Freitas, no dia 21, para osempregados e empregadores do comércio.

A equipe da Revista Interativa também o recebeu para uma bênção especial (como mostra a foto).

Fatec de Jales conquista miniusinasQuem compareceu ao IV Encontro Regional de Educadores no

Centro Cultural Dr. Edilio Ridolfo, no dia 30 de julho, ficou impres-sionado com as doces palavras de um dos palestrantes, Prof. Dr. Ga-briel Chalita. Antes e depois da palestra, ele atendeu humildemente as educadoras que quiseram ser fotografadas ao lado dele. Quem aprovei-tou o momento e também posou junto do ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo, foi a secretária municipal da Educação, Elida Barison.

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Euabraços e beijinhos

Mais de três mil pessoas estiveram reunidas em en-contro regional do PT e PMDB para apoiar a candi-datura de Dilma à Presidência da República, no Jales Clube, dia 17 de julho. Dilma, que chegou acompanhada do Prefeito Municipal Humberto Parini (PT) e da pri-meira-dama Rosangela Parini foi gentil com a imprensa e calorosa com seus simpatizantes jalesenses que aguar-davam a sua chegada.

PopularidadeQuem sacudiu a grande plateia do clube no encontro de

Dilma em Jales foi o apresentador e candidato a senador Ne-tinho de Paula (PCdoB-SP). De sorriso largo, Netinho aten-deu os seus fãs, tirando dezenas de fotos. Ele aparece na foto cumprimentando os repórteres que aguardavam a chegada de Dilma,aoladodoamigo,professordeEducaçãoFísica,Cle-ber Oliveira, de Jales.

5º vide Fest GospelMuitos membros da Vide – Igreja Batista da Comu-

nidade, curtiram o 5ºVide Fest Gospel, realizado nanoite do dia 17 de julho, na Usina Eventos, atrás do balcão, mostrando serviço, como mostra a foto.

Diversão e informaçãoMais de 300 pessoas que estiveram no IV Encontro Lúdico Re-

gional dos Direitos da Criança e do Adolescente puderam assistir aos dois espetáculos do Ponto de Cultura Escola Livre de Teatro de Jales que tratam da temática arte e saúde, mais especificamente da prevenção às DST/AIDS e do preconceito. O primeiro espetáculo apresentado pelo Núcleo de Produção e Difusão Cultural do Ponto de Cultura foi o “Auto da Camisinha”, que está em cartaz desde 2007 e já foi apre-sentado em toda a região de Jales e em grandes cidades como São Paulo e Guarulhos.

Filhos “corujas”AresidênciadeOdacirFassaesteveemfestanodo-

mingão do Dia dos Pais, dia 08 de agosto. O oba-oba ficou por conta dos filhos Renato, Renan e Natália e da esposa Silvia.


53ª edição revista interativa (ago/2010)

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