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7 Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela do reino. Era também meiga, inteligente e talentosa. Todos a admiravam. Todos queriam estar perto dela. Todos queriam fazê-la feliz, pois o seu sorriso iluminava o mundo inteiro. Um dia, apareceu uma bruxa e resolveu dar um fim naquela felicidade toda. A princesa caiu em um sono profundo e por isso o rei- no inteiro se entristeceu. Os dias ficaram nebulosos. As noites perderam as estrelas. Mas ninguém contava com um detalhe: o coração da princesa ainda batia dentro de outro coração... Então, de repente, ela acordou. E trouxe cada um dos seus sonhos para a realidade. • • • • • • •

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era uma vez

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• 7 •

Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela

do reino. Era também meiga, inteligente e talentosa.

Todos a admiravam. Todos queriam estar perto dela.

Todos queriam fazê-la feliz, pois o seu sorriso iluminava

o mundo inteiro.

Um dia, apareceu uma bruxa e resolveu dar um fi m

naquela felicidade toda.

A princesa caiu em um sono profundo e por isso o rei-

no inteiro se entristeceu. Os dias fi caram nebulosos. As

noites perderam as estrelas.

Mas ninguém contava com um detalhe: o coração da

princesa ainda batia dentro de outro coração...

Então, de repente, ela acordou.

E trouxe cada um dos seus sonhos para a realidade.

• • • • • • •

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• 9 •

• Prólogo •

Imagine acordar e descobrir que o mundo que você

achava que era real nada mais é do que um sonho. E se

todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente

fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não

sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado,

e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi

parar o amor da sua vida.

Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a

única.

Eu não sei a sua história, mas a minha é mais ou me-

nos assim...

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Primeira Parte• • • • • • •

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convidam para o casamento de seus filhosconvidam para o casamento de seus filhos

Doroteia e StefanDoroteia e Stefan

a realizar-se às dezenove horas do dia vinte e dois de fevereiro, a realizar-se às dezenove horas do dia vinte e dois de fevereiro,

no castelo de Vaduz, em Liechtenstein.no castelo de Vaduz, em Liechtenstein.

Convite individual e intransferível

Convite individual e intransferível

Carlos Eduardo Guimarães LopesCarlos Eduardo Guimarães Lopes

Ana Lúcia Torres LopesAna Lúcia Torres Lopes

Theobald BelloraTheobald Bellora

Juliet von Liechtenstein BelloraJuliet von Liechtenstein Bellora*

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• Capítulo 1 •

Este convite de casamento pode se parecer com dezenas de outros que você já viu, mas ele marca o início de um ro-

mance que por pouco não teve um fi nal trágico. O documentá-rio exibido a seguir se chama ‘Princesa adormecida’. Prepare-se para se emocionar com essa história de amor da vida real.”

Desliguei a televisão antes que a repórter começasse a

expor a minha vida em uma época em que eu nem mesmo

fazia parte dela. Como assim, “por pouco não teve um

fi nal trágico”?

Fui até a janela e vi a mesma paisagem que eu conhecia

desde sempre, aquela que eu havia crescido olhando, sem-

pre sonhando em ir além, desejando fugir, voar... Agora,

16 anos depois, o momento havia chegado. Mas por que

de repente eu tinha aquela sensação de que o mundo ha-

via crescido ali mesmo? Por que o meu quintal agora pa-

recia sufi ciente para mim?

— Áurea, você desligou a TV? O documentário já vai

começar, esqueceu?

Virei-me depressa ao ouvir meu nome verdadeiro na

voz da minha mãe. Eu ainda não estava acostumada nem

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com ele nem com ela. E sentia um sobressalto no peito a

cada vez que a via ao alcance das minhas mãos.

Fui até ela e a abracei.

— O que foi, querida? — ela perguntou, passando a

mão no meu cabelo. — Está sentindo alguma coisa? Tudo

bem com você?

Se eu estava sentindo alguma coisa? Que tal confusão,

curiosidade, indignação, raiva e... algo mais que eu não

conseguia identifi car?

Mas eu sabia que não era a isso que ela estava se refe-

rindo, portanto tudo o que falei foi:

— Estou só meio cansada. O pessoal da emissora fi -

cou de mandar um vídeo com o programa, acho que vou

deixar pra assistir depois... Você se importa?

— Claro que não, bebê! — Ela me abraçou mais for-

te ainda. Bebê. Acho que, para a minha mãe, era difícil

perceber que eu já não era mais criança; afi nal, ela não

tinha me visto crescer... — Descanse mesmo. A semana

passada foi muito exaustiva, com todas as entrevistas e

tudo o mais!

Concordei e fui em direção ao meu quarto, já obser-

vando com saudade antecipada cada detalhe daquela

casa que eu havia aprendido a chamar de minha. Os

meus tios sempre fi zeram questão disso, de que tudo

aquilo parecesse meu, e por isso deixaram que eu esco-

lhesse a decoração, os móveis, as cortinas... Tudo para

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que eu me sentisse o mais à vontade possível naquele pe-

ríodo que todos achavam que não seria tão longo assim,

mas que acabou se tornando a minha infância inteira. E

parte da adolescência.

Agora eu entendia tudo...

Quando comecei a fechar a porta, percebi que a tele-

visão tinha sido ligada novamente. Pude ouvir a repórter

contando a minha história como se fosse um conto de fa-

das. Respirei fundo, liguei o aparelho de som no volume

máximo e deitei na minha cama. Nos últimos dias eu ha-

via escutado aquela história tantas vezes que já sabia tudo

de cor. E, mesmo ouvindo música e de olhos fechados, a

minha mente insistia em reviver...

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