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Preço 1$00 Quinta feira 18 de Julho de 1957 Ano II * N,® 122 (5-emanátio- NFORM CULTURA .. RECREIO Proprietário, Administrador e fditor V. S. MOTTA PINTO REDACÇÃO E AI-IV.IN1STRAÇÃO — AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA • 18 - T E L E F . 026467 -------- ------------ ----------------- M O N T I J O ---------- ---------------- ------------------ COM POSIÇÃO E IMPRESSÃO — TIPOGRAFIA «GRAFEX» — TELEF. 026 236 — MONTIJO DIRECTOR ÁLVARO VALENT -se a E's uma pergunta que envolve uma questão primá- ria e profunda. — Definha-se a raça? que penetrar nos meandros da psicanálise e da profilaxia, nos estreitos caminhos da observação di- recta e até no âmago das intrínsecas causas da hora. Antes de mais, vamos a dividir a matéria nos seus dois aspectos sociais: o fí- sico e o moral. Quanto ao aspecto físico: — É evidente que os tem- pos de Viriato, da sua mons- truosa clava, de D. Afonso PORTUGAL PITORESCO G U IM A R Ã E S Miradouro no parque da Penha Ainda e sempre a montanha ! Ao subir à Penha, é admirável, é encantador o panorama que dali se observa. No pírque há um miradouro; e deste miradouro, alcandorado nas rochas abruptas e debruçado sobre os abismos, disírutam-se aspectcs paisagísticos sem içual! A natureza caprichou em juntar no mesmo ramalhete as rudes flores dos montes e as esplendorosas vegetações dos longes, for- mando assim os quadros mais belos da terra portuguesa. Desse balcão de pedras toscas, o viandante deleita a vÍ9ta por dilatadas extensões e orgulha-se da terra onde nasceu. Sente-se pigmeu, sente-se minúsculj perante a majestade olímpica do local e do momento. Subam ao parque da Penha, em Guimarães, e digam se é ra- zoável conhecer Paris, Londres, Madrid, Roma, sem o conhecer primeiro! raça Henriques, da sua estupenda espada, de D. Nuno e de tantos outros guerreiros es- padaúdos e gigantescos, já lá Vai há muito. Hoje já ninguém podia com a claVa, com a espada, ou com um simples estoque, A verdade, porém, é que a alimentação era sàdia, o ar mais puro, e as doenças destruidoras de tecidos e célulaseram quase desconhe- cidas, ou apareciam rara- mente com outros títulos. Os homens atassalhavam- -se com carnes assadas no espeto e cometiam todos os excessos que a ciência ali- mentar agora condena ine- xoràvelrrente. E, no entanto, os hércules abundavam e a História re- gista os seus famosos feitos de força e destreza. Quais as razões desta transformação ? Queremos colocar em pri- meiro plano o acréscimo da população e a degeneres- cência, cientificamente de- monstrada, do próprio indi- víduo através dos séculos. Esse indivíduo tende, pois, para o enfraquecimento da espécie, mercê desses facto- res e doutros secundários, embora também importantes. Parece, portanto, que o definhamento físico é um fe- nómeno inevitável, ainda que previstamente mais lento e até menos profundo. Iríamos compará-!o à de - generescência das plantas, que grau a grau Vão per- dendo as suas característi- cas de gerações, se não houvesse outras forças im- pulsionadoras e ocasiona- doras do caso humano. Entre estas forças dispo- remos a ânsia de gozo e de prazer, a falta de regras na vida, o esbanjamento do metabolismo individual, o excesso e o abuso de exci- tantes, a super alimentação, os vícios, — tudo que con- corre para abreviar a exis- tência. Nesta conformidade, não restam dúvidas de que apenas as excepções conseguem uma longevidade mais ou menos prolongada. A Ciência, não obstante, afirma que a vida humana é hoje mais longa e que é vul- gar encontrar indivíduos com idades avançadas, quando ainda há poucos anos a mé- dia dessa vida era de cin- quenta a sessenta. Não nego que a Vida seja Haverá Guerra? Por - Amaral Frazão Atrevo-me a afirmar que não, embora não me apo- i quente que os outros digam o contrário. cS § •H 5J CO 0) .a mo a HPÍ o 1 B o * & b E não há guerra, pelo menos nestes tempos mais chegados, claro. Está bem de ver que as guerras não acabaram. É certo, porém, qu<\ quando foi da de 1914-18 e se assi - nou a paz, houve promessas categóricas de que aquela seria a última. Inventou-se, para isso, uma Sociedade das Nações que não deu nada para assegurar a paz eterna, assim como se inventou a Organização das Nações Unidas que também pouco tem dado. E posso dizer isso porque outras tem havido depois daquela e um dia haverá uma, então, que arrasa tudo. Mas não é para já, afigura-se-me. Mas como ia dizendo, não há guerra. E porquê? Porque o medo a tem evitado. Parece um paradoxo mas não é. E a propósito de medo, lembro me de uma velha comédia para amadores que se intitulava <Os dois medrosos». Nessa comédia havia dois homens que se odiavam por causa duma mulher. Resolveram bater-se à espadai mas o medo de um e de outro era tanto que nunca cru- zaram os espetos, embora o ódio persistisse entre ambos. É o caso. Há nações que se odeiam, mas receiam bater-se porque duvidam do resultado da luta. Se tivessem a certeza de vencer, já estávamos em guerra e parte da humanidade tinha desaparecido. E tinha desaparecido porque a ferocidade do homem contra o homem está cada vez mais acentuada. Os en- genhos e as bombas estão aperfeiçoadíssimas e todos os dias a aperfeiçoarem-se melhor. A arte e a ciência de matar, segundo o pensamento dos contendores em ... paz, estão a melhorar conside- ravelmente. À arte e à ciência de salvar vidas é que se liga menor importância. Ora abóbora! actualmente mais longa do que há quarenta ou cin- quenta anos atrás ; mas acho que a comparação se deVe fazer entre as idades de agora e as de há cem ou duzentos anos. Comparando assim, Ver- -se-á que ainda estamos muito longe daquela dura- ção de séculos recuados. E em todo o caso, não podemos esquecer que as sulfamidas, as vitaminas, os bióticos e penicilinas e pro- micinas e terramicinas e to- das essas drogas da <ina» e do «ol> muito têm concor- rido, juntamente com os pro- (Continua na página 4)

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Page 1: (5-emanátio-...Gouveia, e do sr. José Luís Gou veia J.or, completou 8 anos. — No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José

Preço 1 $00 Quinta feira 18 de Ju lho de 1957 A no II * N,® 122

(5-emanátio-

N F O R M C U L T U R A . . R E C R E I O

P r o p r i e t á r i o , A d m i n i s t r a d o r e f d i t o r

V. S. M O T T A P I N T O

R E D A C Ç Ã O E AI-IV.IN1STRAÇÃO — AV. D. N U N O A L V A R E S PEREIRA • 18 - T E L E F . 026467

— -------------------- -----------------M O N T I J O ---------- ---------------- ------------------COM POSIÇÃO E IM PRESSÃO — T IP O G R A F IA «G R A F E X » — T E L E F . 026 236 — M O N TIJO

D I R E C T O R

Á L V A R O V A L E N T

-se aE's uma pergunta que

envolve uma questão primá­ria e profunda.

— Definha-se a ra ça ?Há que p e n e t r a r nos

meandros da psicanálise e da profilaxia, nos estreitos caminhos da observação di­recta e até no âmago das intrínsecas causas da hora.

Antes de mais, vamos a dividir a matéria nos seus

dois aspectos s o c ia is : o fí­sico e o moral.

Quanto ao aspecto f í s ic o :

— É evidente que os tem­pos de Viriato, da sua mons­truosa clava, de D. Afonso

P O R T U G A L P IT O R ES C OG U I M A R Ã E S

Miradouro no parque da Penha

Ainda e sempre a montanha !Ao subir à Penha, é admirável, é encantador o panorama que

dali se observa.No pírque há um miradouro; e deste miradouro, alcandorado

nas rochas abruptas e debruçado sobre os abismos, disírutam-se aspectcs paisagísticos sem içu a l!

A natureza caprichou em juntar no mesmo ramalhete as rudes flores dos montes e as esplendorosas vegetações dos longes, for­mando assim os quadros mais belos da terra portuguesa.

Desse balcão de pedras toscas, o viandante deleita a vÍ9ta por dilatadas extensões e orgulha-se da terra onde nasceu.

Sente-se pigmeu, sente-se m inúsculj perante a majestade olímpica do local e do momento.

Subam ao parque da Penha, em Guimarães, e digam se é ra­zoável conhecer Paris, Londres, Madrid, Roma, sem o conhecer prim eiro!

raçaHenriques, da sua estupenda espada, de D. Nuno e de tantos outros guerreiros e s ­padaúdos e gigantescos, já lá Vai há muito.

Hoje já ninguém podia com a claVa, com a espada, ou com um simples estoque,

A verdade, porém, é que a alimentação era sàdia, o ar mais puro, e as doenças destruidoras de tecidos e célulaseram quase desconhe­cidas, ou apareciam rara­mente com outros títulos.

O s homens atassalhavam- -se com carnes assadas no espeto e cometiam todos os excessos que a ciência ali­mentar agora condena ine- xoràvelrrente.

E, no entanto, os hércules abundavam e a História re­gista os seus famosos feitos de força e destreza.

Quais a s razões desta transformação ?

Queremos colocar em pri­meiro plano o acréscimo da população e a degeneres­cência, cientificamente de­monstrada, do próprio indi­víduo através dos séculos.

E sse indivíduo tende, pois, para o enfraquecimento da espécie, mercê desses facto­res e doutros secundários, embora também importantes.

Parece, portanto, que o definhamento físico é um fe­nómeno inevitável, ainda que previstamente mais lento e até menos profundo.

Iríamos compará-!o à de­generescência das plantas, que grau a grau Vão per­dendo as suas característi­cas de gerações, se não houvesse outras forças im­pulsionadoras e ocasiona- doras do caso humano.

Entre estas forças dispo­remos a ânsia de gozo e de prazer, a falta de regras na vida, o esbanjamento do metabolismo individual, o excesso e o abuso de exci­tantes, a super alimentação, os vícios, — tudo que con­corre para abreviar a exis­tência.

Nesta conformidade, não restam dúvidas de que apenas as e x c e p ç õ e s conseguem uma longevidade mais ou menos prolongada.

A Ciência, não obstante, afirma que a vida humana é hoje mais longa e que é vul­gar encontrar indivíduos com idades avançadas, quando ainda há poucos anos a m é­dia dessa vida era de cin­quenta a sessenta.

Não nego que a Vida se ja

Haverá Guerra?P o r - A m a r a l F r a z ã o

Atrevo-me a afirmar que não, embora não me apo- i quente que os outros digam o contrário.

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1 B o* & b

E não há guerra, pelo menos nestes tempos mais chegados, claro.

Está bem de ver que as guerras não acabaram. É certo, porém, qu<\ quando foi da de 1914-18 e se ass i­nou a paz, houve promessas categóricas de que aquela seria a última.

Inventou-se, para isso, uma Sociedade das Nações que não deu nada para assegurar a paz eterna, assim como se inventou a Organização das Nações Unidas que também pouco tem dado.

E posso dizer isso porque outras tem havido depois daquela e um dia haverá uma, então, que arrasa tudo. M as não é para já, afigura-se-me.

Mas como ia dizendo, não há guerra. E porquê? Porque o medo a tem evitado. Parece um paradoxo masnão é.

E a propósito de medo, lembro me de uma velha comédia para amadores que se intitulava <Os dois medrosos».

Nessa comédia havia dois homens que se odiavam por causa duma mulher. Resolveram bater-se à espadai mas o medo de um e de outro era tanto que nunca cru­zaram os espetos, embora o ódio persistisse entre ambos.

É o caso. Há nações que se odeiam, mas receiam bater-se porque duvidam do resultado da luta.

S e tivessem a certeza de vencer, já estávamos em guerra e parte da humanidade tinha desaparecido.

E tinha desaparecido porque a ferocidade do homem contra o homem está cada vez mais acentuada. O s en­genhos e as bombas estão aperfeiçoadíssimas e todos os dias a aperfeiçoarem-se melhor.

A arte e a ciência de matar, segundo o pensamento dos contendores e m . . . paz, estão a melhorar conside­ravelmente. À arte e à ciência de salvar vidas é que se liga menor importância.

Ora a b ó b o ra !

actualmente mais longa do que há quarenta ou cin­quenta anos atrás ; mas acho que a comparação se deVe fazer entre as idades de agora e as de há cem ou duzentos anos.

Comparando assim, Ver- -se-á que ainda estamos muito longe daquela dura­

ção de séculos recuados.E em todo o caso, não

podemos esquecer que as sulfamidas, as vitaminas, os bióticos e penicilinas e pro- micinas e terramicinas e to­das essas drogas da <ina» e do «ol> muito têm concor­rido, juntamente com os pro-

(Continua n a p á g in a 4 )

Page 2: (5-emanátio-...Gouveia, e do sr. José Luís Gou veia J.or, completou 8 anos. — No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José

18-7-957 A P R O V IN C IA 3

A G E N D A

E L E G A N T EMONT J O

A n iv e rsá r io sJ U L II O

— No dia 1, o menino Júlio Ma­nuel da Costa Fernandes, filho do nosso dedicado assinante sr. Alvaro José Vintém Fernandes.

— No dia 2, a sr.a D. Benvinda Cardoso dos Santos, filha do nosso estimado assinante sr. José Júlio dos Santos.

— No dia 4, a sr.a D. Leandra Baptista, esposa do nosso prezado assinante sr. Cândido Ceia Alves Baptista.

— No dia 4, a menina Adriana de Sousa Aragão, afilhada do nosso dedicado assinante sr. [Jvel Supias de Castro.

— No dia 6, a gentil menina Maria Manuela Ferreira Branco, estremosa netinha do nosso dedi­cado amigo e assinante, sr. João Ferreira.

— No dia 7, o menino João Diogo da Veiga Santana, m.sso estimado assinante.

— No dia 8, a menina Etelvina Alves Oliveira, filha do nosso pre­zado assinante sr. Joaquim A. de Oliveira.

— No dia 10, o Furriel sr. José António Caria, nosso edimado assinante.

— No dia 11, o sr. António Ma­nuel Sousa Silva Gervásio, neto do nosso prezado assinante sr. Fer­nando da Silva Manhoso.

— No dia 11, o menino José António Baptista Gouveia, filho da sr.a D. Maria Leonor Baptista Gouveia, e do sr. José Luís Gou­veia J.or, completou 8 anos.

— No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José António de Sousa.

— No dia 12, completa 9 anos a menina Isaura M a r ia Teixeira Augusto, afilhada da nossa esti­mada assinante sr.a D. Joana V i­cente da Silva.

— No dia 12, a gentil menina Cristina Bernardo de Sousa, filha do sr. José António, nosso pre­zado assinante, completa as suas 19 risonhas primaveras. ,

— No dia 15, o sr. Alvaro da Costa Silva, nosso dedicado assi­nante, rompleta os seus 21 anos de idade.

— No dia 15, a sr." D. Joana Vicente da Silva, noss i estimada assinante.

— No dia 15, a menina Orcélia Maria Sousa Silva Gervásio, neta do nosso dedicado assinante sr. Augusto Gervásio.

— No dia 15, completa o seu 2.° aniversário o menino Carlos A l­berto Gomes de Castro, filho do nosso dedicado assinante sr. Ma­nuel Teixeira de Castro.

— No dia 16, o menino Jacinto Luis da Silva Carvalheira, afilhado do nosso assinante sr. Virgílio da Costa J.or.

— No dia 16, o menino Armando José Fernandes Pelirú, filho do nosso dedicado assinante sr. Fran­cisco José Pelirú.

— No dia 16, o sr. N io lau Ma­deira Soares, nosso dedicado amigo e assinante.

— No dia 16, completou o seu8.° aniversário o menino Carlos Arsénio Gonçalves (ía Silva, filho do nosso estimado assinante, sr. Ernesto Maria Rodrigues da Silva.

— No dia 17, o sr. Manuel Mar­ques Contramestre, nosso esti­mado assinante.

— No dia 18, o menino Bernar­dino José de Matos A. Cunha, completa o seu 5.° aniversário, filho do sr. Bernardino Natálio A. Cunha, nosso prezado assinante.

— No dia 19, a menina Noélia Tomé Martins, neta do nosso esti­mado assinante sr. Manuel Jeró­nimo.

— No dia 20, a sr.a D. Maria da Silva Carvalheira da Costa, esposa do sr. Virgílio da Costa J.or.

— No dia 21, o menino Mário Augusto Salgado Bibeiro, filho do nosso prezado assinante sr. Joa­quim Sérgio Caria Ribeiro.

— No dia 21, a sr.a D. Ana Maria Caria Peixoto, n o s s a dedicada assinante em Coimbra.

— No dia 31, a menina Maria Virgília Carvalheira da Costa, filha do nosso dedicado amigo e assinante, sr. Virgílio da Costa Júnior.

H 1 .° d e D ezem broem aiieáeei da Sal

Fomos e observámos.Acedendo ao gentil convite que

nos fiz e r a m , acompanhámos a Banda e não nos arrependemos.

Depois da recepção no Largo dos Açougues, da sessão de boas vindas, em que usaiam da pala­vra o sr. Presidente da Câmara, o sr. Dr. Acácio Faria, num primo­roso e eloquente discurso, e o sr. Ab!lio Diniz pela Banda, depois do jantar de confraternização, que se realizou no Salão de Festas da Sociedade Filarmónica Visconde de Alcácer, — que comemorava o seu 127.° aniversário ! —, efectuou- -se o anunciado concei.to no Jar­dim Municipal, vistosamente en­galanado e iluminado.

Era este, paia nós, o ponto culminante.

Embora já não fosse original a ideia de conglobar e juntar duas Biudas Civis na execução das mesmas peças, é sempre motivo para nos regozijarmos, pelo lado artístico e até pela fraternidade entre duas congéneres na Arte Musical.

Não perdemos o nosso tempo.Não vimos, é evidente, fazer a

crítica do acontecimento, pois para tanto nos faltam os requisi­tos e conhecimentos indispensá­veis. Limitar-nos-emos, portanto, à nossa opinião pessoal, desapai­xonada e justa.

E sempre duma grande dificul­dade essa realização, demandando enorme esforço, intuição, e com­petência por parte de quem a dirige. A impossibilidade mani­festa de ensaios em conjunto, a diversidade natural de tempera­mentos dos executantes, e até a diferença dalguns instrumentos, torna a realização extremamente dificultosa.

De tudo se saiu com proficiên-

Banda DemccráHca2 de Janeiro

Nos dias 4 e 5 de Agosto deslo­ca-se esta popular e prestigiosa Banda Montijense à cidade de Guimarães, onde vai realizar con­certos e abrilhantar as festas Gual- terianas. Sabemos que a Banda será recebida no Salão Nobre do Grémio do Comércio, onde lhes darão as «boas vindas».

Estão também em perspectivas de futuros contratos, deslocações da Banda a Setúbal, a Arruda dos Vinhos e ao Sobial do Monte Agraço.

Está, portanto, de parabéns a Banda Democrática 2 de Janeiro pelo apreço com que a distinguem, e Montijo partilhando igualmente dessa distinção por ver que uma de suas Bandas Civis é assim apreciada e em toda a parte honra os pergaminhos musicais da nossa terra.

«A Província» regista, com todo o júbilo, estes factos e faz sinceros votos pelos êxitos e prosperidades da Banda montijense.

cia e acentuada elevação o Maes­tro António Gonçalves, — regente das duas Bandas, pelo que lhe endereçamos as nossas sinceras felicitações.

De todos os números executados em conjunto, o que mais nos agra­dou foi o 1.° andamento da 5.3 Sin­fonia de Beethowen, sentindo que um tumulto infernal .de crianças, em volta do coreto, nos não dei­xasse apreciá-lo em profundidade.

Na 2.a parte do concerto, apenas com a 1.° de Dezembro, gostámos de todo o programa. A execução foi perfeita, a regência superior. Queremos distinguir a Rapsódia Húngara, de Liszt. — difícil parti­tura — , que arrancou à assistên­cia uma entusiástica ovação. A destacar o naipe dos clarinetes e os «baixos», que alcançaram um verdadeiro êxito.

Felicitamos as duas Bandas e o seu Regente. Todo o concerto, quase exclusivamente constituído por música clássica, foi justamente aplaudido.

E com os nossos idênticos aplau­sos, reiteramos os nossos agrade­cimentos pela excelente noite de Arte que nos proporcionaram.

«A Província» — N.° 122 18-7-1957

A n ú n c i o2.a P u b lic a ç ã o

P e lo Juizo de D ire ito da c o m a rc a de M o n tijo e l.a s e c ­ç ã o se fa z sa b e r q u e se acha d e sig n a d o o dia v in te e trê» de Ju lh o, p e la s d ez h o ra s, p a ra a a rre m a ta ç ã o em 2.a p ra ça e em h a sta p ú b lic a , à po rta do T r ib u n a l, desta c o m a rc a , do p ré d io u rb a n o in fra c ita d o , p e n h o ra d o n os a u to s de E x e ­c u ç ã o de S en ten ça q u e ARTUR FER N AN D ES A L V E S RIBEIRO, c a sa d o , p r o p r i e t á r i o , r e s i­d en te em L isb o a m o v e co n tra o* e x e c u ta d o s : José M aria F lam b ó .Magno e m u lh er Deo- lin d a N o g u e ira M agno, co m e r­c ia n te s , e o u tro , p ara d e les h a v e r a q u a n tia de 94.635$10:

Bens a A rrem atar N úm ero um

Utn p ré d io u rb a n o de rès-do- -ch ão e p r im e iro a n d a r situ a d o no L a r g o do P o ço , da v ila da M oita, d esta c o m a rc a , d escrito na C o n s e r v a tó r ia d o R e g isto P re d ia l, d esta co m a rc a , sob o n ú m ero sete m il se isce n to s e tr in ta e sete a fo lh a s cen to e um a v e r s o do L iv r o B -v in te e in s c r ito na m a triz u rb a n a da fr e g u e s ia da M oita, sob o a r ­t ig o q u a r e n ta , co m o v a lo r m a tr ic ia l c o rr ig id o de v in te e tr ê s m il tr e z e n to s e v in te e o ito escu d o s, in d o à p ra ça p o r m etad e d e ste v a lo r .

M on tijo , 28 de Junh o de 1957 V erifiq u ei a e x a c t id ã o :

O Juiz de D ireito Octávio Dias Garcia O C hefe d a S ecção António Paracana

S n r s . A u t o m o b i l i s t a s

P R O T E J A M A V O S S A V I D A

U S A N D O O S F A M O S O S

P N E U S F I R E S T O N EMÁXIMA SEGURANÇA & CONFORTO

A G E N T E S

E X C L U S I V O S : m a r p a l , l .D A

Telefs. { 026 4 550 2 6 5 4 5 M O N T I J O

DESASTRES DE VIAÇÃO

— No dia 13 do corrente, pelas18 horas, no Apeadeiro de Sarilhos, foi atropelada Maria Emília Espe­rança Ramos, de 4 anos, natural de Beja, sem residência certa, pelo motociclista António Broega de Oliveira, residente na Jardia. o qual não pôde evitar o incidente, visto a criança sair de repente, dentre duas carroças. Transportada ao hospital subregional de Montijo seguiu para o banco do Hospital de S. José, com suspeita de frac­tura na perna esquerda e escoria­ções pelo corpo.

A P. V. T . tomou conta da ocor­rência.

-tssà— No mesmo dia, pelas 20,30 h.,

no Afonsoeiro-Montijo, foi atrope­lado o sr. Francisco Ribeiro, de 34 anos, solteiro, corticeiro, natural de Coruche, e residente em Mon­tijo, por uma furgoneta. O moto­rista, pouco escrupuloso, pôs-se em fuga, e abandonou a vítima. Transportado ao hospital subre­

gional de Montijo, o atropelado toi conduzido na ambulância dosB. V. de Montijo ao Banco do hospital de S. José, em Lisboa.

A P. V. T . procura descobrir o motorista fugitivo.

No dia 15 do corrente, pelas 9,30 h., no sítio denominado Jar­dia - Montijo, o menor de 6 anos, António José Gomes Marinheiro, quando seguia de carroça e pre­tendia saltar desta para a estrada, foi atropelado por um jeep da Junta N. dos P. Pecuários, con­duzido pelo motorista sr. João Marcelino Costa dos Santos, resi­dente em Setúbal, que nesse mo­mento tazia a ultrapassagem.

Conduzido ao hospital subre­gional de Montijo, foi transpor­tado imediatamente para o Banco do Hospital de S. José pelos B. V. da nossa terra, verificando-se que tinha fractura das duas pernas e várias escoriações pelo corpo.

A P. V. T . do Posto de Montijo tomou conta da ocorrência.

A G E N D A

U T I L I T Á R I A

farmácias de Serviço5.* - fe ira , 18 - - G i r a l d e s6,"- fe ir a , 1 9 — M o n t e p i o S à b a d o , 2 0 — M o d e r n a Domingo, 21 — D i o g o 2.“ - fe ira , 22 - G i r a l d e s ‘í.a - fe ira , 2 í — M o n t e p i o4."- fe ir a , 2 4 — M o d e r n a

AgradecimentosP e d r o N a r c i s o d a S i l v a

Florência de Jesus Narciso, E u ­génia da Silva Belchior, e seu ma­rido, Moisés Narciso da Silva, e mais família, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam à última morada o seu chorado marido, pai, sogro e parente. Para todos, aqui fica a sua maior gratidão.

M e n i n a A n a M a r i a C o r r e i a V e r í s s i m o G a r c i a

João Correia Garcia e lida Mar­tins Veríssimo, vêm por este meio, por desconhecimento de moradas, agradecer a todas as pessoas que se dignaram apresentar-lhes con­dolências, ou ihes enviaram seus cartões, pelo falecimento da sua chorada filhinha. Assim significa­mos a todos o nosso maior reco­nhecimento.

G e r l r u d e s G a s p a r d a S i l v a

António Teodoro da Silva, Ma­ria Gertrudes Gaspar da Silva, António Manuel Gaspar Teodoro da Silva e mais famílie vêm por este meio agradecer a todas as p e s s o a s que acompanharam à última morada sua chorada esposa, mãe e parente.

Clara Hunltipal u M;miiaAquisição de forragens

Até ao dia 30 de Julho corrente recebem-se propostas para o for­necimento de palha, aveia e fava, nas condições patentes na Secre­taria Municipal.

O Presidente da Câmara, a} Josè da Silva Leite

S o le t im R e l ig io s o C u lto C a t ó l i c o

MISSAS

5.a-feira — às 9 horas.6.a-feira— às 9 horas.Sábado — às 9 horas.Domingo — às 9 (Afonsoeiro), 10

e 11,30 horas.

E s p e c t á c u l o sCINE P O PU L A R

5.a feira, 18; (12 ano<) Os impa­gáveis cómicos, Mariin & Lew is, no film ’ em VistaVision e Tecni­color, «O Rei do Laço». No pro grama, complementos c u r t o s e Metro-Jornal.

6.a feira, 19; (17 anos) Uma nova versão do imortal romance de Alexandre Dumas, «A Mulher das Camélias», com a incomparável Zully Moreno. No programa, com­plementos curtos.

Sábado, 20; (17 anos) O gran­dioso filme sempre novo, numa versão francesa, «Crime e Castigo (de D >stoievski)», com Jean Gabin e Marina V lady. No programa, complementos curtos.

Domingo, 21 ; (12 anos) Lm fil­me com 4 grandes artistas, W il­liam Holden, Grace Kelly, Fre Iric March e Mickey Rooney, «As Pon­tes de Toko-Ria, um drama sen­sacional e invulgar. No programa, complementos curtos.

2.° feira, 22; (17 anos) «O Teto», em complemento « M a n h ãs de Páscoa».

3 a feira, 23; (12 anos) Nova­mente o excepcional filme colo­rido,, com Pierre Gressoy e Ana Maria Ferrero, «Verdi». Em com ­plemento, «A Grande Ofensiva».

4.a feira, 2 í; (12 anos) Um filme profundo c humano, «0 Caminho da Vida», um dos grandes êxitos do México. /

CINEMA 1.° DE DEZEMBRO

5.a feira, 18; (Para 17 anos) O f ilme em tecnicolor e cinemas­cópio, com Shofia Loren e Victorio di Sicca, «Pão, Amor e . . .» . No programa, lindos complementos.

Sábado, 20; (Para 17 anos) Um filme dum gtande cómico, «Fa- b r iz i - M u lh e r a Dias». No pro­g ram a. um a epopeia em te c n ic o lo r, com Yvone de C a rio e Rod Came- ron, «O Vingador».

Domingo, 2 1; (Para 11 anos) O melhor filme di linda Carmen Sevilla, em tecnicolor, «A Fera- zinha Amansada». No programa, complementos escolhidos.

2.a feira, 22; (Para 12 anos) O lindo filme português, com Deo- linda Rodrigues, Barroso Lopes e Manuel Santos Carvalho, «Madra- goa». No programa, lindos com­plementos.

4.a feira, 24; (Para 12 anos) O grande actor John NVayne, no fil­me mais apaixonante da sua car­reira, «Barreiras Vencidas».

Botelho de MeloM é d i c o

Estagiário de Oftalmologia nos H. C. L.

Consultas:3.“s e 5.as feiras das 16 às 19 h.

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Page 3: (5-emanátio-...Gouveia, e do sr. José Luís Gou veia J.or, completou 8 anos. — No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José

2 A PROVINCIA 18-7-95,7

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patrocínio deste jornal.

R E V I S T A D E S P O R T I V A

15 minutos em que se fala do desporto e a lavor do desporto. Brevemente n" ar o programa TOUROS, T O U R E IR O S , E TOURADAS — um programa em que se diz a verdade sobre Festa Brava. Para a sua publi­cidade consulte

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MONT J OSorteio Carros premiados

A P i "/ ♦«a rrovincia»

Aproxima-se o dia deste Sorteio

Até o dia 22 recebem -se os cupões preenchidos na nossa Redacção. Os da pro­víncia até o dia 25.

A o dia 2 j, pelas 16 horas , finalmente, re a l iz a r -s e -á o sorteio dos 104 prémios, cuja lista já publicámos.

Estarão presentes as auto­ridades e podem assistir os interessados e quem mais q u i s e r . . . até caberem na nossa modesta Redacção.

Que os retardatários se lembrem dos prazos indica­dos e se apressem a trazer- -nos os seus cupões assina­dos e com as moradas.

Dia 25, pelas 16 horas.

Janelas premiadas Montras premiadas

O júri, composto pelos srs. G overnador Civil, Dr Miguel Rodrigues Bastos , presidente da Câm ara, sr. Jo sé da S i lv a Leite, Dr. Ma­nuel Paulino Gornes, A m é­rico L eite Rosa, Rui de Mendonça, Manuel G iraldes da S ilv a , Á lvaro V alente, Jo sé Estêvão Carvalho, Jo sé Barão, Amadeu dos Santos , P into Monteiro, e as sr.as D. Ju d ite Rosado e D. Maria

O almoço

Com a assistência do sr. Jo s é da SilVa Leite, ilustre Presidente da Câmara Mu­nicipal de Montijo, foi ser­vido, no pretérito dia 50 de Junho, um almoço à fraga­teira, com a respectiva cal­deirada e diversos pratos de peixe

O popular e tradicional repasto decorreu no melhor ambiente de camaradagem, entre a gente rude mas sim­ples e sã das lides do mar e alguns convidados e mem­bros da Imprensa da capital e local.

Falou no final 0 sr. Hum­berto de Sousa, Presidente da Comissão das Festas, que agradeceu a amabilidade do convite da União Piscatória de Montijo, e à Imprensa peta sua presença.

Dentre esta última recor­da-nos ter visto Jo s é Barão, pelo jornal «O Século» e Jornal do Algarve, de Vila Real de Santo António, 0 nosso Director, Álvaro Va­lente, Ruy de Mendonça, pela «Gazeta do Sul», etc., que p r o f e r i r a m pequenos discursos alusivos ao signi­

ficado das F estas de S . Pedro e à gentileza da D irecção da União Piscatória, de Montijo.

Finalmente falou 0 e x .m0 sr. Presidente da Câmara Municipal de Montijo, que agradeceu as palavras amá­veis que no decorrer dos discursos acima referidos lhe foram dirigidas pelos re s ­pectivos oradores, tendo a festa terminado com 0 hino da União Piscatória primo­rosamente tocado por alguns membros da Banda local.

Aos seus directores, srs. António Lucas, Luís Reis da SilVa, A n t ó n i o Morgado, Francisco S a b i n o , Diogo Augusto dos Santos, António Neto Aranha, Manuel Neto Aranha, Joaquim dos Santos Pialgata, e Francisco C oe­lho, apresentamos, mais uma vez, os nossos sinceros e profundos agradecimentos.

Aníbal Anjos

Este n ím e ro de «A Pro­vincia» foi visado pela

C E N S U R A

S A N F E RD A

S E D E m i A R M A Z É N S

I I S B O A , R u o d e S . J u l i ã o . 4 1 - 1 . ° |||| H I O I I I I J O , 3 u o io g « l q Y r st a

A E R O M O 1 O R S A N F E R o moinho que resistiu ao c iclone — F E R R O S para construções. A R A M E S , A R C O S , etc.

C IM E N T O P O R T L A N D , T R IT U R A Ç Ã O de a lim en ­tos para gados

R IC íN O B E L G A para adubo de batata, cebola, etc.C A R R IS , V A G O N E T A S e todo o m aterial para C a­

minho de F erroA R M A Z É N S D E R E C O V A G E M

L u cília Marques, reunido após a grandiosa B ata lh a de Flores do dia 30 de Junho, resolveu conferir os prémios da seguinte form a:

i .°-P iém io , carro do E x ­ternato Sagrado Coração de Jesu s ; 2.8, carro da Indústria de Sa ls ich aria ; 3.0, carro do Ateneu Popular de M ontijo ;4.0, carro do Com ércio de M ercearias.

Por sugestão do sr. G o ­vernador, e como prémio de sua oierta, foi também c las­sificado com o 3.0 prémio, «ex-aequo», o carro «D eu ­sas da Música» e pelo mesmo sistema, mas por sugestão e prémio do sr. Presidente da Câmara, foi classificedo o carro «Fantasia O riental» .

Foram ainda atribuídas Menções H onrosas ao carro «Praça de Toiros» e à me­nina Ermelinda Serralha, por proposta de Á lvaro V a­lente, ocupante dum carro, pela sua vivacidade.

Às janelas foram atr ib u í­dos assim os p ré m io s :

O júri, constituído pelos srs. António João Serra , vice presidente da Câm ara Municipal, Manuel Marques Peixinho J .° r, Jo sé Joaquim Caria e pelas sr.aS D. Adal- gisa Rosado Marques P ei­xinho e D. Carmem Sanchez Alvarez, atribuiu os seguin­tes prém ios: i.° Prémio, ja ­nela de Joaquim Jo sé L ucas ;2.0, janela da F oto Monti­jense, de A. Monteiro.

E, finalmente, às montras'.Prémio E spírito de A rte :

Casa G ab rie l do C a r m o ; Original: Joaquim de P in h o ; R e g io n a lis ta : Eusébio M ar­ques P eix inh o ; C om ercia l : Casa do Bébé.

E por esta forma term i­naram os três verdadeiros êxitos das nossas Festas Populares de S . Pedro.

E de notar 0 sossego,A ordem e a paz Que nas Festas houve !S . Pedro está satisfeito ,P o is não é cego,N em mouco,Conhece o Samouco,Como conheceu C ai/as,E sempre lhe aprouve Deste povo 0 antigo je ito 1

Conhece o M ontijo e o resto, E è m anifesto Seu grande prazer,S ua comoção P o r tudo correr T a l como correu, t logo intercedeu,E nos recomendou Com todo o seu am or Quando se encontrou Com Deus Nosso Senhor 1N o entanto, apanhei um

[ susto,Julgando que havia bulha, Nessa noite fam osa Da Marcha Lam inos i.— f oi caso que a muito custo Me aproximei cia *. borbulha»,Onde havia gritos E xehques E « berliqu.es»E n f i m 1E depois vim a saber,A ssim ,Que cinco senhoras chiques, De olhos magoados,T inham os pés inchados E bramavam E cl imavamDos sapatos apertados . . .E que eu saiba E aqui caiba,N ão se deram mais conflitos!

Homem ao m ar

«A Província» - N.° 12rti~7~1957

A n ú n c i o2." Publicação

Pelo juizo de Direito da Comarca de Montijo, e l .a secção e pelos autos de Acção de Despejo em execução de sentença que AM IL- CAR RODRIGUES DAS NEVES, alfaiate, residente em Montijo. inove c/ 0 executado JOSÉ MA­NUEL PINTO LEITÃO, mecânico, residente no Afonsoeiro - Montijo correm édilos de 20 dias a contar da 2.a e última publicação deste anúncio, citando os credores des­conhecidos do executado, para no prazo de 10 dias, findo o dos éditos, e nos termos do art.° 864 do Código do Processo Civil, v i­rem à execução referida deduzi­rem os seus direitos. -

Montijo, 24 de Junho de 1957 O Escrivão da l . a Secção

A. Paracana Verifiquei a exactidão.

O Juiz de Direito Octávio Dias Garcia

Carro «Sevilhano» com a menina Ermelinda Serralha, qae teve a Mensão Honrosa do Júri pvla sua alegria e vivacidade.

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3-7-95 7 A PROVINCIA 5

fstremozB a n d a M u n i c i p a l

— Como tínhamos noticiado neste jornal, realizou-se na noite de 9 do corrente o p r i m e ir o c o n c e r t o , desta época, pela Banda Municipal de Estremoz, tendo assistido bastante público que ao ter­minar as execuções lhe de­dicou prolongadas salvas de palmas

A Banda Municipal, que esteve sem regência mais de6 meses, provou mais uma vez no seu primeiro con­certo o seu valor artístico, graças.à competência e dis­ciplina dos seus componen­tes e ao seu novo maestro competente e incansável, artista Sr.. Francisco. Mendes 'Soldado.

O concerto, que agradou inteiramente, teve a valori- zá-lo a sonoridade perfeita de Volume,.òptimamente bem ligado, p r o n u n c i a n d o com clareza e vibração, obede­cendo misticamente à batuta.

A regência do Maestro Francisco Mendes Soldado deu a todas as obras executa­das a interpretação mais adequada, com os melhores efeitos, conseguindo uma boa e perfeita execução. Pena foi que o coreto Municipal não- ajudasse também, pois as suas condições acústicas, que são péssimas, em nada dignificam o sabor dos sons e dos efeitos.

Ao terminar o concerto toda a assistência retirou sa­tisfeita, comentando que a Banda Municipal está a caminho da sua antiga posi­ção, pois foi uma das mu- lhores Bandas do Alentejo.

F e i r a d e S a n t i a g o

Realiza-se nos dias 25, 26 e 27 do corrente a feira

( A l h o s V e d r o s )

— Gervejaria-Restauranle « C aracol» — Assiin intitu­lado, abriu há poucos dias junto da Estrada Nacional, nesta localidade, este novo estabelecimento. Por nossa curiosidade, oportunamente visitámos o referido novo estabelecimento e notamos que de facto rivaliza com os seus congéneres em lindo aspecto e conforto. São seus dignos proprietários os srs. Jo s s é Maria Figueiredo e Carlos Augusto dos Santos, a quem «A Província» sin­ceramente felicita, e deseja muitas prosperidades.

— Ginásio A tlético Clube— F e s t e j a n d o o dia de S. Pedro, esta colectividade, dedicou na sua esplanada, aos seus sócios e e x .mas fa ­mílias, um a n i m a d í s s i m o baile, a b r i l h a n t a d o pelo apreciadíssimo C. M. «Ideal Ritmo» a s s i m com posto: João Eugênio Couto, J o a ­quim Tom é, Helder Cardoso, Eduardo Nicadunos, Fran­cisco Armindo de Carvalho, e Jerónimo A l v e s , nosso prezado assinante em La­vradio.

Também na noite de sá ­bado, 6 de Julho se realizou na esplanada desta colecti­vidade outro auimadíssimo baile, abrilhantado pelo e x ­celente C. M. «Estrelas do Oriente» recentemente remo-

anual d e s ta c i d a d e , que custuma ser bastante con­corrida.

Está marcada para dia 25 a primeira corrida de toiros, primeiro dia de feira, e bre­vemente daremos o cartaz do espectáculo. (C.)

delado, com a seguinte com­posição : Pedro da Costa, Alberto dos Santos Morais, Américo F e r r e i r a , Victor Mota, Alfredo da Silva, Jo s é Fernando Duarte Gama, e como vocalista o simpático e popular V i c t o r Ribeiro, também nosso prezado ass i­nante no Barreiro.

— Grupo C o l u m bó f i l o Banheirense — A continuar damos mais algumas classi­ficações da presente cam­panha. 15 de Junho, 730 K.— Victória - B a da B .a — Alberto Cassiano, 1.°, 2.°, 15.°, e 1 6 .° ; Jo ão Amado, 3.°, 17.o, 2 i . 0) e 22.° ; Rafael Pratas, 4.°, e 10 .° ; Manuel Águas, 5 . ° ; Artur Dias, 6 .°; Laurentino M. da Silva, 7 .a, 14.°, 18.°, e 1 9 .° ; Adão C an­tante, 8. ° ; Silvestre Victo­rino, 9.° e 11.°; João Pedro, 12.°, 13.°, e 20.°.

Devemos esclarecer que os 9 primeiros pombos che­garam no próprio dia de sábado, obtendo o 1 .“ pombo, a média de 1.100 m/m.

Sinceros parabéns a todos os concorrentes. — (C .)

MoitaC o r p o d e S a l v a ç ã o P ú b l i c a

No próximo dia 21 de Ju lho entrará ao serviço desta Corporação um nnvo A u to - T an q u e - Pronto S o ­corro, melhoramento este que só foi possível adquirir graças ao Conselho Nacional dos Serviços de Incêndio, e de dedicados amigos da Associação, muito especia l­mente à acreditada firma nesta Vila, Proença & A l­meida, Lda,, ao sr José G e r­mano B arb o sa Bentes , um grande amigo dos Bom beiros V o l u n t á r i o s , Comandante Honorário, e bem assim ao

B om beiro-m ecânico sr. Pe* dro Jo sé da S ilv a .

Será também inaugurada uma cam arata com a lo ja ­mento para 6 bombeiros.

O programa é o seguinte :A ’s 8 h. — A lvorada e içar

da bandeira no quartel.A ’s 9 h. — Romagem ao

Cem itério.A 's 10 h. — Missa na Igre-

j 1 de Nossa Senhora da Boa Viagem, por alm a de todos os consócios e bombeiros ínlecidos,especialm ente pelo consócio benemérito Luís C osta Proença.

A ’s i r , 3o h. — Chegada do novo Auto-tanque-Pron- to Socorro à entrada desta vila, (lado de A lhos Vedros).

A ’s 14 h. — Recepção no Q uartel à s Corporações, Colectividades e entidades oficiais convidadas.

A ’s i s ,30 h — Baptism o da nova viatura pelo Rev.° Prior João Evangelista J e ­sus, e, seguidamente, o cor­tejo percorrerá as principais ruas da vila.

A ’s 17,30 h . — Sessão S o ­lene e condecorações de Bom beiro s por bons serv i­ços prestados e por antigu i­dade, na Sede da Sociedade Capricho Moitense, cedida gentilm ente para este efeito, onde farão uso da palavra vários oradores.

Felic itam os e fazemos a r ­dentes votos pelas prospe­ridades do C. S. P da Mo'ta.

Vila Franca de XiraCom um atraente pro­

grama, realizaram -se nesta v ila as castiças Festas do Colete Encarnado, também em comemoração das «Bo­das de Pratas das inesmas festividades.

Tom aram parte 4 bandas de Música e 5 Ranchos Foi-

RECREIO EDESPORTO

(Continuação da última pág.)

Triste por, pela nossa situa­ção financeira, não podermos manter cotn a regularidade desejada 0 nosso Grupo C é ­nico e a nossa Banda de M ú sica ..E is 0 desabafo.

Agora 0 episódio trágico- -a le g re :

já lá vão alguns anos. Jo - gava-se em Santarém, entre 0 Oriental e 0 Eivas, a per­manência deste na I.a Divisão e a ascenção daquele para a Divisão Maior. Era um dia quente de Junho e a 10 mi­nutos do fim do encontro 0

■ resultado e r a favorável à turma alentejana por 3 - 2 . Num arranco memorável, a turma orientalista consegue modificar 0 resultado para 4-3 a seu favor. Momento indiscritível, momento d e euforia impossível de narrar. Como associado deste Clube e seu fervoroso admirador f iq u e i louco de contenta­mento. A in d a recordo na retina passagens g r a n d e s desse grande jogo.

E assim terminou a inte­ressante entrevista com M a­nuel Furtado, — categorizado elemento destas populares colectividades.

Telefone 026 57b’

(J)a ta haai '~ ftíhrquiliai

Fofo M ontijense

c l ó r i c o s , e no D o m i n g o houve espera de toiros e corrida.

Tudo d e c o r r e u com a maior anim ação e e n tu s ias­mo, sem o mais leve in c i­dente perturbador.

Com efusivas saudações, agradecem os o am ável con­vite que n^s dirigiram para assistir.

N.° 63 FolheHm de « A Província» 18-7-957

ffíldeia do fffvessoc P o t c A t v a r c V a l e n t e

Uni que-acabara de «matar o bicho» com dois toques de «Angélica», e que depois limpara solenemente os beiços à manga da camisa, propôs com toda a p a u s a :

— Vai-se ter com o ti Santana e vamos pra riba deles. Ouvi dizer queo engenheiro chega aí por estes dias mais cercanos. Vem a dar a despedida, ’sta,claro. P o i’ n e s s a .m ;asião é que havera de ser. Vai tudo por í abaixo, com míl raios, e aldemenos mostra-se-lhe o nosso «muito obrigado». Quem não quiser ir, que não vá. Mas calculo que inda há-de ir um adjunto de respeito e considração !

E assim ficou assente.E o que se passava na do «Palonso», passava-se também nas demais

baiucas, esquinas e lojas.A.propósito do alvitre ouviu-se o ^ Santana, e o acordo foi geral.Logo se combinou que fosse ele o orador representativo de toda a

população, e que lhe d issesse das «boas e gordas», para os das «maroscas» ficarem «entrombados» e saberem que ninguém os «gramava».

Entrementes, a ti Tom ásia vagamundeava pelo «povo», espectral e choramingas.

Nunca mais tivera notícias directas da filha, e ouvira dizer vagamente que ela por lá andava na vila, repimpona de luxo e desaforo.

As pragas eram a sua expansão habitual, se alguém tentava tocar-lhe na ferida.

Se ninguém lhe falava no caso, passava de cabeça baixa, olhos no chão, em murmúrios como rezas, tremelicante dos alancões na a l m a . . .

Ia a desaparecer, mirrada pelo desgosto. J á se notavam as repas gri­salhas, ao desgarre e descuido, escorrendo nas faces escavadas de rugas fundas, e certo desprendimento que a tornava a pouco e pouco repelente.

Não faltaria muito para que a «canalha» com eçasse a chamar-lhe bruxa,— como chamavam à ti Ludovina e à Micas :o Áiro.

Em casa, apenas o filho lhe ia a faiar na irmã e no que se prolongava por toda a parte, rebentava em doestos e brados que nem colareja desbocada :

— Cala-te aí que te estrafego !— Pranta-te daqui pra fora que nem te enxergo j á !— Má raios te consumissem, a essa «recriada» e a mim também !E o moço, enfiado e pálido, a roer seu naco, saía sem mais trela em

direcção ao trabalho.Apesar de novo, já lhe borbulhavam na tineta ideias trágicas.Não podia ver o sr. Morais. Chegava ainda com de noite à obra e por

ali se amouchava num canto, à espera da hora de «pegar». N esse tempo de espera atravessavam-lhe a mente sinistras p e c h a s ,— tudo ao viso do encarregado Sabia que a irmã se bandeara com ele e desaparecera, dei­xando a velhota naquele preparo, a estanguir de dia para dia. Ouvia dos companheiros a todo o instante frases pejorativas, que o arreliavam e lhe punham na espinha arrepios de arrem eter :

— ’Stás bem «coberto».— Agrima-te que tens adonde!— Inda irás de amieira levar-lhes a m eren d a .. .E, quando o sr. Morais chegava e começava nas ordenanças, — de cá

para lá — , sentia ânsias de o morder, de o esganar em seguida.Há poucos dias, então, percebera nitidamente que se dera qualquer

facto muito agradável para o sr. Morais. Ele cantava, ele assobiava, ele andava'sempre de «carinha n ’água», graça para este, sorriso para a q u e le . . .

Até que surpreendera uma conversa entre dois trelhas, ao cimo do andaime:

( C O N r l N U A )

Page 5: (5-emanátio-...Gouveia, e do sr. José Luís Gou veia J.or, completou 8 anos. — No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José

4 A P R O V IN C IA 18-7-957

DfflHHA-Sf Á RAÇA7 @&lumb<%(iliaPrémios para a campanha de 1957gressos da moderna cirurgia,

para 0 prolongamento geral da saúde.

ConVencemo-nos, porém, de que essa corrida aos in­jectáveis e aos comprimidos é a prova mais concludente do definhamento físico da raça, pois se a saúde fosse de ferro não haveria neces­sidade de andar sempre a caminho da seringa e do tubozinho de pastilhas.

Em re s u m o : O passadio é deplorável, as condições gerais da Vida mais deplorá­veis ainda, e daí todas as exgotantes e variadas an e­mias que conduzem aos e s ­tados patológicos das hidra- sidas e cortizonas.

O aspecto físico, portanto, está definido.

Quanto ao aspecto m oral:— Crem os que neste ponto

nào haverá duas opiniões. O indivíduo actual fica muito abaixo, neste campo, do indivíduo das tais épocas remotas.

Dominado pela fobia do futebol e do cinema, fanati- zado ao extremo pelas duas absorpções, entregue à am­bição e à fúria dos interes­ses próprios, nada mais para ele e x i s t e no Mundo e esquece, desta bela maneira, os seus deveres humanos, a

— «Gazeta do Sul» — Comple­tou no dia 1 do corrente 26 anos de existência este nosso colega local.

Há mais tempo que devíamos ter sssinalado o facto; a azáfama dos últimos d i a s e a falta de espaço constante, inibiram-nos, porém, de cumprir esse dever na altura própria.

Apresentamos as nossas descul­pas, com a certeza de que não foi por menos consideração ou menor camaradagem.

Felicitamos efusivamente o seu D irectsr Alves Gago e cumpri­mentamos todos que trabalham na «Gazeta do Sul», afirmando- -Ihes o nosso muito afecto e os desejos de longas e dilatadas pros­peridades.

— «A Terra Minhota» — Que se publica em Monção e de que é Director João Henriques Alves, fez no dia 1 de Junho oito anos de idade jornalística.

Cumprimentamos por este facto e endereçamos-lhe os nossos sin­ceros parabéns.

— Com o N.° 1127, de 16 de Junho, festejou o seu 23.° aniver­sário o nosso colega «Noticias do Douro», semanário regionalista que se publica na Régua e de que é Director José Nogueira Gomes.

As nossas felicitações e desejos de longa e sempre venturosa exis­tência.

— Entrou no 2.° ano da sua existência jornalística, o nosso colega «Voz do Tejo», que em Almada se publica sob a Direcção de Alves Madeira.

C u m p r im e n ta m o s afectuosa­mente e desejamos que esta data se repita por infinitos anos de infinitas prosperidades.

— «O Figueirense» — Comple­tou, com seu N.° 3116, 39 anos de idade.

Felicitações sinceras e votos de muitos mais anos de próspera vida.

— Comemorou o seu 5.° aniver­sário <A Planície», brilhante quinzenário que se publica em Moura e de que é Director Miguel Serrano.

Os nossos afectuosos cum pri­mentos e votos de longa vida nesta jornada canseirosa e inglória da imprensa cultural e regionalista.

— O n o sso p rezad o co lega * 0

sua formação espiritual, os princípios que foram norma indefectível dos antepassa­dos, a necessidade imperiosa de acompanhar o tempo em que vive, altruisticamente, g e n e r o s a m e n t e , fraternal­mente.

Julgo que o aspecto moral anda parelhas com o aspecto físico.

A raça — chamo-lhe assim para bem definir, apresen­ta-se, pois, definhada.

Está muito longe de p o ­der arcar com as responsa­bilidades que o futuro pre­para e que o presente já adivinha.

Não haverá remédio para semelhante situação?

Creio que sim, se o R a­ciocínio retomar a linha p er­dida e os homens conside­rarem nas encruzilhadas por onde enveredaram.

Sei muito bem que as pa­lavras dum insignificante e s ­criba e dum pobre grilheta como eu, não encontram eco e se dispersam nos ares tur­vos da actualidade desvaira­da ; mas também sei que Vou dormir de consciência tran­quila porque escrevi e disse o que sentia e o que pensava do problema.

A'lvaro V alente

Desforço», que se publica em Fafe e de que é Directora Isaura Pinto Bastos, transcreveu no seu número de 11 do corrente o artigo do nosso Director, intitulado «A Sinceridade», fazendo também uma gentilíssima referência ao nosso núm,ero especial de 27 de Junho.

Agradecemos uma e outra gen­tileza, muito penhorados.

— Igualmente, o nosso colega « Vida Ri b a t e j a n a » , de Vila Franca de Xira, e o «Jornal de Eivas» fizeram gentis referências ao número especial de « \ Provín­cia», publicado por ocasião das Festas P. de S. Pedro, felicitando- -nos por esse motivo.?

Agradecemos, muito penhora­dos.

— Com o N.° 1898, completou mais um aniversário, — o 4 1 .°— , o nosso prezado colega «O Cá­vado», que em Esposende se pu­blica.

Cumprimentamos o seu Director, sr. José Bernardino Amândio, e na sua pessoa todos quantos tra­balham nesse jornal, fazendo fer­vorosos votos por melhores e mais prósperos dias aniversitários.

— Acaba de aparecer o N.° 15 de «A Cooperação», revista inde­pendente de cultura, informação e divulgação técnica, que.se publica a 15 de cada mès. Com bonita capa a cores, contém 56 páginas de boa apresentação gráfica, ilus­tradas e com artigos de reconhe­cido interesse, assinados por téc­nicos, engenheiros, economistas, homens de letras, etc..

Além dum preâmbulo de feição doutrinária e informativa, com mais de 20 páginas, dedica secções aos organismos corporativos, à indústria, comércio e agricultura e páginas especializadas ás letras, vida no lar, legislação e jurisp ru­dência, cinema, ultramar, despor­tos, cultura infantil, noticiário e convívio e cooperação, pelo que a «revista» se está afirmando cada vez mais como órgão de nível e de utilidade. A redacção e admi­nistração esta instalada na Hua de Alves Torgo, 13 - r/c Esq.° — Telefone: 52459 — Lisboa, para onde pode ser endereçado todo o correio.

Era tempo oportuuo distribuiu a Sociedade Columbófila de Montijo, por casas comerciais, organizações industriais, e amigos da modali­dade. circulares s o l ic i t a n d o a oferta de prémios para as provas da Campanha da presente época, cómo, aíiás, tem feito nos anos anteriores com os melhores resul­tados. Todavia, por motivos alheios à sua vontade, não pôde ainda a Direcção da Colectividade proce­der à recolha das respostas às re­feridas circularei, não obstante ter conhecimento de que as mes­mas mereceram a melhor aceitação, por parte dos destinatários.

Libertos já dos motivos que deram origem ao retardamento, preparam-se os d i r ig e n t e s da Columbófila para visitaras firmas e particulares, a quem solicitaram os prémios, na esperança de se verem correspondidos nos seus desejos. Conhecedores da impor­tância que este assunto tem no progresso de tão interessante mo­dalidade desportiva, como é a do pombo correio, pois os prémios constituem um valioso estímulo

Leilão de PenhoresParticipa-se a todos os clientes

da Cisa Santos & Miranda, Lda., Rua da Cruz, 23 - 23 A, que serão vendidos todos os penhores com três ou mais meses etn atraso de juros, no próximo dia 29 de Agosto de 1957, pelas 13 horas.

L U T U O S AFaleceu no dia 14 do corrente na

sua residência, em Montijo, o sr. Feliciano da Costa Canastreiro, de 83 anos, casado, Jardineiro, natural de Montijo.

O funeral realizou-se no dia se­guinte, pelas 19 horas, acompa­nhado por mu tas e numerosas pes­soas das relações do extinto e de sua família.

Deixou viuva a sr. D. Albina Marques Cepinha, e era pai dos srs. António Feliciano Canastreiro, Manuel Feliciano Canastreiro, nos­sos dedicados assinantes, e da sr.“ 1). Felicidade da Costa Marques Canastreiro, casada com o também nosso estimado assinante, sr. José da Veiga Marques.

«A Província» apresenta os seus sentidos pêsames à família enlutada e em especial aos seus assinantes.

Vendem-se— CARROÇA e cavalo, estojo

completo.Trata: Germano Pereira ds Sil­

va, R. João Fernandes, 15 - Montijo.

para chamar aos concursos avul­tado número de concorrentes, que a Sociedade Columbófila não tem meios para adquirir, n ã o nos custa apelar para a tradicional boa vontade e dedicação dos amigos da Columbofilia Montijense, que são afinal todos aqueles a quem a Direcção da Sociedade se dirigiu.

Que a recolha dos prémios seja mais uma vez proveitosa e reve­ladora da simpatia que a modali­dade desfruta, são os nossos votos.

A n t ó n i o ] . Luc as C a t i t a

Vendem-se— ARMAÇÃO em ferro com v i­

dros para marquise.Informa na Rua Santos Oliveira,

9 — em Montijo.

— TERRENO na Av. Correge­dor Rodrigo Dias, zona habitacio­nal. Dão-se garantias.

Informa se nesta Redacção.

— 600 m2 de TERRENO, para construção de dois prédios, no p r o s s e g u im e n t o da Rua Serpa Pinto.

Trata Leonor dos Santos Simões, Rua Miguel Bombarda, 68 — Mon­tijo.

— MOINHO de VENTO, Aero- motor-Chicago.

Trata na Rua Gago Coutinho, 37— Montijo.

Arrenda-se— CASA para adega ou arma­

zém, com parte de casa ou sem ela, na quinta da Caneira.

Trata na Rua Bulhão Pato, 18— Montijo.

Ig r e ja E v a n g é l i c a

Horário dos serviços religiosos na Igreja Evangélica Presbiteriana do Salvador — Rua Santos Oliveira, 4 - Montijo.

Domingos — Escola dominical, às 10 horas, para crianças, jovens e adultos. Culto divino, às 11 e 21 horas.

Quartas-feiras — Culto abre­viado com ensaio de cânticos reli­giosos, às 21,30 horas.

Sextas-feiras — Reunião de Oração, às 21,30 horas.

No segundo domingo de cada mês, celebração da Ceia do Senhor, mais vulgarmente conhecida por no Eucarista Sagrada Comunhão.

Concurso H o r a F e l i z

O relógio deste concurso, que é propriedade da Relojoaria e Ouri­vesaria Contramestre, na Praça 1.° de Maio, em Montijo, esta semana parou nas:

19 horas e 35 m inutosFoi contemplado o sr. José

Eduardo Louro, morador na R. Serpa Pinto, Montijo, que tinha o cartão com a hora exacta.

E agora vamos todos inserever- -nos no Concurso Hora Feliz.

^ l í a i e i m e n t a

Teve o seu bom sucesso a sr.a D. Helena dos Santos Fonseca, residente em Montijo, a qual deu à luz uma robusta criança do sexo masculino.

Tanto a mãe como seu robusto filho encontram-se de perfeita saúde.

Cumprimentamos e felicitamos.

G e s t o d e

h o n r a d e zNo dia 14 do corrente uma

criança perdeu um anel no valor de 70 a 90 escudos, na estrada que vem do Samouco.

O sr. Florèncio Leonardo, guar­da fiscal reformado e guarda de noite da Fábrica Pinto Clara, en­controu esse anel e imediatamente o entregou à mãe da criança, a qual se limitou ao simples «muito obrigado» do costume.

Queremos ressaltar esse gesto honrado do sr. Florèncio Leo­nardo, de homem probo e digno, mas, em contraste, lamentamos que a senhora o não tivesse tam­bém reconhecido e recompensado, como era de toda a justiça.

Pois «A Província» felicita o sr. Florèncio Leonardo e tem todo o prazer em tornar público o seu acto nobilitante.

Agradecim entoM a r i a n a T e i x e i r a B a l s e i r o

M o r t a l

Elisa Balseiro Bronze Soeiro, e Alfredo Marques Soeiro, vêm por este meio agradecer ao distinto clínico sr. dr. João Filipe Barata a forma zelosa e carinhosa como sempre tratou aquela sua chorada tia, e ao mesmo tempo vêm agra­decer também a todas as pessoas que se interessaram p e la sua doença e acompanharam à última morada.

Para todos, a maior gratidão.

Obras de Alvaro Valente— «Eu», livro de sonetos,

esgotado; «D aqui.. . fala R i­batejo», contos monográficos, 30 escudos; «Pedaços desto Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto, 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravi­lhas», reportagem, 20 escudos.

Pedidos à Redacção de «A Província».

T r a b a l h o s p a r a a m a d o r e s

f o t o g r a f i a * dflrte fl p a r e I h o t f o t o g r á f i c o s

Reportagem Fotográfica

R u a B u l h ã o P o t o , 1 1 - M O N I I j Q

M I N H A T E R R A ]

B aia de Cascais, cristal rendado,Meu prim eiro brinquedo de cr ia n ça .. .E ’s véu de noiva, mar cor de esperança,Oue a lu z do S o l bordou a f i o dourado !

V elas dorm intes, quedas, na bonança,A sa s de cisne em mar encapelado ;Prendem o nosso olhar maravilhado E gravam-se, saudosas, na lem brança. . .

F a ro l da Guia, a lota, um pescador . .Janela onde fa le i ao meu am or. . .A cidadela, os parques, o p in h a l. . .

Fragas iynensas, amplidão sem fim !O h m inha terra, brumas donde vim, jE ' em ti que começa P o r tu g a l!

Maria Albertina Baela

P E L A I M P R E N S A

Page 6: (5-emanátio-...Gouveia, e do sr. José Luís Gou veia J.or, completou 8 anos. — No dia 12, a menina Maria Cristina Bernardo de Sousa, filha do nasso estimado assinante sr. José

A PROVINCIA 18-7-957

R E C R E I O E D E S P O RTO-------—H P á g i n a d e R I B E I R O N U N E S ! = ■

nares para a fusão dos três clubes, como já lhe disse. A acção foi coroada de êxito, pois em 8 de Agosto de 1946 surgia para o desporto por­tuguês o C . O. L..

— O que pensa, sobre um possível concurso de arte dramática entre as colectivi­dades ?

Há d i a s , abordámos o conhecido dirigente do re­creio e do desporto, sr. M a­nuel Furtado, vice-presidente da Assembleia Geral da S o ­ciedade Musical União do Beato e Director da Federa­ção Portuguesa das C olecti­vidades de Cultura e Recreio,— figura altamente conhe­cida e respeitada pelo seu muito querer a estas «coi­sas» — , e, depois duma chá­vena de café, surgiu a na­tural entrevista, que nos foi dada em passagens de ale­gria e satisfação e outras de descrença e aborrecimentos.

Vamos formular a primeira pergunta da praxe e d ep o is . . .

— Quando e onde começou a sua actividade em prol do recreio e desporto, e cargos que desempenhou, pergun­támos ao nosso entrevistado:

— Comecei já lá vão 23 anos, como simples vogal da Direcção da Sociedade Musical U n iã o do Beato. Depois de ter passado por diversos cargos, ascendi a presidente da direcção, ape­nas com 23 anos de idade, tendo sentido desde logo o apoio de elementos dedica­dos que, com a sua expe­riência, 'me foram bastante úteis nos s e u s conselhos sensatos. H o je , passados que foram os anos da moci­dade, olho com orgulho para a obra realizada e vejo que nem tudo foram rosas, mas os espinhos que tivessem sur­gido são bem pagos com o acrisolado amor que todos aqueles que vêm para o R e­creio são obrigados a pos­suir.

No campo desportivo, hon­ro-me em poder afirmar que fui eu que c o n v i d e i as C o m i s s õ e s do «Cheias», «Fósforos» e «Marvilense» a reunirem-se com o fim de ser tratado o assunto da fusâo. E em tão boa hora este con­vite foi aceite que, passados que foram uns m eses, surgiu com toda a sua pujança a Clube Oriental de L isboa. Não poderia ficar de bem com a minha consciência se me esquecesse d e anotar aqui o jornal «República», paladino das causas justas,, que ficou intimamente ligado- à criação do novel Clube.

Neste momento recordo-me dos grandes nomes que s*: envolveram na fu s ã o ; mas em devida altura e em local próprio terei imenso prazer em lhes prestar essa home­nagem.

— Como foi fundada a «Sociedade Musical União do Beato» ?

— Em tempos já distantes, que se remotam a Junho die 1894, existia uma Banda de música, que era privativa da Fábrica de Moagem Jo ã o de Brito, Lda. (hoje Companhia Industrial de P o r t u g a l e Colónias), nosso sócio n.° 4. Um dia os seus componentes receberam da parte dos seus patrões a incumbência de ficarem com a Banda a seu

<Qs altos poderes constituídos da Nação, deveriam olhar com mois

carinho para as colectividades de recreio, não olvidando a

Sociedade de Autores que, com os seus pesados encargos,

torna insuportável qualquer iniciativa de Arte»

* — afirmou-nos o s r . M A N U E L F U R T A D O ,

da Sociedade União do leato e Director da federaçãocargo. F s t e s convocaram uma reunião e ficou assente uma direcção de que faziam p a r t e Francisco Batalha, Artur Fernandes, Jo s é F er­reira, Luís Paulo Pinhão, António Cândido Martins e Manuel Pousadas, s e n d o este último o que criou o nome da Sociedade Musical União do Beato, que neste momento tem sobre os seus ombros as secçõ es de mú­sica, arte dramática (infantil e adultos), biblioteca, excur­sionismo, jogos diversos e campismo, não esquecendo o recreio que tem cimentado a grande família da S .M .U .B .

As instalações podem-se considerar magníficas sob todos os aspectos, atraentes para m m assa associativa e para os amigos que nos vi­sitam. No entanto, a nossa insatisfação é c o n s t a n t e , queremos mais e melhor, queremos, em suma, uma S o ­ciedade Musical muito maior.

— O Manuel Furtado, vai

dizer-nos qual a diferença que existe entre o Recreio e o Desporto e no seu enten­der se uma modalidade pre­judica a o u tra :

— No panorama geral não há dúvida que o desporto prejudica o recreio, porque a juventude caminha com mais vontade para o que é mais emotivo (neste caso o futebol), do que para a parte mais educativa (que neste caso é essencialmente o re­creio). Torna-se, portanto, necessário a captação das camadas j o v e n s , fazendo destes futuros homens que sirvam a sociedade, homens íntegros, com a plena cons­ciência dos seus deveres.

— No nosso caso, em e s ­pecial, não sentimos muito a acção perniciosa dos «fute­bolistas», pois vivemos pare­des meias com o Oriental, clube que teve o seu início precisamente na nossa sede, pois foi nesta que se reali­zaram as reuniões prelimi-

— Como membro dos C o r ­pos G erentes da Federação Portuguesa das Colectivida­des de Cultura e Recreio, terei que louvar a acção de­senvolvida por esta, no sen­tido de fomentar o gosto pelo teatro amador que tanta falta faz ao nosso povo. Não é simplesmente a propagação duma cultura de que o teatro é portador, em alta e s c a l a ; mas, mais ainda, a revelação de novos valores que, num futuro próximo, seriam estre­las no nosso débil teatro profissional.

Gostaria, contudo, que as colectividades de recreio s e ­guissem um caminho onde o teatro declamado fizesse parte integrante do reportório do grupo cénico.

N ã o tenho animosidade pelo teatro chamado de «re­vista» ; mas julgo ser o teatro declamado aquele que mais educa o associado, apesar de ser o de menos público.

— Para isso seriam neces­

sários auxílios e como pensa que se poderiam conseguir?— Manuel Furtado, que fa­lava alegrem ente , afirmou com m á g o a :

— Convém, n o entanto, frisar que os altos poderes constituídos da Nação deve­riam olhar com mais carinho para as Colectividades, não olvidando a Sociedade de A u t o r e s e Compositores Teatrais que, com os seus pesados encargos, torna in­suportável qualquer inicia­tiva no sentido da propaga­ção da Arte.

— Como elemento de des­taque das actividades des­portivas e recreativas, o que pensa da nova denominação federativa ?

— A Federação Portuguesa das Colectividades de Cul­tura e Recreio, quando con­vocar o novo Congresso, vai com certeza alterar parte dos seus estatutos. Preten­derá, em seguida, pedir ao Governo da Nação o respec­tivo diploma para p o d e r exercer juridicamente í sua benéfica acção em prol das suas Federadas, até porque S . E x .a o Ministro da Edu­cação N a c i o n a l considera que as colectividades têm cumprido a sua b e n é f i c a acção em favor das chama­das camadas populares.

— Na vida dos dirigentes há sempre episódios dignos de contar aos leitores ; quer o Furtado, contar algum?

— U m episódio apenas. M as antes disso um desabafo. Quando arranjo um pouco de tempo p a r a representar e essa representação me sai bem, fico triste e contente, embora isso, à primeira vista, pareça paradoxo. Contente por ter contribuído com a minha modesta actuação para a passagem duns momentos em convívio com a Arte.

(Conclui na página 5)

D O I S O F Í C I O S Q U E M U I T O N O S S E N S I B I L I Z A R A M :

Ç J j e f f í l e n & e c A t L é t i m È t a b e Futebol Clube de LisboaL I S B O A

Lisboa, 2J - 6-/7

S en h o res '.

Como membro da Secção C u ltu m l desta colectividade, fu i incumbido de vos agra­decer a amável e valiosa ajuda que nos prestam, en- viando-nos vosso Semanário.

Peço imenso perdão de tã > tarde vos agraaecer; mas só cm 22 do corrente nos fo i comunicado o recebimento de « A Provincia'».

Em ja c e do passado e do presente, prevejo vossa va­liosa colaboração e ajuaa, para que levemos a cabo nosso intuito ao fundarm os esta Secção.

P e la leitura do vosso heb- dom adário verifico que se consdgram à cultura e desen­volvimento de um povo, (q u e infelizm ente se encontra bas­tante atrasado) e à elevação do nível social do pais que ( sejam os nobres na co n fis­são / está nesse campo uma lástim a.

A o fu n da rm os esta secção, j o i nosso intuito

i ° — M o d ifica r o ambiente que geralmente se observa nestas agremiações, muito

embora mantivéssemos um fo r te espirito colectivista.

2. ° — C ria r ambiente pro­pício para fra n ca camara­dagem e absoluta confiança, na convivência de sócios e sócias nu forasteiros.

j .° — Tentar despertar in ­teresse pela cultura.

P a ra r e a l i z a ç ã o d f st as aspirações, o nosso programa consiste e m :

— Fundação de biblioteca, que conta já cerca de 230 volumes.

—• Sessões de cinema, com filmes amàvelmente cedidos pelas Em baixadas do C a ­nadá e França e pelo T u ­rism o Francês.

— R ecita l de poesia e bai­les.

N ão Lamentando 0 tempo e esforço dispendidos, con­fe s so que os resultados não tèm correspondido muito ao gosto de nossas aspirações.

Agradecem os i m e n s o e certo de que continuarão colaborando com vossa va­liosa ajuda, atenciosamente, em nome da Secção C ultura l do T . A . C „ me subscrevo

(3) Manuel João Martios Sanches

Lisboa, 9-7- J 7S r. Director do Jo rn a l «A P ro vin cia »M ontijo

S r. D irector

T e m o s r e c e b i d o c 0 m grande regularidade o jo r n a l que V . tão proficientem ente dirige, contando grande nú­mero de leitores entre a nossa massa associativa, que 0 lèem com g era l agrado.

N ão podemos d eixa r de felicitar V. pelo acerto na escolha do núcleo de colabo­radores de que soube rodeat- -se, pelo valor literário atin­gido, pela óptima disposição e apresentação g rá fica , que colocam «A P ro vín cia » num ponto digno de admiração.

Como vim os pugnando pela causa desportiva, cultural e recreativa, não podetiam os f ic a r indiferentes ao apoio que « A P r o v í n c i a » vem dando à nossa causa, inse­

rindo largo noticiário das Colectividades nossas congé­neres, o que é tanto mais para agradecer quanto é certo que è pequena a per­centagem, senão nula, dos membros da Im prensa e R á­dio que se dignam dar-nos o stu apoio.

M uito gratos ficaríam os a V. se na vossa agenda inscrevesse a nossa colectivi­dade entre as que fu tu ra ­mente serão honradas com a visita de um representante de <í A P ro v ín cia ».

Renovando os nossos cum­primentos e augurando a «A P ro vin cia » as maiores prosperidades, subscrevemo- -nos, com a m aior conside­ração,

D e V .M uito Atentam ente

Futebol Clube de Lisboa P e la Direcção

(a) Francisco J . Candeios Secretário G eral

N. R. = Nada têm que nos agradecer. Cumprimos apenas 0 programa que impusemos a nós mesmos, desde a primeira hora. Assim continuaremos na luta insana pelo «Recreio e Desporto», aliados à Cultura Geral que tanto ambicionamos.

Podem os populares Clubes contar sempre com 0 nosso decidido apoio, e com 0 nosso reconhecimento pelas pala­vras cativantes que nos dirigiram.

— Obrigados, muito obrigados, — nós !