4º trimestre de 2013 lição 05 - cuidado com aquilo que falamos

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01/11/13 Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-sdvv-4tr13-ocuidadocomaquiloquefalamos.htm 1/17 Home Estudos EBDDiscipulado Mapas Igreja Ervália Corinhos Figuras1 Figuras2 Vídeos Fotos Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que Falamos LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa - A atualidade de Provérbios e Eclesiastes. Comentário: Pr. José Gonçalves Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm TEXTO ÁUREO "Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos" (Pv 16.24).

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Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que FalamosLIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa - A atualidade de Provérbios e Eclesiastes.Comentário: Pr. José GonçalvesComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaQuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS EEXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

TEXTO ÁUREO"Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos" (Pv 16.24).

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VERDADE PRÁTICAAs nossas palavras revelam muito do que somos, pois a boca fala do que o coração está cheio.

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LEITURA DIÁRIASegunda - Pv 15.23 Falando no tempo certoTerça - Pv 15.2 A língua como adorno da sabedoriaQuarta - Pv 6.17 A língua que DEUS aborreceQuinta - Pv 16.24 A língua como instrumento de curaSexta - Pv 16.21 O saber pela doçura no falarSábado - Tg 3.8 A difícil arte de domar a língua LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Provérbios 6.16-19; 15.1,2,23;16.21,2416 Estas seis coisas aborrece o SENHOR, e a sétima a sua alma abomina: 17 olhos altivos, e língua mentirosa,e mãos que derramam sangue inocente, 18 e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que seapressam a correr para o mal, 19 e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entreirmãos.1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. 2 A língua dos sábios adorna a sabedoria,mas a boca dos tolos derrama a estultícia.23 O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!21 O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.24 Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos. As sete coisas que DEUS aborrece são de Belial (6:16-19) - Estudo no Livro de Provérbios - Antônio Nevesde Mesquita Estas sete coisas naturalmente são do tal Belial; só uma pessoa igual a ele pode usar olhos, línguas. mãos,coração e pés para o mal. Examinemos rapidamente todos estes dons maléficos, sejam de um Belial ou de outroigual.(1)Olhos altivos, arrogantes, como de quem domina o tempo e as estações, e não quer dar contas a ninguém.Há gente assim: olha para nós como se fosse senhor de tudo. Normalmente, tais pessoas são justamente asmais carecedoras de poder e de caráter, pois não cabe arrogância em ninguém, pelo simples fato de todossermos pobres criaturas de DEUS, uns com mais e outros com menos capacidade, menos dinheiro ou menosoportunidade. De modo geral a humildade é uma grande virtude que os olhos arrogantes não possuem.(2)Língua mentirosa (v. 17) (Leia Tiago 3:1-12). Nós, os que lidamos com o povo, sabemos bem o que significa

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uma pessoa mentirosa, de canto em canto cochichando nos ouvidos dos incautos e inoculando veneno contraalguém. Os mentirosos são capazes de grandes invenções malignas, de apresentar o impossível e fazê-Iopassar por algo verdadeiro. As igrejas sofrem muito com tais pessoas, maledicentes, boateiras. Tiago tem umcapítulo clássico sobre a língua, que vale a pena examinar. Meus Irmãos... se alguém não tropeça no falar, éperfeito verão, capaz de refrear também todo o seu corpo (Tiago 3:1, 2). Para dar as tintas completas, Tiagocompara a língua ao queixo de um cavalo, ao qual se bota freios para o conter. É um pequeno membro capaz deincendiar o inferno; mundo de Iniqüidade, pão em chamas toda a carreira da existência humana (Tiago 3:6, 7).Tiago tem o mais completo repertório de vocabulários ferinos a respeito da língua, o membro de tão relevanteutilidade, pois com ela louvamos a DEUS e com ela amaldiçoamos o próximo. Que beleza ouvir um discurso, umbom sermão proferido por lábios que movimentam uma língua admirável! Sem ela, o homem perde o maisimportante órgão do seu corpo. Ouçamos um declamador ou declamadora enaltecendo as belezas do Criador ouda criação, e vejamos como somos elevados aos píncaros da sublimidade, do louvor, do amor. Ouçamos omentiroso, como degrada e avilta uma pessoa, a rebaixa e até aniquila, sendo capaz de lhe roubar a honra e afelicidade. Uma intriga que envolva a honra de uma donzela, de uma senhora casada, a honestidade de umcomerciante, seja lá o que for, e depois verifique-se como tais pessoas rolam ladeira abaixo, até o abismo, ondese perdem para sempre. Basta. Não há necessidade de prosseguir. A língua é o melhor e o pior membro docorpo humano. Não é sem justo. motivo que se conta esta fábula. Um potentado mandou o criado preparar omelhor prato que pudesse inventar. Este então preparou uma língua. No dia seguinte, o potentado ordenou quelhe trouxesse o pior prato que pudesse ser inventado. O criado de novo preparou um prato com língua. Opotentado então, admirado, perguntou por quê? A resposta foi: A língua é a melhor coisa que há, e também apior.(3) Mãos que derramam sangue (v. 17). Que procissão enorme poderia fazer-se dos que têm morrido às mãos desangüinários! Os pistoleiros, que matam de emboscada, como sói acontecer, especialmente no norte do Brasil,e também noutros lugares, onde os inimigos políticos peitam um sanguinário para eliminar o adversário a trocode meia dúzia de cruzeiros. Que se pode dizer de tais indivíduos? Que são desalmados, diabólicos e merecemigual pena. Não há pena de morte no Brasil, e dizem os penalistas que este remédio heróico não produz osresultados esperados, tanto assim que os países onde há pena de morte, como a forca na Inglaterra, a cadeiraelétrica ou câmara de gás na América do Norte, estão abolindo a pena.Sejam quais forem os resultados de tais processos de punição, parece certo que quem mata devia morrer, e aospoucos, para poder avaliar o quanto vale uma vida. Isto é maldade que DEUS aborrece, porque a vida foi dadapor ele e ninguém tem o direito de atentar contra ela, a não ser, como vimos, em caso de punição social.Poderíamos encher páginas com esta forma de matar, invocando o preceito mosaico, em todos os seus maisvariados pormenores, a começar pelo verso 13 do capítulo 20 de Êxodo, de onde promana toda a legislaçãomosaica a respeito da vida. Mas os leitores destas notas estão fartos de saber o que diz a Bíblia e de veremcomo a sociedade hebraica estava doutrinada a respeito. Quando estendemos a mão para dar uma esmola, queestamos fazendo? Procurando salvar uma vida. Quando damos um remédio, que fazemos? Pretendemos ajudaruma pessoa a viver mais. Quando se fala em orfanatos, creches, asilos, ambulatórios, hospitais e toda umagama de organizações sociais, que estamos lendo, ouvindo ou fazendo? Poupar vidas! Apenas salvar vidas.Pois então o pistoleiro, o assassino, que por qualquer coisa tira a vida do semelhante, é algo que já deixou osquadros humanos, para se converter num.. . Que palavra serviria aqui?(4) Coração que trama projetos Iníquos (v. 18). Vejamos outra vez Prov. 4:23. É do coração que provém todo omal. o assassino, que tira a vida de outrem, concebeu antes o crime no coração. O que difama a mulher dopróximo já arquitetou a maldade no coração. Do coração é que provém todo o mal, na linguagem de JESUS (Mat.15:19). A Bíblia usa cerca de 79 vezes a palavra coração, em referência aos deveres da vida. É talvez a palavramais usada em todos os sentidos, quer no bom, quer no mau. O coração que trama projetos Iníquos é umcoração que DEUS aborrece e abomina. Então, cuidado com os sentimentos que se aninham em teu coração.Vigia esse órgão admirável, policia-o e cuida a fim de ele não pulsar no planejamento do mal, contra DEUS e teupróximo.(5) Pés que se apressam a correr para o mal (v. 18). Quantas passadas se dão em sentido negativo do bem-estar da vida! Quantas vezes uma perna quebrada, é ou será uma bênção? Mesmo que nós, do grupoevangélico, não andemos à cata do mal, nem por isso estamos livres de andar para fazer algo ruim. Multasvezes damos passos para arruinar a nossa própria vida. Este autor ia certo dia fazer um negócio que lhe pareciamuito duvidoso quanto ao seu valor comercial. Poderia resultar em perder o pouco que tinha. No caminho orou -"Senhor, se este negócio não presta, que eu quebre as pernas antes de chegar ao local do mesmo." Poderáparecer um pecado, mas foi cometido. Seria preferível ficar deitado num hospital por uma quinzena ou mais. enão fazer um mau negócio, que o poderia arruinar por anos. Mesmo aceitando que os pés dos crentes nãocorrem para o mal, ainda assim quantas passadas erradas se dá para o mal. Quando este autor era pastor deuma igreja no norte, havia multa "trancinha", muito "diz-que-diz-que" na igreja. Ele se via tonto. Recorreu a umdiácono dos mais ativos, para que o ajudasse. Certa noite, disse ao diácono: "Aquela encrenca entre fulana ebeltrana está morta." Ele respondeu: "É isso que o senhor crê, mas não é o que vai acontecer." Depois soubeque, tão depressa o pastor foi embora, ele, o diácono, foi à casa onde a paz tinha sido selada e incendiou tudo

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outra vez. O pastor verificou que a vida do diácono consistia em andar de casa em casa, levantando mexericos eintrigas. Que fazer comtal pessoa? O pastor chamou o diácono e o intimou a pedir carta para outra igreja, senão seria eliminado. Pediua carta e se foi, mas continuou a sua obra diabólica na igreja. São pés que correm para o mal.(6) Testemunha falsa que profere mentiras (v. 19). Mentir num tribunal, onde se procura averiguar a verdade, é oprocedimento mais abominável que uma criatura pode praticar. Mas pratica-se.Um professor de educandário batista foi demitido sem causa e sem motivo. Pura política. O demitido reclamoumultas vezes, mas sem resultado. Pediu a outros batistas que o ajudassem, mas também sem resultado.Vendo-se injustiçado, apresentou a sua reclamação a uma junta de Conciliação do Ministério do Trabalho. Essajunta deu-lhe ganho de causa e mandou reintegrá-lo. Quando isso aconteceu, a instituição, por sua diretoria,chamou-o e fizeram as pazes. Foi recebido de novo na instituição. Aconteceu que o advogado da instituição,zangado com o acordo, apelou da sentença contra a vontade da diretoria da instituição e às escondidasprosseguiu com a causa. Um belo dia deu-se o julgamento no Tribunal Regional do Trabalho. Como o ditoprofessor estivesse ausente, por ignorar o que se passava, o advogado, diácono de uma igreja batista, dissetudo que bem entendeu; mentiu, destratou o pobre professor, e de tal modo, que o Tribunal entendeu que oreferido professor era mesmo um homem perigoso e demitiu-o, mandando indenizá-lo de acordo com a lei. Agorapergunta-se: Como é que um diácono batista pode proceder assim, mentindo num tribunal profano? É o que aBíblia condena, mentir, e especialmente num tribunal. Ao referido diácono nada aconteceu e o seu pastor nadadisse e nada fez. O pastor desse diácodo era um dos diretores da instituição. Que dizer de uma coisa destas? Ira um tribunal mentir contra seu irmão de crença é uma abominação. Essa testemunha é abominável a DEUS.Nunca aconteça que cheguemos a tal condição. A mentira já é coisa do Diabo. Ninguém deve mentir, masmentir num tribunal, onde se procura apurar a verdade, deve ser a abominação das abominações. Será umapessoa que mente num tribunal uma pessoa crente? É difícil afirmar, pois a mentira é do Diabo, que é mentirosodesde o princípio, pois foi por uma mentira que a humanidade toda se arruinou e para sempre (Gên. 3:4).Satanás garantiu que a mulher não morreria, quando DEUS havia dito que morreria no dia em que comesse daárvore proibida. Morreu mesmo. De lá até agora e daqui até o fim, o Diabo continuará a mentir e a ter os seuslacaios para o ajudarem nessa obra satânica. Basta, basta. O arsenal de fatos delituosos causados pela mentiraé muito variado, e quase todos nós o conhecemos. Portanto, BASTA!(7) E o que semeia contendas entro irmãos (v. 19). Seis coisas DEUS aborrece e a sétima ele abomina. O quesemeia contendas entre os irmãos aparece aqui como o pior de todos. Não é. Apenas um clímax de Provérbios,em que a escala vai aumentando. Todavia, o que semeia contendas entre irmãos, a que desune a famíliahebraica ou cristã, deve ser mesmo um abominável, porque da intriga ou contenda nasce tudo que há de pior.Começa por separar o que deveria estar unido e junto; cria o mal-estar onde deveria haver amor; prepara paraoutros desenvolvimentos, que podem levar muito longe, ao crime até, se DEUS não intervir. Quantas contendasentre irmãos nas igrejas, por causa de um semeador de intrigas! Falem ospastores e líderes de igrejas. Eles sabem disso, porque já sofreram na carne os efeitos de tal semeaduradiabólica.Este provérbio devia ser, em Israel, uma espécie de cartilha, um manual que todo israelita saberia de cor,transpondo para o grupo dos provérbios, como o encontramos aqui. Seria uma espécie de trocadilho, que seproferiria ocasionalmente. Pensa-se, seria uma forma didática para uso nas escolas, onde o mestre perguntariaao aluno: Quais são os sete pecados mortais? O aluno responderia na ponta da língua. Para nós são bastanteclaros, pois todos temos ciência dos seus efeitos, de um modo ou de outro.

OS CAMINHOS DA VIDA E OS SEGREDOS DE UM CORAÇÃO SINCERO (15:1-35)O controle no falar e na conduta, de modo a manter uma atitude segura na vida, são os pensamentos centraisdeste capítulo. As atitudes intempestivas, seja no falar, seja em qualquer outro campo de atividade humana,sempre produzem maus resultados.Os olhos do Senhor estão sobre toda a terra e sobre todos os homens - (II Crôn. 16:9; Prov. 15:1-7)Não há campo que escape a esta observação divina. Por isso, aconselha o sábio: A resposta branda desvia ofuror, mas a palavra dura suscita a ira (v. 1). Em nossos contatos individuais, se esta norma fosse seguida,teríamos evitado muitos contratempos. A dureza de palavras nasce, muitas vezes, de uma disfunção do fígado,mas também de mau costume ao tratar com os outros. A língua serena é árvore da vida (v. 4). Outra vez vem areferência já estudada tantas vezes a respeito da "árvore da vida", e aqui aparece ela como um resultado dalíngua serena, tranqüila e sossegada. Talvez isso, em parte pelo menos, seja um resultado da educaçãodoméstica, porque o verso 5 fala do (filho) insensato, que despreza a instrução do pai, talvez para seguir ainstrução da rua. Os pais modernos são vítimas das influências da rua, pois os seus filhos são influenciadospela má conduta de tantos filhos desviados. Isso é ainda reforçado pelo verso 7, que diz: A língua dos sábiosderrama alimento, mas o coração do insensato não procede assim. Isso tudo junto ao fato de que na casa dojusto há fartura, mas a renda dos perversos é perturbação (v. 6). Todos estes ensinos se entrelaçam paradestacar a verdade central da moderação da língua.

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A RESPOSTA BRANDA. Quando estamos diante de alguém irado, uma resposta branda facilitará areconciliação e a paz (cf. 1 Sm 25.21-34), ao passo que palavras duras despertam ainda mais a ira e ahostilidade (ver Cl 4.5,6).

Os conselheiros se alegrariam em dar respostas adequadas, porque uma palavra dita a seu tempo é boa (v. 23).Um bom conselho, quem o menospreza? Só o tolo o enfatuado. O soberbo e o presunçoso também são visadosnesta série de conselhos, como vemos no verso 24, onde o entendido acha o seu caminho para cima, porquepara baixo está o Sheol. Olhe para cima e viva. Porque em cima está o Senhor.

Exortações para se adquirir a sabedoria (vv. 16-21)A sabedoria aqui preconizada é mais de natureza moral do que intelectual; é a sabedoria para viverhonestamente, pois esta é a verdadeira. Sabedoria que não ajuda a viver não é sabedoria. Esta sabedoria émelhor do que o ouro, o mais excelente que a prata (v. 16). Os dois metais mais valiosos na antigüidade não secomparavam com o saber viver, por isso é que o caminho dos retos é desviar-se do mal (v. 17). Esta é asabedoria. Mas há gente tão soberba e cheia de si e da sua justiça própria, que não entende que o que guarda oseu caminho preserva a sua alma (v. 17). Alma aqui também tem o sentido de vida (nephesh). A morteprematura de muitos resulta do pecado, do desvio do caminho. Os antigos viviam muitos anos e até séculos. Porquê? Por motivos diversos, é certo, mas também porque o pecado não havia ainda tomado conta de tudo comoatualmente. Por isso o que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor esse é feliz (v. 20). Nãose vive debalde; cada um colhe o que semeia. Se alguém segue o Senhor, esse será galardoado; o contráriotambém é verdade. Por isso é que o sábio de coração é chamado prudente e a doçura no falar aumenta o saber(v. 211). Tudo nessa seção se relaciona com o bom viver, que constitui sabedoria e a melhor sabedoria da vida,ensino continuado na seção seguinte, versos 22-26. Se Salomão foi autor destes provérbios, como se crê, entãoo elemento que predominava em Israel era a alegria do saber viver. Depois, tudo mudou. Ele desprezou estasabedoria e caiu no pecado da idolatria, arruinando a sua vida e a da sua nação, e até mesmo o reino doMessias, que entrou em colapso. Tudo quanto esse viver aqui preconiza é desfavoravelmente apresentado noverso 21, em que o insensato, o falho de saber viver, recebe isso como castigo. Nada justifica a insensatez decertos homens e mulheres, que querem viver o seu estilo de vida como se não houvesse DEUS. É por isso quecertos escritores se aventuram na filosofia de que -"DEUS está morto". O fato é que o coração do sábio émestre da sua boca, não fala inconveniências (v. 22). O verso-chave é o 25, que diz: Há caminhos que parecemdireitos ao homem, mas afinal são caminhos de morte. Isto vale por afirmar ser o homem incapaz de saberconduzir-se na vida, para dela tirar o melhor. Os caminhos do homem não são os caminhos de DEUS, e é porisso que o mundo e a vida vão mal. A ignorância da Bíblia é que resulta na história triste da vida humana, quandoa verdade, e só a verdade, deveria ser o Vade-Mecum do homem e da mulher, mas não é. Não precisamos dizermais. Basta.

"O que guarda a sua boca e sua língua, guarda das angústias a sua alma". (Pv 21:19).Com razão disse Tiago: "Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse homemé perfeito, e capaz de refrear todo o corpo". Quem nunca fez uma fofoca? Quem nunca disse mal de alguém?Quem nunca praguejou, ainda que de forma clássica? Quem nunca murmurou? Quem nunca proferiu umamentira, ainda que comercial ou emergencial? Quem nunca discutiu e na discussão feriu com palavras? Quemnunca disse algo que não deveria ter dito? Estes são os pecados sociais da língua.Domar a língua é um processo diário e que exige muito auto controle, disciplina e compromisso com a práticados princípios bíblicos que devem nortear nossa vida. Quando o cristão mostra equilíbrio no falar, significa que oESPÍRITO SANTO está construindo nele o caráter de CRISTO. Pedro disse que JESUS nos deixou o exemplo,para que seguíssemos as sua pegadas. Ter a mente de CRISTO (1 Co 2:16) também é falar como CRISTO faloue agir como Ele agiu. Nós falamos aquilo que pensamos. "A boca fala do que está cheio o coração". (Mt 12.34).Quem afirmou isto foi o Mestre por excelência, JESUS.

BOCAEste órgão físico, que na maioria das vezes expressa as intenções do coração, é utilizado de variados modos. Eo órgão utilizado para comer e beber (Jz 7.6; 1 Sm 14.26,27; Pv 19.24). A terra e o Seol são ilustrados comotendo bocas (Gn 4.11; Is 5.14). A palavra também se refere a uma abertura (Js 10.18,22,27). No entanto, a boca é geralmente o órgão da fala (Gn 45.12; Is 9.17) e muitas expressões idiomáticas a utilizamneste sentido. Ser de boca pesada significa de fala lenta (Êx 4.10), e a expressão boca lisonjeira significa umdiscurso adulador (Pv 26.28). Falar "boca a boca" significa falar pessoalmente (Nm 12.8). "Com uma só boca"ou "a uma só voz" significa consenso (Js 9.2; 1 Rs 22.13). Colocar palavras na boca de alguém é sugerir o que ooutro deve dizer (Ex 4.15; 2 Sm 14.19). Tapar a boca com a mão significa ficar em silêncio (Jz 18.19; Jó 21.5).Pedir conselho à boca de DEUS é consultá-lo (Js 9.14). Erguer a boca contra os céus significa falar

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arrogantemente e blasfemar contra DEUS (SI 73.9). No caso de um ser ou coisa que sai da boca de outro,significa ser o ministro ou servo deste (Ap 16.13,14; 9.18,19; 11.4,5; 12.15). O termo boca também é usado nosentido de "porta-voz" (Êx 4.16; Jr 15.19). Bibliografia Konrad Weiss, "Stoma", TDNT, VII, 692-701.

LÍNGUA 1. Órgão muscular alongado, móvel, situado na cavidade bucal que serve para a degustação, para a deglutição epara a articulação dos sons da voz (Lm 4.4; Jó 29.10; Jó 20.12). "Qualquer que lamber as águas com a sualíngua, como as lambe o cão, esse porás à parte" (Jz 7.5). 2. E também utilizada por sinédoque para pessoa como na frase "minha língua exultou" (At 2.26; cf SI 52.2; Pv26.28; Is 45.23; Tg 1.26). Às vezes, a expressão "toda língua" significa "toda pessoa", independente do idiomaque fale (Is 45.23; Fp 2.11). Ela é, também, objeto de discurso, tanto para o bem como para o mal. Amor e bondade podem estar na língua,isto é, no discurso (1 Jo 3.18; Pv 31.26) tanto quanto a insolência, a falsidade, e a calúnia (Js 10.21; SI 78.36;15.3). Ela pode ser lenta (Êx 4.10) ou tão rápida quanto a pena de um escritor habilidoso (SI 45.1). Imperfeiçõesmorais são atribuídas a ela, como arrogância (SI 12.3), engano (SI 52.4) e mentira (Pv 6.17). Ela também é uminstrumento de louvor (SI 51.14; 126.2; Is 35.6). É uma palavra usada também como sinônimo para idioma ou dialeto (Dt 28.49; At 1.19). Também é usada emreferências a animais, incluindo o cão (Êx 11.7; SI 68.23), a víbora (Jó 20.16), e o crocodilo (Jó 41.1). A palavra designa também o que, por seu formato, lembra uma língua. Assim, "uma barra [língua] de ouro" (Js7.21,24) e "a baía [língua] do mar" (Js 15.2,5; 18.19; cf. Is 11.15). Alguns usos metafóricos da palavra tambémsão importantes: A "insolência da língua", ou "a violência da língua", significa abuso verbal (Os 7.16), enquanto a"contenda das línguas" e o "açoite da língua" significam amaldiçoar e irar-se (SI 31.20; Jó 5.21). "Curvar a língua"ou "estender a língua" significaproferir falsidades maliciosas (Jr 9.3) e, "aguçar a língua" denota uma fala cortante (SI 140.3). "Usar a língua"significa lisonjear (Jr 23.31), e "ferir com a língua" significa caluniar (Jr 18.18). "Esconder debaixo da língua"significa esconder-se na maldade (Jó 20.12), e a palavra de DEUS na língua é um sinal de inspiração (2 Sm23.2). "Deitar para fora a língua" significa zombar (Is 57.4) e, "dividir" a língua dos ímpios é levantar dissensão

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entre eles (SI 55.9). "Morder a língua" é um sinal de fúria, desespero e tormento (Ap 16.10). A passagem bíblica mais importante com relação ao uso certo ou errado da boca e da língua é Tiago 3.1-12.Tiago compara o poder ou a influência da língua com o leme de um navio, com uma fagulha que coloca umafloresta em chamas e com uma serpente indomável cheia de veneno mortífero. Sabedoria para Usar a Língua (Tiago 3:1-18) - James, por Hendrickson Publishers - EdiçãoContemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.À semelhança das igrejas de Paulo, a de Tiago era uma igreja do ESPÍRITO.Embora nela houvesse cargos formais, como o de presbítero (5:14), não havia um processo de ordenação, nemescolaridade exigida para que o oficial tivesse licença para ensinar e pregar. Por conseguinte, era relativamentefácil que pessoas dotadas de alguma habilidade, mas de motivação mundana, se oferecessem para servir comomestres. (Nossos processos modernos de seminário mais ordenação fazem que a licença para ensinar e pregarexija mais tempo, mas não impedem a motivação errada. Ao contrário, fazem que tal pessoa se tome umelemento mais permanente no seio da igreja). Tais mestres destituídos de vocação criticavam os demais eformavam “panelinhas” na igreja; outros membros de igreja imitavam-nos, falando mal deles. A reação de Tiago éconvocar a igreja para que controle a língua, expondo as marcas do ESPÍRITO de DEUS, e finalmentedenunciando a motivação humana de muitos crentes, na igreja.3:1 / Meus irmãos indica o início de uma seção. Não sejais muitos de vós mestres: os mestres eram importantesna igreja (Romanos 12:7; 1 Coríntios 12:28; Efésios 4:11-13), mas a igreja também estava sendo prejudicada porfalsos mestres (e.g., 1 Timóteo 1:7; Tito 1:11; 2 Pedro 2:1). Era fácil falsificar o dom do ensino, bastando que ofalsário fosse bastante eloqüente. Mas era bem certo que,quando uma pessoa se apresentava “voluntariamente” para ensinar, em vez de ser impelida pelo ESPÍRITO,seus motivos mundanos com a toda a certeza se manifestavam em ciúme, contenda ou heresia. Tiago valoriza oministério, mas percebe que sua atração e poder sociais tornam-no perigoso, e que a pessoa deve ser relutanteem investir nele a vida.O perigo do ministério é, primeiramente, pessoal: receberemos um juízo mais severo. Se cada palavra vã entraráem julgamento, quanto mais as palavras dos que trabalham com palavras? (Mateus 12:36) Se os mestresjudaicos deverão ser julgados com severidade, quanto mais os mestres cristãos? (Mateus 23:1-33; Marcos12:40; Lucas 20:47) Um exame das condenações do falso magistério tanto nos evangelhos como em 1 e 2Pedro, e em Judas, demonstram que, semelhantemente ao que diz respeito aos presbíteros (1 Timóteo 3; Tito1), o modo de viver do mestre é mais importante do que suas palavras. Os mestres eram primordialmentemodelos e, em segundo plano, instrutores intelectuais. Ao reivindicar a posição de mestres, colocavam sua vidae suas palavras sob a égide de DEUS, que os responsabilizaria pelo desvio do rebanho, quer mediante apalavra, quer mediante o exemplo.3:2 / O perigo aumenta muito pelo fato de que todos tropeçamos em muitas coisas. Tiago menciona umprovérbio que significa que os cristãos não apenas pecam com freqüência, mas também pecam de muitasmaneiras diferentes. Esta verdade é reconhecida por toda a Escritura: 2 Crônicas 6:36; Jó 4:17-19; Salmos 19:3;Provérbios 20:9; Eclesiastes 7:20; Romanos 8:46; 1 João 1:8. Dizendo sealguém não tropeça em palavra, Tiago focaliza um pecado especial que o preocupa: a língua solta. Anecessidade de controlar a língua era bem conhecida no judaísmo e no cristianismo (Provérbios 10:19; 21:23;Eclesiastes 5:1; Siraque 19:16; 20:1-7). Tiago salienta aqui, como o fez em 1:26, a importância de controlar alíngua, pois afirma a respeito de quem for capaz de domá-la: esse homem éperfeito, e capaz de refrear todo o corpo. Isto significa que tal pessoa é madura, tem caráter cristão completo(1:4) e, assim, capacitada a enfrentar todas as provações e tentações, e a controlar todos os impulsos maus(1:12-15). É como disse Ben Zoma: “Quem é poderoso? Aquele que subjuga suas paixões”. Ou como perguntouAlexandre da Macedônia aos anciãos do sul: “Quem é o herói? Responderam-lhe: Aquele que controla suaspaixões más [yêser hâ-râ]” (m. Aboth 4:1). Tiago caminha um passo à frente dos rabinos. O controle dos mausimpulsos é bom (e Paulo concorda com Tiago, 1 Coríntios 9:24-27), mas os impulsos mais difíceis de controlarsão os da língua. Mantenha pura a fala, e o resto será fácil; eis a marca do cristão maduro.3:3-4 / Tiago ilustra sua tese, “controle sua língua e você será capaz de controlar todo o seu ser”, mediante umasérie de analogias.Primeiro ele pensa em cavalos, que são maiores e mais velozes do que os seres humanos. No entanto, quandopomos freios na boca dos cavalos nós os controlamos: não só a cabeça, mas o animal inteiro é forçado a ir paraonde o cavaleiro desejar.Uma segunda analogia é tirada dos navios. Os navios constituíam uma das maiores estruturas que os primitivoscristãos conheceram. Se até um barquinho de pesca impressionava, quanto mais um navio mercante em plenooceano? Mais impressionantes, todavia, eram as forças que o compelem, os ventos capazes de vergar árvores eespalhar as nuvens. Entretanto, a despeito de todo seu tamanho e peso, um leme pequenino, do formato de umalíngua (pequenino pelo menos quando comparado ao tamanho do navio, ou ao poder do vento), movimentado pelopiloto, podia mudar a direção do navio. São dois exemplos impressionantes, ou analogias do adágio: “controle alíngua e você controlará tudo”.

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De certo modo, Tiago mudou um pouco sua argumentação, enquanto elaborava suas ilustrações. Ele haviacomeçado dizendo: “Se você puder controlar a língua, você será um gigante espiritual capaz de controlar o restodo corpo”. As ilustrações de Tiago são agudas: “Se você controlar a língua, você controla o resto do corpo”.Todavia, esta mudança permite a Tiago mover-se no sentido de conscientizar-se de que a língua com freqüência incita a pessoa a agir: primeiramente, você expressa com palavras uma idéiaproibida e, a seguir, você lhe dá expressão física; primeiro, você se mete numa conversa lasciva ou numadiscussão acalorada e, a seguir, comete adultério ou assassinato. É para esse poder da língua que Tiago sevolta agora, mas ambas as idéias, a dificuldade em controlarmos a fala e seufantástico poder, estão ativas em sua mente.3:5 / Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas: na verdade a língua épequenina, mas quanta reivindicação pode ela fazer como responsável por grandes eventos para o mal, ou para obem! Com muita freqüência os resultados foram malignos, mas a língua gabou-se com o máximo orgulho; opróprio emprego do verbo “gabar-se” leva à memória do leitor as freqüentes condenações de Paulo a quaisquervanglórias, e que só deveríamos gloriar-nos em CRISTO (Romanos 1:30; 3:27; 11:18; 2 Coríntios 10:13-16;Efésios 2:9). A língua é como um pequeno fogo que pode incendiar um grande bosque; pode tratar-se de umbosque palestino ressecado ao sol de uma longa seca, ou de uma encosta montanhosa do sul do nosso país.Alguém acende uma fogueira, sem cuidados, ou atira um fósforo aceso; a ação é irreversível, porque o fogoprimeiro estala, depois ruge, e logo estará devorando alqueires e mais alqueires de madeira, rápido como ovento.3:6 / a língua também é fogo: É assim que Tiago começa a traçar quadros quase psicodélicos do mal produzidopela língua. À semelhança do fogo, a língua é destrutiva. Basta que nos lembremos da oratória de um AdolfHitler para que fique sublinhada esta verdade. A língua não é só destrutiva, ela é um mundo de iniqüidade; ou,como afirma uma tradução alternativa, “um mundo de injustiça”.O mundo de injustiça está ocupando seu lugar entre os nossos membros. Ela contamina todo o corpo. O mundoé algo que o cristão em geral considera “lá fora”. Tiago aponta para sua própria boca e diz: “O mundo está aquidentro”. A língua descontrolada é a encarnação e a sede dos impulsos maus do corpo. A língua não se limita emseus efeitos à sua própria área, visto que espalha a iniqüidade,ou contamina todo o corpo. A pessoa inteira é atingida pelo fragor de sua língua. Entretanto, cada palavra vã serájulgada (Mateus 12:36).Além do mais, a língua inflama o curso da natureza, e é por sua vez inflamada pelo inferno. O problema arespeito das palavras é que as conseqüências não param por aí. Os efeitos são seriíssimos. “Paus e pedraspodem quebrar meus ossos, mas as palavras não me machucam” é um conceito sem base bíblica. As chamasda língua incendeiam as paixões aumentam o furor, inflamam a lascívia.Logo, as palavras, quer sejam um diálogo íntimo, não ouvido aqui fora, pois não houve fala, quer sejampronunciadas, transformam-se em ação. As emoções, o raciocínio, o corpo todo se envolve incontrolavelmente.E qual foi a origem desse incêndio destruidor? O próprio inferno! É ali que está a prisão de Satanás e seusdemônios. Aquela discussão teria sido inspirada pelo ESPÍRITO de DEUS? Não. Foi inspirada pelo diabo. Aschamas do fogo, do preconceito, do ciúme, da inveja e da calúnia projetam-se do lago de fogo.3:7-8 / Tendo pronunciado uns conceitos pesados a respeito da língua, Tiago se empenha agora em comprovarsua tese com minúcias. Seu principal quesito é que a língua, isto é, a palavra humana, é desesperadamenteperversa. Tiago inicia com uma analogia da natureza: Toda espécie de feras, de aves, de répteis e de animais domar se doma, e tem sido domada pelo gênero humano. O argumento de Tiago não é científico. Não lheinteressaria saber que ninguém havia ainda conseguido domar o rinoceronte, e que em seus dias ainda nãohaviam chegado notícias sobre tubarões assassinos; tampouco está Tiago interessado em saber sedeterminado animal foi totalmente domesticado.Basta-lhe saber que felinos e grandes macacos ficam sob total controle humano. Isto é verdade, quer se trate doprisioneiro que domestica um camundongo ou um rato, em sua cela, quer se trate do dono de um elefante quetransporta um príncipe indiano, ou o encantador de serpentes na praça, ou o passarinheiro cujas aves lheobedecem o comando. Tudo isto já era conhecido no passado (temsido domada), mas não pertence a certa idade de ouro, meio esquecida — trata-se de experiência do presentetambém (se doma). Além de tudo, o conceito aplica-se às quatro principais categorias de vida animal: feras (i.e.,mamíferos), aves, de répteis (inclusive anfíbios) e animais do mar.Entretanto, que contraste quando avaliamos a língua! a língua, nenhum homem a pode domar. O problema decontrolar a língua entrava numa espécie de ditado popular das culturas hebraica e grega. Tiago não precisavaprovar a verdade dessa máxima. Não tinham seus ouvintes dezenas e dezenas de coisas que gostariam de“desdizer” ou muitas palavras que haviam pronunciado erroneamente?Não haviam aprendido dezenas de provérbios que talvez pudessem ajudá-los? “Há alguns cujas palavras sãocomo pontas de espadas, mas a língua dos sábios é saúde” (Provérbios 12:18). “O que guarda a sua bocapreserva a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios tem perturbação” (Provérbios 13:3). Certamente aspalavras de Tiago não precisam ser comprovadas perante pessoas honestas.Em vez de deixar-se domesticar, a língua é mal incontido. E como Hermas diria, mais tarde: “A difamação é um

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mal; é demônio que não sossega, nunca tem paz, mas habita na dissensão” (Mandate 2.3). Em contraste, DEUSé perfeitamente uniforme no pensamento, estável e tem paz, “pois DEUS não é DEUS de confusão, senão depaz” (1 Coríntios 14:33). Entretanto, nossa fala constantemente se caracteriza pela instabilidade; a pessoa crêque controla sua língua, mas num certo momento de descuido, deixa escapar uma palavra ferina ou difamatória.Algumas características dos demônios são a incapacidade de autocontrolar-se, a ausência de descanso, ainstabilidade — as mesmas da língua, como Tiago logo demonstrará (3:16).Além de tudo, a língua está cheia de peçonha mortal. Com isso concorda o salmista: “Aguçam a língua como aserpente; o veneno das víboras está debaixo dos seus lábios” (Salmos 140:3). Essa comparação com asserpentes era bastante difundida na literatura judaica, talvez porque a língua se parece um pouco com umaserpente, talvez porque as víboras matem com a boca e talvez porque, noÉden, foi a serpente que enganou nossos primeiros pais com palavras melífluas.Não há evidência de que Tiago esteja na dependência de alguma passagem bíblica particular; ele está apenasafirmando que as palavras jamais são inofensivas; são perigosas e mortíferas como veneno, se não foremcontroladas. Esta é a resposta de Tiago à tendência moderna de considerar as palavras destituídas deimportância e muito baratas.3:9 / Tendo declarado a perversidade da língua e a dificuldade em controlá-la, Tiago nos dá a seguir algunsexemplos concretos sobre sua natureza incontrolável.Em primeiro lugar, com ela bendizemos ao Senhor e Pai. Todos os leitores hão de concordar com Tiago. Dargraças a DEUS, agradecer-lhe a bondade, fazia parte do culto litúrgico de todo judeu e cristão: entoavam salmos(a que chamavam salmos de louvor) como Salmos 31:21 ou 103:1, 2; (levantavam orações matutinas evespertinas em que davam graças a DEUS pela proteção durante a noite epelas bênçãos do dia (as orações de Atos 2:42); e havia os devocionais antes de cada refeição: “Bendito sejastu, ó Senhor DEUS de nossos pais, que nos dás do fruto da terra...”.Infelizmente, a língua também é usada para amaldiçoar: com ela amaldiçoamos os homens. Há abundantespassagens bíblicas com maldições, embora a Bíblia imponha limites à maldição e não nos deixe tranqüilos noque lhe diz respeito: Gênesis 9:25; 49:7; Juízes 9:20; Provérbios 11:26. As maldições eram comuns porque, àsemelhança das bênçãos, não só davam vazão às emoções comotambém influíam de verdade sobre as pessoas e as coisas a que se destinavam. Embora Paulo proíba amaldição feita a esmo (Romanos 12:14), na prática o apóstolo pronunciava palavras duras, à guisa de maldições(1 Coríntios 5:1; 16:22; Gálatas 1:8). A cana de Judas é, praticamente, uma longa maldição contra os hereges.Entretanto, estas maldições de caráter mais formal sobre pessoas que praticam certos tipos de mal dificilmenteseriam maldições oriundas do ódio, do ciúme, da rivalidade, jamais são usadas como arma a fim de separar ourejeitar grupos, dentro da igreja, quando há lutas partidárias, e menos ainda constituem maldições irrefletidas dealguém que se viu prejudicado pessoalmente.Tiago aponta a incoerência da maldição a esmo, ao acrescentar feitos à semelhança de DEUS. Embora umpronunciamento de JESUS que proíbe que se amaldiçoe pudesse ter sido a base emocional mais profunda (e.g.,Lucas 6:28), Tiago prefere utilizar este argumento teológico a fim de salientar a incoerência da maldição.O Antigo Testamento refere-se às pessoas humanas como feitas à semelhança de DEUS (Gênesis 1:26), eutiliza esse fato para comprovar a seriedade do ato de destruir essa semelhança (Gênesis 9:6). Até mesmo omais depravado ser humano retém a semelhança de DEUS, a qual se entendia, segundo o pensamento bíblico,representava a pessoa toda. Bendizer a DEUS, ou a ele agradecer e, a seguir,voltar-lhe as costas e maldizer sua imagem e semelhança é o mesmo que engrandecer um rei, em suapresença, e a seguir esmagar a cabeça de sua estátua, à saída do palácio real. Na melhor das hipóteses, é umaincoerência de comportamento; na raiz desse mal está o ódio veemente, incontrolável, sem nenhum vestígio dearrependimento, dentro dessa pessoa, que não se atreve a atirá-lo contraDEUS, mas desabafa-o sobre as pessoas. Entretanto, Tiago reconhece, cheio de simpatia, a natureza instáveldas pessoas e identifica-se com elas, ao usar o verbo na primeira pessoa do plural (nós), não porque ele aceiteessa realidade como apropriada, mas porque procura conduzir as pessoas ao arrependimento e mostrarlhe umcaminho melhor (3:13-18).3:10 / O problema óbvio aqui é a inconstância da palavra falada: Da mesma boca procedem bênção e maldição.Meus irmãos, não convém que isto seja assim. O problema não é tanto o de bênção, ou de maldição em si — apessoa poderia, por exemplo, amaldiçoar o pecado muito adequadamente: “Que todos os pensamentos odiososque querem invadir minha mente sejam enterrados nas profundezas do inferno!”. O problema é que tanto amaldição quanto a bênção dirigem-se ao mesmo objeto: DEUS, e a pessoa feita à imagem de DEUS.Isso demonstra duplicidade de pensamento e, portanto, pecado. É especificamente essa duplicidade delinguagem (a pessoa “fala com língua bifurcada”, segundo o velho ditado), que a tradição bíblica rejeita (e.g.,Salmos 62:4). Esta rejeição foi efetuada mais tarde, no judaísmo, (o livro apócrifo de Siraque 5:19 fala do“pecador de língua dobre”) e no cristianismo (e.g., Didaquê 2:4, “Não tenhas mentedobre nem tenhas duplicidade de língua, visto que a língua dúplice é armadilha mortífera”). Portanto, Tiago dáprosseguimento ao mesmo tema que mencionara em 1:8 e 4:8 — duplicidade, inconstância e instabilidade sãosinais do impulso mau, e não devem ser tolerados. O cristão é chamado para desarraigar todas essas

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tendências e chegar à singeleza e à sinceridade de coração.3:11-12 / Tiago conclui sua argumentação com mais algumas analogias da natureza: Pode uma fonte de águasalgada dar água doce? Aqui está uma verdade infelizmente comum por todo o Mediterrâneo, quer no vale doLico (Apocalipse 3:15-16 refere-se ao suprimento de água da região), quer em Mara, no Sinai (Êxodo 15:23-25),quer no vale do Jordão, onde a água cai em cascatas do altodas rochas, dando uma aparência de boas-vindas ao viajante, até que este descubra tratar-se de águasamargas. Por que os seres humanos tentam fazer o que a natureza não faz? A analogia entre o produto de umafonte aquática e o da boca humana é bem apropriada.Em segundo lugar, meus irmãos, acaso pode uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Mais umavez a analogia é bem apropriada. Nenhuma árvore produz duas espécies de fruto. Cada árvore produz segundosua natureza. É contrário à natureza o ser humano tentar fazer o que a natureza não faz. Entretanto, pode serque Tiago esteja querendo dizer algo mais, visto que JESUS utilizou ilustração semelhante (Mateus 7:16-20;Lucas 6:43-45; Mateus 12:33-35), mas esta analogia relaciona-se a frutos bons e frutos maus, e ao julgamentode uma planta segundo o fruto que produz. Estaria Tiago sugerindo que o fruto mau (a maldição) revela anatureza da pessoa?A terceira analogia confirma essa suspeita: Tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. Tiagomudou sua analogia. Agora, a fonte é decididamente má, de água salgada, mas tenta produzir água doce. Isso éimpossível.O mal dentro da pessoa produz uma “inspiração” freqüentemente bem escondida, mas as “maldições” (críticamaldosa, calúnia, comentários negativos), misturadas com palavras piedosas, demonstram a verdadeira fonte deinspiração. O mestre ou os cristãos vindicam o ESPÍRITO de DEUS, ou a sabedoria de DEUS; mas há verdadenisso? Não há verdade quando a linguagem da pessoa revela que esta é uma fonte de água salgada que fingeser doce.Havendo sustentado o perigo inerente à língua e a necessidade de pureza no falar, Tiago move-se agora para aretaguarda das palavras, e vai tratar das motivações por trás dessas palavras. Esta seção procura olhar paradois lados. Em certo sentido, olha para trás, para os mestres de 3:1 e para os problemas reais que sublinham apalavra impura, de modo geral. Noutro sentido, trata-se de ponte entre adiscussão teórica de 3:1-13 e a denúncia dos problemas da comunidade, de 4:1-12. Assim como houve doisnascimentos, e duas inspirações em 1:12-18, há duas “sabedorias” e dois Espíritos, aqui.3:13 / Tiago já fez a apologia da fala singela, sincera; agora, faz um apelo. Quem entre vós é sábio e entendido?Em certo nível, esta é uma pergunta que simplesmente quer saber se alguém se enquadra na descrição, masnum nível mais profundo lembramo-nos de que 1 Coríntios 1-3 descreve uma igreja em que um ensino rivalvindicava possuir sabedoria superior, e é possível que isso tambémestivesse acontecendo na comunidade de Tiago. Pelo menos Tiago sabia que os mestres de 3:1 afirmavam sercompreensivos, pois de que outra maneira poderiam ensinar? É a tais pessoas, e também às que aspiramcompreensão, que Tiago se dirige.De que maneira podem tais pessoas “mostrar” sua sabedoria? Mostre... Seria mediante a inteligente refutaçãodaquele que discorda de sua posição? De modo algum; em vez disso, que mostre pelo seu bom procedimento...JESUS havia dito que distinguiríamos os verdadeiros mestres dos falsos pelo seu modo de viver (Mateus 7:15-23). Tiago está aplicando o ensino de seu Mestre. O procedimentoera absolutamente crucial para a igreja primitiva. Os presbíteros eram acima de tudo exemplos (1 Pedro 5:3; 1Timóteo 4:12; 2 Timóteo 3:10-11), e, num segundo plano, mestres. Suas qualificações enfatizam suas vidasexemplares, e, se há menção da habilidade para ensinar, esta é apenas uma dentre outras muitas (1 Timóteo 3;Tito 1). O modo de viver constituía também um testemunho importante (1 Pedro 2:12; 3:2, 16) visto que, se nãohouvesse sucesso na evangelização de um incrédulo, pelo menos eliminava as desculpas das bocas dosincrédulos no dia do julgamento final. Tiago declara que não é a ortodoxia da pessoa (pregação correta), mas suaortopraxia (vida correta) que representa a marca da verdadeira sabedoria. O crente deve recusar o mestre quenão vive à semelhança de JESUS; você deve descartar a profissão de fé que não conduz à santidade.Tiago enfatiza duas marcas deste modo de viver. A primeira chama-se boas obras. As obras — nossoprocedimento — falam mais alto do que nossas palavras (Mateus 5:16). As obras que determinada pessoarealiza demonstram onde tal pessoa investiu verdadeiramente seu coração (e.g., Mateus 6:19-21, 24). Tiagoelogia práticas tais como a caridade, o cuidado às viúvas, como marcas de sabedoria.A segunda marca relaciona-se ao desempenho dessas obras em mansidão de sabedoria. De modo diferente doshipócritas de Mateus 6:1-5, os verdadeiramente sábios sabem como agir com mansidão (humildade): não estãoedificando suas próprias reputações. À semelhança de Moisés (Números 12:3) e de JESUS (Mateus 11:29; 21:5;2 Coríntios 10:1), não estão interessados em defender-se. Evitamconflitos, e de modo especial evitam fazer propaganda de si mesmos. A humildade (ou mansidão) é a marca doverdadeiro sábio.3:14 / Por outro lado, se o coração do crente é marcado, não pelo comportamento santo, pela mansidão humildee pelas boas obras, mas revela amarga inveja e sentimento faccioso, o quadro é outro, bem diferente. Todasestas palavras descrevem as condições de vosso coração e refletem o ponto de vista de DEUS. A pessoa não

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deve permitir que essas características lhes penetrem na consciênciade forma disfarçada. A inveja mencionada por Tiago é “um zelo severíssimo”, ou “rivalidade”; o mesmo termopode ter um significado positivo, o “zelo que transparece noutras passagens escriturísticas (e.g., 1 Reis 19:10), eé certo que a pessoa com essa característica persuadiu-se de que esse é seu caso. Na verdade, trata-se derigidez resultante de orgulho pessoal. Amarga inveja é diferente do amor e do zelo firme de alguém que templenitude de DEUS; “amargo” é um adjetivo que descreve bem a vítima da inveja: seria um “zelo” tingido pelaamargura. Não importa os motivos esplendorosos que podem ser proclamados: a dureza áspera no tom docinismo demonstrado contra os adversários revela a horrorosa inveja.Com tais vícios combina-se bem o espírito faccioso, que em NIV é “ambição egoísta” (Gálatas 5:20; 2 Coríntios12:20). No calor da rivalidade, o líder acha que deve retirar-se, de algum modo, a fim de “testemunhar a verdade”que o principal grupo de cristãos rejeitou. Esta é uma questão extremamente sensível, visto que a história daigreja conhece grupos que foram expulsos ou tiveram de retirarsecheios de dor e tristeza, por serem testemunhas da verdade; houve épocas em que isto foi necessário. Todavia,com muita freqüência o que começa como um testemunho fica sutilmente maculado pela rivalidade, que induz àseparação. Se estes vícios caracterizam seu coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. “Nãomintais contra a verdade” é tradução literal do grego, que NIV traduziu: “não negueis a verdade”. Algumaspessoas poderiam estar reivindicando, em total oposição às evidências levantadas por Tiago, estarem cheias doESPÍRITO de DEUS. Tiago lhes roga que não agravem seu problema ao continuar asseverando que é DEUSquem lhes motiva tão grande rivalidade. Ao jactar-se de seu zelo, ou quando discutem sem parar a justiça de suacausa, atiram a causa do reino de DEUS ao escândalo e acabam cegos espiritualmente.3:15 / A pessoa invejosa não é inspirada por DEUS: Essa não é a sabedoria que vem do alto. Tiago cria que asabedoria vem de DEUS (1:5), visto ser um de seus maravilhosos dons (1:17). O ensino judaico também ligava asabedoria ao dom ou à presença do ESPÍRITO de DEUS (e.g., Gênesis 41:38-39; Êxodo 31:3-4; Provérbios 2:6;8:22-31). Assim, poderíamos parafrasear Tiago dizendo: “estecomportamento não é inspirado pelo ESPÍRITO de DEUS”. Qual é, então, a fonte ou o caráter dessa “sabedoria”que inspira tal tipo de pessoa? Primeiramente, é terrena. Aparentemente, afirmar que algo pertence à terra não émau, mas torna-se mau se afirmarmos que veio de DEUS (1 Coríntios 15:40). Por isso, Tiago nos antecipa que ainspiração dessas pessoas na melhor das hipóteses provém delas mesmas, de seu ego natural. Em segundolugar, é animal, i.e., não-espiritual, carnal. O termo é empregado noutras passagens do Novo Testamento, comoutras traduções, para caracterizar a pessoa que não tem o ESPÍRITO de DEUS (Judas 19), ou que “nãocompreende as coisas do ESPÍRITO de DEUS” (1 Coríntios 2:14). Esta “sabedoria”, então, não faz parte de suanatureza redimida, mas caracteriza a pessoa para quem o verdadeiro caminho do ESPÍRITO é estranho. Oscaminhos do mundo — o poder, o comando (cf. Marcos 10:45), a estratégia, as prerrogativas — são os que taispessoas entendem, não a mansidão humilde, o amor, a auto-entrega. Em terceiro lugar, é diabólica. Há umafonte de inspiração para essa “sabedoria”, mas não é divina. As pessoas afirmam que aquele espírito decompetição é inspirado. “É inspirado, é mesmo”, redargúi Tiago, “é inspirado pelo próprio diabo!”. Neste ponto,Tiago atingiu o xis da questão.3:16 / Como que para arrematar sua argumentação. Tiago prossegue: Pois onde há inveja e sentimento faccioso,aí há confusão e toda obra má. Esta acusação não decorre de mera argumentação baseada na “teoria dodominó”, mas é a conseqüência lógica dos dois primeiros vícios. A rivalidade e o espírito partidário destroem acoesão da comunidade cristã, que se edifica na unidade e no amor. Destruída a “cola”, todo tipo de desordem erebelião penetra a comunidade. Mais do que isso, a auto-afirmação e a independência próprias da inveja do “zelo”doentio, destroem a capacidade de a comunidade disciplinar-se de acordo com a tradição apostólica (Mateus18:15-20; Gálatas 5:25; 6:5). Destruídos os “freios” da reprovação mútua, e havendo necessidade de “aceitar ascoisas” por medo do criticismo que levaria outrem a formar seu próprio partido (“panelinha”), fica fácil ver comotoda obra má vai infiltrando-se. Para Tiago, a solidariedade comunitária é importantíssima como era para Paulo(2 Coríntios 12:20; Filipenses 2:4), visto que, sem ela, ocorre a desintegração moral e comunitária.3:17 / Contrastando de modo completo com a “sabedoria” demoníaca, temos a sabedoria que vem do alto. Parasalientá-la, Tiago relaciona um catálogo de virtudes que podem ser comparadas, tanto em forma quanto emconteúdo, com o catálogo de Paulo quanto ao amor e ao ESPÍRITO (1 Coríntios 13; Gálatas 5:22ss).Esta sabedoria é primeiramente pura, o que significa que a pessoa está sincera e totalmente comprometida deseguir com fidelidade as diretrizes morais de DEUS; não existem motivos pérfidos ou injustos por trás de suasantidade. Dessa pureza se diz que conduz a outras virtudes: é pacífica (como em Hebreus 12:11; Provérbios3:17), que se refere não à paz íntima, porém à paz comunitária;moderada (Filipenses 4:5; 1 Timóteo 3:3; Tito 3:2), que denota um espírito conciliador, inimigo de contendas; etratável, que indica um espírito aberto ao aprendizado, maleável, uma pessoa que com toda a alegria se submeteà correção de um erro ou ao aprendizado de uma nova verdade.A sabedoria é prática, porque se apresenta cheia de misericórdia (expressão grega da qual se derivou a palavraesmola) e de bons frutos, que são os atos de caridade que Tiago já discutiu (1:26-27; 2:18-26). Portanto, asabedoria não é primordialmente um conceito intelectual, mas uma habilidade prática para discernir a vontade deDEUS e agir em conformidade.

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Finalmente, a sabedoria é sem parcialidade, e sem hipocrisia, i.e., imparcial e sincera, livre de preconceitos. Nãoficou bem claro se esta libertação de preconceitos refere-se à ausência do espírito de partidarismo(imparcialidade para receber outros irmãos na fé), ou se significa “ter uma visão singela”, “firmeza de caráter” (ooposto de 1:6-8). Talvez se refira a esta última opção, visto que vem pertode “sem hipocrisia” (que é tradução literal do termo grego; NIV preferiu “sincera”).Juntos, esses termos indicam pessoas cujos motivos interiores são sinceros, sem hipocrisia, e cujos atosexternos são coerentes. As pessoas jamais precisarão duvidar “de onde vieram”, porque tais pessoas não têmespírito partidário e agem da mesma forma sempre perante todas as pessoas.3:18 / Tiago resume sua explanação com um provérbio: o fruto da justiça semeia-se em paz para os quepromovem a paz. A colheita da bondade ou da justiça é bem conhecida na literatura bíblica (e.g., Isaías 32:16-18; Amós 6:12).Em outras palavras, boas obras serão produzidas pelos atos dos pacificadores. Algumas pessoas tentam serjustas de maneira tal que produzem divisões na comunidade. Em vez disso, o provérbio assinala a bondadecomo o fruto natural da vida de um pacificador, sendo esse o ponto crucial de Tiago: a pacificação, e não umaviolenta “luta pela verdade”, é o que conduz à justiça. A expressão reiterada “semeia-se em paz” apenas sublinhao fato de que a pacificação é atividade que produz verdadeira paz externa. O próprio Tiago é retratado comopacificador em Atos 15 e 21, mas seu ensinamento não deriva de uma preferência pessoal, mas de JESUSmesmo, que havia dito: “Bem-aventurados os pacificadores” (Mateus 5:9). Conflitos e desavenças não produzemjustiça; o caminhopara a justiça chama-se paz. Na verdade, a verdadeira paz na comunidade é resultado da prática da justiça atodas as pessoas.Notas Adicionais #33:2 / Tiago emprega uma palavra incomum para tropeça, que se encontra apenas 4 vezes no Novo Testamento;veja também Tiago 2:10; Romanos 11:11; 2 Pedro 1:10. A palavra grega significa literalmente “tropeçar” ou“errar”, mas, quando empregada em sentido figurado, em questões morais, como aqui, significa “desviar-se” ou“pecar” e até mesmo “arruinar-se” ou “perder-se”. A passagem toda está ligada por palavras destinadas a chamara atenção. tropeça faz ligação do provérbio ao resto do versículo. refrear literalmente é “pôr freios em”, ligando-secom “freios” do v. 3; em português, como no grego, são palavras de mesma raiz. Todo o corpo: o corpo era vistocomo a sede de todas as paixões, de todos os maus impulsos.3:3-4 / Visto que estas ilustrações não se encaixam com exatidão, acham alguns que têm algum sentidoalegórico (B. Reicke, James (Tiago), p. 37, ou que Tiago tomou de empréstimo de outra literatura (M. Dibelius,James (Tiago), p. 185-90). É bem provável que Tiago esteja citando uns provérbios populares, porque com todaa certeza havia abundância de ditados sobre cavalos e navios em suaépoca. Porém, inculcar um sentido alegórico um tanto forçado, ou uma fonte literária, sem que haja umparalelismo literário exato, é forçar demais a evidência.Pode ser que a mente de Tiago apenas se projetou mais à frente, empregando essas ilustrações como umaponte de ligação com novos pensamentos que logo despontarão. O fato é que as ilustrações sobre cavalos enavios eram comuníssimas entre o povo, de modo que Tiago não precisaria tomá-las de empréstimo de nenhumafonte escrita.3:5 / A segunda metade deste versículo provavelmente é um provérbio usado como transição para novo tópicoque Tiago deseja desenvolver — a língua, isto é, o mal que ela pode conter.3:6 / Assemelhar a língua ao fogo tem precedente no Antigo Testamento: Salmos 10:7; 39:1-3; 83:14; 120:2-4;Provérbios 16:27; 26:21; Isaías 30:27. Siraque, comentando uma longa passagem a respeito da calúnia, diz oseguinte: “[A língua] não governará os piedosos, e estes não serão queimados em suas chamas” (28:22; cf.Salmos de Salomão 12:2-3). A estrutura deste versículo é difícil porque a gramática é obscura; contudo, seusentido geral é claro. O mundo é símbolo da cultura e das organizações do universo que se formam sem DEUSe, por isso, constituem a antítese do reino deDEUS; Tiago sempre usa “mundo” com este sentido (1:27; 2:5; 4:4), e a expressão “de iniqüidade” enfatiza essesentido. Tiago fica bem perto de 1 João neste pensamento, conquanto os estilos sejam diferentes. Veja ainda J.Guhrt, “Earth” (Terra), NIDNTT, vol. 1, p. 524-26; ou H. Sasse, “Kosmos”, TDNT, vol. 3, p. 868-96.O mundo ocupa seu lugar entre os nossos membros pode ser uma referência aos impulsos maléficos (Hebraico,yêser hâ-râ), primeiramente citados em Tiago 1:13, que os judeus diziam viver nos membros do ser humano.Nesse caso, Tiago estaria retratando “o mundo” vivendo na língua, embora dificilmente isto fosse uma assertivada antropologia do autor. Sua linguagem em parte é metafórica,significando em grande parte o mesmo que JESUS quis dizer ao afirmar que a corrupção não está do lado defora, mas dentro da pessoa, pois o mal provém do coração (Marcos 7:14-23). É dos fuxicos comunitários, dopreconceito e da rejeição do apelo a dar-se que Tiago está tratando. Ele retrata esses males como seestivessem residindo na língua, mas, à semelhança de JESUS, a corrupção interna destrói não apenas a língua,mas todo o corpo. Encontramos em Judas 23 um quadro semelhante (cf. Sabedoria 15:4).A frase o curso da natureza [da pessoa] tem ocasionado muita discussão, visto ser semelhante a expressões deOrfeu, e outros autores gregos, significando reencarnação. Entretanto, essa frase tornou-se tão disseminada na

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literatura grega posterior, com tanta variação de sentido, que podemos concluir que, na época de Tiago, ela jáhavia perdido suas conexões com os ensinamentos de Orfeu e assumido, na Palestina, o sentido que GNB lhedá. NIV traz “o curso todo da vida [da pessoa]”. Veja ainda J.B. Adamson, James (Tiago), p. 160-64.É interessante a referência ao inferno. O inferno ou “geena”, aparentemente estava na mente de Tiago e deoutros como um lugar em que os demônios e Satanás já estavam aprisionados (em oposição ao aprisionamentofuturo, mencionado em Apocalipse 19-20). Este é, claramente, o sentido dessas palavras na obra judaica“Apocalipse de Abraão” 14:31. Entretanto, a imagem que lemos nesta passagem não é apenas a de seresaprisionados, mas de seres capazes de inspirar acontecimentos agora mesmo, como os de Apocalipse 9:1-11;20:7-8. Parece que a prisão seria utilizada como imagem forte para determinar os seres que ali vivem, ou viverão,de modo especial tendo em vista da imagem de fogo que lhe está associada. Veja ainda J. Jeremias. “Geenna”,TDNT, vol. 1, p. 657-58.3:7 / O outro lugar (e único) em que aparece a palavra doma, no Novo Testamento, é em Marcos 5:4, em que osdemônios deixam o ser humano indomável.As quatro categorias de animais são as quatro divisões comuns do mundo animal, na literatura bíblica,classificação feita segundo a observação dos grupos, e não de acordo com a taxonomia atual. Veja Gênesis1:26; 9:2; Deuteronômio 4:17-18; Atos 10:12; 11:6.3:8 / As Escrituras contêm grande abundância de ensino a respeito da língua (e.g., Provérbios 10:20; 15:2, 4;21:3; 31:26), havendo também muita literatura intertestamentária sobre o mesmo tópico (e.g., Siraque 14:1; 19:6;25:8).O termo incontido é o mesmo que aparece em 1:8 (“vacilante”), sendo freqüente no Novo Testamento na formade substantivo, com o sentido de “intranqüilidade”, “instabilidade”, “tumulto”. Uma das características de DEUS éa paz, que é o antônimo normal desse termo. DEUS não é instável (Lucas 21:9; 2 Coríntios 6:5; 12:20). Essecontraste aparecerá com toda a clareza nos versículos que seseguem, e em 3:13-18. Veja ainda H. Beck e C. Brown, “Peace” (Paz), NIDNTT, vol. 2, p. 780.Quanto à figura de linguagem da peçonha, na literatura judaica, veja Jó 5:15; Salmos 58:4, 5; Siraque 28:17-23.Hermas (Similitude 9.26.7) diz o seguinte: “Assim como as bestas feras destroem e matam o homem com suapeçonha, assim as palavras de tais homens destroem e matam o ser humano”. Veja ainda O. Michel, “los”,TDNT, vol. 3, p. 334-35.3:10 / A rejeição da duplicidade é um conceito importante para Tiago, como o demonstra a nota sobre 1:8. Écerto que Tiago leu Siraque 28:12: “Se você soprar uma faísca, ela vai brilhar mais; se você cuspir nela, vaiapagar-se; uma e outra saíram de sua boca”. O conceito fica inserido num contexto mais amplo de Siraque27:30-28:26. Em 28:13 a pessoa de língua dobre (“o enganador”, RSV) éamaldiçoado sem rodeios. O Testamento de Benjamin 6:5 diz o seguinte: “A mente boa não possui duas línguas,a da bênção e a da maldição... mas tem uma disposição, incorrupta e pura, com respeito a todos os sereshumanos”. Em essência, quer a pessoa examine as obras judaicas, quer examine as cristãs, do períodoprimitivo, o mero aparecimento de uma atitude de duplicidade (que não é de modo algum apenas a honestaconfissão de que a pessoa “ainda não tomou uma decisão”) é indício de disposição pecaminosa.J.B. Mayor, James (Tiago), p. 123, crê que a lógica desta passagem é que ninguém deveria amaldiçoar outro serhumano. Isto é verdade, embora Tiago com toda a probabilidade não tiraria essa conclusão. Não é incomum queum ensino do Novo Testamento tenha implicações que ultrapassem a prática do Novo Testamento, como, porexemplo, o caso da escravidão. Em 2 Pedro 2:10-11 e em Judas 8-10 este princípio se estende ao ponto derejeitar-se a idéia de amaldiçoar os poderes malignos, inclusive Satanás.3:11-12 / Qualquer área geologicamente ativa possui fontes de água doce e fontes de água amarga. No vale doLico, Hierápolis tinha fontes termais de água mineral: Colossos tinha águas doces; Laodicéia tinha de adaptar-seà água morna encanada de longa distância. No vale do Jordão o viajante precisava distinguir de longe quais dasvárias Fontes eram doces, e depois caminhava muitos quilômetros na direção delas. Veja ainda E.F.F. Bishop,Apostles of Palestine (Apóstolos da Palestina), p. 187; ou D. Y. Hadidian, “Palestine Pictures in the Epistle ofJames” (Quadros da Palestina na Epístola de Tiago), p. 228.A versão do rei Tiago (KJV) diz: “De modo que nenhuma fonte pode produzir água salgada e água doce”; estaredação segue um texto grego inferior que harmonizava 3:12 com 3:11. NIV e ECA seguem um texto melhor eassim mostram o pensamento mutante de Tiago, fazendo uma boa transição para a seção seguinte.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Conhecer as conseqüências das palavrasExplicar os símbolos usados por Salomão e Tiago.Ter cuidado com o bom uso da língua Resumo da Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que FalamosI. O PODER DAS PALAVRAS1. Palavras que matam. 2. Palavras que vivificam.

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II. - CUIDADOS COM A LÍNGUA1. Evitando a tagarelice. 2. Evitando a maledicência. III. O BOM USO DA LÍNGUA1. Quando a língua edifica o próximo. 2. Nossa língua adorando a DEUS. IV. SALOMÃO E TIAGO1. Uma palavra ao aluno. 2. Uma palavra aos mestres. VOCABULÁRIONau: Designação genérica que até o século XV se aplicava a navios de grande porte.Leme: Peça plana, localizada na parte submersa da popa de uma embarcação, gira em um eixo e determina adireção em que aponta a proa do navio.Personificá-las: Expressar, tornar viva e concreta uma ideia através de pessoas.Ápice: Extremo superior; ponto máximo, culminância, apogeu.Desvelo: Ato ou efeito de desvelar-se. Isto é, agir com diligência; zelar, cuidar, empenhar-se.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAHUGHES, R. Kent. Disciplinas do Homem Cristão. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.SEAMANDS, Stephen. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2006.

SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 56, p.38.

Questionário da Lição 5 - O Cuidado com Aquilo que FalamosResponda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2013 - Provérbios e EclesiastesComplete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas

TEXTO ÁUREO1- Complete:"Favo de _________________________ são as palavras _______________________: doces para a alma e saúdepara os _________________________" (Pv 16.24).

VERDADE PRÁTICA2- Complete:As nossas __________________________ revelam muito do que _________________________, pois a boca falado que o _________________________ está cheio.

I - O PODER DAS PALAVRAS3- Como palavras podem matar?( ) As palavras duras resultam em conversão e união no lar.( ) É evidente que, dependendo do contexto em que são faladas e por quem são pronunciadas, podem ferir ouaté mesmo matar.( ) Este exemplo pode ser observado na vida conjugal, quando uma palavra ofensiva, ou injuriosa, dita por umcônjuge, ofende e magoa o outro.( ) Se não houver perdão de ambas as partes, o relacionamento poderá deteriorar-se.

4- O que significa a palavra hebraica dabar e qual a importância das palavras?( ) Significa palavra, fala, declaração, discurso, dito, promessa, ordem.( ) Significa palavra, fala, exortação, discurso, dito, promessa, obediência.( ) Os temas contemplados pelo uso desses termos são, na maioria das vezes, valores morais e éticos.( ) Salomão tem consciência da importância das palavras e, por isso, afirma: "O sábio de coração seráchamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino".

II - CUIDADOS COM A LÍNGUA5- O que é a tagarelice e qual a consciência de Salomão sobre isto?( ) Há um provérbio muito popular que diz: "Quem fala o que quer, ouve o que não quer".( ) Este ditado revela a maneira imprudente de se falar, algo bem próprio do tagarela.

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( ) Este personagem está presente na tradução do hebraico batah: pessoa que fala irrefletida eimpensadamente.( ) Este personagem está presente na tradução do hebraico malac: pessoa que fala muito.( ) Não basta dizer: "Pronto, falei!" É preciso medir as conseqüências do que se fala.( ) E a melhor forma de fazer isso é compreender que na "multidão de palavras não falta transgressão, mas oque modera os seus lábios é prudente".( ) Salomão tinha essa consciência.

6- O que é maledicência e o que Senhor diz sobre ela?( ) O livro de Provérbios também apresenta conselhos sobre a maledicência.( ) Ali, a palavra aparece como sendo a sétima abominação, isto é, o ponto máximo de uma lista de atitudesque o Senhor odeia.( ) O Senhor "abomina" (do hebraico to'elah) a maledicência ou discussão entre irmãos.( ) O Senhor "abomina" (do hebraico to'ebah) a maledicência ou a contenda entre irmãos.( ) No original, "abominar" significa "sentir nojo de" e pode se referir a coisas de natureza física, ritual ou ética.( ) Deus se enoja de intrigas entre irmãos.( ) É a mesma palavra usada para descrever coisas abomináveis ao Senhor, tais como a idolatria, ohomossexualismo e os sacrifícios humanos.

III - O BOM USO DA LÍNGUA7- Como usar a língua na edificação de nosso próximo?( ) Como servos de Deus, somos desafiados a usar nossas palavras como um meio para ajudar nossosirmãos.( ) Devemos ajudar nossos irmãos através de exortações, bons conselhos e também através do ensino daPalavra de Deus e de seus princípios.( ) Devemos falar somente o que está escrito na bíblia.

8- Qual a maior vocação de nossa língua?( ) O Senhor se agrada dos sacrifícios aos líderes queridos.( ) O melhor uso que se pode fazer da palavra é quando a empregamos para dirigir-nos a Deus em adoração.( ) Todo crente fiel sabe disso, ou deveria saber.( ) O Senhor se agrada dos sacrifícios de louvor.( ) Esse é o segredo para uma vida frutífera e agradável ao Senhor.( ) Não nos esqueçamos, pois, da maior vocação de nossa língua: louvar e exaltar a Deus.

IV - SALOMÃO E TIAGO9- O que significa a expressão hebraica shama Beni e o que revela?( ) Abundante no livro de Provérbios, a expressão hebraica shama Beni ocorre 21 vezes com o sentido de "ouvifilho meu".( ) Abundante no livro de Provérbios, a expressão hebraica shama Beni ocorre 12 vezes com o sentido de"atende filho meu".( ) Não há dúvida de que o emprego de tal linguagem revela o amor de uma pessoa mais experiente, dirigindo-se a outra ainda imatura.( ) É alguém sábio e experimentado na vida, passando tudo o que sabe e o que vivenciou ao seu aprendiz.( ) São mais de trezentos conselhos como regra do bom viver.( ) Segui-los significa achar o bem, e não segui-los é encontrar-se com o mal.

10- Qual a palavra de Salomão e Tiago aos mestres. Complete:Se por um lado Salomão se dirigiu ao _________________________________ (do hebraico: filho, aluno), poroutro lado Tiago falou àqueles que querem ser ___________________________. Os que pregam e ensinam aPalavra de Deus têm de falar somente o que convém à sã ________________________________ (Tt 2.1). Emsua epístola, Tiago utiliza símbolos extraídos do cotidiano, mas carregados de significado:a) ___________________________: Assim como o freio controla o animal, deve o crente refrear e controlar a sualíngua;b) ___________________________: Se o leme conduz o navio ao porto desejado, deve o crente dirigir o seu falarpara enaltecer a Deus;c) ___________________________: Uma língua sem freios e fora de controle queima como fogo. Por isso,mantenhamos a nossa língua sob o domínio do Espírito Santo;d) ___________________________: A língua pode se tornar um universo de coisas ruins. Então, o que fazer?Transformá-la num manancial de coisas boas;

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e) ___________________________: O perigo reside em alguém possuir uma língua grande e ferina e, portanto,venenosa.f) ____________________________: Como fonte, a língua deve jorrar coisas próprias à edificação;g) ___________________________: A boca do crente, por conseguinte, deve produzir bons frutos.Portanto, usemos as nossas palavras para a glória de Deus (Tg 3.1-12).

CONCLUSÃO11- Complete:Vimos nesta lição os _____________________________ dos sábios sobre o bom uso da_____________________________. A linguagem, como algo peculiar ao ser humano, é muito preciosa para serusada __________________________________. Não permitamos, pois, que a nossa______________________________ seja instrumento de um dos pecados que Deus mais abomina: adisseminação de ________________________________________ entre os irmãos. À luz da Palavra de Deus,somos encorajados a andar em união, harmonia e paz. Portanto, com a nossa __________________________abençoemos o nosso semelhante, pois assim fazendo, bendiremos também ao Senhor nosso Deus.

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm

AJUDACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmBÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPADBíblia de estudo - Aplicação Pessoal.Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDACHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPADO NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. DouglasDicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.25 Maneiras de Valorizar as Pessoas - Autores: João C. Maxwell & Les Parrott, PH. D. - Editora: SEXTANTEEstudo no Livro de Provérbios - Antônio Neves de MesquitaJames, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. OswaldoRamos.http://www.gospelbook.netwww.ebdweb.com.brhttp://www.escoladominical.nethttp://www.portalebd.org.br/

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