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SUMRIO1.Apresentao :Introduoaocurso.......................................31.1 Introduo sobre higiene e profilaxia....................................42. Higiene individual e coletiva.....................................................52.1 Exemplos de cuidados higinicos..........................................6 2.2 Responsabilidades pessoais versus responsabilidade governamental...............................................................................283. Sade, meio ambiente e educao..........................................293.1 Processo de sade-doena e indicadores sociais...............353.2 O processo de construo do Sistema nico de Sade (SUS)....................................................423.3Elementos fundamentais que influem na Sadee na Doena...................................................................................483.4 Problemas decorrentes da urbanizao................................544. A sade, o trabalho e o trabalhador........................................575. Vigilncia sanitria....................................................................625.1 Vigilncia sanitria: um trabalho a muitas mos.................635.2 O papel do municpio..............................................................645.3 Atuao da vigilncia sanitria..............................................646.Saneamento.............................................................................. .656.1 Sistemas de abastecimento de gua.....................................696.2 Esgotamento sanitrio............................................................706.3 O lixo e o controle de vetores................................................716.4 Destino do lixo.........................................................................726.5 Reciclagem do lixo..................................................................727. Educao em sade..................................................................748.Nutrio:alimentao e sade.................................................749. Referncias bibliogrficas......................................................90Anexo 1:artigo sobre manejo do lixo..........................................9311- Apresentao: Introduo ao cursoDeus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu filho nico, para que todo o que nele cr no perece mais tenha vida eterna. Joo 3:16.2O profissional tcnico da rea de sade nasceu da valorizaodas medidas de higiene e profilaxia, permanecendo, desdeento, ligada a essa idia. Dessa forma, para que possaorientar as pessoas adequadamente, importante que o(a)profissional tcnico da rea da sade conhea as formas de preveno e propagaodas doenas, bem como sua sintomatologia e epidemiologia e formas de tratamento.1. Introduo ao CursoO presente mdulo de Higiene e Profilaxia visa contribuir para a formao do profissional tcnico da rea dasade. Ao estud-lo, este profissional apreender os componentes envolvidos nas medidas de manuteno e controle da sade.Emumprimeiromomento, desenvolvemososcontedos deformaaapresentar osfatorespertinentesaoconceitode higiene. Logo aps, observamos, em uma perspectiva histrica, de que forma a humanidade vem enfrentando as doenas, bem como a importncia da sade, do meio ambiente e da educao na profilaxia das mesmas.Aseguir, abordamosotemadasadedotrabalhador e sua associao com o adoecimento.Posteriormente, enfatizamos como o governo controla, pelas prticas de vigilncia sanitria, as condutas humanas, de modo a que no venhamcausar riscos sade. Por fim, discutimosasalternativasparamelhorar aqualidadedevida mediantemedidas especficas deutilizaoetratamentoda gua e esgoto - e de que modo podemos dar melhor destino ao lixo, visando a preveno de doenase noes de nutrio O contedo foi elaborado com a pretenso de que, ao final domdulo, oalunoadquiraacompreensodequeasade, mais que o no-adoecimento, conseqncia da relao estabelecida entre o homem e o meio ambiente.Objetivamos fornecer noes bsicas de higiene e profilaxia para possibilitar a esse profissional melhor aptido em sua atuao, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.BONS ESTUDOS E UM GRANDE ABRACOQUE DEUS TE ABENCOE RICAMENTE Prof (o) Mestrando: PATRICK R.F.CABRAL3Bilogo CRBIO 54324/01-D1.1 Introduo sobre Higiene e Profilaxia HIGIENE ConceitoConjunto de conhecimentos e tcnicas para evitar doenas infecciosasusandodesinfeco,esterilizaoe outros mtodosdelimpezacomo objetivo de conservar e fortificar a sade. TIPOS DE HIGIENE Higiene Individual(Banho, Cabelos, Unhas e Mos, Boca, Dentes e Vesturio) Higiene Coletiva(Saneamento Bsico, gua, Esgoto, Lixo, Vetores) Higiene Mental(Sade Fsica e Psicolgica, Equilbrio, Costumes Morais e Sociais) Higiene do Trabalho(Riscos Fsicos, Qumicos e Biolgicos). DOENA DO TRABALHO:Aquela adquirida ou desencadeada emfuno das condies especiais emque o trabalho realizado. ACIDENTE DO TRABALHO: Ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa.4 PROFILAXIA Conceito a aplicao de meios tendentes a evitar as doenas ou a sua propagao. Medidas Profilaticas So medidas que interompema interao entre o agente causador da doena e o organismo. Exemplos de doenas sujeitas a profilaxia: Peste Bubnica Hepatite Verminoses DST(AIDS,Gonorreia, sifilis, etc) Infeces hospitalares2- Higiene Individual e ColetivaInicialmente, discorreremos sobre os principais meios de que dispomos para ter ou manter uma sade adequada, tanto individual como coletivamente, segundo uma perspectiva que privilegia a sade da coletividade.Muitas pessoas acreditam que para se ter sade basta manteruma boa alimentao e evitar vcios que afetam o organismo. Outras que a sade depende de acesso a bons servios de prestao de assistncia pblica ou privada.Apesar deesses fatores - emuitosoutros, emconjuntoserem indispensveis para alcanarmos condies ideais de vida comsade,faz-se 5necessrio ressaltar que a higiene um dos mais importantes para assegurar tais condies.Quando nos referimos higiene, falamos no apenas da individual, no dia-a-dia, como tomar banho e escovar os dentes. Almdessas aes, voltadas para o cuidado e preservao do corpo, todas aquelas direcionadas manuteno da sade mentaltambm integram o que denominamos higiene pessoal.Nessaperspectiva, ohomemdeveser orientadoabuscarumavida equilibrada, reconhecendo, porm, que a sade fsica e mental dependem de aes tanto individuais como coletivas.No nvel das aes individuais, para que as pessoas optem por adot-las, faz-se necessrio que saibam de sua importncia e tenham condies de utiliz-las. Da a relevncia da educao e orientao para a sade transmitida nas esferas familiar, cultural e das aes governamentais.Considerando-seopermanenteinter-relacionamentodohomemcom os seus semelhantes e o meio ambiente, amplia-se sua responsabilidade no campo da higiene. Assim, aonos referimos higienee sua relao comas condies de sade da populao no podemos pensar apenas na dimenso da responsabilidade individual. Conseqentemente, o conceito de higiene deve incorporar a dimenso social, que abrange os fatores econmicos e polticos, redundando na responsabilidade governamental. 2.1 Exemplos de cuidados higinicosHigiene das MosAsmosdevemser lavadascomguae sabo, empregando-se escova para escovar as unhas. A cutcula no deve ser cortada, mas afastada.6Aes de higiene pessoal so aquelas que esto ao alcance do indivduo. Dependem de seu prprio conhecimento e ou interesse em agir.Naspregascutneaseungueaisedebaixodasunhasabrigam-se germes, ovosdeparasitasintestinais, fontedecontaminao, quandomal cuidadas.As unhas devem ser cortadas e lixadas, no rodas. Este mau hbito leva contaminao boca, causam aspecto desagradvel e m aparncia s unhas.Oesmalte, embora possua vantagens a esttica, perfeitamente dispensvel. Seu uso implica em cuidados especiais, necessitando ser removidocomacetona, quandogastoouquebrado, soboqual tambmse abrigam germes.Cada pessoa deve ter sua toalha de Mao individual, pois uma srie de doenas so transmitidas pelas mos, pelos olhos, pela boca, e podem permanecer at 24 horas nas toalhas usadas.Ao lavarmos as mos utilizando gua da torneira, devemos tomar os seguintes cuidados: Abrir a torneira; Lavar as mos e ensaboar a torneira; Lavar as mos com sabonete ou sabo; Enxaguar a rosca da torneira; Fechar a torneira.Se no usarmos essa tcnica e abrirmos a torneira com a mo suja, ela ficar contaminada pela sujeira das mos.As bacias so contra indicadas, pois a gua no se renova; porm, se no houver possibilidade do uso de gua corrente, devemos usar a seguinte tcnica:7 Colocar gua na bacia limpa; Ensaboar as mos; Trocar a gua; Ensaboar mais uma vez as mos; Trocar a gua; Enxaguar as mos.Devemos lavar as mos:- Antes de cada refeio;- Ao sair do sanitrio;- Cada vez que a sujamos;- Antes e aps prestarmos cuidados a uma pessoa doente;- Ao chegarmos em casa;- Sempre que mexermos em alimentos.Afeces das Mos e das UnhasParonquia (unheiro) infeco comum, latejante e dolorosa, provocada por germes ou monlia. Instala-se entre os tecidos moles e a unha, na regio dorsal da ponta dos dedos.A melhor forma de preveno a higiene correta das mos e unhas. Quandoocorrer ainflamao, procede-sedrenagemdopus, aplicaes quentes e midas.Geralmente a cura s se d pela administrao de antibitico especfico.Se a infeco devida monlia, o resultado obtido coma Anfotericina B (antifngico).8Abcessos infeces das pontas dos dedos e mos provocadas por ferimentos com agulhas e instrumentos cortantes. Podem surgir abcessos nas calosidades das mos.Os abcessos tornam-se perigosos nas pessoas portadores de diabetes, dada a dificuldade no controle da infeco.Tratamento drenagem, higiene correta das mos e antibioticoterapia.Panarcioinfecogravedapontados dedos comtendnciaa progredir, podendo comprometer at o osso.Agente causador estreptococo.Inicialmente h sensao de picadas de agulhadurante vrios dias. Surge depois dor latejante intensa, a ponto de impedir o sono. O edema pode danificar acirculao, instalando-seanecrosequeevolui, noraroparaa invaso ssea.Tratamento drenagem, higiene das mos e uso de antibiticos.Profilaxiahigienedas mos. Evitar traumatismos comagulhase outros materiais prfuro-cortantes.Tinha das unhas (onicomicose) infeco mictica crnica das unhasdasmosoups. Emgeral causadaportricfitos,comocndida albincans. Em geral est associada com infeces micticas de longa durao: as unhas tornam-se grossas e fracas, facilmente quebradias e opacas. Com o tempo, fragmentos se acumulam sob a borda livre da unha; por fim, a placa ungueal separa-se. A unha pode ser destruda.Tratamento os mesmos cuidados anteriormente citados. Antibiticos especficos, micostticos ou fungicidas: Nistatina, Micostatin, Griseofulvin (uso tpico e por voa oral). Higiene dos PsOs ps sustentam nosso corpo durante a maior parte do dia.9Atranspiraonos ps abundante(4 partedatranspiraodo corpo). Agrande quantidade de glndulas sudorparas e da significativa atividade muscular durante a movimentao justificam a acentuada transpirao cutnea.Medidas Higinicas Lavar os ps na hora do banho. Nos intervalos do trabalho, aimersodospsemguamornaproporcionahigieneealviodo cansao dos ps. Lavar e enxugar bem os espaos interdigitais. Andar a p fortalece, pela massagem, os msculos e articulaes; Expor os ps ao sol e proporcionar-lhes arejamento; Caminhar descalosobreopiso, areia, grama, etc. na criana esses hbitos previnem deformidades; Unhas apar-las horizontalmente (retas) para que no se encravem; Problemas circulatrios preven-los com banhos quentes e mornos alternados dos ps; Ginstica dos dedos ativa a circulao e alivia os ps; Trocar comfreqncia o calado. No usar o mesmo durante o dia inteiro. Lav-lo uma vez por semana, enxagu-lo e enxugar. Coloc-lo ao sol ou ar para secar e ventilar.Sapatos midos provocam desconforto, maus odores e propiciam o desenvolvimento de germes e fungos causadores da micose ou frieiras. Meias dar preferncia s de fios naturais (algodo), pois absorvemmelhor aumidade. Lav-lasdiariamenteecal-lassecas. Elas protegem os ps prevenindo a calosidade, bolhas e traumatismos;10 Calado sapato anatmico aquele que se adapta aos ps, quanto idade, forma e tipo de atividade que o indivduo desempenha. Para crianas, protetores e macios.Sapatos de frente muito estreitos (bico fino) so perigosos. Se adireodosartelhosmodificadapelocontornodosapato, este contribui para as deformaes. Op tende a assumir a forma triangular emqueograndeartelhoencavalaouinclinademaisos dedos.Fig.1 posio anatmica do p tipos de calados que favorecem e prejudicam os psO solado deve permitir a movimentao normaldo p. Quando ele muito duro, o tornozelo fica sobrecarregado, imobilizado. Os joelhos e quadris passamadesempenhar otrabalho. Surgemdoresmusculares, articulares, cansao dos membros inferiores e plantas dos ps.Um salto muito alto significa o deslocamento de esforo para a parte dianteira do p. Desta forma suporta um peso excessivamente elevado porque est mal distribudo. Op deforma-se: tende a se espalhar e perder a elasticidade. As pontas dos dedos tornam-se sensveis, formam-se calos duros e dolorosos. Os malolos dilatam-se, e instala-se a artrose (fig.2).No raro evidenciam-se sinais de hiperlordose.Fig. 2 Artrose de Artelhos Fig.3 P chato ou triangular11Micose | P-de-atleta | Frieiras | Tinea Pedis ainfecomicticamaiscomum. Localiza-seentreosartelhos. O epitlio superficial macerado tende a descamar. H prurido moderados e intensos, fissuras ou rachaduras cruentas, com freqncia vesculas (bolhas), mau odor.Dentre as causas da micose, a umidade dos ps e o uso prolongado de sapatos fechados so as principais. A umidade e o aquecimento propiciam o desenvolvimento do fungo.Cuidados e Tratamento Manter ospseespaosinterdigitaislimpos, arejadose secos; Colocar algodo ou papel absorvente entre os dedos para absorver a umidade (especialmente noite); Usar caladosabertosouporososparaarejar ospse facilitar a evaporao da umidade; Usar talco 2 vezes ao dia para manter os ps secos; As pessoas que freqentamclubes ou piscinas usem tamancos; Quemtemdiabetes necessita de maiores cuidados e orientao precisa para prevenir-se contra os problemas do p-diabtico;Citaremosaseguir, oscuidadosespeciaisrecomendadospelaEnf. Mnica Antar Gamba da disciplina de Endocrinologia da escola de medicina do hospital So Paulo.Uso Prolongado de SapatosCom os ps no passo certo mais sade para os ps... Lave diariamente os ps comsabonete neutro egua morna. Sintaatemperaturadaguacomocotovelodobrao, para verificar se no est quente demais, evitando queimaduras. No caso de haverdificuldadedesentiratemperaturadagua, peaparaalgum faz-lo. Procure lavar os espaos entre os dedos e lembre-se de 12enxagu-los bem, massageando-os, examinando-os e secando-os minuciosamente; Ao fazer o exame dirio dos ps, utilize um espelho. Pea tambm a algum da famlia ou a um amigo para auxiliar; Verifique a cor, temperatura e sinais de presso nos ps; Passe um creme hidratante, base de lanolina, nas pernas e nos ps aps enxagu-los. Nunca aplique o creme entre os dedos; Corteasunhassempreemngulo retoenoem curva, lixando-as adequadamente. Se tiver dificuldades procure um especialista; Nunca retire ou corte os calos nem use calicidas. Procure os servios em diabetes da equipe de sade para remov-los; Nunca utilize esparadrapos, fitas adesivas e produtos similares na pele dos ps e das pernas. No use bolsas de gua quente; Nunca ande descalo nem mesmo dentro de casa. Proteja sempre os ps; As meias devem ser folgadas, de preferncia de algodo e sem costuras nas pontas. As meias devem ser bem lavadas, enxaguadas, enxutas e trocadas diariamente; Os sapatos merecem ateno especial. Use sempre calados confortveis. Antes decompr-los, verifiqueotamanhode seus ps. Voc pode fazer a forma do p cortando um molde em uma folha de papel. Compre-os de preferncia no perodo da tarde, pois quando os ps ficam mais inchados; Consulteumespecialistacasovocprecisedesapatos especiais; Examine seus sapatos antes de cal-los. A presena de objetos estranhos pode ferir os ps; Mova todos os dedos dentro dos sapatos para verificar se esto confortveis; Mulheres diabticas no devem usar sapatos de salto alto.13 Higiene do Couro CabeludoCabelos sadios e limpos conferem boa aparncia e sensao de bem estar pessoa!Emcertascivilizaeseaparnciadocabeloindicativodenvel cultural, econmicoesocial. Tal aimportnciadadaaoscuidadoscomos cabelos.Aos trs meses de idade, na vida intra-uterina do beb manifesta-se o aparecimentodos cabelos. Aquantidadevariacomaraaeodimetro. Possumos em mdia 100.000 fios de cabelo. Constituem-se de clulas vivas implantadas no folculo piloso. A raiz possui base dilatada, o bulbo. J a haste e o talo so formados por clulas mortas, queratinizadas.QuimicamenteocabeloconstitudodeQUERATINA(protena) e MELANINA (pigmentos). Estes residem a nvel da camada germinativa.Propriedades Fsicas do Cabelo Solidez ocabelo muitoresistente,sendo necessrios 50 a 100g de peso para romp-lo, quando forte; Elasticidade quando seco seu comprimento se reduz em 30%. Cabelos molhados aumentam em 100%; Eletricidade isolante quando seco. Ele perde a eletrizao com a umidade e gordura.Biotipos Capilares^ Cabelos normais regularmente lubrificados, apresentam-se macios e brilhantes;^ Cabelos secos apresentam-se porosos, quebradios, frgeis. So speros, sem brilhos, desidratados. As pontas se rompem e o cabelo parte;^ Cabelos oleosos e seborria aspecto untuoso, aglomerado em mechas e no se conserva penteado. H excesso de produo sebcea.14Cuidados HiginicosConferemlimpeza, remoodepoeiraesujeiras, boaaparnciae brilho aos cabelos. Estimulam a circulao do couro cabeludo, aumentando sua vitalidade.Para tanto se observam os cuidados que seguem: Pentear oscabelosdiariamente e vigorosamente.Preferir pentes largos e de preferncia os de madeira. Pentes finos, escovas de nylonprejudicamocabelo, arrancando-oequebrando-o. Arrancame quebram o cabelo.Pentes so objetos de uso individual para evitar a transmisso de pediculose, caspa, seborria, etc. guard-los sempre limpos Lavar a cabea uma vez por semana quando os cabelos so normais.Cabelos oleosos exigem maior freqncia, duas a trs vezes por semana ou mesmo em dias alternados.Sec-los ao sol ou ar, portanto, sempre que possvel lavar a cabea durante o dia. Asecagem demorada. Aumidade dos cabelos propiciaodesenvolvimentodefungosquedoorigem caspa. Reduzir aomnimoasecagemdocabelocomsecadores eltricos.guasmornasefriassoideaisparaahigienecorretada cabea.Massagear ocourocabeludocomapontadosdedos, sem arranhar, o couro cabeludo ativa a circulao e suaviza a pele. Alimentao correta fator preponderante sade do organismo em geral e dos cabelos em particular; Tinturas base de chumbo so perigosos sade.Sabes e ShampoosPreferir sabesneutros, nemmuitofortes, nemmuitoalcalinospara no irritar o couro cabeludo.A composio dos shampoos inclui vitaminas, leos e extratos vegetais, glicerina, lanolina, vaselina, da suas vantagens: Limpam suavemente, exalam perfume agradvel e suave;15 Removem poeiras, caspa com um grau de espumao fcil de ser retirada; Limitam a proliferao de germes, eliminam o prurido por sua ao descongestionante; Oferecemsuavidade, brilhoemaleabilidadeaoscabelos. So benficos pele.Corte dos cabelos aconselha-se o corte de trs em trs semanas. O corte repetido confere boa aparncia, principalmente nas meninas e adolescentes em geral, nesta fase de crescimento.A moda e os critrios pessoais, os tipos de trabalho norteiam o tipo de corte: curtos, longos...Cabelos curtos e bem cuidados distingue o profissional tcnico da rea de sade e harmoniza-se com seu uniforme.Doenas do couro cabeludo e dos cabelos:a) Caspaoutinhadocourocabeludocausadapor um fungo denominado Pytitosporum Ovale. um parasita inofensivo que vive emnossa pele. O problema manifesta-se na ocorrncia da proliferao do fungo. Ocorre inflamao da raiz do cabelo com presena depruridos oucoceira e descamao docourocabeludo. A quantidade e tamanho das pelculas variamcoma intensidade do processo.A caspa considerada pela maioria dos dermatologistas, uma forma de dermatite seborrica e muitas vezes exigemtratamento especializado.H dois tipos de caspa: a seca e a oleosa. Caspa seca ou simples pequenas escamas finas e brancas que se depositam sobre os ombros; Caspaoleosaasescamasaderemaocourocabeludo, aos cabelos e vo se soltando, acompanhadas de muito prurido.b) Queda dos cabelos devido calvcie ou alopecia: Calvcie comum nos homens, mesmo jovens, rara nas mulheres. Resulta da atrofia do bulbo piloso. O cabelo morre e cai.16Fatoreshereditrios,seborria,esgotamento,alcoolismo,sfilis so os maiores responsveis pela calvcie. Hbitos higinicos incorretos, a falta de asseio tambm facilita o processo; Alopecia a perda total dos cabelos. Alm dos cabelos caem os plos do corpo. comum em determinados tratamentos base de quimioterpicos antineoplsicos, como na leucemia. Cessado o tratamento os cabelos voltam a crescer.c) Pediculose causada por parasitas hematfagos pedculus capitis. Instalam-se nos cabelos, raramente na barba, plos e sobrancelhas.Os piolhos so de cor acinzentada. As fmeas pemovos (lndeas) bemprximos ao couro cabeludo. Forma-se umcasulo aderentepresoaosfiosdecabelo. Noconfundir aslndeascoma caspa seca. Sintomas coceira produzida pela picada do inseto. Seguem-se as leses do couro cabeludo por causa do constante coar. Opiolho propaga-se rapidamente emvirtude da alta produo de lndeas. comumentre escolares e grupos comunitrios onde as pessoas vivem prximas e com higiene deficitria, asilados, prisioneiros, deficientes visuais, etc.Combate a Pediculose:1) Preparar uma soluo antiparasitria: Tetmosol ou Acarsan;2) Dividir o cabelo em partes, friccionar o couro cabeludo com algodo, pano ou toalha, prendendo-o bem;3) Lavar acabeapelamanh, seasoluotiver sido aplicada noite ou 2 a 3 horas aps, se a aplicao foi feita durante o dia;4) Remover as lndeas: Preparar uma soluo de cido actico a 5%ou vinagre e sal e aquecer; Passar ao longo do cabelo algodo embebido na soluo, desprendendo a cpsula gelatinosa da lndea;17 Completar a remoo das lndeas com pente fino. Higiene da PeleO banho dirio importante por que:= Limpa a pele;= Permite que a pele respire livremente;= Remove o suor da pele;= Remove gordura, poeira e germes da pele;= Proporciona sensao de bem estar;= Confere aspecto agradvel;= Ajuda a evitar doenas da pele.18O revestimento cutneo provido de glndulas sudorparas e sebceas que eliminamprodutos de desassimilao do organismo: sais, cidos, protenas, gorduras e gua. o suor.Forma-seuma camada protetora, verniz quefavorecee aumenta a resistncia da pele.Ao suor aderem clulas de descamao, poeiras, germes e parasitas.Ocorre afermentao, originando mausodores,pruridos e sensao de desconforto.Para que se processe adequada higiene da pele necessrio o banho dirio de asperso ou imerso. Os banhos constituem-se emexcelentes processos de limpeza corporal e estmulo das funes orgnicas.a) Banhos de chuveiro difundidos quase universalmente, so a melhor opo para a higiene corporal e estmulo das funes orgnicas. So mais econmicos, exigindo entre 10a 20 litros de gua, quando em banheiras, nos banhos de imerso gastam-se at200litros, comgrandedispndiodeenergiaeltricaegastode tempo.Devem ser tomados mornos, de preferncia.Sugesto de chuveiro para lugares onde no h canalizao de gua.b) Banhos deimerso indicados parabebs ecrianas pequenas ou doentes, bem como para abaixar a temperatura em caso de febre. Empregam-se tambm banhos teraputicos no tratamento de doenas da pele; adicionam-se substancias medicamentosas gua.No combate ao estresse, fadiga e depresso h quem indique a talassoterapia imerso do corpo em gua misturada a sais marinhos, iodo e algumas algas.A underwassermassage imerso em gua tpida acompanhada de jatos fortes de gua que massageiam o corpo ajuda a combater a flacidez, celulite e gorduras.19Soexcelentescondicionadoresfsicosemeiosteraputicos, em muitos casos de problemas articulares, musculares e respiratrios, a hidromassagem e natao.Se por longos nove meses nosso habitat foia bolsa de gua (lquido aminotico) da barriga da mame, nada mais naturas e gostoso que a gua seja, sempre cada vez mais, uma poderosa fonte de prazer, sade e beleza.Classificao dos Banhos segundo a temperatura da gua= Banhos frios atuam estimulando a circulao, respirao, sistema nervoso e muscular. So indicados quando h necessidadederemover calor docorpo. teis noveroemclimas quentes. Devemser rpidos, tomadosemcercade5minutos. Para algumas pessoas contra-indicadas hora de dormir; por serem estimulantes, dificultam o sono.No so indicados para higiene, eles no favorecema dilatao dos poros cutneos.= Banhosmornostimosparaahigienecorporal diria. Possuem ao sedativa e repousante. Indicados hora de dormir. teis spessoasnervosas, doenteseapsotrabalho. Osbanhosmornos podem ser demorados.Aps as refeies devem ser rpidos, sem frico.Nos casos de febre, os banhos mornos so altamente benficos. Noincioemprega-seguatemperaturadapelee depois frios, no demorados.20= Banhosquentesressecamapele, aceleramopulso, aumentam a temperatura corporal, diminuem a presso arterial; chegam a provocar sonolncia, prostrao, at = vertigens e congesto. So contra-indicados principalmente no inverno.= Higienefemininanoperodomenstrual epuerprioa mulher necessita, tanto para sua higiene, como bem estar fsico, mais ateno relativamente aos banhos. No h contra-indicao. Os banhos auxiliam as nutrizes na preveno da mastite e flacidez das mamas.Ohbitodahigieneadequadadosrgosgenitaisdesdeainfncia previnedoenas, comocncer genital, infeces, vulvovaginitesnamenina, corrimentos e pruridos.Evitem-seduchasvaginais. Elastmindicaoespecifica, devendo seguir prescrio mdica.Desodorantes e talcos so os mais prejudiciais que teis.Em pessoas idosas com irritao da pele, insistir na higiene adequada, empregando-se sabes neutros de preferncia. Fazer uso de roupas ntimas base de algodo ou malha. Os tecidos sintticos causam irritao e no raro, alergias. A troca diria, lavagem com gua e sabo, muito bem enxaguado e secadoaosol ouarregrafundamental nahigienedovesturioquedeve acompanhar a higiene da pele.Nomenino, alimpezadaglande, expondo-opeloafastamentodo prepcio, previneinfecese, reduzafimosequandopresente. Elaregride normalmente at o terceiro ano de vida. Esse cuidado deve ser orientado por profissional competente, pois o ato de afastar o prepcio, origina fissuras que cicatrizam, prejudicando sua elasticidade, tornando o tecido fibroso. Em certos casos, faz-se necessria a correo cirrgica.= Saboesabonetesparaquealimpezadapelese processe adequadamente, necessitam-se fazer uso de sabes ou sabonetes. Por suanaturezaqumicaalcalina, osaboneutralizaos cidos, dissolve e emulsiona as gorduras e, auxiliado pela ao mecnica do ato de lavar, elimina a sujidade.Alguns sabes tm propriedades germicidas contra afeces cutneas: infeces, escabiose ou sarna, micose cutnea.21Medidas de higiene e prevenoO A preveno atravs da correta higiene das partes ntimas muito importante para a mulher;O No banho, procure usar sabonete neutro na regio genital, evitando atrito excessivo, que pode provocar irritao ou leses;O Evite o contato direto das unhas com os tecidos vaginais;O Evite o acmulo de secrees entre os grandes e pequenos lbios vaginais;O Usesemprepapel higinicomaciopararetirarsecrees vulvares acumuladas entre os lbios;O Faa a limpeza sempre no sentido da vulva para o nus. Nunca no sentido contrrio;O Evite o uso de roupas justas ou de material sinttico;O O uso de chamados desodorantes ntimos desaconselhvel;O D preferncia a dormir sem calcinhas;O Fiqueatentaaeventuaisaumentosdasecreoqueflui atravs da vagina;O Aos primeiros sinais de corrimento ou coceira, procure seu ginecologista para uma consulta.Afeces da PeleA pele est sujeita a doenas, dentre elas destacamos:a) Dermatite de contato ou EczemaReao inflamatria da pele, pelo contato com uma substncia do meio externo sensibilizadores alrgicos, agentes qumicos usados 22navidadiria, tantonolar comonotrabalho(desinfetantes, tintas, medicamentos).b) Dermatite SeborricaDoena inflamatria crnica da pele. Aparecem zonas descamadas e leve eritema em determinadas regies do corpo.Quando a dermatite se instala no couro cabeludo, a descamao se acompanha de prurido. Ela tem predisposio gentica. So tambm responsveis o estado nutricional, infeces, o estresse e hbitos higinicos incorretos.c) Escabiose (Sarna)Doenacutneapruriginosa, causadaporumparasitaanimal, sarcoptes scabiei.Caracteriza-se por escoriaes da pele acompanhadas de muita coceira nas regies do corpo onde apele fica mais fina: espaos interdigitais. comumestender-seaolongodocorpo, axilas, cintura, ndegas, mamas, virilha, e entre os dedos dos ps. a fmea do parasita que perfura a pele e no fundo dos tneis deposita seus ovos. Da o prurido que provoca ulceraes lineares nos pontos parasitados.O contgio direto e a propagao rpida. Atinge pessoas em todas as idades, inclusive crianas.Tratamento e Controle da EscabioseAdotam-se medidas higinicas da pele e das roupas. A aplicao de antiparasitrios base de enxofre e benzoato de benzila tmdemonstrado eficcia (acarsan, tetmosol, benzoato de benzila), durante duas semanas seguidas, com aplicaes dirias noite aps o banho.O vesturio e roupas de cama devem ser trocados diariamente, lavadas com gua bem quente, ferv-las, de preferncia ou coloc-las ensaboadasaosol. Enxagu-lasmuitobem, sec-lasaosol ouar e passar ferro quente antes do uso.d) ImpetigoInfeco superficial da pele causada por estreptococos, estafilococos ou ambos.23Ainfecodifunde-sefacilmentepor contgiodireto. Ocorre mais frequentemente em bebs devido fragilidade da pele.O impetigo surge na ocorrncia de traumatismo, como o simples roar da pele, machucaduras com as prprias fraldas e outras peas mal colocadas ou apertadas no corpo, arranhes.CausasPredisponentes:anemia, diabetes, mnutrio, higiene precria.Partes mais atingida:face, mos, axilas, pescoo, outras regies do corpo.Manifestam-se por leses cutneas caractersticas, acompanhadas por febre, malestar, perda do apetite, gnglios intumescidos e doloridos, choro na criana.H risco de complicaes, como glomerunefrite, infeces sseas e hepticas.Preveno:observncia de normas higinicas e alimentao correta.e) VitiligoAfeco da pele caracterizada por manchas claras (no pigmentadas) cercadas de zonas mais escuras queapele normal. Essas manchas so de formas arredondadas, ovalada ou de contorno irregular.Aparecem no dorso das mos, pescoo e rgos genitais.Higiene das Fossas NasaisA limpeza das fossas nasais feita pela remoo das secrees que se tornam abundantes em presena de coriza ou gripe e poeiras. As crianas e pessoas incapazes de cuidar de siprprios devem ser auxiliadas no cuidado com as fossas nasais propiciando a respirao e olfao normais.Assoaronariz, usarcotonetes. Aspirar guamorna cautelosamente, operando uma ducha nasal, em presena da inalao de poeiras ou substancias agressivas. No arrancar os plos. Eles so protetores da mucosa nasal.Afeces da mucosa nasal Infeces (furnculos, herpes);24 Hemorragiaspor traumatismos, pressoarterial elevada, corpos estranhos; Plipos, vegetaes adenides, desvio de septo.Tudoo que dificulta ou impede apassagem livre do ar pelasfossas nasais obriga a pessoa a respirar pela boca. Isso provoca sensao de desconforto e ressecamento da mucosa bucal.Higiene dos OuvidosTodoprocessoquedificultarouinterromperapassagemdosomno ouvido externo ou mdio determina uma surdez de transmisso.O excesso de cermen pode diminuir a audio ou provocar zumbidos e traumatismos.Mtodo para Remover o CermenEmpregar guamornaoualcalinizada por bicarbonato de sdio para lavagem de ouvido por profissionalhabilitado. Limpar comcotoneteembebidoemlcool, superficialmente, evitandoferir o tmpano.No empregar grampos ou palitos para limpar o ouvido.Hquemempregueocermenemgotasduasoutrsaplicaes noite, antes de se proceder lavagem do ouvido.Corpos EstranhosQuando houver penetrao de gros de cereais, insetos, outros, no tentar remov-los. Procurar assistncia mdica.Se o corpo estranho for insetos, instilar uma gota de azeiteafimdeimpedir cefalia, tonturas, nuseaspelos movimentos do mesmo.Dor de Ouvido (otoalgia)Na criana a dor de ouvido ocorre nos resfriados ou gripe forte.Quandoestcomfebre, choramuito, meneandoacabeaparaos lados, esfregando a orelha, est com dor de ouvido. Observar se a orelha est avermelhada e se h pus no ouvido. Pode tambm ocorrer diarria ao mesmo tempo.25O rgo da audio nos permite ouvir e estabelecer o equilbrio com o meio ambiente.Cuidados e Tratamento Aplicar calor seco para aliviar a dor. O calor seco pode ser obtidocomaplicaodebolsacomguamornaoupanosquentes, aquecidos com ferro de passar roupa ou sobre a chapa do fogo; Procurar em seguida a assistncia mdica; No colocar nada no ouvido; Colocar bolinha de algodo para no deixar penetrar gua durante o banho; Limpar delicadamente o ouvido para no machuc-lo; Dar chs doces e suaves, que so calmantes e hidratam a criana.No adulto tambm podem ocorrer dores de ouvido, surdez, traumatismos e penetrao de corpos estranhos e insetos.Adotem-se os cuidados e medidas indicadas anteriormente.O Problema na AudioAperdaauditivareduzos estmulos sonorosaocrebro, podendo causar retardo na aprendizagem da criana se no dor detectada a tempo.ComooProfessor daEscolaPodeAjudar naIdentificaodo Problema?So condutas ou reaes esperadas de uma criana de audio normal:4 Entender rapidamente as instrues recebidas sem solicitar que essas sejam repetidas com muita freqncia;4 Reagir prontamente ao somprovocado por umobjeto, conseguindo localizar com preciso a procedncia deste;4 Compreender asordensverbaissemdificuldademesmo em ambientes ruidosos;4 Conseguir compreender oqueaprofessoraestfalando mesmo que de costas para ela;4 Falar com uma intensidade de voz adequada ao ambiente que a circunda, ou seja, no falar mais alto ou mais baixo que a maioria das crianas;264 Manter-se tranqila mesmo quando o ambiente ruidoso ou quando as demais crianas falam alto, ou seja, no ter reaes de tampar os ouvidos como se isso a irritasse, ou solicitar aos outros que falem mais baixo ou faam menos barulho, porque ao contrrio do que pode parecer o ouvido lesado pode apresentar maior sensibilidade aos sons altos do que um ouvido normal;4 Pronunciar com clareza palavras que tenham sons sibilantes, como sapato, cinco, etc;4 Noconfundir palavrassemelhantesquesediferenciem pelas consoantes surdas ou sonoras, como por exemplo: pato e bato, tia e dia, cola e gola, faca e vaca, zelo e selo, queijo e queixo;4 Falar com uma voz clara sem nasalizaes; evidente que uma observao criteriosa dessas reaes auxilia muito naidentificaodecrianasquepotencialmentepossamapresentar perdas auditivas, pormnecessriosalientar quemuitasperdasnopodemser detectadas dessa forma.O correto seria que todas as crianas na fase pr-escolar tivessem a suaaudiotestadaatravsdetcnicasdetriagemauditivarealizadapor fonoaudilogos utilizando equipamentos audilogos apropriados.O objetivo dessa triagem seria inicialmente o de identificar os escolares comalteraes auditivas passveis ou no de interferir no processo de aprendizagemeencaminh-losparaumdiagnosticoaudiolgicoeotolgico completo.NoBrasil, infelizmente, apesar dosvriostrabalhosdepesquisana rea, no existem ainda programas oficiais de avaliao auditiva que envolva desdeapreveno, detecoato diagnostico eorientao de crianas portadoras de distrbios de audio e fala.Poucas so as escolas particulares que orientam os pais de pr-escola para que submetam seus filhos a uma audiometria, um teste simples e indolor que utiliza sons puros emitidos pelo audimetro a intensidades e freqncias variveis e que tem por finalidade medir a capacidade ou sensibilidade auditiva.Comcerteza, medidaseficazescomoessas, seadotadas, poderiam amenizar muitas das dificuldades de aprendizagem decorrentes dos distrbios de audio.272.2 Responsabilidades pessoais versus Responsabilidade governamentalVisandoelucidar oslimites quedeterminamoque, emtermos de higiene, corresponde s responsabilidade pessoal e governamental, utilizaremos uma exemplificao pertinente alimentao.Todos sabem a importncia das verduras, legumes e frutas. No nvel pessoal, ao decidir comer um tomate voc o lavar antes de acrescent-lo sua salada, bem como as mos antes de fazer a refeio.Embora voc tenha sido cuidadoso, isto de nada adiantar se medidas de responsabilidade governamentalno tiverem sido anteriormente tomadas. Por exemplo: otomate, tocuidadosamentelavado, podeconter agrotxico caso o governo no tenha estabelecido uma poltica de controle de pesticidas; e a gua pode no ter sido adequadamente tratada se no houver investimentos na rede de abastecimento de sua cidade ou bairro.Outro exemplo significativo que permite a observao dos limites que diferenciama responsabilidade pessoal da governamental, no tocante higiene, a fiscalizao de restaurantes, bares e lanchonetes.Esses estabelecimentos servemalimentos largamente consumidos pela populao. Por isso, alm de sofrerem a fiscalizao do consumidor - que pode denunciar optar por comer emoutro lugar, etc. -, devemser fiscalizadospelogoverno, afimdequecumpramasrigorosasmedidasde higiene necessrias para evitar doenas. As responsabilidades dos governos federal, estaduais emunicipais, estendem-seaos mbitos daeducaoe cultura, eadoodepolticaspblicasvoltadasparaoinvestimentonas reas de sade e meio ambiente.28A g r o t x i c o s - p r o d u t o s a p l i c a d o s n a sp l a n t a e s p a r a e v i t a r o a p a r e c i m e n t o d ep r a g a s .Discusso em sala de aula 3- Sade, Meio Ambiente e EducaoAo falarmos em educao, sade e meio ambiente no podemos nos esquecer de que o Brasil um pas com profundas desigualdades sociais.Essas diferenas dificultam sobremaneira o planejamento e a execuo de aes voltadas para a melhoria de nossas vidas. Cada regio/estado possui uma realidade especfica, problemas peculiares - e at dentro de um mesmo estado podemos encontrar situaes bastante divergentes.Um exemplo que mostra a singularidade de cada cidade ou estado o destino dado ao lixo. Nas grandes cidades h um recolhimento dirio e, talvez, tratamento adequado. Quando, porm, as referncias so os pequenos municpios do interior do pas ou bairros perifricos das capitais, a realidade outra. O quadro que se revela o de total irresponsabilidade dos governantes e de desconhecimento, desinformao, da populao.29Reflita e de sua opinio e escreve com suas prprias palavras sobresituaesqueenvolvamresponsabilidadespessoaise governamentais em instituies como hospitais, supermercadose escolas:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Atualmente, tornou-selugar-comumacrticaaofatodeoBrasil no cuidar adequadamente de seu meio ambiente. Critica-se, tambm, o constante descaso com a sade das pessoas. No entanto, a maior falta de compromisso tem sido com a educao - atravs da qual o homem pode alcanar a condio departicipantedoprocessodeconstruosocial, passandoainterferir e contribuir na realidade na qual est inserido.Infelizmente, aindahrelevantenmerodeanalfabetoseousemi-analfabetos em nosso pas, os quais, geralmente, convivem no apenas com esse obstculo, mas tambm com precrias condies de moradia e salrios que mal os mantm. Conseqentemente, tais limitaes lhes prejudicam sobremaneira o acesso s informaes que poderiam proporcionar-lhes melhoresnoesdeproteosadeeajudanodesenvolvimentodeseu trabalho e estilo de vida.Os programas de preveno de doenas no podemdestinar-se apenas s campanhas de vacinao e orientao individual, pois pensar em sade exige uma compreenso mais ampla.Pensemos, por exemplo, em uma doena bastante comum em nosso pas - aesquistossomose. Suaabordagemnos possibilita compreender o efetivo inter-relacionamento das reas de sade, meio ambiente e educao.Atualmente, a esquistossomose ainda um dos graves problemasde sade no Brasil, sendo considerada endmica em algumas regies. Apesar de previsvel, ainda h diversas dificuldades e barreiras historicamente construdas. Grande parte dos brasileiros no tem acesso rede de esgoto.Assim, fazemsuasnecessidadesbeiradosriosouemsanitrios improvisados, cujo esgoto corre a cu aberto. Associe-se esse hbito ao fato de muitos rios e lagos brasileiro conteremo caramujo - o hospedeiro intermedirio do Schistosoma mansoni, agente causador da doena - e veja-se a extenso do problema. O simples ato de tomar banho em um rio, para se refrescardocalorouse divertir comosamigos,passaa constituir umrisco potencial de adquirir a esquistossomose.Em vista da grande dificuldade de atendimento e acompanhamento30A gua considerada um dos meios de transporte para o agente causador de doenas tanto por sua ingesto direta,contato com a pele e mucosas ou irrigao no plantio de alimentos.nos servios de sade, muitas pessoas convivem com a doena sem receber tratamento adequado e quando conseguem acesso a um hospital,geralmente apresentam graves seqelas.Essas consideraes ressaltam que a relao sade e meio ambiente toestreitaquenosepodepensar queaformaodo(a) profissional tcnicodareadesade- atenha- seapenas aoensinodecontedos especficos.Como podemos perceber, atravs deste conhecimento especfico amplo o profissionaltcnico da rea da sade passa a ter grande responsabilidade em relao preveno de doenas e manuteno da sade das pessoas da comunidade em que vive ou do local onde trabalha que inclui tanto as aes diretamenterelacionadassdoenaspropriamenteditasquantoaquelasde carter mais geral.EXERCCIO 31Ningumpodecuidardesuasadenem buscarqualidadedevidasenopossuiras informaesmnimasnecessriasparatal.A desinformao afeta o homem e sua famlia.Analise a realidade de sua comunidade, observe se existe uma determinada doena que ocorre comfreqncia. Talvez voc j saibamuitoarespeitodela, eisso importanteparasuaatuao como profissional de sade._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________32Amplieseufocodeobservaoerelacioneasrelaese pontosde contato existentes entre a sade, educao e meio ambiente-estareflexovisalev-lo(a)apensarsuaprpria prticacomoprofissionaltcnicodareadasade,deforma a melhor-la a partir desse conhecimento.Comodeversersuaprtica/ouposturaprofissionalem relao a isso comente:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________EscovaoA escovao de extrema importncia para a remoo da placa bacteriana, higienizao da boca e a conservao dos dentes. Cuidados para preservar a sade de seus dentes.1.Posicione a escova num ngulo de 45, dirigindo as cerdas para a juno dos dentes com as gengivas.2.Massageie as gengivas enquanto escova os dentes, com compresso suave e pequenos movimentos rotatrios em direo ao dente por 10 segundos para cada 2 dentes, assim remove as partculas de alimento. 3.Limpe todas as superfcies internas e externas dos dentes superiores e inferiores, usando a angulao e o movimento corretos.4.Faamovimentosvibratriosparafrenteeparatrs, comfora moderada, para limpar as superfcies de mastigao dos dentes superiores e inferiores.5.Por fim, escove a parte superior da lngua. .Escovas recomendadas:so as de cerdas comas pontas polidas e arredondadas para no danificar o esmalte do dente e a gengiva, e de tamanho adequado a boca para conseguir uma limpeza conveniente aos dentes posteriores.Placa bacteriana: uma massa incolor, pegajosa, composta por umacolniadebactriasqueseformadiariamentesobreasuperfciedos denteseaoredor dalinhadasgengivas. Elaaprincipal causadorade 33doenascomocrie, gengiviteeperiodontite. Pararemov-lanecessrio escovar os dentes, principalmente aps as refeies, utilizando creme dental com flor. O fio dentalou fita dentale o enxaguatrio so complementos de uso dirio.COMO USAR E PORQUE DEVO USAR O FIO DENTAL? O fio dental eliminaaplaca(umasubstnciapegajosacomgermes, queseformanos dentes e gengivas, que causa a doena gengival) bem como restos que podem aderir aos dentes e gengivas e, entre os dentes. A limpeza com o fio dental essencialpara remover a placa que fica entre os dentes onde a escova no alcana. Limpar os dentes diariamente com o fio dental aumenta as chances de mantlos saudveis por toda vida. Se voc remove a placa com o fio dental que se forma entre os dentes, pode diminuir assimas chances de ter problemas nas gengivas.COMO USAR O FIO DENTAL1.Enroleasextremidadesdeumpedaodefiodental de18a24 polegadas (46 a 60 cm) em torno de seus dedos.2. Segure o fio entre o polegar e o dedo indicador de cadamo. Deixe cerca de 2,5 centmetro de fio dental entresuas mos.3.Passeofiodental suavementeentreosdentes. Quandochegar a linha da gengiva, faa uma curva emforma de"C" ao redor do dente, certificando-se de chegar abaixoda linha da gengiva.4. Deslize suavemente o fio dental para cima e para baixovrias vezes, entrecadadente, incluindoosdentesdofundo. Apliquepressocontraos dentes durante apassagem do fio dental. Desenrole mais fio dental, medida que for necessrio. Suas gengivas podem sangrar durante a primeira semana, atque acamadade placaseja rompida, as bactriasremovidas esuas gengivas cicatrizadas.341- 2-3-4 -3.1- PROCESSOS SADE-DOENAE INDICADORES SOCIAISCidadania: conceitos eReflexesExiste um ditado popular que diz: os meus direitos terminam quando comeam os dos outros.Essa histria de direitos sempre foi um problema na convivncia entre aspessoas, sejaadois, emfamliaounacomunidade. Quemnotemum vizinho que no final de semana liga o som alto, s 5 horas da manh; ou que estaciona o carro em nossa garagem ou o lixo na frente de sua casa, um dia antes de a coleta passar?No trabalho, tambm comum aquele que ocupa o telefone otempo todo, impedindo a comunicao dos demais ou que no cumpre adequadamente suas tarefas. Essas atitudes so, sem dvida, um desrespeito cidadania dos demais.Mas o que exatamente significam as palavras cidado e cidadania?Considera-secidadotodoaquelequeestnoamplogozodeseus direitos; quenotemcondenaoepodetransitar emtodos os espaos normalmente freqentados pelos demais; que pode votar e ser votado; que tem garantido o acesso aos bens de consumo.35A esse conjunto de direitos, chamamos cidadania. Representa o direito vida em seu sentido pleno e irrestrito. Para consolid-la, faz-se necessria umasociedadepoliticamenteorganizada, democrticaepreocupadacomo bem-estar social.Quantoaohomem, cabe-lheoexercciodacidadaniapor meioda participao, passando de mero receptor de ddivas para um ser que interage comomeio, percebeasdiferenasetransforma-seemsujeitodaquiloque pode conquistar. Sem dvida, a cidadania o viver em sua plenitude, em sua essncia e, por isso, precisa ser construda coletivamente. Sabe-se que essa conscincia coletiva no to fcil de serconstruda numa sociedade em que o capitalismo globalizado cria erecria indivduos voltados para suas necessidades, sempre prontos a resolver apenas seus problemas. Para esses, o meu supera o nosso, impedindo sua participao em lutas por direitos universais e coletivos.Ento, a cidadania um direito que para ser conquistado deveser construdo coletivamente, no s no sentido de atender a necessidades bsicas mas deacessoatodos os nveis deexistnciado homem.Porm, como entender essa palavra de significado to amplo e distante da nossa realidade?36Alguns autores, para facilitar a compreenso, desdobraram-na em trs tiposdedireitos: civis, polticosesociais. Noentanto, nocotidianodeuma nao esses direitos no so vistos isoladamente, esto interligados, inseridos um no outro, dando forma e movimento ao conceito de cidadania.Com relao aos direitos civis, todos temos o direito de ir e vir,assegurado em nossa Constituio.Mas ser que isto realmente ocorre?Na verdade, esse um dos direitos mais transgredidos na histria da humanidade. Hitler, durantea2GuerraMundial, paracriar umaraapura excluiu as demais que ameaavam seu projeto. Naquele momento, os judeus esconderam-se para que sua etnia no fosse extinta.Eles tinhamseus corpos, podiamir e vir, mas havia umregime ditatorial que os segregava.Outro exemplo foi o que ns, brasileiros, vivemos a partir de1964, quando os cidados foram impedidos de expressar sua opinio, presos e eliminados por no ter a mesma convico poltica do grupo dominante.Nestes dois exemplos, as pessoas eram donas de seu corpo, mas no donas do direito.Outra experincia refere-se especificamente classe trabalhadora.Dizemqueostrabalhadorespodemescolherondevocolocarseus corpos e em que condies e ritmo vo trabalhar, mas isso no realidade.Notamos que a histria do trabalho est repleta de contradies.Aprimeiradelasodescompassodomercadodetrabalhocomo sistema de educao. Parece que uns nascerampara ocupar cargos de destaque na sociedade; outros, para ser operrios.A falta de preparao na infncia, adolescncia e juventude impe ao trabalhador um esforo e um sofrimento desumanos, muitas vezes expressos no desemprego e subemprego. Na verdade, no basta que o corpo seja meu; ele temque ter acesso a outros direitos para que eu possa exercer efetivamente o direito civil de transitar pela vida em toda a plenitude.Segregar - separar com a finalidade de isolar e evitarcontato entre pessoas.Polticas pblicas conjunto de objetivos que formam um programa de ao do governo para problemas relativos coletividade.37Osegundodireitoosocial, cujarefernciaoatendimentodas necessidades humanas bsicas, como o direito alimentao, habitao, sade, educao e trabalho com salrio digno.O desrespeito a esse direito manifesta-se pelo nmero de analfabetos edecrianas foradaescola; peloacessorestritos universidades; pelo aumentogradativodataxadepobreza, comaconseqenteproliferaode favelaseacampamentos; pelafaltadepolticasdeassentamentourbanoe rural de impacto na qualidade de vida da populao.Na verdade, a correo dos desvios no acesso aos bens de consumo s se efetivar com modificaes nas bases do capitalismo, que impedem a distribuio mais eqitativa do rendimento bruto do pas.Ou seja, preciso que os recursos gerados pelos impostos favoream a todos os cidados atravs da implementao de polticas pblicas.O direito poltico est relacionado com a deliberao do homem sobre sua vida. Utilizando-o sabiamente, garantiremos os direitos de livre expresso de pensamento e de prtica poltica e religiosa, de acesso de todos escola e de salrios dignos. Esse direito temrelao comaconvivncia entre os homens, por intermdio de organismos de representao.Essas representaes podem ser exercidas diretamente, por meio dos sindicatos, partidos, movimentos sociais, escolas, conselhos e associaes de bairro; ou indiretamente, pela eleio de presidente da Repblica, governador, parlamentares, prefeitos e vereadores. de forma indireta que resistimos s imposies dos Poderes, com greves ou de movimentos de presso como o dos sem-terra e sem-teto, dos indgenas pela demarcao das reservas, dos homossexuais pelo direito ao casamento e outros.Emtodasasnaesdomundoessesdireitosestogarantidosnas Constituies, sendoque, emcertoscasos, algunsartigosrequeremmaior detalhamentoparaevitar dvidasdeinterpretao. Issonoquerdizerque, pelofatodeconstaremlei,seronaturalmenterespeitados.O quevimos justamente o contrrio - muitos no passam de letra morta, no saem do papel. Como exemplos, podemos citar grupos da populao cujosdireitos esto garantidos na legislao mas que no cotidiano so desrespeitados: caso dos idosos, crianas, adolescentes, negros e mulheres.38Quanto situao dos meninos e meninas de rua no Brasil, temos que considerar que suas famlias esto inseridas num contexto histrico caracterizadopor aspectoseconmicos, sociais, polticoseculturais. Essas famlias tm o seu cotidiano marcado pelas profundas desigualdades existentes na sociedade, que as restringem e mesmo excluem do acesso aos principais meios para uma vida digna: emprego e renda, educao, alimentao, sade, habitao, lazer, etc. No entanto, em nossa Constituio todos esses direitos so garantidos no captulo dos direitos sociais.Livre expresso a forma de expressar o pensamento que caracteriza um indivduo ou um grupo de pessoas baseada em uma viso de mundo; o que difere de opinio, definida como manifestao sobre um certo assunto.Tendoemvistaoestadodemisria, os pais colocamseus filhos precocemente no mercado informal de trabalho, o que representa possibilidade de aumento no oramento domstico. Se pensarmos que a criana deve ser protegida at que alcance a maturidade necessria para comear a trabalhar e que o Estatuto da Criana e do Adolescente (lei complementar) no permite o trabalho antes dos 14 anos, constatamos que a atitude dos pais, conseqncia da privao, de total desrespeito cidadania de seus filhos.O resultado a constituio de uma populao flutuante de meninas e meninos, quepassamos diasnasruasevoltam paracasa,sendopor isso chamados de meninos(as)nasruas; e aqueles que moramnas ruas, conhecidos como meninos(as) de rua.Ao contrrio do que pensa a maioria da populao, os meninos(as) que perambulampelas ruas das grandes cidades do pas no so crianas abandonadas pelas famlias. Grande parte delas tem vnculo familiar, estando nas ruas por vrios motivos, dentre eles para fazer algo que possa contribuir para o sustento da famlia.Aruatorna-seumespaodemoradiapermanenteoueventual, de brincadeira e de luta pela sobrevivncia, e por meio do trabalho (como no caso dos vendedores ambulantes, limpadores de pra-brisas de carros, guardadores de automvel, carregadores das feiras e de supermercados, dentre outros) ou 39mesmodospequenosdelitos elesacabamadaptando-seaessaformade viver.Onde esto os direitos dessas crianas e adolescentes? No deveriam ser assistidos pelo Estado, por estar desamparados?Outro grupo que vem sofrendo pela falta de infra-estrutura para atender a suas necessidades o da terceira idade. Nosso pas estdespreparado para dar-lhe o apoio necessrio. Os poucos recursosque restaram dos sucessivos desvios da Previdncia no garantemsua aposentadoria.importanteressaltar queexistemdoistipos deenvelhecimento:o essencialmente biolgico e o social. Biologicamente, o organismo entra em decadncia, em declnio, porque se reduzem suas possibilidades de subsistir.A morte, embora possa advir a qualquer momento da vida, freqentemente chega na velhice.Socialmente, nossapopulaoestmaisvelhapor duasrazes: o declnio da mortalidade e a queda da natalidade.As vacinas e antibiticos, os avanos tecnolgicos, tornaram-se acessveis populao e os mtodos contraceptivos, antes restritos s pessoas debom nvelsociocultural, sohojedisponveiss mulheres de baixa renda.Esse aumento do nmero de idosos exigir uma ateno especial dos servios de assistncia social e de sade. Desenvolver polticas que atendam a essa demanda um desafio para os pases em desenvolvimento.40As polticas sociais especficas devem estar voltadas para aintegrao do idoso ao meio e para a sensibilizao da sociedade no sentido de combater o preconceito, estimulando a convivncia comos mesmos.Na sociedade brasileira, o idoso dispe da Lei n. 8.842, cujoobjetivo assegurar seus direitos, criando condies de promoo de sua autonomia, de integrao e de participao efetiva na sociedade.Na rea de sade, suas aes so:- garantir ao idoso a assistncia sade, atravs do SUS;- prevenir, promover, proteger e recuperar a sade do idoso;- adotar, aplicar e fiscalizar normas de funcionamento para instituiesque cuidem do idoso;- elaborar normas de servios geritricos hospitalares;- treinar equipes interprofissionais;- realizar estudos epidemiolgicos de determinadas doenas seniscom vistas preveno, tratamento e reabilitao;- criar servios alternativos de sade para o idoso.Todos conhecemos os servios de sade e sabemos como difcil o acessodoidosoaosistema. Geralmente, enfrentamfilasquilomtricaspara garantir uma consulta ou adquirir um medicamento.Naverdade, nasuatotalidadeessesdireitosaindanosaramdo papel.Finalizando, nopodemosperder devistaqueessesdireitosesto interligados e um depende do outro. Para se construir a cidadania de um povo faz-se necessria a participao de todos, discutindo, votando, controlando o exerccio dos diversos poderes legalmente institudos.Os pontos comuns para a concretizao dessa conquista so a participaoeodilogo, paraquesejamefetivadasdeterminadaspolticas, criando consenso quanto a propostas e lutas.41Demanda procura, busca. No caso especfico, a populao de idosos em busca de, ou procura de, servios de assistncia social e de sade.Doenas senis doenas que resultam do processo de envelhecimento, como artrose, artrite, arterioesclerose, entreoutras.3.2 O processo de construo doSistema nico de Sade (SUS)Ao longo de sua formao histrica, os modelos de desenvolvimento adotadosnoBrasil priorizaramasquesteseconmicasemdetrimentodas sociais, tendo como resultado o empobrecimento de parcelas significativas da populao, gerandoexcluso social e produzindo no meio ambiente umprocesso de fragmentao e diviso desordenada do espao territorial.42ExercicioDiante desse contexto, restamos perguntar: Voc umcidado pleno? Est construindo a cidadania de nossa nao?Participa de sindicatos, conselhos, associao de moradoresou outras organizaes que lutam pelo direito decidadania?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Essa poltica reflete-se na organizao das aes e prticas de sade, cujoprincpioaassistnciaindividual, emlugar dacoletiva. Sualgica garantir o corpo sadio em condies de produzir.OmovimentodaReformaSanitria, concebidoduranteosanos70, contrape-se a essa forma de pensar e agir sobre as questes da sade. A estratgia de romper com o modelo assistencial que prioriza o atendimento ao indivduo, desvinculado do meio em que este est inserido e encontrar um sistema de sade que atendesse s necessidades da populao sem distino de raa, gnero, faixa etria e renda era o grande desafio do movimento.Enfatizar que a Reforma Sanitria um processo significacompreend-la como algo emebulio, criado e recriado a cada momento, dependendo da organizao, disponibilidade coletiva e da situao apresentada, por correlao de foras polticas, econmicas, sociais e institucionais.Assim pensando, no h condies de se imaginar que de um dia para outrosepudesseafirmar: Aqui comeaaReformaSanitria. Nocaminho, houve lutas, transformaes, perdas, ganhos. Participao de movimentos de trabalhadores, polticos, estudantes, servidores pblicos, empresrios e outros atores sociais, compreendendo o poder dessa participao nas definies das polticas pblicas de educao, habitao, renda e lazer de uma nao.Oque fundamentalmente caracteriza as mudanas na poltica de sade no perodo 1980/90 que elas ocorreramdurante profunda crise econmica. O pas via-se mergulhado na inflao, recesso e desemprego, o que coincidia com seu processo de redemocratizao.Apartir de1987, comacriao, por decretofederal, dosSistemas Unificados e Descentralizados de Sade SUDS, que deramorigema convnios especficos firmados entre a Unio e os estados, a sade passou a gozar de maior relevncia no cenrio nacional, culminando coma Carta Constitucionalde 1988, que criou um sistema de seguridade socialcom trs reassolidriasmasdistintasentresi: asade,aprevidnciasocialea assistncia social.O direito sade definido como direito de todos e dever doEstadono artigo no 196 da Constituio Federal de 1988 - foi regulamentado no ato da publicao das Leis n 8.080 e 8.142, ambas de 1990 43e que passaram a denominar-se, em conjunto, Lei Orgnica da Sade LOS. Leis de carter geral que traam diretrizes e garantem:a) polticas sociais e econmicas que visem a reduo do risco dedoena;b) o acesso a servios de sade que visem a promoo, proteo e recuperao da sade.O Sistema nico de Sade (SUS), legalmente institudo no conjunto de leis referidas, ampliou o conceito de sade articulando-a fortemente questo ambiental, democratizao nas tomadas de deciso com participao popular ereafirmaodopodermunicipal. Essaampliaolimitouaexpansoda assistncia mdico-hospitalar e a cultura damedicalizao, invertendo a idia de que sade a ausncia de doena.A sade passa, ento, a ter como fatores determinantes econdicionantes, dentre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento, o ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais. Assim, no mais o caso de se pensar emgarantir sade, exclusivamente, pela ausncia de doena. A sociedadeexigeaes interativas, solidrias eintegrais queassociemas realidades locais, na rea econmica e poltico-institucional, assegurando direitos e deveres, liberdade e participao.Esse Sistema estabeleceu de forma inovadora trs conceitosbasilares: a unificao das instituies que atuam na rea de sade como meio de integrar aes e servios; a democratizao como garantia a todo cidado do acesso igualitrio aos servios e a ateno sade; a descentralizao como possibilidade de direo nica em cada esfera de governo, comnfasenadescentralizaodosserviosparaosmunicpios, colocando-os mais prximos do usurio.Na cultura da medicalizao se prioriza a utilizao deexames com equipamentos de alta tecnologia e o consumode medicamentos industrializados para a sade.Diretrizes - so os princpios presentes nas leis.44Desse modo, definiram-se as atribuies ecompetncias de cada esfera de governo:-esfera federal a ela compete: formulaes de polticas nacionais de planejamento, normatizao, avaliao e controledo sistema em seu mbito; apoio ao desenvolvimento cientfico,tecnolgico e de recursos humanos; coordenao das aes de educao para a sade; regulao do SUS de abrangncia nacional; cooperao tcnica e financeira; regulao das relaesentre rgos pblicos e privados; regulao da atividade privada; acompanhamento e anlise de tendncias do quadro sanitrio nacional, dentre outros.- esfera estadual a ela cabe a formulao da poltica estadualde sade; a coordenao e o planejamento; a formulao e acoordenao da poltica de investimentos setoriais em seu mbito;a coordenao da rede de referncia estadual e a gesto dosistema de alta complexidade; a coordenao estadual das aesde vigilncia sanitria, epidemiolgica, de educao para sade,dos hemocentros e da rede de laboratrios de sade pblica;o estabelecimento de padres de ateno sade no seumbito, dentre outras.- esfera municipal a ela compete a proviso das aes e servios de sade, envolvendo a formulao de polticas de mbitolocal e o planejamento, execuo, avaliao e controle dasaes e servios de sade, quer sejam voltadas aos indivduos,ao coletivo ou ao ambiente, inclusive a educao para a sade eos processos de produo, distribuio e consumo de produtosde interesse para a sade.Essegraudeunioentreastrsesferasdeterminaummodelode ateno sadepara o SUS que tem por objetivo estruturar as prticasde sade propostas para a sociedade brasileira. Em termos prticos, o modelo de ateno contm as orientaes bsicas para o desenvolvimento das prticas de sade em nvel local, regional e nacional.Nessa dinmica,a construo doSUS sustenta-se nosprincpios de eqidade, integralidade, universalidade, descentralizao e controle socialda ateno sade.45Oprincpio da eqidadedispe sobre a igualdade no direito a assistncia sade, definida com base nas situaes de risco, condies de vida e estado de sade da populao.6O princpio da integralidade orienta as prticas de sade pela viso integral do homem, de tal forma que o estado dos indivduos e da coletividade sejam considerados como resultantes das condies de vidaexpressasemaspectoscomoeducao, lazer, renda, alimentao, liberdade, condies de trabalho, relao com o meio ambiente, habitao, etc.O princpio da universalidade garante o acesso de todo cidadoaos bens e servios produzidos na rede de ateno sade, independente de vnculo empregatcio ou de contribuio previdenciria, sem preconceitos ou privilgios.Peloprocessodedescentralizaopromove-searedistribuiodo poder, nassuasvertentestcnica, polticaeadministrativanombitodas prticasdeatenosade, entreostrsnveispoltico-administrativosdo SUSfederal, estadual emunicipal, cujasatribuiesforamanteriormente detalhadas. Portanto, compreende-seadescentralizaocomoumprocesso de transferncia de responsabilidade e recursos da Unio para os estados e destes, principalmente, paraosmunicpios, ondedeveconstituir-seamaior parte da estrutura assistencial em sade.Segundoas diretrizes doSUS, aredistribuiodepoder entreas esferasdegovernocomplementa-sepelaparticipaopopular eocontrole social.Entende-se controle socialcomo um conjunto de prticas que visam ao exerccio dacidadania e garantia do acesso docidado ainformaes sobresade. Imaginemos quecadacidado, nessenovocontexto, possa formular propostas de reestruturao para o sistema de sade, do planejamento execuo, intervindo na definio das polticas de sade nas trs esferas de governo, bem como na gesto e execuo das aes e servios de sade.O controle social se efetiva com a participao nos ConselhosNacional, Estadual e Municipal legalmente legitimados nas ConfernciasdeSade, quedevemser realizadasacadadoisanos. Nos municpios, alm do Conselho Municipal pode-se encontrar dois outros fruns 46de participao: o Conselho Distrital - que representa determinada regio local - e o Conselho Gestor - que controla o funcionamento das unidades de sade.Desde a criao do SUS, dois pontos polmicos marcam as discusses: o financiamento do Sistema e a composio paritria dos Conselhos.O art. 35, vetado na lei n 8.080/90 e reeditado na 8.142, dispe sobre o financiamento para a sade no oramento fiscal de cada esfera de governo, atrelandoaliberaoderecursoscriaodeplanodecargos, carreirase salrios; existnciadefundos edeConselhos; aoplanodesadee elaborao anual de um relatrio de gesto.Asdificuldadesdeadequaodopoder municipal paracumprir as exigncias acima descritas levaram os gestores de sade a idealizar normas operacionais redefinindo toda a lgica do financiamento e, conseqentemente, da organizao do SUS, consolidando um sistema de pagamento por produo de servios ao setor pblico. Atualmente, o financiamento do sistema de sade reguladoatravsdecritrios quelevamemconsideraoonmerode habitantes por regio, os tipos de doenas que mais acometem a populao, o quantitativo de unidades de sade, e o desempenho tcnico, econmicoe financeiro do municpio no perodo anterior.Os valores hoje pagos por procedimentos - vacinas, curativos, inspeo sanitria, visita domiciliar, consultas emespecialidades mdicas bsicas (clnica mdica, pediatria, gineco-obstetrcia e pequena cirurgia ambulatorial) - e os procedimentos preventivos de odontologia seriam repassados a todos os municpios habilitados na gesto plena do bsico, a partir de um valor por pessoa residente em um determinado municpio.Dessemodo,osmunicpiosteriamcondiesdearticularoconjunto daspropostas, programaseestratgiasquevmsendodefinidosnonvel federal e em vrios estados, tomando como referencial instrumentos financeiros como o PAB(Piso de Ateno Bsica); gerenciais e tcnico-operacionais, a exemplo da Programao Pactuada Integrada(PPI), doProgramadeAgentesComunitriosdeSade(PACS), do ProgramaSadedaFamlia(PSF) edoProgramadeVigilnciaSade (VIGISUS), quepossibilitamaconstruodeummodelofundamentadona promoo da qualidade de vida.47Uma das formas maisatuais de reorganizao do sistema desade local a estratgia de Sade da Famlia, que tem como objetivo deslocar o enfoque da assistncia hospitalar individualizada para uma assistncia coletiva, nos diversos nveis de ateno sade. Uma condio bsica para o sucesso dessa estratgia a mudana na poltica de formao de recursos humanos na rea de sade e outras afins.Enfim, todaareorientaoeos princpios legais estabelecidos na Poltica Nacional de Sade no Brasil so instigantes e provocam reflexes, tais como: o que desejvel e necessrio no sistema de sade de seu municpio? Quais os grandes obstculos na implantao do SUS e como super-los?3.3 Elementos fundamentais que Influem na Sade e na DoenaSadeA sade para cada ser humano um fim, e para a sociedade a que pertence, um meio.48Paritria - constituda por igualdade de representaes,tanto dos rgos de governo como da sociedade em geral. ExercicioComo as normas que estabelecem as mudanas nas formas de repassefinanceiroderecursosparagerenciar osistemade sade tm sido aplicadas em seu municpio?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________umfim, umobjetopermanentedepreocupaoindividual, porque permite a cada um realizar-se. um meio porque constitui um componente de desenvolvimento, isto , um conjunto de esforos que conduz ao bem-estar social.A sade um direito de todos e no um privilgio de alguns.A sade um direito universal que distingue uma sociedade civilizada.Gozar sade, nocontextogeral, umdosdireitosfundamentaisde todo o ser humano, semdistino de raa, religio, ideologia poltica e condies econmica e social.A sade de todos os povos a condio bsica para se alcanar a paz e a segurana, e depende da cooperao das pessoas e do Estado.Ainflunciadahigienedomeio, aimportnciadahabitao, ea preveno das doenas, so reconhecidas por todos os povos como o nico meio que permitir um completo bem-estar fsico, mental e social.A melhoria das condies de vida depende de: Habitao humana; Ar; Alimentao; Saneamento bsico, uma das pedras fundamentais da SadePblica, quereneumgrupodeaesdesadedirigidasao meio.Para considerar o indivduo com sade, necessrio que ele atinja um nvel excelente de ajustamento equilbrio entre o homem, os agentes e o meio ambiente.Podem ser considerados como mais importantes, os seguintes sinais: Crena em Deus; Alegria de viver; Peso de acordo com a altura, a idade e o sexo; Posio correta, sentado, de p e andando; Msculos rijos e fortes; Marcha diria ao ar livre ao menos durante uma hora; Dentes claros, ntegros, sem falhas; Digesto fcil de alimentos variados; Funes sexuais normais;49 Sono tranqilo, contnuo durante sete a nove horas; Audio bilateral, permitindo ouvir conversa normal a cinco metros de distncia; Emoo controlada; Imunizaes conforme os esquemas de vacinaes; Hbitos de asseio normal; Visobilateral, permitindoler letrasdeumcentmetroa cinco metros de distncia e de dois milmetros, a 33cm; Capacidade de ateno prolongada; Apetite sem deficincia; Capacidade de adaptar-se a novas condies do meio; Ausncia de qualquer dor ou fadiga; Reflexos nervosos preciosos; Evacuao intestinal diria; Passo gio e firme; Excreo diria de 1.200 a 1.600 ml de urina; Respirao pelo nariz com 16 a 18 movimentos por minuto; Presso arterial: Mx. 11 a 13 e Mn. De 6 a 7,5; Sistlica 110 a 130 e Diastlica de 60 a 80; Pulso batendo de 70 a 80 por minuto; Destemor em face dos seres e das coisas.Os problemas de sade de cada pas esto ligados cultura, histria e ao desenvolvimento scio-econmico e poltico.No processo de desenvolvimento, a sade tem merecido prioridade nos programas de administrao dos governos. No entanto na maioria das regies, a grande parte dapopulao noconsegue atendimento satisfatrio nemse beneficia da tecnologia da sade.Oatendimentoinsatisfatrioouatotal faltadeassistnciaobrigaa populao a depender de recursos locais, como a assistncia prestada pelos curiosos, pelos prticos de farmcia, atendentes e outros.Relevantes esforos de mbito nacional, para promover a assistncia primria a nvel comunitrio, so considerados como a nica forma vlida para o desenvolvimento rpido e eficiente do servio de sade.50O enfoque da assistncia primaria exige que se desenvolvam, novos tipos de atendimentos, a partir de estruturas perifricas modeladas, seguindo o contexto emque devero servir. Epara que estes esforos sejambem sucedidos, importante que a populao local se engaje ativamente na formao de atividades de sade para que a assistncia possa adequar se s necessidades e prioridades locais. necessrio e importante: Queaassistnciaprimariaintegreserviospreventivose curativos, tanto a nvel de atendimento individual, quanto de comunidade; Que todas as intervenes no campo de sade se faam ao nvel mais elementar possvel e com pessoal treinado da forma mais simples para essa atividade; Que sejam destacados outros escales de assistncia para servir de apoio s necessidades de nvel elementar, especialmente, as de apoio tcnico, como superviso; Que a assistncia primaria se integre totalmente ao servio de outros setores que se relacionam com o desenvolvimento comunitrio (agricultura, educao, obras pblicas, habitao e comunicao); Atendimento adequado tanto individual como coletivo.O nvel em que a sade, qualquer que seja sua definio, se percebe como desejvel, depender do lugar que ocupa na hierarquia total de valores.Para compreender a dimenso de Sade, no mundo atual, importante conhecer as mudanas que esto acontecendo, em relao:- poltica habitacional;- desnutrio endmica e epidmica;- Ao combate s enfermidades infecciosas;- assistncia materno-infantil.O homem com sade participa ativamente da vida. O homem doente um espectador. Doena51O homem uma varivel, diferenciando-se um do outro, no somente pelas: Feies; Grupo sanguneo; Cor; Estatura.Evriosoutrosaspectosbiolgicos, inclusivearesistnciaaomeio ambiente e aos parasitas.Conclui-se que as doenas, no seu aspecto clnico, na menor ou maior susceptibilidade, variam de um para outro indivduo; como tambm a resistncia pode ser atingida por fatores: Ambientais; Desnutrio, etc.A sade no tem o rigor de um cdigo penal, coletnea de leis que, pelamenor infrao, pagaumpreo. No, asregrassomaiosoumenos globais, abrangentes, que dizem respeito mdia dos homens, e casos, so inteiramente genticas.Em face dos componentes: O homem (hospedeiro); O agente (o micro e macro parasita); O meio (ecossistema).Eda interao dos trs, compreende-se o homemcomo umser psicossomtico, interagindo com o seu meio bio-psicossocial.Da inter-relao do homem com o ecossistema; O meio fsico; O meio biolgico; O meio scio-econmico.Resulta o binmio Sade Doena.Para identificao da doena, necessrio estud-la, quanto aos aspectos:a) Patolgicos sinais e sintomas;b) Epidemiolgicos distribuio e determinantes na populao.52Conforme foi descrito, os estados de sade e de doena no acontecem apenas pela ao isolada de qualquer fator, mas sim de interao desses fatores, como: Homem portador de caracteres inerentes ou adquiridos. Ex. hereditrios (sexo,raa, idade), nveldenutrio, de imunidade e psicolgicos.Os determinantes genticos tm a sua importncia. Ex. a tuberculose um caso, pois s o contato com o bacilo de koch no basta, dependendo de susceptibilidade e fatores a estafa e a desnutrio. Agentes a) Animado (ex. vrus, bactrias, fungos, etc);b) Inanimado (ex. calor, frio, txicos, acidentes, etc). umtanto difcil estabelecer uma linha demarcatria entre um indivduo e os outros, entre ns e os microorganismos que habitam a pele e o interior do corpo, pois quase como se fossem um complemento natural.A pele ricamente colonizada, assim como a cavidade nasal, a faringe, a boca e todo o tubo digestivo, independentemente das fezes que so constitudas de 9% a 10% de bactrias.Para que a doena tenha incio, so necessrios fatores especiais. Ex. paraqueostafilococusaureus dapelesejacapazdecausar abcesso, indispensvel que exista um ferimento, ou seja, uma soluo de continuidade. Fatores de Risco a patogenicidade dos agentes infecciosos, podendo determinar maior ou menor consequncia para o hospedeiroadoena. As infeces causadas por agentes pouco patognicos permitem que grande nmero dos hospedeiros alberguem o agente sem apresentar a doena. Meio todas as causas que contribuem para o aparecimento de uma doena esto relacionadas como meio, por exemplo:1) Meio Fsico topografia do terreno, ventos, relevo, umidade, temperatura, etc;2) Meio Biolgicoa) Faunapropiciandoafontedeinfecodadoena. Ex: porco, morcego, mato e gato, na doena de chagas;53b) Floraquandoohomemfazderrubadadervoresna mata, o mosquito permanece e pica. Ex: o Aedes, transmissor da febre amarela;3) Meio Scio-econmico a concentrao de populao favorece o aparecimento de doenas:a) Poliomielite incide em populao mais jovem na zona urbana do que na rural;b) Comportamento humano.Segundo as causas, as doenas dividem-se em: Infecciosas; Parasitrias; Alrgicas; Metablicas; Carenciais; Txicas; Degenerativas; Psicognicas; Iatrognicas; Hereditrias; Congnitas.Somente as doenas hereditrias e congnitas no podem ser evitadas pelo prprio indivduo.Asade umimensurvel tesouro que devemos, ns mesmos, preservar, recomendo, previamente, aos meios que evitamou ajudama impedir as enfermidades.AsregrasdeHigiene, divulgadasnosprogramasdeEducaoem Sade, so os meios para atingir o fim.3.4Problemas decorrentes da urbanizaoApartir daimplantaodeprojetosindustriaismuitosdosgrandes centros urbanos sofreram significativas transformaes. Pessoas que moravam nazonarural paraelesmigraram, acalentandoosonhodeumempregoe 54acessoeducaodequalidadeeabenseservios. Comoresultado, as cidades incharam e houve grande deteriorao na qualidade de vida pela falta de um planejamento que previsse o desenvolvimento de polticas pblicas de carter preventivo.O nmero de pessoas aumentou, bem como a quantidade de carros emcirculao; aglomeradosformaram-senasperiferiaseapoluiodoar atingiu nveis alarmantes.Recentemente, algumasregiespassaramarealizar ocontroleda poluio e as secretarias estaduais e municipais a agir de forma articulada com os conselhos de meio ambiente, interferindo nas polticas das empresas poluentesmelhoriasque, emgrandeparte, forammotivadasporpresses das ONGs, organismos internacionais e programas de qualidade implantados nas empresas.Pensenosgrandesaglomeradosurbanosenasconseqnciasda poluio do ar para a sade das pessoas. Pense nos problemas respiratrios que afetam crianas e adultos. Reflita a respeito das medidas que vm sendo adotadas, no deixando de considerar os rgos por elas responsveis.- Ser que houve uma melhoria significativa?- Ser que as empresas fizeram o possvel?- Ser que o governo traou polticas adequadas de controle nessarea?- Ser que a vigilncia e a ao sobre os infratores tm sido efetivas?- Ser que os profissionais de sade tm atuado de forma correta?- Ser que o profissional de enfermagem tem se preocupado comas aes voltadas para a educao e temnelas se envolvido, participando mais efetivamente do controle social atravs dos Conselhos Estaduais e Municipais de Sade e de Meio Ambiente?Observando a realidade vivida pela populao de muitos desses municpios, podemos categoricamente afirmar que no!Ainda h significativa parcela da sociedade sem acesso gua tratada ou sistema de esgoto adequado. O destino dado ao lixo domstico,industrial e hospitalar no permite que falemos em condies adequadas de sade.Apesar deumnmeromaior demoradiasestaremhojerecebendo tratamentodeguaeestarligadarededeesgoto; apesar deexistir uma 55maiorpreocupaoquantoaotratamentoquedeveserdadoaosdejetos, necessrio observar que o acesso a esses servios absolutamente desigual.Muitosbairrosperifricosdosgrandesmunicpiosnotmainfra-estrutura mnima necessria qualidade de vida com sade.Prevenir doenas e manter a sade humana no depende apenas de campanhas de vacinao emmassa ou acesso aos servios de sade. Conforme dito, faz-se preciso planejar e investir de forma a permitir uma efetiva integrao de aes nas reas da sade, educao e meio ambiente.At aqui, referimo-nos ao meio ambientecomo espao fsico ondeo homem vive; espao por ele modificado com o objetivo de melhorar ou adequar sua sobrevivncia, por exemplo-desmatamento realizado com vistas construo de casas e ou espaoparaagropecuria; seuresultado, entretanto, bastantenocivopois altera o ecossistema;- construo de diversos tipos de fbricas, indstrias, etc. idealizado para dar lucros e gerar empregos, acaba poluindo o ar, rios e solo; Imbricao sobreposio parcial de uma coisa com outra.- controle de roedores, mosquitos e pragas de plantao visandoa preveno de doenas, termina por afetar a fauna e as lavourascom o uso indiscriminado de inseticidas e pesticidas.Agora, ampliaremosoconceitodemeioambiente, quenomaisse referir apenas ao espao fsico, mas tambm ao ambiente de trabalho. 56Adegradaoambientalafetaaqualidadedevidadetodasaspessoas;no entanto,essasituaomaisfreqenteentreaspopulaescarentes.Suas conseqncias podem ser muito graves.De acordo, com aula exposta onde foi falado sobre algumas problemticas ambientais, da sade e o descaso em muito municpios do interior, como voc se imaginatrabalhando em uma unidade de sade no interior do estado ou atuando em uma equipe do Programa Sade da Famlia, e pense como poderia agir para uma possvel melhoria no sadelocal ,discorra:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________,___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4- A SADE, O TRABALHO E O TRABALHADORSabemos que adequadas condies de trabalho so essenciais preservao e manuteno da sade fsica e mental. Portanto, a discusso do tema sade e trabalho deve necessariamente considerar as relaes existentes entre o homem que trabalha e o ambiente onde exerce sua atividade. Ao longo do tempo, esse ambiente sofreu modificaes, do mesmo modo que as relaes de trabalho. Atualmente, a evoluo tcnico-cientfica exige do trabalhador maior habilitao para o exerccio de suas atividades, colocando-o diante da competio pelo mercado de trabalho.Alm disso, a crescente expectativa de lucros por parte dos empresriosaumentousignificativamenteaexploraodaforadetrabalho, piorando as condies de vida e trabalho.Acompreenso da idia de que as condies de trabalho esto subordinadasexpectativadeobtenodelucrosfacilitaoestudodomeio ambiente de trabalho, espao onde os trabalhadores sofrem as conseqncias dosbaixosinvestimentos emmedidasdeprevenoecontroleindividuaise coletivos.Hoje, a inter-relao entre as reas de sade, meio ambiente e educaotemcontribudoparaas discussesqueenvolvem aqualidade de vida do trabalhador.Nesse sentido, algumas organizaes tm investido na realizao de cursosdehumanizaodoservio, emaesvoltadasparaamelhoriadas relaes entre os trabalhadores, reduo do estresse e fornecimento de equipamentos de proteo individual e coletiva. O que devemos lembrar que essas medidas no so benefcios graciosamente oferecidos pelos empregadores. Cada conquista obtida envolveu lutas e um complicado jogo de foras, entreoEstado, asempresaseasociedadecivil, organizadaem sindicatos e associaes. So umdireito conquistado. Almdisso, voc, trabalhador (a), no pode perder de vista que, por mais que tenham ocorrido mudanas, ainda h muito a ser corrigido.57De acordo, com aula exposta onde foi falado sobre algumas problemticas ambientais, da sade e o descaso em muito municpios do interior, como voc se imaginatrabalhando em uma unidade de sade no interior do estado ou atuando em uma equipe do Programa Sade da Famlia, e pense como poderia agir para uma possvel melhoria no sadelocal ,discorra:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________,___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Por exemplo, j pensou a respeito do pagamento da insalubridade?Vale a pena nos submetermos a um trabalho que nos tira o que temos de mais precioso, nossa sade, em troca de um percentual a mais no salrio? claro que no!Entretanto, muitosdessestrabalhosconsideradosinsalubresdevem ser realizados. Porm, queremos trazer para reflexo a idia de que muitas das condiesinsalubressquaisos trabalhadoresbrasileirosestosubmetidos poderiam ser eliminadas com investimentos em tecnologias mais avanadas.Mais uma vez, deparamos com a estreita relao entre trabalho, meio ambiente e sade, que precisa ser melhor compreendida.Voc, tcnico na rea de sade, pode estar indagando: o que tenho a ver com isso? Onde trabalhos no existem esses problemas...Talvez seja verdade!Possivelmente, essas questes no sejam to acentuadas na unidade de sade ou hospital em que voc trabalha, ou trabalhou, mas dizem respeito a 58Comoprofissionaldareadesade,faz-se necessriasuacompreensoacercadocontroledos agentesfsicos,biolgicosequmicosfundamental para a garantia da sade.Hcomodiscutiresseassuntosemtentarexplicar,mesmo quedeformabreve,asrazesquelevamosempregadoresa menosprezar as medidas de preveno e controle da sade de seus trabalhadores?Comente __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________-Insalubridade percentual adicionado ao salrio do trabalhador que atua em ambiente derisco sua sade fsica e mental.uma abrangncia presente em qualquer esfera da vida, especialmente na rea de sade.Oprofissional possui responsabilidades que se referemtanto s questesligadasprpriacondiodetrabalhoquantoidentificaode problemasrelacionadossadedotrabalhador, vigilnciasanitriaeaos servios de sade das empresas.A leso por esforos repetitivos, os nveis de rudos dos equipamentos, ousodeprodutostxicos, afaltadeinvestimentosnaadoodecertas tecnologias disponveis no mercado - que poderiamreduzir os riscos de doenas - e a no-melhoria das condies do ambiente de trabalho continuam sendo uma realidade.Os trabalhadores precisam conscientizar-se das responsabilidades que devemser cobradasdosgovernosedasempresasquedesobedecems normas es polticas depreservaodo meio ambienteedesadedo trabalhador.Tais polticas - como a Poltica Nacional de Sade do Trabalhador, por exemplo- soresultadodemovimentossociaisque, deformaorganizada, procuram identificar o descumprimento de determinadas normas e polticas e influenciar a adoo de estratgias que favoream a sociedade, em geral, e os trabalhadores, em particular.O objetivo das lutas que cada organizao social busca empreender a melhoriado acesso dohomem a alternativasmais adequadasno trato da questo da sade e do meio ambiente.Chamamos aateno, noentanto, paraofatodequeaprincipal questo a ser discutida no simplesmente a existncia de normas, mas se estas so ou no respeitadas ou cumpridas. Cada um de ns deve compreender a seriedade requerida pelo assunto.Osmuitosavanosqueaindadevemser alcanadosdependemda organizao de trabalhadores conscientes de seus direitos, conhecedores da realidade que os cerca e na qual esto inseridos, e cnscios de suas possibilidades.Como profissional tcnico da rea da sade, voc deve procurar conhecer operfil epidemiolgicodemorbimortalidadedostrabalhadoresdo estado ou municpio em que trabalha, ou seja, de que adoecem e morrem, a fim de que sua atuao profissional no seja descontextualizada.59Apesar de existir uma poltica geral de sade do trabalhador, em vista da dimenso territorial do pas e das caractersticas