48136851 dispositivos de drenagem
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Prof. MSc. Jordan Henrique de Souza
01/09/2010
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Contedo Programtico para esta aula.
Introduo
Definio e Classificao dos Tipos de Drenagem
Dispositivos de Drenagem
Drenagem Superficial
Drenagem para Transposio de Talvegues
Drenagem Profunda ou Subterrnea
Drenagem Subsuperficial
Referncias Bibliogrficas
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Orientaes para o aluno:Para um bom desempenho:
PONTUALIDADE
ASSIDUIDADE
COMUNICAO - INTERATIVIDADE
INTERESSE E CURIOSIDADE
TEMPO PARA ESTUDAR
VONTADE
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IntroduoOs maiores problemas de manuteno de uma estrada so oriundos dosefeitos negativos da gua, que tem por conseqncia:
A reduo da capacidade de suporte do subleito e demais camadas dopavimento, por saturao A variao de volume do subsolo, significativamente no caso de argilasExpansveis O surgimento de uma presso hidrosttica (presso neutra) que
diminui a presso efetiva de equilbrio do solo A eroso de estruturas de corte e de aterro ao longo do traadoe a instabilizao de taludes e encostas naturais.
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Uma boa estrada requer um teto
impermevel e um poro seco.
Gil Carvalho Almeida
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..para evitar que se deteriorem por danoscausados pelas poro-presses emovimentos de gua livre contida em suaestrutura.
MECANISMO DOS DANOS:6
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PROJETO DE DRENAGEM
Objetivo: evitar o acmulo e a reteno da gua na rodovia e
suas cercanias .
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Previso da intensidade e freqncia das chuvas,visando o escoamento superficial;Determinao de pontos naturais deconcentrao e descarga, e outras condieshidrulicas;Remoo dos excessos de gua prejudiciais, dosubsolo;Proporcionar a disposio mais eficiente dasinstalaes de drenagem, de acordo com o custo,importncia da rodovia, economia naconservao e normas em vigor.
PROJETO DE DRENAGEM
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gua
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Definio e Classificao dos Tipos de Drenagem Drenagem consiste no controle das guas a fim de se evitar
danos estrada construda.
Efetua-se este controle por meio da interceptao,captao, conduo e desge em local adequado das guasque:
existem no subleito;
penetrem por infiltrao no pavimento;
precipitem-se sobre o corpo estradal;
cheguem ao corpo estradal provenientes de reas adjacentes;
cheguem atravs dos talvegues aos aterros.
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Dispositivos de DrenagemDrenagem Superficial Destina-se a interceptar as guas que chegam ao corpo
da estrada, provenientes de reas adjacentes, e a captara gua pluvial que incida diretamente sobre ela,conduzindo-as para local de desge seguro, semcausar danos.
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1)Valetas de proteo de corte;2)Valetas de proteo de aterro;3)Sarjetas de corte;4)Sarjetas de aterro;5)Sarjetas de canteiro central;
6)Descidas dgua;7)Sadas dgua;8)Caixas coletoras;9)Bueiros de greide.
DISPOSITIVOS DE DRENAGEM SUPERFICIAL
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1)Valetas de proteo de corte;2)Valetas de proteo de aterro;3)Sarjetas de corte;4)Sarjetas de aterro;5)Sarjetas de canteiro central;
6)Descidas dgua;7)Sadas dgua;8)Caixas coletoras;9)Bueiros de greide.
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DISPOSITIVOS DE DRENAGEM SUPERFICIAL
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Drenagem SuperficialValeta de Proteo de Corte
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Tem o objetivo de interceptar as guas que escorrem peloterreno a montante, impedindo-as de atingir o talude.
Tambm paracolher a guaprovenientede outrasvaletas deproteo edas sarjetas,para os detransposiode talvegues.
quando inclinao do terreno natural chegar a 10% no sentidoda estrada, proximidades de pontes e pontilhes.
Problema maior:
SEDIMENTAO
ASSOREAMENTO
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VALETAS DE PROTEO DE CORTE
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2,0 m < d < 3,0 m
Escoamento superficial
Material adensado (socado)
Talude de corte
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HL
a
H
L
a
BH
B
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Na escolha do tipo de seo as sees triangulares criam plano preferencial de escoamento da gua, no sendo por isso recomendadas para grandes vazes.
No caso de cortes em rocha, adotamos seo retangular por facilidade de execuo.
As valetas de forma trapezoidal tem maior eficincia hidrulica. 22
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REVESTIMENTO DAS VALETAS (VPC)
Cuidado especial com valeta triangular, queapresenta maior tendncia eroso e infiltrao.
funo da natureza do solo e, principalmente,depender da velocidade de escoamento
Em terrenos areno-siltosos, revestir sempre, pois avelocidade que provoca sua eroso baixa.
Terrenos areno-argilosos ou argilosos, revestirquando a inclinao for maior que 5 %
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Velocidades mximas admissveis para a gua
Cobertura superficial Velocidade mxima admissvel Va d
( m / s )
Grama comum firmemente implantada 1,50 - 1,80
Tufos de grama com solo exposto 0,60 - 1,20
Argila 0,80 - 1,30
Argila coloidal 1,30 - 1,80
Lodo 0,35 - 0,85
Areia fina 0,30 - 0,40
Areia mdia 0,35 - 0,45
Cascalho fino 0,50 - 0,60
Silte 0,70 - 1,20
Alvenaria de tijolos 2,50
Concreto de cimento Portland 4,50
Aglomerados consistentes 2,00
Revestimento betuminoso 3,00 - 4,00
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1.2.3 DIMENSIONAMENTO HIDRULICO
pelo mtodo racional, estimar a descarga de contribuio, onde a rea de drenagem limitada pela prpria valeta e pela linha do divisor de guas da vertente a montante.
rea de drenagem (A)
Valeta de corteDivisor de guas
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Q = C . i . A / 360.000
V = R 2/3 . I 1/2 / ( frmula de Manning )
Q = S . V( equao da continuidade ) 26
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Tipo de Revestimento
Concreto desempenado 0,011 a 0,017
Concreto sem acabamento 0,017 a 0,027
Pedra aparelhada sem argamassa 0,015 a 0,017
Pedra irregular sem argamassa 0,017 a 0,020
Alvenaria de pedra rebocada 0,016 a 0,020
Alvenaria de pedra rejuntada 0,020 a 0,025
Alvenaria de tijolos 0,011 a 0,015
Asfalto 0,013 a 0,016
Terra 0,016 a 0,025
Corte em rocha 0,025 a 0,040
Tabela dos Coeficientes de Rugosidade ( Manning )
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Quando a declividade longitudinal da valeta no puder acompanhar a declividade natural do terreno, por ser a velocidade de escoamento superior permissvel, dever ser feito o escalonamento em trechos de menor declividade ( 2% mximo ), por meio de barragens transversais, conforme o esquema:
Declividade para o nvel da gua( b % < 2 % )
Declividade natural do terreno ( a % )
e
H
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O espaamento entre as barragens ser obtido pelafrmula
e = 100 H / ( a - b )ondee= espaamento (m) ,H = altura da barragem do vertedouro ,a = a declividade natural do terreno (%) eb = a declividade desejada para o nvel dgua (%) aconselhvel que o espaamento no ultrapasse 50m, o que corresponde declividade de 2%
Materiais: madeira, pedras soltas, chapas metlicas,etc.
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Drenagem SuperficialValeta de Proteo de Aterro
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VALETAS DE PROTEO DE ATERRO
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DIMENSIONAMENTO DE VALETAS DEPROTEO DE ATERRO
O dimensionamento idntico ao efetuado comvaletas de proteo de corte. Alm da contribuio dabacia especfica, considerar tambm as guasprovenientes de outras valetas, de sarjetas de corte,quando se destinarem a dispositivos de transposiode talvegue.
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REVESTIMENTO
Raramente a valeta necessitar de revestimento, porserem baixas as velocidades de escoamento. Analisaros materiais que ocorrerem e fatores de ordemesttica.
Exclui-se apenas o revestimento vegetal, pois a erosocarreia finos que se sedimentam na valeta,provocando a destruio da vegetao.
Os principais revestimentos adotados so: concreto,pedra argamassada, alvenaria de tijolo ou pedra epedra arrumada.
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EXECUO: retroescavadeira.
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Drenagem SuperficialSarjeta de Corte As sarjetas de corte so dispositivos de drenagem
construdos lateralmente as pistas de rolamento,destinados a captar e conduzir longitudinalmente asguas precipitadas sobre a pista de rolamento e reaslaterais a rodovia para os bueiros, sadas dos cortes outalvegues naturais.
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Drenagem SuperficialSarjeta e Meio Fio de Aterro As sarjetas e meio-fios de aterro so dispositivos
destinados a conduzir longitudinalmente as guasprecipitadas sobre a pista de rolamento para osbueiros de greide ou sadas dgua, impedindo queescoem pelo talude do aterro, provocando pontos deeroso.
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Drenagem SuperficialSarjeta de Canteiro Central As sarjetas de canteiro central so dispositivos
destinados a captar e conduzir longitudinalmente,entre as pistas opostas de uma rodovia de pistadupla, as guas precipitadas sobre as pistas derolamento e rea central da rodovia, para caixascoletoras e bueiros de greide
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Drenagem SuperficialSarjeta de Banqueta As de banquetas so sarjetas implantadas em taludes de
corte ou aterro cuja altura requeira o banqueteamento.Podem ser revestidas de grama, pedra arrumada, pedraargamassada, concreto ou solo-cimento.
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Drenagem SuperficialTransposio de Segmentos de Sarjetas So dispositivos destinados a dar acesso a
propriedades ou vias laterais (secundrias) arodovia, permitindo a passagem dos veculos sobresarjetas, sem causar danos ao dispositivo ou ainterrupo do fluxo canalizado.
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Drenagem SuperficialSada e Descida Dgua em talude:
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SADAS DGUA
Dispositivos de transio que conduzem as
guas captadas por sarjetas de aterro para as
descidas dgua. Algumas vezes so chamadasentradas d'gua.
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Localizam-se em acostamentos ou em alargamentos prprios
para sua execuo:
Nas extremidades dos comprimentos crticos das sarjetas de
aterro, nos pontos baixos das curvas verticais cncavas,
junto pontes, pontilhes e viadutos e - algumas vezes-
nos pontos de transio entre corte e aterro.
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Seo tipoProjetos-tipo do DNIT, de acordo com sua
localizao:
a) Quando a sada est em trecho de declividade
contnua (greide em rampa), i. :, o fluxo d'gua se
realiza em um nico sentido,
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>1,40 m
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B) Quando a sada est em ponto baixo de
curva vertical cncava em aterro, para ela
convergem em dois sentidos o fluxo d'gua:
>1,40 m>1,40 m
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DESCIDAS D'GUAConduzem as guas captadas por outros dispositivosde drenagem pelos taludes de cortes e aterros.
Quando vindas de valetas de proteo de corte, desguam na plataforma em sarjetas de corte ou em caixas coletoras. Quando as guas provm de sarjetas de aterro, desguam geralmente no terreno natural.
Tambm sangram valetas de banquetas em pontos baixos ou ao ser atingido o comprimento crtico, e freqentemente so necessrias para conduzir pelo talude de aterro guas vindas de bueiros elevados.
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Tiposrpido ou em degraus.
A escolha do tipo funo da velocidade limite doescoamento para no provocar eroso, dascaractersticas geotcnicas dos taludes, do terreno,da necessidade de quebra de energia do fluxo,dos dispositivos de amortecimento na sada.
Posio:nos taludes de corte e aterro na interseo do taludede aterro com o terreno natural e nas transiescorte-aterro.
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Ponto vulnervel principalmente em aterros.
Requer cuidados especiais para evitar desnveiscausados por caminhos preferenciais durante chuvasfortes, podendo a eroso destruir toda a estrutura.
Deve ser encaixada nos taludes de aterro, nivelada,e protegida com o revestimento indicado para ostaludes.
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Formatos :
Retangular,
em calha (tipo rpido)
ou em degraus;
Semicircular ou meia cana,
(concreto ou metlica);
Em tubos
de concreto ou metlicos.54
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desaconselhvel o uso de seo de
concreto em mdulos.
(ao dinmica do fluxo pode descalar e
separar os mesmos, e ao vazar, erodir o
talude)
Quando se usam mdulos, as peas devero
ser assentadas sobre bero previamente
construdo. Os mesmos inconvenientes
aplicam-se descida em tubos.
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Ao contrrio dos casos anteriores, a
construo de descidas d'gua em
CONCRETO ARMADO supera qualquer
recalque do talude, por sua rigidez.
Para detalhar os projetos de execuo,
consultar as
Especificaes de Servio DEP-ES-D 04-88.
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Dimensionamento das descidadgua:
Frmulas empricas ou teoria hidrulica do movimentouniformemente variado.
O nmero de descidas d'gua e seu custo de construo noso preponderantes na anlise econmica.
Por isso, dispensa-se o clculo detalhado da velocidade, a noser para obras de carter excepcional (grandes alturas,patamares intermedirios, forte declividade, etc.).
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Usar calha em degrau sempre que aextenso do talude for superior a 7metros, e
independentemente da velocidade dagua ao p do talude de aterro,projetar sempre bacia deamortecimento.
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Drenagem SuperficialDissipador de Energia
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DISSIPADORES DE ENERGIA
Destinam-se a dissipar a energia do fluxo,
reduzindo sua velocidade quer no
escoamento atravs do dispositivo de
drenagem, quer no desge para o terreno
natural, para evitar a eroso.
Classificao:
dissipadores contnuos dissipadores localizados ( bacias de amortecimento ).
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Dissipadores contnuos :
reduzem a velocidade durante o escoamento atravs do dispositivo de drenagem
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Dissipadores localizados ou bacias de
amortecimento
De modo geral so instaladas :
No p das descidas d'gua nos aterros ;
Na boca de jusante dos bueiros ;
Na sada das sarjetas de corte,
na transio corte-aterro.
Seu projeto deve seguir os projetos-tipo do DNIT, e
na construo, devem ser seguidas as
Especificaes de Servio DEP-ES-D 05-88.
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Dimensionamento das bacias de
amortecimento
Ser funo da velocidade de escoamento d'gua a
montante e da altura do fluxo afluente. O ressalto
hidrulico na bacia de amortecimento funo do
nmero de Froude (F1).
F1 = V1 . ( g . Y1 ) -1/2onde :
F1 = nmero de Froude ;
V1 = velocidade do fluxo afluente bacia , em m/s ;
g = acelerao da gravidade (9,81 m / s2 ) ;
Y1 = altura do fluxo afluente bacia, em m .65
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Quando F1 < 1,7, no h necessidade de
precaues, pois haver apenas turbulncia
na superfcie da gua.
Se F1 entre 1,7 e 2,5, o efeito amortecedor
pode ser feito por uma bacia horizontal lisa de
concreto entre 4,5 e 9,0 m, segundo o BPR.
Para nmero de Froude acima destes, e at
17, devem ser usadas bacias com guarnies,
cunhas e dentes, funcionando como
deflectores para produzir efeito estabilizador
no ressalto.
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Recomenda-se usar rip-rap na sada dasbacias de amortecimento, sada debueiros e de outros dispositivos cujavelocidade da gua no comprometaseriamente o terreno natural, estendendoo rip-rap at 50 vezes a largura da baciaou do dispositivo de montante, ou odimetro do bueiro, emm.
Caso contrrio, justifica-se o projetocompleto de uma bacia deamortecimento 68
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O dimetro esfrico equivalente das pedras a
utilizar no rip-rap pode ser determinado pelo
grfico seguinte, corrigido pela expresso
Kw = 1,64 k / ( w -1 )se o peso especfico das pedras for diferente
de 2,64 g / cm3, valor para o qual o grfico foi
feito.
Kw = dimetro da pedra a ser usada, cm ;
k = dimetro da pedra , obtido no grfico, cm ;
w = peso especfico da pedra de Kw, g /cm3
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Grfico 5.1- Dimetro equivalente da pedra
Inclin
ao d
o t
err
eno
jusa
nte
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Drenagem SuperficialBueiro de Greide:
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BUEIROS DE GREIDE
So dispositivos destinados a conduzir para locais
de desge seguro as guas captadas por
dispositivos de drenagem superficial cuja vazo
admissvel possa ter sido atingida pela descarga de
projeto.
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Nas extremidades dos comprimentos crticos das
sarjetas de corte em seo mista ou quando, em
seo de corte pleno, for possvel o lanamento de
gua coletada (com desague seguro) por janela-de-corte.
Nos cortes em seo plena, quando no for possvel
o aumento da capacidade da sarjeta ou a utilizao
de abertura de janela no corte a jusante, projeta-se
um bueiro de greide longitudinalmente pista at oponto de passagem de corte para aterro.
Localizao
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Nos ps das descidas d'gua dos cortes, recebendo
as guas das valetas de proteo de corte e/ou
valetas de banquetas, captadas por caixas
coletoras.
Nos pontos de passagem de corte-aterro, evitando
que as guas provenientes das sarjetas de corte
desgem no terreno natural com possibilidade de
eroso.
Nas rodovias de pista dupla, conduzindo ao
desague as guas coletadas pelos dispositivos de
drenagem do canteiro central.
Localizao
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Os bueiros de greide so geralmenteimplantados transversal ou longitudinalmenteao eixo da rodovia, com alturas derecobrimento atendendo resistncia decompresso estabelecida para as diversasclasse de tubo pela NBR-9794 da ABNT.
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Elementos de um bueiro de greide:Caixas coletoras, corpo e boca.
As caixas coletoras podem ser construdas emum lado da pista, nos dois lados ou no canteirocentral. Por estarem posicionadas prximas spistas, geralmente tem tampa de grelha.
O corpo constitudo de tubos de concretoarmado ou metlicos, obedecendo as mesmasdeterminaes indicadas para bueiros detransposio de talvegues.
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BOCA
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Dimensionamento hidrulico:
Descarga de projeto = soma das descargas
dos dispositivos afluentes s caixas coletoras
Ou pelo levantamento da bacia de
contribuio ao bueiro de greide, aplicando-
se o mtodo de descarga mais conveniente,
funo do vulto econmico da obra.
Neste ltimo caso, deve ser considerado ao
menos o tempo de recorrncia de 10 anos e
durao de chuva 5 minutos.78
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O bueiro deve ser, sempre que possvel,
dimensionado sem carga hidrulica a
montante (como canal).
Observe-se com muito rigor a cota mxima do
nvel d'gua a montante, funo da altura da
caixa coletora e policie-se a velocidade do
fluxo a jusante.
Para facilidade de limpeza, o dimetro mnimo
a adotar de 0,80 m.
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Drenagem SuperficialCaixa Coletora:
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Coletar guas provenientes de sarjetas e que se
destinam aos bueiros de greide;
provenientes de pequenos talvegues a montante de
bueiros de transposio de talvegues, permitindo a
construo destes abaixo do terreno natural;
provenientes de descidas d'gua de cortes,
conduzindo-as a um dispositivo de desge seguro;
CAIXAS
Tem como objetivos principais:
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Permitir a inspeo de condutos, para
verificao de funcionalidade e eficincia,
decantao de material em suspenso e
desentupimento, como no caso de drenos
profundos;
Possibilitar mudanas de dimenso de
bueiros, de sua declividade e direo, permitir
a concorrncia de mais de um bueiro.
CAIXAS
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Classificao das caixas:Quanto funo:
caixas coletorasde inspeode passagem
Quanto ao fechamento:com tampa
aberta.83
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Nas extremidades dos comprimentos crticosdas sarjetas de corte, conduzindo para o bueirode greide ou coletor longitudinal ;
Nos pontos de passagem de corte para aterro,coletando as guas das sarjetas, conduzindo-aspara bueiro, nos casos em que ao atingir oterreno natural possam causar eroso;
Nas extremidades das descidas d'gua emtaludes de corte quando no se pode utilizarsarjetas;
Localizao das caixas coletoras:
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No terreno natural, junto ao p do aterro,quando se quer construir um bueiro detransposio de talvegue abaixo da cota doterreno (quando so inaplicveis as bocas);
Nos canteiros centrais de rodovias com pistadupla;
Em qualquer lugar onde se torne necessriocaptar guas superficiais, transferindo-as parabueiros.
Localizao das caixas coletoras:
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As caixas de inspeo localizam-se:
Onde preciso vistoriar os condutos, verificando
eficincia hidrulica e estado de conservao
(desde que no afetem a segurana do trfego);
Nos trechos com drenos profundos, para vistoriar
seu funcionamento(no incio e com espaamento mximo de 200 m)
Neste caso, podem ser substitudos por dispositivos
denominados chamins (poos de visita).
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As caixas com tampa removvel- de concreto
armado - so indicadas quando tem finalidade
de inspeo e passagem.
As caixas com tampa em forma de grelha -
so indicadas quando tem finalidade coletora,
sendo excepcionalmente localizadas em
pontos que possam afetar a segurana do
trfego -
ou se destinam a coletar guas contendo
slidos com dimenses que poderiam
obstruir os bueiros ou coletores.
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Caixas abertas so indicadas quando tem finalidade
coletora e localizam-se em pontos que de forma
alguma comprometam a segurana do trfego.
A seo tipo das caixas coletoras dever obedecer aos projetos-tipo do DNIT,
onde so indicadas as dimenses e detalhes das tampas. Para sua execuo
devero ser seguidas as
Especificaes de Servio DEP-ES-D 06-88.
A profundidade determinada pelas cotas dos
condutos que a elas chegam e delas saem, e sua
seo mnima de 1,00 x 1,00 m.
Caixas de inspeo de drenos so obrigatoriamente
com tampa.
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Dimensionamento hidrulico das caixas:
Embora com dimenses fixadas pelas dimenses dos dispositivos para os quais
atuam como coletora de passagem ou inspeo, a rea transversal til pode se
determinada pela frmula dos orifcios:
A = 0,226 . Q . C -1 . H -1/2onde
A = rea til da caixa, em m2 ;
Q = vazo a captar, em m3 / s ;
H = altura do fluxo, em m ;
C = coeficiente de vazo , a ser tomado como 0,60
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Drenagem SuperficialBacia de Captao e Vala de Derivao Bacias de captao so depresses rasas escavadas a
montante de bueiros visando facilitar e disciplinar aentrada do fluxo dgua nos bueiros.
Valas de derivao so valas construdas a jusante dobueiro, com objetivo de afastar rapidamente as guasque o transpuseram.
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Drenagem SuperficialVala Lateral e Corta-rio Valas laterais so valas construdas com o objetivo de
intercomunicar pequenas bacias e conduzir osrespectivos fluxos a um nico e principal talvegue.
Corta-rios so valas de dimenses avantajadas cujoobjetivo desviar pequenos cursos dgua impedindo-os de atingir e danificar (erodir) os ps de aterros.
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Drenagem para Transposio de TalveguesClassificao das Obras de Arte Correntes:
Para melhor detalharmos as OAC, podemos classific-lassegundo o
tipo de estrutura e
forma de seo transversal,
nmero de linhas,
tipo de materiais e
esconsidade
das diversas disposies que compem os bueiros, aseguir apresentados.
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A- TIPO DE ESTRUTURA E FORMA DE SEO TRANSVERSAL
CIRCULAR CELULAR ESPECIAL
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B - NMERO DE LINHAS Simples
Duplo
Triplo
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C - TIPO DE MATERIAL Bueiro de CONCRETO ARMADO
Bueiro METLICO chapa corrugada ou lisa ARMCO / Tunnel-Linner
Bueiro de ALVENARIA, PEDRA
Bueiro de MADEIRA (provisrio)
Bueiro de PVC
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D - ESCONSIDADE Normal: o eixo do bueiro ortogonal ao eixo da estrada; facilidade
construtiva e menor custo em funo do menor comprimento.
Esconso: o eixo do bueiro no ortogonal ao eixo da estrada, tendocomo referncia de esconsidade o ngulo formado pela normal ao eixoda estrada e o eixo do bueiro; requer detalhamento construtivo,gerando um comprimento maior ao bueiro. Os ngulos de esconsidadenormalmente devem ser mltiplos de 5 at o mximo de 45.
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Drenagem para Transposio de TalveguesElementos Constituintes dos Bueiros:
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BUEIROSSo condutos destinados passagem das guasprovenientes de bacias hidrogrficas prximas rodovia. Os elementos constituintes de um bueiroso
Corpo- a parte situada sob o aterro, de forma e aogeralmente constantes, podendo ser executada emtubos, clulas, arcos, etc.
Bocas- de montante e jusante, arrematam externamente ocorpo e contribuem para a fixao do bueiro,favorecem a entrada e sada do fluxo.
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A boca de um bueiro constituda de muro de testa
alas , e
soleira.
quando a cota de entrada tenha de se situar abaixo do nvel do terreno a boca de montante pode ser substituda por caixa coletora ou poo .
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Drenagem para Transposio de TalveguesClculo do Comprimento dos Bueiros O clculo do comprimento dos bueiros deve levar em considerao a
largura da plataforma final de terraplenagem, a altura do aterroassociada ao talude de aterro e a esconsidade. O comprimento final (L)ser a diviso da soma da largura da plataforma (p) com oscomprimentos correspondentes as projees horizontais dos taludes deaterro (saias) a montante (pm) e jusante (pj) pelo coseno do ngulo deesconsidade (cos ).
Ento
onde
L = ( p + pm + pj ) cos
pm = 1,5 * hm
pj = 1,5 * hj
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Drenagem Profunda
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Drenagem profunda ou subterrneaElementos Constituintes dos Drenos VALA: vala escavada mecanicamente (retro-escavadeira), no sentido
longitudinal do corpo estradal,
MATERIAL FILTRANTE: com o objetivo de no deixar que outrosmateriais alm da gua tenham acesso ao sistema de drenagem,reduzindo ou perdendo toda eficincia necessria
MATERIAL DRENANTE: como material drenante podero serutilizados produtos resultantes da britagem e classificao da rocha s,areias grossas e pedregulhos naturais ou seixos rolados, desde queisentos de impurezas orgnicas e torres de argila.
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TUBOS: tem aplicao opcional em funo das particulares doprojeto de concreto simples perfurado de concreto poroso, onde a participao de agregado mido
mnima, sendo que sua permeabilidade deve assemelhar-se do agregado
grado que entra na composio do concreto utilizado cermico ou plstico (PVC) perfurado ou ranhurado.
SELO SUPERIOR: elemento opcional, cujo objetivo impedir oacesso ao dreno de guas superficiais; normalmente empregadauma camada de argila.
BOCA DE SADA: dispositivo complementar, executado naextremidade do dreno para proteger a sada dgua contraelementos que possam prejudic-la (vegetao, etc.); executadade concreto simples.
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Drenagem profunda ou subterrneaClassificao dos Drenos1 - aos locais para instalao : cortes em solo: onde as sondagens detectaram gua prxima ao
greide projetado cortes em rochas: onde h diclises por onde agua pode percolar.
2 - ao preenchimento da cava (vala): cego ou sem tubo: pequena vazo (francs) com tubo: grande
vazo3 - a permeabilidade da camada superior: selados: impermeveis a guas de superfcie abertos: recebem
guas por cima4 - a granulometria (material de enchimento): contnuos: somente um material de enchimento descontnuos:
material filtrante e material drenante
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Drenagem profunda ou subterrneaTipos de Drenos 1- DRENO CONTNUO E DESCONTNUO: funo do
material de enchimento (filtrante e drenante) definidovisando atender as caractersticas do terreno e dedisponibilidade de materiais.
2- DRENO CEGO: dreno executado sem tubos, cuja funo executada pelo material drenante.
3- COLCHO DRENANTE: ou camada drenante, consistenuma camada de material drenante preenchendo o rebaixode greide executado nos cortes em rocha visando impedirque a gua percolada atravs de diclises atinja as camadasinferiores do pavimento.
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Drenagem subsuperficialDrenos Transversais Rasos Tm por objetivo drenar guas que se infiltram no
pavimento e percolam longitudinalmente atravs da superfcie de contato pavimento e terraplanagem.
So aplicados nas sadas de corte e nos pontos baixos de aterros.
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Drenagem subsuperficialDrenos Longitudinais Rasos Tm como funo coletar e conduzir
longitudinalmente guas infiltradas no pavimento, emsees em que h confinamento lateral do pavimentopor outros dispositivos (sarjetas, etc.).
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Drenagem subsuperficialBase Drenante Consiste numa camada betuminosa de granulometria
aberta, muito permevel, posicionada abaixo dorevestimento e estendida at o bordo dosacostamentos, propiciando condio de livredrenagem s guas de infiltrao no pavimento. Osmateriais empregados so pr-misturados abertos emacadame betuminoso
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Drenagem subsuperficialDrenos Laterais da Base (Sangras) Tm por objetivo propiciar condies de drenagem, a
intervalos definidos, a uma base drenante que confinada lateralmente por acostamentosimpermeveis. Tambm, os materiais utilizados sopr-misturados abertos ou macadame betuminoso.
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Consideraes FinaisEm Drenagem sempre levar em considerao:
Estudos Hidrolgicos
Levantamentos Topogrficos
Normas tcnicas
Bom senso, avaliar criticamente os dados
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BIBLIOGRAFIA
BSICA
1. ALMEIDA, Gil Carvalho. Drenagem Rodoviria Notas de Aula UFJF. 2003
2. DNIT. Manual de Drenagem de Rodovias. Rio de Janeiro. 2006
3. INSTRUES PARA DRENAGEM DE RODOVIAS. MT / Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem.
COMPLEMENTAR
1. ESPECIFICAES GERAIS PARA OBRAS RODOVIRIAS Volume I/IV - MT /
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - 2000
2. MANUAL DE IMPLANTAO BSICA MT / Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem - 1975
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